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Prof. Antonio Fernando de Araújo Navarro Pereira
1
Programas de Gerenciamento de Riscos
NOTAS DE AULA DO CURSO DE CIÊNCIAS ATUARIAIS
Métodos de dimensionamento das perdas causadas por um incêndio
Cálculos da Perda Normal Esperada, do Dano Máximo Provável e da Perda Máxima Admissível
Resumo:
Por inúmeras vezes o Atuário poderá se deparar com questões do tipo: O que se deve
fazer para que exista a proteção eficiente de um ambiente contra o risco de incêndio? Como um
incêndio pode ser extinto ou contido? Qual será o equipamento mais adequado para a prevenção e
combate a incêndios?
As perguntas quase sempre surgem quando: são estocados ou acondicionados no
ambiente materiais perigosos pela sua natureza, quanto a reações exotérmicas, materiais ou substâncias
explosivas; existam sistemas computacionais, equipamentos de monitoramento e controle de
processos, entre outros.
As técnicas empregadas quase sempre utilizam critérios técnicos de avaliação do
ambiente, da forma de acondicionamento dos produtos e a existência de dispositivos de prevenção e
combate [os equipamentos de detecção e combate a incêndios são assim considerados como aqueles de
aviso das ocorrências - sensores, e aqueles que debelam chamas, seja através de resfriamento,
isolamento ou abafamento, processos esses normais no controle de um incêndio].
Para que se possa avaliar a relação custos versus benefícios da implantação desses
sistemas podem ser empregadas técnicas de análise de riscos, muitas vezes utilizadas no mercado
segurador para se mensurar o grau de risco de um ambiente, com fins de precificação de perdas. Essas
avaliações tendem a ser classificadas conforme a proposta do avaliador.
Palavras-chave: Gerenciamento de Riscos, Emprego de softwares de gestão, definição de Dano
Máximo Provável.
1
Licenciado em Física e Matemática, Engenheiro Civil, pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho e em
Proteção de Sistemas Elétricos, Mestre em Saúde e Meio Ambiente, Especialista em Gerenciamento de Riscos com mais
de 40 anos de atuação, principalmente no segmento industrial, tendo atuado como Perito do Instituto de Resseguros do
Brasil entre os anos de 1978 a 1998, Professor Concursado da Universidade Federal Fluminense, lecionando aulas no
Curso de Ciências Atuariais.
Prof. Antonio Fernando de Araújo Navarro Pereira
Anotación de aulas de Gestión del Riesgo de curso de Ciencias Actuariales
Métodos de escalamiento de las pérdidas causadas por incendio, Pérdida Normal
Esperada, de los Daños Máximos Probables y da Pérdida Máxima Permisible
Resumen:
Por innumerables veces el Actuario puede hacer frente a preguntas como: ¿Qué debe hacerse para la
protección efectiva de un medio ambiente contra los riesgos de incendio? ¿Cómo un incendio puede
ser extinguido o contenido? ¿Cuál será el equipo más adecuado para prevención y lucha contra el
fuego? Las preguntas casi siempre se presentan cuando: se siembran o empaquetado de materiales
peligrosos en el medio ambiente por su propia naturaleza, como las reacciones exotérmicas, materiales
o sustancias explosivas; Hay sistemas computacionales, monitoreo de equipos y control de procesos,
entre otros.
Las técnicas empleadas casi siempre utilizan criterios técnicos para la evaluación del medio ambiente,
la forma de embalaje de productos y dispositivos para prevenir y combatir [equipos de detección y
lucha contra incendios se consideran como los de huelgas y sensores de advertencia y los que debelan
as llamas, ya sea a través de la refrigeración, aislamiento o congestión, estos procesos normales en
controlar un incendio]. Con el fin de evaluar el costo versus los beneficios de la implementación de
estos sistemas pueden emplearse técnicas de análisis de riesgo, de uso frecuente en el mercado, para
medir el grado de riesgo de un entorno de los emprendimientos, de los efectos de las pérdidas y da
fijación de precios das coberturas. Estas evaluaciones tienden a ser clasificadas según la propuesta del
evaluador e conforme las técnicas empregadas.
Palabras clave: Gestión de Riesgos, Software de Gestión de Trabajo, Daño Máximo Probable.
Apresentação:
Dentre as inúmeras técnicas empregadas nas análises de riscos, com fins de
identificação dos riscos, avaliação das perdas e precificação dos prejuízos, há metodologias bastante
distintas, utilizadas nas análises das perdas, especificamente, as que identificam os riscos em função
das atividades principais desenvolvidas em cada ambiente, etc..
Aqui tratar-se-á do Risco Incêndio, por ser um risco relevante, não só com relação à
frequência das ocorrências, como também à severidade das perdas, e um evento que ocorre por causas
provocadas, que tem a probabilidade de ocorrer em praticamente todas as instalações acobertadas por
seguros, e, a partir daí, iniciar associações entre eventos e perdas para a precificação dos prejuízos.
A proposta de precificação dos prejuízos, ou invés da identificação dos meios de
detecção e de combate aos eventos se dá, principalmente, para que se tenha uma avaliação mais
confiável e, com esses indicadores ou métricas, terem-se elementos de balização para a escolha dos
equipamentos de detecção e combate a incêndios mais adequados e compatíveis com os riscos
existentes, assim como para o estabelecimento de critérios técnicos para a aceitação dos riscos.
Antes que um evento se manifeste, provocando perdas ou danos, pode assumir
distintas configurações perceptíveis por aqueles entendidos nos critérios de avaliação de riscos. Uma
barragem, antes de romper-se pode apresentar em sua estrutura o surgimento de fissuras ou rachaduras.
Um prédio, antes de desabar, apresenta um carregamento anormal na estrutura mais próxima do solo
com pequenas deformações estruturais. Um incêndio antes de iniciar, precisa de abundância de
materiais inflamáveis ou combustíveis, em ambientes onde exista nível de oxigênio em percentual
acima de 19% de dissolução na atmosfera local, e da presença de fontes de calor, representadas por
chamas abertas e ou produção de fagulhas. Se essas fontes de calor estiverem no mesmo nível
requerido para os materiais combustíveis ou inflamáveis entrarem em combustão tem-se o incêndio.
Especificamente quanto a esse risco, não basta apenas a existência de materiais combustíveis ou
inflamáveis + calor em quantidade capaz de inflamar os materiais + teor de oxigênio que possibilite a
oxidação dos materiais e, acima de tudo, do que denominamos de "momento", ou de como todos esses
cenários estão dispostos para que o incêndio se manifeste.
Quando um incêndio ocorre esse pode se auto extinguir na medida em que não haja
mais materiais para a combustão, ou quando o nível de oxigênio dissolvido na atmosfera fique
reduzido. Por outro lado, se não existirem essas condicionantes, o incêndio poderá continuar existindo,
alastrando-se a outros ambientes. Caso as premissas anteriores voltem a ocorrer, ou entre em ação os
dispositivos automáticos ou manuais de prevenção e combate a incêndios, haverá grande tendência do
incêndio ser controlado e extinto. Se, em continuidade, esses fatores inibitórios não mais puderem ser
empregados, ocorrerá o descontrole da ignição com perdas acentuadas ou massivas. Nesses casos,
chegar-se-á à perda total do conteúdo existente no ambiente, e, eventualmente, da destruição de grande
parte da construção ou da fragilização da construção. Na evolução dos cenários, especificamente ao
risco incêndio, têm-se três degraus de evolução, a saber:
• Perda Normal Esperada, ou PNE. Caracterizada como a perda verificada ao longo do processo
em função da própria atividade de transformação, facilmente debelada, seja com o emprego de
um simples jato de extintor de incêndio, seja com o isolamento do material que está em início
de combustão, ou através do abafamento do ambiente, ou confinamento. Os Atuários costumam
precificar essas perdas para determinar o valor da "franquia2
" do seguro.
• Dano Máximo Provável ou DMP. Valor médio dos danos provocados por incêndios, supondo
que esse venha a ser identificado precocemente, combatido e debelado com os recursos
existentes na própria empresa, assim como não haja o recrudescimento das chamas. O DMP
parametriza o valor usual ou médio das indenizações, também conhecido como indenização
média, ou média dos prejuízos ocorridos.
• Perda Máxima Admissível ou PMA. Essa perda é representada pelo maior dano ocorrido e
extinto naturalmente supondo que todos os recursos de combate a incêndio existentes na
empresa ou não foram empregados ou foram insuficientes e, em assim sendo, o incêndio
extinguiu-se, seja porque não mais existirão materiais a serem consumidos pelas chamas ou
porque os dispositivos de prevenção e combate se mostraram ineficientes. Os valores da PMA
são importantes para a definição de estratégias de negociação dos excessos de danos em
operações de resseguro e mesmo para a inserção das "Participações Obrigatórias dos
Segurados".3
O norte das ações de precificação deve levar em consideração esses três parâmetros
de cenários, necessários para a definição dos limites de perdas – stop of loss4
, na fixação das franquias
ou participações obrigatórias do segurado, ou para a determinação dos níveis de cosseguro e ou
resseguro, para limitar a exposição às perdas da seguradora líder.
Assim, este artigo tem o propósito de tratar dessas questões, abordando muito
particularmente o Dano Máximo Provável, utilizando para tal e tendo como referência trabalho
publicado por: Navarro, A.F.. O Efeito do Dano Máximo Provável sobre o Seguro: Utilização de
softwares específicos, Revista Cadernos de Seguros da FUNENSEG, 19, Ano XIII, n° 78,
mar/abr/1995.
2
Parcela deduzida do valor da indenização que contratualmente é assumida pelo segurado.
3
POS é definida como o valor da participação do segurado em cada evento ocorrido, ou no somatório de eventos
ocorridos que possam ter a mesma causa.
4
From the Encyclopedia of Actuarial Science. John Wiley & Sons, Ltd, 2004, Stop loss is a nonproportional type of
reinsurance and works similarly to excess-of-loss reinsurance. While excess-of-loss is related to single loss amounts,
either per risk or per event, stop-loss covers are related to the total amount of claims X in a year – net of underlying
excess-of-loss contracts and/or proportional reinsurance.
Para a composição desse artigo o autor se baseou em sua experiência de
gerenciamento de riscos em cerca de 350 indústrias, quando então avaliava o grau de segurança e de
eficácia dos equipamentos de detecção e combate a incêndios para a área de seguros5
, especificamente
para a retenção dos riscos pelas próprias resseguradoras e seguradoras. Essas atividades de
gerenciamento de riscos ocorreram no período de 1978 a 1895, período em que o autor coletou os
dados compilados e os configurou para a elaboração do projeto de desenvolvimento de software, em
época na qual ainda não existia uma tradição do emprego de tecnologias de informática para o
tratamento de dados, em parceria com a MTL Engenharia Ltda., empresa que já vinha elaborando
softwares para vários fins aplicados à indústria de petróleo, e, especialmente, para o projeto de torres
de queimadores (flares) para a queima de resíduos de processo de refino, através de cálculos de
deslocamento e velocidade de queda de "plumas".
O artigo, transformado em Notas de Aula, não trata especificamente dos dados
coletados durante as pesquisas, mas sim, traduz em valores parametrizados, o que se pede detectar nas
inspeções de Gerenciamento de Riscos, e durante a análise de sinistros ocorridos.
5
Época em que atuava em Comissões Técnicas da Federação das Seguradores, especificamente a Comissão Especial de
Instalação de Chuveiros Automáticos Contra Incêndios – CEICA, representava o Mercado Segurador em Comissões
Técnicas específicas da ABNT na elaboração de normas e procedimentos de equipamentos de incêndio, também
representava o mesmo Mercado em Comissão Técnica do INMETRO, para o registro das normas técnicas elaboradas pela
ABNT, e atuava como Gerente de Riscos de Grupo Segurador Brasileiro, tendo a oportunidade de desenvolver inúmeros
produtos de seguros aprovados pelo Ressegurador Oficial e pela Superintendência de Seguros Privados – SUSEP.
1. INTRODUÇÃO
A determinação do Dano Máximo Provável, para aplicação na taxação de seguros,
especialmente o provocado por incêndios, sempre foi complexa, visto que a sua conceituação era
variável de acordo com o grau de conhecimento do engenheiro ou gerente de riscos das empresas,
assim como da existência de inúmeros parâmetros técnicos que deveriam ser apurados. De modo
bastante simplificado, apresentam-se alguns parâmetros ou informações que devem ser obtidos e
analisados:
1. Tipos de materiais existentes no ambiente;
2. Formas de armazenamento desses materiais;
3. Características dos contenedores dos materiais;
4. Volumes dos materiais armazenados e em processamento;
5. Existência de depósitos, mesmo que temporários, de produtos intermediários e finais;
6. Existência de meios de transporte de materiais e dos riscos que esses possam representar para os
materiais isolados, ou em mistura e os produtos acabados;
7. Experiência da empresa quanto a atuação segura de seu processo de manufatura ou transformação;
8. Características físico-químicas dos materiais de per si e quando em mistura;
9. Características dos equipamentos do processo;
10. Características dos controles dos equipamentos dos processos;
11. Grau de manutenção dos equipamentos de processo;
12. Formas de manutenção e periodicidade;
13. Capacidade de reposição parcial ou total de equipamentos críticos do processo;
14. Meios para se desviar parte dos materiais em processamento para outras áreas menos inseguras,
durante a ocorrência de um sinistro;
15. Temperaturas máximas e de processo gerado durante a manipulação dos materiais;
16. Formas de controle das reações do processo;
17. Existência de contra-medidas para interromper as reações entre materiais ou do processo de
transformação;
18. Grau de capacitação dos operadores;
19. Níveis de supervisão das operações;
20. Existência de compartimentações de áreas e ou de equipamentos;
21. Existência de equipamentos e ou dispositivos de controle de ignição;
22. Existência de confinamentos de áreas;
23. Existência de áreas seguras para a remoção dos produtos produzidos durante a ocorrência de um
incêndio ou de outro evento que possa ser contributário de um incêndio;
24. Existência de apoio externo para o atendimento a eventuais sinistros, etc..
Como pode ser observado nos itens listados, requer-se do engenheiro que irá
empreender as atividades de gerenciamento de riscos um bom conhecimento sobre processos
industriais, sobre equipamentos de produção, sobre segurança de processos, sobre equipamentos de
combate a incêndio e suas atuações, sobre logística de produção, sobre análise estrutural, entre outros
conhecimentos, requerendo-se, muitas vezes, e até pelas dificuldades que se apresentam nas análises,
da presença de equipes de profissionais especializados em várias áreas de conhecimento técnico.
Por inúmeras vezes verificou-se que os valores constantes dos relatórios de inspeção
do Ressegurador para o DMP, abrangendo cada um dos riscos isolados, eram aceitos e reproduzidos
pelas seguradoras, sem qualquer questionamento, mesmo que contivessem informações do tipo:
DMP da planta 15 = 12%
Qual o parâmetro ou metodologia empregada que permitia chegar a esse grau de
precisão de uma perda tão complexa? Durante anos buscamos obter informações acerca do assunto,
inclusive da existência de parâmetros que possibilitassem uma avaliação consistente do risco ou riscos.
Porém, nenhum desses se reportando à determinação do DMP. Creditamos a não existência dessas
ferramentas de avaliação à complexidade de um incêndio, onde a quantidade de variáveis a ser
pesquisada é muito grande. Em uma linguagem mais acadêmica, pode se afirmar que o número de
incógnitas é sempre maior do que o número de equações. O que fazer então?
Inicialmente, busca-se tornar algumas dessas variáveis fatores conhecidos, através da
fixação de valores razoáveis, ou variáveis, fruto de experiências vivenciadas nessa área, como por
exemplo:
• Tempo de detecção do princípio do incêndio ou mesmo a identificação de um incêndio em seu
início - manifestada pela produção de calor, com o aumento da temperatura ambiente, a geração
de correntes de ar ascensionais, ou a produção de gases, fumos ou materiais particulados;
• Ambiente em que o incêndio estava se propagando – se aberto, fechado, interligado a outros, e
demais itens que poderia indicar o modo de deslocamento do incêndio;
• Dispositivos de prevenção existentes no risco – importantes não só para a identificação da
ocorrência como também para o combate e mesmo a extinção do evento.
A partir do momento em que se começou a simplificar a quantidade de variáveis o
trabalho tornou-se menos complexo. Não quer dizer com isso que se esteja abrindo mão da técnica em
função de uma fórmula simplicista. Muito pelo contrário, querer-se-á iniciar um processo no qual à
proporção que a metodologia for sendo empregada, possa ser paulatinamente aprimorada, até que
esteja bastante completa.
