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Comunicação Empresarial – Teorias das Relações Públicas
João Lacerda , João Roque ,Nuno Sequeira,
Relações Públicas
&
Estratégias das Relações Públicas em Caso de Crise
Resumo
Este trabalho pretende abordar o conceito de Relações Públicas, a sua função,
e demonstrar a importância das estratégias de Relações Públicas em caso de
crise.
Palavras-chave: Relações Públicas, Estratégia das Relações Públicas em
Caso de Crise
Abstract
This study addresses the concept of Public Relations to its function and
demonstrates the importance of Public Relations strategies in case of crisis
Keywords: Public Relations, Public Relations strategies in case of crisis
2
Introdução
Com a Globalização surge a necessidade de umas Relações Públicas
competentes e pró-activas, o que levou forçosamente à evolução destas dentro
dos novos contextos o que trouxe ainda mais ênfase ao seu papel nas
organizações. As Relações Públicas desempenham, cada vez mais, um papel
fundamental nas nossas sociedades e perspectiva-se que, com a actual
tendência de mercados, cada vez sejam mais importantes pois cada vez mais a
gestão da comunicação é um factor preponderante ao sucesso. As relações
públicas intervêm na construção e na manutenção de linhas mútuas de
comunicação, entendimento, aprovação e colaboração entre a organização e
os seus públicos.
A área de actuação das Relações Públicas tem como objectivo gerir
casos menos favoráveis, ou então executar o devido tratamento de temáticas
de que respeitem á empresa. Neste sentido algumas das principais funções
das RP são, auxiliar a administração na tomada de decisão, mantê-la
devidamente informada sobre a opinião pública, e capacita-la para responder
caso seja conveniente. Define e sublinha a responsabilidade da administração
em servir o interesse do público, coloca-a a par das mudanças e auxilia na sua
adaptação. Através de uma comunicação racional e ética tem como base
promover não só promover a imagem da empresa no exterior, mas também no
seu interior.
As empresas na actualidade estão cada vez mais “aptas” a enfrentar
problemas com seus públicos, por vezes devido a falhas da sua própria
responsabilidade, em outros acontecimentos poderá verificar-se o contrário.
Estas ocorrências que geram o descontentamento dos constituintes, podendo
ser apenas conflitos se consequências de maior, ou então podem transformar-
se em crises, se não forem contornados de forma adequada e no tempo hábil.
As Relações Públicas em caso de crise tem como principal objectivo evitarem
que a imagem organizacional seja danificada.
3
1.Relações Públicas
Segundo Philip Kotler e Kevin Keller, autores do livro Administração de
Marketing, as empresas necessitam de interagir de forma construtiva com
todos os seus stakeholders. (Todos aqueles que tenham interesse na empresa,
ou interessam á empresa.)
“ Um público é qualquer grupo que tenha um interesse real ou potencial
na empresa ou que possa ter impacto em sua capacidade de atingir seus
objectivos. As relações públicas envolvem uma serie de programas
desenvolvidos para promover ou proteger a imagem de uma empresa ou dos
seus produtos em particular.” (Kotler, keller, 2007)
Neste sentido as empresas devem planear medidas concretas para gerir
todo o processo de relações com os seus públicos mais importantes, na
maioria dos casos é criado um departamento de relações públicas que
proporciona relacionamentos favoráveis e aconselha a administração da
empresa a adoptar programas positivos e a eliminar praticas questionáveis, a
fim de evitar publicidade negativa.
De acordo com os autores anteriormente referidos, o departamento de
relações públicas tem cinco principais funções. As relações com imprensa, e
para tal as RP apresentam notícias e informações sobre a organização com o
melhor enfoque. A publicidade produto conjugando esforços para divulgar
produtos específicos.
A comunicação corporativa, actuando através de comunicações
internas e externas, proporcionando assim uma melhor compreensão da
empresa pelos diferentes públicos.
O Lobby, sendo o principal objectivo negociar com legisladores e
autoridades governamentais a promoção ou alteração da legislação e de
regulamentações a favor dos interesses da empresa. Aconselhamento,
esclarece a administração quanto a problemas públicos e quanto às posições e
á imagem da empresa, nos bons e maus momentos.
Segundo os autores do Livro de Ouro das Relações Públicas, José
Cabrero e Mário Cabrero, “ Esta actividade de alta direcção está orientada para
4
conseguir a credibilidade e confiança dos públicos, mediante negociações
pessoais, utilizando, em tempo oportuno, diversas técnicas de difusão e
divulgação, visando as pessoas e as organizações para potenciar as suas
atitudes e acções”. (Cabrero e Cabrero, 2001)
1.1.Relações Públicas de Marketing
Philip Kotler e Kevin Keller afirmam que cada vez mais as empresas estão
a direccionar a actividade das relações públicas na direcção do departamento
de marketing, ou seja, aumentando a actuação das RP transformando-as
essencialmente em relações públicas de marketing.
As RP de marketing são fundamentais ao nível do apoio no lançamento
de produtos, apoio no reposicionamento de um produto maduro, a título de
exemplo o caso de New York, em 1970 era uma cidade bastante criticada na
imprensa até que surgiu a campanha “ I love New York” que alterou tal facto.
Na captação do interesse por uma categoria de produtos, na influência
sobre grupos alvos específicos, como é o caso do patrocínio que a Red Bull,
marca de bebidas energéticas efectua em relação a eventos de desportos
radicais. As relações públicas de marketing exercem também funções em
relação á defesa de produtos que enfrentam problemas públicos, como foi
o caso da marca portuguesa de cigarros SG Ventil, referente a uma acusação
na imprensa devido ao uso de substâncias proibitivas nos cigarros. Por fim, na
construção de uma imagem corporativa que reflicta favoravelmente nos
produtos, como é o caso dos livros de Bill Gates ajudaram a criar uma imagem
corporativa inovadora para a Microsoft Corporation.
