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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE JUIZ DE FORA - MG 
CAROLINA ALMEIDA BEDIN 
SIMONE CÂNDIDA DA SILVA 
A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA: PLANO 
DE COMUNICAÇÃO INTERNA PARA A EMPRESA FUTURA COMUNICAÇÃO 
JUIZ DE FORA 
2012
CAROLINA ALMEIDA BEDIN 
SIMONE CÂNDIDA DA SILVA 
A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA: PLANO 
DE COMUNICAÇÃO INTERNA PARA A EMPRESA FUTURA COMUNICAÇÃO 
Monografia apresentada à Faculdade 
Estácio de Sá de Juiz de Fora como 
requisito parcial para obtenção do grau de 
Bacharel em Comunicação Social, com 
habilitação em Jornalismo. 
Orientadora: Mestre Fabiana Nogueira 
Neves 
JUIZ DE FORA 
2012
CAROLINA ALMEIDA BEDIN 
SIMONE CÂNDIDA DA SILVA 
A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA: PLANO 
DE COMUNICAÇÃO INTERNA PARA A EMPRESA FUTURA COMUNICAÇÃO 
Monografia apresentada à Faculdade Estácio de 
Sá de Juiz de Fora como requisito parcial para 
obtenção do grau de Bacharel em Comunicação 
Social, com habilitação em Jornalismo. 
Orientadora: Mestre Fabiana Nogueira Neves 
Aprovada em _____/_____/ de 2012. 
BANCA EXAMINADORA 
______________________________________________________________ 
Profª. Ms. Orientadora: Fabiana Nogueira Neves 
______________________________________________________________ 
Profº. Ms. Bruno Vieira Moreira 
Faculdade Estácio de Sá de Juiz de Fora 
______________________________________________________________ 
Profº Ms. Antônio Carlos da Hora 
Faculdade Estácio de Sá de Juiz de Fora
Aos nossos pais por todo carinho, dedicação 
e exemplo de vida por permitirem à nós a 
realização dos nossos sonhos como extensão 
dos seus próprios. Sem a existência e 
determinação dessas quatro pessoas, nada 
seria possível.
AGRADECIMENTOS 
Concretizar uma graduação é o primeiro passo para a concretização do futuro que 
almejamos. Se não tivéssemos ido até o final dessa primeira etapa, todo o resto do 
nosso planejamento e da nossa realização pessoal estaria comprometido. Sendo 
assim, nossa certeza de que seriamos jornalistas significaria em nossas vidas 
apenas o rascunho de um sonho incompleto. Porém, desde o início dessa árdua 
estrada tivemos a sorte e a felicidade de encontrar pessoas incríveis. Tais pessoas 
não foram escadas, mas sim alicerces em nossas vidas. Pessoas que nos 
acompanharam de perto, estiveram ao nosso lado a cada lágrima, a cada tropeço, a 
cada fraquejo, a cada pensamento negativo ou aspiração de desistência e estavam 
ali, quando por ventura, nos desequilibramos no meio do caminho. O papel delas era 
nos colocar novamente no rumo certo. A essas pessoas, todo o meu carinho, 
respeito e gratidão. 
Primeiramente, agradecemos a Deus pela força em momentos de fraqueza. 
Agradecemos aos nossos pais por terem nos dado o privilégio de estarmos nessa 
vida e por acreditarem que todos os obstáculos poderiam e valeriam a pena de 
serem ultrapassados por acreditarem que seriamos capazes. Á Suely, José Sérgio, 
Solange e José (Zinho) todo o nosso amor. 
Agradecemos aos nossos irmãos pelo apoio e consideração de sempre. Vocês são 
figuras importantes na concretização desse objetivo de vida. 
Agradecemos aos nossos amigos que direta e indiretamente contribuíram para o 
nosso trabalho e por estarem sempre ao nosso lado nos momentos de dificuldade. 
Evidentemente não poderia ser diferente, a nossa felicidade de hoje também é um 
pouco deles. 
Agradecemos à nossa orientadora, Fabiana, por toda atenção e dedicação que nos 
ofereceu desde o início dessa ideia. Para ela, nossa sincera gratidão. 
Agradecemos à Silvânia sempre tão solícita e carinhosa com as nossas 
necessidades.
Agradecemos aos nossos mestres que foram responsáveis por ter nos cativado, nos 
inspirado e alimentado a paixão pelo Jornalismo. 
Agradecemos aos proprietários da empresa Futura Comunicação pela oportunidade 
de realizar esse importante projeto. 
E por último e não menos importante, a certeza de escolhemos a pessoa certa para 
a concretização desse trabalho é uma grande felicidade. Agradecemos, por fim, a 
possibilidade de ter encontrado alguém com características semelhantes de 
determinação e coragem e, que apesar de todos os desafios, a confiança de que no 
final daria certo foi maior que qualquer inquietação. Agradecemos o presente de ter 
reencontrado essa amizade que possibilitou o sucesso da nossa parceria de vida, da 
nossa parceria acadêmica e em breve, a certeza de que comemoraremos com o 
mesmo entusiasmo, a nossa parceria profissional.
A comunicação informa, motiva, ensina, emociona, vende, 
distrai, entusiasma, dá status, constrói mitos, destrói 
reputações, forma opiniões, deforma pensamentos, distorce 
fatos, orienta, desorienta, faz rir,faz chorar, inspira, narcotiza, 
reduza solidão e – num paradoxo que confirma a grande 
magnitude do seu potencial – produz até mesmo a 
incomunicação. (MATOS,2009,p.XXIX)
RESUMO 
Este trabalho de conclusão de curso foi proposto para organizar um plano de 
comunicação para a empresa Futura Comunicação. Diferentemente de empresas de 
publicidade e propaganda, a empresa atua com um caráter jornalístico e se destaca 
na prestação de serviços de produção de conteúdo, assessoria de comunicação e 
assessoria de imprensa. Durante o progresso do projeto são apresentados conceitos 
de comunicação empresarial dando ênfase à comunicação interna e imagem 
empresarial, objetos de estudo. O objetivo deste trabalho é apontar gargalos 
comunicacionais, identificados mediante estudo e pesquisa, e propor possíveis 
soluções, afirmando a importância da comunicação interna na prática organizacional 
como ferramenta estratégica. Não somente focando na obtenção de lucros, mas 
fazendo com que a empresa compreenda qual o seu papel social. 
Palavras chaves: Futura Comunicação, Comunicação Empresarial, Comunicação 
Interna, Plano de Comunicação.
SUMÁRIO 
1 – INTRODUÇÃO ............................................................................................... 11 
2 – A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL................................................................... 14 
2.1 – O SURGIMENTO DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL NO MUNDO E NO 
BRASIL .................................................................................................................. 19 
3 – A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL ASSUME CARÁTER ESTRATÉGICO 
.................................................................................................................................. 22 
3.1 – A NECESSIDADE DO PLANEJAMENTO NA COMUNICAÇÃO 
ORGANIZACIONAL.................................................................................................. 23 
3.2 – A COMUNICAÇÃO INTERNA ........................................................................ 25 
3.3 – MODALIDADES DE COMUNICAÇÃO INTERNA ........................................... 28 
4 – FUTURA COMUNICAÇÃO................................................................................. 32 
4.1 – A COMUNICAÇÃO NA FUTURA COMUNICAÇÃO ........................................ 33 
4.2 – APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS ........................................................... 34 
5 – PLANO DE COMUNICAÇÃO ........................................................................... 37 
5.1 – APRESENTAÇÃO ........................................................................................ 37 
5.2 – OBJETIVOS .................................................................................................. 37 
5.3 – PÚBLICO ALVO ............................................................................................ 38 
5.4 – ATIVIDADES ................................................................................................ 38 
5.5 – RESPONSABILIDADES ................................................................................ 48 
5.7 – CRONOGRAMA DE ATIVIDADES ................................................................ 48 
5.6 – RECURSOS NECESSÁRIOS E CUSTOS .................................................... 49 
6 – CONCLUSÃO ................................................................................................. 50 
7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 53 
8 – APÊNDICE ...................................................................................................... 55 
8.1 – BRIEFING ..................................................................................................... 55 
8.2 – QUESTIONÁRIOS APLICADOS .................................................................. 59 
8.3 – GRÁFICOS ...................................................................................................... 62
SUMÁRIO DE IMAGENS 
FIGURA 1: PIRÂMIDE DAS NECESSIDADES DE MASLOW ............................... 31 
FIGURA 2: MURAL ATUAL DA EMPRESA ........................................................... 33 
FIGURA 3: JORNAL MURAL ................................................................................. 39 
FIGURA 4: NEWSLETTER ................................................................................... 40 
FIGURA 5: NEWSLETTER ................................................................................... 41 
FIGURA 6: CARTÕES COMEMORATIVOS ......................................................... 42 
FIGURA 7: ORIENTAÇÕES DE COMPORTAMENTO .......................................... 43 
FIGURA 8: ORIENTAÇÕES DE COMPORTAMENTO .......................................... 44 
FIGURA 9: ORIENTAÇÕES DE COMPORTAMENTO .......................................... 45 
FIGURA 10: GRUPO FACEBOOK ....................................................................... 46
11 
1- INTRODUÇÃO 
Um dos grandes desafios enfrentados pelas empresas 
contemporâneas nos dias atuais é, sem sombra de dúvida, encontrar a melhor 
maneira de se comunicar com seu primeiro e principal cliente: o público interno. De 
certa forma, problemas que surgem a partir do mau relacionamento e comunicação 
ineficiente entre funcionários e patrões e, muitas vezes, entre funcionários e 
funcionários é fator determinante para o insucesso da organização diante dos 
demais públicos corporativos. 
A falta de comunicação adequada com esse público implica em um 
clima organizacional prejudicial para a empresa e para os colaboradores. 
Consequentemente, tais dificuldades refletem-se nas tarefas a serem executadas e 
também influirão de forma significativa, no produto final. Isso, evidentemente, atinge 
um dos objetivos mais almejados pelo empresariado: o lucro. 
Administradores de algumas organizações não tem conhecimento da 
diferença que a integração da Comunicação Organizacional pode fazer pela 
empresa. Tampouco estão cientes da maneira certa de lidar com os funcionários e 
acreditam serem eles meros coadjuvantes no processo empresarial. Diversas vezes, 
os tratam como servidores puramente desconectados do restante da sociedade; 
esquecem-se que eles são potenciais multiplicadores de fatos negativos 
relacionados à empresa e, em alguns casos, até mesmo possíveis clientes. 
Questões problemas que, se bem tratadas e resolvidas em sua raiz, não serviriam 
de combustível para a concorrência e não fomentariam, em casos extremos, a 
falência da corporação. 
Em vista do exposto, o objetivo desse trabalho é estudar a metodologia 
surgida nos Estados Unidos da América, em 1906, que colocou em voga todo o 
trabalho de comunicação exclusivo para empresas. Tal ferramenta é conhecida 
como Comunicação Empresarial, também como Corporativa ou Organizacional. 
Após apresentar os principais conceitos da teoria, apresenta-se um Plano de 
Comunicação para a empresa Futura Comunicação. Concebido a partir de 
informações colhidas por metodologia própria da área, o planejamento propõe 
mudanças na estrutura comunicacional da organização. 
Além disso, o presente Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) 
abordará essencialmente, de que forma a Comunicação Empresarial focada na
12 
Comunicação Interna pode auxiliar no desenvolvimento e crescimento da empresa, 
além de estabelecer por intermédio de algumas ferramentas, a melhoria do trabalho 
desenvolvido pelos profissionais dessa organização. 
Para cumprir com esta proposta, a monografia está estruturada em três 
capítulos, além da introdução, conclusão e apêndices. No primeiro capítulo foram 
explorados os conceitos desenvolvidos por renomados teóricos da área como 
Cláudio Amaral, Margarida Maria Krohling Kunsch, Wilson da Costa da Bueno, Jorge 
Duarte, Rubens Figueiredo, Paulo Nassar, entre outros, que determinam o que é 
Comunicação Empresarial e como sucedeu o seu surgimento no mundo. Após isso, 
foi delimitado um breve histórico da evolução da Comunicação Empresarial no Brasil 
que descreve os caminhos percorridos por essa metodologia em terras tupiniquins e 
quais foram os precursores que fizeram dessa teoria uma ferramenta indispensável 
para o modo de comunicar-se organizacionalmente. 
Já o capítulo dois, disserta sobre a Comunicação Interna, que nada 
mais é do que qualquer trabalho comunicacional específico que vise atingir os 
colaboradores de determinada empresa. A Comunicação Interna engloba ações 
direcionadas aos funcionários, além de desenvolver materiais exclusivos, como 
Jornal Mural, Revista, Intranet, Jornal Eletrônico, Impresso, entre outros. Nesse 
capítulo, a Comunicação Empresarial foi analisada sob o prisma estratégico da 
metodologia que buscou entender qual a sua importância enquanto planejamento 
dentro da corporação. 
O capítulo quatro apresenta a Futura Comunicação, empresa escolhida 
como foco de ação nesse trabalho, assim como a análise dos resultados obtidos 
pelas sondagem de clima organizacional aplicada pelas autoras. A partir de tal 
exposição, foi possível colocar em prática a teoria estudada anteriormente por 
intermédio de um Plano de Comunicação, o principal objetivo desse trabalho. 
O último e quinto capítulo menciona o Plano de Comunicação que visa 
estabelecer estratégias a serem implementadas na empresa Futura Comunicação. A 
finalidade do plano é diminuir ou extinguir os gargalos comunicacionais identificados 
por meio dos estudos realizados. 
O projeto conta com sumário especifico que busca esclarecer questões 
problemas identificadas na Futura Comunicação. Além disso, sugere a adoção de 
estratégias mencionadas pelos autores estudados. Ou seja, o que se propõe nesse 
projeto não abrange inovação ou propostas inéditas no universo comunicacional,
13 
mas sim a adequação de recursos simples e de baixo custo que poderão oferecer 
soluções a curto e médio prazo. O objetivo da implementação do plano é oferecer 
aos funcionários melhor qualidade de trabalho e clima organizacional propício e 
estimulante às práticas profissionais, questão que influencia de forma determinante 
no resultado do trabalho e, por consequência na fidelização de funcionários e 
clientes da empresa, refletindo no lucro obtido por ela. 
O Plano de Comunicação atende às premissas de apresentação do 
projeto em si; refere-se ao público-alvo a ser atingido pelas estratégias; descreve as 
atividades propostas; delibera as tarefas a serem executadas e as responsabilidades 
de cada membro da equipe; menciona os recursos necessários e os custos das 
atividades e por fim, destaca o cronograma de atividades que deverão ser realizadas 
na empresa Futura Comunicação.
14 
2. A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL 
A metodologia que estabelece padrões que visam o diálogo direto ou 
indireto com o público de uma determinada organização denomina-se Comunicação 
Empresarial, Organizacional ou Coorporativa, ou seja, essas terminologias são 
utilizadas para designar a comunicação realizada pelas empresas. (KUNSCH, 2003, 
p.149). Segundo Rivaldo Chinem (2003), este é o processo – conjunto de métodos, 
técnicos, recursos, meios – pelo qual a empresa se dirige ao público interno (seus 
funcionários) e ao público externo (seus consumidores). 
A rede de informação de uma empresa não se limita a praticar 
técnicas de comunicação. Mais do que isso, faculta à organização o 
contato direto com seus públicos, de forma que saiba o que os 
empregados e os consumidores pensam ou querem. (CHINEM, 
2003, p. 46). 
Entretanto, Paulo Nassar e Rubens Figueiredo ressaltam que a 
comunicação empresarial não pode ser resumida em um conjunto de regras prontas 
e imutáveis oriundas de um dicionário. 
Ou seja, simplesmente como “um conjunto de métodos e técnicas de 
comunicação dentro da empresa dirigida ao público interno 
(funcionários) e ao público externo (clientes, fornecedores, 
consumidores etc.)”. Até porque definições como essas precisam ser 
sempre revistas em função das mudanças da sociedade e do 
ambiente empresarial. (FIGUEIREDO e NASSAR, 2007, p.18) 
Conforme Juarez Bahia (2006), esta teoria está intrínseca à cultura da 
empresa, ou seja, quanto mais esclarecida for a organização sobre seu papel social, 
mais apta estará a se informar. 
A comunicação empresarial – informar empregados, acionistas ou 
consumidores, governo, etc -, com eficiência e objetividade, tornou-se 
uma função complexa e passou a ser objeto de disciplina escolar. 
Tornou-se uma necessidade, mais exigida à medida que cresce a 
responsabilidade social das empresas e dos empresários. (BAHIA, 
2006, p.10) 
Já no âmbito da Comunicação Empresarial encontra-se uma gama de 
vertentes e desdobramentos que são classificados como Comunicação
15 
Administrativa, Comunicação Mercadológica, Comunicação Institucional e 
Comunicação Interna. Conforme Tavares (2011), sobre Comunicação Administrativa 
subentende-se toda e qualquer interação comunicacional processada dentro da 
organização, “no âmbito das funções administrativas” que permite dar vazão ao 
sistema da empresa por intermédios de “fluxos e redes”. Já a Comunicação 
Mercadológica admite toda a “produção mercadológica dos objetos”, ou seja, é 
responsável pela divulgação de forma publicitária dos produtos e serviços da 
organização. A Comunicação Institucional se define como um “conjunto de 
procedimentos destinados a interesse público sobre as filosofias, as políticos, as 
práticas das organizações, de modo a tornar compreensível essas propostas”, além 
disso, é da alçada institucional zelar pela construção da imagem e identidade de 
uma empresa, bem como viabilizar “a gestão estratégica de relações públicas”. 
(TAVARES, 2011, p. 11). Por último e não menos importante, a Comunicação 
Interna, que se refere aos funcionários de uma organização, foco de estudo desse 
trabalho irá ser tratada de forma mais abrangente em um capítulo próprio, no 
decorrer do trabalho. 
No entanto, Bueno acredita que a Comunicação Empresarial brasileira 
não é sinônimo de coerência entre teoria e prática no que diz respeito a realidade. 
Para Bueno, os profissionais não levam em consideração os conceitos dessa 
ferramenta e não a utilizam como deveriam. “Manda quem pode, obedece quem tem 
juízo”, esse é o lema repetido e praticado na maioria das organizações. (BUENO, 
2007, p.18) 
Mas, ainda assim, esta metodologia, seja qual for a forma como é 
aplicada, está diretamente ligada à imagem institucional que público interno e 
externo tem sobre a organização, podendo inclusive, em alguns casos ser 
determinante para o sucesso do negócio. Para Figueiredo e Nassar, uma boa 
comunicação empresarial é condição primária para uma boa imagem institucional da 
empresa. (FIGUEIREDO,NASSAR, 2007, p.24) 
(...) a comunicação empresarial é, hoje, tão fundamental que deveria 
envolver diretamente os presidentes das empresas. Isso porque 
comunicação empresarial é a somatória de todas as atividades de 
comunicação da empresa. Elaborada de forma multidisciplinar – a 
partir de métodos e técnicas de relações públicas, jornalismo, lobby, 
propaganda, promoções, pesquisa e marketing – e direcionada à 
sociedade, formadores de opinião, consumidores e colaboradores
16 
(trabalhadores, fornecedores, e parceiros). Elaboração esta que tem 
sempre como referência básica o planejamento estratégico da 
empresa. (FIGUEIREDO e NASSAR, 2007, p.19). 
A comunicação em atmosfera empresarial se tornou tão presente que 
integra e influencia a qualidade do artigo final ou serviço que a instituição oferece a 
sociedade, uma vez que este produto transmita as questões que compõem a razão 
de ser de uma empresa. 
A comunicação é o espelho da cultura empresarial e reflete, 
necessariamente, os valores das organizações. Se eles caminham 
para valorizar o profissionalismo, a transparência, a responsabilidade 
social e a participação, a comunicação se orienta no mesmo sentido. 
(BUENO, 2009, p.6) 
Porém, Bueno destaca que específicas organizações não dão 
determinado valor a conceitos sérios como gestão de conhecimento, 
responsabilidade social, cidadania, ética, transparência, gestão ambiental ou 
estratégica. (2007). Assim ele afirma que tal comportamento “têm permitido leituras 
equivocadas é, na verdade, pedagogicamente agido de maneira irresponsável”. 
(BUENO, 2001, p.19). Em vista do exposto, Bueno (2009) afirma que a prática 
efetiva nas organizações e o quotidiano vivido por funcionários, por vezes, é 
separada por uma distância imposta pelo discurso feito por especialistas e gestores 
diferente daquilo que é realizado nas empresas. 
A Comunicação Empresarial moderna tem o seu foco no negócio. 
Isso significa que apenas didaticamente (...) pode-se admitir como 
singulares as vertentes institucional e mercadológica. Elas são como 
faces de uma mesma moeda e não podem ser pensadas 
isoladamente. (BUENO, 2009, p 12). 
