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Desastres Naturais: o anúncio do final dos tempos ou um chamado à ação?
 
Autor: Ricardo Pereira de Mattos
 
Mas daquele dia e hora ninguém sabe,
 nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai.
                                                Marcos, 13,32

 
Previsões sobre a proximidade da destruição completa do planeta em um determinado dia do futuro próximo têm
amedrontado a humanidade ao longo do tempo. Associar essa catástrofe a profecias, destino e previsões das escrituras
sagradas também vem sendo uma prática adotada por alguns escritores, jornalistas e cineastas da atualidade. Uma das
referências mais citadas por esses autores é o Livro da Revelação ou Apocalipse, de João, um dos apóstolos de Jesus
Cristo. Entretanto, essa interpretação não encontra apoio científico nem mesmo entre os teólogos, incluindo aqueles
[1]
responsáveis pela interpretação oficial dos textos sagrados. McKenzie, em seu Dicionário Bíblico (2003)
alerta que
não se deve enfatizar o termo “Dia”, pois a maioria das passagens bíblicas apresenta apenas o termo “Juízo”. Mesmo
assim, o próprio conceito de Juízo parece não estar muito claro e se mostra como um paradoxo, em especial no evangelho
de João, ao dizer que Deus não enviou seu filho para condenar o mundo, mas sim para salvá-lo. Embora reconheça que o
significado do juízo e seu lugar na fé cristã sejam temas de intermináveis discussões, McKenzie  reforça a idéia de que o
juízo é um momento na vida de cada pessoa e não um dia catastrófico para toda a humanidade.
 
[...]na realidade, somos julgados no momento em que aceitamos ou recusamos Cristo. Para cada homem,
“o dia do juízo” é o dia em que ele toma a decisão definitiva de aceitar ou rejeitar Jesus Cristo. Segundo a
concepção bíblica do juízo, os atributos e concretização do juízo de Deus se revelam no curso da vida
individual e da história. (MCKENZIE, 2003, p. 523)

 
[2]
Na mesma linha de pensamento, o Catecismo da Igreja Católica (1993, p. 253) ensina que: “Cada homem, na sua alma
imortal, recebe a sua retribuição eterna a partir de sua morte, em um Juízo Particular feito por Cristo, juiz dos vivos e dos
mortos”.
 
Portanto, os grandes desastres naturais que atingem o nosso país e o nosso planeta devem ser vistos como o fim daquele
mundo específico, ou seja, do mundo daqueles que sucumbiram aos efeitos catastróficos, perdendo os seus bens,
moradia, a própria vida ou a de seus familiares e amigos.
 
O que deve nos motivar quanto a esse tema, é o desafio de conhecermos os fenômenos geradores dos desastres
naturais, anteciparmos medidas preventivas e planejarmos ações de emergência para a minimização das perdas
humanas e materiais.
 
[3]
Segundo dados divulgados pelo portal Climatempo (2008) , cerca de 90% de todos os desastres naturais estão
relacionados ao clima e a água, destacando que no período de 1992 a 2001, os desastres naturais de todo o mundo
contabilizaram seiscentos e vinte e duas mil mortes e afetaram dois bilhões de pessoas. É importante destacar, entretanto,
que esses fenômenos não representam algo novo para a humanidade, cuja história está fortemente marcada por desastres
naturais e seus efeitos.  Mas o crescimento da população mundial e a sua grande concentração em determinadas regiões
vem fazendo com que as conseqüências sejam mais drásticas sob o ponto de vista de pessoas atingidas. Citando diversos
[4]
autores, Marcelino (2008) relata uma série de desastres naturais ao longo da história, entre os quais uma inundação na
China, que matou sete milhões de pessoas por afogamento e outros dez milhões por fome e doenças. Pouco tempo
depois, uma inundação na Alemanha, em 1362, matou cerca de cem mil pessoas. Outro exemplo terrível foi um
terremoto em Lisboa, Portugal, em 1755 que atingiu mais de 30.000 pessoas. Na Indonésia, em 1815, a erupção de um
vulcão levou à morte de cinqüenta e seis mil pessoas. Em nossa época, e ainda em nossas lembranças, o tsunami que
atingiu a Ásia, em dezembro de 2004, deixando mais de cento e setenta mil mortos, cinqüenta mil desaparecidos e
quinhentos mil desabrigados. No Brasil, ainda estamos tentando nos recuperar das enchentes que atingiram o Estado de
Santa Catarina e alguns meses depois, vários estados do Nordeste.
 
