Este documento discute a importância da avaliação formativa para melhorar o sucesso escolar de acordo com estudos. Os professores precisam de mais formação nesta área e refletir sobre sua própria prática letiva para implementar uma avaliação que promova aprendizagens.

1. Avaliação Formativa e
Formação de Professores
Fernanda do Rosário - E.B. 2/3 Mestre de Avis
Lígia Araújo - Escola Secundária/3ºciclo D. Manuel I (Beja)
Isabel Fialho – CIEP; Universidade de Évora
Avis, fevereiro 2013
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2. Problema
O contexto educativo atual é cada vez mais diversificado, mais
condicionado por condições económicas difíceis que potenciam
desigualdades no sistema educativo e por novas realidades
culturais e sociais a que a Escola e os professores não podem ser
alheios.
O sucesso escolar é atingido de formas cada vez mais diversificadas
inutilizando o conceito de escola de massas e requerendo uma
escola inclusiva.
A prática letiva prevê a diversificação de metodologias de ensino e
aprendizagem. A avaliação formativa reveste-se de vital
importância neste âmbito, uma vez que se provou que a sua
utilização melhora o sucesso escolar, como atestam estudos
realizados por Paul Black and Dylan Wiliam (King’s College London
School of Education).
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3. Questões
1) Quais os momentos e instrumentos de avaliação
usados pelos professores?
2) Quais os fatores que condicionam a aplicação da
avaliação formativa?
3) Os professores usam o feedback?
• Como e quando o fazem?
4) Os professores sentem necessidade de formação na
área da avaliação?
Metodologia
Inquérito por questionário
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4. Participantes
professores de Língua Portuguesa, Matemática e Línguas
Estrangeiras dos 2.º e 3.ºciclos de uma escola do Alto Alentejo*
* A seleção tem a ver com o facto de serem docentes que lecionam turmas incluídas num projeto de
melhoria dos resultados escolares.
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5. OS RESULTADOS
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9. - Momentos de avaliação: frequência/ano
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13. Formação reflexiva, colaborativa - atividades de sala de aula -
colaboração de especialistas e investigadores = resultados positivos,
alteração e readequação da própria prática letiva.
Alterações progressivas, feitas à medida de cada um de acordo com
as suas caraterísticas pessoais e de acordo com as condicionantes
impostas por práticas já enraizadas.
(Lee & Wiliam, 2005).
No entanto, é necessário que não se opte pela tentativa de aplicação
cega do conceito de professor reflexivo, uma vez que se poderia cair
no risco de aplicação mecanizada de modelos e não da promoção da
reflexão.
(Zeichner, 2000).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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14. Avaliação: área de vital importância por ser uma atividade que
exige muito tempo e uma reflexão séria, dado que sobre ela recai a
atenção da sociedade em geral
(Perrenoud, 2006)
Em termos de avaliação, a sala de aula é ainda uma black box,
que recebe inputs e cujos outputs são ansiosamente esperados
pela administração, pais, alunos, … . Os professores são
normalmente o elo mais fraco no que diz respeito aos outputs,
porque se espera que façam uma gestão da sala de aula de modo a
propiciar retorno de qualidade. Mas esta é uma tarefa que é difícil
para os professores desempenharem sozinhos, tendo de existir
uma retaguarda de medidas educativas que possibilitem a
otimização dos outputs pela qualidade dos inputs
(Black & Wiliam, 2001).
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15. É de vital importância o papel dos professores na implementação nas
suas salas de aula de uma avaliação realmente promotora de
aprendizagens. Os professores devem assumir-se como profissionais
que refletem e investigam a sua própria prática.
Os professores no desenvolvimento do currículo e da avaliação (Fernandes, 2009)
Funcionário
?
Intelectual
Técnico Investigador
Burocrata Profissional Reflexivo
Trabalhador Social Profissional de Ensino
Executante Passivo Participante Activo
Especialista de uma
Disciplina Agindo
Individualmente
Membro de um Grupo
que Gere o Currículo de
Forma Colaborativa
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16. Referências
Black, P. ; Wiliam, D. (1998). Inside the black box: Raising standards through classroom assessment.
BERA short Final Draft. Retirado em abril 2012 de http://weaeducation.typepad.co.uk/files/blackbox-1.pdf
Fernandes, D. (2009). O papel dos professores no desenvolvimento da avaliação para as
aprendizagens. In Sapiens 2009 (Ed.), Anais do VIII Congresso Internacional de Educação, pp. 41-45.
Recife, PE: Sapiens – Centro de Formação e Pesquisa.
Lee, C., Wiliam, D. (2005). Studying changes in the practice of two teachers developing assessment for
learning. Retirado em junho 2012 de http://eprints.ioe.ac.uk/1145/1/Lee2005studyingchangesarticle.pdf
Ponte, J. P. (2002). Investigar a nossa própria prática. Em GTI (Org.), Reflectir e investigar sobre a
prática profissional , 5-28. Lisboa: APM.
Santiago, P. Donaldson, G., Looney, A. & Nusche, D. (2012). OECD Reviews of Evaluation and
Assessment in Education: Portugal 2012. OECD Publishing. Retirado em abril 2012 de
http://dx.doi.org/10.1787/9789264117020-en
Wiliam, D., Lee, C., Harrison, C. & Black, P. (2004). Teachers developing assessment for
learning:impact on student achievement. Retirado em abril 2012 de
http://eprints.ioe.ac.uk/1131/1/Wiliam2004Teachersdevelopingarticle.pdf
Zeichner, K. (2000). Entrevista - Formação de professores: contato direto com a realidade da escola.
Presença Pedagógica, 34 (6), 5-15
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