Também com base na afirmação de Bueno, Rivaldo Chinem acredita 
que deve haver coerência entre o que a empresa presa e o que pratica. O discurso 
proferido dentro da organização deve ser o mesmo difundido fora dela. Conforme 
Chinem, não adianta ter a teoria elabora se esta não condiz com a realidade 
vivenciada pelos trabalhadores, como por exemplo, se eles não tem condições 
humanas de trabalho. “(...)Também é preciso ter a consciência geral de que a 
informação deve circular, não ficar retida em feudos. Tem de se soltar, ganhar 
terreno, se expandir, ganhar a vida. (CHINEM, 2003, p. 47).
17 
Figueiredo e Nassar (2007) asseguram que a comunicação da 
empresa com a sociedade, com o consumidor, com os seus trabalhadores, com 
autoridades e governos virou parte da fórmula de cada um dos seus produtos. 
E o ambiente empresarial está mais do que nunca sujeito à chuvas e 
trovoadas. Isso quer dizer concorrência mais acirrada do que nunca 
em todas as frentes de negócios. O trabalho bem-sucedido de ontem 
é questionado por dezenas de novas abordagens e experiências. O 
consumidor já influi diretamente nos processos internos da empresa. 
O que era interno, privado à empresa, é escancarado e se 
transforma em valor adicionado ao produto final. (FIGUEIREDO, 
NASSAR, 2007, p.18). 
Já Wilson da Costa Bueno (2009) ressalta que a comunicação não 
deve ser pensada apenas como uma forma pura e simples de obtenção de lucro. 
Portanto, ela deve ser incorporada como uma ferramenta que busca agregar valor a 
organização, que contribui para a qualidade de vida do trabalhador, melhora o 
relacionamento da instituição com a comunidade e coopera para a realização 
profissional e pessoal. 
...entendemos como Comunicação Empresarial ou Comunicação 
Organizacional como: Conjunto integrado de ações, estratégias, 
planos, políticas e produtos planejados e desenvolvidos por uma 
organização para estabelecer a relação permanente e sistemática 
com todos os seus públicos de interesse. (BUENO, 2009, p. 3). 
Sendo assim, a Comunicação Organizacional quando utilizada em sua 
plenitude é considerada um escudo frente às oscilações de mercado e um 
diferencial imprescindível no que diz respeito estratégias empresariais. 
A comunicação empresarial é uma verdadeira guerra com muitas 
frentes de batalha: a frente de batalha voltada para mostrar que a 
empresa tem uma relação de respeito com a natureza, visando 
sobretudo a sua preservação (se você quiser, pode chamar de frente 
de batalha ecológica); a frente de batalha para manter e conquistar 
novos consumidores; a frente de batalha da comunicação interna, 
dirigida para os imensos exércitos de trabalhadores engravatados e 
de uniforme que constituem os recursos humanos das empresas 
modernas; a frente de batalha das complicadas relações da empresa 
com os governos e os políticos, ou seja, o lobby empresarial. E a 
grande frente de batalha da propaganda e da promoção de produtos. 
(FIGUEIREDO, NASSAR, 2007, p.20).
18 
Além disso, Bueno também concorda que essa metodologia está se 
tornando necessária. Dessa maneira, vem assumindo considerável destaque nas 
organizações, que por sua vez, estão se evidenciando no mercado, sendo assim “a 
Comunicação Empresarial [está] servindo de ferramenta indispensável para a 
diminuição de conflitos que já existem e também na prevenção de outros que 
possam surgir”. (BUENO, 2009, p. 10. Grifo nosso). 
Margarida Maria Krohling Kunsch (2003) reitera Bueno. Ela considera 
que um sistema comunicacional é fundamental para questões que dizem respeito ao 
meio administrativo e ao trânsito entre o mercado externo. “Esse é o primeiro 
aspecto a ser considerado quando se fala em comunicação nas organizações. Além 
disso, é preciso ver como ela funciona, identificando-se sua direção e sua rede de 
transmissão”. (KUNSCH, 2003, p.69) 
Um fator importante ressaltado por Bueno (2009) tange ao viés da ética 
e da qualidade da informação no exercício da Comunicação Empresarial. Para o 
teórico, essa estratégia não pode prescindir do profissionalismo, da ética e da 
transparência, valores constitutivos de seu novo perfil contemporâneo. 
A sua gestão, feita com competência, responsabilidade e 
transparência, acarreta lucros significativos – como atestam 
estatísticas recentes, que indicam uma maior valorização das ações 
de empresas que empregam práticas adequadas de governança 
corporativa e também dos fundos de investimento ligados à ação 
social. Um número crescente de empresas busca prestar contas à 
sociedade por meio de balanços sociais e, gradativamente, a própria 
metodologia para elaboração desses instrumentos vem evoluindo no 
sentido de agregar maior transparência e qualidade às informações. 
(BUENO, 2009, p. 35). 
Sendo assim, para Cardoso (2006), a Comunicação Organizacional 
vem assumindo uma nova dimensão estratégica nas organizações que, como se vê, 
modifica paulatinamente antigos limites. 
A comunicação assume um papel muito mais abrangente, fazendo 
referência a tudo que diz respeito à posição social e ao 
funcionamento da organização, que envolve desde seu clima interno 
até suas relações institucionais. (CARDOSO, 2006, p. 1140). 
Mas, é impossível não considerar que a Comunicação Organizacional 
praticada no país necessita de ajustes, conforme Bueno. Para o autor, a adoção de
19 
uma gestão moderna está longe da realidade Brasileira e, em muitos casos, a 
organização não conta com verdadeiros líderes que saibam conviver com os 
pluralismos oriundos da convivência profissional com pessoas diferentes. “Adotamos 
uma democracia de fachada, utilizada para preservar os privilégios de grupos 
políticos e econômicos que pouco se importam com o aprofundamento dos 
desequilíbrios” (BUENO, 2007, p. 23). Sendo assim, após entender os principais 
conceitos acerca da Comunicação Empresarial, o texto seguinte disserta sobre a 
Comunicação Empresarial no mundo e, essencialmente, no Brasil. 
2.1 – O SURGIMENTO DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL NO MUNDO E NO 
BRASIL 
O teórico Claudio Amaral (1999), também estudioso da história da 
Comunicação Empresarial, afirma que essa metodologia surgiu no ano de 1906 nos 
Estados Unidos da América, mais precisamente na cidade de Nova York. A iniciativa 
partiu de Ivy Lee que decidiu, de certa maneira abandonar o jornalismo para abrir 
um escritório de Relações públicas, até então, o primeiro no mundo. O motivo do 
jornalista ter abandonado sua anterior profissão era recuperar a credibilidade do 
empresário John D. Rockfeller. 
Rockfeller era, na época, o mais odiado de todos os empresários dos 
Estados Unidos. Motivo: assim como os mais destacados donos de 
empresas daquele país, ele vinha sendo acusado de combater 
impiedosamente as pequenas e médias organizações. Era "feroz, 
impiedoso e sanguinário". E não media esforços em busca do seu 
principal objetivo: o monopólio ou melhor: o lucro fácil que o 
monopólio acabava gerando. (AMARAL, 1999). 
Segundo Amaral (1999), o trabalho desenvolvido por Ivy Lee 
transformou positivamente a imagem que a opinião pública havia construído sobre 
Rockfeller, se tornando assim um case de sucesso. 
A atividade que ele [Ivy Lee] inventara havia sido adotada em 
inúmeras empresas e órgãos públicos. Passara a ser estudada, 
inclusive, em universidades do porte e do prestígio de Yale, Harvard 
e Colúmbia. (AMARAL, 1999).
20 
Já a jornalista Sônia Pessoa (2003) acrescenta que a partir dessa 
experiência de sucesso nos Estados Unidos com o case Rockfeller, as relações 
públicas e comunicação empresarial se espalharam pelo mundo. Sônica Pessoa 
descreve que a teoria chegou ao Canadá e a França acerca dos anos 40 e na 
próxima década em países como Holanda, Inglaterra, Noruega, Itália, Bélgica, 
Suécia e Finlândia. Já em 1958, a metodologia surgiu na Alemanha. 
Claudio Amaral (1999) ressalta que as Relações Públicas e 
consequentemente a Comunicação Empresarial foram estimuladas pela instalação 
de indústrias e das agências de publicidade vindas dos Estados Unidos que 
chegaram ao Brasil a partir do governo do presidente Juscelino Kubitschek de 
Oliveira, nos anos 50 do século passado. 
JK havia assumido a Presidência da Republica em meados dos anos 
50 com a disposição de fazer "50 anos em 5". Consequentemente, 
ele criou condições para que viessem para o Brasil as primeiras 
montadoras de veículos automotores. Fábricas de produtos de 
higiene, também. Como a Colgate Palmolive, onde se iniciaram na 
Comunicação Empresarial profissionais como Vera Giangrande e 
Antônio De Salvo. (AMARAL, 1999) 
A partir do conceito proposto por JK, montadoras de veículos e fábricas 
de produtos para a higiene como a Colgate Palmolive instalaram-se no Brasil, “onde 
se iniciaram na Comunicação Empresarial profissionais como Vera Giangrande e 
Antônio De Salvo” (AMARAL, 1999). 
O surgimento de um mercado diferenciado que se transformou em 
terreno fértil para profissionais que almejavam a popularização de uma marca, 
fortalecimento da imagem de uma organização e lucro fez com que surgisse também 
no Brasil, uma nova prática que a Comunicação Empresarial contemplava: a 
Assessoria de Imprensa. 
A partir da segunda metade da década de 1960, a área de Relações 
Públicas conquistou mais espaço no Brasil, surgindo uma história 
disputa entre profissionais de jornalismo e RP. As funções dos dois, 
que deveriam ser complementares, eram motivo de concorrência por 
cargos de chefia nas empresas. A essa altura, muitos jornalistas 
experimentavam trocar a correria das redações para aproveitar a 
agilidade aprendida em prol das organizações. Os salários de 
assessores também eram motivo para jornalistas trocarem de
21 
emprego, uma que as assessorias ofereciam mais atrativos 
financeiros. (PESSOA, 2003, p.2). 
Sônia Pessoa ressalta ainda que no ano de 1967, uma reunião de 
profissionais do setor deu origem à ABERJE - Associação Brasileira de Editores de 
Revistas e Jornais de Empresas. Já em 1987, a entidade mudou seu nome para 
Associação Brasileira de Comunicação Empresarial. 
A migração de jornalistas para áreas diversificadas, fora do mercado 
tradicional das redações, foi impulsionada pela ação competente em 
assessorias de imprensa iniciada na década de 1980. Em 1993 o 
Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal calculava que metade 
dos 25 mil jornalistas brasileiros atuava na comunicação institucional 
(..). Durante o processo de redemocratização nos anos 80, o uso da 
informação e o estabelecimento de relacionamentos adequados com 
diferentes públicos passou a ser fundamental para as organizações 
brasileiras. (DUARTE, 2011). 
A partir disso, segundo Bueno, em 1990 houve uma transformação no 
conceito de Comunicação Empresarial existente até então. A metodologia começou 
a ser considerada como ferramenta de estratégia organizacional vinculada ao 
negócio que passou “a ser comandada por profissionais com uma visão abrangente, 
seja da comunicação, seja do mercado em que a empresa ou entidade se insere”. 
(BUENO, 2009, p.9. Grifo nosso). 
Na atualidade, Bueno (2009) ainda explica que a Comunicação 
Empresarial atua na superação de conflitos pré-existentes e na prevenção de 
possíveis novas divergências. Atualmente, conforme o autor (BUENO, 2009, p.9), 
acredita que a Comunicação Empresarial está situada “na linha de frente e em 
posição de destaque no organograma das organizações”, uma vez que a 
metodologia possibilita relevante conhecimento e estratégias para as empresas. 
Sendo assim, a posterior irá ser abordado a implementação de tais estratégias como 
medidas que compõe o planejamento da Comunicação Interna nas empresas.
22 
3 – A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL ASSUME CARÁTER ESTRATÉGICO 
Após a ascensão da comunicação para empresas no Brasil, passou-se 
a enxergar essa ferramenta como mecanismo influente para o sucesso de uma 
organização, tendo como objetivo, segundo Bahia: 
recrear, educar e orientar os empregados; estimular a sociabilidade e 
o espírito de compreensão entre empregados e empregadores; 
aproximar uns e outros, inspirados pelo sentimento de integração; 
divulgar as atividades sociais e os produtos da empresa. (BAHIA, 
2006, p. 38). 
Bahia destaca a importância do planejamento estratégico aliado a 
comunicação empresarial, que por sua vez irá programar a trajetória que a empresa 
irá traçar, quais os objetivos vai atingir e o que será preciso para que a organização 
possa ser competitiva e crescer no segmento em que atua. 
Em ambos os casos, os sistemas de informações exercem funções 
que conduzem a conhecimento, competência, produtividade, eficácia, 
qualidade, rentabilidade, responsabilidade social, etc., estabelecendo 
padrões de conduta e graus de participação.(BAHIA, 2006, p. 55) 
Já Bueno acredita que não é válido considerar a viabilidade de uma 
prática de Comunicação Empresarial condicionada simplesmente ao fato de ser 
considerada importante ferramenta para “alavancar os negócios ou para plasmar 
positivamente a imagem de uma organização”. (BUENO, 2009, p. 38) 
A produtividade é colocada acima de qualquer outro atributo 
gerencial e, apesar do discurso vazio da comunicação estratégica, 
buscam-se, na verdade, a todo custo, resultados imediatos que 
garantem sobrevida aos chefes. Equipes cada vez mais enxutas 
acumulam funções e se desdobram para cumprir metas irrealizáveis 
(chamadas de desafios), com o prejuízo da qualidade de vida, com a 
redução da autoestima e visitas frequentes ao médico e ao 
psicanalista. (BUENO, 2009, p. 96) 
Juarez Bahia acrescenta a importância de se conhecer de forma 
completa os veículos de comunicação para que a interação entre público-alvo e 
opinião pública seja realizada de forma eficaz e, dessa maneira, a estratégia 
desenvolvida pela empresa possa funcionar. Bueno concordando com Bahia,
23 
acrescenta que é necessário conhecer profundamente os veículos de comunicação 
para que assim possa se obter estratégias de informação que poderão ser utilizadas 
a níveis organizacionais, uma vez que os veículos são a ponte entre “empresa e 
opinião pública”. (BAHIA, 2006, p. 23) 
3.1 – A NECESSIDADE DO PLANEJAMENTO NA COMUNICAÇÃO 
ORGANIZACIONAL 
A autora Kunsch (2003) introduz o conceito de planejamento como 
sendo um ato de inteligência que visa pensar sobre determinada situação ou 
realidade e que engloba estudos, questionamentos, diagnósticos, estabelecimentos 
de objetivos, tomadas de decisões, estratégias, alocação de recursos, cursos de 
ações, etc. 
Planejar não significa simplesmente fazer previsões, projeções e 
predições, solucionar problemas ou separar mecanicamente planos e 
projetos, porque, conforme Djalma Oliveira, essas acepções não 
conferem o real significado do que seja planejar. Previsão 
corresponde mais a uma percepção provável do que possa ocorrer; 
projeção tende a se basear em situações do passado para 
diagnosticar o futuro; predição diz de um futuro diferente para 
determinada situação. Mas não há elementos de controle para isso; a 
solução de problemas tem um caráter imediatista e transitório; e 
planos e projetos são instrumentos materiais do processo de 
planejamento. (KUNSCH, 2003, p.203-4) 
Wilson da Costa Bueno caracteriza de forma contundente a 
centralização do planejamento comunicacional. O objetivo é economizar recursos e 
esforços que, ao final do planejamento, possam contribuir para a realização do 
projeto de maneira eficaz “ou seja: aumentar a vantagem competitiva da empresa ou 
entidade ante seus concorrentes e consolidar sua imagem (ou reputação) ante a 
opinião pública”. (p. 11) 
O planejamento é, por definição, um processo que se respalda em 
dados sistematizados, informações, conhecimentos, vivências e 
saberes intrinsecamente vinculados aos objetivos, aos valores e à 
missão de uma organização, não devendo ser entendido como uma 
atividade episódica ou meramente operacional. (BUENO, 2009, p. 
39)
24 
Kunsch citando José Maria Dias ressalta que o processo é uma 
característica básica do planejamento, que por sua vez define o futuro e os passos 
que devem ser tomados a partir desse cenário previamente pensado “ao passo que 
a solução de problemas é imediatista e visa simplesmente corrigir descontinuidades 
entre organização e seu ambiente”. 
[O processo] que se inicia com a definição da própria razão de ser da 
organização. Define estratégias, planos, detalhamentos com 
indicações de programas e projetos orientados para sua 
implementação. Adicionalmente, o processo de planejamento inclui 
mecanismos de avaliação de desempenho e sistemas de 
retroalimentação que garantem seu dinamismo. Planejamento é, 
assim, uma função organizacional contínua, porque o ambiente 
encontra-se em mutação permanente. (KUNSCH, 2003, p. 206, apud 
DIAS, 1982, p. 19. Grifo nosso). 
Para Bueno, “o planejamento moderno consiste em eliminar a “zona de 
conforto”, seja ela um estágio transitório ou uma realidade permanente.” (2009, p. 
39) 
Planejamento constitui um processo complexo e abrangente. Possui 
dimensões e características próprias, implica uma filosofia e políticas 
definidas e é direcionado por princípios gerais e específicos. Não é 
algo solto e isolado de contextos. Está sempre vinculado a situações 
e a realidades de vida de pessoas, grupos e das mais diversas 
organizações e instituições da esfera pública e privada (...) o 
planejamento não se restringe ao que fazer, de que modo e com que 
recursos (...) exige conhecimentos, criatividade, análises conjunturais 
e ambientais, além de aplicativos instrumentais técnicos. (BUENO, 
2009, p. 39, apud KUNSCH, 2003, p. 204-5) 
Por fim, Bueno evidencia que o planejamento em comunicação 
defendido por ele deve resultar em uma “política de comunicação que prevê ações e 
estratégias também a longo prazo” (BUENO, 2009, p. 39). Ainda, para o autor, deve 
haver “sinergia com a cultura da organização”, além de estar sintonia em relação ao 
mercado, à estrutura disponíveis e aos perfis dos profissionais atuantes em seu 
segmento. O trabalho reconhece as vertentes comunicacionais existentes, assim 
como mencionado no texto anterior, porém mantém o seu foco à Comunicação 
direcionada ao público interno, objeto do próximo capítulo.
25 
3.2 – A COMUNICAÇÃO INTERNA 
Tanto a Comunicação Interna quanto a externa são ações que para 
obtenção de resultado de um resultado homogêneo e satisfatório devem “ser 
exercidas simultânea ou paralelamente, esteja a empresa dedicada à indústria, ao 
comércio ou ao serviço”. (CHINEM, 2003, p. 46). 
Para Chinem (2003), é essencial entender que as ações realizadas 
internamente em uma empresa devem ser contínuas e não saudável 
organizacionalmente haver declaração da empresa apenas em momentos delicados. 
Agir dessa forma é plantar a desconfiança nos funcionários que não recebem de 
forma positiva pronunciamentos esporádicos. Além de estimular uma reação 
semelhante ao público externo diante das mesmas informações. 
Conforme explica Juarez Bahia (2006), a Comunicação Interna surgiu 
da necessidade do diálogo entre dirigentes das organizações e empregados. Havia 
a necessidade de se transmitir os “pensamentos e ações da empresa ao público da 
casa”, além das ações tomadas pela organização colocando em evidencia a posição 
dos dirigentes e a “função social” que a empresa detém. (BAHIA, 2006, p. 31). 
Kunsch (2003) em referência à definição expressa no Plano de 
Comunicação Social desenvolvido pela Rhodia, em 1985, o pioneiro no país, 
destaca que a Comunicação Interna é um método que visa unir os interesses da 
organização aos dos colaboradores “através do estímulo ao diálogo, à troca de 
informações e de experiências e à participação de todos os níveis”. 
Ela seria um setor planejado com objetivos bem definidos, para 
viabilizar toda a interação possível entre a organização e seus 
empregados, usando ferramentas da comunicação institucional e até 
da comunicação mercadológica (para o caso de endomarketing ou 
marketing interno). Portanto, a Comunicação interna corre 
paralelamente com a circulação normal da comunicação que 
perpassa todos os setores de organização, permitindo seu pleno 
funcionamento. (KUNSCH, 2003, p.154). 
Porém Bueno elenca problemas oriundos da Comunicação Interna 
realizada “avessa à pedagogia libertadora”, na qual a empresa se vale de house-organs 
que circulam pela instituição com meias verdades que confrontam o conceito 
de “diversidade corporativa”. (BUENO, 2007, p. 22)
26 
A prática da comunicação interna no Brasil tem como pressuposto o 
adestramento e a doutrinação, e não a autêntica libertação. À maioria 
das organizações interessa manter os funcionários como súditos, 
ainda que os vídeos institucionais repitam, solenemente, a velha 
cantilena: eles são o maior patrimônio da empresa. (BUENO, 2007, 
p.23). 
