C.A.I- Casos Ambulatoriais Interessantes:Doença de Osgood Schlatter- Internato em Pediatria I (PED I) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) - Natal - Brasil.
1. C.A.I:
Casos Ambulatoriais Interessantes
R1 CAMILA RABAY
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
HOSPITAL DE PEDIATRIA PROF. HERIBERTO F. BEZERRA
DEPARTAMENTO DE PEDIATRIA
RESIDÊNCIA MÉDICA EM PEDIATRIA
INTERNATO EM PEDIATRIA I (PED I)
3. Caso Clínico
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P.J.R.S., adolescente, 12 anos, sexo masculino , é atendido no
ambulatório da Unidade de Saúde Familiar e Comunitária(USFC) ,
com história de dor no joelho direito, há 1 mês, principalmente
após esforços físicos. Nega febre, bem como a presença de calor
e rubor na área afetada. Antecedentes pessoais: prática esportiva
(futebol) 4 x semana.
Exame físico: a presença de uma tumefação na tuberosidade
anterior da tíbia, mais ou menos 2 a 3 polegares abaixo da patela
6. DOENÇA DE OSGOOD SCHLATTER
INTRODUÇÃO
OSSOS
- Alto grau de rigidez (resistência a pressão);
- Função básica é proteção e sustentação, participar em
alavancas, na coordenação e na força de movimento
devido à contração dos músculos;
- Divididos em epífise, metáfise e diáfise;
- Os osteócitos : lacunas e canalículos, cuja função é
circulatória e nutricional.
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7. DOENÇA DE OSGOOD SCHLATTER
INTRODUÇÃO
- Os osteoblastos sintetizam a parte orgânica da
matriz óssea e participa da mineralização da
matriz.
- A matriz óssea é composta por uma parte
orgânica e inorgânica composta por íons de
fosfato e cálcio.
- A nutrição óssea dá-se basicamente pelos
canais deVolkmann e canais de Havers.
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9. DOENÇA DE OSGOOD SCHLATTER
• DEFINIÇÃO:
- É uma doença osteo-muscular (e extra–articular)
comum em adolescentes.
- Caracterizada por uma inflamação que ocorre na
cartilagem do joelho e no osso da tíbia devido ao
esforço excessivo sobre o tendão patelar, causada por
um crescimento muito rápido ou por exercícios físicos
extenuantes (apofisite de tração da placa de
crescimento do tubérculo tibial).
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10. DOENÇA DE OSGOOD SCHLATTER
EPIDEMIOLOGIA
- Ocorre no final da infância e adolescência.
- Predomina do sexo masculino dos 10 aos 15
anos.
- Quando em meninas, aparece 2 anos antes da
faixa etária masculina.
- Comum em atletas especialmente os esportes
que incluem: chutes, saltos e corridas.
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11. DOENÇA DE OSGOOD SCHLATTER
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ETIOLOGIA
- Controvertida, pois antigamente acreditava-se que esta
patologia fosse devido à necrose avascular.
- Atualmente aceitam-se a teoria de overuse do
quadríceps e micro traumas na tuberosidade tibial.
12. DOENÇA DE OSGOOD SCHLATTER
FISIOPATOLOGIA
- Quando existe um stress na epífise de crescimento
próximo a área da tuberosidade tibial.
- O crescimento do osso se dá pelas epífises, que são
constituídas por cartilagens.
- O crescimento ósseo ocorre mais rapidamente do que o
crescimento muscular, gerando uma tensão do tendão do
músculo através da inserção e da perda da flexibilidade.
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13. DOENÇA DE OSGOOD SCHLATTER
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FISIOPATOLOGIA
- Durante o período de crescimento rápido, o stress da contração
do quadríceps é transmitido através do tendão patelar em uma
parcela pequena a tuberosidade tibial. Isso pode resultar em uma
fratura parcial ou avulsão do centro de ossificação.
15. DOENÇA DE OSGOOD SCHLATTER
TIPOS
- Síndrome de Sinding-Larsen-Johannson é uma
variante de OS, na qual acomete a parte inferior da
patela, onde é inserido o tendão patelar.
- Acomete principalmente o sexo feminino entre 12 e
15 anos, que praticam atividades físicas extenuantes.
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QUADRO CLÍNICO
- Dor insidiosa diretamente sobre o tubérculo tibial (mais ou
menos dois ou três polegares abaixo da patela) e edema
preocupantes ;
- Piora com a realização da atividade e pode persistir com o
repouso;
- Maior incidência unilateral, podendo apresentar tumefação
na área do tubérculo tibial.
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17. DOENÇA DE OSGOOD SCHLATTER
Inspeção
- Inspeção palpatória deve-se verificar o joelho flexionado em
perfil. Ao palpar o tubérculo o paciente relatara dor. Para observar
a sintomatologia pede-se o paciente deve realizar uma flexão e em
seguida uma extensão com exercício ativo resistido.Pode ser
observado um edema macio visível ao redor da tuberosidade da
tíbia.
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Sinais Radiológicos
- Quando os sinais radiológicos do joelho em perfil apresentar
laudo de normalidade ou apenas uma tumefação das partes
moles, é indicativo de fase inicial da patologia. Quando se
observa uma irregularidade da fragmentação da apófise indica
que a mesma está na fase moderada. Na fase avançada da
doença, verifica-se a presença de um ossículo intra-
tendinoso.
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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Deve-se diferenciar de infecções, tumores,
fraturas, cistos, síndrome femulo-patelar, bursite
de pata de ganso, condromalácia patelar,
osteomielite proximal da tíbia, e tendinite
patelar.
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20. DOENÇA DE OSGOOD SCHLATTER
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TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
- Vale ressaltar que no tratamento é importante reconhecer
que esta alteração tem curso alto limitado e regride com a
fusão da tuberosidade da tíbia, que ocorre entre 15 e 18 anos
no sexo masculino e entre 12 e 15 anos no sexo feminino.
- Na fase aguda, crioterapia e restrição do movimento.
- Se o paciente suportar a dor, realizar alongamento do
quadríceps e toda a parte posterior do segmento inferior
afetado, mobilização articular; com a evolução do tratamento
fortalece toda musculatura envolvida para evitar recidivas.
-LaserAsGa.
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O tratamento cirúrgico somente é indicado quando o
paciente continua apresentando quadro álgico após todos os
tratamentos convencionais.
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23. DOENÇA DE OSGOOD SCHLATTER
CONSEQÜÊNCIA
- Alteração da superfície articular levando a uma pré-disposição
para uma osteoartrite. Podendo levar a uma incapacidade
funcional.
COMPLICAÇÕES
- Fratura de osso subcondral na epífise, subluxação da articulação,
deformidade da epífise resultando em incongruência articular e
doença degenerativa tardia, superiorização da patela, avulsão
total do tendão patelar, não consolidação dos fragmentos,
condromalácia, geno-recurvatum.
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PROGNÓSTICO
- O prognostico é excelente, sendo que os sintomas
irão desaparecer em um ano, e o desconforto pode
persistir por dois a três anos até o fechamento da
placa epifisária tibial.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NELSON,TRATADO DE PEDIATRIA-18.ED.-Rio de
Janeiro:Elsevier,2009.
DE OLIVEIRA, Sheila K. Feitosa; Reumatologia Pediátrica, editora
medica e cientifica ltda, RJ-RJ, 1991.
CAILLIET, René;Tecidos moles dor e incapacidade, editora manole,
SP-SP, 1979.
GUYTON, Arthur C; Fisiologia Humana, editora Guanabara koogan,
RJ-RJ, 1988.
www.hopkinsmedicine.org
www.physsportsmed.com
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