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Cenário Econômico Brasileiro e
Global atual e Perspectivas
GRUPO MEMORIAL VALE DA SAUDADE
Fábio Castelo Branco
Data: 16/08/2022
Histórico da Inflação – 28 anos de Plano Real
Ele teve muito sucesso em matar a hiperinflação, mas a
batalha contra a inflação é eterna. No período da
hiperinflação, a inflação destruía nossa renda e nossa
riqueza mais rapidamente, em dias e semanas; agora,
em meses e anos. No final das contas, a população
sempre paga a conta da corrupção e da gastança dos
governos.
Quando governos gastam mais do que arrecadam, 4
coisas podem acontecer: 1. Impostos aumentam para
bancar a conta; 2. Dívida pública aumenta, bancando a
conta inicialmente. Em algum momento impostos
aumentam para pagar a dívida; 3. Dívida aumenta e
solução para cobrir o aumento da dívida é o imposto
inflacionário. A inflação corrói o valor real da dívida; 4.
A dívida cresce tanto que o governo é forçado a dar um
calote, o que causa uma grave crise econômica.
Inflação
O que explica a deflação?
A deflação em julho é explicada principalmente pelo recuo dos preços dos combustíveis e energia. As variações negativas destes itens refletem a queda
nos preços praticados nas refinarias da Petrobras e também a redução das alíquotas de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços)
aplicada a partir da Lei Complementar 194/22, sancionada no final de junho.
Inflação mensal e acumulada – IPCA 2021/2022
Centro da meta
O centro da meta de inflação em 2021 é de 3,75%. Pelo sistema vigente no país, será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%. Portanto, a
projeção do mercado equivale a mais que o dobro da meta central de inflação.
A meta central de inflação para 2022 é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar entre 2% e 5%. Portanto, a estimativa do mercado está
acima do limite do sistema de metas para o ano que vem. Para 2023, a meta de inflação foi fixada em 3,25%, e será considerada formalmente cumprida
se oscilar entre 1,75% e 4,75%. Na semana passada, porém, o mercado estimou que a meta será novamente superada no próximo ano, com a inflação
atingindo 5,33%.
Inflação América Latina 2021/2022
o Brasil foi o único da América
Latina a ter deflação. O IPCA
(Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo) caiu 0,68% em
julho. Essa foi a maior redução de
preços mensal da história.
Apesar da inflação da Argentina ter
superado à da Venezuela no último
mês, o índice de preços do país
está abaixo se considerado o
acumulado de 12 meses. Chegou a
71%, enquanto da Venezuela é de
139%. O Brasil fica em 6º na lista,
atrás ainda do Chile (13,1%),
Paraguai (11,1%) e Colômbia
(10,2%).
Inflação Brasil x EUA 2021/2022
A inflação no Brasil está muito alta, mas pela primeira vez em muito
tempo, a inflação acumulada no ano aqui é menor do que nos EUA.
Os motivos são:
1. A recente redução de impostos causou uma deflação em julho.
Neste caso, o efeito é apenas temporário e será compensado por uma
alta da inflação em janeiro do ano que vem, quando os impostos
voltarem;
2. O Banco Central brasileiro vem combatendo a inflação há mais
tempo e com mais força do que os EUA e o resto do mundo. Esta
segunda razão coloca o Brasil, hoje, em uma posição muito melhor
para lidar com o desafio inflacionário do que a maioria dos países do
mundo e explica por que, nos últimos dois trimestres, o desempenho
da economia brasileira vem sendo melhor do que o do resto do
mundo, inclusive com recuperação consistente de empregos e salários
reais, que haviam sido fortemente corroídos pela inflação, enquanto
ela estava se acelerando.
Inflação EUA 2021/2022
A inflação nos Estados Unidos ficou em 8,5% no acumulado em 12 meses até julho – abaixo dos 9,1% do
mês anterior, quando havia atingido a maior taxa desde dezembro de 1981 (quando ficou em 8,9%).
Inflação Zona do Euro 2021/2022
A inflação de 12 meses na
Zona do Euro atingiu o nível
mais alto da história. Chegou
a 8,6% em junho de 2022, em
comparação com o mesmo
mês de 2021. O dado foi
divulgado pela Eurostat, a
agência de estatísticas da UE
(União Europeia).
A inflação na Zona do Euro
vem aumentando desde antes
do início da guerra na Ucrânia,
em 24 de fevereiro, mas a
invasão russa acelerou o
crescimento.
Inflação Global 2021/2022
A inflação da Argentina chegou a
71% no acumulado de 12 meses.
Está atrás somente da Turquia
(79,6%) no grupo de países mais
ricos. Depois deles, a Rússia
aparece com 15,1%, na 3ª
posição. O Brasil é o 5º colocado,
com 10,1%.
Taxa Juros - Selic
O que é? E como a Taxa Selic funciona?
A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal
instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central
(BC) para controlar a inflação. A sigla vem de Sistema Especial
de Liquidação e de Custódia.
Ela influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de
juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações
financeiras.
Histórico da Taxa Selic
A evolução da taxa Selic
Desde 2017, em % ao ano
A Selic alcançou o maior patamar desde novembro de 2016,
quando estava em 14% ao ano. Ou seja, em quase seis anos. Foi
o 12º aumento consecutivo na taxa de juros.