2.Estratégias das Relações Públicas em Caso de Crise
Segundo vários autores quando as empresas se destacam no seu próprio
sector, quer ele seja industrial, comercial ou de serviços, existem factores que
podem colocar em causa o bom funcionamento da empresa no futuro, tanto a
curto como a longo prazo. A referida afirmação poderá dever-se a,
acontecimentos imprevistos ou acidentais, a acontecimentos previsíveis como
5
a crise conjuntural, ou seja, mudanças de tendência económica que poderá
afectar todo o processo de laboração e desenvolvimento. Acontecimentos
tendentes a reconversão da empresa, com o encerramento parcial ou total,
emergindo a crise estrutural, factor poderá ter implicações ao nível social. As
estratégias de Relações Públicas relacionadas com os tempos de crise devem
ser planeadas e adaptas a cada situação em particular de modo a que seja
transmitida a informação adequada, tanto á opinião pública, aos públicos
internos e externos.
2.1.Função das Relações Públicas Empresariais nos
Acontecimentos Imprevistos Acidentais.
Relativamente aos acontecimentos imprevistos acidentais, existe a noção
que tal poderá acontecer, contudo é desconhecido quando e como poderão
ocorrer.
De acordo com José Cabrero e Mário Cabrero este tipo de
acontecimentos com alto factor de risco, ocorrem com mais frequência nas
actividades industriais, como a sociedades químicas e nucleares, ou serviços
relacionados com o transporte de matérias relacionadas com as áreas
mencionadas. De modo geral quando acorrem fenómenos inesperados o
tempo para reagir é pouco, e uma crise que poderá afectará a empresa emerge
rapidamente. Neste sentido devem ser tomadas medidas adequadas de gestão
empresarial para que a imagem e a credibilidade da empresa não seja
deteriorada.
De acordo com os vários ramos de actividade estes acontecimentos
agrupam-se segundo acorram em organizações dos seguintes tipo:
Relativamente a empresas industriais poderão surgir riscos catastróficos como
incêndios, destruição e inundação, ou riscos de processamento, como
contaminação ambiental, de produtos, etc. Considerando as empresas
comerciais e de serviços, será importante referir que qualquer acontecimento
imprevisto acidental tem repercussões nas empresas industriais. Nas empresas
comerciais e de serviços as circunstâncias imprevisíveis poderão relacionar-se
6
com greves gerais ao nível dos transportes de passageiros e de mercadorias,
estações de serviços, hotéis, suspensão dos pagamentos por terceiros, clientes
que passam a arrastar financeiramente as empresas, transmissão de uma
péssima imagem ao sector, e encerramento de um mercado nacional ou
estrangeiro por força maior.
Nas sociedades financeiras onde também são incluídas as seguradoras e
as imobiliárias este género de acontecimentos afecta essencialmente a
imagem e a credibilidade da empresa. Estes acontecimentos podem
caracterizar-se por prejuízos extraordinários, maus investimentos, quebras e
suspensões de pagamentos, escândalos fiscais ou má administração e estados
financeiros incorrectos.
2.2.Estratégias de RP Acordo com Acontecimentos Imprevistos
Acidentais
Em certas situações em que estes acontecimentos são previsíveis ou até
esperados normalmente é mais fácil preparar reacções e coordenar esforços
no sentido da recuperação, estes esforços são normalmente desenvolvidos e
concretizados num manual de crises, que tem contido em si um plano
estratégico que deverá ser seguido nestas situações. Para este efeito deverão
ser identificados os pontos débeis e deverão ser elaboradas tácticas de forma
ordenada e concisa que irão servir de base para a elaboração do manual para
casos de crise e que serão consultados como guia geral na eventualidade de
situações de crise sendo depois adaptado em função das circunstâncias.
Vamos supor, por exemplo, uma empresa química com possibilidades de
contaminação ou explosão, ou o caso de uma empresa de lacticínios com
problemas derivados da qualidade ou higiene do produto.
A missão dos R.P. não será apenas a de reagir no que respeita à
comunicação e à sua aplicação na Empresa mas também a de prever as
possibilidades de crises que possam ocorrer, a prazo mais longo, tendo em
vista;
7
 Clientes
 Bancos
 Organismos Oficiais
 O pessoal
Nestes casos, o especialista em Relações Públicas, irá colaborar com um
plano de trabalho com vista à elaboração do manual de crises, cuja elaboração
e preparação será levada a cabo em sintonia com técnicos e altos executivos
da Empresa e através de hipóteses, simulações e casos reais ocorridos
recentemente, não só na Empresa, mas como em outras Empresas do sector
cujos casos tenham sido seguidos de perto.
2.2.1.Planeamento do Trabalho
Para um planeamento adequado e eficaz estabelecem-se as seguintes
fases;
1. Análise da situação.
2. Planeamento de uma estratégia operativa.
3. Elaboração e desenvolvimento do manual de crises perante uma
situação de emergência.
Vejamos agora o desenvolvimento mais pormenorizado de cada uma
dessas fases.
