SlideShare uma empresa Scribd logo
DISTÚRBIOS
HIDROELETROLÍTICOS
DISTÚRBIOS
ELETROLÍTICOS
AGUDOS
PACIENTE INTERNADO APRESENTOU SÓDIO BAIXO:
QUAL A CONDUTA MÉDICA?
DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS
• Sobre quais iremos comentar?
• Hiponatremia
• Hipernatremia
• Hipopotassemia
• Hiperpotassemia
• Magnésio – pontos importantes
SÓDIO
• Contextualização:
• Íon mais importante do espaço extracelular;
• Responsável pela manutenção do volume do líquido
extracelular;
• Estreita relação entre a água e o sódio;
• Níveis normais: Na+ = 135 a 145 mEq/L.
HIPONATREMIA
• Conceito:
• Na+ < 135 mEq/L
• Fatores de risco:
• Idade > 75 anos
• Mulheres
• Uso de múltiplos medicamentos
• Múltiplas comorbidades
• Insuficiência renal
HIPONATREMIA
• Quadro Clínico:
• Assintomática – na maioria das vezes
(até a concentração de 125 mEq/L);
• Sinais e sintomas nos casos graves:
• Inespecíficos
• Primariamente neurológicos
• Relacionados à rapidez na mudança da concentração
plasmática de sódio
HIPONATREMIA
• Quadro Clínico:
• Sintomas: letargia, apatia, desorientação, cãimbras musculares,
anorexia, náuseas e agitação.
• Sinais: sensório anormal, reflexos profundos deprimidos,
respiração de Cheyne Stokes, hipotermia, reflexos patológicos,
paralisia pseudobulbar e convulsões.
09/11/2022
HIPONATREMIA
• Diagnóstico diferencial:
• Pseudo hipo-Na+: Hipertrigliceridemia, MM;
• Medicamentos:
• Diuréticos tiazídicos
• Antipsicóticos (clássicos e atípicos), benzodiazepínicos
• Antidepressivos tricíclicos, tetracíclicos e atípicos, SSRI
• Estabilizadores do humor e anticonvulsivantes
(Lítio, Carbamazepina, Ác. Valpróico, Gabapentina, etc)
• Opióides
• Clorpropramida
• Clofibrato
HIPONATREMIA
• Diagnóstico diferencial:
• Estados edematosos:
• Insuficiências (Renal, ICC, Hepática)
• Irrigação vesical com água destilada
• Diarréia com desidratação
• Síndrome cerebral perdedora de sal
• Hipotireoidismo
• Epilepsia, Tumor cerebral, AVC
HIPONATREMIA
• Diagnóstico diferencial:
HIPONATREMIA
• Exames complementares:
• Sódio sérico e urinário
• Função renal
• Glicemia
• Medida da osmolaridade plasmática
• Colesterol total e frações
• Eletroforese de proteínas
• Raio X de tórax
• TC de crânio
HIPONATREMIA
• Conduta Terapêutica:
• Suporte clínico
• Tratar causa base
• Aumentar sódio sérico com muita cautela, mediante fórmula de
correção do sódio
• Restrição hídrica associada ou não a diuréticos de alça –
causas edematosas
• Soro fisiológico – pctes desidratados
• Evitar complicações – síndromes de desmielinização osmótica
HIPONATREMIA
• Conduta Terapêutica:
• Δmáx do Na+ = 0,5 a 1 mEq/L/hora ou 10
mEq/24h
Cálculo da água corporal total por sexo e idade
SEXO E IDADE ÁGUA CORPORAL TOTAL
Homem < 65 anos Peso (Kg) x 0,6
Homem > 65 anos Peso (Kg) x 0,5
Mulher < 65 anos Peso (Kg) x 0,5
Mulher > 65 anos Peso (Kg) x 0,45
HIPONATREMIA
• Conduta Terapêutica:
HIPONATREMIA
• Modelo de prescrição:
Paciente feminina, 64 anos, s/ comorbidades, apresenta
rebaixamento do nível de consciência e sódio de 112 mEq/L.
Peso: 69Kg.
1) Calcular água corporal total:
69 x 0,5 = 34,5
2) Quantidade de Na+ na solução: NaCl 3% = 513
3) Aplica-se a fórmula:
Δ estimada de Na+ (10meq) = Na infundido – 112
34,5 + 1
Na infundido: 355 + 112  467 meq
HIPONATREMIA
• Modelo de prescrição:
4) Aplica-se, então, uma regra de 3:
1000ml NaCl 3% --- 513 mEq de Na+
x --- 467 mEq de Na+
x = 885 ml
5) Como preparar a solução de NaCl 3%:
1x NaCl 20% + 9x NaCl 0,9%
HIPONATREMIA
 Modelo de prescrição:
6) Prescrevendo:
Reposição de sódio, para 24h de
infusão:
NaCl 3%, 2 fases, A=B, 440ml, IV, BIC,
36ml/h
09/11/2022
HIPERNATREMIA
• Contextualização:
• É menos frequente do que a hiponatremia
• Mais comum em pacientes:
• muito jovens ou muito velhos
• muito doentes, que não têm condição de ingerir líquido
em resposta ao aumento de osmolalidade, o que provoca
sede, devido a sua incapacidade física
• Reposição inadequada de Na+ ou NaHCO3
HIPERNATREMIA
• Conceito:
• Sódio plasmático > 145 mEq/L
• Principais causas:
• Medicamentos: furosemida, lítio, anfo-B
• Alterações eletrolíticas: Ca++  ou K+ 
• Diurese osmótica por hiperglicemia
• Doença renal intrínseca, fase poliúrica da NTA
• Vômitos, diarréia, fístulas, SNG em aspiração
• Perdas insensíveis – grandes queimados
09/11/2022
HIPERNATREMIA
• Quadro clínico:
• Agitação, letargia e irritação espasmos musculares,
hiperreflexia, tremores, ataxia
• Fraqueza muscular e cãibras são comuns
• Alteração de memória, confusão e alucinações podem estar
presentes
• Hipernatremia aguda é mais grave do que a crônica
HIPERNATREMIA
• Diagnóstico diferencial:
• Doença neurológica (inviabilizando ingesta de água em
resposta ao reflexo de sede)
• Doença atual grave (sepse, pneumonia, hipercalcemia,
hiperglicemia)
• Doença neurológica ativa (AVC, encefalites)
• Diabetes insipidus
• Central – redução do ADH
• Nefrogênico – incapacidade de concentrar urina
HIPERNATREMIA
• Exames complementares:
• Sódio sérico
Outros exames devem ser solicitados de acordo com a hipótese
clínica.
• Osmolaridade sérica e urinária
• Função renal
• Glicemia
• K+ e Ca ++ séricos
• TC de crânio
HIPERNATREMIA
• Conduta terapêutica:
• Tratar a causa base (!)
• Objetivos básicos:
• Hidratação do paciente (pesar o doente)
• Manutenção da volemia
• Correção de instabilidades hemodinâmicas