Analistas do mercado financeiro projetam que, de agora em
diante, a Selic deve permanecer no patamar atual de 13,75%
até maio de 2023 – quando começará a cair, se os cenários se
confirmarem. A previsão é que a taxa termine o próximo ano
em 10,5% ao ano.
Como principais fatores de risco para a persistência da inflação,
o Copom cita:
a) Maior persistência das pressões inflacionárias globais, e
b) A "incerteza" por parte dos investidores em relação ao
respeito, pelo governo brasileiro, das regras fiscais do país.
Por outro lado, o comitê avalia que uma “possível reversão” do
aumento nos preços das commodities pode aliviar a alta da
inflação. O Copom diz considerar apropriado que o ciclo de alta
"continue avançando significativamente em território ainda
mais contracionista" – isto é, que a Selic continue subindo.
Depósitos Compulsórios
O BC (Banco Central) elevou em 22/11/21 a alíquota
para o depósito compulsório à prazo. Subirá de 17%
para 20%.
Esse percentual havia sido reduzido (de 25% para
17%) em março de 2020 por causa da pandemia. A
volta da taxa de 20% representa a retirada de
circulação de R$ 42 bilhões, que serão enviados ao
BC. Ou seja, o dinheiro não poderá ser mais utilizado
pelos bancos para empréstimos a empresas e
pessoas físicas.
Taxa de Investimento
Taxa de Investimento no Brasil
A taxa de investimentos no Brasil
teve a pior década em 50 anos e,
em 2020, foi muito menor do que a
média observada em países
emergentes ou nas economias da
América Latina.
Na média dos anos 2011-20, o
indicador ficou em apenas 17,7% do
PIB (Produto Interno Bruto),
evidenciando as dificuldades
orçamentárias do setor público e
também a fraqueza dos gastos das
empresas com máquinas e
equipamentos, infraestrutura,
construção e inovação.
Taxa de Investimento no Brasil para 2022
A taxa de investimentos apura tudo o que se investe
em máquinas, bens duráveis, aumento da
capacidade produtiva, construção civil,
infraestrutura, além de pesquisa e desenvolvimento.
O avanço deste componente do PIB é considerado
fundamental para abertura de novas empresas,
geração de mais empregos e, consequentemente,
um maior crescimento potencial de uma economia.
A taxa de investimento prevista para o Brasil em
2022 é de 18,4% do PIB, contra 19,2% em 2021. Se
confirmada, será a primeira queda após 5 anos de
recuperação. O nível de investimento privado não
tem sido suficiente para garantir uma retomada da
taxa de investimentos e da atividade econômica
como um todo ao nível pré-crises.
Taxa de Investimento no Brasil por segmento
O componente da taxa de investimentos que mais
encolheu no país nos últimos anos foi a construção, que
inclui também as grandes obras de infraestrutura nas
áreas de energia, transportes e saneamento.
Historicamente, a construção sempre apresentou um
peso maior nos investimentos, porém, vem perdendo
representatividade desde a década de 2000.
A atração de maior volume de investimentos passa pelo
avanço da agenda de reformas, melhoria do ambiente de
negócios no país e modernização da governança dos
investimentos públicos e da gestão dos apertados
orçamentos dos governos.
Taxa de Investimento no Mundo em 2022
A taxa de investimento média no mundo no ano é projetada em
27,3% para a lista de 170 países, o que representaria um avanço
ante os 26,7% do ano passado.
Para a China, a previsão é de uma taxa de 42,5% do PIB neste ano.
Entre os países do topo do ranking de investimento, destaque
também para outros emergentes como Coreia (33,5%), Índia (32,11%)
e Turquia (31,7%).
Na América do Sul, a taxa deve chegar a 26,7% do PIB no Chile e a
25,1% no Peru.
Entre os fatores que explicam o patamar mais baixo no Brasil estão os
impactos da forte recessão dos anos 2014-2016 e a piora da situação
fiscal do país, que derrubou os investimentos do setor público. Já são
10 anos seguidos de contas do governo no vermelho.
Desemprego
Evolução da taxa de desemprego no Brasil
A taxa de desemprego no Brasil recuou para 9,3%
no trimestre encerrado em junho – menor patamar
para um segundo trimestre desde 2015, quando
ficou em 8,4%). A falta de trabalho, no entanto,
ainda atinge 10,1 milhões de pessoas, uma queda
de 15,6% (1,9 milhão) em relação aos três meses
anteriores.
No levantamento anterior, referente ao trimestre
encerrado em maio, a taxa de desemprego estava
em 9,8%, atingindo 10,6 milhões de pessoas. Na
mínima da série histórica, registrada em 2014, a
taxa chegou a 6,5%.
Antes da chegada da pandemia de Covid-19, o
índice estava abaixo de 12%, saltando para 14,7%
no 1º trimestre de 2021.
Evolução da taxa de desemprego no Brasil
A retração da taxa de desocupação no segundo
trimestre segue movimento já observado em outros
anos.
Em 2022, contudo, a queda mais acentuada dessa
taxa foi provocada pelo avanço significativo da
população ocupada em relação ao primeiro
trimestre.
No segundo trimestre, houve a retomada do
crescimento do número de trabalhadores por conta
própria sem CNPJ, que havia caído no primeiro
trimestre. Além disso, outras categorias principais
da informalidade, que são os empregados sem
carteira no setor privado e os trabalhadores
domésticos sem carteira, continuaram aumentando.
