Compreender a importância do planejamento e comprometimento em cursos a distância;
Conhecer algumas técnicas de estudo para aplicar à aprendizagem a distância.
2. Objetivos
Compreender a importância do planejamento e
comprometimento em cursos a distância;
Conhecer algumas técnicas de estudo para aplicar à
aprendizagem a distância
3. Roteiro da aula
• Tópico 1: Planejamento e comprometimento na aprendizagem a distância
• Tópico 2: Aprender a distância. Como?
• Tópico 3: Técnicas de estudo para a aprendizagem
a distância
• Tópico 4: Leitura e anotação de idéias
Fonte: http://ccbela.wordpress.com/2012/07/22/bonecos-brancos-modelos/
4. Introdução
• Aprendiz ativo, criativo, exigente. Essas e outras qualidades ajudam a
formar o estudante a distância que obtém sucesso. Que perfil se pode
traçar desse aluno? Como o contexto virtual influencia na construção de
seu processo de aprendizagem? E quanto à influência dos demais atores,
isto é, professores e alunos?
• Por ser a EaD uma modalidade de estudo diferente da presencial e ainda
pouco conhecida por uma parcela da sociedade, alguns estudantes sentem
dificuldades para se adaptar a essa modalidade. Sendo assim, para auxiliar
você nesse processo a tirar o melhor proveito de todo o conteúdo do curso,
serão abordadas qualidades necessárias ao aluno a distância e aspectos
que contribuem para essa ação. Então vamos à aula!
5. Tópico 1: Planejamento e comprometimento
na aprendizagem a distância
O aluno a distância precisa ser muito disciplinado, ter força de vontade e
estar atento a suas inseguranças, bem como a suas convicções, porque ele
não pode mais "assistir" a um curso. Ele tem que, realmente, fazer o curso,
preocupar-se com cada atividade, traçar e cumprir suas metas. Naturalmente,
esse processo exige um outro nível de comprometimento; por exemplo, você
pode se perguntar o que é preciso para o estudo de cada período (dia,
semana, mês etc.):
Preciso contar com o auxilio de meus colegas ou de meu professor para
isso?
A que horas e por quanto tempo vou estudar e onde vou estudar?
O que vou estudar?
6. Isso não é ruim. Na verdade, é muito bom!
Estudar a distância, via internet, pode proporcionar o bom da sala de
aula, que é a interação com os colegas, às vezes, de maneira muito mais
intensa que presencialmente. E tem também o lado bom de ser ou tornar-se
um autodidata, estudando do seu modo aquilo que é mais importante
para você.
Aliás, por que em países como a Inglaterra e os Estados Unidos,
onde a experiência com educação a distância é forte e tradicional, muitas
empresas preferem alunos formados por essa modalidade? O que você
acha? Antes de prosseguir, faça uma ligeira reflexão sobre esse dado.
7. Tópico 2: Aprender a distância. Como?
Gestão do tempo
Muita gente tem a ilusão de que estudar a distância, por não ser
obrigado a ir a uma escola todo dia na mesma hora, significa que não
precisa dedicar tempo aos estudos. Isso é um engano. E é aí que mais
frequentemente os alunos dessa modalidade se atrapalham. A solução
para você não cometer esse erro é se preparar para gerir
seu próprio tempo.
Fonte: http://ccbela.wordpress.com/2012/07/22/bonecos-brancos-modelos/
8. Tópico 2: Aprender a distância. Como?
Uma estratégia recomendada para evitar essa dificuldade é o
estabelecimento de um plano de estudo. No plano, devem estar previstos os
horários dedicados ao seu curso a distância (estabeleça um horário diário e
fixo para estudar conforme sua real disponibilidade e de acordo com a
necessidade de cada disciplina), bem como os demais aspectos: qual o
material que deve ser estudado, se há tarefa a ser desenvolvida, datas finais
de entrega de trabalhos.
Cada aluno saberá qual é o seu tempo ideal de estudo. Uns escolhem a
segunda, por qualquer razão, para estudar pela manhã; outros, a terça à tarde
é o tempo que tem livre, e assim por diante. O importante é ter esse tempo
agendado e cumpri-lo.
9. Ocasionalmente, o horário pode ser modificado, mas não é conveniente que isso se
torne frequente.