• Não permitir redução rápida/brusca do Na+
HIPERNATREMIA
 Conduta terapêutica:
 Pesar o paciente + Tratar a doença primária
 Após estabilização hemodinâmica:
Hidratação com NaCl 0,45%
Água potável por sonda nasogástrica
 Como preparar 500ml dessa solução:
SF 0,9% 250ml + AD 250ml ou
NaCl 20% 10ml + AD 490ml (0,40%)
HIPERNATREMIA
Paciente feminina, 64 anos, s/ comorbidades, apresenta rebaixamento do nível
de consciência e sódio de 168 mEq/L. Peso: 69Kg.
• Aplica-se a fórmula:
1) Calcular água corporal total:
69 x 0,5 = 34,5
2) Quantidade de Na+ na solução: NaCl 0,45% = 77
3) Aplica-se a fórmula:
Δ estimada de Na+ = 77 – 168
34,5 + 1
Na infundido:  -2,56 meq
1. Não reduzir o sódio plasmático
mais do que 10 mEq/dia;
HIPERNATREMIA
 Conduta terapêutica:
Aplica-se, então, a regra de 3:
1L NaCl 0,45% --- 2,56 mEq de Na+
x --- 10 mEq de Na+
x ~= 3900 ml
Prescrevendo:
Água potável, 150ml por SNG, de 3/3h
NaCl 0,45% 2700ml, IV, BIC, 112ml/h
POTÁSSIO
• Contexto:
• É o principal cátion intracelular
• Os níveis séricos normais de potássio oscilam entre 3,5 a 5
mEq/l.
• Necessário para:
• formação do glicogênio;
• síntese proteica;
• correção do desequilíbrio acidobásico
HIPOCALEMIA
• Conceito:
• K+ < 3,5 mEq/L
• Causas:
• Perdas Gastrintestinais – diarréia, vômitos
• Perdas Geniturinárias – acidose tubular renal e outras doenças
renais, doença de Cushing, uso de diuréticos
• Ingestão insuficiente – desnutrição
• Desvio iônico – alcalose metabólica.
HIPOCALEMIA
• Sinais e Sintomas:
• Neuromusculares: fraqueza muscular, parestesias
• Renais – concentração prejudicada, poliúria
• Gastrintestinais – náuseas, íleo adinâmico
• SNC – irritabilidade, letargia, coma
• Cardíacos – arritmias: bigeminismo e/ou trigeminismo, onda U
ao ECG
HIPOCALEMIA
 Conduta terapêutica:
A reposição do K+ se faz de maneira empírica.
Um esquema usual é a reposição de 40 (Periférico) a 60
mEq/L (central) por via EV em velocidades não
maiores do que 30-40mEq/hora.
 VO – preferível em K+ leve, e paciente estável: KCl xarope, K
efervescente ou em comprimidos
 EV – preferível em K+ severa, ou paciente grave: KCl 10% 03
FA + SF 0,9% 370ml, EV, infundir em BIC, em 03 horas.
Ampola KCl 10%: 13 meq
Ampola KCl 19,1%: 25 meq
CT de Medicina de Urgência e Emergência CT de Medicina
Intensiva - CREMEC/CFM
HIPERCALEMIA
 Definição:
 K+ > 5,0 mEq/L
 Causas:
 IRA / Acidose
 Doença de Addison
 Transfusões e hemólise
 Lesões por esmagamento de membros e outras causas de
degradação de proteínas
 Grande ingestão de K+  Insuf. renal
HIPERCALEMIA
• Sintomas cardiovasculares ≈ K+:
• Se K > 7 mEq: Bradicardia,  PA, FV, PCR
• Se K ~ 5.8 mEq = T pontiaguda
• Se K ~ 6,8 mEq = QRS alargado
• Se K ~ 7.6 mEq = PR alargado
HIPERCALEMIA
HIPERCALEMIA
 Conduta terapêutica:
 Estabilizar a membrana celular quanto aos efeitos do K+:
Gluconato de cálcio 10% 10 ml + SG 5% 100ml, IV, infundir em
30min.
 Eliminação do potássio:
○ Resinas de troca iônica: Sorcal ½ envelope + água potável
200ml, VO ou por SNG 6/6h
○ Diuréticos de alça: Furosemida 20mg, 01 ampola EV de 6/6h
○ Diálise.
HIPERCALEMIA
 Conduta Terapêutica:
 Redistribuição do potássio:
○ Solução polarizante (insulina + glicose): Glicose 50% 10
ampolas + Insulina Regular 10 UI, ev, infundir em 30
minutos
○ ß2-adrenérgicos: NBZ com fenoterol 10gts + SF 0,9% 03ml,
agora e de 4/4h
○ Reposição de NaHCO3:
 Fórmula de Ash: Peso x BE x 0.3
 Metade do déficit deve ser reposto via EV em 15 a 20 min, e o
restante em 24h.
MAGNÉSIO
• 2º cátion intracelular mais abundante
• [ ] sérica normal varia de 1,5 a 2,4 mg/dL
• Hipermagnesemia (Mg2+ > 2,4mg/dL) é rara
• Causas de hipermagnesemia:
• insuficiência renal
• administração exógena de laxativos, antiácidos que contenham
magnésio
• Tratamento de eclampsia
Obs: hipermagnesemia leve diminui o limiar convulsivo
HIPERMAGNESEMIA
•  Mg – sintomas:
• náusea, vômitos, letargia, diminuição de reflexos tendinosos,
hipotensão bradicardia e alterações eletrocardiográficas
(aumento da duração do intervalo PR e do QRS)
• Se  Mg grave:
• parada respiratória, bloqueios AV, insuficiência cardíaca e óbito
HIPERMAGNESEMIA
• Conduta terapêutica –  Mg:
• Cloreto de cálcio 0,5 a 1g em 5 a 10 minutos, em cateter central
• Gluconato de cálcio 1 a 3 g (gluconato de cálcio 10% 1 ampola
= 1g), endovenoso em 3 a 10 minutos (acesso pode ser
periférico)
• Diurético de alça
• Hemodiálise casos refratários
HIPOMAGNESEMIA
 Principais causas de  Mg:
 Desnutrição, diarréia, Sd. do intestino curto, fístula intestinal,
malabsorção, etilismo, pancreatite aguda
 Hipercalcemia, hipopotassemia
 Nefropatia intersticial, poliúria pós necrose tubular, diurese
pós-obstrução, uso de diuréticos tiazídicos ou de alça, uso de
aminoglicosídeo...
 Hipertireoidismo, hiperparatireoidismo, hiperaldosteronismo
 Intoxicação por digoxina
 Diabetes mellitus
HIPOMAGNESEMIA
• Conduta terapêutica –  Mg:
• Reposição com MgSO4 50%
• Soluções eletrolíticas, contendo magnésio (10 a 40 mEq/l/dia,
durante o período de maior gravidade, seguindo-se
manutenção com 10 mEq/dia).
OBRIGADO!
REFERÊNCIAS
• VIEIRA NETO OM & MOYSÉS NETO M. Distúrbios do
equilíbrio hidroeletrolítico. Medicina, Ribeirão Preto
36: 325-337, abr./dez. 2003.
• ADROGUÉ HJ & MADIAS NE. Hypernatremia. New Engl
J Med 342: 1493-1499, 2000.
• ADROGUÉ HJ & MADIAS NE. Hyponatremia. New Engl
J Med 342: 1581-1589, 2000