Evolução da taxa de desemprego no Brasil
A taxa de desemprego caiu 4,9 pontos percentuais
desde o 2º trimestre do ano passado. Em números
absolutos, a população desocupada caiu 15,6% em
relação ao 1º trimestre de 2021, o que significa menos
1,9 milhão de pessoas. Em um ano, caiu 32%, menos
4,8 milhões de pessoas.
O percentual de desocupação é o menor desde
dezembro de 2015 (9,1%) e também o mais baixo para
o mês desde 2015 (8,4%). O índice recuou 1,8 ponto
percentual em relação ao 1º trimestre do ano, quando
era de 11,1%.
Evolução da Taxa de Desemprego nos EUA
Os Estados Unidos criaram 528 mil empregos em julho,
segundo relatório de emprego do Departamento do
Trabalho divulgado nesta sexta-feira (5). Com as novas
vagas, a taxa de desemprego ficou em 3,5% – após
registrar 3,6% no mês anterior.
De acordo com o relatório, o número de desempregados
foi estimado em 5,7 milhões – abaixo dos 5,9 milhões do
mês anterior.
Com o resultado, o desemprego voltou ao patamar de
fevereiro de 2020, antes do início da pandemia da Covid-
19. Naquele mês, a taxa de desemprego era de 3,5%, e o
número de desempregados, de 5,7 milhões.
Nível de Pobreza no Brasil e no Mundo - 2022
As famílias em situação de extrema pobreza serão 4% do total no país ao final
de 2022. Em 2019, eram 5,1%, antes da pandemia.
As famílias em situação de extrema pobreza serão 9,9% do total global em
projeção do Banco Mundial. Isso representará alta de 15% em relação a 2019,
último ano antes da pandemia. Eram 8,6% de famílias em 2019 e serão 9,9% no
fim deste ano.
São pessoas com renda individual menor que US$ 1,90. As pessoas abaixo da
linha da extrema pobreza no fim de 2022 em todo o mundo deverão ser 703
milhões. Seriam 588 milhões sem a pandemia. Portanto haverá 115 milhões a
mais em situação de grande vulnerabilidade em comparação com o cenário sem
pandemia. Todos os números globais.
Os gastos extras com programas sociais chegarão a R$ 200 bilhões neste ano. Só
o Auxílio Brasil terá R$ 115 bilhões. O Bolsa Família tinha cerca de R$ 30 bilhões
anuais. Os aumentos do valor do benefício e do número de famílias atendidas
reduzirão a extrema pobreza.
Evolução do rendimento médio mensal real no Brasil – 2021/2022
O rendimento médio habitualmente recebido
pelo trabalhador brasileiro foi estimado em R$
2.652.
Em termos nominais (sem efeito da inflação),
houve alta de 6,2% em um ano (havia sido
estimado em R$ 2.498 no segundo trimestre de
2021). Em termos reais, no entanto, ele
apresenta queda de 5,1% no mesmo período.
Foi a primeira vez, desde o primeiro trimestre do
ano passado, que houve aumento significativo
do rendimento nominal no país. Todavia, a
pressão inflacionária faz esse aumento
desaparecer.
Produto Interno Bruto - PIB
Evolução do PIB no Brasil
Com duas recessões em 5 anos, o Brasil fechou a década de 2011 a
2020 como o pior período para a economia em 120 anos. Por ano,
o crescimento médio do PIB (Produto Interno Bruto) foi de apenas
0,3%, segundo cálculos da FGV (Fundação Getúlio Vargas). É o
menor desde a década de 1901.
Dessa forma, o Brasil registra uma 2ª década perdida, com
crescimento menor do que o registrado nos anos 1980. Até então
esse tinha sido o período mais difícil para a economia brasileira,
quando o PIB cresceu em média apenas 1,6% ao ano. Na época, o
país enfrentava baixo crescimento, descontrole da dívida externa e
alta da inflação.
O Brasil lida com os impactos da pandemia de covid-19, queda nos
investimentos públicos e privados e aumento do desemprego.
Além disso, a dívida pública está em trajetória de alta e bateu o
recorde de R$ 5 trilhões em 2020.
Evolução do PIB no Brasil
Depois do mergulho histórico no ano da
chegada da pandemia, a alta de 4,6% do
Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em
2021 recupera as perdas na atividade
econômica do país.
O panorama muito parecido com a saída da
recessão de 2015 e 2016. Entre 2017 e 2019,
o país cresceu pouco mais que 1% ao ano.
Antes da chegada da pandemia, portanto, o
debate sobre crescimento econômico no país
era pautado justamente pela dificuldade de
progredir.
Previsão do PIB no Brasil - 2022
Expectativa do PIB no Mundo - 2022
De acordo com o FMI, a economia global teve contração no
segundo trimestre deste ano, puxada principalmente pela
Rússia (por conta da guerra na Ucrânia e das sanções
aplicadas pelos demais países) e pela China (onde longos
períodos de lockdowns para conter a pandemia da Covid-19
prejudicaram as atividades).
O consumo nos Estados Unidos, que ficou abaixo das
expectativas, também prejudicou o desempenho da
economia global, assim como a inflação.