Nesse sentido, algumas recomendações básicas para que você seja bem-sucedido
em seu curso a distância são:
Respeite o horário que determinou;
Marque seus outros compromissos fora do horário de estudo;
Peça a seus amigos para não telefonar nem fazer visita no horário de estudo;
Reserve alguns minutos para descansar a mente durante o estudo.
Mesmo sendo uma proposição individual e como tal, passível de alterações e
adaptações, você deve se organizar para evitar postergar a realização das atividades
que se propôs nos prazos estabelecidos.
10. Nota: O que é educação a distância? “é o processo de ensino-aprendizagem,
mediado por tecnologias, onde professores e alunos
estão separados espacial e/ou temporalmente”. (Moran, 2002)
11. Tópico 3: Técnicas de estudo para
a aprendizagem a distância
Quando o aluno está consciente de seu papel e consegue desempenhá-lo, os
resultados, comprovadamente, são absolutamente positivos e frequentemente melhores
que os de cursos presenciais, pois o aluno a distância não apenas conquista uma
titulação, uma profissão. Ele adquire competências e habilidades que o colocam em
situação de destaque em relação a outros profissionais, exatamente por que vem de
uma intensa experiência de autonomia; o que implica em uma série de características
que o mercado de trabalho, notadamente nos dias de hoje, valorizam, procuram e
selecionam.
Para que o você seja bem-sucedido em um curso a distância via internet, é
importante que possua ou desenvolva ainda outras estratégias que são muito valiosas
apresentamos a seguir:
12. 3.1 Abertura
Ter a mente aberta para compartilhar a vida, o trabalho e as
experiências educacionais como partes do processo educacional.
Tanto os introvertidos como os extrovertidos constatam que, em um
processo de aprendizagem, é importante saber utilizar seu
conhecimento prévio, suas experiências.
Essa disponibilidade para a comunicação ajuda a eliminar barreiras
que, por vezes, fazem algumas pessoas terem medo de se expressar,
mantendo-se "fora de cena". O ambiente de educação a distância deve
ser aberto e amigável e o nível de envolvimento de cada aluno é
fundamental para esse propósito.
13. 3.2 Domínio da escrita
Em uma classe virtual, praticamente toda a comunicação é escrita. Por isso,
ser capaz de comunicar-se através da escrita será um instrumento valioso
para o aprendiz a distância. Todavia, é importante que os estudantes sintam-se
confortáveis em expressar-se dessa maneira, pois é sabido que as pessoas
têm capacidades diferenciadas para a escrita, assim como para outras
habilidades cognitivas.
Por outro lado, na EaD, o estudante tem tempo para refletir sobre a
informação antes de responder e isso também pode contribuir para ensejar
uma melhor participação, uma vez que ele pode escrever suas contribuições e
revisá-las cuidadosamente antes de publicar. Aliás, isso deve constituir um
hábito: evitar escrever direto nos ambientes virtuais. Deve-se preparar o texto
no computador, corrigi-lo e só então publicá-lo.
14. 3.3 Autonomia
Com a liberdade e flexibilidade do processo de aprendizagem a distância
vem também a responsabilidade. Por isso, é importante que o aluno busque
se manter, a um só tempo, automotivado e autodisciplinado.
O ambiente virtual de estudos propicia níveis diferenciados de
aprofundamento de conteúdo através do hipertexto, ou seja, links para outras
informações. Essa liberdade de construir sua rota de navegação requer
comprometimento e disciplina para se manter em dia com o fluxo das
atividades e das tarefas agendadas.
Fonte: http://ccbela.wordpress.com/2012/07/22/bonecos-brancos-modelos/
15. 3.4 Iniciativa
Ser capaz de manifestar-se caso um problema surja. Muitos dos
mecanismos não verbais de comunicação que os professores utilizam em
sala de aula para perceber se os estudantes estão tendo problemas
(confusão, frustração, tédio, ausência etc.) não são passíveis de
observação na educação a distância.
Se o estudante está com dificuldade em qualquer nível (seja com a
tecnologia, seja com o conteúdo do curso), deve comunicar isso
imediatamente. Se não fizer isso, o professor/tutor nunca vai saber o que
está errado.
16. 3.5 Comprometimento
É fundamental que o aprendiz seja capaz de atender aos requisitos
mínimos do programa. Os requisitos para um curso a distância não são
menores do que aqueles demandados em qualquer outro programa
educacional. O estudante bem-sucedido terá, nessa modalidade, apenas um
modo, em princípio, mais conveniente de receber sua educação, não um modo
mais fácil.
