1. Espaço Oásis Grupo de Estudos Mediúnicos 2005 – Apostila 4 5ª aula – 09/mai/05
SINTOMAS DE MEDIUNIDADE
Dr. Sérgio Felipe de Oliveira
Sempre que houver uma carga elétrica, parada ou em movimento, haverá um
campo. Se a carga estiver em movimento, esse campo será eletromagnético.
Trata-se de uma propriedade da carga que modifica o espaço ao se redor,
fazendo com que toda a matéria sofra uma ação de aproximação ou de repulsão,
dependendo do sinal da carga. Essa interação também altera a matéria que entra
no campo: no caso de partículas afins, elas tornam-se imantadas. Num campo
eletromagnético, as partículas de ferro, limalhas, ficam grudadas umas nas
outras, mesmo após a retirada ou afastamento da fonte do campo.
O campo, por si só, tem a propriedade de autorregenerar-se. Ele não
desaparece de uma hora para outra.
Todo campo tem uma fonte. O corpo humano é fonte de vários campos
eletromagnéticos, segundo o órgão enfocado: coração, cérebro, etc.
A mente humana é fonte de um campo - o campo mental. A razão disso é o
fato de a mente humana produzir, irradiar, o pensamento, que é uma onda
eletromagnética carregada de informação.
Nos seres humanos, e apenas neles, o pensamento é contínuo, mas o
aparecimento do pensamento contínuo ocorreu gradualmente através das diferentes
espécies do reino animal. O pensamento contínuo é a base para o surgimento da
consciência.
Consciência, do latim 'com' (junto, ao lado de ) + 'sciencia' (saber de),
significa, a grosso modo, saber de algo. É todo o conhecimento que uma pessoa
tem do mundo ao seu redor (coisas, pessoas, acontecimentos), e de seu mundo
interior (sua identidade, sua história). Assim, a consciência, nos seres
humanos, depende da capacidade de atenção, orientação, percepção e memória.
Podemos observar nos animais mais primitivos um esboço de consciência que
começaria a partir dos anfíbios e, mais particularmente, das tartaruguinhas de
aquário. O comportamento de uma tartaruguinha esboça sinais de individualidade,
um modo de agir específico perante os acontecimentos diários, que marcam seu
jeito de ser, como um estilo.
Com a aquisição do pensamento contínuo, a espécie humana adquire a
capacidade de pensar e refletir sobre os fatos ao seu redor e sobre si mesma -
é a consciência reflexiva.
Essa capacidade surgiu há muito tempo, cerca de 15 milhões de anos,
quando os homens e mulheres que habitavam a Terra estavam na Idade da Pedra, e
também foi um desenvolvimento gradual e lento.
A necessidade de sobrevivência obrigou os habitantes dessa época a formar
grupos, mais ou menos organizados, para suprir a demanda de alimentação, abrigo
e segurança para os membros do grupo e suas crias.
Na convivência, a fala torna-se linguagem, um sistema de comunicação e
integração do grupo. Na coesão do grupo, foi observado o fenômeno da morte:
alguém que antes estava presente, por alguma razão, passa a não mais se mexer e
torna-se ausente. Na identificação com o elemento morto são criados os ritos de
morte, cuidados funerários com os corpos dos ancestrais, visíveis até nossos
dias. Essa identificação está na origem da consciência humana: ele estava aqui
e agora está morto; ele era um dos nossos assim como eu; eu posso morrer um
dia.
Ou seja, a criação da linguagem e a percepção da ocorrência da morte
constituem a base para o surgimento da consciência nos seres humanos.
Como já dissemos, consciência significa saber algo sobre, e para sabermos
algo é preciso que esse algo esteja relacionado a outras coisas já conhecidas.
Essa é a função da memória: correlacionar no tempo e no espaço os diferentes
acontecimentos e experiências de nossas vidas.
Para tanto, o conceito de tempo precisa estar presente em nossas mentes.
Ele foi desenvolvido através dos séculos, naqueles primitivos representantes da
espécie humana. Hoje, tempo é um conceito inato em todo e qualquer ser humano.
Não existe uma definição adequada do que ele seja. A melhor é: "tempo é o que
separa dois acontecimentos". Esse conceito de tempo é básico e sólido para
qualquer situação.
Nos animais mais desenvolvidos, vertebrados, mesmo não conscientizado
pelo animal, o tempo altera, modifica seu organismo. Isso decorre dos chamados
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relógios biológicos - estruturas nervosas presentes no cérebro desses animaos,
que informam ao organismo em que tempo ele está: se é dia ou noite; época de
procriação ou hibernação; primavera ou inverno; infância, juventude ou velhice.
Esse mesmo mecanismo também ocorre nos seres humanos. Nosso relógio
biológico é composto pela glândula pineal (órgão regulador) e núcleos
supraquiasmáticos (órgãos efetores).