A inflação global foi revisada para cima graças aos preços
dos alimentos e de energia, assim como duradouros
desbalanceamentos de oferta e demanda, e antecipa-se que
deve atingir 6,6% nas economias avançadas, e 9,5% em
mercados emergentes e em economias em desenvolvimento
Índice de Confiança Empresarial &
Índice de Confiança Consumidor
Índice de Confiança Empresarial 2022
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) caiu 0,3 ponto
em julho, para 98,5 pontos, após quatro altas
consecutivas. Em médias móveis trimestrais, o indicador
mantém a tendência ascendente, divulgou a FGV.
A queda do ICE em julho é suave demais para sinalizar
uma mudança na tendência de alta iniciada em março.
Mas, enquanto o ritmo de atividade corrente parece
inalterado no mês, a piora das expectativas nos quesitos
que miram os seis meses seguintes sugere preocupação
das empresas com uma possível desaceleração no
último trimestre do ano.
Índice de Confiança do Consumidor 2022
Confiança do Consumidor (ICC), subiu 0,5
pontos entre junho e julho deste ano. Foi
à segunda alta consecutiva do indicador,
que já havia crescido 3,5 pontos de maio
para junho.
A alta da confiança foi puxada pelo
Índice de Expectativas, que mede a
percepção dos consumidores sobre o
futuro, no qual, avançou 0,7 pontos,
chegando a 86,6 pontos.
Com o resultado, o ICC atingiu o maior
patamar desde agosto do ano passado,
quando ficou em 81,8 pontos.
% de Endividamento e
Inadimplência das Famílias
Percentual de endividamento das famílias - 2022
De acordo com pesquisa da Confederação
Nacional do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo (CNC), 78% das famílias
brasileiras estão endividadas, e 29% estão
com contas atrasadas – altas de 0,7% e de
0,5%, respectivamente, na comparação
com junho.
Com a alta, os indicadores atingiram o
maior patamar desde 2010, quando a
pesquisa começou a ser feita. O
percentual da renda das famílias
comprometido com dívidas permaneceu
em 30,4%, mesmo patamar desde abril –
mas 22% dos brasileiros estão com mais
da metade dos rendimentos
comprometidos com dívidas.
Percentual de famílias inadimplentes - 2022
A pesquisa da CNC mostrou também que houve leve
crescimento, de 10,6% para 10,7%, na parcela das
famílias que dizem que não terão condições de
pagar as contas atrasadas.
Esse grupo é composto principalmente entre os
consumidores que não concluíram o ensino médio
(13%), que também foram os que mais precisaram
atrasar pagamentos no próprio mês de julho
(33,3%).
Tanto as famílias com renda acima de dez salários
mínimos quanto as que recebem abaixo desse
patamar viram o endividamento crescer em julho.
No primeiro grupo, a contratação de dívidas cresceu
0,8%, enquanto no segundo a alta foi de 0,6%.
Variação do Dólar em 2022
Variação da moeda frente ao Dólar
O dólar fechou em alta nesta sexta-
feira (15), enquanto investidores
avaliam dados mais fracos que os
esperados vindos da economia da
China.
Na sexta-feira, o dólar fechou em
queda de 1,64%, a R$ 5,0725 –
menor patamar de fechamento
desde 15 de junho deste ano (R$
5,0265). Com o resultado desta
segunda, passou a acumular recuo
de 1,60% no mês. No ano, tem
desvalorização de 8,67% frente ao
real.
Credibilidade do País – Risco
de mercado & Risco dos Países
Credibilidade do País – Risco de mercado
Os países classificados até a faixa BBB- e Baa3 são considerados
como pertencentes à categoria dos investimentos seguros, com
qualidade alta e baixo risco.
A partir da faixa BB+ e Ba1 os países são considerados como
pertencentes à categoria de especulação. O Brasil se encontra
nesse segundo grupo.
Ranking de Risco dos Países
Os juros reais são utilizados internacionalmente
para calcular a capacidade de um país em honrar
suas dívidas.
O juro real, ou a taxa de juros real é, basicamente, o
retorno líquido de uma determinada quantia de
dinheiro depois de considerados os efeitos e as
correções da inflação, ou seja, é o rendimento do
dinheiro na prática.
Além do cálculo de rentabilidade de um negócio ou
investimento, os juros reais também são utilizados
para fazer uma classificação de risco dos países.
Estimativas de Mercado para a
Economia Brasileira e Mundial
Estimativas de indicadores no Brasil 2022/2023
Projeções de mercado para a economia brasileira em 12/08/2022.
Estimativas para a economia – 2022/2023
O banco central chinês cortou as principais taxas de empréstimo em uma ação inesperada após dados mostrarem que a economia
desacelerou em julho.
O foco dos investidores segue nas expectativas de inflação de médio prazo e na trajetória da taxa de juros nos Estados Unidos e nas grandes
economias.
No Brasil, o Banco Central informou nesta segunda-feira que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) da instituição, considerado uma
"prévia" do resultado do Produto Interno Bruto (PIB), indica que a economia brasileira registrou expansão de 0,57% no 2º trimestre.
Os analistas do mercado financeiro reduziram de 7,11% para 7,02% a estimativa de inflação para este ano, segundo a pesquisa Focus do Banco
Central. Já a previsão para 2023 passou de 5,36% para 5,38%.
O mercado financeiro também passou a prever uma alta de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, contra 1,98% previsto anteriormente.
Já para 2023, a previsão de alta avançou de 0,40% para 0,41%.