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Nutrição em Cuidados Intensivos
Nutrição em Cuidados IntensivosNutrição em Cuidados Intensivos
Nutrição em Cuidados Intensivos
Abilio Cardoso Teixeira
 
Reabilitação hospitalar – da uti a alta
Reabilitação hospitalar – da uti a altaReabilitação hospitalar – da uti a alta
Reabilitação hospitalar – da uti a alta
Caio Veloso da Costa, ICU-PT
 
Hiponatremia
HiponatremiaHiponatremia
ステロイドの使い方
ステロイドの使い方ステロイドの使い方
ステロイドの使い方
帝京大学ちば総合医療センター
 
Hyponatremia
HyponatremiaHyponatremia
Assistencia de enfermagem ao cliente renal 04.2012
Assistencia de enfermagem ao cliente renal 04.2012Assistencia de enfermagem ao cliente renal 04.2012
Assistencia de enfermagem ao cliente renal 04.2012
Andressa Santos
 
Coma
ComaComa
TABELA de Sinais Vitais - EEEP WALFRIDO 2017
TABELA de Sinais Vitais - EEEP WALFRIDO 2017TABELA de Sinais Vitais - EEEP WALFRIDO 2017
TABELA de Sinais Vitais - EEEP WALFRIDO 2017
WALFRIDO Farias Gomes
 
