1. Texto I: Avanços na Genética X Ética.
A genética é o ramo da ciência que estuda como as características dos seres
vivos se transmitem e passam de uma geração para outra, tentando, assim,
explicar como são herdados e modificados esses traços. Já a ética está ligada à
filosofia e se dedica a conhecer os fundamentos dos valores morais que orientam
as ações e comportamento humano em sociedade.
A ciência se tornou um instrumento bastante relevante a partir do momento em
que houve o crescimento do conhecimento genético. Através dela, novas
descobertas foram realizadas, dentre elas pode ser citada a clonagem humana.
Esta ainda está dividindo opiniões, uma vez que a técnica já concluída, os seres
humanos envolvidos deverão lidar com uma dupla identidade ou, até mesmo, a falta
dela.
A cada passo de avanço, esse procedimento se esbarra no teor ético da
situação, gerando um impasse na bioética entre a moral humana e o progresso da
ciência. De acordo com a Lei 8974/95 é proibida a utilização de embriões em
pesquisas e a manipulação de células germinativas para a clonagem em seres
humanos. Além disso, a Resolução 196/96 diz que todas as pesquisas que
envolvem genética humana, realizadas no Brasil, devem ser aprovadas pelo Comitê
de Ética em Pesquisa e pelo Comitê de Biossegurança de cada instituição e
submetidos, posteriormente, à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP).
O Estado deve se manter conectado com as clínicas e centros de pesquisas de
clonagem humana, para conhecer as vantagens e desvantagens de tal
procedimento. Podendo assim, futuramente, depois de analisar o que foi
acompanhado, aprovar ou continuar proibindo esta prática. As ONG's, depois de
uma posição tomada pelo Estado, deverão estabelecer todo acompanhamento
psicológico necessário com os indivíduos envolvidos.
Autores:
Ana Laura Oliveira
Beatriz Alves
Carlos Markowetz
Náthaly Raissa
Pedro Henrique
2. Texto II:
Desde o final do século XX, a bioética tem se tornado um tema
frequente nas discussões da filosofia e da medicina. Trata-se de um
debate que surgiu recentemente junto com os avanços nos estudos da
genética, onde os estudiosos buscam decidir até que ponto estas
descobertas e a ética podem andar lado a lado. Este assunto polêmico
já gerou inúmeras discussões e até hoje continua não resolvido, com
muitas dúvidas sobre “o que é um ser humano” e “como lidar com a
morte”.
Um dos assuntos mais debatidos dentro da bioética é sobre o
início da via. Segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos,
todo ser humano tem direito a vida. E é exatamente este ponto que gera
diversas opiniões distintas sobre o assunto. Alguns dizem que o feto, até
certa idade, ainda não pode ser considerado um ser vivo e por isto o
aborto deveria sim ser legalizado. Outros, entretanto, acreditam que o
feto é sim um ser humano, e por isso qualquer atentado contra a sua
vida deveria ser ilegal. O mesmo dilema aplica-se ao uso de células
tronco totipotentes, que são retiradas de fetos ainda em processo de
formação.
Outro debate muito recorrente é sobre o fim da vida. No caso da
eutanásia, como a vida de uma pessoa em estado vegetativo poderia ter
seu término decidido por um terceiro? Por outro lado, se a morte é
inevitável, não seria desumano deixar alguém sofrendo até que este
momento chegue? Perguntas como estas, envolvendo a biologia e a
ética, fazem com que este seja um dos temas mais recorrentes e
desafiadores deste século.
Não existe uma lei que possa resolver tais discussões sem estar
ignorando um dos lados. Para que este problema seja solucionado,
devem-se fortalecer os comitês de ética e aprofundar ainda mais os
estudos na genética para que possam chegar a uma decisão que
pareça justa para todos os envolvidos, tanto ética quanto
biologicamente.