Para a taxa básica de juros da economia, a Selic, a expectativa foi mantida em 13,75% ao ano no fim de 2022 e em 11% ao término de 2023.
Já a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2022 permaneceu estável em R$ 5,20. Para 2023, continuou inalterada também em R$ 5,20.
Obrigado !!

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Cenário Econômico Brasileiro e Global 2022 Pós COVID.pdf

  • 1. Cenário Econômico Brasileiro e Global atual e Perspectivas GRUPO MEMORIAL VALE DA SAUDADE Fábio Castelo Branco Data: 16/08/2022
  • 2. Histórico da Inflação – 28 anos de Plano Real Ele teve muito sucesso em matar a hiperinflação, mas a batalha contra a inflação é eterna. No período da hiperinflação, a inflação destruía nossa renda e nossa riqueza mais rapidamente, em dias e semanas; agora, em meses e anos. No final das contas, a população sempre paga a conta da corrupção e da gastança dos governos. Quando governos gastam mais do que arrecadam, 4 coisas podem acontecer: 1. Impostos aumentam para bancar a conta; 2. Dívida pública aumenta, bancando a conta inicialmente. Em algum momento impostos aumentam para pagar a dívida; 3. Dívida aumenta e solução para cobrir o aumento da dívida é o imposto inflacionário. A inflação corrói o valor real da dívida; 4. A dívida cresce tanto que o governo é forçado a dar um calote, o que causa uma grave crise econômica.
  • 4. O que explica a deflação? A deflação em julho é explicada principalmente pelo recuo dos preços dos combustíveis e energia. As variações negativas destes itens refletem a queda nos preços praticados nas refinarias da Petrobras e também a redução das alíquotas de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) aplicada a partir da Lei Complementar 194/22, sancionada no final de junho. Inflação mensal e acumulada – IPCA 2021/2022 Centro da meta O centro da meta de inflação em 2021 é de 3,75%. Pelo sistema vigente no país, será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%. Portanto, a projeção do mercado equivale a mais que o dobro da meta central de inflação. A meta central de inflação para 2022 é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar entre 2% e 5%. Portanto, a estimativa do mercado está acima do limite do sistema de metas para o ano que vem. Para 2023, a meta de inflação foi fixada em 3,25%, e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%. Na semana passada, porém, o mercado estimou que a meta será novamente superada no próximo ano, com a inflação atingindo 5,33%.
  • 5. Inflação América Latina 2021/2022 o Brasil foi o único da América Latina a ter deflação. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) caiu 0,68% em julho. Essa foi a maior redução de preços mensal da história. Apesar da inflação da Argentina ter superado à da Venezuela no último mês, o índice de preços do país está abaixo se considerado o acumulado de 12 meses. Chegou a 71%, enquanto da Venezuela é de 139%. O Brasil fica em 6º na lista, atrás ainda do Chile (13,1%), Paraguai (11,1%) e Colômbia (10,2%).
  • 6. Inflação Brasil x EUA 2021/2022 A inflação no Brasil está muito alta, mas pela primeira vez em muito tempo, a inflação acumulada no ano aqui é menor do que nos EUA. Os motivos são: 1. A recente redução de impostos causou uma deflação em julho. Neste caso, o efeito é apenas temporário e será compensado por uma alta da inflação em janeiro do ano que vem, quando os impostos voltarem; 2. O Banco Central brasileiro vem combatendo a inflação há mais tempo e com mais força do que os EUA e o resto do mundo. Esta segunda razão coloca o Brasil, hoje, em uma posição muito melhor para lidar com o desafio inflacionário do que a maioria dos países do mundo e explica por que, nos últimos dois trimestres, o desempenho da economia brasileira vem sendo melhor do que o do resto do mundo, inclusive com recuperação consistente de empregos e salários reais, que haviam sido fortemente corroídos pela inflação, enquanto ela estava se acelerando.
  • 7. Inflação EUA 2021/2022 A inflação nos Estados Unidos ficou em 8,5% no acumulado em 12 meses até julho – abaixo dos 9,1% do mês anterior, quando havia atingido a maior taxa desde dezembro de 1981 (quando ficou em 8,9%).
  • 8. Inflação Zona do Euro 2021/2022 A inflação de 12 meses na Zona do Euro atingiu o nível mais alto da história. Chegou a 8,6% em junho de 2022, em comparação com o mesmo mês de 2021. O dado foi divulgado pela Eurostat, a agência de estatísticas da UE (União Europeia). A inflação na Zona do Euro vem aumentando desde antes do início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro, mas a invasão russa acelerou o crescimento.
  • 9. Inflação Global 2021/2022 A inflação da Argentina chegou a 71% no acumulado de 12 meses. Está atrás somente da Turquia (79,6%) no grupo de países mais ricos. Depois deles, a Rússia aparece com 15,1%, na 3ª posição. O Brasil é o 5º colocado, com 10,1%.
  • 10. Taxa Juros - Selic
  • 11. O que é? E como a Taxa Selic funciona? A Selic é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de política monetária utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação. A sigla vem de Sistema Especial de Liquidação e de Custódia. Ela influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras.