Ora, uma vez que esses desastres são originados por ocorrências climáticas, a situação atual torna-se mais preocupante,
pois muitas dessas mudanças climáticas estão sendo provocadas ou aceleradas pelo próprio homem. De acordo com as
[5]
informações divulgadas pelo IPCC - Painel Intergovernamental para Mudanças no Clima sabemos que:
 
É muito provável que a maior parte do aumento observado nas temperaturas médias globais desde
meados do século XX se deva ao aumento observado nas concentrações antrópicas de gases de efeito
estufa. Essa afirmação representa um avanço em relação ao relatório anterior, que concluiu que “é
provável que a maior parte do aquecimento observado ao longo dos últimos 50 anos se deva ao aumento
das concentrações de gases de efeito estufa”. Influências humanas discerníveis se estendem, agora, a
outros aspectos do clima, inclusive o aquecimento do oceano, temperaturas médias continentais,
extremos de temperatura e padrões do vento (IPCC, 2007).

 
Diante das informações passadas e atuais, sabemos que os desastres naturais continuarão acontecendo e a sociedade, se
por um lado deve conhecer a sua participação na construção desses cenários para adotar medidas preventivas que
diminuam a sua influência nessas mudanças, por outro deve estar preparada para enfrentar as conseqüências desses
fenômenos.
 
Para melhor conceituar os desastres, podemos utilizar a seguinte simplificação de sua classificação, proposta por
Marcelino (op.cit):
 
Naturais: são aqueles disparados pela intervenção direta de um fenômeno natural de grande intensidade. Exemplo: fortes
chuvas – inundação e escorregamentos, fortes ventos – vendaval, tornado e furacão, etc.
 
Humanos: são aqueles disparados pelas ações ou omissões humanas. Exemplo: acidente de trânsito, incêndios industriais,
contaminação de rios, rompimento de barragens.
 
Percebe-se que pode e há uma interface entre essas duas classificações, uma vez que a ação humana influencia, como
vimos, os fenômenos naturais; entretanto, é o disparador que caracteriza o evento. Sendo assim, há uma articulação
necessária e imprescindível para o enfrentamento dessa ameaça, envolvendo os cientistas, pesquisadores e técnicos, a
[6]
população e os agentes responsáveis pelas políticas públicas. Esta questão, bem explicitada por Beer et al. (2007) , está
relacionada com o papel da ciência nas políticas de decisão públicas, incluindo a forma como questões como o risco e a
incerteza, a qualidade e a quantidade de dados, influenciam quem usa a informação, que informação é necessária e com
que objetivo ela é utilizada. Os autores alertam que:
 
Apesar dos métodos científicos racionais prometerem uma ciência do risco e da sustentabilidade
melhorada, os cientistas não devem esquecer que as políticas públicas serão sempre fortemente
influenciadas pelo público e pela agenda política do dia. Tal significa que a implementação da gestão de
riscos (de forma a permitir viver de forma sustentável com uma perigosidade sempre presente) só pode
ser alcançada mediante a interacção da teoria e da prática. (BEER et al., 2007, p. 5)

 
Há uma grande quantidade de instituições trabalhando sobre o tema dos desastres naturais, suas origens, suas
perspectivas e seu controle. Talvez seja o momento de perguntarmos por que esses desastres ainda estão vitimando um
número tão grande de pessoas. E qual o papel de cada um de nós tanto no processo de conscientização quanto nas ações
exigidas.
 