Análise da situação
Fazer a análise detalhada da situação da Empresa e da sua imagem, o
que compreende;
Uma análise interna;
Há que conhecer os seus departamentos, hierarquias, linhas de produtos,
aspectos técnicos e económicos para poder identificar os seus pontos fortes e
os seus pontos fracos. Há portanto que analisar todas as seguintes
constituintes;
 Tipo jurídico da sociedade;
8
 Fiscalidade;
 Informação do sector económico a que pertence;
 Análise Financeira;
 Análise de custos;
 Análise do processo produtivo;
 Análise do produto;
produto diferenciado;
produto substitutivo.
 Instalações das unidades industriais, centro e escritórios de
comercialização;
 Equipa directiva;
 Organigrama funcional;
 Politica Comercial de Marketing;
 Politica de preços;
 Comércio internacional;
 Grau de penetração em outros mercados e sua potencialidade;
 Grau de qualidade;
 Competitividade e concorrência;
 Grau de autonomia financeira;
 Grau de autonomia em fornecimentos de matérias-primas;
 Grau de investigação tecnológica.
Uma análise externa;
Permite detectar os inconvenientes que podem ter origem tanto nos
nossos públicos como nos dos nossos concorrentes, aprofundando:
 Grau de liderança no sector e no mercado.
2.3.A recolha, e consequente aplicação, de opiniões dos
diversos sectores e públicos;
9
Isto inclui agentes de valores, analistas, investidores, accionistas, meios
de comunicação e opinião pública em geral com o intuito de conhecer a sua
opinião em relação à nossa;
 Ponderação externa da equipa directiva;
 Grau de liderança em relação ao sector;
 Grau de liderança em relação ao mercado;
 Grau de potencialidade económica e financeira.
2.4.Planeamento de uma estratégia operativa;
Deverá ser levada a cabo em coordenação com os executivos da
organização, estudando as suas características e desenvolvendo as seguintes
fases;
a) Após a determinação dos pontos fortes e fracos há que proceder a um
diagnóstico.
b) Devem ser propostas medidas correctoras conforme esse mesmo
diagnóstico.
c) As medidas que sejam aplicadas (de imagem, tipo industrial ou
Marketing) serão as linhas condutoras no desenvolvimento de futuras acções
dentro da Empresa ou organização.
d) Será elaborado um estudo de previsão de custos para avaliar a
rentabilidade de cada medida que se pretenda tomar.
e) Criar-se-ão mecanismos de controlo de previsão através de reuniões
periódicas.
f) Para finalizar será elaborado um plano de contingência que estabelecerá
o tipo de decisões que se deverão tomar perante um determinado
acontecimento imprevisto.
Este plano estratégico irá permitir manter ou até melhorar a imagem em
função dos interesses da organização, utilizando as técnicas de Relações
Públicas anteriormente expostas para conseguir a credibilidade absoluta.
10
3.Execução e Desenvolvimento do Manual de Crises Perante
uma Situação de Emergência
Com a finalidade de reagir em situações de emergência ou crises, uma
vez conhecida ao máximo a organização e baseando-nos em raciocínios
lógicos que vislumbrem os riscos que podem advir da actividade a que ela se
dedica, obteremos uma aproximação real do objectivo que nos interessa
alcançar.
Em função desse estudo e tomando em conta possíveis margens de erro,
pois qualquer situação de crise poderá ter parecenças a uma anterior mas
nunca é igual, serão iniciadas uma serie de acções dirigidas aos vários
públicos com que se relaciona a organização, apresentando informação cujas
conclusões e acções a desenvolver se inscreverão no manual de crises e que
se concretizam no seguinte plano estratégico:
a) Delinear as repercussões que possam motivar um problema numa
situação de crise, tanto no que respeita à produção, qualidade, serviços,
gravidade dos prejuízos, duração dos mesmos, recuperação ou não das
instalações e, em definitivo, uma avaliação global e real da situação.
b) Posicionamento desta situação, ou seja, quando, onde, como e porquê
nos poderia afectar directa ou indirectamente.
c) Desenvolvimento, através de um Brainstorming de possíveis soluções,
tanto técnicas como económicas ou comerciais, juntando os executivos da
organização com o departamento das Relações Públicas com o intuito de
estabelecer na Empresa as estratégias vinculadas com a opinião pública
interna e externa.
d) Análise das possíveis soluções por uma comissão criada para esse
efeito que emita pontos de vista críticos sobre o que foi escolhido.
e) Desenvolvimento de um projecto com soluções finais firmes e coerentes,
para sair quanto antes da crise, perante clientes e opinião pública.
f) Conclusões finais.
g) Aplicação e execução das medidas propostas que serão registadas num
manual de crise desenvolvido para cada risco.
11
3.1Tratamento da informação perante uma situação de crise
Passaremos a mostrar as opiniões de algumas das personalidades mais
importantes no Mundo das relações Públicas;
Ivy Lee, conhecido como o predecessor das Relações Públicas modernas
dizia:
“O Público não deve ser ignorado mas deve antes ser informado,
aplicando técnicas de “open book”, sem hipocrisia nem segredos, perante
qualquer crise e aplicando, devidamente e a tempo, as Relações Públicas. Em
suma, abrir as portas da empresa ao público interessado, dando-lhe
informações oportunas e adequadas sobre as matérias de interesse geral,
tendo sempre em conta os interessas das empresas, bem como o das
instituições públicas ou entidades relacionadas com o caso.”
Michael Regester, especialista em Relações Públicas defende que a
exposição realista dos acontecimentos perante os públicos tem a seguinte
ordem de prioridades:
a) Honestidade, sobretudo e sempre.
b) Sinceridade, acessibilidade e franqueza.
c) Oportunidade.
d) Actividade e nunca passividade.