Além disso, Bahia reitera o desafio comum enfrentado pelas 
organizações que é transmitir a mesma ideia a todos os públicos da empresa. Não 
deve haver divergência entre as informações. 
Deve o empresário dizer uma coisa ao público interno e outra ao 
público externo? Obviamente isso seria um erro e uma ação 
prejudicial à empresa. A comunicação interna é um modo de difundir 
entre os empregados a realidade da empresa, de ampliação dos 
laços de identidade funcional, de prestação de informações e de 
estímulo ao debate da realidade social, sem intermediários. BAHIA, 
2006, p. 32) 
Para Nassar e Figueiredo, a comunicação das empresas com os seus 
públicos internos muitas vezes tem como alvo milhares de trabalhadores que só 
podem ser atingidos com uma comunicação de massa específica para a empresa, 
porque “apesar de direcionada a universos infinitamente menores do que os de 
campanha de massa tem todas as características de comunicação de massa”. 
(NASSAR, FIGUEIREDO, 2007, p. 27) 
Essa comunicação interna de massa revela uma faceta interessante 
que não pode ser desprezada pelos comunicadores empresariais e 
pelos dirigentes das empresas: o público das fábricas ou dos 
escritórios das empresas é hostil às formas artesanais de 
comunicação. A massa quer o luxo na sua comunicação interna. Isso 
porque o público interno confronta, o tempo todo, os padrões de 
criação e produção das mídias internas de massa com os padrões de 
criação e produção das mídias externas tradicionais. Assim, seguir 
os padrões da criação e produção das mídias externas de massa é 
condição básica para assegurar a eficiência e a credibilidade da 
comunicação empresarial para o público interno. (NASSAR, 
FIGUEIREDO, 2007, p. 28). 
Já Kunsch (2003) destaca ainda a importância de não limitar os 
“clientes internos” como o público que apenas serve aos clientes da empresa assim 
como visualizado pelo prisma do endomarketing.
27 
Kunsch reitera a necessidade da interação com o público interno 
abranger políticas públicas de forma mais integral e ampla. “É preciso considerar 
que antes de ser empregado, o indivíduo é um ser humano e um cidadão (...)” (2003, 
p.155). Além disso, o ambiente organizacional é composto por pessoas que visam 
interagir de forma expressiva e buscando, dessa forma, atingir os objetivos da 
empresa por meio dessa interação. “Não é, portanto, um espaço de mercado” (2003, 
p.155). 
Bueno explica que em busca de uma administração moderna, o público 
interno deveria fazer parte do público mais importante da organização. “Os 
funcionários (...) são o parceiro fundamental nos negócios (sejam eles lucrativos ou 
não) e, sem eles, as organizações não sobrevivem”. (2007, p. 31). Bueno expõe 
também que no momento em que a Comunicação Interna é estabelecida de forma 
competente, esta constrói relações estáveis entre os funcionários que propicia a 
transmissão de conhecimentos entre eles e a transferência das experiências 
adquiridas no decorrer do ato profissional. “Com isso, reduzem-se os espaços para 
os boatos, para as dissidências e estimula-se o diálogo e a participação” (BUENO, 
2007, p. 34). 
Já para Chinem (2003), a Comunicação Interna quando planejada de 
forma adequada auxilia no clima organizacional da empresa, uma vez que garante o 
bom convívio entre os funcionários, patrões, além de refletir de forma significativa no 
aumenta do lucro e produtividade. 
Porém, Bueno adverte que é necessário que sejam feitas mudanças 
que adequem a Comunicação Interna “para que ela efetivamente assuma o seu 
caráter libertador”. (BUENO, 2007, p. 24). Para que se estabeleça de forma efetiva a 
prática de Comunicação Interna e que assim, seja uma ferramenta que agregue 
valor a organização, é necessário tornar eficiente os canais de comunicação com os 
dirigentes da empresa. Além disso, é preciso que exista a criação de “espaços 
democráticos, verdadeiramente participativos” (2007, p. 24) onde seja estimulada a 
comunicação divergente de forma responsável na empresa. Dessa maneira, existem 
diversos canais que tem o objetivo de estabelecer o diálogo entre os funcionários, 
tais ferramentas serão expostas no capítulo a seguir.
28 
3.3 – MODALIDADES DE COMUNICAÇÃO INTERNA 
A Comunicação Interna conta com um leque de opções no que diz 
respeito a veículos para transmissão de informação ao público interno. Alguns deles 
são jornal mural, jornal impresso, intranet, revistas, boletim eletrônico ou newsletter, 
entre outros. As ações integram comunicações orais e impressas. Segundo 
Torquato, as duas são fundamentais para o processo comunicacional: 
A comunicação interna nas empresas flui em duas grandes redes. 
Uma formal, outra informal. Ambas processam formas variadas, 
situações próprias, projetos específicos. As comunicações orais, por 
exemplo, são tão importantes quanto as comunicações impressas, 
mas não recebem o mesmo tratamento compatível(...). (TORQUATO, 
1991, p.202). 
Algumas ferramentas ou publicações que podem auxiliar no 
desenvolvimento da Comunicação Interna na empresa são as seguintes: 
a) Boletim ou newsletter: Trata-se de um apanhado de notas e notícias curtas de 
caráter mais imediatista. Geralmente impresso, o boletim é um veículo 
distribuído em intervalos pequenos de tempo. Já a newsletter é veiculada 
através do meio digital. 
b) Revista: Por vezes, a Revista é o produto mais caro e elaborado destinado ao 
público interno. O conteúdo retém atenção de seus idealizadores, pois 
necessita de informações mais abrangentes e aprofundadas. Na Revista, a 
diversidade de assuntos também é uma característica marcante. 
c) Informativo digital: Veículo de baixo custo, por dispensar o uso do papel, que 
também condensa notas curtas e informação rápida. O informativo digital, 
como o nome diz, é enviado via correio eletrônico aos funcionários da 
empresa. 
d) Jornal Impresso: Trata-se de um veículo de informação mais elaborado 
contendo fotos, infográficos, ilustrações, e, por vezes, mais extenso. Abrange 
um conteúdo mais denso com algumas características jornalísticas. Demanda
29 
investimento em projeto gráfico, além de custos com impressão. É distribuído 
em um intervalo maior de tempo. 
e) Mural ou Jornal Mural: É a ferramenta mais simples, com caráter imediatista e 
por vezes mais eficaz em médias e pequenas empresas. Comumente fixado 
em paredes em locais de grande aglomeração ou passagem de pessoas. 
Com conteúdo alternado semanalmente, as informações compreendidas são 
avisos rápidos e úteis aos funcionários. 
Conforme o autor Cesca (1995), a escolha da melhor ferramenta de 
comunicação, a distribuição, periodicidade e forma como será apresentada vão 
depender do tipo de público existente na organização e dos objetivos que deseja 
atingir. Os veículos de comunicação podem ser classificados como massivos ou 
dirigidos. A comunicação massiva compreende um grande número de pessoas, 
tendo como exemplo jornais e revistas, emissoras de rádio e emissoras de TV. Já 
comunicação dirigida transmite a mensagem a um grupo limitado. 
Além disso, conforme Cesca (1993), a comunicação dirigida para ser 
melhor compreendida pode ser dividida em veículos escritos, orais, aproximativos e 
auxiliares. Correspondências, mala direta, manuais se configuram como veículos 
escritos. Outros, que se enquadram no grupo de veículos orais são reuniões 
informais ou discussão, conferências, telefone. Além disso, integram os veículos 
auxiliares atividades como recursos visuais (projetáveis), auditivos e audiovisuais. 
Para finalizar, as atividades que compõem os veículos aproximativos são visitas, 
praça de esporte, auditório, biblioteca, acontecimentos especiais: tais como datas 
cívicas, comemorações e outros. 
Ainda é preciso ressaltar que nenhuma ação de comunicação interna 
tende a ter sucesso, se o empresário não compreender que as necessidades 
básicas do funcionário devem ser levadas em conta. Torna-se bastante comum e 
cada vez mais importante a busca pela valorização do colaborador. Contudo, o 
primeiro passo é compreender que cabe a empresa buscar propiciar condições para 
que a comunidade interna realize suas necessidades. Uma das teorias mais 
representativas nesse quesito é a de Abraham Maslow, “um dos mais conhecidos 
teóricos, psicólogo americano, afirma que todos os indivíduos apresentam uma
30 
hierarquia das necessidades que precisam ser satisfeitas para que possam se sentir 
motivados” (TAVARES, 2011, p. 26 apud CHIAVENATO, 2000). 
Ainda, conforme Tavares, a hierarquia das necessidades de Maslow é 
apresentada segundo uma pirâmide, sendo a base é composta pelas necessidades 
fisiológicas (alimentação, descanso, água, proteção contra elementos da natureza). 
Na sequência aparecem os elementos segurança (proteção), sociais (afeto e 
integração entre pessoas), autoestima (confiança em si mesmo, competência 
profissional) e no topo, autorrealização (conseguir desenvolver e utilizar os 
potenciais). 
Outro fator importante, segundo o autor Lopes (1998) para nortear as 
ações e as atividades, indo ao encontro da dinâmica da empresa, é compreender a 
cultura organizacional da mesma. A cultura pode ser definida a partir de dois fatores: 
pessoas e ações. O fator pessoas envolve a cultura reativa ou proativa. O fator 
ações engloba a cultura participativa ou não participativa. (LOPES, 1998 apud 
ERNEST, 1985). 
Dentro do fator pessoas, a tomada de decisão, implementação e 
monitoramento de planos são identificados como reativas, já que respondem ao 
estímulo do ambiente externo, onde os colaboradores tem participação na 
comunicação efetiva da empresa. O contrário, integra a cultura não-proativa, onde a 
empresa adapta-se rapidamente ao meio ambiente, não sugerindo novidades, mas 
se adaptando às inovações. Já, em relação à dimensão ações, a empresa pode ser 
caracterizada como participativa, onde há uma forte comunicação envolvendo as 
demandas do funcionário e consumidor. Quando a empresa se qualifica como inábel 
nas relações com empregados e consumidores, a cultura pode ser identificada como 
não participativa. (LOPES, 1998 apud ERNEST, 1985).
31 
Hierarquia das necessidades de Maslow. Fonte: Wikipédia
32 
4 – FUTURA COMUNICAÇÃO 
O objeto de estudo desse trabalho é a Futura Comunicação1, 
localizada no bairro Alto dos Passos, Juiz de Fora. A empresa do ramo jornalístico 
atua na produção de conteúdo, assessoria de comunicação e assessoria de 
imprensa. Tem como missão aproximar clientes de seu público-alvo, através da 
comunicação e, como visão, entender a informação como agente formadora de 
conhecimento, negócios e qualidade de vida para a sociedade. 
A empresa surgiu em 2000 quando o proprietário identificou no 
mercado a necessidade de uma empresa para fornecer conteúdo de qualidade e 
assessoria de imprensa para empresas e agentes públicos e privados. Formado em 
comunicação social pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), o jornalista 
atuou nas redações dos jornais Tribuna de Minas e Jornal Panorama, alternando 
entre repórter, editor e chefe de redação. Ainda, como jornalista, exerceu funções de 
assessor de comunicação da UFJF, editor de reportagem da TV Alterosa e assessor 
da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Além disso, consta em seu currículo, 
atuação como professor universitário cuja especialização se dá em mídia e inclusão 
social (UFJF) e pós-graduação em Técnicas de Webwriting (Faculdade Integradas 
Hélio Alonso –RJ). 
Durante seu tempo de consolidação no mercado, a empresa conseguiu 
de distinguir de uma agência de publicidade, tornando-se uma organização 
jornalística que produz conteúdo de qualidade para diferentes fins e entidades da 
sociedade civil, pessoa física e empresas privadas. 
Com o tempo, através de indicações e contratos renovados, a empresa 
foi crescendo. Mais de 80% dos clientes são provenientes de indicações e de 
renovações de contratos ao longo dos anos. Hoje a empresa atende a mais de vinte 
clientes e conta com um público interno de seis colaboradores: dois jornalistas, dois 
designers, uma gerente administrativa e um diretor geral. 
Entre as áreas atuantes da Futura Comunicação se destacam política, 
economia, sindical e esportiva. Na política, principalmente, a empresa vem se 
destacando desde sua criação. Através de seu trabalho a empresa conseguiu eleger 
vereadores, deputados e prefeitos tanto em Juiz de Fora, como na região. Alguns 
1 Nome fantasia utilizado com o objetivo de resguardar as informações institucionais da empresa objeto de 
estudo.
33 
dos serviços prestados incluem relacionamento com a imprensa, como elaboração 
de releases e prestação de informações, gestão e elaboração de conteúdo para 
sites, consultoria em imagem e conteúdo para os clientes, entre outros. 
4.1 – A COMUNICAÇÃO NA FUTURA COMUNICAÇÃO 
Integrar, motivar e informar o público interno são alguns dos principais 
objetivos da comunicação interna. Se bem articulado, conforme o público ao qual se 
refere, o planejamento da comunicação interna representa uma influência na 
formação de opinião e mudanças de hábitos dos colaboradores. 
A comunicação na empresa Futura Comunicação, devido ao tamanho e 
integralidade dos espaços da empresa, se dá em sua maior parte, através da forma 
oral. Em suas dependências a mesma conta com uma mesa de reuniões para troca 
de informações eventuais e não há divisórias entre as mesas dos funcionários, o que 
auxilia na comunicação de um para um e de um para todos. 
Outra forma de comunicação utilizada pela empresa é o mural, 
destinado a recados, telefones úteis, escalas e informações gerais. Conforme os 
proprietários, a ideia é que o mural possa ser mais ativo e, para isso, os mesmos 
pretendem investir em um maior espaço, através de novos murais. 
Mural, ferramenta de comunicação interna da empresa Futura Comunicação
34 
Além dessas formas, integram também a comunicação interna as 
ferramentas e-mail e mensagem instantânea. A empresa conta com um e-mail 
corporativo e os colaboradores utilizam obrigatoriamente o mesmo em tempo 
integral durante o expediente. 
4.2 – APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 
Para que as ações de comunicação sejam implantadas e bem 
sucedidas é preciso ter conhecimento do público para o qual elas se destinam. Cada 
empresa tem uma cultura diferente, o que subentende visão, missão, valores e 
outros. Além disso, cada pessoa que integra o público interno trás consigo uma 
cultura e valores de casa. Desta forma, o alinhamento de ideias deve acontecer, 
principalmente através da comunicação, para prever e minimizar os conflitos 
organizacionais. 
Para Torquato (1991), é bastante comum a adoção de políticas, 
rotinas, procedimentos, sem se levar em consideração os usos, costumes, 
comportamentos, hábitos, peculiaridades e manias que tipificam a cultura dos 
agrupamentos humanos. A consequência de as culturas não serem perfilizadas, 
segundo Torquato, é a tendência do distanciamento psicológico entre a comunidade 
e a administração serem maiores. 
A pesquisa de clima organizacional é uma forma de a empresa medir a 
“temperatura do clima interno” (TORQUATO, 1991): 
A forma é bastante simples. A empresa precisa pesquisar, de forma 
sistemática e planejada, a temperatura do clima interno e verificar as 
disfunções que provocam os ruídos, insatisfações e anseios. Ela vai 
constatar, por exemplo, que não é apenas a questão do salário que 
provoca perturbações internas. Há detalhes, coisinhas pequenas, 
que podem mudar, de forma significante, o perfil do clima. (p. 8). 
A sondagem foi realizada com todos os colaboradores da empresa 
Futura Comunicação, excluindo o proprietário que também exerce funções. No total 
foram entrevistadas cinco pessoas, três com idades entre 25 e 29 anos e duas com 
idades entre 30 e 39 anos. Para facilitar as respostas foram criadas escalas de um a 
cinco, cujo um é péssimo, dois é ruim, três é regular, quatro é bom e cinco é ótimo.
35 
As questões de múltipla escolha foram produzidas a partir do que era pautado pelos 
colaboradores dentro da empresa e através de conversar informais com as 
pesquisadoras2. 
Como o público entrevistado é reduzido, partindo da fácil identificação 
dos entrevistadores para com os entrevistados, as perguntas de sexo e grau de 
escolaridade não foram realizadas. Foram elaboradas 15 perguntas com apelos 
emocionais e racionais. 
É importante ressaltar que a sondagem foi realizada com objetivo de 
embasar um primeiro projeto de introdução de ações de comunicação interna, 
atendendo a uma demanda percebida pelas autoras, e aceita pelos gestores, em 
virtude do rápido crescimento da empresa no mercado. Isso não significa que 
ignora-se as “verdades” não declaradas pelos funcionários aos entrevistadores e 
que circulam, com relativa frequência, nos meios informais de comunicação interna. 
Tavares explica que as redes formais e informais de comunicação estão presentes 
em qualquer organização e que cada uma atende objetivos próprios. 
Comunicação formal representa o conjunto de fluxos de informação 
relativos ao trabalho e às obrigações organizacionais que resultam da 
produção e a comunicação informal è constituída pelo conjunto de trocas 
não directamente úteis a essa produção, não formalizadas e escapando, por 
conseguinte, ao controlo dos gestores. (TAVARES, 2011, p. 15, apud 
DUTERME, 2002, p.27) 
Da mesma forma a cultura organizacional também foi considerada no 
momento de pensar as ações de comunicação propostas neste trabalho. De acordo 
com a teoria apresentada no capítulo três, identificamos que a empresa Futura 
Comunicação apresenta uma cultura mais próxima à proatividade nas ações e 
participativa com relação às pessoas (tanto funcionários quanto clientes). Essas 
características tornam o ambiente interno propício ao sucesso das atividades de 
comunicação interna, uma vez que os funcionários tendem a ser valorizados em 
suas opiniões e participação na melhoria dos processos internos e externos da 
empresa. 
Analisando o questionário aplicado é possível constatar que 60% do 
público interno tem entre 25 e 29 anos e os outros 40%, entre 30 e 39 anos de 
idade. A maioria dos funcionários tem até um ano de casa, dos quais 60% tem entre 
2 Tantos o questionário quanto os resultados podem ser consultados nos apêndices 8.2 e 8.3, respectivamente.
36 
três meses a uma ano, 20% tem entre três a cinco anos e outros 20% tem acima de 
cinco anos de empresa. 
Quando questionados sobre qual a primeira palavra que vem à cabeça 
quando se fala em Futura Comunicação, 40% afirmou ser trabalho. Ambiente 
descontraído e sucesso foram citados por 20% do público. A qualidade do serviço foi 
assinalado por 100% dos colaboradores, quando indagados sobre qual o principal 
motivo da procura pelos serviços da empresa. A qualidade do tratamento da 
empresa para com o cliente foi destacada como bom por 40% dos entrevistados e 
ótima por 60%. 
Em relação à informação, as formas escrita, impressa e oral foram 
destacadas por 80% do público interno como as formas pelas quais os mesmos 
gostariam de ser informados. Apenas 20% dos funcionários preferem ser informados 
somente pela forma oral. A frequência com que os colaboradores gostariam de ser 
informados foi definida como diariamente por 60% dos entrevistados, os outros 40% 
preferem ser informados sempre que necessário. Os meios de comunicações 
sugeridos pelos entrevistados foram reuniões (40%), internet (40%) e jornal mural 
(20%). 
A qualidade da comunicação de forma geral foi qualificada como boa, 
com maioria das notas (em escala) quatro. A qualidade do ambiente de trabalho que 
a empresa proporciona ao funcionário, o grau de satisfação com a comunicação 
interna são boas para 80% dos colaboradores e ótimas para 20%. Já a qualidade do 
clima organizacional foi definida como boa por 80% dos questionados e regular para 
20%. 
O relacionamento entre funcionários foi apontado como bom por 60% 
dos entrevistados e regular por 40%. A qualidade do relacionamento entre 
funcionário e proprietário foi classificada como bom para 60% dos indagados e 40% 
ótimo. A qualidade da comunicação com o entrevistado se julga dirigir ao seu colega 
de trabalho foi boa para 60% e ótima para 40%. Já a qualidade da comunicação com 
que os colegas de dirigem ao entrevistado foi bom para 80% e ótima para 20%.
37 
5 – PLANO DE COMUNICAÇÃO 
5.1 – APRESENTAÇÃO 
O Plano de comunicação proposto será aplicado pela Futura 
Comunicação, localizada no bairro Alto dos Passos, em Juiz de Fora. A empresa de 
comunicação, fundada em 2000, conta com seis funcionários, dos quais um é o 
proprietário e diretor da organização. Os cargos efetivos na empresa são de 
jornalista, o qual exerce funções de assessoria de imprensa, design, responsável 
pela criação e planejamento de imagem e gerente administrativa. 