Hemorroidas
HemorroidasHemorroidas
Hemorroidas
Cintia Liberato
 
Apresentação anemia
Apresentação anemiaApresentação anemia
Apresentação anemia
Laboratório Sérgio Franco
 
Hiponatremia
Hiponatremia Hiponatremia
Hiponatremia
Ana Nataly
 
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica) Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
cuidadoaoadulto
 
Hypokalemiaandhyperkalemiaindorepedicon2014final 140112051537-phpapp01(1)
Hypokalemiaandhyperkalemiaindorepedicon2014final 140112051537-phpapp01(1)Hypokalemiaandhyperkalemiaindorepedicon2014final 140112051537-phpapp01(1)
Hypokalemiaandhyperkalemiaindorepedicon2014final 140112051537-phpapp01(1)
FarragBahbah
 
脂肪塞栓
脂肪塞栓脂肪塞栓
脂肪塞栓
Katsushige Takagishi
 
Apresentação de estudo de caso
Apresentação de estudo de casoApresentação de estudo de caso
Apresentação de estudo de caso
Danimilene
 
Ventilação mecânica em neonatologia e pediatria
Ventilação mecânica em neonatologia e pediatriaVentilação mecânica em neonatologia e pediatria
Ventilação mecânica em neonatologia e pediatria
Fábio Falcão
 
Estudo de caso clinico
Estudo de caso clinicoEstudo de caso clinico
Estudo de caso clinico
Grupo Ivan Ervilha
 
Infarto agudo do miocárdio (IAM)
Infarto agudo do miocárdio   (IAM)Infarto agudo do miocárdio   (IAM)
Infarto agudo do miocárdio (IAM)
Shirley Rodrigues
 
Iv curso teórico prático - aula ac bas
Iv curso teórico prático - aula ac basIv curso teórico prático - aula ac bas
Iv curso teórico prático - aula ac bas
ctisaolucascopacabana
 
DISTÚRBIO DE CÁLCIO
DISTÚRBIO DE CÁLCIODISTÚRBIO DE CÁLCIO
DISTÚRBIO DE CÁLCIO
Francisco Fernandes
 

Mais procurados (20)

Nutrição em Cuidados Intensivos
Nutrição em Cuidados IntensivosNutrição em Cuidados Intensivos
Nutrição em Cuidados Intensivos
 
Reabilitação hospitalar – da uti a alta
Reabilitação hospitalar – da uti a altaReabilitação hospitalar – da uti a alta
Reabilitação hospitalar – da uti a alta
 
Hiponatremia
HiponatremiaHiponatremia
Hiponatremia
 
ステロイドの使い方
ステロイドの使い方ステロイドの使い方
ステロイドの使い方
 
Hyponatremia
HyponatremiaHyponatremia
Hyponatremia
 
Assistencia de enfermagem ao cliente renal 04.2012
Assistencia de enfermagem ao cliente renal 04.2012Assistencia de enfermagem ao cliente renal 04.2012
Assistencia de enfermagem ao cliente renal 04.2012
 
Coma
ComaComa
Coma
 
TABELA de Sinais Vitais - EEEP WALFRIDO 2017
TABELA de Sinais Vitais - EEEP WALFRIDO 2017TABELA de Sinais Vitais - EEEP WALFRIDO 2017
TABELA de Sinais Vitais - EEEP WALFRIDO 2017
 
Hemorroidas
HemorroidasHemorroidas
Hemorroidas
 
Apresentação anemia
Apresentação anemiaApresentação anemia
Apresentação anemia
 
Hiponatremia
Hiponatremia Hiponatremia
Hiponatremia
 
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica) Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
Seminário (Insuficiência Renal Aguda e Crônica)
 
Hypokalemiaandhyperkalemiaindorepedicon2014final 140112051537-phpapp01(1)
Hypokalemiaandhyperkalemiaindorepedicon2014final 140112051537-phpapp01(1)Hypokalemiaandhyperkalemiaindorepedicon2014final 140112051537-phpapp01(1)
Hypokalemiaandhyperkalemiaindorepedicon2014final 140112051537-phpapp01(1)
 
脂肪塞栓
脂肪塞栓脂肪塞栓
脂肪塞栓
 
Apresentação de estudo de caso
Apresentação de estudo de casoApresentação de estudo de caso
Apresentação de estudo de caso
 
Ventilação mecânica em neonatologia e pediatria
Ventilação mecânica em neonatologia e pediatriaVentilação mecânica em neonatologia e pediatria
Ventilação mecânica em neonatologia e pediatria
 
Estudo de caso clinico
Estudo de caso clinicoEstudo de caso clinico
Estudo de caso clinico
 
Infarto agudo do miocárdio (IAM)
Infarto agudo do miocárdio   (IAM)Infarto agudo do miocárdio   (IAM)
Infarto agudo do miocárdio (IAM)
 
Iv curso teórico prático - aula ac bas
Iv curso teórico prático - aula ac basIv curso teórico prático - aula ac bas
Iv curso teórico prático - aula ac bas
 
DISTÚRBIO DE CÁLCIO
DISTÚRBIO DE CÁLCIODISTÚRBIO DE CÁLCIO
DISTÚRBIO DE CÁLCIO
 

Semelhante a DHE AULA .pptx

DistúRbio HidroeletrolíTico E áCido BáSico
DistúRbio HidroeletrolíTico E áCido BáSicoDistúRbio HidroeletrolíTico E áCido BáSico
DistúRbio HidroeletrolíTico E áCido BáSico
Rodrigo Biondi
 