Só mais recentemente começaram a surgir softwares [daí a razão dessa formal
associação com a empresa MTL Engenharia Ltda.], que contava em seu quadro técnico de profissionais
experientes nas atividades industriais e que já vinham desenvolvendo programas computacionais, logo
após haverem sido disponibilizados computadores, isso porque essa parceria foi estabelecida em 1995.
2. FORMULAÇÃO DA SITUAÇÃO-PROBLEMA
Por muitos anos a definição do que seria o Dano Máximo Provável foi discutida
pelos técnicos de seguros, por ser este um parâmetro importante para o aumento da retenção dos riscos
pelas seguradoras e resseguradoras, assim como do que poderia ser retido, em termos de
responsabilidades financeiras pelas empresas. Quando uma empresa possui um risco elevado, por
exemplo, a possibilidade de ocorrência de incêndio em um galpão industrial, a explosão em um parque
de tancagem, o rompimento de uma barragem de rejeitos, e mesmo ainda o alagamento por
transbordamento, de um rio em uma área de estocagem, quase sempre a primeira intenção é a
contratação de apólice de seguros para acobertar esses riscos. Tanto o segurador (empresa seguradora),
quanto o ressegurador, avaliam o risco dessa aceitação e elaboram uma precificação, a qual, aplicada
sobre o montante de bens em risco fornece o prêmio ou valor da apólice de seguros. A indústria,
segurador, da mesma maneira que o segurador, também avalia o quanto pode perder em bens e valores
por ocasião da ocorrência de um evento dessa natureza – sinistro. Quando os valores perdidos são
menores do que os custos com o seguro as empresas retêm essas responsabilidades. Ao contrário,
transferem essas responsabilidades (riscos) para a(s) seguradora(s). Por isso é importante a
determinação tanto mais precisa quanto o possível do Dano Máximo Provável. Em função do
percentual indicado pelo inspetor de riscos a retenção poderia ser ampliada em até 4 vezes. Entretanto,
face às peculiaridades de cada risco, bem como ao comportamento dos incêndios, com inúmeras
variações em termos de evolução, fica extremamente difícil precisar-se quais os itens relevantes a
serem considerados. Por exemplo, para o estudo de um incêndio é importante se conhecer: volume dos
materiais estocados; características da forma de estoque e do ambiente onde as mercadorias ou
instalações estão depositadas; tipo de material que está sendo consumido pelo fogo (combustível,
inflamável, tóxico, ácido, etc.); local onde está ocorrendo o incêndio; compartimentações do local;
distância do local a outras instalações vulneráveis; condições ambientes internas e externas; umidade
do ar; temperatura ambiente e externa; correntes de vento externas; formas de renovação do ar
ambiente; dispositivos de prevenção e combate a incêndios; existência de equipes de combate a
incêndio e nível de capacitação e liderança, etc..
3. CONCEITOS
O Dano Máximo Provável é o maior dano que se verifica entre o lapso de tempo
decorrente do início de um incêndio até a sua completa extinção. Na verdade, todos os danos ou perdas
que se verificam nesse lapso de tempo devem ser somadas, para a determinação do DMP. Uma
seqüência elementar do processo é a que se segue:
• início do incêndio;
• detecção;
• formação da equipe de combate;
• início da debelação do fogo;
• controle do fogo;
• extinção do incêndio.
Em todos os processos de detecção e combate a incêndios podem ser empregados
sistemas e equipamentos que demandem da participação humana ou não para o acionamento e
utilização. Caso haja o envolvimento do homem, como no emprego de extintores e hidrantes, o tempo
de resposta, tanto para a detecção quanto para o combate é mais longo. Os dispositivos podem ser
ativos, quando combatem ou permitem o combate a incêndios, e passivos, quando apenas detectam, ou
protegem as estruturas e equipamentos.
O DMP difere da Perda Máxima Admissível porque nessa última o incêndio deve
auto extinguir-se. Como empregado hoje o Dano Máximo Provável é indicado sob a forma de um
percentual para cada planta ou risco isolado segurado, representando o quanto de material poderá ser
perdido nas condições já citadas.
Atualmente não há uma fórmula ou um método matemático que permita se chegar a
esses percentuais com alguma margem de segurança. Os peritos costumam utilizar nos seus relatórios
suas experiências pessoais e conhecimentos técnicos adquiridos.
Um relatório elaborado por um inspetor com muita experiência contém dados muito
mais confiáveis do que o elaborado por outro inspetor sem a mesma experiência. Isso não que dizer
que o mais inexperiente não esteja empregando as metodologias apropriadas para cada caso. Quer dizer
sim, que na ausência de fórmulas que independem da experiência de cada um o conhecimento
individual é muito importante.
Como dito o DMP é igual à perda verificada entre o início do incêndio e sua
completa debelação. Há que se considerar a existência de um tempo entre cada uma das etapas do
processo. Pode-se dizer que:
DMP =f(t2 - t1)
Onde:
t1 = tempo inicial do surgimento do incêndio
t2 = tempo final correspondente à extinção do incêndio
A diferença entre t2 e t1 significa o tempo em que o incêndio "durou". Ressalta-se
que antes de t1 não deveria existir incêndio e depois de t2 não existirá incêndio, da mesma causa ou
origem. Assim, exclui-se a reinflamação.
A função é direta na medida em que quanto maior for esse maior será o prejuízo
verificado. Por exemplo, suponhamos que um detector de incêndio esteja calibrado para um tempo de
resposta de 30 segundos. Após o disparo do alarme na central, o tempo de resposta da brigada de
incêndio seja de 60 segundos. O OK pelos membros da brigada de combate a incêndios ocorra após 60
segundos, e, finalmente, o combate esteja concluído em 120 segundos. Então o tempo total despendido
será o somatório de cada um dos tempos indicados, redundando em 270 segundos.
Se o tempo de resposta for maior do que 270 segundos todos os demais tempos
envolvidos também o serão, pois está se somando cada tempo individualizado. Com isso os resultados
diferirão dos inicialmente previstos. Se o socorro demora a chegar os prejuízos serão maiores.
Para o cálculo da função tempo deve ser considerar o tempo de cada uma das fases
do processo. O DMP será exposto pelo conjunto de perdas que se verifiquem durante esse tempo.
Tf = ti + t2 + t3 + t4
A forma como os materiais se encontram influencia não só o tempo de combustão
como o modo em que essa se processa. O algodão solto queima muito mais facilmente do que o
algodão em fardos. A serragem da madeira queima muito mais fácil do que uma tora de madeira. O
óleo Diesel queima mais facilmente do que o óleo de soja, apesar de ambos apresentarem
características físicas de óleo. Face à variedade de materiais deve-se grupá-los de acordo com suas
propriedades, como por exemplo:
• sólidos combustíveis;
• sólidos inflamáveis;
• líquidos combustíveis;
• líquidos inflamáveis;
• gases combustíveis.
Algumas das classificações internacionais explicitam a diferenciação entre os
materiais de acordo com pontos de fulgor, ou outros parâmetros. Por exemplo, a National Fire
Protection Association" (NFPA), para a identificação de Riscos de Incêndio de Produtos, considera:
• líquidos insolúveis em água com ponto de fulgor abaixo de 76,6ºC (petróleo, benzeno,
querosene, estireno, tolueno, xileno, naftaleno, etc.)
• líquidos solúveis em água com ponto de fulgor abaixo de 76,6ºC (acetaldeido, acetona, a1cools
metílico, etílico e butílico, dissulfeto de carbono, éter vinílico, etc.)
• líquidos insolúveis em água com ponto de fulgor acima de 76,6ºC (óleos lubrificantes, óleos
APF, óleos vegetais, etc.)
• líquidos solúveis em água com ponto de fulgor acima de 76,6ºC (glicerol, benzil, acetatos,
dietilenoglicol, dipropilenoglicol, dietilcarbitol, dimetoxitetraglicol, etileno, metilglicol, etc.)
Deve ser destacado que o risco do armazenamento não diz respeito somente às
características do produto, da forma de como é armazenado e da possibilidade de inflamar-se mais
facilmente. Existem produtos que quando em contato com a água reagem violentamente, amplificando
as perdas e danos. Também há produtos que quando misturados com outros produtos, tendo como
solvente a água de combate a incêndio podem reagir, quimicamente, de forma violenta, produzindo
vapores tóxicos ou inflamáveis.
Voltando à igualdade anterior, com o acréscimo da função Material (M), tem-se:
DMP = f(t), f(M)
Para obtenção do DMP outro fator importante é o ambiente (A) em que o incêndio
ocorre. Muitas vezes dizemos que o DMP é uma fotografia instantânea de uma dada situação.
Se considerarmos o incêndio ocorrendo em uma sala com as portas e janelas fechadas teremos um
resultados final. Se a porta ou alguma das j anelas for aberta o resultado será outro. Os ambientes
podem ser considerados como:
• abertos;
• fechados, com ventilação natural;
• fechados, com ventilação contínua;
• fechados, sem ventilação.
Com a adição do fator ambiente tem-se:
DMP = f(t), f(M), f(A)
Um novo item que deve constar da igualdade é o fator prevenção (P). De nada
adianta um rápido atendimento ao incêndio se não há equipamentos para combatê-lo. Com isso chega-
se a:
DMP = f(t), f(M), f(A), f(P)
Onde:
f(t) = função do tempo
f(M) = função dos materiais envolvidos
f(A) = função do ambiente onde o fogo surgiu
(P) = função de sistemas de prevenção existentes no local
Se a análise for feita de forma crítica poder-se-á até mesmo dispensar a função ambiente. Assim sendo,
tem-se:
DMP = f(t), f(M), f(P)
O DMP é uma função direta do tempo. Quanto maior o tempo gasto maior será o
dano. Da mesma forma, quanto mais favorável ao incêndio for o material maior será o prejuízo ou a
perda. Contrariamente, quanto maior for o nível de prevenção menor será a perda. Com isso, nossa
igualdade passa a ser:
DMP = f(t), f(M), f(i/P)
Encontrar-se uma fórmula onde se adicione todos os parâmetros requeridos não é
uma das tarefas mais fáceis, já que são vários os fatores a serem considerados, cujas associações entre
si não estão ainda totalmente estudadas ou conhecidas. Os riscos envolvendo inflamáveis líquidos já
estão em um nível bem adiantado de estudo, o mesmo não ocorrendo com os demais riscos.
A evolução da informática nos permite concluir que dentro de pouco tempo nosso
desejo será realizado. Enquanto não chegarmos a esse nível podemos sugerir o que se segue:
Definição de um modelo matemático onde o número de variáveis não seja um fator
impeditivo para o desenvolvimento da técnica. Para tanto, poderemos considerar o fogo originando-se
em um ambiente fechado, e não ao ar livre. Outro ponto é o da detecção. Para facilidade de cálculo
empregaremos um sensor, ou detector. Mesmo que o sensor não exista poderemos extrapolar um
determinado tempo de atendimento ao incêndio. Com esses dados sobra-nos muito pouco em termos
de variáveis, já que não estaremos considerando os efeitos externos provocados pelo ambiente natural,
bem como estaremos dispensando as análises que levem em conta o tempo de atendimento, pois que
que esse pode ser pré-fixado em vista do resultado da inspeção de risco. A título de ilustração
fixaremos alguns dados, tais como:
1) Função do Tempo
Para a função partiremos de um tempo inicial de dois minutos e meio, soma do
tempo de detecção correspondente a 30 segundos com o tempo de atuação da brigada de incêndio em
dois minutos. O tempo inicial deve ser agravado como resultado da inspeção de risco, mais exatamente
em função da existência de equipamentos de detecção e combate a incêndios, tais como:
a. empresa com sistema de detecção adequado, constituído por brigada de incêndio, extintores,
hidrantes, detectores e sprinklers. Deve-se agravar o tempo inicial em 1 minuto
b. empresa com sistema de proteção regular constituído por brigada de incêndios, extintores e
hidrantes. Deve-se agravar o tempo inicial em 4 minutos
c. empresa com sistema de prevenção deficiente, constituído por uma brigada de incêndio incompleta,
extintores e rede de hidrantes parcial. Deve-se agravar o tempo inicial em 8 minutos
2) Função Material
Para a "função material" o ideal é se procurar obter uma divisão que não seja muito extensa. Assim,
sugerimos:
a. Classe A : Combustíveis comuns;
b. Classe B : Líquidos inflamáveis não voláteis;
c. Classe C : Líquidos inflamáveis voláteis;
d. Classe D : Líquidos combustíveis comuns;
e. Classe E : Líquidos combustíveis inflamáveis.
Equip, Dispositivos e Sistemas
Qde
Pontos
Grande Risco Médio Risco Pequeno Risco
Brigada de Incêndio 10 S S S
Vigilância Petrimonial 10 S S S/N
Extintores/Carretas 01 S S S
Hidrantes Internos 02 S S S/N
Hidrantes Externos 02 S S/N S/N
Canhões Monitores 05 S/N S/N S/N
Mangotinhos 01 S/N S/N S/N
Moto-Bombas 02 S S/N S/N
Detectores 05 S S S/N
Sprinklers automáticos 10 S S/N S/N
Sprinklers manuais 05 S S/N S/N
Sistemas de Gases 10 S/N S/N S/N
Sistemas fixos de espuma 08 S/N S/N S/N
Sistemas fixos de pó 08 S/N
Botoeiras de alarme 02 S S S/N
Carros de Bombeiros 05 S S/N S/N
Coef. agravação a ser aplicado (1) (2) (3)
3) Função Prevenção
A função prevenção está intimamente associada ao tempo de atendimento. Para um
razoável enquadramento e até mesmo para uniformizar unidades optamos por associar a prevenção a
um agravamento na função tempo. Os coeficientes de agravação são os constantes da tabela ao lado.
Na montagem da tabela consideramos a existência de um número mínimo de dispositivos de proteção
contra incêndio. Nesse caso, a existência desses dispositivos é obrigatória. Se a existência desses for
opcional, o fato deles existirem significará um aumento da pontuação, gerando, conseqüentemente, a
uma redução do fator de agravação.
Notas: s/n indica que o sistema é opcional.
(1) até 50 pontos > sem agravação
de 40 a 50 pontos > agravação de 10%
de 30 a 40 pontos > agravação de 30%
abaixo de 30 pontos > agravação de 100%
(2) até 30 pontos > agravação de 10%
de 20 a 30 pontos > agravação de 30%
abaixo de 20 pontos > agravação de 100%
(3) ate 15 pontos > agravação de 20%
de 10 a 15 pontos > agravação de 40%
abaixo de 10 pontos > agravação de 100%
4. METODOLOGIA
A proposta é a de encontrar um modelo mais simples de determinação do DMP, o
qual pode vir a ser sofisticada à proporção em que forem sendo obtidos novos parâmetros.
Desta forma, escolhendo um ambiente fechado reduz-se o número de variáveis
aleatórias. A escolha da detecção via detectores de fumaça ou iônicos recai no fato deles poderem vir a
ser sensibilizados de acordo com as circunstâncias. A partir daí a única variável restante é a referente a
característica do material existente. Para fins de estudo a escolha do material recai sobre o que
apresente maior risco de incêndio, se existir vários materiais no mesmo ambiente. Face ao modelo
escolhido os parâmetros que poderão vir a sensibilizar os detectores são:
a. Aumento da pressão - O fluxo de ar para alimentação da reação de combustão gera um incremento
na pressão ambiente. Mesmo sendo pequeno pode ser um dado utilizável.
b. Aumento do fluxo de ar - O consumo de oxigênio gera um aumento da velocidade do ar, provocado
pela reposição do oxigênio consumido. As correntes de convecção do ar também aumentam a
velocidade do fluxo de ar.
c. Aumento da temperatura - O aumento da temperatura é um dos dados relevantes. Para se criar uma
situação agravante poderemos posicionar a origem do foco do incêndio a 9 metros de distância de
um detector hipoteticamente instalado no ambiente. Cubando-se o volume de ar do ambiente e
sabendo-se a quantidade de calor gerado com a queima tem-se o tempo necessário à sensibilização
do instrumento.
d. Aumento da umidade - Determinadas substâncias ao oxidarem-se liberam água, aumentando o
percentual de umidade do ar.
e. Aumento da luminosidade - Este conceito deve ser empregado caso o detector seja ótico ou de
chamas.