A glândula pineal localiza-se no centro do cérebro. Descartes, em seus
estudos, observou essa localização e a falta de paridade dessa glândula, a
única estrutura do cérebro que não é pareada. A partir daí, ele postulou que a
pineal seria o lugar de morada da alma.
Hoje sabemos que não é possível localizar a alma, posto que ela é
imaterial. A hipótese inicial, porém, tem sua validade, pois a pineal é a
estrutura cerebral onde a alma se projeta, a estrutura cerebral capaz de captar
as ondas eletromagnéticas do pensamento e decodificá-las para as demais partes
do cérebro e, portanto, do organismo. As evidências atuais desse papel
centralizador e regulador da pineal baseiam-se nos trabalhos recentes de psico-
neuro-endocrinologia.
Estudos recentes em áreas não médicas têm contribuído para explicar
melhor o funcionamento das ondas eletromagnéticas. Essas ondas, caracterizadas
por frequência e amplitude, podem carregar informações - alterações específicas
nas propriedades da onda, que configuram um dado, um saber. A informação,
portanto, pode ser carregada pela matéria, pela onda eletromagnética: ondas com
frequência e amplitude constantes não carregam informações. Embora possa
parecer muito complicado,
estamos diariamente em contato com a aplicação desse conhecimento nos telefones
celulares, por exemplo.
Recapitulando:
− os seres humanos possuem linguagem e consciência
− o cérebro possui uma estrutura especial para captar o pensamento e distribui-lo para o
corpo - a pineal
− o pensamento humano é uma onda eletromagnética que carrega informações
− há um campo eletromagnético ao redor da pessoa, impregnado de informações - o conteúdo
de seus pensamentos.
Prosseguindo, a pineal capta a onda mental e envia-a às demais partes do
cérebro. A captação da onda mental ocorre pela anatomia da pineal com a
existência de concreções calcárias em sua periferia que funcionam como uma
caixa de ressonância para esta onda. Após captada, a onda mental, para ser
enviada às outras áreas cerebrais, sofre uma modificação. Ela passa de onda
eletromagnética para corrente elétrica - impulsos nervosos, e substâncias
químicas – neurotransmissores. Os próprios impulsos elétricos e
neurotransmissores transformam-se uns nos outros durante todo o processo, desde
a captação do pensamento à realização do ato, seja como comportamento externo
ou evento interno. A informação, porém, mantém-se constante.
A transformação de pensamento em alterações orgânicas, comportamentais e
sintomas teve sua evidenciação com a médica italiana Rita Levy, ganhadora do
Prêmio Nobel de Medicina na década de 80. Ela demonstrou a origem da depressão
(um tipo de transtorno de humor):
− um pensamento triste que permanece por tempo prolongado estimula uma região do
cérebro logo abaixo da pineal, o hipotálamo;
− o hipotálamo secreta um hormônio chamado hormônio estimulador de ACTH, que irá agir na
hipófise;
− a hipófise secreta seu hormônio correspondente, o ACTH, hormônio estimulador da córtex
das adrenais, ou glândulas supra-renais;
− as supra-renais secretam seu hormônio, o cortisol, que agirá em vários lugares do
organismo.
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O cortisol diminui a produção de interleucinas, substâncias do sistema
imunológico necessárias ao seu bom funcionamento. Diminui também a produção dos
fatores tráficos neuronais, substâncias estabilizadoras do funcionamento do
sistema nervoso central e da manutenção das células nervosas. Isso determina o
aparecimento da doença depressão, tanto os sintomas somáticos (propensão a
infecções, mal funcionamento do órgãos), como os psíquicos (tristeza, desânimo,
dificuldades variadas). Essa é a via específica de todos os eventos
ondulatórios (pensamento) e químicos que determinam a doença depressão.
Mas o mesmo processo ocorre rotineiramente de acordo com o conteúdo de
nossos pensamentos.
O funcionamento da pineal prioriza a captação do pensamento do indivíduo
dono daquele cérebro. Isso decorre da formação do corpo humano no útero
materno, criado e desenvolvido a partir do perispírito do espírito reencarnante
que lhe serve de molde.
Todas as células de uma pessoa possuem sua marca, uma marca química para
a identificação do que pertence e do que não pertence ao corpo, possibilitando
a destruição de agentes potencialmente lesivos ao organismo (invasores externos
ou componentes internos mal funcionantes ou degenerados). Essa marca química
está na superfície de cada célula: são os antígenos de superfície, proteínas
específicas para essa função.
A mesma identificação que ocorre em nível químico, também ocorre em nível
ondulatório, predispondo a interação entre ondas semelhantes.
Contudo, há a possibilidade de se captar ondas mentais oriundas de outras
mentes. Uma vez captadas, essas ondas mentais estrangeiras tenderão a agir no
organismo da pessoa como todas as suas próprias ondas. Esse fenômeno pode ser
denominado telepatia ou mediunidade, dependendo da origem das ondas. Algumas
pessoas têm mais facilidade e experimentam-no em larga escala, outras não.