3.6 Responsabilidade
O processo de aprendizagem requer que o estudante assimile a
informação e tome decisões baseadas em fatos e experiências, aplicando o
pensamento crítico.
17. 3.7 Acesso a um computador e à internet
Por isso, é condição primordial ter acesso a um computador e saber utilizá-lo.
O acesso à internet também deve estar assegurado. Todavia, é sempre
possível descobrir novas possibilidades, uma vez que a tecnologia informática
é muito versátil e variada. Assim, se por acaso surgir algo de que você ainda
não tenha domínio ou mesmo conhecimento, lembre-se de acessar a
comunidade a qual pertence, ou seja, seus professores e colegas.
3.8 Qualidade na produção
A contribuição significativa e de qualidade nos ambientes virtuais é parte
essencial no processo de aprendizagem. O uso o mais refinado possível da
linguagem torna-se elemento dos mais valiosos. É importante ter sempre à
mão boas gramáticas e bons dicionários.
18. 3.9 Atitude reflexiva
Ser capaz de pensar e elaborar as idéias antes de responder. O tempo
concedido no processo a distância permite a preparação cuidadosa das
respostas. O desafio e confronto de idéias são encorajados; o aluno deve estar
preparado para aceitar uma contraposição argumentativa. O importante não é
chegar ao certo ou ao errado de uma questão dada. Nem sempre é possível
obter um consenso.
Aliás, nem sempre isso é desejável no campo dos estudos de nível
superior. A qualidade que você precisa aprender ou colocar em prática, se já a
tem, é a da boa argumentação. Nada de opiniões pessoais sem fundamentos.
Busque autores, obras, conceitos que ajudem você a expressar seus pontos
de vista.
19. 3.10 Confiança
Saber que é possível a aprendizagem de boa qualidade na modalidade a
distância. No mundo em que as fronteiras do tempo e da distância tornam-se
cada vez mais flexíveis, é comum supor que muitos aprendizes, pelas mais
variadas razões, podem não se sentir preparados para enfrentar um desafio
que tem muito de pioneirismo, pelo menos no Brasil, que é cursar o ensino
superior a distância. Sinta-se encorajado e trilhe, desde já, seu caminho de
vencedor.
20. Esses são alguns cuidados e atitudes que poderão auxiliá-lo a
desenvolver-se positivamente como aluno a distância. Evidentemente,
trata-se de uma visão geral. Você mesmo, atento a seu modo de ser,
estudar, relacionar-se e aprender descobrirá outras variáveis importantes.
Quer ver mais uma? Então, vamos seguir o texto com um tópico especial
dedicado à leitura e à anotação de idéias.
Fonte: http://ccbela.wordpress.com/2012/07/22/bonecos-brancos-modelos/
21. Atenção: Vale lembrar que é importante lançar mão de publicações
virtuais, ou seja, obras publicadas na internet e que sejam de fontes confiáveis.
Mesmo que seja exímio escritor, faça uma criteriosa revisão de seus trabalhos
antes de publicá-los.
E lembre-se: o conceito de colaboração pode se estender para além de
seu ambiente de estudo. Se a opinião de algum parente ou amigo puder ajudar
você a refletir sobre algum trabalho, faça isso. Mas permita que a pessoa seja o
mais autêntica possível em seus comentários, não fique zangado se algum
comentário não for elogioso. Por outro lado, acredite em você e saiba filtrar as
críticas que considere relevantes para o seu sucesso.
22. Tópico 4: Leitura e anotação de idéias
Adquirir e fixar conhecimentos exige, além de inteligência, boa dose de
disciplina. Atualmente, fala-se muito que os alunos devem aprender a
aprender. Mas quantos têm bons hábitos de estudo, um dos principais
requisitos para aprender com autonomia? Será que é possível ensinar isso aos
estudantes?