A título de ilustração, a queima de 230 gramas de algodão poderá sensibilizar um
detector instalado em uma sala com um volume de ar correspondente a 1.610 m3. Para tanto o
instrumento deverá estar calibrado para uma velocidade de ar correspondente a 0,2 m/s, a um
percentual de umidade relativa a 60%, a uma pressão de ar ambiente de 750 mmHg e a uma
temperatura de 20°C.
Complementarmente ao proposto apresentamos um modelo desenvolvido por nós a
alguns anos, para a avaliação de risco de incêndio, com base em um trabalho divulgado pelo Prof.
Jesus Peres Obeso. Uma das preocupações que tivemos foi a de permitir que a avaliação do risco
pudesse ser feita independentemente da qualificação profissional do inspetor. Ou seja, quisemos
excluir o achismo, evitando dados desnecessários. Outro ponto foi o de permitir que se avaliasse a
empresa segurada sob os aspectos de:
• Características das construções;
• Fatores de localização;
• Fatores inerentes ao processo;
• Fatores de concentração;
· Destrutibilidade de substâncias/materiais;
· Propagabilidade do fogo;
· Sistemas de combate a incêndio existentes na empresa;
• Sistemas de combate a incêndio existentes no maior setor de incêndio.
A cada tópico há uma pontuação máxima e a pontuação recebida pelo item durante a
inspeção. A diferença entre elas demonstra o grau de deficiência do setor ou da empresa. Trata-se de
Método de avaliação de riscos por pontuação de itens empregado na aceitação prévia de risco incêndio.
Avaliação do risco de incêndio
I -Características das construções
Número de andares ou altura da maior edificação ou risco
1 ou 2 menor do que 6 metros 5 pontos
3 a 5 de 9 a 15 metros 4 pontos
6 a 9 de 18 a 27 metros 2 pontos
10 ou mais acima de 30 metros 0 pontos
Superfície do maior setor de incêndio
De 0 a 500 m² 5 pontos
De 501 a 1.500 m² 4 pontos
De 1.501 a 2.500 m² 3 pontos
De 2.501 a 3.500 m² 2 pontos
De 3.501 a 4.500 m² 1 ponto
Acima de 4.501 m² 0 ponto
Resistência ao fogo das estruturas do maior risco
Resistente ao fogo 10 pontos
Não combustível 5 pontos
Combustível 0 ponto
Existência de tetos ou forros falsos
Sem tetos ou forros falsos 5 pontos
Tetos ou forros abaixo de lajes de concretos 4 pontos
Tetos ou forros de material não combustível 2 pontos
Tetos ou forros de material combustível 0 ponto
Isolamento contra incêndio do maior risco
Isolado por portas e paredes corta-fogo 10 pontos
Isolado por portas e paredes incombustíveis 5 pontos
Isolado por portas e paredes combustíveis 2 ponto
Sem qualquer tipo de isolamento 0 ponto
Qualidade dos pisos do maior risco de incêndio
Pisos incombustíveis 5 pontos
Pisos metálicos - não vazados 4 pontos
Pisos metálicos - vazados 2 pontos
Pisos combustíveis comuns 0 ponto
Resistência ao fogo do telhado e de sua estrutura
Resistente ao fogo 5 pontos
Não combustíveis 2 pontos
Combustíveis 0 ponto
Existência de aberturas confrontantes com outros riscos
Aberturas protegidas c/alastramento dos incêndios 5 pontos
Aberturas não protegidas 0 pontos
II - Fatores de Localização
Distância aos corpos de bombeiros e guarnições de incêndio
Menor do que 5 Km ou 5 minutos 10 pontos
Entre 5 a 10 Km ou até 10 minutos 5 pontos
Entre 10 a 20 Km ou até 15 minutos 3 pontos
Acima de 20 Km ou 15 minutos 0 ponto
Acessibilidade aos edifícios pelas viaturas dos bombeiros externos
Boa 5 pontos
Média 3 pontos
Ruim 0 ponto
Densidade de edificações ao redor do maior risco de incêndio
Área esparsamente construída 10 pontos
Área parcialmente construída 6 pontos
Área mediamente construída 3 ponto
Área densamente construída 0 ponto
III Fatores de risco inerentes ao processo
Perigo de reativação do fogo
Baixo 10 pontos
Médio 5 pontos
Alto 0 ponto
Carga térmica
Baixa (até 50 Mcal/m2) 10 pontos
Média (até 150 Mcal/m2) 5 pontos
Alta ( até 300 Mcal/m2) 3 pontos
Muito alta (acima de 300 Mcal/m2) 0 ponto
Aspectos de ordem e limpeza
Bom 5 pontos
Regular 3 pontos
Ruim 0 ponto
Altura de armazenamento de mercadorias e matérias-primas na vertical
Até 3 metros de altura 5 pontos
Ate 6 metros de altura 2 pontos
Acima de 6 metros de altura 0 ponto
Áreas de armazenamento de marcadorias e matérias-primas na horizontal
Até 500 m² 5 pontos
Até 1.000 m² 3 pontos
Até 3.000 m² 1 ponto
Acima de 3.000 m² 0 ponto
IV - Fatores de concentração de valores e de conteúdo
Concentração de valores dos bens no maior risco de incêndio
Até US$ 1,000,00/m2 10 pontos
Até US$ 5,000,00/m2 5 pontos
Acima de US$ 5,000,00/m2 3 pontos
Características do conteúdo do maior risco
De imediata reposição 5 pontos
De fácil reposição 4 pontos
De média reposição 2 pontos
De difícil reposição 0 ponto
V - Propagabilidade do fogo na área do maior risco
Propagabilidade na vertical
Baixa 5 pontos
Média 2 pontos
Alta 0 pontos
Propagabilidade na horizontal
Baixa 5 pontos
Média 2 pontos
Alta 0 pontos
VI -Destrutibilidade das substâncias e materiais
Por calor
Baixa 5 pontos
Média 2 pontos
Alta 0 pontos
Por fumaça ou por gases tóxicos
Baixa 5 pontos
Média 2 pontos
Alta 0 pontos
Por corrosão
Baixa 5 pontos
Média 2 pontos
Alta 0 pontos
Por água
Baixa 5 pontos
Média 2 pontos
Alta 0 pontos
Por agentes químicos de combate a incêndios
Baixa 5 pontos
Média 2 pontos
Alta 0 pontos
Sub-total X Máx. 160 ptos
VII -Sistemas de combate a incêndio existentes na empresa
Extintores 1ponto
Hidrantes internos 3 pontos
Hidrantes externos 5 pontos
Mangotinhos 2
Carros de bombeiro ou moto-bombas 1
Chuveiros automáticos contra incêndio 10
Detectores automáticos contra incêndio 2
Sistemas fixos de gases 5
Botoeiras de alarmes 1
Reserva de água contra incêndio
Até 120.000 m3 2
Até 500.000 m3 5
Mais de 500.000 m3 10
Brigada contra incêndio (Multiplicar os pontos obtidos
anteriormente por 1)
Subtotal Y Max. 80 pontos
VIII – Sistemas de proteção contra incêndio existentes no maior risco
Extintores 1 ponto
Hidrantes 4 pontos
Chuveiros automáticos contra incêndio 10 pontos
Detectores automáticos contra incêndio 3 pontos
Outros dispositivos de combate 2 pontos
Brigada contra incêndio (Multiplicar pontos obtidos por 1)
Subtotal Z Máx. 40 pontos
IX -Índice de proteção contra incêndio
PCI =4 x X + 3 x Y + 2 x Z + (0,5V) + (0,5B)
160 80 40
V = Vigilância permanente na empresa
B = Existência de Bombeiros profissionais permanentemente
PONTUAÇÃO
PCI até 4.pontos risco aceitável
PCI até 6 pontos risco regular
PCI até 8 pontos risco bom
PCI até 9 pontos risco muito bom
PCI acima de 9 pontos risco ótimo
Sob o título de formulários adotados em seguros especiais, inclui-se modelo
empregado no gerenciamento de riscos de máquinas e equipamentos, usualmente utilizados nas
vistorias prévias para a contratação de seguros de Riscos Operacionais.
O formulário proposto é subdividido em três módulos. No primeiro, são indicados os
prováveis riscos incidentes em instalações industriais, a fim de que se possa comentar à respeito da
potencialidade das perdas geradas por esses eventos. Para tanto, existem 4 colunas, com os seguintes
títulos: DMP, PNE, PMA e Afetando Terceiros. No segundo módulo avaliam-se os eventos críticos,
devendo ser preenchida uma folha para cada local ou equipamento inspecionado. O último módulo é
uma análise individualizada de cada um dos equipamentos relevantes, existentes na empresa. Também
aqui deverá ser preenchida uma folha para cada equipamento inspecionado.
a) DMP - Dano Máximo Provável
É o maior dano que poderá ocorrer em um bem segurado, supondo-se que entre o
momento do surgimento do dano e a sua completa extinção ou debelação, haverá um socorro externo,
ou um processo externo de interrupção da perda. Por exemplo, consideremos o evento incêndio,
afetando as mercadorias dispostas no interior de um depósito ou almoxarifado. Caso o fogo se inicie e
seja detectado pelos funcionários da empresa, através da fumaça produzida pela queima, certamente
deverão estar previstas algumas providências. O DMP é o dano verificado desde o surgimento do
incêndio até a sua completa extinção, pelos funcionários da empresa, ou por equipamentos automáticos
de detecção e combate a incêndios. Se o tempo de atendimento ao evento for de 5 minutos, o DMP será
o que for consumido pelo fogo nesses 5 minutos.
b) PNE - Perda Normal Esperada
É a perda que ocorre normalmente nos processos industriais. É comum o surgimento
de determinadas perdas, face a ajustes de equipamentos, a retrabalhos devido a falta de treinamento de
funcionários, à queima de fusíveis e queima de pequenos motores, etc. A troca periódica de gaxetas de
válvulas, em função da utilização da mesma, é uma Perda Normal Esperada. A Perda Normal Esperada
pode ser traduzida como a média das perdas que costumam ocorrer com uma maior freqüência,
produto da própria atividade da empresa ou dos equipamentos ou instalações nela contidos. A PNE não
é uma perda média, e sim, a média das perdas mais freqüentes.
Usualmente busca-se determinar a PNE, a fim de que se possa fixar os valores sob a
responsabilidade da própria empresa, e que não podem ser repassados a Seguradoras, já que, por se
tratarem de perdas ditas perdas operacionais, são eventos perfeitamente previsíveis de ocorrerem.
Exemplificando, uma lâmpada queima o filamento com o uso. A queima desse filamento é uma Perda
Normal Esperada. Uma engrenagem desgasta-se com o uso. Os danos provocados pelo desgaste da
engrenagem, limitados ou não à própria engrenagem também podem ser considerados como perdas
normais. Assim, todos os componentes de equipamentos ou de instalações que sofrem desgaste
contínuo e/ou tem limitação de vida útil, estão propensos a gerar Perdas Normais Esperadas.
Entretanto, se a correia de uma polia vier a sofrer danos ou desgastes prematuros, não será uma perda
normal esperada. A prevenção para as perdas normais esperadas é um programa de manutenção
eficiente, conjugado com uma supervisão compatível com a atividade desenvolvida. Se o operário, ao
perceber o desgaste da correia da polia não a troca no tempo certo, estará colaborando para o
surgimento de um sinistro, o qual poderá vir a assumir proporções muito maiores das que usualmente
poderia se esperar.
c) PMA - Perda Máxima Admissível
A Perda Máxima Admissível é a maior perda que poderá ocorrer em um ambiente,
considerando-se que todos os equipamentos e sistemas de prevenção de perdas venham a falhar, e
considerando-se que não haja o atendimento externo, ou o socorro externo. A PMA também poderá vir
a receber a denominação de Perda Catastrófica, visto que se espera danos muito maiores dos que os
que normalmente poderiam ocorrer. Para o dimensionamento da Perda Máxima Admissível, leva-se
em consideração não só os materiais e produtos acondicionados no local, como também a forma de
acondicionamento e o volume desses.
d) Danos afetando a terceiros
A última coluna é a que menciona se os danos podem vir ou não a afetar a terceiros.
A preocupação com os danos a terceiros é devido à responsabilidade civil que as empresas têm, onde
muitas vezes as ações interpostas por terceiros, por danos a eles causados tendem a ser bem maiores do
que as perdas a eles geradas. O formulário é constituído de 3 quadros, a saber:
• quadro resumo dos riscos incidentes;
• quadro resumo dos eventos críticos;
• equipamentos relevantes - análise individualizada.
Resumidamente, tem-se:
⇒ a PNE é a perda comum, contra a qual, em princípio, nada se pode fazer. Existem mecanismos que
reduzem as Perdas Normais Esperadas, como por exemplo, programas de manutenção preditiva;
⇒ o DMP é a perda que pode vir a ser controlada externamente. Quanto melhor forem os meios de
controle menor será a perda;
⇒ a PMA é a perda contra a qual, pelo menos em princípio, nada se pode fazer, pode ser também
conhecida como a perda catastrófica.
Existem métodos já descritos no livro Gerenciamento de Riscos Industriais6
, que possibilitam a
redução das Perdas Máximas Admissíveis. É aquela que tende a gerar os maiores danos.
6
NAVARRO, A.F., Gerenciamento de Riscos Industriais, Fundação Biblioteca Nacional, Ministério da Cultura, Escritório de
Direitos Autorais, Certificado de Registro ou Averbação nº 123.087, livro 190, folha 202, outubro de 1996.
Formulários adotados em cálculos de PNE, DMP, PMA
1) Quadro resumo dos Riscos Incidentes
Riscos Incidentes
DMP (%) PNE (%) PMA (%)
(%) Afetando
Terceiros
L N G C L N G C L N G C Sim Não
Incêndio
Explosão química
Explosão física
Danos elétricos
Queda de raios
Descarga elétrica
Arco voltaico
Alagamento
Vendaval/Tornado
Granizo
Tumultos/Motins
Desabamento
Erosão
Corrosão
Sabotagem
Recalques de terreno
Queda de barreiras
Impacto de veículos
Impacto de aeronaves
Vazamento de produtos
Contaminação ambiental
Içamento de cargas
Umidade
Quebra de máquinas
Roubo de bens
Roubo de tecnologia
Inundação
Desmoronamento
Geada
Impacto com bens
transportados
DMP = Dano Máximo Provável
PNE = Perda Normal Esperada
PMA = Perda Máxima Admissível
L = Risco Leve
N = Risco Normal
G = Risco Grave
C = Risco Catastrófico
2) Quadro resumo dos eventos críticos
Evento Objeto
DMP
(%)
PNE
(%)
PMA
(%)
Danos
Materiais
(US$)
Nº de dias
reposição
ou reparos
% Valor de
Produção
3) Equipamentos Relevantes - Análise Individualizada
Características Operacionais do Equipamento (usar uma ficha para cada equipamento)
Descrição das Características:
Fabricante: Ano de fabricação:
nº de identificação:
Potência: Rotação: Amperagem:
Voltagem: Modelo: nº de série:
Emprego:
Acionamento:
Localização:
Custo atual (US$): Custo de novo (US$):
Possibilidade de reposição imediata curto prazo longo prazo
Necessidade de manutenção imediata curto prazo longo prazo
Necessidade de reparos imediata curto prazo longo prazo
Observações durante a inspeção:
1) Quadro Resumo dos Riscos Incidentes
O quadro apresenta um grupamento de riscos ou de eventos que poderão vir a incidir
sobre os bens ou instalações da empresa, isoladamente ou não. Para cada um deles deverão ser
informadas as conseqüências advindas, no tocante às perdas que possam vir a se manifestar, bem como
a possibilidade desses danos virem a ser agravados com o alastramento das consequências para outros
locais. Por exemplo, supondo que estejamos analisando um galpão industrial, construído à beira de
uma encosta, em cujo interior há um almoxarifado de materiais diversos, poderemos, sem termos
outras informações que não essas, arbitrar, ou projetar uma série de eventos que poderão vir a ser
causadores de danos ao imóvel e/ou a seu conteúdo. Dentre esses danos cita-se:
• deslizamento da encosta;
• danos por água, já que o galpão está à beira da encosta;
• danos por desabamento;
• danos por desmoronamento, e
• danos por incêndio.