Em decorrência do crescimento da empresa, principalmente de seus 
clientes em potencial, o planejamento da comunicação interna se faz necessário 
para que a mesma, prestadora de serviços de comunicação, esteja alinhada para o 
atendimento qualificado ao cliente. Necessidade que vai ao encontro do que é 
ansiado pelo empresário proprietário. 
Devido ao tamanho e integralidade dos espaços da empresa a 
comunicação interna, em sua maior parte, se dá através da forma oral. Além disso, 
ferramentas como mural, internet e mensagens instantâneas compõem os meios de 
comunicação organizacional. 
Em pesquisa realizada com o público interna as formas de 
comunicação preferidas pelos funcionários foram as seguintes: reuniões (40%), 
internet (40%) e jornal mural (20%). A qualidade da comunicação entre funcionários 
e proprietário foi classificada, numa escala de um a cinco, em 60% bom. A primeira 
palavra que vem a cabeça dos empregados, quando questionados, foram trabalho 
(40%), ambiente descontraído (20%) e sucesso (20%). Já a qualidade da 
comunicação organizacional, em uma escala de um a cinco, foi avaliada em 80% 
bom e 20% regular. 
5.2 – OBJETIVOS 
Os Objetivos do plano de comunicação é trabalhar a comunicação 
interna, criando uma cultura de participação no processo de comunicação dentro da 
organização Futura Comunicação. Criar um clima organizacional favorável, de forma 
que a motivação, satisfação e comprometimento dos colaboradores sejam
38 
despertados. Além disso, fomentar boas condições de trabalho, refletindo em um 
melhor desempenho profissional e maior qualidade dos serviços prestados. 
5.3 – PÚBLICO ALVO 
O projeto é desenvolvido com foco em todos os colaboradores da 
empresa Futura Comunicação. O público interno é predominantemente masculino 
(60%), sendo a minoria do sexo feminino (40%). As idades se concentram na faixa 
etária entre 25 e 29 (60%), sendo o outro público entre 30 e 39 anos (20%). O grau 
de escolaridade é de 100% de nível superior. Desta forma, a internet, o jornal mural 
e reuniões serão os melhores meios para que a comunicação interna flua bem. 
5.4 – ATIVIDADES 
As ações a serem incorporadas na empresa Futura Comunicação 
compreendem as formas escrita, oral, aproximativa e auxiliar. Os veículos escritos 
serão: newsletter, mural, cartões comemorativos e orientações de comportamento. 
Reuniões compõem a forma oral. A ferramenta Facebook compreende as ações de 
comunicação auxiliar. Já eventos como happy hour e de datas especiais se 
configuram como ações aproximativas. 
As reuniões devem entrar no cronograma da empresa. A comunicação 
de um para todos deve ter seu lugar de destaque na empresa. Outra ação é criar na 
rede social Facebook um grupo secreto onde possam ser compartilhadas 
informações gerais, recados, fotos e entretenimento em geral. A rede social, além de 
uma ferramenta de trabalho na empresa Futura Comunicação, é muito utilizada por 
todo o público interno. O layout já existe e é fornecido pelo próprio Facebook, sendo 
necessário apenas criar o grupo e inserir as pessoas, cujos perfis já existem. 
O mural será reformulado de forma que possa se tornar atrativo para o 
a comunidade interna. Para isso é proposto a criação de um jornal mural que tem o 
objetivo de, além de informar sobre ações e atividades da empresa, apresentar 
formas alternativas de comunicação, como sugestões de livros e filmes da área ou 
não, cursos de capacitação, artigos e textos da área, voltados para o 
entretenimento, data de aniversários, dicas de saúde, entre outras. A elaboração do 
mesmo contará com a ajuda de toda a equipe, através de sugestões de conteúdos
39 
para que mensalmente os mesmos sejam modificados, elaboração das sugestões e 
diagramação do mesmo. 
A newsletter, muito comum na comunicação externa, agora será 
destinada ao público interno. O total de 60% dos colaboradores da empresa Futura 
Comunicação preferem ser informados diariamente. Desta forma, para facilitar a 
disseminação de informações curtas ou longas, diariamente, a proposta é trabalhar 
com uma newsletter, cujos benefícios também englobam o custo zero e a 
comunicação rápida. 
Outra atividade incorporada na empresa são os cartões 
comemorativos, eventos esporádicos, como happy hour e comemorativos, além de 
orientações de comportamento. Estas ações buscam uma melhor integração e 
socialização entre os colaboradores. Através dos cartões e promoção de eventos 
esporádicos acontece a valorização, motivação e espaço de troca de experiências e 
aproximação entre os funcionários, além de uma maior aproximação com o 
proprietário. As orientações de comportamento, através de plaquinhas fixadas nas 
paredes, tem o objetivo de apresentar ao colaborador algumas condutas e regras da 
empresa que devem ser lembradas todos os dias.
40 
JORNAL MURAL
41 
NEWSLETTER
42 
NEWSLETTER
43 
CARTÕES COMEMORATIVOS
44 
ORIENTAÇÕES DE COMPORTAMENTO
45 
ORIENTAÇÕES DE COMPORTAMENTO
46 
ORIENTAÇÕES DE COMPORTAMENTO
47 
GRUPO DO FACEBOOK
48 
5.5 – RESPONSABILIDADES 
Atividades Diretor 
Geral 
Gerente 
Administrativa 
Jornalistas Designers 
Reuniões X X X X 
Newsletter X X X X 
Jornal Mural X X X 
Cartões 
X X 
comemorativos 
Integração na rede 
social Facebook 
X X X X 
Orientações de 
comportamento 
X X 
Ações de integração, 
como happy hour e 
eventos 
comemorativos 
X X X X 
5.6 – CRONOGRAMA DE ATIVIDADES 
Atividades Diário semanal mensal Conforme 
necessário 
Reuniões X 
Newsletter X 
Jornal Mural X 
Cartões comemorativos X 
Integração na rede social 
X 
Facebook 
Orientações de comportamento X 
Ações de integração, como 
X X 
happy hour e eventos 
comemorativos
49 
5.7 – RECURSOS NECESSÁRIOS E CUSTOS 
Os recursos necessários para a implementação das ações serão 
basicamente mão de obra. Somente para a impressão do Jornal Mural, orientações 
de comportamento a serem fixadas nas paredes e promoção de eventos 
esporádicos, será implicado valores. A empresa conta com jornalistas e designers, 
desta forma o custo de produção é conteúdo é zero. 
Para e impressão das ações como newsletter e orientações de 
comportamento, a empresa conta com comissões sobre trabalhados realizados em 
gráficas. Desta forma, o gasto com impressão também é zero, se compreendermos 
que o valor não será extraído do orçamento da empresa. Há a possibilidade de a 
empresa fechar parcerias e negociar permutas para a realização de eventos 
esporádicos. Um dos clientes da Futura Comunicação dispõe de toda uma estrutura 
para a promoção de eventos simples e mais elaborados.
50 
6 – CONCLUSÃO 
A prática de “manda quem pode, obedece quem tem juízo” por muito 
tempo foi utilizada nas organizações empresariais do país. Contudo, a cada dia que 
passa, mais empreendedores estão entendendo que as questões empresariais não 
se dão exatamente por este viés administrativo. 
Alinhar o pensamento do público interno com o de lideranças 
empresariais tem sido um dos grandes desafios das organizações contemporâneas. 
A falta de comunicação com os públicos internos tem levado as empresas a 
consequências sérias, fazendo com que as mesmas percebam a necessidade de 
integrar e entender seu primeiro cliente, o funcionário. 
Algumas empresas já perceberam que não existe uma fórmula pronta, 
mas técnicas e estratégias de comunicação que podem ser implantadas conforme a 
realidade e cultura de cada empresa, podendo produzir resultados surpreendentes. 
O primeiro público de qualquer organização é o público interno, o corpo 
de funcionários. Esse é o primeiro mediador das informações da empresa. De nada 
adianta uma propaganda muito bem articulada que implicará um alto investimento, 
se a mesma puder ser desmentida pelo primeiro cliente da organização. A 
impressão dos serviços e qualidade da empresa será emitida de dentro para fora. 
Ações como palestras motivacionais, café da manhã com o presidente 
da empresa, eventos e ações de incentivo são algumas das formas encontradas 
para a comunicação entre empregador e empregado. Contudo, as empresas 
precisam formar uma consciência de que não basta tomar atitudes a fim de remediar 
um problema interno ou aumentar as vendas temporariamente e sim buscar formar 
uma cultura onde a companhia seja estimulada intelecto e humanamente. 
Na medida em que se dá valor e visibilidade à informação que existe 
dentro da empresa, de forma que o público interno consiga entender seus objetivos, 
valores, estratégias e processos de gestão, mais participativo será o funcionário. 
Ao analisar a empresa Futura Comunicação, objeto de estudo deste 
trabalho, foi possível compreender a complexidade do trabalho realizado pela 
comunicação interna. Identificar os problemas e atender às necessidades dos 
funcionários se tornam desafios constantes. Afinal, a cada necessidade saciada, 
novas surgirão e a empresa precisa manter-se atenta para identificar quais 
caminhos tomar junto ao seu primeiro cliente.
51 
No decorrer do desenvolvimento deste trabalho foram encontradas 
dificuldades em diversos aspetos. A princípio o maior obstáculo foi a inexistência de 
uma modelo de plano de comunicação que pudesse orientar as ações deste 
trabalho. Sendo assim, a partir de informações coletadas em trabalhos semelhantes 
a livros de autores da área foi desenvolvido um plano que pudesse atender às 
necessidades da empresa Futura Comunicação. Além disso, encontrar o melhor 
questionário, dentre os analisados, para ser aplicado junto ao público interno da 
empresa foi outro obstáculo. Durante o processo, foi possível observar que seria 
enriquecedor a interdisciplinaridade de setores relacionados a psicologia e recursos 
humanos, que poderia compreender melhor o que o questionário não é capaz de 
julgar e identificar, como informações emocionais. Outro fator relevante, 
proporcionado pela integração entre setores, seria a condução de uma melhor forma 
de abordagem e relação entre pesquisadores e entrevistados. 
A eficácia da comunicação interna, de forma bem planejada, 
representa uma nova postura no mercado. As empresas precisam entender e 
assumir que caminhar rumo a tão sonhada e flertada sustentabilidade é, em primeiro 
lugar, valorizar e motivar seu colaborador. A partir do momento que a empresa 
compreende qual é seu papel social, a conquista dos clientes externos se dá de 
forma completa e satisfatória e chega ao tão buscado diferencial em relação a outras 
marcas e serviços. 
Sejam empresas de pequeno, médio ou grande porte a necessidade da 
compreensão do seu papel para com a comunidade interna é indispensável para seu 
bom funcionamento. Empresas pequenas acreditam que somente a comunicação 
oral é eficaz, contudo quando um recado ou alguma informação não é passada ao 
funcionário a “rádio peão” tende a soar muito alto e causar transtornos que podem 
se tornar difíceis de serem reparados. Tanto a comunicação oral, quanto a impressa 
desempenham funções essenciais para a qualidade da comunicação interna. 
Quando uma falha, a outra compensa e neste momento a “rádio peão” tende a 
funcionar em prol da empresa e não contra. 
Por fim, entendendo que o princípio das relações humanas se dá 
através da comunicação social, podemos compreender a busca interminável e o 
vasto campo da comunicação eficaz. Unir culturas e valores em um só lugar, por um 
único propósito, são umas das ações mais ansiadas por funcionários e
52 
empregadores. Ainda há, portanto, muita demanda à espera dos comunicadores 
sociais.
53 
7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
AMARAL, Claudio. A história da Comunicação Empresarial no Brasil. Link: 
http://www.portal-rp.com.br/bibliotecavirtual/memoria/0095.htm - - acessado em 24 
de setembro de 2012. 
BAHIA, Juarez. Introdução à Comunicação Empresarial. Rio de Janeiro: Mauad, 
2006 
BUENO, Wilson da Costa. Comunicação Empresarial: políticas e estratégias. 
São Paulo: Saraiva, 2009. 
BUENO, Wilson da Costa. Comunicação Empresarial no Brasil: uma leitura 
crítica. São Paulo: Mojoara Editorial, 2007. (Coleção Mojoara de Comunicação). 
CESCA, C. G. Gimenes. Comunicação dirigida escrita na empresa: Teoria e 
prática. São Paulo: Summus, 1995. 
CHINEM, Rivaldo. Assessoria de Imprensa: como fazer. São Paulo: Summes, 
2003. 
CARDOSO, Onésimo de Oliveira. Comunicação empresarial versus 
comunicação organizacional: novos desafios teóricos. Ano 2006. Link: 
http://www.scielo.br/pdf/%0D/rap/v40n6/10.pdf - acessado em 24 de setembro de 
2012 
DUARTE, Jorge. Assessoria de Imprensa no Brasil. Link: 
http://twileshare.com/uploads/Assessoria_de_Imprensa_no_Brasil_2011.pdf - 
acessado em 24 de setembro de 2012. 
FIGUEIREDO, Rubens; NASSAR, Paulo. O que é comunicação empresarial? São 
Paulo: Brasiliense, 2007. 
KUNSCH, Margarida Maria Krohling. Planejamento de Relações Públicas na 
Comunicação Integrada. São Paulo: Summus, 2003
54 
LOPES, Valéria de Siqueira Castro. Os papéis do Serviço de Atendimento ao 
Consumidor na relação entre organizações e consumidores. São Paulo, abril 
de 1998. 
PESSOA, Sonia. Comunicação Empresarial: uma ferramenta estratégica. Belo 
Horizonte, 2003. 
TAVARES, Elisângela Cristina Mendes. Comunicação interna como agente de 
motivação dos colaboradores. Estudo de caso: agência nacional das 
comunicações. Praia, Junho de 2011. 
TORQUATO, Gaudêncio. Cultura, poder, comunicação e imagem: fundamentos 
da nova empresa. São Paulo: Pioneira, 1991.
55 
8 – APÊNDICES 
8.1 – BRIEFING 
Nome da Empresa: Futura Comunicação 
Data da realização do Briefing: 12 de outubro de 2012 
Histórico de descrição da empresa: 
Como a empresa organiza sua comunicação interna? 
Por ser uma empresa de pequeno porte e com espaço físico limitado, a 
comunicação interna se dá, principalmente, através do contato direto com os 
profissionais, uma vez que o ambiente é integrado, permitindo este contato rápido. 
Além disso, são utilizados recursos como mural de recados, onde não somente os 
proprietários da empresa, mas também os colaboradores podem colocar o que 
acreditam ser importante para o ambiente de trabalho, como recados, fotos de 
encontros externos da empresa, datas de aniversário, assuntos de conhecimento 
gerais, horário de entrada e saída de cada um, entre outras coisas. Outras 
ferramentas utilizadas pela empresa são e-mails e mensagens instantâneas. 
Há um trabalho de comunicação organizacional sendo desenvolvido? 
Não há um trabalho de comunicação interna sendo proposto ou 
realizado pela empresa pesquisada. Entretanto, como comunicador, o proprietário 
compreende a necessidade da realização de projetos que prevejam possíveis 
problemas internos e que possam sugerir ações para melhoria do clima 
organizacional. Além disso, é vislumbrado pelo proprietário que a qualidade do 
serviço prestado e a forma com que a empresa é percebida no mercado depende 
diretamente da satisfação de seu primeiro cliente, o funcionário. 
Descrição do problema de comunicação detectado ou do desafio a ser enfrentado? 
Através de uma pesquisa realizada com o público interno da empresa 
Futura Comunicação, foi observado que a qualidade do clima organizacional, em
56 
uma escala de um a cinco, foi classificada como boa por 80% dos funcionários. 
Contudo 20% ainda enxergam uma qualidade regular no clima organizacional. 
Ainda, a partir da pesquisa aplicada, foi observado que o ambiente de 
trabalho que a empresa proporciona aos funcionários, a qualidade do 
relacionamento entre funcionários, a qualidade do relacionamento entre funcionários 
e proprietário, o grau de satisfação com a comunicação dentro da instituição, entre 
outras, precisam ser melhores trabalhados. 
A chamada “rádio peão” também é um problema enfrentado pela 
empresa, uma vez que a qualidade da comunicação entre os colaboradores é 
deficiente. Conforme Bueno (2007) a comunicação interna frágil, assim como um 
organismo debilitado, é o palco preferido para as infecções organizacionais, como os 
boatos e a má informação. 
A iniciativa de procurar ajuda foi da empresa? Ela possui algum problema específico 
de comunicação a ser solucionado? Ou trata-se de um desafio a ser cumprido, 
como, por exemplo, um projeto a ser implantado? 
A proposta de analisar a empresa foi para a produção do Trabalho de 
Conclusão de Curso na área de comunicação social, com habilitação em jornalismo, 
da Faculdade Estácio de Sá de Juiz de Fora. A ideia surgiu do relacionamento das 
graduandas com a empresa estudada, através de trabalhos desempenhados. 
Objetivos a serem cumpridos por um futuro plano de comunicação: 
A empresa espera que o projeto a ser apresentado possa auxiliá-la na 
orientação das ações a serem realizadas, de forma a cumprir os objetivos traçados 
pela mesma. Os funcionários são os primeiros disseminadores e multiplicadores da 
imagem organizacional. Desta forma, este projeto busca alertar o empresário, assim 
como outros, sobre a importância do colaborador ativo na tomada de decisão da 
empresa. Outras metas a serem alcançadas são tornar a empresa um ambiente 
agradável de troca de ideias, experiências e conhecimento, de informação, 
qualidade de vida, motivação, a partir de uma comunicação interna competente. 
Alguns dos desafios a serem enfrentados, já que a comunicação 
interna é uma tarefa que implica conscientizar todos os públicos (Bueno, 2007), é
57 
unir cada profissional com suas respectivas culturas em torno de uma cultura única, 
a da empresa. Além disso, a criação de uma cultura de comunicação não ocorre 
espontaneamente e sem recursos (Bueno, 2007). Desta forma, a disposição de 
recursos também é um desafio a ser enfrentado, uma vez que a empresa não tem 
um planejamento financeiro voltado para este fim. 
Outros dados relevantes: 
As cores predominantes na logomarca e materiais gráficos, como 
envelopes, timbrados, crachás e outros são verde, branco e cinza. Desta forma, os 
materiais e ações visuais a serem sugeridas devem estar de acordo com as cores da 
empresa. 
Público-alvo do projeto: 
O Público alvo são os colaboradores da empresa. Entendendo que o 
primeiro cliente é o público interno, as ações devem ser realizadas com o objetivo de 
unificar a cultura de funcionários e empresa, tonar a comunicação mais fluida e 
modificar hábitos e atitudes. 
Datas-chave: 
As ações a serem sugeridas serão implantadas a partir de janeiro de 
2013 e devem ser permanentes. Algumas propostas serão diárias, outras semanais 
e outras, ainda, mensais. 
Orçamento: 
Não existe um orçamento delimitado pela empresa. Conforme a 
necessidade, a empresa se dispõe a investir, entendendo que o mesmo acometerá 
na qualidade de vida de seu colaborares, refletindo em uma melhor qualidade de 
serviços prestados. 
Suporte:
58 
A empresa conta com comissões em diversas gráficas que podem ser 
revertidas para serviços internos. Desta forma, os gastos com materiais gráficos é 
quase zero.
59 
8.2 – QUESTIONÁRIOS APLICADOS 
Questionário a ser aplicado aos funcionários da empresa Futura Comunicação 
1. Faixa Etária: 
( ) 20 a 24 
( ) 25 a 29 
( ) 30 a 39 
( ) 40 a 49 
2. Tempo de casa: 
( ) três meses a um ano 
( ) um ano a três anos 
( ) três anos a cinco 
( ) acima de cinco 
3. Em uma escala de 1 a 5, classifique o ambiente de trabalho que a empresa 
proporciona aos funcionários? _______ 
4. Em uma escala de 1 a 5, classifique o relacionamento entre funcionários? 
_______ 
5. Em uma escala de 1 a 5, classifique o relacionamento entre funcionário e 
proprietário? _______ 
6. Quando eu falo em Futura Comunicação, qual a primeira palavra que vem a 
sua cabeça? 
( ) Trabalho 
( ) Bom estabelecimento 
( ) Satisfação 
( ) Cliente 
( ) Ambiente descontraído 
( ) Sucesso
60 
( ) Desgaste 
( ) outras: _____________________________________________ 
7. Em uma escala de 1 a 5, classifique o tratamento da empresa para com o 
cliente? _______ 
8. Em sua opinião, qual o motivo da procura pela Futura Comunicação? 
( ) Qualidade de serviço 
( ) Preço do serviço 
( ) Tempo de serviço 
( ) Indicação 
( ) Falta de concorrência 
Outros: _________________________________________________ 
9. De que forma você prefere receber informações sobre a empresa e suas 
atividades? 