Oficina 9 - HIDRATAÇÃO ENDOVENOSA UMA MODALIDADE TERAPÊUTICA COMUM E NECESSÁR...
Oficina 9 - HIDRATAÇÃO ENDOVENOSA UMA MODALIDADE TERAPÊUTICA COMUM E NECESSÁR...Oficina 9 - HIDRATAÇÃO ENDOVENOSA UMA MODALIDADE TERAPÊUTICA COMUM E NECESSÁR...
Oficina 9 - HIDRATAÇÃO ENDOVENOSA UMA MODALIDADE TERAPÊUTICA COMUM E NECESSÁR...
taianecoelho3
 
Challange of hyponatremia
Challange of hyponatremiaChallange of hyponatremia
Challange of hyponatremia
janinemagalhaes
 
Challange of hyponatremia
Challange of hyponatremiaChallange of hyponatremia
Challange of hyponatremia
janinemagalhaes
 
Alterações eletrolíticas
Alterações eletrolíticasAlterações eletrolíticas
Alterações eletrolíticas
sgtrobertson
 
Cetoacidose E Coma Hiperosmolar
Cetoacidose E Coma HiperosmolarCetoacidose E Coma Hiperosmolar
Cetoacidose E Coma Hiperosmolar
Rodrigo Biondi
 
diabetes
diabetesdiabetes
diabetes
vivianfasp
 
Apresentação
ApresentaçãoApresentação
Apresentação
Daniel Modesto
 
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos DialíticosIRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
Rodrigo Biondi
 
Condutas médicas no paciente com distúrbios eletrolíticos agudos.curso de con...
Condutas médicas no paciente com distúrbios eletrolíticos agudos.curso de con...Condutas médicas no paciente com distúrbios eletrolíticos agudos.curso de con...
Condutas médicas no paciente com distúrbios eletrolíticos agudos.curso de con...
douglas silva
 
Hiponatremia
HiponatremiaHiponatremia
Irc 2019
Irc 2019Irc 2019
Irc 2019
Rubia Rettori
 
Pacientes Graves - 13.pdf
Pacientes Graves - 13.pdfPacientes Graves - 13.pdf
Pacientes Graves - 13.pdf
JosPauloFerreiraVial
 
Emergências oncologias
Emergências oncologiasEmergências oncologias
Emergências oncologias
ctisaolucascopacabana
 
Irc 2014
Irc 2014Irc 2014
Irc 2014
Rubia Rettori
 
Emergência em diabéticos
Emergência em diabéticosEmergência em diabéticos
Emergência em diabéticos
Daniela Noleto
 
Aula de disturbios hidroeletrolíticos
Aula de disturbios hidroeletrolíticosAula de disturbios hidroeletrolíticos
Aula de disturbios hidroeletrolíticos
mariacristinasn
 
Cad e ehh
Cad e ehhCad e ehh
Cad e ehh
Bruna Camilotti
 
Equilíbrio ácido-básico. Profa. Carolina Coimbra Marinho Escola de Medicina _...
Equilíbrio ácido-básico. Profa. Carolina Coimbra Marinho Escola de Medicina _...Equilíbrio ácido-básico. Profa. Carolina Coimbra Marinho Escola de Medicina _...
Equilíbrio ácido-básico. Profa. Carolina Coimbra Marinho Escola de Medicina _...
Roberta Giovanini
 
Aula proteinúria e síndrome nefrótica.ppt
Aula proteinúria e síndrome nefrótica.pptAula proteinúria e síndrome nefrótica.ppt
Aula proteinúria e síndrome nefrótica.ppt
brulou29
 

Semelhante a DHE AULA .pptx (20)

DistúRbio HidroeletrolíTico E áCido BáSico
DistúRbio HidroeletrolíTico E áCido BáSicoDistúRbio HidroeletrolíTico E áCido BáSico
DistúRbio HidroeletrolíTico E áCido BáSico
 
Oficina 9 - HIDRATAÇÃO ENDOVENOSA UMA MODALIDADE TERAPÊUTICA COMUM E NECESSÁR...
Oficina 9 - HIDRATAÇÃO ENDOVENOSA UMA MODALIDADE TERAPÊUTICA COMUM E NECESSÁR...Oficina 9 - HIDRATAÇÃO ENDOVENOSA UMA MODALIDADE TERAPÊUTICA COMUM E NECESSÁR...
Oficina 9 - HIDRATAÇÃO ENDOVENOSA UMA MODALIDADE TERAPÊUTICA COMUM E NECESSÁR...
 
Challange of hyponatremia
Challange of hyponatremiaChallange of hyponatremia
Challange of hyponatremia
 
Challange of hyponatremia
Challange of hyponatremiaChallange of hyponatremia
Challange of hyponatremia
 
Alterações eletrolíticas
Alterações eletrolíticasAlterações eletrolíticas
Alterações eletrolíticas
 
Cetoacidose E Coma Hiperosmolar
Cetoacidose E Coma HiperosmolarCetoacidose E Coma Hiperosmolar
Cetoacidose E Coma Hiperosmolar
 
diabetes
diabetesdiabetes
diabetes
 
Apresentação
ApresentaçãoApresentação
Apresentação
 
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos DialíticosIRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
 
Condutas médicas no paciente com distúrbios eletrolíticos agudos.curso de con...
Condutas médicas no paciente com distúrbios eletrolíticos agudos.curso de con...Condutas médicas no paciente com distúrbios eletrolíticos agudos.curso de con...
Condutas médicas no paciente com distúrbios eletrolíticos agudos.curso de con...
 