Professor Doutor Sam Black, professor honorário de Relações Públicas
da Escola Superior Empresarial de Relações Públicas de Barcelona e Madrid
(ESERP) e também na Universidade de Stirling, quando confrontado com esta
questão replica que gosta de definir as situações de crise como incógnitas
dado que, na sua opinião, esta expressão descreve melhor que qualquer outra
a natureza das situações imprevistas.
As incógnitas podem ser de dois tipos, conhecidas ou desconhecidas, e
são definidas por essa mesma característica. Sam Black propõe, para
solucionar este tipo de problemas, uma detalhada informação escrita que se
apresentará à direcção.
12
Uma vez aprovada, tomar as medidas necessárias segundo um esquema
que se divide em quatro elementos-chave;
1. Estabelecimento de normas, por parte da Empresa, para resolver
emergências.
2. Métodos comprovados de comunicação, que incluirão instalações e
equipamento.
3. Pessoal instruído para empreender acções rápidas caso se produza um
acontecimento sério.
4. Resposta imediata e verídica.
Após a exposição da opinião e metodologias de alguns profissionais de
renome da área vamos sublinhar, em jeito de conclusão, a importância de um
factor. Uma vez passados os primeiros dias é aconselhável transmitir
mensagens para reafirmar a confiança na empresa, bem como a sua
credibilidade. Ao mesmo tempo deve-se desenvolver uma notícia sobre a
companhia em que se noticie um outro qualquer acontecimento verificado na
empresa.
Será fundamental que a opinião pública tome conta que existe um esforço
constante por parte da empresa no sentido de combater a crise e continuar em
frente, ou melhor, dar a entender que o acontecimento não prejudicou tanto a
empresa como a princípio seria de esperar.
Alguns dos motivos por que, através de publicidade e relações com os
media, a empresa deve conseguir aparecer nos meios de comunicação social
são:
1. Criação de uma comissão de crise para da atenção aos interesses
afectados.
2. Propor soluções, com uma comissão de seguimento, para que os
resultados sejam palpáveis e visíveis perante a opinião pública.
3. Introduzir notícias sobre um importante projecto de melhoramentos.
Organizar um evento especial.
4. Recompilação de opiniões de personalidades que apoiem a empresa.
5. Dar a conhecer as manifestações de apoio recebidas.
13
6. Pronunciar declarações alentadoras e realizar previsões ou análises de
recuperação.
7. Publicar planos de sobre o próximo ano através de informações
inovadoras.
8. Desenvolver um programa para afectados, se os houver, e dar a
conhecer os seus progressos.
Com todas estas medidas a empresa conseguirá um adequado e vigoroso
plano de Relações Públicas tendente a reforçar a nossa posição para com os
clientes, bancos, fornecedores e accionistas, imprescindível em circunstâncias
difíceis.
14
Conclusão
Como demonstrámos acima as Relações Públicas assumem um papel
importantíssimo nas organizações dos dias de hoje. Seja pela forma como
tratam e mediam a transmissão de informação dentro e fora da organização ou
pelas metodologias que oferecem para lidar com as mais variadas e difíceis
situações. Mostrámos a importância das Relações Públicas na gestão de
situações de crise ou situações inesperadas para a organização/empresa, pela
forma como mediam a transmissão de informação, o que se revela fundamental
nos dias de hoje e no actual cenário Mundial.
Para agir com eficácia na sua função, é necessário que o profissional
reconheça e tenha acesso a todas as relações de poder que ocorrem na
empresa, para assim medir os seus efeitos, positivos ou negativos, em todo o
ambiente da organização.
As crises quando ocorrem e não têm o devido tratamento, afectam
seriamente a imagem organizacional causando danos irreversíveis Neste
sentido o profissional de relações públicas deve interferir de modo evitar crises,
não meramente através de formas de dominar a situação, mas principalmente
estabelecendo medidas preventivas.
Presentemente vivemos num ambiente altamente conectado e interligado,
onde a comunicação/informação “desloca-se a velocidade da luz”, exigindo um
feedback instantâneo. Toda esta interacção repentina gera aspectos positivos e
negativos. O mundo empresarial vê-se confrontado com uma questão de alta
importância, um problema simples pode transformar-se numa crise de
proporções mundiais em breves instantes. As empresas devem ter em
consideração que em muitos casos o sucesso não funciona com um método
que afasta conflitos ou crises, mas sim como um autêntico “engodo” para tais
casos. Como tal as empresas devem planear e estruturar um plano que
assegure respostas competentes às diversas contrariedades.
15
Bibliografia
Kotler, P. & Keller, K. Administração & Marketing. Trad. Mónica Rosenberg,
Brasil Ramos Fernandes, Cláudia Freire; revisão técnica Dilson dos Santos.
12ª Edição. São Paulo: Person Prentice Hall, 2006
CABRERO, José Daniel Barquero, Manual de Relaciones Públicas
Empresariales, 1ªed., Barcelona, Ediciones Géstion 2000, 1994
VIANA, C. & HORTINHA, J. (2005). Marketing Internacional. Edições Sílabo. 3ª
Edição. Lisboa
BARQUERO CABRERO, José Daniel & BARQUERO CABRERO, Mário. O
livro de ouro das Relações Públicas. Trad. De Abílio Fonseca. Porto: Porto
Editora, 2001.
PEAK, Wilbur J.; Community Relations, in Philip Lesly (ed.), Lesly’s Handbook
of Public Relations and Communications. Chicago, Probus Publishing
Company, 4ªedª., 1991.