  • 12. Histórico da Taxa Selic A evolução da taxa Selic Desde 2017, em % ao ano A Selic alcançou o maior patamar desde novembro de 2016, quando estava em 14% ao ano. Ou seja, em quase seis anos. Foi o 12º aumento consecutivo na taxa de juros. Analistas do mercado financeiro projetam que, de agora em diante, a Selic deve permanecer no patamar atual de 13,75% até maio de 2023 – quando começará a cair, se os cenários se confirmarem. A previsão é que a taxa termine o próximo ano em 10,5% ao ano. Como principais fatores de risco para a persistência da inflação, o Copom cita: a) Maior persistência das pressões inflacionárias globais, e b) A "incerteza" por parte dos investidores em relação ao respeito, pelo governo brasileiro, das regras fiscais do país. Por outro lado, o comitê avalia que uma “possível reversão” do aumento nos preços das commodities pode aliviar a alta da inflação. O Copom diz considerar apropriado que o ciclo de alta "continue avançando significativamente em território ainda mais contracionista" – isto é, que a Selic continue subindo.
  • 13. Depósitos Compulsórios O BC (Banco Central) elevou em 22/11/21 a alíquota para o depósito compulsório à prazo. Subirá de 17% para 20%. Esse percentual havia sido reduzido (de 25% para 17%) em março de 2020 por causa da pandemia. A volta da taxa de 20% representa a retirada de circulação de R$ 42 bilhões, que serão enviados ao BC. Ou seja, o dinheiro não poderá ser mais utilizado pelos bancos para empréstimos a empresas e pessoas físicas.
  • 15. Taxa de Investimento no Brasil A taxa de investimentos no Brasil teve a pior década em 50 anos e, em 2020, foi muito menor do que a média observada em países emergentes ou nas economias da América Latina. Na média dos anos 2011-20, o indicador ficou em apenas 17,7% do PIB (Produto Interno Bruto), evidenciando as dificuldades orçamentárias do setor público e também a fraqueza dos gastos das empresas com máquinas e equipamentos, infraestrutura, construção e inovação.
  • 16. Taxa de Investimento no Brasil para 2022 A taxa de investimentos apura tudo o que se investe em máquinas, bens duráveis, aumento da capacidade produtiva, construção civil, infraestrutura, além de pesquisa e desenvolvimento. O avanço deste componente do PIB é considerado fundamental para abertura de novas empresas, geração de mais empregos e, consequentemente, um maior crescimento potencial de uma economia. A taxa de investimento prevista para o Brasil em 2022 é de 18,4% do PIB, contra 19,2% em 2021. Se confirmada, será a primeira queda após 5 anos de recuperação. O nível de investimento privado não tem sido suficiente para garantir uma retomada da taxa de investimentos e da atividade econômica como um todo ao nível pré-crises.
  • 17. Taxa de Investimento no Brasil por segmento O componente da taxa de investimentos que mais encolheu no país nos últimos anos foi a construção, que inclui também as grandes obras de infraestrutura nas áreas de energia, transportes e saneamento. Historicamente, a construção sempre apresentou um peso maior nos investimentos, porém, vem perdendo representatividade desde a década de 2000. A atração de maior volume de investimentos passa pelo avanço da agenda de reformas, melhoria do ambiente de negócios no país e modernização da governança dos investimentos públicos e da gestão dos apertados orçamentos dos governos.
  • 18. Taxa de Investimento no Mundo em 2022 A taxa de investimento média no mundo no ano é projetada em 27,3% para a lista de 170 países, o que representaria um avanço ante os 26,7% do ano passado. Para a China, a previsão é de uma taxa de 42,5% do PIB neste ano. Entre os países do topo do ranking de investimento, destaque também para outros emergentes como Coreia (33,5%), Índia (32,11%) e Turquia (31,7%). Na América do Sul, a taxa deve chegar a 26,7% do PIB no Chile e a 25,1% no Peru. Entre os fatores que explicam o patamar mais baixo no Brasil estão os impactos da forte recessão dos anos 2014-2016 e a piora da situação fiscal do país, que derrubou os investimentos do setor público. Já são 10 anos seguidos de contas do governo no vermelho.
  • 20. Evolução da taxa de desemprego no Brasil A taxa de desemprego no Brasil recuou para 9,3% no trimestre encerrado em junho – menor patamar para um segundo trimestre desde 2015, quando ficou em 8,4%). A falta de trabalho, no entanto, ainda atinge 10,1 milhões de pessoas, uma queda de 15,6% (1,9 milhão) em relação aos três meses anteriores. No levantamento anterior, referente ao trimestre encerrado em maio, a taxa de desemprego estava em 9,8%, atingindo 10,6 milhões de pessoas. Na mínima da série histórica, registrada em 2014, a taxa chegou a 6,5%. Antes da chegada da pandemia de Covid-19, o índice estava abaixo de 12%, saltando para 14,7% no 1º trimestre de 2021.
  • 21. Evolução da taxa de desemprego no Brasil A retração da taxa de desocupação no segundo trimestre segue movimento já observado em outros anos. Em 2022, contudo, a queda mais acentuada dessa taxa foi provocada pelo avanço significativo da população ocupada em relação ao primeiro trimestre. No segundo trimestre, houve a retomada do crescimento do número de trabalhadores por conta própria sem CNPJ, que havia caído no primeiro trimestre. Além disso, outras categorias principais da informalidade, que são os empregados sem carteira no setor privado e os trabalhadores domésticos sem carteira, continuaram aumentando.