Hiponatremia
HiponatremiaHiponatremia
Hiponatremia
 
Irc 2019
Irc 2019Irc 2019
Irc 2019
 
Pacientes Graves - 13.pdf
Pacientes Graves - 13.pdfPacientes Graves - 13.pdf
Pacientes Graves - 13.pdf
 
Emergências oncologias
Emergências oncologiasEmergências oncologias
Emergências oncologias
 
Irc 2014
Irc 2014Irc 2014
Irc 2014
 
Emergência em diabéticos
Emergência em diabéticosEmergência em diabéticos
Emergência em diabéticos
 
Aula de disturbios hidroeletrolíticos
Aula de disturbios hidroeletrolíticosAula de disturbios hidroeletrolíticos
Aula de disturbios hidroeletrolíticos
 
Cad e ehh
Cad e ehhCad e ehh
Cad e ehh
 
Equilíbrio ácido-básico. Profa. Carolina Coimbra Marinho Escola de Medicina _...
Equilíbrio ácido-básico. Profa. Carolina Coimbra Marinho Escola de Medicina _...Equilíbrio ácido-básico. Profa. Carolina Coimbra Marinho Escola de Medicina _...
Equilíbrio ácido-básico. Profa. Carolina Coimbra Marinho Escola de Medicina _...
 
Aula proteinúria e síndrome nefrótica.ppt
Aula proteinúria e síndrome nefrótica.pptAula proteinúria e síndrome nefrótica.ppt
Aula proteinúria e síndrome nefrótica.ppt
 