LINDON, D. et al; Mercator XXI- Teoria e Prática do Marketing; 12ª edição;
Publicações Dom Quixote, Alfragide, 2009
Webgrafia
http://diario2.com/relacoes-publicas-online-com-monitorizacao-
e-sem-croquete-3823 - acedido até 30 Dezembro 2009-12-30
http://www.portalrp.com.br/projetosacademicos/conceituais02/
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Estratc3a9gias das-relac3a7c3b5es-pc3bablicas-em-caso-de-crise

  • 1. Comunicação Empresarial – Teorias das Relações Públicas João Lacerda , João Roque ,Nuno Sequeira, Relações Públicas & Estratégias das Relações Públicas em Caso de Crise Resumo Este trabalho pretende abordar o conceito de Relações Públicas, a sua função, e demonstrar a importância das estratégias de Relações Públicas em caso de crise. Palavras-chave: Relações Públicas, Estratégia das Relações Públicas em Caso de Crise Abstract This study addresses the concept of Public Relations to its function and demonstrates the importance of Public Relations strategies in case of crisis Keywords: Public Relations, Public Relations strategies in case of crisis
  • 2. 2 Introdução Com a Globalização surge a necessidade de umas Relações Públicas competentes e pró-activas, o que levou forçosamente à evolução destas dentro dos novos contextos o que trouxe ainda mais ênfase ao seu papel nas organizações. As Relações Públicas desempenham, cada vez mais, um papel fundamental nas nossas sociedades e perspectiva-se que, com a actual tendência de mercados, cada vez sejam mais importantes pois cada vez mais a gestão da comunicação é um factor preponderante ao sucesso. As relações públicas intervêm na construção e na manutenção de linhas mútuas de comunicação, entendimento, aprovação e colaboração entre a organização e os seus públicos. A área de actuação das Relações Públicas tem como objectivo gerir casos menos favoráveis, ou então executar o devido tratamento de temáticas de que respeitem á empresa. Neste sentido algumas das principais funções das RP são, auxiliar a administração na tomada de decisão, mantê-la devidamente informada sobre a opinião pública, e capacita-la para responder caso seja conveniente. Define e sublinha a responsabilidade da administração em servir o interesse do público, coloca-a a par das mudanças e auxilia na sua adaptação. Através de uma comunicação racional e ética tem como base promover não só promover a imagem da empresa no exterior, mas também no seu interior. As empresas na actualidade estão cada vez mais “aptas” a enfrentar problemas com seus públicos, por vezes devido a falhas da sua própria responsabilidade, em outros acontecimentos poderá verificar-se o contrário. Estas ocorrências que geram o descontentamento dos constituintes, podendo ser apenas conflitos se consequências de maior, ou então podem transformar- se em crises, se não forem contornados de forma adequada e no tempo hábil. As Relações Públicas em caso de crise tem como principal objectivo evitarem que a imagem organizacional seja danificada.
  • 3. 3 1.Relações Públicas Segundo Philip Kotler e Kevin Keller, autores do livro Administração de Marketing, as empresas necessitam de interagir de forma construtiva com todos os seus stakeholders. (Todos aqueles que tenham interesse na empresa, ou interessam á empresa.) “ Um público é qualquer grupo que tenha um interesse real ou potencial na empresa ou que possa ter impacto em sua capacidade de atingir seus objectivos. As relações públicas envolvem uma serie de programas desenvolvidos para promover ou proteger a imagem de uma empresa ou dos seus produtos em particular.” (Kotler, keller, 2007) Neste sentido as empresas devem planear medidas concretas para gerir todo o processo de relações com os seus públicos mais importantes, na maioria dos casos é criado um departamento de relações públicas que proporciona relacionamentos favoráveis e aconselha a administração da empresa a adoptar programas positivos e a eliminar praticas questionáveis, a fim de evitar publicidade negativa. De acordo com os autores anteriormente referidos, o departamento de relações públicas tem cinco principais funções. As relações com imprensa, e para tal as RP apresentam notícias e informações sobre a organização com o melhor enfoque. A publicidade produto conjugando esforços para divulgar produtos específicos. A comunicação corporativa, actuando através de comunicações internas e externas, proporcionando assim uma melhor compreensão da empresa pelos diferentes públicos. O Lobby, sendo o principal objectivo negociar com legisladores e autoridades governamentais a promoção ou alteração da legislação e de regulamentações a favor dos interesses da empresa. Aconselhamento, esclarece a administração quanto a problemas públicos e quanto às posições e á imagem da empresa, nos bons e maus momentos. Segundo os autores do Livro de Ouro das Relações Públicas, José Cabrero e Mário Cabrero, “ Esta actividade de alta direcção está orientada para
  • 4. 4 conseguir a credibilidade e confiança dos públicos, mediante negociações pessoais, utilizando, em tempo oportuno, diversas técnicas de difusão e divulgação, visando as pessoas e as organizações para potenciar as suas atitudes e acções”. (Cabrero e Cabrero, 2001) 1.1.Relações Públicas de Marketing Philip Kotler e Kevin Keller afirmam que cada vez mais as empresas estão a direccionar a actividade das relações públicas na direcção do departamento de marketing, ou seja, aumentando a actuação das RP transformando-as essencialmente em relações públicas de marketing. As RP de marketing são fundamentais ao nível do apoio no lançamento de produtos, apoio no reposicionamento de um produto maduro, a título de exemplo o caso de New York, em 1970 era uma cidade bastante criticada na imprensa até que surgiu a campanha “ I love New York” que alterou tal facto. Na captação do interesse por uma categoria de produtos, na influência sobre grupos alvos específicos, como é o caso do patrocínio que a Red Bull, marca de bebidas energéticas efectua em relação a eventos de desportos radicais. As relações públicas de marketing exercem também funções em relação á defesa de produtos que enfrentam problemas públicos, como foi o caso da marca portuguesa de cigarros SG Ventil, referente a uma acusação na imprensa devido ao uso de substâncias proibitivas nos cigarros. Por fim, na construção de uma imagem corporativa que reflicta favoravelmente nos produtos, como é o caso dos livros de Bill Gates ajudaram a criar uma imagem corporativa inovadora para a Microsoft Corporation. 