  • 22. Evolução da taxa de desemprego no Brasil A taxa de desemprego caiu 4,9 pontos percentuais desde o 2º trimestre do ano passado. Em números absolutos, a população desocupada caiu 15,6% em relação ao 1º trimestre de 2021, o que significa menos 1,9 milhão de pessoas. Em um ano, caiu 32%, menos 4,8 milhões de pessoas. O percentual de desocupação é o menor desde dezembro de 2015 (9,1%) e também o mais baixo para o mês desde 2015 (8,4%). O índice recuou 1,8 ponto percentual em relação ao 1º trimestre do ano, quando era de 11,1%.
  • 23. Evolução da Taxa de Desemprego nos EUA Os Estados Unidos criaram 528 mil empregos em julho, segundo relatório de emprego do Departamento do Trabalho divulgado nesta sexta-feira (5). Com as novas vagas, a taxa de desemprego ficou em 3,5% – após registrar 3,6% no mês anterior. De acordo com o relatório, o número de desempregados foi estimado em 5,7 milhões – abaixo dos 5,9 milhões do mês anterior. Com o resultado, o desemprego voltou ao patamar de fevereiro de 2020, antes do início da pandemia da Covid- 19. Naquele mês, a taxa de desemprego era de 3,5%, e o número de desempregados, de 5,7 milhões.
  • 24. Nível de Pobreza no Brasil e no Mundo - 2022 As famílias em situação de extrema pobreza serão 4% do total no país ao final de 2022. Em 2019, eram 5,1%, antes da pandemia. As famílias em situação de extrema pobreza serão 9,9% do total global em projeção do Banco Mundial. Isso representará alta de 15% em relação a 2019, último ano antes da pandemia. Eram 8,6% de famílias em 2019 e serão 9,9% no fim deste ano. São pessoas com renda individual menor que US$ 1,90. As pessoas abaixo da linha da extrema pobreza no fim de 2022 em todo o mundo deverão ser 703 milhões. Seriam 588 milhões sem a pandemia. Portanto haverá 115 milhões a mais em situação de grande vulnerabilidade em comparação com o cenário sem pandemia. Todos os números globais. Os gastos extras com programas sociais chegarão a R$ 200 bilhões neste ano. Só o Auxílio Brasil terá R$ 115 bilhões. O Bolsa Família tinha cerca de R$ 30 bilhões anuais. Os aumentos do valor do benefício e do número de famílias atendidas reduzirão a extrema pobreza.
  • 25. Evolução do rendimento médio mensal real no Brasil – 2021/2022 O rendimento médio habitualmente recebido pelo trabalhador brasileiro foi estimado em R$ 2.652. Em termos nominais (sem efeito da inflação), houve alta de 6,2% em um ano (havia sido estimado em R$ 2.498 no segundo trimestre de 2021). Em termos reais, no entanto, ele apresenta queda de 5,1% no mesmo período. Foi a primeira vez, desde o primeiro trimestre do ano passado, que houve aumento significativo do rendimento nominal no país. Todavia, a pressão inflacionária faz esse aumento desaparecer.
  • 27. Evolução do PIB no Brasil Com duas recessões em 5 anos, o Brasil fechou a década de 2011 a 2020 como o pior período para a economia em 120 anos. Por ano, o crescimento médio do PIB (Produto Interno Bruto) foi de apenas 0,3%, segundo cálculos da FGV (Fundação Getúlio Vargas). É o menor desde a década de 1901. Dessa forma, o Brasil registra uma 2ª década perdida, com crescimento menor do que o registrado nos anos 1980. Até então esse tinha sido o período mais difícil para a economia brasileira, quando o PIB cresceu em média apenas 1,6% ao ano. Na época, o país enfrentava baixo crescimento, descontrole da dívida externa e alta da inflação. O Brasil lida com os impactos da pandemia de covid-19, queda nos investimentos públicos e privados e aumento do desemprego. Além disso, a dívida pública está em trajetória de alta e bateu o recorde de R$ 5 trilhões em 2020.
  • 28. Evolução do PIB no Brasil Depois do mergulho histórico no ano da chegada da pandemia, a alta de 4,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2021 recupera as perdas na atividade econômica do país. O panorama muito parecido com a saída da recessão de 2015 e 2016. Entre 2017 e 2019, o país cresceu pouco mais que 1% ao ano. Antes da chegada da pandemia, portanto, o debate sobre crescimento econômico no país era pautado justamente pela dificuldade de progredir.
  • 29. Previsão do PIB no Brasil - 2022
  • 30. Expectativa do PIB no Mundo - 2022 De acordo com o FMI, a economia global teve contração no segundo trimestre deste ano, puxada principalmente pela Rússia (por conta da guerra na Ucrânia e das sanções aplicadas pelos demais países) e pela China (onde longos períodos de lockdowns para conter a pandemia da Covid-19 prejudicaram as atividades). O consumo nos Estados Unidos, que ficou abaixo das expectativas, também prejudicou o desempenho da economia global, assim como a inflação. A inflação global foi revisada para cima graças aos preços dos alimentos e de energia, assim como duradouros desbalanceamentos de oferta e demanda, e antecipa-se que deve atingir 6,6% nas economias avançadas, e 9,5% em mercados emergentes e em economias em desenvolvimento
  • 31. Índice de Confiança Empresarial & Índice de Confiança Consumidor
  • 32. Índice de Confiança Empresarial 2022 O Índice de Confiança Empresarial (ICE) caiu 0,3 ponto em julho, para 98,5 pontos, após quatro altas consecutivas. Em médias móveis trimestrais, o indicador mantém a tendência ascendente, divulgou a FGV. A queda do ICE em julho é suave demais para sinalizar uma mudança na tendência de alta iniciada em março. Mas, enquanto o ritmo de atividade corrente parece inalterado no mês, a piora das expectativas nos quesitos que miram os seis meses seguintes sugere preocupação das empresas com uma possível desaceleração no último trimestre do ano.