Pode parecer estranho, tratar-se do risco de incêndio e se apresentar relatório de
análise de riscos que contemples a ocorrência de outros riscos. É importante dizer que a ocorrência de
determinado risco pode causar outros distintos. Quando o navio Exxon Valdez saiu de sua rota e
rompeu parte do casco, derramando milhões de litros de petróleo no Canal de Valdez no Alasca, a
causa básica ou raiz foi a da saída da rota segura. A seguir, houve a colisão lateral do casco da
embarcação com rochas que afloravam a superfície. A partir daí, o óleo contido nos tanques do navio
vazaram para o canal. Um deslizamento de uma encosta pode afetar uma linha de alimentação elétrica,
que entrando em curto circuito pode gerar fagulhas, que atingindo resíduos ou materiais pode provocar
incêndio. Pode parecer absurdo, mas o gerente de riscos trabalha com cenários futuros, todos possíveis
de causar perdas e ou danos.
Poderá ocorrer o fato de que a encosta não seja do jeito que a estamos imaginando.
Poderá não ser tão íngreme; poderá estar coberta de vegetação, pode ser que haja uma eficiente
drenagem, enfim, pode ser que tudo aquilo o quanto imaginamos não seja real. Porém, sempre existirão
riscos potenciais. A partir do momento em que os eventos causadores de danos já foram identificados,
resta-nos estimar ou dimensionar as perdas, ou os danos daí derivados, classificando-os como um risco
leve, um risco normal, um risco grave ou um risco catastrófico, bem como informando se esses danos
poderão vir a se enquadrados dentro de uma das categorias já citadas anteriormente.
Um dano por água de chuva não deve ser enquadrável como uma Perda Normal
Esperada, porque se assim o fosse, a empresa não estaria protegendo adequadamente os seus bens.
Também não o deve ser como um Dano Máximo Provável, porque a empresa pode disponibilizar
recursos para, a cada chuva que ocorra, proteger mais os bens, evitando um prejuízo maior. Assim,
esse dano somente pode ser enquadrado como uma Perda Máxima Admissível. A perda poderá ser
devida ao encharcamento das mercadorias estocadas pela água que penetrou pelos telhados, ou pela
água empoçada no piso, que não foi adequadamente drenada para fora do prédio. A partir daí, fica mais
fácil classificar o tipo de dano como: um risco leve, normal, grave ou catastrófico. Um risco
catastrófico é aquele que tende a gerar uma perda total, ou uma perda na qual a quantidade de bens não
afetados é quase nenhuma. Como se observa, o enquadramento dos riscos não é uma operação tão
complexa quanto possa parecer à primeira vista. O Gerente de Riscos deverá ter o bom senso para
enquadrar corretamente as conseqüências dos riscos. Porém, o dimensionamento das perdas requer um
embasamento técnico profundo. Quando se pretende praticar o auto-seguro, uma operação discutida em
nosso livro Gerenciamento de Riscos Industriais deve-se ter em mente que uma das informações
primordiais é a da definição da extensão das perdas, como uma maneira de se estimar o prejuízo
financeiro diretamente daí decorrente. A empresa deverá ter instrumentos em mãos que a permitam
tomar essa decisão, embasada em critérios técnicos.
2) Quadro Resumo dos eventos críticos
Os eventos críticos são todos aqueles que representam um potencial maior de perda
para a empresa. Há uma tendência desses eventos críticos ficarem restritos a determinado equipamento
ou sistema, ou a uma determinada edificação. Por exemplo, quando estamos analisando uma caldeira,
um evento crítico é a da explosão do equipamento, apesar de existirem outros eventos que podem
ocorrer no mesmo equipamento. A caldeira pode estar sujeita a um dano elétrico, que venha a danificar
ou paralisar os motores elétricos dos ventiladores ou insufladores. Da mesma forma que pode estar
sujeita a um dano mecânico, e etc. A explosão, mencionada como o evento crítico, tem uma propensão
de danificar não só a caldeira, onde foi originada, como também os equipamentos, instalações e
edificações ao redor da mesma. Havendo o dano crítico esse deverá ser classificado como um DMP,
uma PNE ou uma PMA, preferencialmente, informando-se:
• qual o percentual do equipamento foi atingido ou danificado pelo evento?
• quais foram os valores correspondentes a danos materiais?
• quantos serão os dias necessários à reposição do bem atingido ou seu reparo?
• qual será o percentual do valor da produção total da empresa que ficará reduzido, com a perda ou a
paralisação do equipamento.
Tratam-se de informações bastante difíceis de serem conseguidas, sendo porém, de
fundamental importância para um bom gerenciamento de riscos. O Gerente de Riscos deve estar
preparado para buscar esses dados com toda a paciência e boa técnica. Nem sempre os operadores dos
equipamentos ou os usuários das instalações estão preparados para dar uma resposta satisfatória aos
questionamentos formulados pelo inspetor.
Exemplificando: em uma subestação elétrica o principal equipamento é o transformador, abaixador ou
elevador de tensão. Em certas ocasiões, até mesmo em função da idade do projeto, já não existirão
mais transformadores similares. E, os que podem vir a ser empregados em substituição ao equipamento
danificado, poderão vir a necessitar de adaptações em todo o sistema de interligação. Qual o tempo
disponível para a adaptação do equipamento? É difícil se precisar, já que a quantidade de parâmetros
que conduzirão a esta resposta são vários, tais como:
• existência de pessoal disponível para a realização da adaptação e da substituição do equipamento
danificado;
• existência de espaço físico para a instalação do novo equipamento;
• existência de equipamentos para serem instalados;
• existência de condições para o transporte e instalação do equipamento, etc.
3) Equipamentos relevantes - Análise individualizada
Neste campo de informações pretende-se obter dados acerca dos equipamentos
relevantes ao processo, ou à empresa, com algumas indicações técnicas. No campo destacamos os
quesitos que mencionam:
• possibilidade de reposição;
• condições para a manutenção;
• meios para os reparos.
Cabe ser destacado que todos esses serviços deverão ser avaliados de sorte que a
implantação e a implementação possa se dar: imediatamente, a curto ou a longo prazo.
Essas informações permitirão se avaliar as reais condições de operação dos equipamentos, e o estado
em que se encontram os mesmos.
Um equipamento é considerado como relevante, se a atividade da empresa estiver
conjugada a existência do mesmo. Uma bomba d’água pode não ser um equipamento relevante. Porém,
se essa bomba for empregada para o abastecimento de uma caixa d’água, passa a ser relevante. O
reservatório de água só tem finalidade se existir água em seu interior, o que somente poderá ser
conseguido com uma bomba. Um sistema de ar condicionado é um equipamento relevante em uma sala
de um centro de processamento de dados, não sendo tão relevante assim em uma escola ou em um
escritório. Nesses locais é um equipamento gerador de conforto, mas não um equipamento relevante.
VII - Relatório de Avaliação de Riscos
O Relatório de Avaliação de Riscos é uma ferramenta bastante empregada na análise
e no gerenciamento de riscos. Trata-se de um formulário de caraterísticas simples, usualmente adotado
para inspeções menos elaboradas, ou para aquelas onde não há uma necessidade de precisão de dados,
seja porque se tratam de riscos previamente conhecidos, seja porque já existe um conceito prévio
acerca deles. É um modelo onde se os campos mais comumente encontrados possuem questões de
respostas imediatas, do tipo preencher as lacunas. Obviamente, apesar do tratamento dado às
informações, há necessidade do Gerente de Riscos se aprofundar em algumas questões mais
importantes. Por exemplo, saber se há um transformador instalado no local é importante. Porém, mais
relevante é saber como esse transformador está instalado e como opera.
Todo formulário simplificado, com campos a serem preenchidos, tem uma
característica básica, que é a do preenchimento rápido. Porém, essa rapidez no preenchimento não
deverá prejudicar, de forma alguma, a qualidade da informação prestada. Por essa razão, sempre
existirão campos, ao final de cada tópico, onde o inspetor poderá apresentar o seu parecer acerca dos
itens analisados. O importante, deste caso, é a experiência do inspetor e de quem irá avaliar os
resultados obtidos. Deve-se ter cuidado na elaboração desse tipo de formulário, de sorte a que não se
tenha perda de qualidade de informações.
O Relatório é comumente adotado na avaliação de riscos, para fins de seguros, em
instalações de pequeno e de médio porte. Difere dos demais por definir uma linha de questionamentos,
mais rápidos e objetivos. Não permite, entretanto, obter dados para a mensuração matemática dos
riscos. Os quadros contidos no formulário são os seguintes:
1. Análise do Risco;
2. Características físicas do Risco;
3. Equipamentos de segurança contra incêndio;
4. Principais equipamentos existentes no risco;
5. Características físicas do Risco;
6. Análise quanto à exposição a Riscos;
7. Análise quanto ao risco de Alagamento/Inundação;
8. Análise quanto ao risco de Desabamento/Desmoronamento;
9. Análise quanto ao risco de Vendaval/Tornado/Granizo;
10. Análise quanto ao risco de Explosão de Aparelhos e de Substâncias;
11. Análise quanto ao risco de Incêndio;
12. Análise quanto ao risco de Danos Elétricos;
13. Análise quanto aos demais riscos.
Relatório de Avaliação de Riscos
Relatório nº
Segurado: CGC:
Unidade: Município:
Endereço: Estado:
Atividade Principal: « » Comercial « » Industrial « » Residencial « » Outra
1 - Análise do Risco
Item
Planta
Ocupação
Rubrica
7 L.O.C.8
Acabamento
Área
Constr.
(m2)
Custo de
Reposição
(m2)
IS Total
2 - Condições dos Riscos
Itens Bom Regular Ruim
Condições para a evacuação do Risco
Condições dos equipamentos e instalações
Conservação das tomadas/quadros/interruptores/painéis elétricos
Condições dos equipamentos de combate a incêndios
Condições dos sistemas de segurança locais
Aspecto da limpeza operacional
Conservação das portas/janelas/basculantes
Estado de conservação dos prédios
Distribuição dos equipamentos de incêndio
Aspecto do layout interno
Condições de operacionalidade dos equipamentos e máquinas
Controles de perdas de equipamentos e processos
Rotinas de treinamento de funcionários
Controle do turn over dos funcionários
Aspecto de segurança contra os demais riscos que não incêndio
Comentários gerais:
3 - Equipamentos de segurança contra incêndio
Equipamentos Bem posicionados Recarregados Sinalizados Obstruídos
Extintores
Hidrantes
Mangotinhos
Detectores
Moto-bombas
Sprinklers
Sistemas de gases
Outros dispositivos
Comentários gerais:
7
Rubrica é uma antiga classificação existente nas Tarifas de Seguros com a informação das características principais das
atividades e ou produtos e ou processos.
8
LOC é a abreviatura existente nas antigas Tarifas de Seguros Incêndio para: Localização, Ocupação, Construção. O
enquadramento dos riscos nas tabelas determinava a taxa básica oferecida pelo Ressegurador. Atualmente essas tabelas
deixaram de ser aplicadas, pois que a experiência dos diversos resseguradores operando no País é que define a taxa de
risco de resseguro.
4 - Principais equipamentos existentes no Risco
Elevadores sim não
Geradores elétricos sim não
Caldeiras sim não
Subestações elétricas sim não
Compressores de ar sim não
Turbinas elétricas sim não
Transformadores sim não
Ar Condicionado Central sim não
Escadas rolantes sim não
Antenas coletivas sim não
Incineradores sim não
Painéis de propaganda sim não
Centrais telefônicas sim não
Centros de Processamento de Dados sim não
Comentários:
5 - Características físicas do risco
Área construída: m2
Área ocupada: m2
Estado geral da construção bom regular deficiente
Estado geral das instalações bom regular deficiente
Aspecto de limpeza e conservação bom regular deficiente
Terrenos baldios adjacentes sim sim
Estações ferroviárias/ metrô próximas sim sim
Quartel nas proximidades sim sim
Delegacias policiais nas proximidades sim sim
Comentários gerais:
6 - Análise quanto à exposição a Riscos
Incêndios sim não
Queda de raios sim não
Explosão química sim não
Explosão física sim não
Vendaval/tonado sim não
Alagamento/inundação sim não
Granizo sim não
Queda de aeronaves sim não
Impacto de veículos sim não
Danos a terceiros sim não
Danos elétricos sim não
Desabamento/desmoronamento sim não
Outros sim não
Ocorrências anteriores sim não
Comentários9
:
9
No campo relativo aos comentários o gerente de riscos deverá fornecer a maior quantidade possível de informações. Se
ocorreram sinistros anteriores devem ser apresentados os valores das perdas, indenizáveis ou não, assim como as datas e
causas das ocorrências.
7 - Análise quanto ao risco de Alagamento/Inundação
Rios, lagos e canais nas proximidades? sim não
Proximidade: m
Existência de drenos e galerias? sim não
Desobstruídos? sim não
Terreno com: drenagem rápida drenagem lenta alagadiço
Nível do piso nas edificações: maior que o terreno menor que o terreno
Proteção contra a entrada de água? sim não
Adequadas? sim não
Ocorrências anteriores? sim não
Existência de subsolos? sim não
Sujeitos a riscos? sim não
Comentários:
8 - Análise quanto ao risco de Desabamento/Desmoronamento
Existência de Aclives e declives? sim não
Trincas na construção sim não
Relevantes? sim não
Terreno com: drenagem rápida drenagem lenta alagadiço
Erosão no terreno? sim não
Proteção de encostas? sim não
Adequadas? sim não
Ocorrências anteriores? sim não
Existência de subsolos? sim não
Sujeitos a riscos? sim não
Comentários:
9 - Análise quanto ao risco de Vendaval/Tornado/Granizo
Características das construções:
Características dos ventos dominantes:
Proteções especiais adotadas:
Características dos telhados:
Ocorrências anteriores? sim não Relatar
Comentários:
10 - Análise quanto ao risco de Explosão de aparelhos e de substâncias
Existência de caldeiras e de vasos de pressão? (Comentar) sim não
Existência de substâncias explosivas ou inflamáveis? (Comentar, inclusive acerca dos cuidados quanto ao risco de
explosão:
Informar as caraterísticas dos depósitos de combustíveis, o isolamento entre os tanques e a existência de bacias de
contenção e de dispositivos de combate a incêndios ou de isolamento de áreas:
Descrever o estado geral das redes de ar comprimido, vapor, gases, eletricidade, vácuo:
Informar quais as proteções adotadas para a proteção das caldeiras, bem como do plano de manutenção:
Ocorrências anteriores? sim não Relatar
Comentários:
11 - Análise quanto ao risco de Incêndio
Há equipamentos de proteção suficientes para a proteção do risco? sim não
Os agentes extintores são compatíveis com a classe de risco incêndio? sim não
Há brigada de incêndio? sim não
Há CIPA? sim não
Há controles sobre as áreas de riscos?
Os controles são adequados?
sim
sim
não
não
Há um ordenamento e limpeza compatível com o grau de risco? sim não
Há presença de substâncias com risco de reatividade com a água? sim não
Há compartimentação de áreas, para evitar o alastramento do incêndio? sim não
Há possibilidade de haver alastramento do incêndio para outros riscos? sim não
Ocorrências anteriores? sim não Relatar
Comentários:
12 - Análise quanto ao risco de Danos Elétricos
Os circuitos elétricos são identificados de acordo com as áreas supridas? sim não
Há painéis elétricos para a proteção das redes de distribuição? sim não
Os circuitos são adequadamente protegidos? sim não
Há circuitos sobrecarregados? sim não
Há emendas de condutores sem a adequada proteção? sim não
Há aterramento elétrico? sim não
Há circuitos elétricos em áreas de risco?
Os circuitos são blindados e à prova de explosão?
sim
sim
não
não
Há circuitos instalados aparentemente? sim não
Ocorrências anteriores? sim não Relatar
Comentários:
13 - Análise quanto ao risco de ...................................
Ocorrências anteriores? sim não Relatar
Comentários:
Considerações gerais acerca do preenchimento do formulário de Análise de Riscos
O primeiro item do relatório destina-se à classificação dos itens e plantas seguráveis, como previsto na
Tarifa de Seguros Incêndio do Brasil. Acrescentamos ao campo colunas referentes à:
• informações acerca do tipo de acabamento construtivo das edificações;
• área construída, preferencialmente de cada pavimento ou andar do prédio analisado;
• custo de reposição para a edificação, preferencialmente extraído de publicações especializadas, e
não de tabelas de Seguradoras;
• importância segurada total da planta, no que diz respeito ao valor da edificação. Esse total é obtido
multiplicando-se o custo de reposição por metro quadrado de construção vezes a área construída
total.