2.Estratégias das Relações Públicas em Caso de Crise Segundo vários autores quando as empresas se destacam no seu próprio sector, quer ele seja industrial, comercial ou de serviços, existem factores que podem colocar em causa o bom funcionamento da empresa no futuro, tanto a curto como a longo prazo. A referida afirmação poderá dever-se a, acontecimentos imprevistos ou acidentais, a acontecimentos previsíveis como
  • 5. 5 a crise conjuntural, ou seja, mudanças de tendência económica que poderá afectar todo o processo de laboração e desenvolvimento. Acontecimentos tendentes a reconversão da empresa, com o encerramento parcial ou total, emergindo a crise estrutural, factor poderá ter implicações ao nível social. As estratégias de Relações Públicas relacionadas com os tempos de crise devem ser planeadas e adaptas a cada situação em particular de modo a que seja transmitida a informação adequada, tanto á opinião pública, aos públicos internos e externos. 2.1.Função das Relações Públicas Empresariais nos Acontecimentos Imprevistos Acidentais. Relativamente aos acontecimentos imprevistos acidentais, existe a noção que tal poderá acontecer, contudo é desconhecido quando e como poderão ocorrer. De acordo com José Cabrero e Mário Cabrero este tipo de acontecimentos com alto factor de risco, ocorrem com mais frequência nas actividades industriais, como a sociedades químicas e nucleares, ou serviços relacionados com o transporte de matérias relacionadas com as áreas mencionadas. De modo geral quando acorrem fenómenos inesperados o tempo para reagir é pouco, e uma crise que poderá afectará a empresa emerge rapidamente. Neste sentido devem ser tomadas medidas adequadas de gestão empresarial para que a imagem e a credibilidade da empresa não seja deteriorada. De acordo com os vários ramos de actividade estes acontecimentos agrupam-se segundo acorram em organizações dos seguintes tipo: Relativamente a empresas industriais poderão surgir riscos catastróficos como incêndios, destruição e inundação, ou riscos de processamento, como contaminação ambiental, de produtos, etc. Considerando as empresas comerciais e de serviços, será importante referir que qualquer acontecimento imprevisto acidental tem repercussões nas empresas industriais. Nas empresas comerciais e de serviços as circunstâncias imprevisíveis poderão relacionar-se
  • 6. 6 com greves gerais ao nível dos transportes de passageiros e de mercadorias, estações de serviços, hotéis, suspensão dos pagamentos por terceiros, clientes que passam a arrastar financeiramente as empresas, transmissão de uma péssima imagem ao sector, e encerramento de um mercado nacional ou estrangeiro por força maior. Nas sociedades financeiras onde também são incluídas as seguradoras e as imobiliárias este género de acontecimentos afecta essencialmente a imagem e a credibilidade da empresa. Estes acontecimentos podem caracterizar-se por prejuízos extraordinários, maus investimentos, quebras e suspensões de pagamentos, escândalos fiscais ou má administração e estados financeiros incorrectos. 2.2.Estratégias de RP Acordo com Acontecimentos Imprevistos Acidentais Em certas situações em que estes acontecimentos são previsíveis ou até esperados normalmente é mais fácil preparar reacções e coordenar esforços no sentido da recuperação, estes esforços são normalmente desenvolvidos e concretizados num manual de crises, que tem contido em si um plano estratégico que deverá ser seguido nestas situações. Para este efeito deverão ser identificados os pontos débeis e deverão ser elaboradas tácticas de forma ordenada e concisa que irão servir de base para a elaboração do manual para casos de crise e que serão consultados como guia geral na eventualidade de situações de crise sendo depois adaptado em função das circunstâncias. Vamos supor, por exemplo, uma empresa química com possibilidades de contaminação ou explosão, ou o caso de uma empresa de lacticínios com problemas derivados da qualidade ou higiene do produto. A missão dos R.P. não será apenas a de reagir no que respeita à comunicação e à sua aplicação na Empresa mas também a de prever as possibilidades de crises que possam ocorrer, a prazo mais longo, tendo em vista;
  • 7. 7  Clientes  Bancos  Organismos Oficiais  O pessoal Nestes casos, o especialista em Relações Públicas, irá colaborar com um plano de trabalho com vista à elaboração do manual de crises, cuja elaboração e preparação será levada a cabo em sintonia com técnicos e altos executivos da Empresa e através de hipóteses, simulações e casos reais ocorridos recentemente, não só na Empresa, mas como em outras Empresas do sector cujos casos tenham sido seguidos de perto. 2.2.1.Planeamento do Trabalho Para um planeamento adequado e eficaz estabelecem-se as seguintes fases; 1. Análise da situação. 2. Planeamento de uma estratégia operativa. 3. Elaboração e desenvolvimento do manual de crises perante uma situação de emergência. Vejamos agora o desenvolvimento mais pormenorizado de cada uma dessas fases. Análise da situação Fazer a análise detalhada da situação da Empresa e da sua imagem, o que compreende; Uma análise interna; Há que conhecer os seus departamentos, hierarquias, linhas de produtos, aspectos técnicos e económicos para poder identificar os seus pontos fortes e os seus pontos fracos. Há portanto que analisar todas as seguintes constituintes;  Tipo jurídico da sociedade;