( ) Escrita 
( ) Impressa 
( ) Oral 
( ) Das três formas 
10. Com que frequência você gostaria de ser informado? 
( ) Diariamente 
( ) Semanalmente 
( ) mensalmente 
( ) Sempre que necessário 
11. Em uma escala de 1 a 5, classifique a qualidade da comunicação com que 
você se dirige aos seus colegas de trabalho? _______
61 
12. Em uma escala de 1 a 5, classifique a qualidade da comunicação que seus 
colegas se dirige a você? _______ 
13. Em uma escala de 1 a 5, classifique o grau de satisfação com a comunicação 
dentro da instituição? _______ 
14. Que meio de comunicação você sugeriria à instituição neste momento? 
( ) Jornal Mural 
( ) Caixa de sugestões 
( ) Reuniões 
( ) Avisos ( ) Escritos ou ( ) Orais 
( ) Internet 
( ) Outros: ____________________________________________ 
15. Em uma escala de 1 a 5, classifique a qualidade do clima organizacional 
dentro da empresa? _______
62 
8.3 – GRÁFICOS 
1 - Qual a sua idade?
63 
2 – Quanto tempo de casa você tem?
64 
3 – Em uma escala de 1 a 5, classifique a qualidade ambiente de trabalho que 
a empresa proporciona aos funcionários.
65 
4 – Em uma escala de 1 a 5, classifique a qualidade do relacionamento entre 
funcionários.
66 
5 – Em uma escala de 1 a 5, classifique a qualidade do relacionamento entre 
funcionários e proprietário.
67 
6 – Quando se fala em Futura Comunicação, qual a primeira palavra que vem 
a cabeça a sua cabeça?
68 
7 – Em uma escala de 1 a 5, classifique a qualidade do tratamento da 
empresa para com o cliente.
69 
8 – Para você, qual o motivo da procura pelos serviços da Futura 
comunicação?
70 
9 – De que forma você prefere receber informações sobre a empresa e suas 
atividades?
71 
10 – Com que frequência você gostaria de ser informado sobre a empresa e 
suas atividades?
72 
11 – Em uma escala de 1 a 5, classifique a qualidade da comunicação com 
que você se dirige aos seus colegas.
73 
12 – Em uma escala de 1 a 5, classifique a qualidade da comunicação que 
seus colegas se dirigem a você.
74 
13 – Em uma escala de 1 a 5, classifique o grau de satisfação com a 
comunicação dentro da instituição.
75 
14 – Qual meio de comunicação você sugeriria à instituição neste momento?
76 
15 – Em uma escala de 1 a 5, classifique a qualidade do clima organizacional 
da empresa.

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  • 1. FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE JUIZ DE FORA - MG CAROLINA ALMEIDA BEDIN SIMONE CÂNDIDA DA SILVA A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA: PLANO DE COMUNICAÇÃO INTERNA PARA A EMPRESA FUTURA COMUNICAÇÃO JUIZ DE FORA 2012
  • 2. CAROLINA ALMEIDA BEDIN SIMONE CÂNDIDA DA SILVA A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA: PLANO DE COMUNICAÇÃO INTERNA PARA A EMPRESA FUTURA COMUNICAÇÃO Monografia apresentada à Faculdade Estácio de Sá de Juiz de Fora como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Orientadora: Mestre Fabiana Nogueira Neves JUIZ DE FORA 2012
  • 3. CAROLINA ALMEIDA BEDIN SIMONE CÂNDIDA DA SILVA A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA: PLANO DE COMUNICAÇÃO INTERNA PARA A EMPRESA FUTURA COMUNICAÇÃO Monografia apresentada à Faculdade Estácio de Sá de Juiz de Fora como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo. Orientadora: Mestre Fabiana Nogueira Neves Aprovada em _____/_____/ de 2012. BANCA EXAMINADORA ______________________________________________________________ Profª. Ms. Orientadora: Fabiana Nogueira Neves ______________________________________________________________ Profº. Ms. Bruno Vieira Moreira Faculdade Estácio de Sá de Juiz de Fora ______________________________________________________________ Profº Ms. Antônio Carlos da Hora Faculdade Estácio de Sá de Juiz de Fora
  • 4. Aos nossos pais por todo carinho, dedicação e exemplo de vida por permitirem à nós a realização dos nossos sonhos como extensão dos seus próprios. Sem a existência e determinação dessas quatro pessoas, nada seria possível.
  • 5. AGRADECIMENTOS Concretizar uma graduação é o primeiro passo para a concretização do futuro que almejamos. Se não tivéssemos ido até o final dessa primeira etapa, todo o resto do nosso planejamento e da nossa realização pessoal estaria comprometido. Sendo assim, nossa certeza de que seriamos jornalistas significaria em nossas vidas apenas o rascunho de um sonho incompleto. Porém, desde o início dessa árdua estrada tivemos a sorte e a felicidade de encontrar pessoas incríveis. Tais pessoas não foram escadas, mas sim alicerces em nossas vidas. Pessoas que nos acompanharam de perto, estiveram ao nosso lado a cada lágrima, a cada tropeço, a cada fraquejo, a cada pensamento negativo ou aspiração de desistência e estavam ali, quando por ventura, nos desequilibramos no meio do caminho. O papel delas era nos colocar novamente no rumo certo. A essas pessoas, todo o meu carinho, respeito e gratidão. Primeiramente, agradecemos a Deus pela força em momentos de fraqueza. Agradecemos aos nossos pais por terem nos dado o privilégio de estarmos nessa vida e por acreditarem que todos os obstáculos poderiam e valeriam a pena de serem ultrapassados por acreditarem que seriamos capazes. Á Suely, José Sérgio, Solange e José (Zinho) todo o nosso amor. Agradecemos aos nossos irmãos pelo apoio e consideração de sempre. Vocês são figuras importantes na concretização desse objetivo de vida. Agradecemos aos nossos amigos que direta e indiretamente contribuíram para o nosso trabalho e por estarem sempre ao nosso lado nos momentos de dificuldade. Evidentemente não poderia ser diferente, a nossa felicidade de hoje também é um pouco deles. Agradecemos à nossa orientadora, Fabiana, por toda atenção e dedicação que nos ofereceu desde o início dessa ideia. Para ela, nossa sincera gratidão. Agradecemos à Silvânia sempre tão solícita e carinhosa com as nossas necessidades.
  • 6. Agradecemos aos nossos mestres que foram responsáveis por ter nos cativado, nos inspirado e alimentado a paixão pelo Jornalismo. Agradecemos aos proprietários da empresa Futura Comunicação pela oportunidade de realizar esse importante projeto. E por último e não menos importante, a certeza de escolhemos a pessoa certa para a concretização desse trabalho é uma grande felicidade. Agradecemos, por fim, a possibilidade de ter encontrado alguém com características semelhantes de determinação e coragem e, que apesar de todos os desafios, a confiança de que no final daria certo foi maior que qualquer inquietação. Agradecemos o presente de ter reencontrado essa amizade que possibilitou o sucesso da nossa parceria de vida, da nossa parceria acadêmica e em breve, a certeza de que comemoraremos com o mesmo entusiasmo, a nossa parceria profissional.
  • 7. A comunicação informa, motiva, ensina, emociona, vende, distrai, entusiasma, dá status, constrói mitos, destrói reputações, forma opiniões, deforma pensamentos, distorce fatos, orienta, desorienta, faz rir,faz chorar, inspira, narcotiza, reduza solidão e – num paradoxo que confirma a grande magnitude do seu potencial – produz até mesmo a incomunicação. (MATOS,2009,p.XXIX)
  • 8. RESUMO Este trabalho de conclusão de curso foi proposto para organizar um plano de comunicação para a empresa Futura Comunicação. Diferentemente de empresas de publicidade e propaganda, a empresa atua com um caráter jornalístico e se destaca na prestação de serviços de produção de conteúdo, assessoria de comunicação e assessoria de imprensa. Durante o progresso do projeto são apresentados conceitos de comunicação empresarial dando ênfase à comunicação interna e imagem empresarial, objetos de estudo. O objetivo deste trabalho é apontar gargalos comunicacionais, identificados mediante estudo e pesquisa, e propor possíveis soluções, afirmando a importância da comunicação interna na prática organizacional como ferramenta estratégica. Não somente focando na obtenção de lucros, mas fazendo com que a empresa compreenda qual o seu papel social. Palavras chaves: Futura Comunicação, Comunicação Empresarial, Comunicação Interna, Plano de Comunicação.
  • 9. SUMÁRIO 1 – INTRODUÇÃO ............................................................................................... 11 2 – A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL................................................................... 14 2.1 – O SURGIMENTO DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL NO MUNDO E NO BRASIL .................................................................................................................. 19 3 – A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL ASSUME CARÁTER ESTRATÉGICO .................................................................................................................................. 22 3.1 – A NECESSIDADE DO PLANEJAMENTO NA COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL.................................................................................................. 23 3.2 – A COMUNICAÇÃO INTERNA ........................................................................ 25 3.3 – MODALIDADES DE COMUNICAÇÃO INTERNA ........................................... 28 4 – FUTURA COMUNICAÇÃO................................................................................. 32 4.1 – A COMUNICAÇÃO NA FUTURA COMUNICAÇÃO ........................................ 33 4.2 – APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS ........................................................... 34 5 – PLANO DE COMUNICAÇÃO ........................................................................... 37 5.1 – APRESENTAÇÃO ........................................................................................ 37 5.2 – OBJETIVOS .................................................................................................. 37 5.3 – PÚBLICO ALVO ............................................................................................ 38 5.4 – ATIVIDADES ................................................................................................ 38 5.5 – RESPONSABILIDADES ................................................................................ 48 5.7 – CRONOGRAMA DE ATIVIDADES ................................................................ 48 5.6 – RECURSOS NECESSÁRIOS E CUSTOS .................................................... 49 6 – CONCLUSÃO ................................................................................................. 50 7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 53 8 – APÊNDICE ...................................................................................................... 55 8.1 – BRIEFING ..................................................................................................... 55 8.2 – QUESTIONÁRIOS APLICADOS .................................................................. 59 8.3 – GRÁFICOS ...................................................................................................... 62
  • 10. SUMÁRIO DE IMAGENS FIGURA 1: PIRÂMIDE DAS NECESSIDADES DE MASLOW ............................... 31 FIGURA 2: MURAL ATUAL DA EMPRESA ........................................................... 33 FIGURA 3: JORNAL MURAL ................................................................................. 39 FIGURA 4: NEWSLETTER ................................................................................... 40 FIGURA 5: NEWSLETTER ................................................................................... 41 FIGURA 6: CARTÕES COMEMORATIVOS ......................................................... 42 FIGURA 7: ORIENTAÇÕES DE COMPORTAMENTO .......................................... 43 FIGURA 8: ORIENTAÇÕES DE COMPORTAMENTO .......................................... 44 FIGURA 9: ORIENTAÇÕES DE COMPORTAMENTO .......................................... 45 FIGURA 10: GRUPO FACEBOOK ....................................................................... 46
  • 11. 11 1- INTRODUÇÃO Um dos grandes desafios enfrentados pelas empresas contemporâneas nos dias atuais é, sem sombra de dúvida, encontrar a melhor maneira de se comunicar com seu primeiro e principal cliente: o público interno. De certa forma, problemas que surgem a partir do mau relacionamento e comunicação ineficiente entre funcionários e patrões e, muitas vezes, entre funcionários e funcionários é fator determinante para o insucesso da organização diante dos demais públicos corporativos. A falta de comunicação adequada com esse público implica em um clima organizacional prejudicial para a empresa e para os colaboradores. Consequentemente, tais dificuldades refletem-se nas tarefas a serem executadas e também influirão de forma significativa, no produto final. Isso, evidentemente, atinge um dos objetivos mais almejados pelo empresariado: o lucro. Administradores de algumas organizações não tem conhecimento da diferença que a integração da Comunicação Organizacional pode fazer pela empresa. Tampouco estão cientes da maneira certa de lidar com os funcionários e acreditam serem eles meros coadjuvantes no processo empresarial. Diversas vezes, os tratam como servidores puramente desconectados do restante da sociedade; esquecem-se que eles são potenciais multiplicadores de fatos negativos relacionados à empresa e, em alguns casos, até mesmo possíveis clientes. Questões problemas que, se bem tratadas e resolvidas em sua raiz, não serviriam de combustível para a concorrência e não fomentariam, em casos extremos, a falência da corporação. Em vista do exposto, o objetivo desse trabalho é estudar a metodologia surgida nos Estados Unidos da América, em 1906, que colocou em voga todo o trabalho de comunicação exclusivo para empresas. Tal ferramenta é conhecida como Comunicação Empresarial, também como Corporativa ou Organizacional. Após apresentar os principais conceitos da teoria, apresenta-se um Plano de Comunicação para a empresa Futura Comunicação. Concebido a partir de informações colhidas por metodologia própria da área, o planejamento propõe mudanças na estrutura comunicacional da organização. Além disso, o presente Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) abordará essencialmente, de que forma a Comunicação Empresarial focada na
  • 12. 12 Comunicação Interna pode auxiliar no desenvolvimento e crescimento da empresa, além de estabelecer por intermédio de algumas ferramentas, a melhoria do trabalho desenvolvido pelos profissionais dessa organização. Para cumprir com esta proposta, a monografia está estruturada em três capítulos, além da introdução, conclusão e apêndices. No primeiro capítulo foram explorados os conceitos desenvolvidos por renomados teóricos da área como Cláudio Amaral, Margarida Maria Krohling Kunsch, Wilson da Costa da Bueno, Jorge Duarte, Rubens Figueiredo, Paulo Nassar, entre outros, que determinam o que é Comunicação Empresarial e como sucedeu o seu surgimento no mundo. Após isso, foi delimitado um breve histórico da evolução da Comunicação Empresarial no Brasil que descreve os caminhos percorridos por essa metodologia em terras tupiniquins e quais foram os precursores que fizeram dessa teoria uma ferramenta indispensável para o modo de comunicar-se organizacionalmente. Já o capítulo dois, disserta sobre a Comunicação Interna, que nada mais é do que qualquer trabalho comunicacional específico que vise atingir os colaboradores de determinada empresa. A Comunicação Interna engloba ações direcionadas aos funcionários, além de desenvolver materiais exclusivos, como Jornal Mural, Revista, Intranet, Jornal Eletrônico, Impresso, entre outros. Nesse capítulo, a Comunicação Empresarial foi analisada sob o prisma estratégico da metodologia que buscou entender qual a sua importância enquanto planejamento dentro da corporação. O capítulo quatro apresenta a Futura Comunicação, empresa escolhida como foco de ação nesse trabalho, assim como a análise dos resultados obtidos pelas sondagem de clima organizacional aplicada pelas autoras. A partir de tal exposição, foi possível colocar em prática a teoria estudada anteriormente por intermédio de um Plano de Comunicação, o principal objetivo desse trabalho. O último e quinto capítulo menciona o Plano de Comunicação que visa estabelecer estratégias a serem implementadas na empresa Futura Comunicação. A finalidade do plano é diminuir ou extinguir os gargalos comunicacionais identificados por meio dos estudos realizados. O projeto conta com sumário especifico que busca esclarecer questões problemas identificadas na Futura Comunicação. Além disso, sugere a adoção de estratégias mencionadas pelos autores estudados. Ou seja, o que se propõe nesse projeto não abrange inovação ou propostas inéditas no universo comunicacional,
  • 13. 13 mas sim a adequação de recursos simples e de baixo custo que poderão oferecer soluções a curto e médio prazo. O objetivo da implementação do plano é oferecer aos funcionários melhor qualidade de trabalho e clima organizacional propício e estimulante às práticas profissionais, questão que influencia de forma determinante no resultado do trabalho e, por consequência na fidelização de funcionários e clientes da empresa, refletindo no lucro obtido por ela. O Plano de Comunicação atende às premissas de apresentação do projeto em si; refere-se ao público-alvo a ser atingido pelas estratégias; descreve as atividades propostas; delibera as tarefas a serem executadas e as responsabilidades de cada membro da equipe; menciona os recursos necessários e os custos das atividades e por fim, destaca o cronograma de atividades que deverão ser realizadas na empresa Futura Comunicação.
  • 14. 14 2. A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL A metodologia que estabelece padrões que visam o diálogo direto ou indireto com o público de uma determinada organização denomina-se Comunicação Empresarial, Organizacional ou Coorporativa, ou seja, essas terminologias são utilizadas para designar a comunicação realizada pelas empresas. (KUNSCH, 2003, p.149). Segundo Rivaldo Chinem (2003), este é o processo – conjunto de métodos, técnicos, recursos, meios – pelo qual a empresa se dirige ao público interno (seus funcionários) e ao público externo (seus consumidores). A rede de informação de uma empresa não se limita a praticar técnicas de comunicação. Mais do que isso, faculta à organização o contato direto com seus públicos, de forma que saiba o que os empregados e os consumidores pensam ou querem. (CHINEM, 2003, p. 46). Entretanto, Paulo Nassar e Rubens Figueiredo ressaltam que a comunicação empresarial não pode ser resumida em um conjunto de regras prontas e imutáveis oriundas de um dicionário. Ou seja, simplesmente como “um conjunto de métodos e técnicas de comunicação dentro da empresa dirigida ao público interno (funcionários) e ao público externo (clientes, fornecedores, consumidores etc.)”. Até porque definições como essas precisam ser sempre revistas em função das mudanças da sociedade e do ambiente empresarial. (FIGUEIREDO e NASSAR, 2007, p.18) Conforme Juarez Bahia (2006), esta teoria está intrínseca à cultura da empresa, ou seja, quanto mais esclarecida for a organização sobre seu papel social, mais apta estará a se informar. A comunicação empresarial – informar empregados, acionistas ou consumidores, governo, etc -, com eficiência e objetividade, tornou-se uma função complexa e passou a ser objeto de disciplina escolar. Tornou-se uma necessidade, mais exigida à medida que cresce a responsabilidade social das empresas e dos empresários. (BAHIA, 2006, p.10) Já no âmbito da Comunicação Empresarial encontra-se uma gama de vertentes e desdobramentos que são classificados como Comunicação
  • 15. 15 Administrativa, Comunicação Mercadológica, Comunicação Institucional e Comunicação Interna. Conforme Tavares (2011), sobre Comunicação Administrativa subentende-se toda e qualquer interação comunicacional processada dentro da organização, “no âmbito das funções administrativas” que permite dar vazão ao sistema da empresa por intermédios de “fluxos e redes”. Já a Comunicação Mercadológica admite toda a “produção mercadológica dos objetos”, ou seja, é responsável pela divulgação de forma publicitária dos produtos e serviços da organização. A Comunicação Institucional se define como um “conjunto de procedimentos destinados a interesse público sobre as filosofias, as políticos, as práticas das organizações, de modo a tornar compreensível essas propostas”, além disso, é da alçada institucional zelar pela construção da imagem e identidade de uma empresa, bem como viabilizar “a gestão estratégica de relações públicas”. (TAVARES, 2011, p. 11). Por último e não menos importante, a Comunicação Interna, que se refere aos funcionários de uma organização, foco de estudo desse trabalho irá ser tratada de forma mais abrangente em um capítulo próprio, no decorrer do trabalho. No entanto, Bueno acredita que a Comunicação Empresarial brasileira não é sinônimo de coerência entre teoria e prática no que diz respeito a realidade. Para Bueno, os profissionais não levam em consideração os conceitos dessa ferramenta e não a utilizam como deveriam. “Manda quem pode, obedece quem tem juízo”, esse é o lema repetido e praticado na maioria das organizações. (BUENO, 2007, p.18) Mas, ainda assim, esta metodologia, seja qual for a forma como é aplicada, está diretamente ligada à imagem institucional que público interno e externo tem sobre a organização, podendo inclusive, em alguns casos ser determinante para o sucesso do negócio. Para Figueiredo e Nassar, uma boa comunicação empresarial é condição primária para uma boa imagem institucional da empresa. (FIGUEIREDO,NASSAR, 2007, p.24) (...) a comunicação empresarial é, hoje, tão fundamental que deveria envolver diretamente os presidentes das empresas. Isso porque comunicação empresarial é a somatória de todas as atividades de comunicação da empresa. Elaborada de forma multidisciplinar – a partir de métodos e técnicas de relações públicas, jornalismo, lobby, propaganda, promoções, pesquisa e marketing – e direcionada à sociedade, formadores de opinião, consumidores e colaboradores
  • 16. 16 (trabalhadores, fornecedores, e parceiros). Elaboração esta que tem sempre como referência básica o planejamento estratégico da empresa. (FIGUEIREDO e NASSAR, 2007, p.19). A comunicação em atmosfera empresarial se tornou tão presente que integra e influencia a qualidade do artigo final ou serviço que a instituição oferece a sociedade, uma vez que este produto transmita as questões que compõem a razão de ser de uma empresa. A comunicação é o espelho da cultura empresarial e reflete, necessariamente, os valores das organizações. Se eles caminham para valorizar o profissionalismo, a transparência, a responsabilidade social e a participação, a comunicação se orienta no mesmo sentido. (BUENO, 2009, p.6) Porém, Bueno destaca que específicas organizações não dão determinado valor a conceitos sérios como gestão de conhecimento, responsabilidade social, cidadania, ética, transparência, gestão ambiental ou estratégica. (2007). Assim ele afirma que tal comportamento “têm permitido leituras equivocadas é, na verdade, pedagogicamente agido de maneira irresponsável”. (BUENO, 2001, p.19). Em vista do exposto, Bueno (2009) afirma que a prática efetiva nas organizações e o quotidiano vivido por funcionários, por vezes, é separada por uma distância imposta pelo discurso feito por especialistas e gestores diferente daquilo que é realizado nas empresas. A Comunicação Empresarial moderna tem o seu foco no negócio. Isso significa que apenas didaticamente (...) pode-se admitir como singulares as vertentes institucional e mercadológica. Elas são como faces de uma mesma moeda e não podem ser pensadas isoladamente. (BUENO, 2009, p 12). Também com base na afirmação de Bueno, Rivaldo Chinem acredita que deve haver coerência entre o que a empresa presa e o que pratica. O discurso proferido dentro da organização deve ser o mesmo difundido fora dela. Conforme Chinem, não adianta ter a teoria elabora se esta não condiz com a realidade vivenciada pelos trabalhadores, como por exemplo, se eles não tem condições humanas de trabalho. “(...)Também é preciso ter a consciência geral de que a informação deve circular, não ficar retida em feudos. Tem de se soltar, ganhar terreno, se expandir, ganhar a vida. (CHINEM, 2003, p. 47).