1 - Condições dos riscos
Riscos aqui significam eventos ou itens que deverão ser avaliados. A avaliação
proposta é expedita, enquadrando-se como bom, regular ou ruim. Um enquadramento regular ensejará
o acréscimo de uma recomendação para a melhoria daquela situação. Um enquadramento ruim poderá
significar a recusa, em todo ou em parte do risco, ou a inclusão de algum tipo de sanção punitiva, ou de
uma participação obrigatória da empresa em cada evento que venha a ocorrer.
Há uma miscelânea de informações, algumas relativas a segurança patrimonial,
outras à segurança contra incêndio, outras relativas a aspectos de conservação. Os grupamentos
avaliados no presente campo de informações são os seguintes:
a) Segurança contra incêndio
• Condições para a evacuação do risco;
• Condições dos equipamentos de combate a incêndios;
• Distribuição dos equipamentos de incêndio.
b) Segurança Operacional
• Controle do turn over dos funcionários;
• Rotinas de treinamento de funcionários;
• Controles de perdas de equipamentos e processos;
• Condições de operacionalidade dos equipamentos e máquinas;
• Condições dos equipamentos e instalações.
c) Segurança Patrimonial
• Conservação das tomadas, quadros, interruptores e painéis elétricos;
• Condições dos sistemas de segurança locais;
• Aspecto da limpeza operacional;
• Conservação das portas, janelas e basculantes;
• Estado de conservação dos prédios;
• Aspecto do layout interno.
2 - Equipamentos de Segurança contra Incêndio
O tópico solicita que sejam informados como se encontram os equipamentos de
segurança contra incêndio, no que diz respeito aos quesitos de posicionamento, recarga, sinalização e
obstrução. Para alguns, a informação referente a recarga fica prejudicada, como por exemplo, para
sistemas hidráulicos ou equipamentos que empregam a água como agente extintor. Pode-se informar,
com ressalvas em campo próprio, se esses equipamentos possuem água em quantidade suficiente para
o combate ao incêndio. Deve-se levar em consideração que os equipamentos portáteis são eficientes
somente para o combate a princípios de incêndio. Empregar-se um extintor para combater um
incêndio, com uma carga térmica razoável, além de ser perigoso para o operador, pondo em risco a sua
própria segurança física, não possibilita o decréscimo das chamas, já que o volume de agente extintor
disponível é insuficiente para tal empreitada.
3 - Principais equipamentos existentes no risco
Pretende-se obter a informação de quais são os equipamentos, dentre os listados, que
existem no local inspecionado. Alguns desses representam riscos para a própria empresa, outros,
representam riscos para terceiros, de responsabilidade civil, e outros são necessários para o
funcionamento, com segurança, de outros equipamentos, senão vejamos:
a) Danos contra terceiros
• Elevadores;
• Escadas rolantes;
• Painéis de propaganda;
• Antenas coletivas.
b) Danos contra as próprias instalações
• Compressores de ar;
• Caldeiras.
c) Danos ambientais
• Incineradores de Lixo.
d) Danos adicionais aos próprios equipamentos
• Turbinas elétricas;
• Transformadores;
• Ar condicionado central;
• Centros de Processamento de Dados;
• Geradores elétricos;
• Subestações elétricas;
• Centrais telefônicas.
Alguns equipamentos são relevantes para a atividade avaliada, como por exemplo:
⇒ a existência de geradores para um hospital;
⇒ a existência de ar condicionado central para uma instalação de computação;
⇒ a existência de compressores de ar para oficinas mecânicas, etc.
Existirão campos próprios, mais adiante, onde poder-se-á comentar a respeito de
determinados riscos. Dentre os riscos habitualmente presentes em quase todas as empresas têm-se:
• explosão gerada por caldeiras e compressores, bem como por todos os equipamentos que trabalham
em regime de vaso de pressão fechado, com pressão interna maior do que a externa;
• danos elétricos, produzidos por transformadores e subestações elétricas, como também pelas
instalações que alimentam circuitos de luz e de força;
• responsabilidade civil, por danos contra terceiros, provocado pelos painéis de propaganda externos e
pelas antenas coletivas, como também por componentes da edificação que possam vir a ser
deslocados por ventos fortes, etc..
Determinados itens segurados possuem taxação especial do seguro, como a
existência de incineradores, de elevadores, de antenas coletivas e de escadas rolantes.
4 - Características físicas do risco
Dentre as caraterísticas mencionadas encontram-se:
a) Área construída e ocupada
Trata-se de informação que permite verificar se os valores atribuídos às edificações,
para fins de cobertura de seguros encontram-se dentro de parâmetros aceitáveis.
b) Estado geral da construção e das instalações
Informações que permitem avaliar se os programas de manutenção existentes na
empresa são adequados ou não, bem como, se os valores pretendidos como cobertura dos seguros são
compatíveis com o estado em que se encontram os prédios e as instalações.
c) Aspecto de limpeza e conservação
Informação que permite avaliar o grau de conscientização da empresa para programas
de segurança e qualidade.
d) Terrenos baldios adjacentes
Dado relevante para avaliação da segurança patrimonial da empresa, bem como trata-
se de elemento balizador de taxa nos seguros de riscos diversos. Não se deve esquecer que a existência
de um terreno baldio ao lado da empresa, além de ser um local onde poderá se assentar uma futura
favela, pode vir a ser foco de incêndio, se alguém, intencionalmente ou não, provocar incêndio em lixo
acumulado ou no mato seco.
e) Estações ferroviárias e de metrô nas proximidades, Quartel nas proximidades e Delegacias
Policiais nas proximidades
Essas informações permitem avalia se o risco de tumultos ou de motins é relevante,
bem como se saber se, para outros riscos poder-se-á contar com o apoio externo no controle dos
eventos. Locais com grande aglomeração de pessoas é sempre um risco adicional para as empresas que
se situam nas proximidades.
5 - Análise quanto a exposição a riscos
São apresentados alguns riscos que poderão afetar as instalações seguradas, e
verificado se há possibilidade deles ocorreram. Se por acaso for respondida se houve ocorrência
anterior, será muito importante a complementação da resposta nos comentários que deverão se seguir.
6 - Análise quanto ao risco de Alagamento/Inundação
A partir de então passarão a aparecer campos relativos a análises de riscos de uma
série de eventos. A primeira análise refere-se aos riscos de Alagamento e de Inundação. Basicamente,
as perguntas formuladas permitirão se saber se há possibilidade de empoçamento de água, se já
ocorreram eventos anteriormente, se há subsolos, e se há uma proteção contra a entrada de água. A
água poderá atingir o interior da edificação sendo proveniente do telhado, de varandas ou marquises,
do aumento do nível no piso externo, e pelo entupimento das valas de drenagem e das galerias de
escoamento. O alagamento é um risco proveniente do excesso de águas de chuva. A inundação é
proveniente do transbordamento do leito de rios e canais.
7 - Análise quanto ao risco de Desabamento/Desmoronamento
De forma idêntica ao campo anterior, pretende-se avaliar os riscos de Desabamento e
de Desmoronamento, através das respostas a algumas perguntas, consideradas relevantes. O
desabamento é uma ocorrência que se verifica com o prédio. O desmoronamento é um evento que
ocorre com encostas. Uma das perguntas que chamamos a atenção é para a existência de trincas nas
construções, que sejam ativas, ou seja, estejam aumentando, e para a existência de erosão no terreno.
8 - Análise quanto ao risco de Vendaval/Tornado/Granizo
Os riscos elencados referem-se às forças da natureza provenientes de ventos fortes.
Para tanto, especial atenção deve ser dado ao formato e dimensões da edificação, a posição dessa
quanto a direção dos ventos dominantes, e as proteções adotadas nos telhados, clarabóias, portas,
janelas e elementos empregados para exaustão nos telhados.
9 - Análise quanto ao risco de Explosão de aparelhos e de substâncias
O risco de explosão pode ser devido ao aumento do volume de recipientes, ou a uma
reação química descontrolada. Assim, poder-se-á ter o risco envolvendo somente equipamentos, como
no caso de caldeiras e de compressores ou de tanques fechados de armazenamento de produtos, ou
envolver substâncias, sem que essas estejam necessariamente armazenadas em recipientes sob pressão.
10 - Análise quanto ao risco de Incêndio
A avaliação do risco de incêndio não deve se prender somente a aspectos da
existência de equipamentos de detecção e combate a chamas, mas também a aspectos operacionais e de
atendimento a situações que exijam rapidez de mobilidade e disponibilidade de equipamentos e
agentes extintores. Chamamos a atenção para perguntas do tipo:
• Há presença de substâncias com risco de explosão ou de reatividade em presença de água?
• Há possibilidade de haver alastramento do incêndio para outros riscos?
• As áreas de maior risco são compartimentadas, a fim de se evitar o alastramento do incêndio?
11 - Análise quanto ao risco de Danos Elétricos
Danos elétricos são, com certeza, os eventos que incidem com maior freqüência em
uma instalação industrial. Poderão não ser os danos que apresentem maior severidade de perdas.
Porém, se computarmos o tempo despendido com a substituição dos equipamentos danificados e com a
paralisação das atividades, esses danos poderão ser bem mais sérios. Por essa razão deve-se ter uma
atenção especial à proteção dos circuitos e dos equipamentos contra sobrecargas elétricas e do
aterramento elétrico.
12 - Análise quanto ao risco de ..................
Deixamos este campo para análises de outros riscos que não sejam os já comentados
anteriormente. Como exemplo, citamos o risco de perda de receita ou de interrupção de produção,
também dito risco de Lucros Cessantes, que preocupa muita gente. Neste caso, as perguntas a serem
formuladas deverão estar voltadas para aspectos operacionais da empresa, aspectos de manutenção das
instalações, possibilidade de reposição imediata dos equipamentos danificados, etc. Na verdade,
deseja-se saber se poderá ocorrer uma paralisação do processo de fabricação por um acidente, qual será
esse acidente, e quanto tempo se gastará para por as instalações em plena atividade.
NOTAS:
A área de processo é uma das que concentra os principais riscos da empresa, além de
ser também aquela em que uma ocorrência, de qualquer tipo de evento, poderá vir a prejudicar ou
mesmo paralisar a produção. O cuidado deverá ser redobrado se as áreas de estocagem de matérias
primas e de produtos acabados estiverem junto ao processo industrial. Pela sua relevância,
comentaremos os principais itens:
a) Fluxograma do Processo
A leitura do fluxograma do processo permite que seja traçada uma avaliação dos
possíveis pontos de estrangulamento da produção, dos momentos em que há desvios da produção para
outras linhas, dos pontos de duplicidade, etc.. O fluxograma é uma peça importante quando se deseja
elaborar um trabalho mais técnico, que envolva a Análise de Árvore de Falhas, a Análise dos Modos de
Falha e Efeitos, bem como de outras ferramentas adotadas no gerenciamento de riscos, comentadas nos
capítulos do livro Gerenciamento de Riscos Industriais.
b) Descrição do processo
A descrição do processo abrange não só os comentários de como se dá o processo
produtivo, ou a cadeia produtiva, como também menciona os produtos ou matérias primas empregadas,
e os produtos derivados, as pressões e temperaturas de cada uma das fases, e outras informações
adicionais. A descrição do processo deve ser a mais clara e concisa possível, com o foco da análise
voltado para possíveis pontos onde possam surgir eventos danosos, ou lugares mais suscetíveis de
serem atingidos por esses mesmos eventos danosos.
c) Principais equipamentos
A descrição e relação dos principais equipamentos empregados no processo é
relevante para a análise do potencial de risco.
Entretanto, de nada adianta saber-se que existe um determinado equipamento e que esse,
individualmente apresenta um certo risco, se a avaliação não é feita em conjunto com a análise do
fluxo de produção e do layout da planta.
d) Produtos finais e produtos intermediários
A descrição dos produtos é importante para que se possa avaliar corretamente os
riscos que esses representam. Dentre esses, citamos: toxidez, reatividade, inflamabilidade,
corrosividade, explosividade. Para facilidade de análise deve ser informado o grupamento químico a
que pertencem e os estoques mínimos por produto.
e) Estocagem dos produtos
A estocagem é um outro ponto de risco relevante, porque representa uma agravação
das condições de armazenamento. Na estocagem a ocorrência de determinado risco pode por a perder o
trabalho de dias ou semanas.
Há produtos sensíveis à fumaça, outros ao calor, outros à luminosidade. Há outros produtos que se
degradam em função do longo tempo de armazenagem, e outros que, devido a normas de segurança
somente poderão ser estocados de determinada maneira. Deve-se considerar também os aspectos
relativos à forma de armazenagem, ao local onde são armazenadas as mercadorias e os procedimentos
de segurança adotados para se evitar que os bens estocados venham a sofrer danos.
f) Arruamentos
As vias de circulação interna possibilitam o livre trânsito de pessoas e de veículos,
bem como o escoamento da produção. Por essa razão, devem ser projetadas de sorte a que não venham
a ocorrer impedimentos ao livre trânsito. Deve-se avaliar, inclusive, se os maiores veículos de combate
a incêndios têm livre acesso a todos os prédios da planta segurada. Em indústrias de alto risco, seja de
incêndio ou de explosão, deverão existir áreas de refúgio de pessoas e áreas para onde poderão ser
desviados os equipamentos móveis e os veículos.
g) Segurança do processo
A avaliação da segurança do processo compreende a análise de todos os
procedimentos adotados para se evitar que ocorra o descontrole, seja do próprio processo, seja do fluxo
de produção. A segurança do processo poderá compreender a instalação de dispositivos, na linha de
produção, que permitirão aliviar a pressão interna da rede, ou reduzir uma temperatura crítica. Essa
segurança também pode ser conseguida via substâncias catalisadoras ou sistemas de drenagem da rede,
com o direcionamento do fluxo de produtos para tanques pulmão. Um ponto importante é o que se
refere aos gargalos ou áreas de estrangulamento da produção. Quando esses pontos estão centrados
sobre determinado equipamento, a análise de riscos abrangerá um minucioso exame desse
equipamento, com vistas a obter informações referentes a:
• tipo de equipamento;
• marca e modelo;
• capacidade nominal ou instalada;
• ano de fabricação;
• opção de reposição;
• tempo necessário para a reposição;
• eventos mais comuns;
• freqüência e severidade das perdas;
• formas de operação;
• tipo de controles efetuados;
• mecanismos de segurança adotados.
Quanto aos produtos ou às substâncias deve-se verificar:
⇒ alternativas de produção, face a sinistros ocorridos, objetivando se determinar o tempo médio de
retorno à atividade pela empresa;
⇒ possibilidade de compra de produtos de terceiros, bem como a determinação do tempo para que isso
venha a ocorrer. Também deve ser levantado a quantidade de opções de compra;
⇒ opção de produtos fabricados e que possam vir a ser adquiridos de terceiros, caso ocorra algo com
os equipamentos de produção da empresa;
⇒ opção de compras de produtos, bens e insumos para a produção;
⇒ tempo necessário para a reposição da linha de produção afetada, informando as implicações que
essa paralisação poderá gerar para as outras linhas;
⇒ tempo necessário para por em prática as alternativas mais viáveis.
Outro item de análise é o que diz respeito às formas e aos procedimentos de
estocagem adotados na produção. A avaliação deverá compreender os seguintes pontos:
♦ tipo de estocagem;
♦ matérias primas e produtos estocados;
♦ denominação dos materiais estocados;
♦ localização dos pontos de estocagem;
♦ capacidade de estocagem;
♦ rodízio adotado no estoque;
♦ relação dos produtos estocados;
♦ procedimentos de segurança adotados no manuseio dos produtos;
♦ procedimentos de segurança existentes para a preservação dos bens estocados.
h) Análise das condições de segurança dos edifícios
Essa análise compreenderá a verificação dos itens que compõem a segurança das
instalações, contra uma série de eventos que as possam atingir. Dentre esses eventos, os mais comuns
são: incêndio, queda de raios, ventos fortes, água de chuvas.
São considerados itens de segurança, o layout interno, a arrumação e a limpeza, as circulações internas,
a iluminação e a aeração, etc.
4 - Central de Utilidades empregadas na indústria
No tópico pretende-se observar os itens referentes à produção de energia, aqui
entendida como força. A avaliação envolve:
• energia elétrica, recepção, transformação, distribuição e consumo, bem como a forma de
distribuição dos circuitos;
• vapor, geração, distribuição e setores atendidos, como também o processo de proteção dos
dispositivos e dutos, principalmente no que tange ao isolamento térmico;
• ar comprimido, geração, distribuição e setores atendidos, e as pressões mínimas e máximas das
linhas. É interessante que se saiba se, havendo problemas em uma das linhas, o setor afetado poderá
vir a ser atendido por alguma outra linha;
• água industrial e potável, recepção, tratamento, estocagem, distribuição, setores atingidos e
consumo;
• tratamento de efluentes;
• demais utilidades do processo.