  • 8. 8  Fiscalidade;  Informação do sector económico a que pertence;  Análise Financeira;  Análise de custos;  Análise do processo produtivo;  Análise do produto; produto diferenciado; produto substitutivo.  Instalações das unidades industriais, centro e escritórios de comercialização;  Equipa directiva;  Organigrama funcional;  Politica Comercial de Marketing;  Politica de preços;  Comércio internacional;  Grau de penetração em outros mercados e sua potencialidade;  Grau de qualidade;  Competitividade e concorrência;  Grau de autonomia financeira;  Grau de autonomia em fornecimentos de matérias-primas;  Grau de investigação tecnológica. Uma análise externa; Permite detectar os inconvenientes que podem ter origem tanto nos nossos públicos como nos dos nossos concorrentes, aprofundando:  Grau de liderança no sector e no mercado. 2.3.A recolha, e consequente aplicação, de opiniões dos diversos sectores e públicos;
  • 9. 9 Isto inclui agentes de valores, analistas, investidores, accionistas, meios de comunicação e opinião pública em geral com o intuito de conhecer a sua opinião em relação à nossa;  Ponderação externa da equipa directiva;  Grau de liderança em relação ao sector;  Grau de liderança em relação ao mercado;  Grau de potencialidade económica e financeira. 2.4.Planeamento de uma estratégia operativa; Deverá ser levada a cabo em coordenação com os executivos da organização, estudando as suas características e desenvolvendo as seguintes fases; a) Após a determinação dos pontos fortes e fracos há que proceder a um diagnóstico. b) Devem ser propostas medidas correctoras conforme esse mesmo diagnóstico. c) As medidas que sejam aplicadas (de imagem, tipo industrial ou Marketing) serão as linhas condutoras no desenvolvimento de futuras acções dentro da Empresa ou organização. d) Será elaborado um estudo de previsão de custos para avaliar a rentabilidade de cada medida que se pretenda tomar. e) Criar-se-ão mecanismos de controlo de previsão através de reuniões periódicas. f) Para finalizar será elaborado um plano de contingência que estabelecerá o tipo de decisões que se deverão tomar perante um determinado acontecimento imprevisto. Este plano estratégico irá permitir manter ou até melhorar a imagem em função dos interesses da organização, utilizando as técnicas de Relações Públicas anteriormente expostas para conseguir a credibilidade absoluta.
  • 10. 10 3.Execução e Desenvolvimento do Manual de Crises Perante uma Situação de Emergência Com a finalidade de reagir em situações de emergência ou crises, uma vez conhecida ao máximo a organização e baseando-nos em raciocínios lógicos que vislumbrem os riscos que podem advir da actividade a que ela se dedica, obteremos uma aproximação real do objectivo que nos interessa alcançar. Em função desse estudo e tomando em conta possíveis margens de erro, pois qualquer situação de crise poderá ter parecenças a uma anterior mas nunca é igual, serão iniciadas uma serie de acções dirigidas aos vários públicos com que se relaciona a organização, apresentando informação cujas conclusões e acções a desenvolver se inscreverão no manual de crises e que se concretizam no seguinte plano estratégico: a) Delinear as repercussões que possam motivar um problema numa situação de crise, tanto no que respeita à produção, qualidade, serviços, gravidade dos prejuízos, duração dos mesmos, recuperação ou não das instalações e, em definitivo, uma avaliação global e real da situação. b) Posicionamento desta situação, ou seja, quando, onde, como e porquê nos poderia afectar directa ou indirectamente. c) Desenvolvimento, através de um Brainstorming de possíveis soluções, tanto técnicas como económicas ou comerciais, juntando os executivos da organização com o departamento das Relações Públicas com o intuito de estabelecer na Empresa as estratégias vinculadas com a opinião pública interna e externa. d) Análise das possíveis soluções por uma comissão criada para esse efeito que emita pontos de vista críticos sobre o que foi escolhido. e) Desenvolvimento de um projecto com soluções finais firmes e coerentes, para sair quanto antes da crise, perante clientes e opinião pública. f) Conclusões finais. g) Aplicação e execução das medidas propostas que serão registadas num manual de crise desenvolvido para cada risco.
  • 11. 11 3.1Tratamento da informação perante uma situação de crise Passaremos a mostrar as opiniões de algumas das personalidades mais importantes no Mundo das relações Públicas; Ivy Lee, conhecido como o predecessor das Relações Públicas modernas dizia: “O Público não deve ser ignorado mas deve antes ser informado, aplicando técnicas de “open book”, sem hipocrisia nem segredos, perante qualquer crise e aplicando, devidamente e a tempo, as Relações Públicas. Em suma, abrir as portas da empresa ao público interessado, dando-lhe informações oportunas e adequadas sobre as matérias de interesse geral, tendo sempre em conta os interessas das empresas, bem como o das instituições públicas ou entidades relacionadas com o caso.” Michael Regester, especialista em Relações Públicas defende que a exposição realista dos acontecimentos perante os públicos tem a seguinte ordem de prioridades: a) Honestidade, sobretudo e sempre. b) Sinceridade, acessibilidade e franqueza. c) Oportunidade. d) Actividade e nunca passividade. Professor Doutor Sam Black, professor honorário de Relações Públicas da Escola Superior Empresarial de Relações Públicas de Barcelona e Madrid (ESERP) e também na Universidade de Stirling, quando confrontado com esta questão replica que gosta de definir as situações de crise como incógnitas dado que, na sua opinião, esta expressão descreve melhor que qualquer outra a natureza das situações imprevistas. As incógnitas podem ser de dois tipos, conhecidas ou desconhecidas, e são definidas por essa mesma característica. Sam Black propõe, para solucionar este tipo de problemas, uma detalhada informação escrita que se apresentará à direcção.
