O documento discute as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), mencionando que elas são muito frequentes no Brasil e causam graves problemas de saúde. Detalha alguns dos principais tipos de DST, como sífilis, câncer mole, herpes e HIV/AIDS, assim como seus sintomas, formas de transmissão e tratamentos. Reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce destas doenças.
2. As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) são
muito frequentes em nosso meio, bastando dizer que, de
cada dez consultas realizadas no Brasil, duas são
relacionadas a esse tipo de doença.
As DSTs são doenças que passam de uma pessoa para
outra através da relação sexual sem preservativo, seja de
homem com mulher, homem com homem ou mulher com
mulher. Qualquer pessoa pode contrair essas doenças.
Portanto, fique atento.
3. As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) estão
entre os problemas de saúde pública mais comuns em todo o
mundo.
Nos países industrializados ocorre um novo caso de
DST em cada 100 pessoas por ano, e nos países em
desenvolvimento, as DST estão entre as 5 principais causas
de procura por serviços de saúde.
4. Por que as DSTs devem ser priorizadas?
Porquê ao contrário do que muitos pensam, as DSTs podem
causar doenças graves, podendo causar problemas sexuais,
esterilidade, aborto, nascimento de bebês prematuros,
deficiência física ou mental nos bebês de grávidas
contaminadas e alguns tipos de câncer.
Além disso, quando uma pessoa apresenta uma DST tem
uma chance maior de pegar outra DST, inclusive a Aids.
5. São quatro os critérios para a priorização de agravos em
saúde pública:
-Magnitude,
-Transcendência,
-Vulnerabilidade
-Factibilidade
6. É a realização de estimativas que
concluem pela elevada frequência
das DST em nosso País.
Isto, associado ao alto índice de
automedicação, torna o problema
ainda maior, já que muitos dos
casos não recebem a orientação e
tratamento adequados, ficando
subclínicas, permanecendo
transmissores e mantendo-se como
os elos fundamentais na cadeia de
transmissão das doenças.
As DST são o principal fator
facilitador da transmissão sexual do
HIV;
As DST causam também grande
impacto social, que se traduz em
custos indiretos para a economia do
País e que, somados aos enormes
custos diretos decorrentes das
internações e procedimentos
necessários para o tratamento de
suas complicações, elevam
dramaticamente esses custos totais.
7. As DST, por suas características
epidemiológicas, são agravos
vulneráveis a ações de prevenção
primária, como por exemplo a
utilização de preservativos, de
forma adequada, em todas as
relações sexuais.
Além disso, com exceção das
DST causadas por vírus, existem
tratamentos eficazes para todas
elas.
O controle das DST é possível,
desde que existam bons programas
preventivos e uma rede de serviços
básicos resolutivos, ou seja,
unidades de saúde acessíveis para
pronto atendimento, com
profissionais preparados, não só
para o diagnóstico e tratamento,
mas também para o adequado
acolhimento e aconselhamento dos
portadores de DST e de seus
parceiros sexuais, e que tenham a
garantia de um fluxo contínuo de
medicamentos e preservativos.
8. CANCRO DURO (SÍFILIS)
CANCRO MOLE
CANDIDÍASE
HERPES SIMPLES GENITAL
GONORRÉIA
CONDILOMA
ACUMINADO/HPV
LINFOGRANULOMA
VENÉRIO
GRANULOMA INGNAL
PEDICULOSE DO PÚBIS
HEPATITES B e C
AIDS
VAGINOSES BACTERIANAS
INFECÇÃO POR CLAMÍDIA
INFECÇÃO POR TRICHOMONAS
INFECÇÃO POR UREAPLASMA
INFECÇÃO POR GARDNERELLA
MOLUSCO CONTAGIOSO
INFECÇÃO NÃO GONOCÓCICA
DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA
(DIP)
TRICOMONÍASE
URETRITE GONOCÓCICA
URETRITE NÃO GONOCÓCICA
9. I. CANCRO DURO (SÍFILIS)
II. CANCRO MOLE
III. CANDIDÍASE
IV. HERPES SIMPLES GENITAL
V. GONORRÉIA
VI. CONDILOMA ACUMINADO/HPV
VII. HEPATITES B e C
VIII.AIDS
10. I. CANCRO DURO (SÍFILIS)
É uma infecção bacteriana. No homem e na mulher, 20 a 30 dias após o contato sexual,
surge uma pequena úlcera em nos órgãos genitais.