Essa capacidade inata está na dependência da anatomia da pineal (para
determinados tipos de mediunidade), da produção de energia vital (ectoplasma e
funcionamento das mitocôndrias), das alterações hormonais (ciclo menstrual e
hormônios sexuais), enfim, de vários fatores orgânicos que entram na realização
de um transe mediúnico. A mediunidade, portanto, é orgânica.
A mediunidade implica também, além da captação de ondas mentais, numa
avaliação, uma análise crítica dos conteúdos captados. Captar apenas não forma
um médium. É necessário o uso da razão crítica para avaliar as consequências do
que é captado. Essa análise utiliza áreas cerebrais responsáveis pela ética
humana (lobo prefrontal).
Assim procedendo, a mediunidade passa a representar, para a espécie
humana, uma ligação com a divindade, uma possibilidade maior no desenvolvimento
de sociedades mais adaptadas, culturas mais evoluídas e mais complexas, com
indivíduos mais aptos à auto-realização sem prejuízo de seus semelhantes ou do
meio ambiente. Em nível individual, a mediunidade coloca a pessoa diante da
condição humana, do destino humano, para que o próprio indivíduo possa escolher
seus caminhos com mais argumentos e, nessa escolha, interagir com o mundo a seu
redor e seus semelhantes - a prática da caridade.
Esse é o funcionamento da mediunidade uma vez educada, desenvolvida,
colocada a serviço das livres escolhas do médium. Para tanto, ele precisará
entender o que ocorre com ele, para ser senhor de si.
Recapitulando novamente:
− a pineal capta os pensamentos e, ao direcioná-los para as diferentes áreas do cérebro,
possibilita os diversos eventos de nossa vida mental e de relação;
− esse direcionamento ocorre através de impulsos nervosos, a própria onda mental ou
hormônios;
− ou seja, o direcionamento ocorre através de três grandes sistemas de comunicação do corpo
humano: sistema nervoso, sistema endocrinológico e sistema vascular.
Quando ocorre a captação do pensamento de mentes "estrangeiras", há uma
sobrecarga na pineal e suas funções ficam "excitadas", exacerbadas.
As comunicações da pineal com o hipotálamo estarão ampliadas e, daí,
haverá maior estimulação da hipófise, com grande liberação de hormônios por ela
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produzidos (geralmente indutores da produção de outros hormônios pelas
diferentes glândulas do organismo). Os neuro-hormônios reguladores do
hipotálamo chegam à hipófise através do sangue, pelo sistema de circulação
sanguínea porta-hipofisal.
A hipófise possui vários tipos específicos de células responsáveis pela
produção de um ou, no máximo, dois hormônios.
Respondendo à estimulação pelo hipotálamo, a hipósifse irá agir na
tireóide, córtex supra-renal, testículos, ovários, glândulas mamárias,
pâncreas, ossos e músculos esqueléticos (ligados aos ossos e voluntários).
Podemos observar as seguintes alterações nessas áreas (como sintomas de
mediunidade):
− Hipotireoidismo subclínico - os hormônios T3 e T4 estão normais, porém o TSH
está com uma baixa discreta, não havendo indicação do uso de hormônios
por via oral. A pessoa sente cansaço, fadiga constante, pouco interesse
pelas coisas que anteriormente lhe eram interessantes, aumento de peso,
pele seca, etc.
− Aumento de cortisol e depressão (já descritos acima) - há sentimentos de culpa
exacerbada, tristeza, desespero (que pode levar ao suicídio),
desinteresse profundo pelas coisas, dificuldade de concentração,
pensamento lentificado, psicomotricidade lenta e arrastada (todos os
gestos, andar), alteração de peso e de sono.
− Dificuldade na reprodução.
− Dismenorréia - alteração do ciclo menstrual que pode chegar à ausência de
menstruação, menstruação dolorosa, tensão pré-menstrual, cistos
ovarianos, miomas uterinos.
− Ginecomastia - aparecimento de mamas ou glândulas mamárias em homens.
− Lactorréia - produção de leite na mulher que não deu à lua recentemente.
− Hipoglicemias - queda do nível de glicose no sangue (quantidade), com
tontura, sensação de morte iminente, batedeira no peito (taquicardia),
desorientação (não saber para onde ir), derealização (não reconhecer o
lugar onde está e tudo parecer irreal, um sonho).
− Obesidade.
Quanto à sua inervação, a pineal recebe fibras nervosas principalmente do
tipo adrenérgico, isto é, cujo neurotransmissor é a adrenalina. Portanto, os
sintomas de transe mediúnico decorrente da superexcitação da pineal e dessas
fibras nervosas serão aqueles mediados pela adrenalina.
