A música "Cálice" usa metáforas para descrever o drama da tortura durante a ditadura militar no Brasil. As metáforas comparam o sofrimento das vítimas à Paixão de Cristo e à censura imposta pelo regime autoritário. A canção expressa o desejo de liberdade de expressão e de escapar do controle do governo repressivo.
Material para apresentação de conteúdo básico da Linguagem Formal e Informal, usando a leitura de textos, como por exemplo a música Chopis Centis dos Mamonas Assassinas, que se enquadra perfeitamente na leitura de variações linguísticas da língua informal.
Explicações e definições de termos relacionados ao universo, cosmologia,astronomia, astrofísica,Teorias de Origem da vida: criacionismo, fixismo, big bang, Panspermia/cosmogênia, ABIOGÊNESE/GERAÇÃO ESPONTÂNEA, OS EXPERIMENTOS DE NEEDHAM E SPALLANZANI, TEORIA DE OPARIN E HALDANE e o EXPERIMENTO DE MILLER.
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Formação dos planetas, seus satélites naturais, características, temperatura, movimento de rotação, movimento de translação, planetas telúricos, planetas gigantes, anéis do planetas.
Citologia, atualmente designada Biologia Celular, é a ciência que estuda a estrutura, a composição e a fisiologia das células, através das membranas celulares, do citoesqueleto, das organelas citoplasmáticas e dos componentes nucleares.
A autora não teve educação formal e usa metáforas difíceis, tiradas da engenharia mecânica, elétrica e da arquitetura... Quando vi este texto, fiquei fascinado... Prefácio do livro O DEUS DA MÁQUINA de Isabel Paterson, 1943.
FRANCO, Fábio Luís. Governar os mortos. Necropoliticas, desaparecimento e sub...Adriana Cristina Adão
Como o Estado administra não só a vida como também a morte de determinados cidadãos? De que maneira o desaparecimento de pessoas e corpos se constitui como um mecanismo em contínuo funcionamento? De quem são os cadáveres que o Estado não quer nomear? Essas são algumas das questões que o filósofo e psicanalista Fábio Luís Franco levanta ao desenvolver uma análise do processo de produção, normatização e apagamento sistemáticos da morte, com foco na atuação de forças do Estado.
CÁLICE - Chico Buarque e Gilberto Gil.pdfNael.Passos
Cálice, canção composta por Chico Buarque e Gilberto Gil durante a ditadura militar que houve no Brasil (1964-1985), sendo simbólica na manifestação pelo regresso da democracia tomada por militares.
a visão de como é e está o mundo evolucionado na sociedade já visto por um homem com ideias ou fontes credíveis ou com a privacidade toda contada na 3º pessoa
Pedagogia da Mudança: revisitando a Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire par...MAURILIO LUIELE
Tema apresentado no I Colóquio sobre Reflexões Multidisciplinares no Contexto Angolano do Pós-guerra que teve lugar no dia 1º de Fevereiro de 2014 no ISUP, Luanda
Ensaio sobre o suicídio uma reflexão sobre a vidacatarina spagnol
Com a proposta de fazer um alerta sobre a alta incidência sobre o aumento do índice de suicídio entre jovens, o ensaio faz uma reflexão sobre a vida partindo das propostas de alguns filósofos.
Na sequência das Eleições Europeias realizadas em 26 de maio de 2019, Portugal elegeu 21 eurodeputados ao Parlamento Europeu para um mandato de cinco ano (2019-2024).
Desde essa data, alguns eurodeputados saíram e foram substituídos, pelo que esta é a nova lista atualizada em maio de 2024.
Para mais informações, consulte o dossiê temático Eleições Europeias no portal Eurocid:
https://eurocid.mne.gov.pt/eleicoes-europeias
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=52295&img=11583
Data de conceção: maio 2019.
Data de atualização: maio 2024.
Slides Lição 10, CPAD, Desenvolvendo uma Consciência de Santidade, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
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América Latina: Da Independência à Consolidação dos Estados NacionaisValéria Shoujofan
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Língua portuguesa análise da música cálice
1. ANÁLISE DA MÚSICA CÁLICE
ANALISE DAS METAFORAS DA MUSICA CALICE
“Cálice” uma das músicas mais panfletárias do Chico Buarque, somando-se o fato dele ter
como parceiro a genialidade do Gil, fizeram uma grande obra. A análise é extensa por
conta de que todos os versos vêm imbuídos de metáforas usadas para contar o drama da
tortura no Brasil no período da ditadura militar.
(Pai, afasta de mim esse cálice)
Sintetiza uma súplica por algo que se deseja ver à distância. Boa parte da música faz uma
analogia entre a Paixão de Cristo e o sofrimento vivido pela população aterrorizada com o
regime autoritário. O refrão faz uma alusão à agonia de Jesus no calvário, mas a
ambigüidade da palavra “cálice” em relação ao imperativo “cale-se”, remete à atuação da
censura.
(De vinho tinto de sangue)
O “cálice” é um objeto que contém algo em seu interior. Na Bíblia esse conteúdo é o
sangue de Cristo, na música é o sangue derramado pelas vítimas da repressão e torturas.
(Como beber dessa bebida amarga)
A metáfora do verso remete à dificuldade de aceitar um quadro social em que as pessoas
eram subjugadas de forma desumana.
(Tragar a dor, engolir a labuta)
Significa a imposição de ter que agüentar a dor e aceitá-la como algo banal e corriqueiro.