  • 33. Índice de Confiança do Consumidor 2022 Confiança do Consumidor (ICC), subiu 0,5 pontos entre junho e julho deste ano. Foi à segunda alta consecutiva do indicador, que já havia crescido 3,5 pontos de maio para junho. A alta da confiança foi puxada pelo Índice de Expectativas, que mede a percepção dos consumidores sobre o futuro, no qual, avançou 0,7 pontos, chegando a 86,6 pontos. Com o resultado, o ICC atingiu o maior patamar desde agosto do ano passado, quando ficou em 81,8 pontos.
  • 34. % de Endividamento e Inadimplência das Famílias
  • 35. Percentual de endividamento das famílias - 2022 De acordo com pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 78% das famílias brasileiras estão endividadas, e 29% estão com contas atrasadas – altas de 0,7% e de 0,5%, respectivamente, na comparação com junho. Com a alta, os indicadores atingiram o maior patamar desde 2010, quando a pesquisa começou a ser feita. O percentual da renda das famílias comprometido com dívidas permaneceu em 30,4%, mesmo patamar desde abril – mas 22% dos brasileiros estão com mais da metade dos rendimentos comprometidos com dívidas.
  • 36. Percentual de famílias inadimplentes - 2022 A pesquisa da CNC mostrou também que houve leve crescimento, de 10,6% para 10,7%, na parcela das famílias que dizem que não terão condições de pagar as contas atrasadas. Esse grupo é composto principalmente entre os consumidores que não concluíram o ensino médio (13%), que também foram os que mais precisaram atrasar pagamentos no próprio mês de julho (33,3%). Tanto as famílias com renda acima de dez salários mínimos quanto as que recebem abaixo desse patamar viram o endividamento crescer em julho. No primeiro grupo, a contratação de dívidas cresceu 0,8%, enquanto no segundo a alta foi de 0,6%.
  • 38. Variação da moeda frente ao Dólar O dólar fechou em alta nesta sexta- feira (15), enquanto investidores avaliam dados mais fracos que os esperados vindos da economia da China. Na sexta-feira, o dólar fechou em queda de 1,64%, a R$ 5,0725 – menor patamar de fechamento desde 15 de junho deste ano (R$ 5,0265). Com o resultado desta segunda, passou a acumular recuo de 1,60% no mês. No ano, tem desvalorização de 8,67% frente ao real.
  • 39. Credibilidade do País – Risco de mercado & Risco dos Países
  • 40. Credibilidade do País – Risco de mercado Os países classificados até a faixa BBB- e Baa3 são considerados como pertencentes à categoria dos investimentos seguros, com qualidade alta e baixo risco. A partir da faixa BB+ e Ba1 os países são considerados como pertencentes à categoria de especulação. O Brasil se encontra nesse segundo grupo.
  • 41. Ranking de Risco dos Países Os juros reais são utilizados internacionalmente para calcular a capacidade de um país em honrar suas dívidas. O juro real, ou a taxa de juros real é, basicamente, o retorno líquido de uma determinada quantia de dinheiro depois de considerados os efeitos e as correções da inflação, ou seja, é o rendimento do dinheiro na prática. Além do cálculo de rentabilidade de um negócio ou investimento, os juros reais também são utilizados para fazer uma classificação de risco dos países.
  • 42. Estimativas de Mercado para a Economia Brasileira e Mundial
  • 43. Estimativas de indicadores no Brasil 2022/2023 Projeções de mercado para a economia brasileira em 12/08/2022.
  • 44. Estimativas para a economia – 2022/2023 O banco central chinês cortou as principais taxas de empréstimo em uma ação inesperada após dados mostrarem que a economia desacelerou em julho. O foco dos investidores segue nas expectativas de inflação de médio prazo e na trajetória da taxa de juros nos Estados Unidos e nas grandes economias. No Brasil, o Banco Central informou nesta segunda-feira que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) da instituição, considerado uma "prévia" do resultado do Produto Interno Bruto (PIB), indica que a economia brasileira registrou expansão de 0,57% no 2º trimestre. Os analistas do mercado financeiro reduziram de 7,11% para 7,02% a estimativa de inflação para este ano, segundo a pesquisa Focus do Banco Central. Já a previsão para 2023 passou de 5,36% para 5,38%. O mercado financeiro também passou a prever uma alta de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, contra 1,98% previsto anteriormente. Já para 2023, a previsão de alta avançou de 0,40% para 0,41%. Para a taxa básica de juros da economia, a Selic, a expectativa foi mantida em 13,75% ao ano no fim de 2022 e em 11% ao término de 2023. Já a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2022 permaneceu estável em R$ 5,20. Para 2023, continuou inalterada também em R$ 5,20.