Uma coisa é certa, o nosso futuro não está escrito ou decidido. Somos os construtores do nosso futuro. E o nosso futuro é
viver. Aliás, voltando aos textos sagrados, lembremos da mensagem cristã, descrita no evangelho do apóstolo João: "Eu
vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância" (João, 10,10).
 
Junho de 2009.
Ricardo Pereira de Mattos (ripemattos@ig.com.br) é engenheiro de segurança e professor, no Rio de Janeiro.
 
Depende de nós
Se esse mundo
Ainda tem jeito
Apesar do que
O homem tem feito
Se a vida sobreviverá...
(Ivan Lins e Vitor Martins)

Referências:
[1]
McKenzie, John L. Dicionário Bíblico. São Paulo: Paulus, 8ª edição, 2003, p 522-523.  
[2]
Catecismo da Igreja Católica. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 6ª edição, 1993.
[3]
Climatempo – Meio ambiente. Disponível em www.climatempo.com.br/meioambiente/. Acesso em abril de 2008.
[4]
MARCELINO, E.V. Desastres Naturais e Geotecnologias – Conceitos Básicos. Santa Maria, RS: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais –
INPE, 2008, p. 6-7.
[5]
Intergovernmental Panel on Climate Change – IPCC. Mudança do Clima 2007: a Base das Ciências Físicas - Sumário para os Formuladores
de Políticas. Tradução: Anexandra de Ávila Ribeiro. Disponível em < http://www.natbrasil.org.br/Docs/ipcc_2007.pdf>. Acesso em maio de
2008.
[6]
BEER et al. Desastres naturais - minimizar o risco, maximizar a consciencialização. Ciências da Terra. Tradução: PANGEO, Braga.
Portugal: Comissão Nacional da UNESCO, 2007, p. 10. Disponível em <http://www.yearofplanetearth.org/>. Acesso em maio de 2008.
 
 

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Desastres naturais: o anúncio do final dos tempos