“Engolir a labuta” significa ter que aceitar uma condição de trabalho subumana de forma
natural e passiva.
(Mesmo calada a boca, resta o peito)
Os poetas afirmam que mesmo a pessoa tendo a sua liberdade de pronunciar-se
cerceada, ainda lhe resta o seu desejo, escondido e inviolável dentro do seu peito.
(Silêncio na cidade não se escuta)
O silêncio está metaforicamente relacionado à censura, que, desta forma, é entendida
como uma quimera, um absurdo inexistente, porque, na medida em que o silêncio não se
escuta, o silêncio não existe.
(De que me vale ser filho da santa / Melhor seria ser filho da outra)
Não fugindo à temática da religião, Chico e Gil usam de metáforas para mostrar suas
descrenças naquele regime político e rebaixam a figura da “pátria mãe” à condição inferior
a de uma “prostituta”, termo que fica subentendido na palavra “outra”.
(Outra realidade menos morta)
Seria uma outra realidade, na qual os homens não tivessem sua individualidade e seus
direitos anulados.
(Tanta mentira, tanta força bruta)
O regime militar propagandeava que o país vivia um “milagre econômico” e todos eram
obrigados a aceitar essa realidade como uma verdade absoluta.
(Como é difícil acordar calado / se na calada da noite eu me dano)
O eu-lírico admite a dificuldade de aceitar passivamente as imposições do regime,
principalmente diante das torturas e pressões que eram realizadas à noite. Tudo era tão
reprimido que necessitava ser feito às escondidas, de forma clandestina.
2. (Quero lançar um grito desumano / que é uma maneira de ser escutado)
Talvez porque ninguém escutasse as mensagens lançadas por vias pacíficas e ordeiras,
uma das possibilidades, por conta de tanto desespero, seria partir para o confronto.
(Esse silêncio todo me atordoa)
Esse verso denuncia os métodos de torturas e repressão, utilizados para conseguir o
silêncio das vítimas, fazendo-as perderem os sentidos.
(Atordoado, eu permaneço atento)
Mesmo atordoado o eu-lírico permanece atento, em estado de alerta para o fim dessa
conjuntura, como se estivesse esperando um espetáculo que estaria por vir.
(Na arquibancada, pra a qualquer momento ver emergir o monstro da lagoa)
Entretanto, o espetáculo pode ser, ironicamente, somente o surgimento de mais um
mecanismo de imposição de poder do regime, representado pelo monstro da lagoa.
(De muito gorda a porca já não anda)
Essa “porca” refere-se ao sistema ditatorial, que, de tão corrupto e ineficiente, já não
funcionava. O porco também é um símbolo da gula, que está entre os sete pecados
capitais, retomando a temática de religiosidade e elementos católicos.
(De muito usada a faca já não corta)
Demonstra inoperância, ou seja, mostra o desgaste de uma ferramenta política utilizada à
exaustão.
(Como é difícil, pai, abrir a porta)
É expresso o apelo para que sejam diminuídas as dificuldades, mas ao mesmo tempo
apresenta a tarefa como sendo muito difícil. A porta representa a saída de um contexto
violento. Biblicamente, sinaliza um novo tempo.
(Essa palavra presa na garganta)
É a dificuldade para encontrar a liberdade, a livre expressão. É o desejo de falar, contar e
descrever a todos a repressão que está sendo imposta.
(Esse pileque homérico no mundo)
Refere-se ao desejo de liberdade contido no peito de cada cidadão dos países vivendo sob
os vários regimes autoritários existentes no mundo.
(De que adianta ter boa vontade)
É um autoquestionamento sobre a ânsia de lutar pela liberdade, uma vez que o mundo
estava ao avesso. Refere-se a uma frase bíblica: “paz na terra aos homens de boa
vontade”.
(Mesmo calado o peito resta a cuca dos bêbados do centro da cidade)
Mesmo sem liberdade o homem não perde a mente e pode continuar pensando.
(Talvez o mundo não seja pequeno nem seja a vida um fato consumado)
A partir deste verso o eu-lírico sugere a possibilidade de a realidade vir a ser diferente,
renovando suas esperanças.
(Quero inventar o meu próprio pecado)
Expressa a vontade de libertar-se da imposição do erro por outros para recriar suas
próprias regras e definir por si só, quais são seus erros, sem que outros o apontem. Tem o
significado de estar fora da lei. O verbo aproxima-se do desejo urgente e real de liberdade.
(Quero morrer do meu próprio veneno)
Neste verso está implícito que ele deseja ser punido pelos erros que ele vier a praticar
3. seguindo o seu livre-arbítrio, e não, tendo seu desejo cerceado, punido por erros que o
sistema acha que ele poderá vir a cometer.
(Quero perder de vez tua cabeça / minha cabeça perder teu juízo)
Traz a idéia de que o eu-lírico deseja ter seu próprio juízo e não o do poder repressor.
Quer decapitar a cabeça da ditadura e libertar-se do juízo imposto por ela, para ser dono
de suas próprias idéias.
(Quero cheirar fumaça de óleo diesel / me embriagar até que alguém me esqueça)
Para encerrar, Chico e Gil usaram uma imagem forte das táticas de tortura. Para fazer com
que os subjugados perdessem a noção da realidade, dentro da sala os repressores
queimavam óleo diesel, cuja fumaça deixava-os embriagados. Entretanto, os subjugados
também possuíam táticas antitortura, e uma das artimanhas era justamente fingir-se
desmaiado, pois, enquanto nesta condição, não eram molestados pelos torturadores.