DHE AULA .pptx

  • 3. DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS • Sobre quais iremos comentar? • Hiponatremia • Hipernatremia • Hipopotassemia • Hiperpotassemia • Magnésio – pontos importantes
  • 4. SÓDIO • Contextualização: • Íon mais importante do espaço extracelular; • Responsável pela manutenção do volume do líquido extracelular; • Estreita relação entre a água e o sódio; • Níveis normais: Na+ = 135 a 145 mEq/L.
  • 5. HIPONATREMIA • Conceito: • Na+ < 135 mEq/L • Fatores de risco: • Idade > 75 anos • Mulheres • Uso de múltiplos medicamentos • Múltiplas comorbidades • Insuficiência renal
  • 6. HIPONATREMIA • Quadro Clínico: • Assintomática – na maioria das vezes (até a concentração de 125 mEq/L); • Sinais e sintomas nos casos graves: • Inespecíficos • Primariamente neurológicos • Relacionados à rapidez na mudança da concentração plasmática de sódio
  • 7. HIPONATREMIA • Quadro Clínico: • Sintomas: letargia, apatia, desorientação, cãimbras musculares, anorexia, náuseas e agitação. • Sinais: sensório anormal, reflexos profundos deprimidos, respiração de Cheyne Stokes, hipotermia, reflexos patológicos, paralisia pseudobulbar e convulsões. 09/11/2022
  • 8. HIPONATREMIA • Diagnóstico diferencial: • Pseudo hipo-Na+: Hipertrigliceridemia, MM; • Medicamentos: • Diuréticos tiazídicos • Antipsicóticos (clássicos e atípicos), benzodiazepínicos • Antidepressivos tricíclicos, tetracíclicos e atípicos, SSRI • Estabilizadores do humor e anticonvulsivantes (Lítio, Carbamazepina, Ác. Valpróico, Gabapentina, etc) • Opióides • Clorpropramida • Clofibrato
  • 9. HIPONATREMIA • Diagnóstico diferencial: • Estados edematosos: • Insuficiências (Renal, ICC, Hepática) • Irrigação vesical com água destilada • Diarréia com desidratação • Síndrome cerebral perdedora de sal • Hipotireoidismo • Epilepsia, Tumor cerebral, AVC
  • 11. HIPONATREMIA • Exames complementares: • Sódio sérico e urinário • Função renal • Glicemia • Medida da osmolaridade plasmática • Colesterol total e frações • Eletroforese de proteínas • Raio X de tórax • TC de crânio
  • 12. HIPONATREMIA • Conduta Terapêutica: • Suporte clínico • Tratar causa base • Aumentar sódio sérico com muita cautela, mediante fórmula de correção do sódio • Restrição hídrica associada ou não a diuréticos de alça – causas edematosas • Soro fisiológico – pctes desidratados • Evitar complicações – síndromes de desmielinização osmótica
  • 13. HIPONATREMIA • Conduta Terapêutica: • Δmáx do Na+ = 0,5 a 1 mEq/L/hora ou 10 mEq/24h Cálculo da água corporal total por sexo e idade SEXO E IDADE ÁGUA CORPORAL TOTAL Homem < 65 anos Peso (Kg) x 0,6 Homem > 65 anos Peso (Kg) x 0,5 Mulher < 65 anos Peso (Kg) x 0,5 Mulher > 65 anos Peso (Kg) x 0,45
  • 15. HIPONATREMIA • Modelo de prescrição: Paciente feminina, 64 anos, s/ comorbidades, apresenta rebaixamento do nível de consciência e sódio de 112 mEq/L. Peso: 69Kg. 1) Calcular água corporal total: 69 x 0,5 = 34,5 2) Quantidade de Na+ na solução: NaCl 3% = 513 3) Aplica-se a fórmula: Δ estimada de Na+ (10meq) = Na infundido – 112 34,5 + 1 Na infundido: 355 + 112  467 meq
  • 16. HIPONATREMIA • Modelo de prescrição: 4) Aplica-se, então, uma regra de 3: 1000ml NaCl 3% --- 513 mEq de Na+ x --- 467 mEq de Na+ x = 885 ml 5) Como preparar a solução de NaCl 3%: 1x NaCl 20% + 9x NaCl 0,9%
  • 17. HIPONATREMIA  Modelo de prescrição: 6) Prescrevendo: Reposição de sódio, para 24h de infusão: NaCl 3%, 2 fases, A=B, 440ml, IV, BIC, 36ml/h 09/11/2022
  • 18. HIPERNATREMIA • Contextualização: • É menos frequente do que a hiponatremia • Mais comum em pacientes: • muito jovens ou muito velhos • muito doentes, que não têm condição de ingerir líquido em resposta ao aumento de osmolalidade, o que provoca sede, devido a sua incapacidade física • Reposição inadequada de Na+ ou NaHCO3
  • 19. HIPERNATREMIA • Conceito: • Sódio plasmático > 145 mEq/L • Principais causas: • Medicamentos: furosemida, lítio, anfo-B • Alterações eletrolíticas: Ca++  ou K+  • Diurese osmótica por hiperglicemia • Doença renal intrínseca, fase poliúrica da NTA • Vômitos, diarréia, fístulas, SNG em aspiração • Perdas insensíveis – grandes queimados 09/11/2022
  • 20. HIPERNATREMIA • Quadro clínico: • Agitação, letargia e irritação espasmos musculares, hiperreflexia, tremores, ataxia • Fraqueza muscular e cãibras são comuns • Alteração de memória, confusão e alucinações podem estar presentes • Hipernatremia aguda é mais grave do que a crônica
  • 21. HIPERNATREMIA • Diagnóstico diferencial: • Doença neurológica (inviabilizando ingesta de água em resposta ao reflexo de sede) • Doença atual grave (sepse, pneumonia, hipercalcemia, hiperglicemia) • Doença neurológica ativa (AVC, encefalites) • Diabetes insipidus • Central – redução do ADH • Nefrogênico – incapacidade de concentrar urina
  • 22. HIPERNATREMIA • Exames complementares: • Sódio sérico Outros exames devem ser solicitados de acordo com a hipótese clínica. • Osmolaridade sérica e urinária • Função renal • Glicemia • K+ e Ca ++ séricos • TC de crânio
  • 23. HIPERNATREMIA • Conduta terapêutica: • Tratar a causa base (!) • Objetivos básicos: • Hidratação do paciente (pesar o doente) • Manutenção da volemia • Correção de instabilidades hemodinâmicas • Não permitir redução rápida/brusca do Na+