De um modo geral, a liberação de adrenalina prepara o corpo para uma
luta, imaginária ou não. Essa é uma aquisição do desenvolvimento humano quando
os homens precisavam lutar para conseguir alimentos. Hoje, essa luta é mais
interna e predispõe o ser humano a penetrar, não um território de caça, mas
numa região ainda desconhecida de si mesmo ou de seu universo: o mundo
espiritual. Então, ainda é uma busca de alimento, mas de alimento espiritual.
A liberação de adrenalina traz à tona forças extras para o corpo humano e
obedece uma diretriz geral: desviar o sangue para os músculos, retirando-o das
vísceras e da pele (que fica branca e as extremidades ficam frias), mas a
sudorese aumenta e os pelos ficam eriçados, as pupilas ficam grandes
(midríase), aumenta a circulação na cabeça, predispondo a dores de cabeça. A
pessoa fica apta a agir mais rapidamente.
Agora passaremos aos sintomas de modo mais detalhado:
1. Pressão arterial
A adrenalina é um potente vasopressor, isto é, aumenta a pressão
arterial, principalmente a sistólica (quando o coração se contrai), e menos a
diastólica (quando o coração se relaxa). Isso ocasiona um aumento na pressão do
pulso que bate mais forte, mas a pressão média cai abaixo do normal antes de
voltar ao nível de controle, o que pode causar tonturas.
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Ocorre estimulação miocárdica direta levando ao aumento da força de
contração ventricular (chamada ação initrópica positiva). Há aumento da
frequência cardíaca (ação cronotrópica positiva). Muitas vezes a pessoa percebe
isso como desconforto, ou interpreta como medo ou uma presença desagradável,
quando, na realidade, isso independe do tipo do espírito comunicante.
Ocorre vasoconstrição em muitos leitos vasculares, especialmente nos
vasos de resistência pré-capilar da pele. A pessoa fica pálida e,
aparentemente, fria. A frequência do pulso, a princípio acelerada, pode estar
acentuadamente diminuída no auge, por descarga vagal compensadora (mecanismo de
compensação próprio do organismo para todas as suas funções), o que pode ser
erroneamente interpretado por cansaço.
2. Efeitos vasculares
a. Pele - ocorre principalmente nas arteríolas menores e esfíncteres pré-
capilares (pequenos vasos sanguíneos do corpo e seus mecanismos de regulação de
fluxo do sangue), embora também as veias e as grandes artérias respondam à
adrenalina. Vários leitos vasculares respondem diferentemente.
A adrenalina reduz acentuadamente o fluxo cutâneo, contraindo os vasos
pré-capilares e veias subcapilares. Há vasoconstrição cutânea e consequente
palidez.
A vasoconstrição cutânea é responsável por uma diminuição acentuada do
fluxo sanguíneo das mãos e dos pés e a pessoa fica com ambos frios. A congestão
das mucosas subsequente à vasoconstrição resulta provavelmente de alterações na
reatividade vascular como resultado de hipóxia tissular.
b. Músculos - o fluxo sanguíneo para os músculos é aumentado. Esse efeito
vascular é independente dos efeitos reflexos cardíacos ou centrais. Isso
significa que é muito importante que os músculos recebam bastante sangue. O que
está de acordo com a necessidade aumentada de energia para o corpo, através das
reações químicas da cadeia respiratória que ocorrem nas mitocôndrias, que são
em maior número nas células musculares. Essa energia será responsável também
pela produção aumentada de ectoplasma, produção esta também sediada nas
mitocôndrias.
c. Cérebro - o efeito da adrenalina na circulação cerebral está
relacionado à pressão arterial sistêmica (do corpo). Há aumento do fluxo
sanguíneo cerebral e da captação de oxigênio, sem alterar a resistência
vascular. Isso significa que o cérebro estará funcionando muito, mas as
eventuais dores de cabeça que o médium pode apresentar não estão relacionadas
ao cérebro e, sim, ao aumento da quantidade de sangue nos vasos do couro
cabeludo e ossos da cabeça. É importante salientar que o tecido cerebral nunca
dói.
d. Fígado e baço - a adrenalina provoca notável aumento no fluxo sanguíneo
hepático e diminui a resistência vascular esplênica (do baço), junto com grande
aumento no débito de glicose hepática e no consumo de oxigênio do baço.
Ambos os órgãos estarão com funcionamento aumentado, o que pode levar
tanto a melhor desempenho de suas funções, como a estresse por estimulação
excessiva.