  • 12. 12 Uma vez aprovada, tomar as medidas necessárias segundo um esquema que se divide em quatro elementos-chave; 1. Estabelecimento de normas, por parte da Empresa, para resolver emergências. 2. Métodos comprovados de comunicação, que incluirão instalações e equipamento. 3. Pessoal instruído para empreender acções rápidas caso se produza um acontecimento sério. 4. Resposta imediata e verídica. Após a exposição da opinião e metodologias de alguns profissionais de renome da área vamos sublinhar, em jeito de conclusão, a importância de um factor. Uma vez passados os primeiros dias é aconselhável transmitir mensagens para reafirmar a confiança na empresa, bem como a sua credibilidade. Ao mesmo tempo deve-se desenvolver uma notícia sobre a companhia em que se noticie um outro qualquer acontecimento verificado na empresa. Será fundamental que a opinião pública tome conta que existe um esforço constante por parte da empresa no sentido de combater a crise e continuar em frente, ou melhor, dar a entender que o acontecimento não prejudicou tanto a empresa como a princípio seria de esperar. Alguns dos motivos por que, através de publicidade e relações com os media, a empresa deve conseguir aparecer nos meios de comunicação social são: 1. Criação de uma comissão de crise para da atenção aos interesses afectados. 2. Propor soluções, com uma comissão de seguimento, para que os resultados sejam palpáveis e visíveis perante a opinião pública. 3. Introduzir notícias sobre um importante projecto de melhoramentos. Organizar um evento especial. 4. Recompilação de opiniões de personalidades que apoiem a empresa. 5. Dar a conhecer as manifestações de apoio recebidas.
  • 13. 13 6. Pronunciar declarações alentadoras e realizar previsões ou análises de recuperação. 7. Publicar planos de sobre o próximo ano através de informações inovadoras. 8. Desenvolver um programa para afectados, se os houver, e dar a conhecer os seus progressos. Com todas estas medidas a empresa conseguirá um adequado e vigoroso plano de Relações Públicas tendente a reforçar a nossa posição para com os clientes, bancos, fornecedores e accionistas, imprescindível em circunstâncias difíceis.
  • 14. 14 Conclusão Como demonstrámos acima as Relações Públicas assumem um papel importantíssimo nas organizações dos dias de hoje. Seja pela forma como tratam e mediam a transmissão de informação dentro e fora da organização ou pelas metodologias que oferecem para lidar com as mais variadas e difíceis situações. Mostrámos a importância das Relações Públicas na gestão de situações de crise ou situações inesperadas para a organização/empresa, pela forma como mediam a transmissão de informação, o que se revela fundamental nos dias de hoje e no actual cenário Mundial. Para agir com eficácia na sua função, é necessário que o profissional reconheça e tenha acesso a todas as relações de poder que ocorrem na empresa, para assim medir os seus efeitos, positivos ou negativos, em todo o ambiente da organização. As crises quando ocorrem e não têm o devido tratamento, afectam seriamente a imagem organizacional causando danos irreversíveis Neste sentido o profissional de relações públicas deve interferir de modo evitar crises, não meramente através de formas de dominar a situação, mas principalmente estabelecendo medidas preventivas. Presentemente vivemos num ambiente altamente conectado e interligado, onde a comunicação/informação “desloca-se a velocidade da luz”, exigindo um feedback instantâneo. Toda esta interacção repentina gera aspectos positivos e negativos. O mundo empresarial vê-se confrontado com uma questão de alta importância, um problema simples pode transformar-se numa crise de proporções mundiais em breves instantes. As empresas devem ter em consideração que em muitos casos o sucesso não funciona com um método que afasta conflitos ou crises, mas sim como um autêntico “engodo” para tais casos. Como tal as empresas devem planear e estruturar um plano que assegure respostas competentes às diversas contrariedades.
  • 15. 15 Bibliografia Kotler, P. & Keller, K. Administração & Marketing. Trad. Mónica Rosenberg, Brasil Ramos Fernandes, Cláudia Freire; revisão técnica Dilson dos Santos. 12ª Edição. São Paulo: Person Prentice Hall, 2006 CABRERO, José Daniel Barquero, Manual de Relaciones Públicas Empresariales, 1ªed., Barcelona, Ediciones Géstion 2000, 1994 VIANA, C. & HORTINHA, J. (2005). Marketing Internacional. Edições Sílabo. 3ª Edição. Lisboa BARQUERO CABRERO, José Daniel & BARQUERO CABRERO, Mário. O livro de ouro das Relações Públicas. Trad. De Abílio Fonseca. Porto: Porto Editora, 2001. PEAK, Wilbur J.; Community Relations, in Philip Lesly (ed.), Lesly’s Handbook of Public Relations and Communications. Chicago, Probus Publishing Company, 4ªedª., 1991. LINDON, D. et al; Mercator XXI- Teoria e Prática do Marketing; 12ª edição; Publicações Dom Quixote, Alfragide, 2009 Webgrafia http://diario2.com/relacoes-publicas-online-com-monitorizacao- e-sem-croquete-3823 - acedido até 30 Dezembro 2009-12-30 http://www.portalrp.com.br/projetosacademicos/conceituais02/ 0109.pdf - acedido até 30 Dezembro 2009-12-30