  • 1. Visão Geral | Legislação | Livros | Faq do PPRA | Faq do PPP | Artigos | Links | Autor   Desastres Naturais: o anúncio do final dos tempos ou um chamado à ação?   Autor: Ricardo Pereira de Mattos   Mas daquele dia e hora ninguém sabe,  nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai.                                                 Marcos, 13,32   Previsões sobre a proximidade da destruição completa do planeta em um determinado dia do futuro próximo têm amedrontado a humanidade ao longo do tempo. Associar essa catástrofe a profecias, destino e previsões das escrituras sagradas também vem sendo uma prática adotada por alguns escritores, jornalistas e cineastas da atualidade. Uma das referências mais citadas por esses autores é o Livro da Revelação ou Apocalipse, de João, um dos apóstolos de Jesus Cristo. Entretanto, essa interpretação não encontra apoio científico nem mesmo entre os teólogos, incluindo aqueles [1] responsáveis pela interpretação oficial dos textos sagrados. McKenzie, em seu Dicionário Bíblico (2003) alerta que não se deve enfatizar o termo “Dia”, pois a maioria das passagens bíblicas apresenta apenas o termo “Juízo”. Mesmo assim, o próprio conceito de Juízo parece não estar muito claro e se mostra como um paradoxo, em especial no evangelho de João, ao dizer que Deus não enviou seu filho para condenar o mundo, mas sim para salvá-lo. Embora reconheça que o significado do juízo e seu lugar na fé cristã sejam temas de intermináveis discussões, McKenzie  reforça a idéia de que o juízo é um momento na vida de cada pessoa e não um dia catastrófico para toda a humanidade.   [...]na realidade, somos julgados no momento em que aceitamos ou recusamos Cristo. Para cada homem, “o dia do juízo” é o dia em que ele toma a decisão definitiva de aceitar ou rejeitar Jesus Cristo. Segundo a concepção bíblica do juízo, os atributos e concretização do juízo de Deus se revelam no curso da vida individual e da história. (MCKENZIE, 2003, p. 523)   [2] Na mesma linha de pensamento, o Catecismo da Igreja Católica (1993, p. 253) ensina que: “Cada homem, na sua alma imortal, recebe a sua retribuição eterna a partir de sua morte, em um Juízo Particular feito por Cristo, juiz dos vivos e dos mortos”.   Portanto, os grandes desastres naturais que atingem o nosso país e o nosso planeta devem ser vistos como o fim daquele mundo específico, ou seja, do mundo daqueles que sucumbiram aos efeitos catastróficos, perdendo os seus bens, moradia, a própria vida ou a de seus familiares e amigos.   O que deve nos motivar quanto a esse tema, é o desafio de conhecermos os fenômenos geradores dos desastres naturais, anteciparmos medidas preventivas e planejarmos ações de emergência para a minimização das perdas humanas e materiais.   [3] Segundo dados divulgados pelo portal Climatempo (2008) , cerca de 90% de todos os desastres naturais estão relacionados ao clima e a água, destacando que no período de 1992 a 2001, os desastres naturais de todo o mundo contabilizaram seiscentos e vinte e duas mil mortes e afetaram dois bilhões de pessoas. É importante destacar, entretanto, que esses fenômenos não representam algo novo para a humanidade, cuja história está fortemente marcada por desastres naturais e seus efeitos.  Mas o crescimento da população mundial e a sua grande concentração em determinadas regiões vem fazendo com que as conseqüências sejam mais drásticas sob o ponto de vista de pessoas atingidas. Citando diversos [4] autores, Marcelino (2008) relata uma série de desastres naturais ao longo da história, entre os quais uma inundação na China, que matou sete milhões de pessoas por afogamento e outros dez milhões por fome e doenças. Pouco tempo depois, uma inundação na Alemanha, em 1362, matou cerca de cem mil pessoas. Outro exemplo terrível foi um terremoto em Lisboa, Portugal, em 1755 que atingiu mais de 30.000 pessoas. Na Indonésia, em 1815, a erupção de um vulcão levou à morte de cinqüenta e seis mil pessoas. Em nossa época, e ainda em nossas lembranças, o tsunami que atingiu a Ásia, em dezembro de 2004, deixando mais de cento e setenta mil mortos, cinqüenta mil desaparecidos e quinhentos mil desabrigados. No Brasil, ainda estamos tentando nos recuperar das enchentes que atingiram o Estado de