A maior alteração que ocorre é no comportamento dos remédios, pois
geralmente sua metabolização é hepática (no fígado), e o médium tende a
apresentar maior sensibilidade e mais efeitos colaterais. Isso é contornado com
um acompanhamento médico próximo e atento, e muitas vezes com doses menores de
medicação.
e. Rins - os efeitos sobre as funções renais são variáveis, porém as
alterações vasculares renais são evidentes. Mesmo quando não ocorre grande
alteração da pressão arterial, há aumento da resistência vascular renal e
redução no fluxo sanguíneo renal e todos os segmentos do leito vascular renal
contribuem para a resistência vascular renal aumentada. O aumento dessa
resistência vascular diminui a quantidade de sangue que circula pelos rins,
predispondo o médium ao acúmulo de substâncias que levam à formação de cálculos
renais (também favorecidos pelo aumento da produção de ectoplasma - os cálculos
representam a condensação do excesso de ectoplasma).
A filtração glomerular (função de excreção dos rins), é variavelmente
alterada. A excreção de sódio, potássio e cloreto é diminuída. O volume
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urinário pode estar aumentado, diminuído ou inalterado. É aconselhável ao
médium perceber como ocorre em seu organismo para evitar desconforto durante a
sessão mediúnica.
A secreção de renina (ligada à pressão arterial), é aumentada,
representando mais um fator para o surgimento de hipertensão arterial nos
médiuns, que normalmente segue uma evolução carprichosa, aparecendo e
desaparecendo aparentemente sem nenhuma razão orgânica.
f. Pulmões - as pressões pulmonares, arterial e venosa são elevadas. Isso
ocorre porque há redistribuição de sangue a partir da circulação sistêmica (do
restante do corpo), para a pulmonar, devida à contração da musculatura mais
forte nas grandes veias sistêmicas. O sangue é desviado para os pulmões, vindo
do restante do corpo, o que é necessário para aumentar a oferta de oxigênio
para o corpo, especialmente para os músculos (que estão produzindo mais
ectoplasma). O médium tende a respirar mais profundamente, podendo ser
observada dilatação das narinas. Isso também se relaciona diretamente ao tipo
de espírito comunicante e é antes uma reação do organismo do médium às
necessidades energéticas do transe.
g. Coronárias - o fluxo sanguíneo coronário é elevado pela adrenalina. O
fluxo aumentado ocorre mesmo quando não há aumento de pressão arterial na
aorta, e decorre de três fatores:
− aumento da compressão mecânica dos vasos coronarianos, devido à contração mais forte do
miocárdio circundante (músculo do coração), tendendo a reduzir o fluxo
coronário. Entretanto, um efeito oposto resulta da duração aumentada da
diástole (maior tempo de relaxamento do coração).
− ação direta sobre os vasos coronarianos, embora seja um efeito de pequena monta, se
comparado ao terceiro fator.
− efeito dilatador metabólico resultante da força de contração aumentada e devido a
metabólitos produzidos localmente, resultantes da hipóxia miocárdica
reativa.
O aumento do fluxo de sangue nos vasos coronarianos é necessário para
preservar a integridade do miocárdio que está trabalhando mais durante o
transe. Contudo, pessoas que têm problemas nesses vasos tenderão a aumentá-los
mais.
3. Efeitos Cardíacos
A adrenalina é um poderoso estimulante. Age diretamente no miocárdio,
células do marcapasso e tecidos de condução (do ritmo cardíaco). Essa
estimulação é independente das alterações da função cardíaca secundária ao
retorno venoso aumentado e a outros efeitos vasculares periféricos. É
interessante notar que, sendo uma função essencialmente de doação, a
mediunidade se utiliza em larga escala do funcionamento do coração, o órgão
cuja relação psíquica é a doação.
A frequência cardíaca aumenta e, muitas vezes, o ritmo cardíaco é
alterado. Os médiuns, portanto, tendem a apresentar arritmias cardíacas.
A sístole cardíaca (contração da musculatura do coração), é mais curta e
mais poderosa. O débito cardíaco (quantidade de sangue que o coração ejeta e
manda para o corpo) é aumentado. O trabalho do coração e o consumo de oxigênio
são aumentados acentuadamente. A eficiência cardíaca (trabalho realizado em
relação ao consumo de oxigênio) é diminuída.
O eletrocardiograma (ECG) também apresenta alterações:
− diminuição da amplitude da onda T
− desvio do seguimento S-T, podendo ser atribuído a hipóxia miocárdica.
A mediunidade não age como um exercício aeróbico que melhora o
funcionamento cardíaco. Antes ela representa uma estimulação que precisa ser
bem dosada para que se obtenham os melhores resultados.
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4. Efeitos sobre os músculos lisos
Os efeitos são variáveis nos diferentes órgãos. A musculatura lisa
gatrintestinal é relaxada. O tônus intestinal diminui, a frequência e amplitude
das contrações espontâneas são reduzidas. O estômago é geralmente relaxado e os
esfíncteres, pilórico e ileocecal, são contraídos. No entanto, esses efeitos
dependem do tônus pré-existente na musculatura do estômago. Se ele já estiver
baixo, ocorrerá contração. Isso justifica a necessidade de alimentação leve
antes das sessões mediúnicas e por quê, algumas vezes, o estômago parece
"torcer-se".