SINTOMAS TRANSMISSÃO TRATAMENTO
Primário: Cerca de duas a
três semanas após o contágio,
formam-se feridas indolores.
Secundário: Apresenta dores
musculares, febre, dor de
garganta e dificuldade para
deglutir.
Latente: Esse é o período
correspondente ao estágio
inativo da sífilis, em que não
há sintomas.
Terciária: A infecção se
espalha para áreas como
cérebro, sistema nervoso,
pele, ossos, articulações,
olhos, artérias, fígado e até o
coração.
Causada pela bactéria
Treponema pallidum.
Só é contagiosa nos
estágios primário e
secundário e, às vezes,
durante o início do
período latente.
Raramente, a doença
pode ser transmitida pelo
beijo, mas também pode
ser congênita, sendo
passada de mãe para
filho durante a gravidez
ou parto.
É a base de Penicilina
inclusive para grávidas. No
primeiro dia de tratamento,
o paciente poderá sentir
uma série de sintomas,
como febre, calafrios,
náuseas, dores nas
articulações e dor de
cabeça que duram 1 dia. É
necessária a realização de
exames de sangue de
acompanhamento após
três, seis, 12 e 24 meses e
o de HIV para garantir que
não há mais infecção.
12. SINTOMAS TRANSMISSÃO TRATAMENTO
Nesse caso, surgem
várias feridas nos órgãos
genitais (que são
doloridas) e na virilha,
além de dor de cabeça,
febre e fraqueza após o
6º ou 10º dia da infecção.
É causado pela bactéria
Haemophilus ducrey.
A secreção dessas
feridas pode contaminar
diretamente, sem ter
relações sexuais, outras
pessoas e outras partes
do corpo.
Considerado o uso de
fármacos, higiene local e
aplicações de compressas
com permanganato de
potássio diluído ou água
boricada. Caso haja
inflamações purulentas, o
líquido é retirado
cirurgicamente. O paciente
deve ser acompanhado por
cerca de três meses, a fim de
verificar se a cura foi efetiva.
13. SINTOMAS TRANSMISSÃO TRATAMENTO
Produz corrimento
semelhante a leite
coalhado, que causa muita
coceira e ardencia, afeta
20 a 30% das mulheres
jovens e adultas. Os
sintomas em mulheres
incluem:Coceira na área
vaginal,Dor e vermelhidão
na área vaginal,Corrimento
vaginal branco e agrupado,
parecido com queijo
cottage, Relações sexuais
dolorosas.Os sintomas
nos homens incluem:
Erupção no pênis, Coceira
ou ardência na ponta do
pênis
Pode não ser uma doença
adquirida por transmissão
sexual.
É a infecção causada por
micose ou fungo chamada
de Candida albicans que
pode ser transmitida
sexualmente.
O tratamento da
candidíase irá depender do
local em que ela está se
manifestando. No geral, a
candidíase é tratada com
medicamentos
antimicóticos e pomadas
antifúngicas – ambas de
uso local. Caso o sintoma
persista, pode ser que o
médico prescreva um
medicamento de uso oral
por tempo prolongado, de
forma a evitar que a
candidíase retorne.
14. SINTOMAS TRANSMISSÃO TRATAMENTO
Em ambos os sexos surgem
pequenas bolhas que se
rompem e causam ardência ou
queimação, e cicatrizam
sozinhas. Dores e irritação
que surgem de dois a dez
dias após o contágio.
Manchas vermelhas e
pequenas bolhas
esbranquiçadas que
costumam surgir dias após
a infecção. Úlceras na
região dos genitais, que
podem até mesmo sangrar
e causar dor ao urinar.