5 - Manutenção de equipamentos e instalações
A incidência de danos em instalações e equipamentos depende diretamente da
qualidade dos serviços de manutenção adotados pela empresa. Já está provado que empresas que
trabalham exclusivamente com manutenção corretiva estão muito mais sujeitas a danos expressivos,
isto porque, somente se corrige o que está errado. Não se parte para uma linha preventiva. As empresas
que possuem certificação de qualidade, trabalham com manutenção preditiva, e no máximo preventiva.
Por isso estão sempre se adiantando à ocorrência de acidentes em suas instalações. Se o motor de um
equipamento está apresentando uma vibração anormal, é muito melhor saber-se o que está ocorrendo
do que se esperar que ele pare de vez. Pergunta-se também neste capítulo, se a manutenção é feita pela
própria empresa ou terceirizada, se existe controle formal dos serviços executados, qual o quadro de
funcionários que trabalham exclusivamente com manutenção e sua especialização, e dados relativos às
oficinas de manutenção e de reparos. Há uma tendência de se criticar a manutenção terceirizada.
Porém, com adequada supervisão, um bom contrato e severas sanções, pode-se ter uma segurança
nesses serviços. Também uma idéia que tem sido mudada é a da manutenção feita por equipe
disponível exclusivamente para tal serviço. Em empresas que praticam os conceitos de Just in Time, os
próprios operadores dos equipamentos são os responsáveis pela manutenção. São eles que acendem a
luz amarela para a equipe que irá realizar os serviços de maior envergadura.
6 - Segurança contra incêndio
O capítulo destina-se a colher informações à respeito dos equipamentos, dispositivos
e sistemas empregados na segurança contra incêndio. Nunca é demais chamar a atenção do inspetor,
que mais importante do que existir o equipamento de segurança é esse estar em condições imediatas de
uso. Deve-se verificar a adequação entre os agentes extintores empregados e os bens que estarão sob a
área de cobertura desses mesmos dispositivos.
7 - Parecer do Engenheiro acerca de pontos para a melhoria do Risco
Neste capítulo e Engenheiro irá comentar sobre o que viu que possa se constituir em um entrave para a
aceitação do risco, e o que poderá vir a ser feito para a melhoria desses pontos de risco.
É muito importante que em seus comentários, as sugestões tenham um endereço certo, ou seja,
“encontramos uma instalação elétrica desprotegida e sem aterramento, no setor X, atendendo aos
equipamentos Y”.
Outra sugestão que fazemos é que os comentários sejam grupados de acordo com a sua importância,
em itens que devam ser implementados a curto prazo, itens a médio prazo, e itens a longo prazo. Para a
aceitação do risco, os pontos de implementação a curto e a médio prazo são os mais relevantes.
Por exemplo, suponhamos que estamos analisando uma instalação com vistas ao risco de roubo ou de
furto. A colocação de uma grade em uma janela com toda a certeza não deverá ser um item de
implementação a longo prazo. A instalação de um sistema de alarme poderá ser uma medida a ser
implementada a médio prazo. A substituição das portas por portas metálicas pode ser enquadrada como
uma medida a longo prazo.

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Programas de gerenciamento de riscos - notas de aula Curso de Ciências Atuariais - UFF

  • 1. Prof. Antonio Fernando de Araújo Navarro Pereira 1 Programas de Gerenciamento de Riscos NOTAS DE AULA DO CURSO DE CIÊNCIAS ATUARIAIS Métodos de dimensionamento das perdas causadas por um incêndio Cálculos da Perda Normal Esperada, do Dano Máximo Provável e da Perda Máxima Admissível Resumo: Por inúmeras vezes o Atuário poderá se deparar com questões do tipo: O que se deve fazer para que exista a proteção eficiente de um ambiente contra o risco de incêndio? Como um incêndio pode ser extinto ou contido? Qual será o equipamento mais adequado para a prevenção e combate a incêndios? As perguntas quase sempre surgem quando: são estocados ou acondicionados no ambiente materiais perigosos pela sua natureza, quanto a reações exotérmicas, materiais ou substâncias explosivas; existam sistemas computacionais, equipamentos de monitoramento e controle de processos, entre outros. As técnicas empregadas quase sempre utilizam critérios técnicos de avaliação do ambiente, da forma de acondicionamento dos produtos e a existência de dispositivos de prevenção e combate [os equipamentos de detecção e combate a incêndios são assim considerados como aqueles de aviso das ocorrências - sensores, e aqueles que debelam chamas, seja através de resfriamento, isolamento ou abafamento, processos esses normais no controle de um incêndio]. Para que se possa avaliar a relação custos versus benefícios da implantação desses sistemas podem ser empregadas técnicas de análise de riscos, muitas vezes utilizadas no mercado segurador para se mensurar o grau de risco de um ambiente, com fins de precificação de perdas. Essas avaliações tendem a ser classificadas conforme a proposta do avaliador. Palavras-chave: Gerenciamento de Riscos, Emprego de softwares de gestão, definição de Dano Máximo Provável. 1 Licenciado em Física e Matemática, Engenheiro Civil, pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho e em Proteção de Sistemas Elétricos, Mestre em Saúde e Meio Ambiente, Especialista em Gerenciamento de Riscos com mais de 40 anos de atuação, principalmente no segmento industrial, tendo atuado como Perito do Instituto de Resseguros do Brasil entre os anos de 1978 a 1998, Professor Concursado da Universidade Federal Fluminense, lecionando aulas no Curso de Ciências Atuariais.
  • 2. Prof. Antonio Fernando de Araújo Navarro Pereira Anotación de aulas de Gestión del Riesgo de curso de Ciencias Actuariales Métodos de escalamiento de las pérdidas causadas por incendio, Pérdida Normal Esperada, de los Daños Máximos Probables y da Pérdida Máxima Permisible Resumen: Por innumerables veces el Actuario puede hacer frente a preguntas como: ¿Qué debe hacerse para la protección efectiva de un medio ambiente contra los riesgos de incendio? ¿Cómo un incendio puede ser extinguido o contenido? ¿Cuál será el equipo más adecuado para prevención y lucha contra el fuego? Las preguntas casi siempre se presentan cuando: se siembran o empaquetado de materiales peligrosos en el medio ambiente por su propia naturaleza, como las reacciones exotérmicas, materiales o sustancias explosivas; Hay sistemas computacionales, monitoreo de equipos y control de procesos, entre otros. Las técnicas empleadas casi siempre utilizan criterios técnicos para la evaluación del medio ambiente, la forma de embalaje de productos y dispositivos para prevenir y combatir [equipos de detección y lucha contra incendios se consideran como los de huelgas y sensores de advertencia y los que debelan as llamas, ya sea a través de la refrigeración, aislamiento o congestión, estos procesos normales en controlar un incendio]. Con el fin de evaluar el costo versus los beneficios de la implementación de estos sistemas pueden emplearse técnicas de análisis de riesgo, de uso frecuente en el mercado, para medir el grado de riesgo de un entorno de los emprendimientos, de los efectos de las pérdidas y da fijación de precios das coberturas. Estas evaluaciones tienden a ser clasificadas según la propuesta del evaluador e conforme las técnicas empregadas. Palabras clave: Gestión de Riesgos, Software de Gestión de Trabajo, Daño Máximo Probable.
  • 3. Apresentação: Dentre as inúmeras técnicas empregadas nas análises de riscos, com fins de identificação dos riscos, avaliação das perdas e precificação dos prejuízos, há metodologias bastante distintas, utilizadas nas análises das perdas, especificamente, as que identificam os riscos em função das atividades principais desenvolvidas em cada ambiente, etc.. Aqui tratar-se-á do Risco Incêndio, por ser um risco relevante, não só com relação à frequência das ocorrências, como também à severidade das perdas, e um evento que ocorre por causas provocadas, que tem a probabilidade de ocorrer em praticamente todas as instalações acobertadas por seguros, e, a partir daí, iniciar associações entre eventos e perdas para a precificação dos prejuízos. A proposta de precificação dos prejuízos, ou invés da identificação dos meios de detecção e de combate aos eventos se dá, principalmente, para que se tenha uma avaliação mais confiável e, com esses indicadores ou métricas, terem-se elementos de balização para a escolha dos equipamentos de detecção e combate a incêndios mais adequados e compatíveis com os riscos existentes, assim como para o estabelecimento de critérios técnicos para a aceitação dos riscos. Antes que um evento se manifeste, provocando perdas ou danos, pode assumir distintas configurações perceptíveis por aqueles entendidos nos critérios de avaliação de riscos. Uma barragem, antes de romper-se pode apresentar em sua estrutura o surgimento de fissuras ou rachaduras. Um prédio, antes de desabar, apresenta um carregamento anormal na estrutura mais próxima do solo com pequenas deformações estruturais. Um incêndio antes de iniciar, precisa de abundância de materiais inflamáveis ou combustíveis, em ambientes onde exista nível de oxigênio em percentual acima de 19% de dissolução na atmosfera local, e da presença de fontes de calor, representadas por chamas abertas e ou produção de fagulhas. Se essas fontes de calor estiverem no mesmo nível requerido para os materiais combustíveis ou inflamáveis entrarem em combustão tem-se o incêndio. Especificamente quanto a esse risco, não basta apenas a existência de materiais combustíveis ou inflamáveis + calor em quantidade capaz de inflamar os materiais + teor de oxigênio que possibilite a oxidação dos materiais e, acima de tudo, do que denominamos de "momento", ou de como todos esses cenários estão dispostos para que o incêndio se manifeste. Quando um incêndio ocorre esse pode se auto extinguir na medida em que não haja mais materiais para a combustão, ou quando o nível de oxigênio dissolvido na atmosfera fique reduzido. Por outro lado, se não existirem essas condicionantes, o incêndio poderá continuar existindo, alastrando-se a outros ambientes. Caso as premissas anteriores voltem a ocorrer, ou entre em ação os dispositivos automáticos ou manuais de prevenção e combate a incêndios, haverá grande tendência do incêndio ser controlado e extinto. Se, em continuidade, esses fatores inibitórios não mais puderem ser empregados, ocorrerá o descontrole da ignição com perdas acentuadas ou massivas. Nesses casos,
  • 4. chegar-se-á à perda total do conteúdo existente no ambiente, e, eventualmente, da destruição de grande parte da construção ou da fragilização da construção. Na evolução dos cenários, especificamente ao risco incêndio, têm-se três degraus de evolução, a saber: • Perda Normal Esperada, ou PNE. Caracterizada como a perda verificada ao longo do processo em função da própria atividade de transformação, facilmente debelada, seja com o emprego de um simples jato de extintor de incêndio, seja com o isolamento do material que está em início de combustão, ou através do abafamento do ambiente, ou confinamento. Os Atuários costumam precificar essas perdas para determinar o valor da "franquia2 " do seguro. • Dano Máximo Provável ou DMP. Valor médio dos danos provocados por incêndios, supondo que esse venha a ser identificado precocemente, combatido e debelado com os recursos existentes na própria empresa, assim como não haja o recrudescimento das chamas. O DMP parametriza o valor usual ou médio das indenizações, também conhecido como indenização média, ou média dos prejuízos ocorridos. • Perda Máxima Admissível ou PMA. Essa perda é representada pelo maior dano ocorrido e extinto naturalmente supondo que todos os recursos de combate a incêndio existentes na empresa ou não foram empregados ou foram insuficientes e, em assim sendo, o incêndio extinguiu-se, seja porque não mais existirão materiais a serem consumidos pelas chamas ou porque os dispositivos de prevenção e combate se mostraram ineficientes. Os valores da PMA são importantes para a definição de estratégias de negociação dos excessos de danos em operações de resseguro e mesmo para a inserção das "Participações Obrigatórias dos Segurados".3 O norte das ações de precificação deve levar em consideração esses três parâmetros de cenários, necessários para a definição dos limites de perdas – stop of loss4 , na fixação das franquias ou participações obrigatórias do segurado, ou para a determinação dos níveis de cosseguro e ou resseguro, para limitar a exposição às perdas da seguradora líder. Assim, este artigo tem o propósito de tratar dessas questões, abordando muito particularmente o Dano Máximo Provável, utilizando para tal e tendo como referência trabalho publicado por: Navarro, A.F.. O Efeito do Dano Máximo Provável sobre o Seguro: Utilização de softwares específicos, Revista Cadernos de Seguros da FUNENSEG, 19, Ano XIII, n° 78, mar/abr/1995. 2 Parcela deduzida do valor da indenização que contratualmente é assumida pelo segurado. 3 POS é definida como o valor da participação do segurado em cada evento ocorrido, ou no somatório de eventos ocorridos que possam ter a mesma causa. 4 From the Encyclopedia of Actuarial Science. John Wiley & Sons, Ltd, 2004, Stop loss is a nonproportional type of reinsurance and works similarly to excess-of-loss reinsurance. While excess-of-loss is related to single loss amounts, either per risk or per event, stop-loss covers are related to the total amount of claims X in a year – net of underlying excess-of-loss contracts and/or proportional reinsurance.
  • 5. Para a composição desse artigo o autor se baseou em sua experiência de gerenciamento de riscos em cerca de 350 indústrias, quando então avaliava o grau de segurança e de eficácia dos equipamentos de detecção e combate a incêndios para a área de seguros5 , especificamente para a retenção dos riscos pelas próprias resseguradoras e seguradoras. Essas atividades de gerenciamento de riscos ocorreram no período de 1978 a 1895, período em que o autor coletou os dados compilados e os configurou para a elaboração do projeto de desenvolvimento de software, em época na qual ainda não existia uma tradição do emprego de tecnologias de informática para o tratamento de dados, em parceria com a MTL Engenharia Ltda., empresa que já vinha elaborando softwares para vários fins aplicados à indústria de petróleo, e, especialmente, para o projeto de torres de queimadores (flares) para a queima de resíduos de processo de refino, através de cálculos de deslocamento e velocidade de queda de "plumas". O artigo, transformado em Notas de Aula, não trata especificamente dos dados coletados durante as pesquisas, mas sim, traduz em valores parametrizados, o que se pede detectar nas inspeções de Gerenciamento de Riscos, e durante a análise de sinistros ocorridos. 5 Época em que atuava em Comissões Técnicas da Federação das Seguradores, especificamente a Comissão Especial de Instalação de Chuveiros Automáticos Contra Incêndios – CEICA, representava o Mercado Segurador em Comissões Técnicas específicas da ABNT na elaboração de normas e procedimentos de equipamentos de incêndio, também representava o mesmo Mercado em Comissão Técnica do INMETRO, para o registro das normas técnicas elaboradas pela ABNT, e atuava como Gerente de Riscos de Grupo Segurador Brasileiro, tendo a oportunidade de desenvolver inúmeros produtos de seguros aprovados pelo Ressegurador Oficial e pela Superintendência de Seguros Privados – SUSEP.
