O documento discute cinco linhas de ação para reformar a prática da avaliação escolar de forma a torná-la mais inclusiva e significativa para os estudantes. As linhas de ação incluem alterar a metodologia de ensino para torná-la mais participativa, diminuir o ênfase em avaliações classificatórias, redimensionar o conteúdo avaliado e envolver a comunidade educativa no processo de avaliação. O objetivo final é usar a avaliação para apoiar a aprendizagem em vez de selecionar estudantes.
1. Faculdade Pitágoras de Uberlândia
Curso de Pedagogia
Grupo:
•Kariny S. de Jesus Martins
•Caroline Cristina Silva
Professora: Ketiuce
Maio 2014
2. Referências:
VASCONCELOS,
Celso dos Santos. Em
busca de algumas
alternativas. In:
Avaliação: concepção
dialética-libertadora do
processo de avaliação
escolar. 18. ed. São
Paulo: Libertad, 2008.
Cap. 5p. 05-2012.
3. Em busca de algumas
alternativas
Mudança de prática: o que precisamos hoje
não é tanto uma nova relação de idéias sobre
a realidade, mas uma nova relação com as
idéias e com a realidade. As idéias assumidas
com o coletivo organizado tornam-se força
material.
“A avaliação é um processo contínuo que visa
um diagnóstico.”
4. A conscientização é um longo processo de ação-
reflexão-ação. As idéias se enraízam a partir da
tentativa de colocá-las em prática. Para superar o
problema da avaliação, é preciso:
Abrir mão do uso autoritário da avaliação que
o sistema lhe faculta, lhe autoriza;
Rever a metodologia do trabalho em sala de
aula;
Redimensionar o uso da avaliação em
relação a forma e ao conteúdo;
Criar uma nova mentalidade junto aos
alunos, aos colegas educadores e aos pais.
5. 1ª linha de ação: Alterar a
Metodologia de Trabalho em sala de
aula
“Conteúdo significativo, metodologia
participativa.”
A criatividade é fundamental na formação
do educando e do cidadão, mas ela
precisa de uma base material: ensino
significativo, oportunidade e condições
para participação e expressão das idéias e
alternativas, compreensão crítica para com
o erro, pesquisa, diálogo.
6. 1ª linha de ação:
Avaliação é um meio de acompanhamento do
processo, acabou se transformando em fim do
processo.
Os alunos desde cedo, precisam ser orientados
para dar sentido ao estudo. Este sentido encontra-
se na tríplice articulação entre: Compreender o
mundo que vivemos, usufruir do patrimônio
acumulado pela humanidade e transformar este
mundo, colocando o conhecimento da construção
de um mundo melhor, mais justo e solidário.
7. 1ª linha de ação:
Agir para conhecer: só adquire conhecimento
quando, num processo ativo, reconstrói o objeto
de conhecimento (problematização, debate,
pesquisa, experimentação, diálogo...)
Direito a dúvida: as dúvidas revelam ao
professor o percurso que o aluno está fazendo
na construção do conhecimento. O professor
deverá incentivar e garantir a prática de
perguntar durante a aula, combatendo os
preconceitos, gozações, estabelecendo um
clima de respeito.
8. 2ª linha de ação: Diminuir a ênfase
na Avaliação Classificatório
Avaliação como processo: a avaliação se dá no
processo de ensino –aprendizagem e se dá em
três momentos: Síncrese, Análise e Síntese.
Não se trata de abolir a avaliação, o que se
propõe é que os elementos para avaliação
sejam tirados do próprio processo, do cotidiano,
da própria caminhada de construção e
produção do conhecimento do aluno e que não
se tenha um momento “sacramentado” e
“destacado” como é o uso corrente na “prova”.
9. 2ª linha de ação:
1ª série do Ensino Fundamental: eliminar qualquer
prática que deforme o sentido da avaliação. Não ter
“prova”!
2º Nível: séries mais adiantadas- diminuição da
ênfase na Avaliação Classificatória!
1. não fazer “semana de prova”,
2. avaliar o aluno em diferentes oportunidades,
3. diferenciar as formas de avaliação,
4. não pedir assinatura dos pais nas avaliações uma
vez que devem acompanhar todo o trabalho dos
filhos e não apenas as avaliações,
5. não vincular reuniões de pais à entrega de notas,
este é um momento de interação entre a escola e
os pais, que as notas sejam entregues antes aos
alunos.
10. 3ª linha de ação: Redimensionar o
Conteúdo da Avaliação
Não fazer avaliação de cunho decorativo;
A avaliação deve ser reflexiva, relacional,
compreensiva. “Fazer uma auto-análise se é isto que
espero dos meus alunos? É isto que considero
importante?”;
Necessidade de espaço para avaliação dissertativa,
para dar oportunidade de expressão mais sintética
do conhecimento construído pelo aluno;
Contextualização das questões: questões a partir de
texto, perguntas relacionadas à aplicação prática,
problemas com significado, acompanhados por
desenhos, gráficos, esquemas, etc...;
Necessidade de romper com essa deformação
pedagógica chamada “questionário”.
11. 3ª linha de ação:
Avaliação sócio-afetiva, nota de participação,
trabalho em grupo;
Os alunos precisam de uma ação educativa
apropriada: aproximação, diálogo, investigação das
causas, estabelecimento de contrato, etc...
Auto-avaliação: deve ser feita sem vínculo com a
nota de forma que possa constituir num instrumento
de formação do educando.
12. 4ª linha de ação: Alterar a postura
diante dos resultados de avaliação
a) Importância do erro;
b) Profecias auto-realizantes;
c) Conselho de classe;
d) Recuperação;
e) Questão da Reprovação;
Democratizar o processo de decisão sobre
aprovação ou reprovação do aluno
13. 5ª linha da ação: Trabalhar na
conscientização da Comunidade
Educativa
a) Construção de critérios comuns;
b) Aproveitamento coletivo: incentivar entre os
educandos o caráter comunitário da aprendizagem;
c) Trabalho com a família: conscientização dos pais;
d) Questões das transferências: as escolas devem
ter autonomia no seus projetos pedagógicos, com a
participação da comunidade escolar.
14. 5ª linha da ação:
e) Não se trata de “afrouxar”: A Educação
Libertadora pede um ensino extremamente
exigente, inteligente, baseada em princípios
científicos. Temos que superar as “pseudo-
exigências” que dão aparência de um ensino sério.
O que tem que ser exigente são as aulas e não
separadamente, as normas de avaliações;
f) Mudança da avaliação nos cursos de Formação
de Professores
15. 5ª linha da ação:
g) Avaliar não só o aluno: esta é uma das graves
distorções da avaliação escolar é sua aplicação
restrita ao aluno; parece que todo o resto –
professor, livro didático, currículo, direção, família,
sociedade, etc. está acima de qualquer suspeita.
Há necessidade de uma Política Educacional séria,
ampla e comprometida com os interesses das
classes populares, que leve à alteração das
condições objetivas de trabalho;
h) Democratização da sociedade: de tal forma que
não precise usar a escola como uma instância de
seleção social. Os educadores devem comprometer
com o processo de transformação da realidade,
alimentando um novo projeto comum de escola e
sociedade.