É causado pelo vírus.
O contágio sexual só ocorre
quando as bolhas estão no
pênis, vagina ou boca na
fase ativa, também pode
contrair herpes a partir do
contato com a pele de uma
pessoa infectada mesmo
quando NÃO há lesões
visíveis (e a pessoa pode
nem saber que está
infectada) ou pelo contato
com a saliva ou com fluidos
da vagina de uma pessoa
infectada.
Não tem cura, porém um
tratamento é feito
basicamente por meio de
medicamentos antivirais,
que aliviam a dor e o
desconforto causados
durante uma crise, curando
as lesões com maior
rapidez.
15. SINTOMAS TRANSMISSÃO TRATAMENTO
Nos homens: Sangue na
urina e no sêmen, Ardência e
dor ao urinar (disúria)
Secreção no pênis,
febre(rara) Micção frequente
e urgente coceira,
sensibilidade ou inchaço do
pênis ou área da virilha, dor
na relação sexual ou durante
a ejaculação.
Nas mulheres: Dor
abdominal, Queimação ao
urinar, febre e calafrios
Micção frequente e urgente
Dor pélvica e secreção
vaginal.
Causada pela
bactéria Nesseria
gonorrheae, pode
desenvolver-se também na
faringe e no canal do ânus
O tratamento para uretrite
depende única e
exclusivamente da causa
exata. No caso de infecção
viral, o médico prescreverá
medicamentos antivirais e,
no caso de infecção
bacteriana, o uso de
antibióticos será
recomendado.
16. SINTOMAS TRANSMISSÃO TRATAMENTO
Inicialmente, é
caracterizado por
pequenas verrugas nos
órgãos genitais tanto do
homem como da mulher.
É causado pelo HPV, uma
virose que está
relacionada ao câncer de
colo do útero e ao câncer
do pênis. Atualmente,
existem mais de 100 tipos
de HPV - alguns deles
podendo causar câncer,
principalmente no colo do
útero e no ânus.
O tratamento deve ser
realizado em conjunto
pelo casal.
Condiloma peniano e vaginal
17. SINTOMAS TRANSMISSÃO TRATAMENTO
Os sintomas de hepatite
B podem ser ligeiros,
moderados ou graves.
Os sintomas mais
frequentes de hepatite B
são: Cansaço, perda de
apetite náuseas ou
indisposição gástrica, dor
de estômago, perda de
peso, coloração amarela
da pele e do branco dos
olhos (icterícia) urina
escura, fezes cor de
argila ou esbranquiçadas,
dor nas articulações
Transmitida pelo Vírus B, é
uma doença infecciosa
também chamada de soro-
homóloga. Como o VHB está
presente no sangue, no
esperma e no leite materno, a
hepatite B é considerada uma
doença sexualmente
transmissível. Entre as causas
e transmissão estão: por
relações sexuais sem
camisinha com uma pessoa
infectada, da mãe para o filho,
ou por agulhas com sangue
infectado e pode progredir
para cirrose hepática ou
cancro do fígado
(hepatocarcinoma).
AGUDA: Não tem
tratamento específico
para hepatite B, mas pode
tomar medicamentos para
reduzir quaisquer
sintomas.
CRÔNICA: Medicamentos
antivirais; Nos casos de
cirrose avançada pode ser
necessária a realização
de um transplante de
fígado.
18.
19. SINTOMAS TRANSMISSÃO TRATAMENTO
Dor abdominal
Inchaço abdominal
Sangramento no
esôfago ou no estômago
Urina escura
Fadiga
Febre
Coceira
Icterícia
Perda de apetite
Náuseas e Vômito
é causada pelo vírus C,
transmitido pela via
sanguínea (transfusões,
hemofílicos,
toxicômanos, pacientes
que realizam
hemodiálise, relação
sexual ou pela via
placentária, este último
mais raro). A incubação
varia de 30 a 100 dias.