  • 17. 17 Figueiredo e Nassar (2007) asseguram que a comunicação da empresa com a sociedade, com o consumidor, com os seus trabalhadores, com autoridades e governos virou parte da fórmula de cada um dos seus produtos. E o ambiente empresarial está mais do que nunca sujeito à chuvas e trovoadas. Isso quer dizer concorrência mais acirrada do que nunca em todas as frentes de negócios. O trabalho bem-sucedido de ontem é questionado por dezenas de novas abordagens e experiências. O consumidor já influi diretamente nos processos internos da empresa. O que era interno, privado à empresa, é escancarado e se transforma em valor adicionado ao produto final. (FIGUEIREDO, NASSAR, 2007, p.18). Já Wilson da Costa Bueno (2009) ressalta que a comunicação não deve ser pensada apenas como uma forma pura e simples de obtenção de lucro. Portanto, ela deve ser incorporada como uma ferramenta que busca agregar valor a organização, que contribui para a qualidade de vida do trabalhador, melhora o relacionamento da instituição com a comunidade e coopera para a realização profissional e pessoal. ...entendemos como Comunicação Empresarial ou Comunicação Organizacional como: Conjunto integrado de ações, estratégias, planos, políticas e produtos planejados e desenvolvidos por uma organização para estabelecer a relação permanente e sistemática com todos os seus públicos de interesse. (BUENO, 2009, p. 3). Sendo assim, a Comunicação Organizacional quando utilizada em sua plenitude é considerada um escudo frente às oscilações de mercado e um diferencial imprescindível no que diz respeito estratégias empresariais. A comunicação empresarial é uma verdadeira guerra com muitas frentes de batalha: a frente de batalha voltada para mostrar que a empresa tem uma relação de respeito com a natureza, visando sobretudo a sua preservação (se você quiser, pode chamar de frente de batalha ecológica); a frente de batalha para manter e conquistar novos consumidores; a frente de batalha da comunicação interna, dirigida para os imensos exércitos de trabalhadores engravatados e de uniforme que constituem os recursos humanos das empresas modernas; a frente de batalha das complicadas relações da empresa com os governos e os políticos, ou seja, o lobby empresarial. E a grande frente de batalha da propaganda e da promoção de produtos. (FIGUEIREDO, NASSAR, 2007, p.20).
  • 18. 18 Além disso, Bueno também concorda que essa metodologia está se tornando necessária. Dessa maneira, vem assumindo considerável destaque nas organizações, que por sua vez, estão se evidenciando no mercado, sendo assim “a Comunicação Empresarial [está] servindo de ferramenta indispensável para a diminuição de conflitos que já existem e também na prevenção de outros que possam surgir”. (BUENO, 2009, p. 10. Grifo nosso). Margarida Maria Krohling Kunsch (2003) reitera Bueno. Ela considera que um sistema comunicacional é fundamental para questões que dizem respeito ao meio administrativo e ao trânsito entre o mercado externo. “Esse é o primeiro aspecto a ser considerado quando se fala em comunicação nas organizações. Além disso, é preciso ver como ela funciona, identificando-se sua direção e sua rede de transmissão”. (KUNSCH, 2003, p.69) Um fator importante ressaltado por Bueno (2009) tange ao viés da ética e da qualidade da informação no exercício da Comunicação Empresarial. Para o teórico, essa estratégia não pode prescindir do profissionalismo, da ética e da transparência, valores constitutivos de seu novo perfil contemporâneo. A sua gestão, feita com competência, responsabilidade e transparência, acarreta lucros significativos – como atestam estatísticas recentes, que indicam uma maior valorização das ações de empresas que empregam práticas adequadas de governança corporativa e também dos fundos de investimento ligados à ação social. Um número crescente de empresas busca prestar contas à sociedade por meio de balanços sociais e, gradativamente, a própria metodologia para elaboração desses instrumentos vem evoluindo no sentido de agregar maior transparência e qualidade às informações. (BUENO, 2009, p. 35). Sendo assim, para Cardoso (2006), a Comunicação Organizacional vem assumindo uma nova dimensão estratégica nas organizações que, como se vê, modifica paulatinamente antigos limites. A comunicação assume um papel muito mais abrangente, fazendo referência a tudo que diz respeito à posição social e ao funcionamento da organização, que envolve desde seu clima interno até suas relações institucionais. (CARDOSO, 2006, p. 1140). Mas, é impossível não considerar que a Comunicação Organizacional praticada no país necessita de ajustes, conforme Bueno. Para o autor, a adoção de
  • 19. 19 uma gestão moderna está longe da realidade Brasileira e, em muitos casos, a organização não conta com verdadeiros líderes que saibam conviver com os pluralismos oriundos da convivência profissional com pessoas diferentes. “Adotamos uma democracia de fachada, utilizada para preservar os privilégios de grupos políticos e econômicos que pouco se importam com o aprofundamento dos desequilíbrios” (BUENO, 2007, p. 23). Sendo assim, após entender os principais conceitos acerca da Comunicação Empresarial, o texto seguinte disserta sobre a Comunicação Empresarial no mundo e, essencialmente, no Brasil. 2.1 – O SURGIMENTO DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL NO MUNDO E NO BRASIL O teórico Claudio Amaral (1999), também estudioso da história da Comunicação Empresarial, afirma que essa metodologia surgiu no ano de 1906 nos Estados Unidos da América, mais precisamente na cidade de Nova York. A iniciativa partiu de Ivy Lee que decidiu, de certa maneira abandonar o jornalismo para abrir um escritório de Relações públicas, até então, o primeiro no mundo. O motivo do jornalista ter abandonado sua anterior profissão era recuperar a credibilidade do empresário John D. Rockfeller. Rockfeller era, na época, o mais odiado de todos os empresários dos Estados Unidos. Motivo: assim como os mais destacados donos de empresas daquele país, ele vinha sendo acusado de combater impiedosamente as pequenas e médias organizações. Era "feroz, impiedoso e sanguinário". E não media esforços em busca do seu principal objetivo: o monopólio ou melhor: o lucro fácil que o monopólio acabava gerando. (AMARAL, 1999). Segundo Amaral (1999), o trabalho desenvolvido por Ivy Lee transformou positivamente a imagem que a opinião pública havia construído sobre Rockfeller, se tornando assim um case de sucesso. A atividade que ele [Ivy Lee] inventara havia sido adotada em inúmeras empresas e órgãos públicos. Passara a ser estudada, inclusive, em universidades do porte e do prestígio de Yale, Harvard e Colúmbia. (AMARAL, 1999).
  • 20. 20 Já a jornalista Sônia Pessoa (2003) acrescenta que a partir dessa experiência de sucesso nos Estados Unidos com o case Rockfeller, as relações públicas e comunicação empresarial se espalharam pelo mundo. Sônica Pessoa descreve que a teoria chegou ao Canadá e a França acerca dos anos 40 e na próxima década em países como Holanda, Inglaterra, Noruega, Itália, Bélgica, Suécia e Finlândia. Já em 1958, a metodologia surgiu na Alemanha. Claudio Amaral (1999) ressalta que as Relações Públicas e consequentemente a Comunicação Empresarial foram estimuladas pela instalação de indústrias e das agências de publicidade vindas dos Estados Unidos que chegaram ao Brasil a partir do governo do presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, nos anos 50 do século passado. JK havia assumido a Presidência da Republica em meados dos anos 50 com a disposição de fazer "50 anos em 5". Consequentemente, ele criou condições para que viessem para o Brasil as primeiras montadoras de veículos automotores. Fábricas de produtos de higiene, também. Como a Colgate Palmolive, onde se iniciaram na Comunicação Empresarial profissionais como Vera Giangrande e Antônio De Salvo. (AMARAL, 1999) A partir do conceito proposto por JK, montadoras de veículos e fábricas de produtos para a higiene como a Colgate Palmolive instalaram-se no Brasil, “onde se iniciaram na Comunicação Empresarial profissionais como Vera Giangrande e Antônio De Salvo” (AMARAL, 1999). O surgimento de um mercado diferenciado que se transformou em terreno fértil para profissionais que almejavam a popularização de uma marca, fortalecimento da imagem de uma organização e lucro fez com que surgisse também no Brasil, uma nova prática que a Comunicação Empresarial contemplava: a Assessoria de Imprensa. A partir da segunda metade da década de 1960, a área de Relações Públicas conquistou mais espaço no Brasil, surgindo uma história disputa entre profissionais de jornalismo e RP. As funções dos dois, que deveriam ser complementares, eram motivo de concorrência por cargos de chefia nas empresas. A essa altura, muitos jornalistas experimentavam trocar a correria das redações para aproveitar a agilidade aprendida em prol das organizações. Os salários de assessores também eram motivo para jornalistas trocarem de
  • 21. 21 emprego, uma que as assessorias ofereciam mais atrativos financeiros. (PESSOA, 2003, p.2). Sônia Pessoa ressalta ainda que no ano de 1967, uma reunião de profissionais do setor deu origem à ABERJE - Associação Brasileira de Editores de Revistas e Jornais de Empresas. Já em 1987, a entidade mudou seu nome para Associação Brasileira de Comunicação Empresarial. A migração de jornalistas para áreas diversificadas, fora do mercado tradicional das redações, foi impulsionada pela ação competente em assessorias de imprensa iniciada na década de 1980. Em 1993 o Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal calculava que metade dos 25 mil jornalistas brasileiros atuava na comunicação institucional (..). Durante o processo de redemocratização nos anos 80, o uso da informação e o estabelecimento de relacionamentos adequados com diferentes públicos passou a ser fundamental para as organizações brasileiras. (DUARTE, 2011). A partir disso, segundo Bueno, em 1990 houve uma transformação no conceito de Comunicação Empresarial existente até então. A metodologia começou a ser considerada como ferramenta de estratégia organizacional vinculada ao negócio que passou “a ser comandada por profissionais com uma visão abrangente, seja da comunicação, seja do mercado em que a empresa ou entidade se insere”. (BUENO, 2009, p.9. Grifo nosso). Na atualidade, Bueno (2009) ainda explica que a Comunicação Empresarial atua na superação de conflitos pré-existentes e na prevenção de possíveis novas divergências. Atualmente, conforme o autor (BUENO, 2009, p.9), acredita que a Comunicação Empresarial está situada “na linha de frente e em posição de destaque no organograma das organizações”, uma vez que a metodologia possibilita relevante conhecimento e estratégias para as empresas. Sendo assim, a posterior irá ser abordado a implementação de tais estratégias como medidas que compõe o planejamento da Comunicação Interna nas empresas.
  • 22. 22 3 – A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL ASSUME CARÁTER ESTRATÉGICO Após a ascensão da comunicação para empresas no Brasil, passou-se a enxergar essa ferramenta como mecanismo influente para o sucesso de uma organização, tendo como objetivo, segundo Bahia: recrear, educar e orientar os empregados; estimular a sociabilidade e o espírito de compreensão entre empregados e empregadores; aproximar uns e outros, inspirados pelo sentimento de integração; divulgar as atividades sociais e os produtos da empresa. (BAHIA, 2006, p. 38). Bahia destaca a importância do planejamento estratégico aliado a comunicação empresarial, que por sua vez irá programar a trajetória que a empresa irá traçar, quais os objetivos vai atingir e o que será preciso para que a organização possa ser competitiva e crescer no segmento em que atua. Em ambos os casos, os sistemas de informações exercem funções que conduzem a conhecimento, competência, produtividade, eficácia, qualidade, rentabilidade, responsabilidade social, etc., estabelecendo padrões de conduta e graus de participação.(BAHIA, 2006, p. 55) Já Bueno acredita que não é válido considerar a viabilidade de uma prática de Comunicação Empresarial condicionada simplesmente ao fato de ser considerada importante ferramenta para “alavancar os negócios ou para plasmar positivamente a imagem de uma organização”. (BUENO, 2009, p. 38) A produtividade é colocada acima de qualquer outro atributo gerencial e, apesar do discurso vazio da comunicação estratégica, buscam-se, na verdade, a todo custo, resultados imediatos que garantem sobrevida aos chefes. Equipes cada vez mais enxutas acumulam funções e se desdobram para cumprir metas irrealizáveis (chamadas de desafios), com o prejuízo da qualidade de vida, com a redução da autoestima e visitas frequentes ao médico e ao psicanalista. (BUENO, 2009, p. 96) Juarez Bahia acrescenta a importância de se conhecer de forma completa os veículos de comunicação para que a interação entre público-alvo e opinião pública seja realizada de forma eficaz e, dessa maneira, a estratégia desenvolvida pela empresa possa funcionar. Bueno concordando com Bahia,
  • 23. 23 acrescenta que é necessário conhecer profundamente os veículos de comunicação para que assim possa se obter estratégias de informação que poderão ser utilizadas a níveis organizacionais, uma vez que os veículos são a ponte entre “empresa e opinião pública”. (BAHIA, 2006, p. 23) 3.1 – A NECESSIDADE DO PLANEJAMENTO NA COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL A autora Kunsch (2003) introduz o conceito de planejamento como sendo um ato de inteligência que visa pensar sobre determinada situação ou realidade e que engloba estudos, questionamentos, diagnósticos, estabelecimentos de objetivos, tomadas de decisões, estratégias, alocação de recursos, cursos de ações, etc. Planejar não significa simplesmente fazer previsões, projeções e predições, solucionar problemas ou separar mecanicamente planos e projetos, porque, conforme Djalma Oliveira, essas acepções não conferem o real significado do que seja planejar. Previsão corresponde mais a uma percepção provável do que possa ocorrer; projeção tende a se basear em situações do passado para diagnosticar o futuro; predição diz de um futuro diferente para determinada situação. Mas não há elementos de controle para isso; a solução de problemas tem um caráter imediatista e transitório; e planos e projetos são instrumentos materiais do processo de planejamento. (KUNSCH, 2003, p.203-4) Wilson da Costa Bueno caracteriza de forma contundente a centralização do planejamento comunicacional. O objetivo é economizar recursos e esforços que, ao final do planejamento, possam contribuir para a realização do projeto de maneira eficaz “ou seja: aumentar a vantagem competitiva da empresa ou entidade ante seus concorrentes e consolidar sua imagem (ou reputação) ante a opinião pública”. (p. 11) O planejamento é, por definição, um processo que se respalda em dados sistematizados, informações, conhecimentos, vivências e saberes intrinsecamente vinculados aos objetivos, aos valores e à missão de uma organização, não devendo ser entendido como uma atividade episódica ou meramente operacional. (BUENO, 2009, p. 39)
  • 24. 24 Kunsch citando José Maria Dias ressalta que o processo é uma característica básica do planejamento, que por sua vez define o futuro e os passos que devem ser tomados a partir desse cenário previamente pensado “ao passo que a solução de problemas é imediatista e visa simplesmente corrigir descontinuidades entre organização e seu ambiente”. [O processo] que se inicia com a definição da própria razão de ser da organização. Define estratégias, planos, detalhamentos com indicações de programas e projetos orientados para sua implementação. Adicionalmente, o processo de planejamento inclui mecanismos de avaliação de desempenho e sistemas de retroalimentação que garantem seu dinamismo. Planejamento é, assim, uma função organizacional contínua, porque o ambiente encontra-se em mutação permanente. (KUNSCH, 2003, p. 206, apud DIAS, 1982, p. 19. Grifo nosso). Para Bueno, “o planejamento moderno consiste em eliminar a “zona de conforto”, seja ela um estágio transitório ou uma realidade permanente.” (2009, p. 39) Planejamento constitui um processo complexo e abrangente. Possui dimensões e características próprias, implica uma filosofia e políticas definidas e é direcionado por princípios gerais e específicos. Não é algo solto e isolado de contextos. Está sempre vinculado a situações e a realidades de vida de pessoas, grupos e das mais diversas organizações e instituições da esfera pública e privada (...) o planejamento não se restringe ao que fazer, de que modo e com que recursos (...) exige conhecimentos, criatividade, análises conjunturais e ambientais, além de aplicativos instrumentais técnicos. (BUENO, 2009, p. 39, apud KUNSCH, 2003, p. 204-5) Por fim, Bueno evidencia que o planejamento em comunicação defendido por ele deve resultar em uma “política de comunicação que prevê ações e estratégias também a longo prazo” (BUENO, 2009, p. 39). Ainda, para o autor, deve haver “sinergia com a cultura da organização”, além de estar sintonia em relação ao mercado, à estrutura disponíveis e aos perfis dos profissionais atuantes em seu segmento. O trabalho reconhece as vertentes comunicacionais existentes, assim como mencionado no texto anterior, porém mantém o seu foco à Comunicação direcionada ao público interno, objeto do próximo capítulo.
  • 25. 25 3.2 – A COMUNICAÇÃO INTERNA Tanto a Comunicação Interna quanto a externa são ações que para obtenção de resultado de um resultado homogêneo e satisfatório devem “ser exercidas simultânea ou paralelamente, esteja a empresa dedicada à indústria, ao comércio ou ao serviço”. (CHINEM, 2003, p. 46). Para Chinem (2003), é essencial entender que as ações realizadas internamente em uma empresa devem ser contínuas e não saudável organizacionalmente haver declaração da empresa apenas em momentos delicados. Agir dessa forma é plantar a desconfiança nos funcionários que não recebem de forma positiva pronunciamentos esporádicos. Além de estimular uma reação semelhante ao público externo diante das mesmas informações. Conforme explica Juarez Bahia (2006), a Comunicação Interna surgiu da necessidade do diálogo entre dirigentes das organizações e empregados. Havia a necessidade de se transmitir os “pensamentos e ações da empresa ao público da casa”, além das ações tomadas pela organização colocando em evidencia a posição dos dirigentes e a “função social” que a empresa detém. (BAHIA, 2006, p. 31). Kunsch (2003) em referência à definição expressa no Plano de Comunicação Social desenvolvido pela Rhodia, em 1985, o pioneiro no país, destaca que a Comunicação Interna é um método que visa unir os interesses da organização aos dos colaboradores “através do estímulo ao diálogo, à troca de informações e de experiências e à participação de todos os níveis”. Ela seria um setor planejado com objetivos bem definidos, para viabilizar toda a interação possível entre a organização e seus empregados, usando ferramentas da comunicação institucional e até da comunicação mercadológica (para o caso de endomarketing ou marketing interno). Portanto, a Comunicação interna corre paralelamente com a circulação normal da comunicação que perpassa todos os setores de organização, permitindo seu pleno funcionamento. (KUNSCH, 2003, p.154). Porém Bueno elenca problemas oriundos da Comunicação Interna realizada “avessa à pedagogia libertadora”, na qual a empresa se vale de house-organs que circulam pela instituição com meias verdades que confrontam o conceito de “diversidade corporativa”. (BUENO, 2007, p. 22)
  • 26. 26 A prática da comunicação interna no Brasil tem como pressuposto o adestramento e a doutrinação, e não a autêntica libertação. À maioria das organizações interessa manter os funcionários como súditos, ainda que os vídeos institucionais repitam, solenemente, a velha cantilena: eles são o maior patrimônio da empresa. (BUENO, 2007, p.23). Além disso, Bahia reitera o desafio comum enfrentado pelas organizações que é transmitir a mesma ideia a todos os públicos da empresa. Não deve haver divergência entre as informações. Deve o empresário dizer uma coisa ao público interno e outra ao público externo? Obviamente isso seria um erro e uma ação prejudicial à empresa. A comunicação interna é um modo de difundir entre os empregados a realidade da empresa, de ampliação dos laços de identidade funcional, de prestação de informações e de estímulo ao debate da realidade social, sem intermediários. BAHIA, 2006, p. 32) Para Nassar e Figueiredo, a comunicação das empresas com os seus públicos internos muitas vezes tem como alvo milhares de trabalhadores que só podem ser atingidos com uma comunicação de massa específica para a empresa, porque “apesar de direcionada a universos infinitamente menores do que os de campanha de massa tem todas as características de comunicação de massa”. (NASSAR, FIGUEIREDO, 2007, p. 27) Essa comunicação interna de massa revela uma faceta interessante que não pode ser desprezada pelos comunicadores empresariais e pelos dirigentes das empresas: o público das fábricas ou dos escritórios das empresas é hostil às formas artesanais de comunicação. A massa quer o luxo na sua comunicação interna. Isso porque o público interno confronta, o tempo todo, os padrões de criação e produção das mídias internas de massa com os padrões de criação e produção das mídias externas tradicionais. Assim, seguir os padrões da criação e produção das mídias externas de massa é condição básica para assegurar a eficiência e a credibilidade da comunicação empresarial para o público interno. (NASSAR, FIGUEIREDO, 2007, p. 28). Já Kunsch (2003) destaca ainda a importância de não limitar os “clientes internos” como o público que apenas serve aos clientes da empresa assim como visualizado pelo prisma do endomarketing.