Diferentemente do que muitos imaginam, estudar é uma técnica que pode
ser aprendida. Pesquisas apontam, porém, que poucas pessoas têm uma
rotina bem desenvolvida nessa área. Provavelmente porque não aprenderam a
criar esse costume ao longo da própria vida escolar. Nesse sentido, Marangon
(2003) elaborou uma série de recomendações. Será que você já pratica
alguma delas ou mesmo todas? Vejamos:
23. 4.1 Preparação para a leitura
Inspecionar o material para ter uma visão geral da obra e anotar algumas
perguntas que surgirem espontaneamente antes de iniciar a leitura. Isso
provoca a busca das respostas. Quando no processo de leitura, assinalar as
principais ideias, anotar as palavras desconhecidas e pesquisar seus
significados;
4.2 Pesquisar
A pesquisa é uma forma de complementar informações sobre o tema e várias
fontes podem ser usadas, seja na internet, seja em uma biblioteca;
24. 4.3 Resumir
Sempre que possível, escrever fichas ou resumos de leitura. Uma forma
eficiente de recapitular o estudo é fazer resumos e esquemas. Após a leitura e
a pesquisa, os especialistas recomendam também que você escreva fichas
sobre o que leu e estudou. Elas organizam as informações obtidas, além de
auxiliar na fixação dos conhecimentos.
4.4 Construir significados
Um bom exercício é dar sentido ao que se está lendo, procurando entender o
contexto em que foi produzido e relacionando-o com conteúdos que você já
domina;
25. 4.5 Pergunte-se
Para que serve isso? Como funciona? A quem interessa? Assim você estará
exercitando sua capacidade de analisar, criticar e ir além do que foi lido.
Fonte: http://ccbela.wordpress.com/2012/07/22/bonecos-brancos-modelos/
26. Conclusão
Embora o nível de interação social possa ser muito elevado no ambiente virtual, o
fato é que não é a mesma coisa de estar presente no campus. Para aproveitar ao
máximo os seus estudos, espera-se minimamente que você seja capaz de usar as
tecnologias apropriadamente e que tenha abertura para aprender o que ainda não
conhece. Outro fator que tem um peso grande nessa experiência é apreciar a
comunicação por escrito. Serão muitos textos para ler, e-mails e sistematizações
para escrever, fóruns para debater etc.
Mas há também aspectos muito próximos da experiência em aula presencial. Por
exemplo, o aluno ser capaz de concluir suas tarefas em tempo, mantendo-se
alinhado ao ritmo de sua turma, assim como ser capaz de atingir os requisitos
mínimos estabelecidos pela instituição.
27. Assim, convém estar atento e informado sobre o que ocorre em sua turma, no
curso e na instituição, selecionando eventos que favoreçam suas rotinas de estudo.
Porque, uma vez que o estudante fique para trás, é muito difícil recuperar o tempo
perdido e alcançar o restante da turma. Do que o estudante necessita basicamente
é participar regulamente do ambiente virtual.
Muito se fala das transformações que as tecnologias trouxeram à educação, de
modo geral, e à EaD, de modo específico. Talvez possamos dizer que, em termos
de educação a distância, a maior mudança está no papel do aluno. Na sala de
aula, cabe ao professor fazer confluir entre os alunos a grande energia do processo
de aprendizado; ele conduz a turma por um roteiro, que todos os alunos
acompanham, seja em um formato mais tradicional de aula, com o professor
transmitindo informações, seja em uma abordagem mais contemporânea, onde se
privilegia a participação ativa e colaborativa dos alunos.
28. Na EaD, isso não é possível. Cada aluno está a um click de distância de uma
nova atividade, de uma nova informação. Cada um tem seu ritmo e sua maneira de
aprender. Mesmo havendo um roteiro de estudos, como não há mais a sala de aula
e o próprio conceito de turma é mais disperso, cada aluno acaba trilhando o seu
próprio caminho de aprendizado.
Bom, chegamos ao final da nossa primeira aula. Agora é só aplicar o
conhecimento na compreensão da importância do planejamento e do
comprometimento em cursos a distância e colocar em prática as técnicas de
estudo que foram ensinadas para a aprendizagem a distância. Até a próxima aula!
Fonte: http://ccbela.wordpress.com/2012/07/22/bonecos-brancos-modelos/
29. Referências
• Ricardo Henriques, Antonio Marangon, Michiele Delamora e Adelaide
Chamusca. Educação do Campo: diferenças mudando e paradigmas. Ed.
Campos, 2003.
• Amorim Arantes, V. Educação a Distância. 1ª ed. São Paulo: Summus,
2011.
• Educação a distância em organizações públicas. Mesa redonda de
pesquisa-ação.
• ZERBINI, T. Estratégias de aprendizagem, reações aos procedimentos de
um curso via Internet, reações ao tutor e impacto do treinamento no trabalho.
Dissertação de Mestrado, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2003.