Tratada com uma
combinação de
medicamentos antivirais
a serem tomados ao
longo de várias
semanas, que tem como
objetivo eliminar o vírus
do corpo do paciente.
20.
21. SINTOMAS
Os primeiros fenômenos observáveis para Aids são fraqueza, febre,
emagrecimento, diarreia prolongada sem causa aparente.
Na criança que nasce infectada, os efeitos mais comuns são problemas nos
pulmões, diarreia e dificuldades no desenvolvimento.
Fase sintomática inicial da Aids: Candidíase oral, sensação constante de
cansaço, aparecimento de gânglios nas axilas, virilhas e pescoço, diarreia, febre,
fraqueza orgânica, transpirações noturnas e perda de peso superior a 10%.
Infecção aguda da Aids: sintomas de infecção viral como febre, afecções dos
gânglios linfáticos, faringite, dores musculares e nas articulações; ínguas e
manchas na pele que desaparecem após alguns dias; feridas na área da boca,
esôfago e órgãos genitais; falta de apetite; estado de prostração; dores de
cabeça; sensibilidade à luz; perda de peso; náuseas e vômitos.
22. TRANSMISSÃO TRATAMENTO
A infecção da Aids se dá pelo HIV
vírus que ataca as células do sistema
imunológico, destruindo os glóbulos
brancos (linfócitos T CD4+).
O HIV pode ser transmitido pelo
sangue, esperma e secreção vaginal,
pelo leite materno, ou transfusão de
sangue contaminado. O portador do
HIV, mesmo sem apresentar os
sintomas da Aids, pode transmitir o
vírus, por isso, a importância do uso
de preservativo em todas as relações
sexuais.
A Aids não tem cura, mas os
portadores do HIV dispõem de
tratamento oferecido gratuitamente
pelo Governo. Ao procurar ajuda
médica, em um dos hospitais
especializados em DST/AIDS, o
paciente terá acesso ao tratamento
anti-retroviral.
Os objetivos do tratamento são
prolongar a sobrevida e melhorar a
qualidade de vida do paciente com
Aids, pela redução da carga viral e
reconstituição do sistema
imunológico.
23.
24. Art. 1o Constitui crime punível com reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e
multa, as seguintes condutas discriminatórias contra o portador do HIV e o
doente de aids, em razão da sua condição de portador ou de doente:
I - recusar, procrastinar, cancelar ou segregar a inscrição ou impedir que
permaneça como aluno em creche ou estabelecimento de ensino de qualquer
curso ou grau, público ou privado;
II - negar emprego ou trabalho;
III - exonerar ou demitir de seu cargo ou emprego;
IV - segregar no ambiente de trabalho ou escolar;
V - divulgar a condição do portador do HIV ou de doente de aids, com intuito
de ofender a dignidade;
VI - recusar ou retardar atendimento de saúde.
Define o crime de discriminação dos portadores do vírus da
imunodeficiência humana (HIV) e doentes de aids.
LEI Nº 12.984, DE 2 DE JUNHO DE 2014.
25. Estende aos portadores da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida -
SIDA/AIDS os benefícios que especifica e dá outras providências.
LEI No 7.670, DE 8 DE SETEMBRO DE 1988.
Art. 1º A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - SIDA/AIDS fica considerada,
para os efeitos legais, causa que justifica:
I - a concessão de:
a) licença para tratamento de saúde
b) aposentadoria
c) reforma militar
d) pensão especial
e) auxílio-doença ou aposentadoria, independentemente do período de carência,
para o segurado que, após filiação à Previdência Social, vier a manifestá-la, bem
como a pensão por morte aos seus dependentes;
II - levantamento dos valores correspondentes ao Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço - FGTS, independentemente de rescisão do contrato individual de trabalho
ou de qualquer outro tipo de pecúlio a que o paciente tenha direito.
Parágrafo único. O exame pericial para os fins deste artigo será realizado no local
em que se encontre a pessoa, desde que impossibilitada de se locomover.