  • 27. 27 Kunsch reitera a necessidade da interação com o público interno abranger políticas públicas de forma mais integral e ampla. “É preciso considerar que antes de ser empregado, o indivíduo é um ser humano e um cidadão (...)” (2003, p.155). Além disso, o ambiente organizacional é composto por pessoas que visam interagir de forma expressiva e buscando, dessa forma, atingir os objetivos da empresa por meio dessa interação. “Não é, portanto, um espaço de mercado” (2003, p.155). Bueno explica que em busca de uma administração moderna, o público interno deveria fazer parte do público mais importante da organização. “Os funcionários (...) são o parceiro fundamental nos negócios (sejam eles lucrativos ou não) e, sem eles, as organizações não sobrevivem”. (2007, p. 31). Bueno expõe também que no momento em que a Comunicação Interna é estabelecida de forma competente, esta constrói relações estáveis entre os funcionários que propicia a transmissão de conhecimentos entre eles e a transferência das experiências adquiridas no decorrer do ato profissional. “Com isso, reduzem-se os espaços para os boatos, para as dissidências e estimula-se o diálogo e a participação” (BUENO, 2007, p. 34). Já para Chinem (2003), a Comunicação Interna quando planejada de forma adequada auxilia no clima organizacional da empresa, uma vez que garante o bom convívio entre os funcionários, patrões, além de refletir de forma significativa no aumenta do lucro e produtividade. Porém, Bueno adverte que é necessário que sejam feitas mudanças que adequem a Comunicação Interna “para que ela efetivamente assuma o seu caráter libertador”. (BUENO, 2007, p. 24). Para que se estabeleça de forma efetiva a prática de Comunicação Interna e que assim, seja uma ferramenta que agregue valor a organização, é necessário tornar eficiente os canais de comunicação com os dirigentes da empresa. Além disso, é preciso que exista a criação de “espaços democráticos, verdadeiramente participativos” (2007, p. 24) onde seja estimulada a comunicação divergente de forma responsável na empresa. Dessa maneira, existem diversos canais que tem o objetivo de estabelecer o diálogo entre os funcionários, tais ferramentas serão expostas no capítulo a seguir.
  • 28. 28 3.3 – MODALIDADES DE COMUNICAÇÃO INTERNA A Comunicação Interna conta com um leque de opções no que diz respeito a veículos para transmissão de informação ao público interno. Alguns deles são jornal mural, jornal impresso, intranet, revistas, boletim eletrônico ou newsletter, entre outros. As ações integram comunicações orais e impressas. Segundo Torquato, as duas são fundamentais para o processo comunicacional: A comunicação interna nas empresas flui em duas grandes redes. Uma formal, outra informal. Ambas processam formas variadas, situações próprias, projetos específicos. As comunicações orais, por exemplo, são tão importantes quanto as comunicações impressas, mas não recebem o mesmo tratamento compatível(...). (TORQUATO, 1991, p.202). Algumas ferramentas ou publicações que podem auxiliar no desenvolvimento da Comunicação Interna na empresa são as seguintes: a) Boletim ou newsletter: Trata-se de um apanhado de notas e notícias curtas de caráter mais imediatista. Geralmente impresso, o boletim é um veículo distribuído em intervalos pequenos de tempo. Já a newsletter é veiculada através do meio digital. b) Revista: Por vezes, a Revista é o produto mais caro e elaborado destinado ao público interno. O conteúdo retém atenção de seus idealizadores, pois necessita de informações mais abrangentes e aprofundadas. Na Revista, a diversidade de assuntos também é uma característica marcante. c) Informativo digital: Veículo de baixo custo, por dispensar o uso do papel, que também condensa notas curtas e informação rápida. O informativo digital, como o nome diz, é enviado via correio eletrônico aos funcionários da empresa. d) Jornal Impresso: Trata-se de um veículo de informação mais elaborado contendo fotos, infográficos, ilustrações, e, por vezes, mais extenso. Abrange um conteúdo mais denso com algumas características jornalísticas. Demanda
  • 29. 29 investimento em projeto gráfico, além de custos com impressão. É distribuído em um intervalo maior de tempo. e) Mural ou Jornal Mural: É a ferramenta mais simples, com caráter imediatista e por vezes mais eficaz em médias e pequenas empresas. Comumente fixado em paredes em locais de grande aglomeração ou passagem de pessoas. Com conteúdo alternado semanalmente, as informações compreendidas são avisos rápidos e úteis aos funcionários. Conforme o autor Cesca (1995), a escolha da melhor ferramenta de comunicação, a distribuição, periodicidade e forma como será apresentada vão depender do tipo de público existente na organização e dos objetivos que deseja atingir. Os veículos de comunicação podem ser classificados como massivos ou dirigidos. A comunicação massiva compreende um grande número de pessoas, tendo como exemplo jornais e revistas, emissoras de rádio e emissoras de TV. Já comunicação dirigida transmite a mensagem a um grupo limitado. Além disso, conforme Cesca (1993), a comunicação dirigida para ser melhor compreendida pode ser dividida em veículos escritos, orais, aproximativos e auxiliares. Correspondências, mala direta, manuais se configuram como veículos escritos. Outros, que se enquadram no grupo de veículos orais são reuniões informais ou discussão, conferências, telefone. Além disso, integram os veículos auxiliares atividades como recursos visuais (projetáveis), auditivos e audiovisuais. Para finalizar, as atividades que compõem os veículos aproximativos são visitas, praça de esporte, auditório, biblioteca, acontecimentos especiais: tais como datas cívicas, comemorações e outros. Ainda é preciso ressaltar que nenhuma ação de comunicação interna tende a ter sucesso, se o empresário não compreender que as necessidades básicas do funcionário devem ser levadas em conta. Torna-se bastante comum e cada vez mais importante a busca pela valorização do colaborador. Contudo, o primeiro passo é compreender que cabe a empresa buscar propiciar condições para que a comunidade interna realize suas necessidades. Uma das teorias mais representativas nesse quesito é a de Abraham Maslow, “um dos mais conhecidos teóricos, psicólogo americano, afirma que todos os indivíduos apresentam uma
  • 30. 30 hierarquia das necessidades que precisam ser satisfeitas para que possam se sentir motivados” (TAVARES, 2011, p. 26 apud CHIAVENATO, 2000). Ainda, conforme Tavares, a hierarquia das necessidades de Maslow é apresentada segundo uma pirâmide, sendo a base é composta pelas necessidades fisiológicas (alimentação, descanso, água, proteção contra elementos da natureza). Na sequência aparecem os elementos segurança (proteção), sociais (afeto e integração entre pessoas), autoestima (confiança em si mesmo, competência profissional) e no topo, autorrealização (conseguir desenvolver e utilizar os potenciais). Outro fator importante, segundo o autor Lopes (1998) para nortear as ações e as atividades, indo ao encontro da dinâmica da empresa, é compreender a cultura organizacional da mesma. A cultura pode ser definida a partir de dois fatores: pessoas e ações. O fator pessoas envolve a cultura reativa ou proativa. O fator ações engloba a cultura participativa ou não participativa. (LOPES, 1998 apud ERNEST, 1985). Dentro do fator pessoas, a tomada de decisão, implementação e monitoramento de planos são identificados como reativas, já que respondem ao estímulo do ambiente externo, onde os colaboradores tem participação na comunicação efetiva da empresa. O contrário, integra a cultura não-proativa, onde a empresa adapta-se rapidamente ao meio ambiente, não sugerindo novidades, mas se adaptando às inovações. Já, em relação à dimensão ações, a empresa pode ser caracterizada como participativa, onde há uma forte comunicação envolvendo as demandas do funcionário e consumidor. Quando a empresa se qualifica como inábel nas relações com empregados e consumidores, a cultura pode ser identificada como não participativa. (LOPES, 1998 apud ERNEST, 1985).
  • 31. 31 Hierarquia das necessidades de Maslow. Fonte: Wikipédia
  • 32. 32 4 – FUTURA COMUNICAÇÃO O objeto de estudo desse trabalho é a Futura Comunicação1, localizada no bairro Alto dos Passos, Juiz de Fora. A empresa do ramo jornalístico atua na produção de conteúdo, assessoria de comunicação e assessoria de imprensa. Tem como missão aproximar clientes de seu público-alvo, através da comunicação e, como visão, entender a informação como agente formadora de conhecimento, negócios e qualidade de vida para a sociedade. A empresa surgiu em 2000 quando o proprietário identificou no mercado a necessidade de uma empresa para fornecer conteúdo de qualidade e assessoria de imprensa para empresas e agentes públicos e privados. Formado em comunicação social pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), o jornalista atuou nas redações dos jornais Tribuna de Minas e Jornal Panorama, alternando entre repórter, editor e chefe de redação. Ainda, como jornalista, exerceu funções de assessor de comunicação da UFJF, editor de reportagem da TV Alterosa e assessor da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Além disso, consta em seu currículo, atuação como professor universitário cuja especialização se dá em mídia e inclusão social (UFJF) e pós-graduação em Técnicas de Webwriting (Faculdade Integradas Hélio Alonso –RJ). Durante seu tempo de consolidação no mercado, a empresa conseguiu de distinguir de uma agência de publicidade, tornando-se uma organização jornalística que produz conteúdo de qualidade para diferentes fins e entidades da sociedade civil, pessoa física e empresas privadas. Com o tempo, através de indicações e contratos renovados, a empresa foi crescendo. Mais de 80% dos clientes são provenientes de indicações e de renovações de contratos ao longo dos anos. Hoje a empresa atende a mais de vinte clientes e conta com um público interno de seis colaboradores: dois jornalistas, dois designers, uma gerente administrativa e um diretor geral. Entre as áreas atuantes da Futura Comunicação se destacam política, economia, sindical e esportiva. Na política, principalmente, a empresa vem se destacando desde sua criação. Através de seu trabalho a empresa conseguiu eleger vereadores, deputados e prefeitos tanto em Juiz de Fora, como na região. Alguns 1 Nome fantasia utilizado com o objetivo de resguardar as informações institucionais da empresa objeto de estudo.
  • 33. 33 dos serviços prestados incluem relacionamento com a imprensa, como elaboração de releases e prestação de informações, gestão e elaboração de conteúdo para sites, consultoria em imagem e conteúdo para os clientes, entre outros. 4.1 – A COMUNICAÇÃO NA FUTURA COMUNICAÇÃO Integrar, motivar e informar o público interno são alguns dos principais objetivos da comunicação interna. Se bem articulado, conforme o público ao qual se refere, o planejamento da comunicação interna representa uma influência na formação de opinião e mudanças de hábitos dos colaboradores. A comunicação na empresa Futura Comunicação, devido ao tamanho e integralidade dos espaços da empresa, se dá em sua maior parte, através da forma oral. Em suas dependências a mesma conta com uma mesa de reuniões para troca de informações eventuais e não há divisórias entre as mesas dos funcionários, o que auxilia na comunicação de um para um e de um para todos. Outra forma de comunicação utilizada pela empresa é o mural, destinado a recados, telefones úteis, escalas e informações gerais. Conforme os proprietários, a ideia é que o mural possa ser mais ativo e, para isso, os mesmos pretendem investir em um maior espaço, através de novos murais. Mural, ferramenta de comunicação interna da empresa Futura Comunicação
  • 34. 34 Além dessas formas, integram também a comunicação interna as ferramentas e-mail e mensagem instantânea. A empresa conta com um e-mail corporativo e os colaboradores utilizam obrigatoriamente o mesmo em tempo integral durante o expediente. 4.2 – APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS Para que as ações de comunicação sejam implantadas e bem sucedidas é preciso ter conhecimento do público para o qual elas se destinam. Cada empresa tem uma cultura diferente, o que subentende visão, missão, valores e outros. Além disso, cada pessoa que integra o público interno trás consigo uma cultura e valores de casa. Desta forma, o alinhamento de ideias deve acontecer, principalmente através da comunicação, para prever e minimizar os conflitos organizacionais. Para Torquato (1991), é bastante comum a adoção de políticas, rotinas, procedimentos, sem se levar em consideração os usos, costumes, comportamentos, hábitos, peculiaridades e manias que tipificam a cultura dos agrupamentos humanos. A consequência de as culturas não serem perfilizadas, segundo Torquato, é a tendência do distanciamento psicológico entre a comunidade e a administração serem maiores. A pesquisa de clima organizacional é uma forma de a empresa medir a “temperatura do clima interno” (TORQUATO, 1991): A forma é bastante simples. A empresa precisa pesquisar, de forma sistemática e planejada, a temperatura do clima interno e verificar as disfunções que provocam os ruídos, insatisfações e anseios. Ela vai constatar, por exemplo, que não é apenas a questão do salário que provoca perturbações internas. Há detalhes, coisinhas pequenas, que podem mudar, de forma significante, o perfil do clima. (p. 8). A sondagem foi realizada com todos os colaboradores da empresa Futura Comunicação, excluindo o proprietário que também exerce funções. No total foram entrevistadas cinco pessoas, três com idades entre 25 e 29 anos e duas com idades entre 30 e 39 anos. Para facilitar as respostas foram criadas escalas de um a cinco, cujo um é péssimo, dois é ruim, três é regular, quatro é bom e cinco é ótimo.
  • 35. 35 As questões de múltipla escolha foram produzidas a partir do que era pautado pelos colaboradores dentro da empresa e através de conversar informais com as pesquisadoras2. Como o público entrevistado é reduzido, partindo da fácil identificação dos entrevistadores para com os entrevistados, as perguntas de sexo e grau de escolaridade não foram realizadas. Foram elaboradas 15 perguntas com apelos emocionais e racionais. É importante ressaltar que a sondagem foi realizada com objetivo de embasar um primeiro projeto de introdução de ações de comunicação interna, atendendo a uma demanda percebida pelas autoras, e aceita pelos gestores, em virtude do rápido crescimento da empresa no mercado. Isso não significa que ignora-se as “verdades” não declaradas pelos funcionários aos entrevistadores e que circulam, com relativa frequência, nos meios informais de comunicação interna. Tavares explica que as redes formais e informais de comunicação estão presentes em qualquer organização e que cada uma atende objetivos próprios. Comunicação formal representa o conjunto de fluxos de informação relativos ao trabalho e às obrigações organizacionais que resultam da produção e a comunicação informal è constituída pelo conjunto de trocas não directamente úteis a essa produção, não formalizadas e escapando, por conseguinte, ao controlo dos gestores. (TAVARES, 2011, p. 15, apud DUTERME, 2002, p.27) Da mesma forma a cultura organizacional também foi considerada no momento de pensar as ações de comunicação propostas neste trabalho. De acordo com a teoria apresentada no capítulo três, identificamos que a empresa Futura Comunicação apresenta uma cultura mais próxima à proatividade nas ações e participativa com relação às pessoas (tanto funcionários quanto clientes). Essas características tornam o ambiente interno propício ao sucesso das atividades de comunicação interna, uma vez que os funcionários tendem a ser valorizados em suas opiniões e participação na melhoria dos processos internos e externos da empresa. Analisando o questionário aplicado é possível constatar que 60% do público interno tem entre 25 e 29 anos e os outros 40%, entre 30 e 39 anos de idade. A maioria dos funcionários tem até um ano de casa, dos quais 60% tem entre 2 Tantos o questionário quanto os resultados podem ser consultados nos apêndices 8.2 e 8.3, respectivamente.
  • 36. 36 três meses a uma ano, 20% tem entre três a cinco anos e outros 20% tem acima de cinco anos de empresa. Quando questionados sobre qual a primeira palavra que vem à cabeça quando se fala em Futura Comunicação, 40% afirmou ser trabalho. Ambiente descontraído e sucesso foram citados por 20% do público. A qualidade do serviço foi assinalado por 100% dos colaboradores, quando indagados sobre qual o principal motivo da procura pelos serviços da empresa. A qualidade do tratamento da empresa para com o cliente foi destacada como bom por 40% dos entrevistados e ótima por 60%. Em relação à informação, as formas escrita, impressa e oral foram destacadas por 80% do público interno como as formas pelas quais os mesmos gostariam de ser informados. Apenas 20% dos funcionários preferem ser informados somente pela forma oral. A frequência com que os colaboradores gostariam de ser informados foi definida como diariamente por 60% dos entrevistados, os outros 40% preferem ser informados sempre que necessário. Os meios de comunicações sugeridos pelos entrevistados foram reuniões (40%), internet (40%) e jornal mural (20%). A qualidade da comunicação de forma geral foi qualificada como boa, com maioria das notas (em escala) quatro. A qualidade do ambiente de trabalho que a empresa proporciona ao funcionário, o grau de satisfação com a comunicação interna são boas para 80% dos colaboradores e ótimas para 20%. Já a qualidade do clima organizacional foi definida como boa por 80% dos questionados e regular para 20%. O relacionamento entre funcionários foi apontado como bom por 60% dos entrevistados e regular por 40%. A qualidade do relacionamento entre funcionário e proprietário foi classificada como bom para 60% dos indagados e 40% ótimo. A qualidade da comunicação com o entrevistado se julga dirigir ao seu colega de trabalho foi boa para 60% e ótima para 40%. Já a qualidade da comunicação com que os colegas de dirigem ao entrevistado foi bom para 80% e ótima para 20%.