A adrenalina relaxa o músculo detrusor da bexiga e contrai o trígono e os
músculos do esfíncter. Isto pode resultar numa hesitação na micção e contribuir
para a retenção de urina na bexiga. Havendo retenção, a possibilidade de
formação de cálculos vesicais aumenta a longo prazo.
5. Efeitos Respiratórios
A adrenalina estimula a respiração, mas é um efeito breve. Ela afeta a
respiração mais significativamente através de suas ações periféricas,
particularmente relaxando a musculatura brônquica. Possui uma ação
broncodilatadora poderosa, mais evidente quando a musculatura brônquica está
contraída devido a doenças como asma. Há aumento da capacidade vital e alívio
da mucosa brônquica. Provavelmente isso ocorra por diminuição da liberação de
histamina.
A adrenalina aumenta a frequência respiratória e o volume corrente,
reduzindo, assim, o conteúdo de gás carbônico nos alvéolos.
Sabendo-se da necessidade aumentada de oxigênio durante o transe
mediúnico, esse aumento da função respiratória é coerente e facilmente
previsível.
6. Efeitos metabólicos
A adrenalina eleva as concentrações sanguíneas de glicose e de lactato. O
efeito predominante sobre a insulina é o de inibição. A adrenalina diminui a
captação de glicose pelos tecidos periféricos, em parte pela ação da insulina,
mas estimula a glicogenólise (quebra da molécula de glicose armazenada), na
maior parte dos tecidos. O transe mediúnico consome glicose, inclusive aquela
armazenada pelo corpo, levando a perda de peso.
Não se deve descuidar, portanto, do consumo de glicose durante o transe
mediúnico. É preciso que, antes da sessão, o médium tenha se alimentado. A
alimentação deve ser forte o suficiente para prover a quantidade necessária de
glicose e leve o bastante para não pesar no estômago, já que o sangue está
desviado para fora dessa víscera.
Ocorre aumento na concentração de ácidos graxos livres no sangue pela
ativação da lípase (enzima que digere gordura). A gordura é depositada na
musculatura e no fígado, provavelmente devido à quantidade aumentada de ácidos
graxos no sangue. Ocorre ainda aumento de colesterol, fosolipídios e
lipoproteínas, aumentando também a incidência de arteriosclerose e doenças da
artéria coronariana.
A ação calorigênica (aumento do metabolismo), refere-se a um aumento da
ordem de 20 a 30% no consumo de oxigênio. O médium tem uma sensação de calor e
os gastos de energia diminuem o peso.
7. Efeitos variados
A adrenalina promove redução no voluime plasmático circulante, pela perda
de líquidos sem proteínas para o espaço extracelular, aumentando assim as
concentrações eritrocitárias (de glóbulos vermelhos), e de proteínas
plasmáticas. Isso deve ser cuidado com a ingestão de líquidos antes da sessão,
pois o médium sentirá sede e a falta de líquido circulante predispõe à formação
de cálculos renais, na vesícula e na bexiga.
Ocorre aumento na contagem leucocitária total (número de glóbulos
brancos, responsáveis pela defesa imunológica do organismo), mas causa
eosinopenia (diminuição dos glóbulos vermelhos). Alterações do hemograma podem
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aparecer sem estar acompanhadas de sintomas de anemia ou diminuição na
capacidade de reagir a infecções, gripes e resfriados.
A adrenalina promove aceleração da coagulação sanguínea, provavelmente
devida à atividade aumentada do fator V de coagulação.
A ação sobre as glândulas secretoras não é acentuada. Na maior parte das
glândulas a secreção é inibida, parcialmente pelo fluxo de sangue reduzido pela
vasoconstrição. O médium então tenderá a alterações hormonais discretas ou com
sintomas, como hipoglicemia, hipotiroidismo, etc.
A adrenalina causa estimulação da secreção de lágrimas e de uma secreção
mucosa escassa das glândulas salivares. É comum o médium chorar durante a
sessão, não significando necessariamente tristeza.
Ocorre ainda sudorese e aumento da atividade pilomotora. A pessoa sente
arrepios, não relacionados a frio, e diz que é o espírito, quando, na verdade,
trata-se de uma reação normal à descarga de adrenalina que ocorre no transe
mediúnico. O suor tem um odor característico diferente do suor de exercício
físico.
A adrenalina causa midríase por contração da musculatura ocular e
abaixamento da pressão intra-ocular, tanto em pessoas normais, como em
portadores de glaucoma.
A adrenalina não excita diretamente a musculatura esquelética (ligada aos
ossos, com comando voluntário), mas facilita a transmissão neuromuscular e
abole temporariamente a fadiga devido à estimulação rápida prolongada do nervo
motor. Há aumento real na força motora dos membros.