  • 2. Santa Catarina e alguns meses depois, vários estados do Nordeste.   Ora, uma vez que esses desastres são originados por ocorrências climáticas, a situação atual torna-se mais preocupante, pois muitas dessas mudanças climáticas estão sendo provocadas ou aceleradas pelo próprio homem. De acordo com as [5] informações divulgadas pelo IPCC - Painel Intergovernamental para Mudanças no Clima sabemos que:   É muito provável que a maior parte do aumento observado nas temperaturas médias globais desde meados do século XX se deva ao aumento observado nas concentrações antrópicas de gases de efeito estufa. Essa afirmação representa um avanço em relação ao relatório anterior, que concluiu que “é provável que a maior parte do aquecimento observado ao longo dos últimos 50 anos se deva ao aumento das concentrações de gases de efeito estufa”. Influências humanas discerníveis se estendem, agora, a outros aspectos do clima, inclusive o aquecimento do oceano, temperaturas médias continentais, extremos de temperatura e padrões do vento (IPCC, 2007).   Diante das informações passadas e atuais, sabemos que os desastres naturais continuarão acontecendo e a sociedade, se por um lado deve conhecer a sua participação na construção desses cenários para adotar medidas preventivas que diminuam a sua influência nessas mudanças, por outro deve estar preparada para enfrentar as conseqüências desses fenômenos.   Para melhor conceituar os desastres, podemos utilizar a seguinte simplificação de sua classificação, proposta por Marcelino (op.cit):   Naturais: são aqueles disparados pela intervenção direta de um fenômeno natural de grande intensidade. Exemplo: fortes chuvas – inundação e escorregamentos, fortes ventos – vendaval, tornado e furacão, etc.   Humanos: são aqueles disparados pelas ações ou omissões humanas. Exemplo: acidente de trânsito, incêndios industriais, contaminação de rios, rompimento de barragens.   Percebe-se que pode e há uma interface entre essas duas classificações, uma vez que a ação humana influencia, como vimos, os fenômenos naturais; entretanto, é o disparador que caracteriza o evento. Sendo assim, há uma articulação necessária e imprescindível para o enfrentamento dessa ameaça, envolvendo os cientistas, pesquisadores e técnicos, a [6] população e os agentes responsáveis pelas políticas públicas. Esta questão, bem explicitada por Beer et al. (2007) , está relacionada com o papel da ciência nas políticas de decisão públicas, incluindo a forma como questões como o risco e a incerteza, a qualidade e a quantidade de dados, influenciam quem usa a informação, que informação é necessária e com que objetivo ela é utilizada. Os autores alertam que:   Apesar dos métodos científicos racionais prometerem uma ciência do risco e da sustentabilidade melhorada, os cientistas não devem esquecer que as políticas públicas serão sempre fortemente influenciadas pelo público e pela agenda política do dia. Tal significa que a implementação da gestão de riscos (de forma a permitir viver de forma sustentável com uma perigosidade sempre presente) só pode ser alcançada mediante a interacção da teoria e da prática. (BEER et al., 2007, p. 5)   Há uma grande quantidade de instituições trabalhando sobre o tema dos desastres naturais, suas origens, suas perspectivas e seu controle. Talvez seja o momento de perguntarmos por que esses desastres ainda estão vitimando um número tão grande de pessoas. E qual o papel de cada um de nós tanto no processo de conscientização quanto nas ações exigidas.   Uma coisa é certa, o nosso futuro não está escrito ou decidido. Somos os construtores do nosso futuro. E o nosso futuro é viver. Aliás, voltando aos textos sagrados, lembremos da mensagem cristã, descrita no evangelho do apóstolo João: "Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância" (João, 10,10).   Junho de 2009. Ricardo Pereira de Mattos (ripemattos@ig.com.br) é engenheiro de segurança e professor, no Rio de Janeiro.   Depende de nós Se esse mundo Ainda tem jeito
  • 3. Apesar do que O homem tem feito Se a vida sobreviverá... (Ivan Lins e Vitor Martins) Referências: [1] McKenzie, John L. Dicionário Bíblico. São Paulo: Paulus, 8ª edição, 2003, p 522-523.   [2] Catecismo da Igreja Católica. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 6ª edição, 1993. [3] Climatempo – Meio ambiente. Disponível em www.climatempo.com.br/meioambiente/. Acesso em abril de 2008. [4] MARCELINO, E.V. Desastres Naturais e Geotecnologias – Conceitos Básicos. Santa Maria, RS: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, 2008, p. 6-7. [5] Intergovernmental Panel on Climate Change – IPCC. Mudança do Clima 2007: a Base das Ciências Físicas - Sumário para os Formuladores de Políticas. Tradução: Anexandra de Ávila Ribeiro. Disponível em < http://www.natbrasil.org.br/Docs/ipcc_2007.pdf>. Acesso em maio de 2008. [6] BEER et al. Desastres naturais - minimizar o risco, maximizar a consciencialização. Ciências da Terra. Tradução: PANGEO, Braga. Portugal: Comissão Nacional da UNESCO, 2007, p. 10. Disponível em <http://www.yearofplanetearth.org/>. Acesso em maio de 2008.