  • 24. HIPERNATREMIA  Conduta terapêutica:  Pesar o paciente + Tratar a doença primária  Após estabilização hemodinâmica: Hidratação com NaCl 0,45% Água potável por sonda nasogástrica  Como preparar 500ml dessa solução: SF 0,9% 250ml + AD 250ml ou NaCl 20% 10ml + AD 490ml (0,40%)
  • 25.
  • 26. HIPERNATREMIA Paciente feminina, 64 anos, s/ comorbidades, apresenta rebaixamento do nível de consciência e sódio de 168 mEq/L. Peso: 69Kg. • Aplica-se a fórmula: 1) Calcular água corporal total: 69 x 0,5 = 34,5 2) Quantidade de Na+ na solução: NaCl 0,45% = 77 3) Aplica-se a fórmula: Δ estimada de Na+ = 77 – 168 34,5 + 1 Na infundido:  -2,56 meq 1. Não reduzir o sódio plasmático mais do que 10 mEq/dia;
  • 27. HIPERNATREMIA  Conduta terapêutica: Aplica-se, então, a regra de 3: 1L NaCl 0,45% --- 2,56 mEq de Na+ x --- 10 mEq de Na+ x ~= 3900 ml Prescrevendo: Água potável, 150ml por SNG, de 3/3h NaCl 0,45% 2700ml, IV, BIC, 112ml/h
  • 28. POTÁSSIO • Contexto: • É o principal cátion intracelular • Os níveis séricos normais de potássio oscilam entre 3,5 a 5 mEq/l. • Necessário para: • formação do glicogênio; • síntese proteica; • correção do desequilíbrio acidobásico
  • 29. HIPOCALEMIA • Conceito: • K+ < 3,5 mEq/L • Causas: • Perdas Gastrintestinais – diarréia, vômitos • Perdas Geniturinárias – acidose tubular renal e outras doenças renais, doença de Cushing, uso de diuréticos • Ingestão insuficiente – desnutrição • Desvio iônico – alcalose metabólica.
  • 30. HIPOCALEMIA • Sinais e Sintomas: • Neuromusculares: fraqueza muscular, parestesias • Renais – concentração prejudicada, poliúria • Gastrintestinais – náuseas, íleo adinâmico • SNC – irritabilidade, letargia, coma • Cardíacos – arritmias: bigeminismo e/ou trigeminismo, onda U ao ECG
  • 31. HIPOCALEMIA  Conduta terapêutica: A reposição do K+ se faz de maneira empírica. Um esquema usual é a reposição de 40 (Periférico) a 60 mEq/L (central) por via EV em velocidades não maiores do que 30-40mEq/hora.  VO – preferível em K+ leve, e paciente estável: KCl xarope, K efervescente ou em comprimidos  EV – preferível em K+ severa, ou paciente grave: KCl 10% 03 FA + SF 0,9% 370ml, EV, infundir em BIC, em 03 horas. Ampola KCl 10%: 13 meq Ampola KCl 19,1%: 25 meq
  • 32.
  • 33. CT de Medicina de Urgência e Emergência CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM
  • 34. HIPERCALEMIA  Definição:  K+ > 5,0 mEq/L  Causas:  IRA / Acidose  Doença de Addison  Transfusões e hemólise  Lesões por esmagamento de membros e outras causas de degradação de proteínas  Grande ingestão de K+  Insuf. renal
  • 35. HIPERCALEMIA • Sintomas cardiovasculares ≈ K+: • Se K > 7 mEq: Bradicardia,  PA, FV, PCR • Se K ~ 5.8 mEq = T pontiaguda • Se K ~ 6,8 mEq = QRS alargado • Se K ~ 7.6 mEq = PR alargado
  • 37. HIPERCALEMIA  Conduta terapêutica:  Estabilizar a membrana celular quanto aos efeitos do K+: Gluconato de cálcio 10% 10 ml + SG 5% 100ml, IV, infundir em 30min.  Eliminação do potássio: ○ Resinas de troca iônica: Sorcal ½ envelope + água potável 200ml, VO ou por SNG 6/6h ○ Diuréticos de alça: Furosemida 20mg, 01 ampola EV de 6/6h ○ Diálise.
  • 38. HIPERCALEMIA  Conduta Terapêutica:  Redistribuição do potássio: ○ Solução polarizante (insulina + glicose): Glicose 50% 10 ampolas + Insulina Regular 10 UI, ev, infundir em 30 minutos ○ ß2-adrenérgicos: NBZ com fenoterol 10gts + SF 0,9% 03ml, agora e de 4/4h ○ Reposição de NaHCO3:  Fórmula de Ash: Peso x BE x 0.3  Metade do déficit deve ser reposto via EV em 15 a 20 min, e o restante em 24h.
  • 39. MAGNÉSIO • 2º cátion intracelular mais abundante • [ ] sérica normal varia de 1,5 a 2,4 mg/dL • Hipermagnesemia (Mg2+ > 2,4mg/dL) é rara • Causas de hipermagnesemia: • insuficiência renal • administração exógena de laxativos, antiácidos que contenham magnésio • Tratamento de eclampsia Obs: hipermagnesemia leve diminui o limiar convulsivo
  • 40. HIPERMAGNESEMIA •  Mg – sintomas: • náusea, vômitos, letargia, diminuição de reflexos tendinosos, hipotensão bradicardia e alterações eletrocardiográficas (aumento da duração do intervalo PR e do QRS) • Se  Mg grave: • parada respiratória, bloqueios AV, insuficiência cardíaca e óbito
  • 41. HIPERMAGNESEMIA • Conduta terapêutica –  Mg: • Cloreto de cálcio 0,5 a 1g em 5 a 10 minutos, em cateter central • Gluconato de cálcio 1 a 3 g (gluconato de cálcio 10% 1 ampola = 1g), endovenoso em 3 a 10 minutos (acesso pode ser periférico) • Diurético de alça • Hemodiálise casos refratários
  • 42. HIPOMAGNESEMIA  Principais causas de  Mg:  Desnutrição, diarréia, Sd. do intestino curto, fístula intestinal, malabsorção, etilismo, pancreatite aguda  Hipercalcemia, hipopotassemia  Nefropatia intersticial, poliúria pós necrose tubular, diurese pós-obstrução, uso de diuréticos tiazídicos ou de alça, uso de aminoglicosídeo...  Hipertireoidismo, hiperparatireoidismo, hiperaldosteronismo  Intoxicação por digoxina  Diabetes mellitus
  • 43. HIPOMAGNESEMIA • Conduta terapêutica –  Mg: • Reposição com MgSO4 50% • Soluções eletrolíticas, contendo magnésio (10 a 40 mEq/l/dia, durante o período de maior gravidade, seguindo-se manutenção com 10 mEq/dia).
  • 45. REFERÊNCIAS • VIEIRA NETO OM & MOYSÉS NETO M. Distúrbios do equilíbrio hidroeletrolítico. Medicina, Ribeirão Preto 36: 325-337, abr./dez. 2003. • ADROGUÉ HJ & MADIAS NE. Hypernatremia. New Engl J Med 342: 1493-1499, 2000. • ADROGUÉ HJ & MADIAS NE. Hyponatremia. New Engl J Med 342: 1581-1589, 2000