Doses elevadas ou repetidas de adrenalina, ou correspondente de excesso
de transes mediúnicos, levam a lesão das paredes arteriais e do miocárdio. São
lesões graves com aparecimento de regiões necróticas (com morte de células),
semelhantes às do enfarto do miocárdio.
8. Efeitos sobre o sistema nervoso central (SNC)
A adrenalina não é um estimulante poderoso do SNC por causa da
dificuldade dessa molécula muito polar (com carga elétrica importante),
penetrar no SNC.
Em muitas pessoas, a adrenalina pode causar agitação, apreensão, cefaléia
(dor de cabeça), e tremores. Esses efeitos podem ser secundários aos efeitos
cardiorrespiratórios e metabólicos periféricos. Esses sintomas não devem ser
confundidos com o tipo de espírito manifestante, nem com determinado tipo de
mediunidade ou trabalho mediúnico.
Além dessas alterações que ocorrem em níveis químicos, a mediunidade
ocasiona alterações em níveis menores intracelulares.
As pessoas que apresentam capacidade mediúnica têm metabolismo energético
próprio, adequado a essa função. São grandes produtores de ectoplasma.
Ectoplasma, que Kardec chama de energia vital, é o veículo transmissor do
pensamento e, portanto, necessário para a realização do transe mediúnico. Ele é
composto de uma parte material (energia vinda da respiração), e outra parte
imaterial (o fluido vital).
Todo transe mediúnico consome energia que é obtida nos processos
respiratórios em nível intracelular.
No corpo humano, as células apresentam estruturas, lugares específicos
para cada função, que são as organelas. Em todas as células humanas há a
organela responsável pela produção de energia: as mitocôndrias, local onde
ocorre a respiração celular.
O processo químico da respiração consiste basicamente em deslocar
elétrons de um complexo (substância cuja molécula é grande), para outro, até
chegar ao oxigênio - o receptor final de elétrons. A passagem de elétrons de um
para outro complexo libera energia na forma de fótons (onda eletromagnética de
luz), que é armazenada numa molécula especial: o trifosfato de adenosina ou
ATP. Sempre que há necessidade de energia, qualquer célula do organismo irá
recorrer às moléculas de ATP, bastando retirar um fosfato e transformar em ADP
(adenosina difosfato). A transformação em monofosfato é menos energética. Esses
ATP's formados nas mitocôndrias podem ser usados imediatamente ou podem ser
guardados pelo organismo, na forma de gordura (tecido adiposo).
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Paralelamente à formação dos fótons, ocorre um escape energético da
energia que está agregada ao fluido vital da pessoa, fabricando o ectoplasma.
Esse processo está na dependência do gene contido na mitocôndria, um gene
circular que não faz parte dos genes nucleares. Cada mitocôndria possui um gene
circular e o número de mitocôndrias numa célula é muito variável. Os músculos
estriados (músculos esqueléticos), são as células que mais têm mitocôndrias,
podendo chegar a um total de 300 dessas estruturas numa única fibra (célula
muscular).
Pessoas com abundante produção de ectoplasma são mais sensíveis às
percepções mediúnicas, pois o veículo do pensamento em grande quantidade
facilita isso. Essas percepções podem ser desagradáveis e, num mecanismo de
defesa e proteção contra elas, o próprio organismo encarrega-se de minorá-las.
Isso pode ser feito de dois modos:
− diminuindo a produção global de energia e de ATP, por diminuição do aporte de oxigênio,
por doenças pulmonares ou por tabagismo.
− utilizando o maior número possível de ATP (deslocando a reação para esse lado) e
armazenando-o na forma de gordura, na obesidade.
Em níveis ainda menores, ondulatórios ou de consciência, os sintomas que
a pessoa irá sentir devidos à mediunidade ocorrerão na área psíquica e serão
sintomas mentais, vivências internas e/ou comportamentais.
Os fenômenos mediúnicos sempre ocorrem com uma alteração do nível de
consciência, isto é, do estado de vigília, do quanto estamos acordados e
despertos para o mundo à nossa volta. Naturalmente, o nível de consciência de
uma pessoa oscila durante o dia a cada 90 minutos: a pessoa como que "adormece"
e volta a acordar, repetindo o ciclo várias vezes.
Essas variações normais da consciência predispõem ao transe mediúnico,
quando o nível rebaixado é aprofundado e a duração prolongada. Com isso, há uma
dificuldade em perceber a realidade, o mundo e as coisas ao redor, as quais
parecem diferentes, com menos densidade e peso, estrutura. É a desrealização,
uma sensação de estranheza para com as coisas.
Concomitantemente, a pessoa sente-se também ela estranha, como se não
existisse uma relação contínua entre ela agora e a de minutos atrás, como se
ela tivesse se tornado uma outra pessoa, mas não totalmente diferente dela. É a
despersonalização.