  • 6. 1. INTRODUÇÃO A determinação do Dano Máximo Provável, para aplicação na taxação de seguros, especialmente o provocado por incêndios, sempre foi complexa, visto que a sua conceituação era variável de acordo com o grau de conhecimento do engenheiro ou gerente de riscos das empresas, assim como da existência de inúmeros parâmetros técnicos que deveriam ser apurados. De modo bastante simplificado, apresentam-se alguns parâmetros ou informações que devem ser obtidos e analisados: 1. Tipos de materiais existentes no ambiente; 2. Formas de armazenamento desses materiais; 3. Características dos contenedores dos materiais; 4. Volumes dos materiais armazenados e em processamento; 5. Existência de depósitos, mesmo que temporários, de produtos intermediários e finais; 6. Existência de meios de transporte de materiais e dos riscos que esses possam representar para os materiais isolados, ou em mistura e os produtos acabados; 7. Experiência da empresa quanto a atuação segura de seu processo de manufatura ou transformação; 8. Características físico-químicas dos materiais de per si e quando em mistura; 9. Características dos equipamentos do processo; 10. Características dos controles dos equipamentos dos processos; 11. Grau de manutenção dos equipamentos de processo; 12. Formas de manutenção e periodicidade; 13. Capacidade de reposição parcial ou total de equipamentos críticos do processo; 14. Meios para se desviar parte dos materiais em processamento para outras áreas menos inseguras, durante a ocorrência de um sinistro; 15. Temperaturas máximas e de processo gerado durante a manipulação dos materiais; 16. Formas de controle das reações do processo; 17. Existência de contra-medidas para interromper as reações entre materiais ou do processo de transformação; 18. Grau de capacitação dos operadores; 19. Níveis de supervisão das operações; 20. Existência de compartimentações de áreas e ou de equipamentos; 21. Existência de equipamentos e ou dispositivos de controle de ignição; 22. Existência de confinamentos de áreas; 23. Existência de áreas seguras para a remoção dos produtos produzidos durante a ocorrência de um incêndio ou de outro evento que possa ser contributário de um incêndio; 24. Existência de apoio externo para o atendimento a eventuais sinistros, etc.. Como pode ser observado nos itens listados, requer-se do engenheiro que irá empreender as atividades de gerenciamento de riscos um bom conhecimento sobre processos industriais, sobre equipamentos de produção, sobre segurança de processos, sobre equipamentos de combate a incêndio e suas atuações, sobre logística de produção, sobre análise estrutural, entre outros
  • 7. conhecimentos, requerendo-se, muitas vezes, e até pelas dificuldades que se apresentam nas análises, da presença de equipes de profissionais especializados em várias áreas de conhecimento técnico. Por inúmeras vezes verificou-se que os valores constantes dos relatórios de inspeção do Ressegurador para o DMP, abrangendo cada um dos riscos isolados, eram aceitos e reproduzidos pelas seguradoras, sem qualquer questionamento, mesmo que contivessem informações do tipo: DMP da planta 15 = 12% Qual o parâmetro ou metodologia empregada que permitia chegar a esse grau de precisão de uma perda tão complexa? Durante anos buscamos obter informações acerca do assunto, inclusive da existência de parâmetros que possibilitassem uma avaliação consistente do risco ou riscos. Porém, nenhum desses se reportando à determinação do DMP. Creditamos a não existência dessas ferramentas de avaliação à complexidade de um incêndio, onde a quantidade de variáveis a ser pesquisada é muito grande. Em uma linguagem mais acadêmica, pode se afirmar que o número de incógnitas é sempre maior do que o número de equações. O que fazer então? Inicialmente, busca-se tornar algumas dessas variáveis fatores conhecidos, através da fixação de valores razoáveis, ou variáveis, fruto de experiências vivenciadas nessa área, como por exemplo: • Tempo de detecção do princípio do incêndio ou mesmo a identificação de um incêndio em seu início - manifestada pela produção de calor, com o aumento da temperatura ambiente, a geração de correntes de ar ascensionais, ou a produção de gases, fumos ou materiais particulados; • Ambiente em que o incêndio estava se propagando – se aberto, fechado, interligado a outros, e demais itens que poderia indicar o modo de deslocamento do incêndio; • Dispositivos de prevenção existentes no risco – importantes não só para a identificação da ocorrência como também para o combate e mesmo a extinção do evento. A partir do momento em que se começou a simplificar a quantidade de variáveis o trabalho tornou-se menos complexo. Não quer dizer com isso que se esteja abrindo mão da técnica em função de uma fórmula simplicista. Muito pelo contrário, querer-se-á iniciar um processo no qual à proporção que a metodologia for sendo empregada, possa ser paulatinamente aprimorada, até que esteja bastante completa. Só mais recentemente começaram a surgir softwares [daí a razão dessa formal associação com a empresa MTL Engenharia Ltda.], que contava em seu quadro técnico de profissionais experientes nas atividades industriais e que já vinham desenvolvendo programas computacionais, logo após haverem sido disponibilizados computadores, isso porque essa parceria foi estabelecida em 1995. 2. FORMULAÇÃO DA SITUAÇÃO-PROBLEMA
  • 8. Por muitos anos a definição do que seria o Dano Máximo Provável foi discutida pelos técnicos de seguros, por ser este um parâmetro importante para o aumento da retenção dos riscos pelas seguradoras e resseguradoras, assim como do que poderia ser retido, em termos de responsabilidades financeiras pelas empresas. Quando uma empresa possui um risco elevado, por exemplo, a possibilidade de ocorrência de incêndio em um galpão industrial, a explosão em um parque de tancagem, o rompimento de uma barragem de rejeitos, e mesmo ainda o alagamento por transbordamento, de um rio em uma área de estocagem, quase sempre a primeira intenção é a contratação de apólice de seguros para acobertar esses riscos. Tanto o segurador (empresa seguradora), quanto o ressegurador, avaliam o risco dessa aceitação e elaboram uma precificação, a qual, aplicada sobre o montante de bens em risco fornece o prêmio ou valor da apólice de seguros. A indústria, segurador, da mesma maneira que o segurador, também avalia o quanto pode perder em bens e valores por ocasião da ocorrência de um evento dessa natureza – sinistro. Quando os valores perdidos são menores do que os custos com o seguro as empresas retêm essas responsabilidades. Ao contrário, transferem essas responsabilidades (riscos) para a(s) seguradora(s). Por isso é importante a determinação tanto mais precisa quanto o possível do Dano Máximo Provável. Em função do percentual indicado pelo inspetor de riscos a retenção poderia ser ampliada em até 4 vezes. Entretanto, face às peculiaridades de cada risco, bem como ao comportamento dos incêndios, com inúmeras variações em termos de evolução, fica extremamente difícil precisar-se quais os itens relevantes a serem considerados. Por exemplo, para o estudo de um incêndio é importante se conhecer: volume dos materiais estocados; características da forma de estoque e do ambiente onde as mercadorias ou instalações estão depositadas; tipo de material que está sendo consumido pelo fogo (combustível, inflamável, tóxico, ácido, etc.); local onde está ocorrendo o incêndio; compartimentações do local; distância do local a outras instalações vulneráveis; condições ambientes internas e externas; umidade do ar; temperatura ambiente e externa; correntes de vento externas; formas de renovação do ar ambiente; dispositivos de prevenção e combate a incêndios; existência de equipes de combate a incêndio e nível de capacitação e liderança, etc.. 3. CONCEITOS O Dano Máximo Provável é o maior dano que se verifica entre o lapso de tempo decorrente do início de um incêndio até a sua completa extinção. Na verdade, todos os danos ou perdas que se verificam nesse lapso de tempo devem ser somadas, para a determinação do DMP. Uma seqüência elementar do processo é a que se segue: • início do incêndio; • detecção; • formação da equipe de combate; • início da debelação do fogo;
  • 9. • controle do fogo; • extinção do incêndio. Em todos os processos de detecção e combate a incêndios podem ser empregados sistemas e equipamentos que demandem da participação humana ou não para o acionamento e utilização. Caso haja o envolvimento do homem, como no emprego de extintores e hidrantes, o tempo de resposta, tanto para a detecção quanto para o combate é mais longo. Os dispositivos podem ser ativos, quando combatem ou permitem o combate a incêndios, e passivos, quando apenas detectam, ou protegem as estruturas e equipamentos. O DMP difere da Perda Máxima Admissível porque nessa última o incêndio deve auto extinguir-se. Como empregado hoje o Dano Máximo Provável é indicado sob a forma de um percentual para cada planta ou risco isolado segurado, representando o quanto de material poderá ser perdido nas condições já citadas. Atualmente não há uma fórmula ou um método matemático que permita se chegar a esses percentuais com alguma margem de segurança. Os peritos costumam utilizar nos seus relatórios suas experiências pessoais e conhecimentos técnicos adquiridos. Um relatório elaborado por um inspetor com muita experiência contém dados muito mais confiáveis do que o elaborado por outro inspetor sem a mesma experiência. Isso não que dizer que o mais inexperiente não esteja empregando as metodologias apropriadas para cada caso. Quer dizer sim, que na ausência de fórmulas que independem da experiência de cada um o conhecimento individual é muito importante. Como dito o DMP é igual à perda verificada entre o início do incêndio e sua completa debelação. Há que se considerar a existência de um tempo entre cada uma das etapas do processo. Pode-se dizer que: DMP =f(t2 - t1) Onde: t1 = tempo inicial do surgimento do incêndio t2 = tempo final correspondente à extinção do incêndio A diferença entre t2 e t1 significa o tempo em que o incêndio "durou". Ressalta-se que antes de t1 não deveria existir incêndio e depois de t2 não existirá incêndio, da mesma causa ou origem. Assim, exclui-se a reinflamação. A função é direta na medida em que quanto maior for esse maior será o prejuízo verificado. Por exemplo, suponhamos que um detector de incêndio esteja calibrado para um tempo de resposta de 30 segundos. Após o disparo do alarme na central, o tempo de resposta da brigada de incêndio seja de 60 segundos. O OK pelos membros da brigada de combate a incêndios ocorra após 60
  • 10. segundos, e, finalmente, o combate esteja concluído em 120 segundos. Então o tempo total despendido será o somatório de cada um dos tempos indicados, redundando em 270 segundos. Se o tempo de resposta for maior do que 270 segundos todos os demais tempos envolvidos também o serão, pois está se somando cada tempo individualizado. Com isso os resultados diferirão dos inicialmente previstos. Se o socorro demora a chegar os prejuízos serão maiores. Para o cálculo da função tempo deve ser considerar o tempo de cada uma das fases do processo. O DMP será exposto pelo conjunto de perdas que se verifiquem durante esse tempo. Tf = ti + t2 + t3 + t4 A forma como os materiais se encontram influencia não só o tempo de combustão como o modo em que essa se processa. O algodão solto queima muito mais facilmente do que o algodão em fardos. A serragem da madeira queima muito mais fácil do que uma tora de madeira. O óleo Diesel queima mais facilmente do que o óleo de soja, apesar de ambos apresentarem características físicas de óleo. Face à variedade de materiais deve-se grupá-los de acordo com suas propriedades, como por exemplo: • sólidos combustíveis; • sólidos inflamáveis; • líquidos combustíveis; • líquidos inflamáveis; • gases combustíveis. Algumas das classificações internacionais explicitam a diferenciação entre os materiais de acordo com pontos de fulgor, ou outros parâmetros. Por exemplo, a National Fire Protection Association" (NFPA), para a identificação de Riscos de Incêndio de Produtos, considera: • líquidos insolúveis em água com ponto de fulgor abaixo de 76,6ºC (petróleo, benzeno, querosene, estireno, tolueno, xileno, naftaleno, etc.) • líquidos solúveis em água com ponto de fulgor abaixo de 76,6ºC (acetaldeido, acetona, a1cools metílico, etílico e butílico, dissulfeto de carbono, éter vinílico, etc.) • líquidos insolúveis em água com ponto de fulgor acima de 76,6ºC (óleos lubrificantes, óleos APF, óleos vegetais, etc.) • líquidos solúveis em água com ponto de fulgor acima de 76,6ºC (glicerol, benzil, acetatos, dietilenoglicol, dipropilenoglicol, dietilcarbitol, dimetoxitetraglicol, etileno, metilglicol, etc.) Deve ser destacado que o risco do armazenamento não diz respeito somente às características do produto, da forma de como é armazenado e da possibilidade de inflamar-se mais facilmente. Existem produtos que quando em contato com a água reagem violentamente, amplificando as perdas e danos. Também há produtos que quando misturados com outros produtos, tendo como solvente a água de combate a incêndio podem reagir, quimicamente, de forma violenta, produzindo vapores tóxicos ou inflamáveis. Voltando à igualdade anterior, com o acréscimo da função Material (M), tem-se:
  • 11. DMP = f(t), f(M) Para obtenção do DMP outro fator importante é o ambiente (A) em que o incêndio ocorre. Muitas vezes dizemos que o DMP é uma fotografia instantânea de uma dada situação. Se considerarmos o incêndio ocorrendo em uma sala com as portas e janelas fechadas teremos um resultados final. Se a porta ou alguma das j anelas for aberta o resultado será outro. Os ambientes podem ser considerados como: • abertos; • fechados, com ventilação natural; • fechados, com ventilação contínua; • fechados, sem ventilação. Com a adição do fator ambiente tem-se: DMP = f(t), f(M), f(A) Um novo item que deve constar da igualdade é o fator prevenção (P). De nada adianta um rápido atendimento ao incêndio se não há equipamentos para combatê-lo. Com isso chega- se a: DMP = f(t), f(M), f(A), f(P) Onde: f(t) = função do tempo f(M) = função dos materiais envolvidos f(A) = função do ambiente onde o fogo surgiu (P) = função de sistemas de prevenção existentes no local Se a análise for feita de forma crítica poder-se-á até mesmo dispensar a função ambiente. Assim sendo, tem-se: DMP = f(t), f(M), f(P) O DMP é uma função direta do tempo. Quanto maior o tempo gasto maior será o dano. Da mesma forma, quanto mais favorável ao incêndio for o material maior será o prejuízo ou a perda. Contrariamente, quanto maior for o nível de prevenção menor será a perda. Com isso, nossa igualdade passa a ser: DMP = f(t), f(M), f(i/P) Encontrar-se uma fórmula onde se adicione todos os parâmetros requeridos não é uma das tarefas mais fáceis, já que são vários os fatores a serem considerados, cujas associações entre si não estão ainda totalmente estudadas ou conhecidas. Os riscos envolvendo inflamáveis líquidos já estão em um nível bem adiantado de estudo, o mesmo não ocorrendo com os demais riscos.