  • 37. 37 5 – PLANO DE COMUNICAÇÃO 5.1 – APRESENTAÇÃO O Plano de comunicação proposto será aplicado pela Futura Comunicação, localizada no bairro Alto dos Passos, em Juiz de Fora. A empresa de comunicação, fundada em 2000, conta com seis funcionários, dos quais um é o proprietário e diretor da organização. Os cargos efetivos na empresa são de jornalista, o qual exerce funções de assessoria de imprensa, design, responsável pela criação e planejamento de imagem e gerente administrativa. Em decorrência do crescimento da empresa, principalmente de seus clientes em potencial, o planejamento da comunicação interna se faz necessário para que a mesma, prestadora de serviços de comunicação, esteja alinhada para o atendimento qualificado ao cliente. Necessidade que vai ao encontro do que é ansiado pelo empresário proprietário. Devido ao tamanho e integralidade dos espaços da empresa a comunicação interna, em sua maior parte, se dá através da forma oral. Além disso, ferramentas como mural, internet e mensagens instantâneas compõem os meios de comunicação organizacional. Em pesquisa realizada com o público interna as formas de comunicação preferidas pelos funcionários foram as seguintes: reuniões (40%), internet (40%) e jornal mural (20%). A qualidade da comunicação entre funcionários e proprietário foi classificada, numa escala de um a cinco, em 60% bom. A primeira palavra que vem a cabeça dos empregados, quando questionados, foram trabalho (40%), ambiente descontraído (20%) e sucesso (20%). Já a qualidade da comunicação organizacional, em uma escala de um a cinco, foi avaliada em 80% bom e 20% regular. 5.2 – OBJETIVOS Os Objetivos do plano de comunicação é trabalhar a comunicação interna, criando uma cultura de participação no processo de comunicação dentro da organização Futura Comunicação. Criar um clima organizacional favorável, de forma que a motivação, satisfação e comprometimento dos colaboradores sejam
  • 38. 38 despertados. Além disso, fomentar boas condições de trabalho, refletindo em um melhor desempenho profissional e maior qualidade dos serviços prestados. 5.3 – PÚBLICO ALVO O projeto é desenvolvido com foco em todos os colaboradores da empresa Futura Comunicação. O público interno é predominantemente masculino (60%), sendo a minoria do sexo feminino (40%). As idades se concentram na faixa etária entre 25 e 29 (60%), sendo o outro público entre 30 e 39 anos (20%). O grau de escolaridade é de 100% de nível superior. Desta forma, a internet, o jornal mural e reuniões serão os melhores meios para que a comunicação interna flua bem. 5.4 – ATIVIDADES As ações a serem incorporadas na empresa Futura Comunicação compreendem as formas escrita, oral, aproximativa e auxiliar. Os veículos escritos serão: newsletter, mural, cartões comemorativos e orientações de comportamento. Reuniões compõem a forma oral. A ferramenta Facebook compreende as ações de comunicação auxiliar. Já eventos como happy hour e de datas especiais se configuram como ações aproximativas. As reuniões devem entrar no cronograma da empresa. A comunicação de um para todos deve ter seu lugar de destaque na empresa. Outra ação é criar na rede social Facebook um grupo secreto onde possam ser compartilhadas informações gerais, recados, fotos e entretenimento em geral. A rede social, além de uma ferramenta de trabalho na empresa Futura Comunicação, é muito utilizada por todo o público interno. O layout já existe e é fornecido pelo próprio Facebook, sendo necessário apenas criar o grupo e inserir as pessoas, cujos perfis já existem. O mural será reformulado de forma que possa se tornar atrativo para o a comunidade interna. Para isso é proposto a criação de um jornal mural que tem o objetivo de, além de informar sobre ações e atividades da empresa, apresentar formas alternativas de comunicação, como sugestões de livros e filmes da área ou não, cursos de capacitação, artigos e textos da área, voltados para o entretenimento, data de aniversários, dicas de saúde, entre outras. A elaboração do mesmo contará com a ajuda de toda a equipe, através de sugestões de conteúdos
  • 39. 39 para que mensalmente os mesmos sejam modificados, elaboração das sugestões e diagramação do mesmo. A newsletter, muito comum na comunicação externa, agora será destinada ao público interno. O total de 60% dos colaboradores da empresa Futura Comunicação preferem ser informados diariamente. Desta forma, para facilitar a disseminação de informações curtas ou longas, diariamente, a proposta é trabalhar com uma newsletter, cujos benefícios também englobam o custo zero e a comunicação rápida. Outra atividade incorporada na empresa são os cartões comemorativos, eventos esporádicos, como happy hour e comemorativos, além de orientações de comportamento. Estas ações buscam uma melhor integração e socialização entre os colaboradores. Através dos cartões e promoção de eventos esporádicos acontece a valorização, motivação e espaço de troca de experiências e aproximação entre os funcionários, além de uma maior aproximação com o proprietário. As orientações de comportamento, através de plaquinhas fixadas nas paredes, tem o objetivo de apresentar ao colaborador algumas condutas e regras da empresa que devem ser lembradas todos os dias.
  • 44. 44 ORIENTAÇÕES DE COMPORTAMENTO
  • 45. 45 ORIENTAÇÕES DE COMPORTAMENTO
  • 46. 46 ORIENTAÇÕES DE COMPORTAMENTO
  • 47. 47 GRUPO DO FACEBOOK
  • 48. 48 5.5 – RESPONSABILIDADES Atividades Diretor Geral Gerente Administrativa Jornalistas Designers Reuniões X X X X Newsletter X X X X Jornal Mural X X X Cartões X X comemorativos Integração na rede social Facebook X X X X Orientações de comportamento X X Ações de integração, como happy hour e eventos comemorativos X X X X 5.6 – CRONOGRAMA DE ATIVIDADES Atividades Diário semanal mensal Conforme necessário Reuniões X Newsletter X Jornal Mural X Cartões comemorativos X Integração na rede social X Facebook Orientações de comportamento X Ações de integração, como X X happy hour e eventos comemorativos
  • 49. 49 5.7 – RECURSOS NECESSÁRIOS E CUSTOS Os recursos necessários para a implementação das ações serão basicamente mão de obra. Somente para a impressão do Jornal Mural, orientações de comportamento a serem fixadas nas paredes e promoção de eventos esporádicos, será implicado valores. A empresa conta com jornalistas e designers, desta forma o custo de produção é conteúdo é zero. Para e impressão das ações como newsletter e orientações de comportamento, a empresa conta com comissões sobre trabalhados realizados em gráficas. Desta forma, o gasto com impressão também é zero, se compreendermos que o valor não será extraído do orçamento da empresa. Há a possibilidade de a empresa fechar parcerias e negociar permutas para a realização de eventos esporádicos. Um dos clientes da Futura Comunicação dispõe de toda uma estrutura para a promoção de eventos simples e mais elaborados.
  • 50. 50 6 – CONCLUSÃO A prática de “manda quem pode, obedece quem tem juízo” por muito tempo foi utilizada nas organizações empresariais do país. Contudo, a cada dia que passa, mais empreendedores estão entendendo que as questões empresariais não se dão exatamente por este viés administrativo. Alinhar o pensamento do público interno com o de lideranças empresariais tem sido um dos grandes desafios das organizações contemporâneas. A falta de comunicação com os públicos internos tem levado as empresas a consequências sérias, fazendo com que as mesmas percebam a necessidade de integrar e entender seu primeiro cliente, o funcionário. Algumas empresas já perceberam que não existe uma fórmula pronta, mas técnicas e estratégias de comunicação que podem ser implantadas conforme a realidade e cultura de cada empresa, podendo produzir resultados surpreendentes. O primeiro público de qualquer organização é o público interno, o corpo de funcionários. Esse é o primeiro mediador das informações da empresa. De nada adianta uma propaganda muito bem articulada que implicará um alto investimento, se a mesma puder ser desmentida pelo primeiro cliente da organização. A impressão dos serviços e qualidade da empresa será emitida de dentro para fora. Ações como palestras motivacionais, café da manhã com o presidente da empresa, eventos e ações de incentivo são algumas das formas encontradas para a comunicação entre empregador e empregado. Contudo, as empresas precisam formar uma consciência de que não basta tomar atitudes a fim de remediar um problema interno ou aumentar as vendas temporariamente e sim buscar formar uma cultura onde a companhia seja estimulada intelecto e humanamente. Na medida em que se dá valor e visibilidade à informação que existe dentro da empresa, de forma que o público interno consiga entender seus objetivos, valores, estratégias e processos de gestão, mais participativo será o funcionário. Ao analisar a empresa Futura Comunicação, objeto de estudo deste trabalho, foi possível compreender a complexidade do trabalho realizado pela comunicação interna. Identificar os problemas e atender às necessidades dos funcionários se tornam desafios constantes. Afinal, a cada necessidade saciada, novas surgirão e a empresa precisa manter-se atenta para identificar quais caminhos tomar junto ao seu primeiro cliente.
  • 51. 51 No decorrer do desenvolvimento deste trabalho foram encontradas dificuldades em diversos aspetos. A princípio o maior obstáculo foi a inexistência de uma modelo de plano de comunicação que pudesse orientar as ações deste trabalho. Sendo assim, a partir de informações coletadas em trabalhos semelhantes a livros de autores da área foi desenvolvido um plano que pudesse atender às necessidades da empresa Futura Comunicação. Além disso, encontrar o melhor questionário, dentre os analisados, para ser aplicado junto ao público interno da empresa foi outro obstáculo. Durante o processo, foi possível observar que seria enriquecedor a interdisciplinaridade de setores relacionados a psicologia e recursos humanos, que poderia compreender melhor o que o questionário não é capaz de julgar e identificar, como informações emocionais. Outro fator relevante, proporcionado pela integração entre setores, seria a condução de uma melhor forma de abordagem e relação entre pesquisadores e entrevistados. A eficácia da comunicação interna, de forma bem planejada, representa uma nova postura no mercado. As empresas precisam entender e assumir que caminhar rumo a tão sonhada e flertada sustentabilidade é, em primeiro lugar, valorizar e motivar seu colaborador. A partir do momento que a empresa compreende qual é seu papel social, a conquista dos clientes externos se dá de forma completa e satisfatória e chega ao tão buscado diferencial em relação a outras marcas e serviços. Sejam empresas de pequeno, médio ou grande porte a necessidade da compreensão do seu papel para com a comunidade interna é indispensável para seu bom funcionamento. Empresas pequenas acreditam que somente a comunicação oral é eficaz, contudo quando um recado ou alguma informação não é passada ao funcionário a “rádio peão” tende a soar muito alto e causar transtornos que podem se tornar difíceis de serem reparados. Tanto a comunicação oral, quanto a impressa desempenham funções essenciais para a qualidade da comunicação interna. Quando uma falha, a outra compensa e neste momento a “rádio peão” tende a funcionar em prol da empresa e não contra. Por fim, entendendo que o princípio das relações humanas se dá através da comunicação social, podemos compreender a busca interminável e o vasto campo da comunicação eficaz. Unir culturas e valores em um só lugar, por um único propósito, são umas das ações mais ansiadas por funcionários e
  • 52. 52 empregadores. Ainda há, portanto, muita demanda à espera dos comunicadores sociais.
  • 53. 53 7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMARAL, Claudio. A história da Comunicação Empresarial no Brasil. Link: http://www.portal-rp.com.br/bibliotecavirtual/memoria/0095.htm - - acessado em 24 de setembro de 2012. BAHIA, Juarez. Introdução à Comunicação Empresarial. Rio de Janeiro: Mauad, 2006 BUENO, Wilson da Costa. Comunicação Empresarial: políticas e estratégias. São Paulo: Saraiva, 2009. BUENO, Wilson da Costa. Comunicação Empresarial no Brasil: uma leitura crítica. São Paulo: Mojoara Editorial, 2007. (Coleção Mojoara de Comunicação). CESCA, C. G. Gimenes. Comunicação dirigida escrita na empresa: Teoria e prática. São Paulo: Summus, 1995. CHINEM, Rivaldo. Assessoria de Imprensa: como fazer. São Paulo: Summes, 2003. CARDOSO, Onésimo de Oliveira. Comunicação empresarial versus comunicação organizacional: novos desafios teóricos. Ano 2006. Link: http://www.scielo.br/pdf/%0D/rap/v40n6/10.pdf - acessado em 24 de setembro de 2012 DUARTE, Jorge. Assessoria de Imprensa no Brasil. Link: http://twileshare.com/uploads/Assessoria_de_Imprensa_no_Brasil_2011.pdf - acessado em 24 de setembro de 2012. FIGUEIREDO, Rubens; NASSAR, Paulo. O que é comunicação empresarial? São Paulo: Brasiliense, 2007. KUNSCH, Margarida Maria Krohling. Planejamento de Relações Públicas na Comunicação Integrada. São Paulo: Summus, 2003
  • 54. 54 LOPES, Valéria de Siqueira Castro. Os papéis do Serviço de Atendimento ao Consumidor na relação entre organizações e consumidores. São Paulo, abril de 1998. PESSOA, Sonia. Comunicação Empresarial: uma ferramenta estratégica. Belo Horizonte, 2003. TAVARES, Elisângela Cristina Mendes. Comunicação interna como agente de motivação dos colaboradores. Estudo de caso: agência nacional das comunicações. Praia, Junho de 2011. TORQUATO, Gaudêncio. Cultura, poder, comunicação e imagem: fundamentos da nova empresa. São Paulo: Pioneira, 1991.
  • 55. 55 8 – APÊNDICES 8.1 – BRIEFING Nome da Empresa: Futura Comunicação Data da realização do Briefing: 12 de outubro de 2012 Histórico de descrição da empresa: Como a empresa organiza sua comunicação interna? Por ser uma empresa de pequeno porte e com espaço físico limitado, a comunicação interna se dá, principalmente, através do contato direto com os profissionais, uma vez que o ambiente é integrado, permitindo este contato rápido. Além disso, são utilizados recursos como mural de recados, onde não somente os proprietários da empresa, mas também os colaboradores podem colocar o que acreditam ser importante para o ambiente de trabalho, como recados, fotos de encontros externos da empresa, datas de aniversário, assuntos de conhecimento gerais, horário de entrada e saída de cada um, entre outras coisas. Outras ferramentas utilizadas pela empresa são e-mails e mensagens instantâneas. Há um trabalho de comunicação organizacional sendo desenvolvido? Não há um trabalho de comunicação interna sendo proposto ou realizado pela empresa pesquisada. Entretanto, como comunicador, o proprietário compreende a necessidade da realização de projetos que prevejam possíveis problemas internos e que possam sugerir ações para melhoria do clima organizacional. Além disso, é vislumbrado pelo proprietário que a qualidade do serviço prestado e a forma com que a empresa é percebida no mercado depende diretamente da satisfação de seu primeiro cliente, o funcionário. Descrição do problema de comunicação detectado ou do desafio a ser enfrentado? Através de uma pesquisa realizada com o público interno da empresa Futura Comunicação, foi observado que a qualidade do clima organizacional, em
  • 56. 56 uma escala de um a cinco, foi classificada como boa por 80% dos funcionários. Contudo 20% ainda enxergam uma qualidade regular no clima organizacional. Ainda, a partir da pesquisa aplicada, foi observado que o ambiente de trabalho que a empresa proporciona aos funcionários, a qualidade do relacionamento entre funcionários, a qualidade do relacionamento entre funcionários e proprietário, o grau de satisfação com a comunicação dentro da instituição, entre outras, precisam ser melhores trabalhados. A chamada “rádio peão” também é um problema enfrentado pela empresa, uma vez que a qualidade da comunicação entre os colaboradores é deficiente. Conforme Bueno (2007) a comunicação interna frágil, assim como um organismo debilitado, é o palco preferido para as infecções organizacionais, como os boatos e a má informação. A iniciativa de procurar ajuda foi da empresa? Ela possui algum problema específico de comunicação a ser solucionado? Ou trata-se de um desafio a ser cumprido, como, por exemplo, um projeto a ser implantado? A proposta de analisar a empresa foi para a produção do Trabalho de Conclusão de Curso na área de comunicação social, com habilitação em jornalismo, da Faculdade Estácio de Sá de Juiz de Fora. A ideia surgiu do relacionamento das graduandas com a empresa estudada, através de trabalhos desempenhados. Objetivos a serem cumpridos por um futuro plano de comunicação: A empresa espera que o projeto a ser apresentado possa auxiliá-la na orientação das ações a serem realizadas, de forma a cumprir os objetivos traçados pela mesma. Os funcionários são os primeiros disseminadores e multiplicadores da imagem organizacional. Desta forma, este projeto busca alertar o empresário, assim como outros, sobre a importância do colaborador ativo na tomada de decisão da empresa. Outras metas a serem alcançadas são tornar a empresa um ambiente agradável de troca de ideias, experiências e conhecimento, de informação, qualidade de vida, motivação, a partir de uma comunicação interna competente. Alguns dos desafios a serem enfrentados, já que a comunicação interna é uma tarefa que implica conscientizar todos os públicos (Bueno, 2007), é
  • 57. 57 unir cada profissional com suas respectivas culturas em torno de uma cultura única, a da empresa. Além disso, a criação de uma cultura de comunicação não ocorre espontaneamente e sem recursos (Bueno, 2007). Desta forma, a disposição de recursos também é um desafio a ser enfrentado, uma vez que a empresa não tem um planejamento financeiro voltado para este fim. Outros dados relevantes: As cores predominantes na logomarca e materiais gráficos, como envelopes, timbrados, crachás e outros são verde, branco e cinza. Desta forma, os materiais e ações visuais a serem sugeridas devem estar de acordo com as cores da empresa. Público-alvo do projeto: O Público alvo são os colaboradores da empresa. Entendendo que o primeiro cliente é o público interno, as ações devem ser realizadas com o objetivo de unificar a cultura de funcionários e empresa, tonar a comunicação mais fluida e modificar hábitos e atitudes. Datas-chave: As ações a serem sugeridas serão implantadas a partir de janeiro de 2013 e devem ser permanentes. Algumas propostas serão diárias, outras semanais e outras, ainda, mensais. Orçamento: Não existe um orçamento delimitado pela empresa. Conforme a necessidade, a empresa se dispõe a investir, entendendo que o mesmo acometerá na qualidade de vida de seu colaborares, refletindo em uma melhor qualidade de serviços prestados. Suporte:
  • 58. 58 A empresa conta com comissões em diversas gráficas que podem ser revertidas para serviços internos. Desta forma, os gastos com materiais gráficos é quase zero.
  • 59. 59 8.2 – QUESTIONÁRIOS APLICADOS Questionário a ser aplicado aos funcionários da empresa Futura Comunicação 1. Faixa Etária: ( ) 20 a 24 ( ) 25 a 29 ( ) 30 a 39 ( ) 40 a 49 2. Tempo de casa: ( ) três meses a um ano ( ) um ano a três anos ( ) três anos a cinco ( ) acima de cinco 3. Em uma escala de 1 a 5, classifique o ambiente de trabalho que a empresa proporciona aos funcionários? _______ 4. Em uma escala de 1 a 5, classifique o relacionamento entre funcionários? _______ 5. Em uma escala de 1 a 5, classifique o relacionamento entre funcionário e proprietário? _______ 6. Quando eu falo em Futura Comunicação, qual a primeira palavra que vem a sua cabeça? ( ) Trabalho ( ) Bom estabelecimento ( ) Satisfação ( ) Cliente ( ) Ambiente descontraído ( ) Sucesso
  • 60. 60 ( ) Desgaste ( ) outras: _____________________________________________ 7. Em uma escala de 1 a 5, classifique o tratamento da empresa para com o cliente? _______ 8. Em sua opinião, qual o motivo da procura pela Futura Comunicação? ( ) Qualidade de serviço ( ) Preço do serviço ( ) Tempo de serviço ( ) Indicação ( ) Falta de concorrência Outros: _________________________________________________ 9. De que forma você prefere receber informações sobre a empresa e suas atividades? ( ) Escrita ( ) Impressa ( ) Oral ( ) Das três formas 10. Com que frequência você gostaria de ser informado? ( ) Diariamente ( ) Semanalmente ( ) mensalmente ( ) Sempre que necessário 11. Em uma escala de 1 a 5, classifique a qualidade da comunicação com que você se dirige aos seus colegas de trabalho? _______
  • 61. 61 12. Em uma escala de 1 a 5, classifique a qualidade da comunicação que seus colegas se dirige a você? _______ 13. Em uma escala de 1 a 5, classifique o grau de satisfação com a comunicação dentro da instituição? _______ 14. Que meio de comunicação você sugeriria à instituição neste momento? ( ) Jornal Mural ( ) Caixa de sugestões ( ) Reuniões ( ) Avisos ( ) Escritos ou ( ) Orais ( ) Internet ( ) Outros: ____________________________________________ 15. Em uma escala de 1 a 5, classifique a qualidade do clima organizacional dentro da empresa? _______
  • 62. 62 8.3 – GRÁFICOS 1 - Qual a sua idade?
  • 63. 63 2 – Quanto tempo de casa você tem?
  • 64. 64 3 – Em uma escala de 1 a 5, classifique a qualidade ambiente de trabalho que a empresa proporciona aos funcionários.
  • 65. 65 4 – Em uma escala de 1 a 5, classifique a qualidade do relacionamento entre funcionários.
  • 66. 66 5 – Em uma escala de 1 a 5, classifique a qualidade do relacionamento entre funcionários e proprietário.
  • 67. 67 6 – Quando se fala em Futura Comunicação, qual a primeira palavra que vem a cabeça a sua cabeça?
  • 68. 68 7 – Em uma escala de 1 a 5, classifique a qualidade do tratamento da empresa para com o cliente.
  • 69. 69 8 – Para você, qual o motivo da procura pelos serviços da Futura comunicação?
  • 70. 70 9 – De que forma você prefere receber informações sobre a empresa e suas atividades?
  • 71. 71 10 – Com que frequência você gostaria de ser informado sobre a empresa e suas atividades?
  • 72. 72 11 – Em uma escala de 1 a 5, classifique a qualidade da comunicação com que você se dirige aos seus colegas.
  • 73. 73 12 – Em uma escala de 1 a 5, classifique a qualidade da comunicação que seus colegas se dirigem a você.
  • 74. 74 13 – Em uma escala de 1 a 5, classifique o grau de satisfação com a comunicação dentro da instituição.
  • 75. 75 14 – Qual meio de comunicação você sugeriria à instituição neste momento?
  • 76. 76 15 – Em uma escala de 1 a 5, classifique a qualidade do clima organizacional da empresa.