Observam-se oscilações bruscas de humor, irritabilidade, tristeza,
tendência ao choro ou euforia, alegria exagerada, sem motivo, pueril e tendendo
facilmente à irritação e à briga.
Pensamentos recorrentes, repetitivos, são frequentes, sejam sobre
assuntos complexos (o futuro da pessoa, sua capacidade de realização, auto-
estima), sejam sobre questões triviais (brigar com o vizinho, intolerância).
A capacidade crítica está prejudicada e a pessoa parece não entender
explicações recebidas, repetindo a mesma frase ou decisão anterior, apesar de
ter prestado atenção à conversa.
A capacidade de concentrar-se também diminui e a pessoa fica dispersiva,
distrai-se com qualquer coisa. Seu pragmatismo, a capacidade de realizar coisas
úteis, diminui.
Há, porém, um juízo preservado e a pessoa tem consciência de todos esses
sintomas e sofre com isso. Essa percepção correta do que está acontecendo é
importante para diferir, psicopatologicamente, os fenômenos mediúnicos dos
quadros de psicose.
Em níveis psíquicos mais profundos, subconsciente, também há alterações.
No cérebro humano, há uma região importante bem no meio, o hipotálamo.
Por estar na parte interna do cérebro, essa região não é cortical (parte mais
externa), e, por isso, não é consciente - apenas o que ocorre no córtex
cerebral é consciente.
No hipotálamo estão os núcleos nervosos responsáveis pelos comportamentos
psicobiológicos básicos, de sobrevivência. Isso não é exclusivo do ser humano e
é chamado de cérebro reptiliano, um cérebro de lagartixa que provê apenas a
vida daquela criatura e de sua espécie.
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Os comportamentos psicobiológicos são quatro: fome, sono, agressividade e
sexualidade. Na mediunidade, todos podem estar alterados, mas o mais comum é a
alteração de um ou dois, que se alterna com a dos outros no decorrer do tempo.
A fome pode estar aumentada (como já foi visto) ou diminuída, numa
negação da vida.
O sono pode estar aumentado ou diminuído ou fragmentado. Sendo uma das
fases do ciclo sono-vigília que mais depende do relógio biológico humano, está
em relação direta com o funcionamento da pineal. Sempre que afetado, para mais
ou para menos, será um sono de baixa qualidade, não reparador. O sono coloca a
pessoa encarnada em contato direto com o mundo espiritual. As perturbações do
sono representam, portanto, perturbações desse intercâmbio. Assim, os períodos
de adormecer e despertar são importantes para o preparo do sono e no trazer
suas recordações.
A agressividade estará aumentada, determinando comportamentos de
irritação, intolerância, discussão e brigas, até de violências físicas. quando
voltada para si, a agressividade exacerbada torna-se a base dos transtornos de
humor (depressão ou mania), do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), das
fobias (medos específicos), da síndrome de pânico (desespero perante a vida e
principalmente diante do limite da morte). Pode também chegar à auto-violência
física - o suicídio.
A sexualidade estará comprometida (não no sentido de homo ou
heterossexualidade), com comportamentos bizarros (perversões) e perda de
domínio (compulsões). Além disso, e muito mais frequente, a sexualidade
apresenta-se alterada como a base dos relacionamentos e vínculos humanos. A
sexualidade alterada levará ao isolamento social, afastamento do convívio das
pessoas, exclusão e abandono de si e do mundo.
Em nível inconsciente, Jung refere-se às instâncias da mente humana. Há
quatro diferentes formas de o ser humano perceber a realidade e agrupam-se duas
a duas, complementando-se. Há, pois, o seguinte esquema:
INTUIÇÃO
(espiritualidade)
EMOÇÃO ____________|____________ RAZÃO
(coração, sentimentos) | (cérebro, pensar)
SENSAÇÃO
(corpo como um todo)
O equilíbrio central é raro e momentâneo, pois a mente é dinâmica e não
somos perfeitos. Sempre que um dos pólos estiver super-excitado (continuamente
gastando a maior parte da energia da mente), o pólo oposto estará atrofiado,
necessitando de energia, atenção e desenvolvimento.
O conjunto de opostos RAZÃO - EMOÇÃO foi bem explicado na peça teatral
"Conhecimento e Boa Vontade".
O binômio INTUIÇÃO - SENSAÇÃO reporta-nos à base orgânica da mediunidade:
os hormônios sexuais. É na puberdade, com o afloramento da sexualidade, que a
mediunidade começa a aparecer. Essa relação entre mediunidade e sexualidade não
poderia ser diferente, pois a sexualidade é a base dos vínculos entre os seres
humanos, e a mediunidade é uma função baseada em vínculos, em convivência. A
mediunidade vincula os seres encarnados e desencarnados, para que, convivendo,
possam evoluir harmoniosamente.
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