  • 12. A evolução da informática nos permite concluir que dentro de pouco tempo nosso desejo será realizado. Enquanto não chegarmos a esse nível podemos sugerir o que se segue: Definição de um modelo matemático onde o número de variáveis não seja um fator impeditivo para o desenvolvimento da técnica. Para tanto, poderemos considerar o fogo originando-se em um ambiente fechado, e não ao ar livre. Outro ponto é o da detecção. Para facilidade de cálculo empregaremos um sensor, ou detector. Mesmo que o sensor não exista poderemos extrapolar um determinado tempo de atendimento ao incêndio. Com esses dados sobra-nos muito pouco em termos de variáveis, já que não estaremos considerando os efeitos externos provocados pelo ambiente natural, bem como estaremos dispensando as análises que levem em conta o tempo de atendimento, pois que que esse pode ser pré-fixado em vista do resultado da inspeção de risco. A título de ilustração fixaremos alguns dados, tais como: 1) Função do Tempo Para a função partiremos de um tempo inicial de dois minutos e meio, soma do tempo de detecção correspondente a 30 segundos com o tempo de atuação da brigada de incêndio em dois minutos. O tempo inicial deve ser agravado como resultado da inspeção de risco, mais exatamente em função da existência de equipamentos de detecção e combate a incêndios, tais como: a. empresa com sistema de detecção adequado, constituído por brigada de incêndio, extintores, hidrantes, detectores e sprinklers. Deve-se agravar o tempo inicial em 1 minuto b. empresa com sistema de proteção regular constituído por brigada de incêndios, extintores e hidrantes. Deve-se agravar o tempo inicial em 4 minutos c. empresa com sistema de prevenção deficiente, constituído por uma brigada de incêndio incompleta, extintores e rede de hidrantes parcial. Deve-se agravar o tempo inicial em 8 minutos 2) Função Material Para a "função material" o ideal é se procurar obter uma divisão que não seja muito extensa. Assim, sugerimos: a. Classe A : Combustíveis comuns; b. Classe B : Líquidos inflamáveis não voláteis; c. Classe C : Líquidos inflamáveis voláteis; d. Classe D : Líquidos combustíveis comuns; e. Classe E : Líquidos combustíveis inflamáveis. Equip, Dispositivos e Sistemas Qde Pontos Grande Risco Médio Risco Pequeno Risco Brigada de Incêndio 10 S S S Vigilância Petrimonial 10 S S S/N Extintores/Carretas 01 S S S Hidrantes Internos 02 S S S/N Hidrantes Externos 02 S S/N S/N
  • 13. Canhões Monitores 05 S/N S/N S/N Mangotinhos 01 S/N S/N S/N Moto-Bombas 02 S S/N S/N Detectores 05 S S S/N Sprinklers automáticos 10 S S/N S/N Sprinklers manuais 05 S S/N S/N Sistemas de Gases 10 S/N S/N S/N Sistemas fixos de espuma 08 S/N S/N S/N Sistemas fixos de pó 08 S/N Botoeiras de alarme 02 S S S/N Carros de Bombeiros 05 S S/N S/N Coef. agravação a ser aplicado (1) (2) (3) 3) Função Prevenção A função prevenção está intimamente associada ao tempo de atendimento. Para um razoável enquadramento e até mesmo para uniformizar unidades optamos por associar a prevenção a um agravamento na função tempo. Os coeficientes de agravação são os constantes da tabela ao lado. Na montagem da tabela consideramos a existência de um número mínimo de dispositivos de proteção contra incêndio. Nesse caso, a existência desses dispositivos é obrigatória. Se a existência desses for opcional, o fato deles existirem significará um aumento da pontuação, gerando, conseqüentemente, a uma redução do fator de agravação. Notas: s/n indica que o sistema é opcional. (1) até 50 pontos > sem agravação de 40 a 50 pontos > agravação de 10% de 30 a 40 pontos > agravação de 30% abaixo de 30 pontos > agravação de 100% (2) até 30 pontos > agravação de 10% de 20 a 30 pontos > agravação de 30% abaixo de 20 pontos > agravação de 100% (3) ate 15 pontos > agravação de 20% de 10 a 15 pontos > agravação de 40% abaixo de 10 pontos > agravação de 100% 4. METODOLOGIA A proposta é a de encontrar um modelo mais simples de determinação do DMP, o qual pode vir a ser sofisticada à proporção em que forem sendo obtidos novos parâmetros. Desta forma, escolhendo um ambiente fechado reduz-se o número de variáveis aleatórias. A escolha da detecção via detectores de fumaça ou iônicos recai no fato deles poderem vir a ser sensibilizados de acordo com as circunstâncias. A partir daí a única variável restante é a referente a característica do material existente. Para fins de estudo a escolha do material recai sobre o que apresente maior risco de incêndio, se existir vários materiais no mesmo ambiente. Face ao modelo escolhido os parâmetros que poderão vir a sensibilizar os detectores são:
  • 14. a. Aumento da pressão - O fluxo de ar para alimentação da reação de combustão gera um incremento na pressão ambiente. Mesmo sendo pequeno pode ser um dado utilizável. b. Aumento do fluxo de ar - O consumo de oxigênio gera um aumento da velocidade do ar, provocado pela reposição do oxigênio consumido. As correntes de convecção do ar também aumentam a velocidade do fluxo de ar. c. Aumento da temperatura - O aumento da temperatura é um dos dados relevantes. Para se criar uma situação agravante poderemos posicionar a origem do foco do incêndio a 9 metros de distância de um detector hipoteticamente instalado no ambiente. Cubando-se o volume de ar do ambiente e sabendo-se a quantidade de calor gerado com a queima tem-se o tempo necessário à sensibilização do instrumento. d. Aumento da umidade - Determinadas substâncias ao oxidarem-se liberam água, aumentando o percentual de umidade do ar. e. Aumento da luminosidade - Este conceito deve ser empregado caso o detector seja ótico ou de chamas. A título de ilustração, a queima de 230 gramas de algodão poderá sensibilizar um detector instalado em uma sala com um volume de ar correspondente a 1.610 m3. Para tanto o instrumento deverá estar calibrado para uma velocidade de ar correspondente a 0,2 m/s, a um percentual de umidade relativa a 60%, a uma pressão de ar ambiente de 750 mmHg e a uma temperatura de 20°C. Complementarmente ao proposto apresentamos um modelo desenvolvido por nós a alguns anos, para a avaliação de risco de incêndio, com base em um trabalho divulgado pelo Prof. Jesus Peres Obeso. Uma das preocupações que tivemos foi a de permitir que a avaliação do risco pudesse ser feita independentemente da qualificação profissional do inspetor. Ou seja, quisemos excluir o achismo, evitando dados desnecessários. Outro ponto foi o de permitir que se avaliasse a empresa segurada sob os aspectos de: • Características das construções; • Fatores de localização; • Fatores inerentes ao processo; • Fatores de concentração; · Destrutibilidade de substâncias/materiais; · Propagabilidade do fogo; · Sistemas de combate a incêndio existentes na empresa; • Sistemas de combate a incêndio existentes no maior setor de incêndio. A cada tópico há uma pontuação máxima e a pontuação recebida pelo item durante a inspeção. A diferença entre elas demonstra o grau de deficiência do setor ou da empresa. Trata-se de Método de avaliação de riscos por pontuação de itens empregado na aceitação prévia de risco incêndio.
  • 15. Avaliação do risco de incêndio I -Características das construções Número de andares ou altura da maior edificação ou risco 1 ou 2 menor do que 6 metros 5 pontos 3 a 5 de 9 a 15 metros 4 pontos 6 a 9 de 18 a 27 metros 2 pontos 10 ou mais acima de 30 metros 0 pontos Superfície do maior setor de incêndio De 0 a 500 m² 5 pontos De 501 a 1.500 m² 4 pontos De 1.501 a 2.500 m² 3 pontos De 2.501 a 3.500 m² 2 pontos De 3.501 a 4.500 m² 1 ponto Acima de 4.501 m² 0 ponto Resistência ao fogo das estruturas do maior risco Resistente ao fogo 10 pontos Não combustível 5 pontos Combustível 0 ponto Existência de tetos ou forros falsos Sem tetos ou forros falsos 5 pontos Tetos ou forros abaixo de lajes de concretos 4 pontos Tetos ou forros de material não combustível 2 pontos Tetos ou forros de material combustível 0 ponto Isolamento contra incêndio do maior risco Isolado por portas e paredes corta-fogo 10 pontos Isolado por portas e paredes incombustíveis 5 pontos Isolado por portas e paredes combustíveis 2 ponto Sem qualquer tipo de isolamento 0 ponto Qualidade dos pisos do maior risco de incêndio Pisos incombustíveis 5 pontos Pisos metálicos - não vazados 4 pontos Pisos metálicos - vazados 2 pontos Pisos combustíveis comuns 0 ponto Resistência ao fogo do telhado e de sua estrutura Resistente ao fogo 5 pontos Não combustíveis 2 pontos Combustíveis 0 ponto Existência de aberturas confrontantes com outros riscos Aberturas protegidas c/alastramento dos incêndios 5 pontos Aberturas não protegidas 0 pontos II - Fatores de Localização Distância aos corpos de bombeiros e guarnições de incêndio Menor do que 5 Km ou 5 minutos 10 pontos Entre 5 a 10 Km ou até 10 minutos 5 pontos Entre 10 a 20 Km ou até 15 minutos 3 pontos Acima de 20 Km ou 15 minutos 0 ponto Acessibilidade aos edifícios pelas viaturas dos bombeiros externos Boa 5 pontos Média 3 pontos Ruim 0 ponto Densidade de edificações ao redor do maior risco de incêndio Área esparsamente construída 10 pontos Área parcialmente construída 6 pontos Área mediamente construída 3 ponto Área densamente construída 0 ponto
  • 16. III Fatores de risco inerentes ao processo Perigo de reativação do fogo Baixo 10 pontos Médio 5 pontos Alto 0 ponto Carga térmica Baixa (até 50 Mcal/m2) 10 pontos Média (até 150 Mcal/m2) 5 pontos Alta ( até 300 Mcal/m2) 3 pontos Muito alta (acima de 300 Mcal/m2) 0 ponto Aspectos de ordem e limpeza Bom 5 pontos Regular 3 pontos Ruim 0 ponto Altura de armazenamento de mercadorias e matérias-primas na vertical Até 3 metros de altura 5 pontos Ate 6 metros de altura 2 pontos Acima de 6 metros de altura 0 ponto Áreas de armazenamento de marcadorias e matérias-primas na horizontal Até 500 m² 5 pontos Até 1.000 m² 3 pontos Até 3.000 m² 1 ponto Acima de 3.000 m² 0 ponto IV - Fatores de concentração de valores e de conteúdo Concentração de valores dos bens no maior risco de incêndio Até US$ 1,000,00/m2 10 pontos Até US$ 5,000,00/m2 5 pontos Acima de US$ 5,000,00/m2 3 pontos Características do conteúdo do maior risco De imediata reposição 5 pontos De fácil reposição 4 pontos De média reposição 2 pontos De difícil reposição 0 ponto V - Propagabilidade do fogo na área do maior risco Propagabilidade na vertical Baixa 5 pontos Média 2 pontos Alta 0 pontos Propagabilidade na horizontal Baixa 5 pontos Média 2 pontos Alta 0 pontos VI -Destrutibilidade das substâncias e materiais Por calor Baixa 5 pontos Média 2 pontos Alta 0 pontos Por fumaça ou por gases tóxicos Baixa 5 pontos Média 2 pontos Alta 0 pontos Por corrosão Baixa 5 pontos
  • 17. Média 2 pontos Alta 0 pontos Por água Baixa 5 pontos Média 2 pontos Alta 0 pontos Por agentes químicos de combate a incêndios Baixa 5 pontos Média 2 pontos Alta 0 pontos Sub-total X Máx. 160 ptos VII -Sistemas de combate a incêndio existentes na empresa Extintores 1ponto Hidrantes internos 3 pontos Hidrantes externos 5 pontos Mangotinhos 2 Carros de bombeiro ou moto-bombas 1 Chuveiros automáticos contra incêndio 10 Detectores automáticos contra incêndio 2 Sistemas fixos de gases 5 Botoeiras de alarmes 1 Reserva de água contra incêndio Até 120.000 m3 2 Até 500.000 m3 5 Mais de 500.000 m3 10 Brigada contra incêndio (Multiplicar os pontos obtidos anteriormente por 1) Subtotal Y Max. 80 pontos VIII – Sistemas de proteção contra incêndio existentes no maior risco Extintores 1 ponto Hidrantes 4 pontos Chuveiros automáticos contra incêndio 10 pontos Detectores automáticos contra incêndio 3 pontos Outros dispositivos de combate 2 pontos Brigada contra incêndio (Multiplicar pontos obtidos por 1) Subtotal Z Máx. 40 pontos IX -Índice de proteção contra incêndio PCI =4 x X + 3 x Y + 2 x Z + (0,5V) + (0,5B) 160 80 40 V = Vigilância permanente na empresa B = Existência de Bombeiros profissionais permanentemente PONTUAÇÃO PCI até 4.pontos risco aceitável PCI até 6 pontos risco regular PCI até 8 pontos risco bom PCI até 9 pontos risco muito bom PCI acima de 9 pontos risco ótimo
  • 18. Sob o título de formulários adotados em seguros especiais, inclui-se modelo empregado no gerenciamento de riscos de máquinas e equipamentos, usualmente utilizados nas vistorias prévias para a contratação de seguros de Riscos Operacionais. O formulário proposto é subdividido em três módulos. No primeiro, são indicados os prováveis riscos incidentes em instalações industriais, a fim de que se possa comentar à respeito da potencialidade das perdas geradas por esses eventos. Para tanto, existem 4 colunas, com os seguintes títulos: DMP, PNE, PMA e Afetando Terceiros. No segundo módulo avaliam-se os eventos críticos, devendo ser preenchida uma folha para cada local ou equipamento inspecionado. O último módulo é uma análise individualizada de cada um dos equipamentos relevantes, existentes na empresa. Também aqui deverá ser preenchida uma folha para cada equipamento inspecionado. a) DMP - Dano Máximo Provável É o maior dano que poderá ocorrer em um bem segurado, supondo-se que entre o momento do surgimento do dano e a sua completa extinção ou debelação, haverá um socorro externo, ou um processo externo de interrupção da perda. Por exemplo, consideremos o evento incêndio, afetando as mercadorias dispostas no interior de um depósito ou almoxarifado. Caso o fogo se inicie e seja detectado pelos funcionários da empresa, através da fumaça produzida pela queima, certamente deverão estar previstas algumas providências. O DMP é o dano verificado desde o surgimento do incêndio até a sua completa extinção, pelos funcionários da empresa, ou por equipamentos automáticos de detecção e combate a incêndios. Se o tempo de atendimento ao evento for de 5 minutos, o DMP será o que for consumido pelo fogo nesses 5 minutos. b) PNE - Perda Normal Esperada É a perda que ocorre normalmente nos processos industriais. É comum o surgimento de determinadas perdas, face a ajustes de equipamentos, a retrabalhos devido a falta de treinamento de funcionários, à queima de fusíveis e queima de pequenos motores, etc. A troca periódica de gaxetas de válvulas, em função da utilização da mesma, é uma Perda Normal Esperada. A Perda Normal Esperada pode ser traduzida como a média das perdas que costumam ocorrer com uma maior freqüência, produto da própria atividade da empresa ou dos equipamentos ou instalações nela contidos. A PNE não é uma perda média, e sim, a média das perdas mais freqüentes. Usualmente busca-se determinar a PNE, a fim de que se possa fixar os valores sob a responsabilidade da própria empresa, e que não podem ser repassados a Seguradoras, já que, por se tratarem de perdas ditas perdas operacionais, são eventos perfeitamente previsíveis de ocorrerem. Exemplificando, uma lâmpada queima o filamento com o uso. A queima desse filamento é uma Perda Normal Esperada. Uma engrenagem desgasta-se com o uso. Os danos provocados pelo desgaste da engrenagem, limitados ou não à própria engrenagem também podem ser considerados como perdas
  • 19. normais. Assim, todos os componentes de equipamentos ou de instalações que sofrem desgaste contínuo e/ou tem limitação de vida útil, estão propensos a gerar Perdas Normais Esperadas. Entretanto, se a correia de uma polia vier a sofrer danos ou desgastes prematuros, não será uma perda normal esperada. A prevenção para as perdas normais esperadas é um programa de manutenção eficiente, conjugado com uma supervisão compatível com a atividade desenvolvida. Se o operário, ao perceber o desgaste da correia da polia não a troca no tempo certo, estará colaborando para o surgimento de um sinistro, o qual poderá vir a assumir proporções muito maiores das que usualmente poderia se esperar. c) PMA - Perda Máxima Admissível A Perda Máxima Admissível é a maior perda que poderá ocorrer em um ambiente, considerando-se que todos os equipamentos e sistemas de prevenção de perdas venham a falhar, e considerando-se que não haja o atendimento externo, ou o socorro externo. A PMA também poderá vir a receber a denominação de Perda Catastrófica, visto que se espera danos muito maiores dos que os que normalmente poderiam ocorrer. Para o dimensionamento da Perda Máxima Admissível, leva-se em consideração não só os materiais e produtos acondicionados no local, como também a forma de acondicionamento e o volume desses. d) Danos afetando a terceiros A última coluna é a que menciona se os danos podem vir ou não a afetar a terceiros. A preocupação com os danos a terceiros é devido à responsabilidade civil que as empresas têm, onde muitas vezes as ações interpostas por terceiros, por danos a eles causados tendem a ser bem maiores do que as perdas a eles geradas. O formulário é constituído de 3 quadros, a saber: • quadro resumo dos riscos incidentes; • quadro resumo dos eventos críticos; • equipamentos relevantes - análise individualizada. Resumidamente, tem-se: ⇒ a PNE é a perda comum, contra a qual, em princípio, nada se pode fazer. Existem mecanismos que reduzem as Perdas Normais Esperadas, como por exemplo, programas de manutenção preditiva; ⇒ o DMP é a perda que pode vir a ser controlada externamente. Quanto melhor forem os meios de controle menor será a perda; ⇒ a PMA é a perda contra a qual, pelo menos em princípio, nada se pode fazer, pode ser também conhecida como a perda catastrófica. Existem métodos já descritos no livro Gerenciamento de Riscos Industriais6 , que possibilitam a redução das Perdas Máximas Admissíveis. É aquela que tende a gerar os maiores danos. 6 NAVARRO, A.F., Gerenciamento de Riscos Industriais, Fundação Biblioteca Nacional, Ministério da Cultura, Escritório de Direitos Autorais, Certificado de Registro ou Averbação nº 123.087, livro 190, folha 202, outubro de 1996.
  • 20. Formulários adotados em cálculos de PNE, DMP, PMA 1) Quadro resumo dos Riscos Incidentes Riscos Incidentes DMP (%) PNE (%) PMA (%) (%) Afetando Terceiros L N G C L N G C L N G C Sim Não Incêndio Explosão química Explosão física Danos elétricos Queda de raios Descarga elétrica Arco voltaico Alagamento Vendaval/Tornado Granizo Tumultos/Motins Desabamento Erosão Corrosão Sabotagem Recalques de terreno Queda de barreiras Impacto de veículos Impacto de aeronaves Vazamento de produtos Contaminação ambiental Içamento de cargas Umidade Quebra de máquinas Roubo de bens Roubo de tecnologia Inundação Desmoronamento Geada Impacto com bens transportados DMP = Dano Máximo Provável PNE = Perda Normal Esperada PMA = Perda Máxima Admissível L = Risco Leve N = Risco Normal G = Risco Grave C = Risco Catastrófico 2) Quadro resumo dos eventos críticos Evento Objeto DMP (%) PNE (%) PMA (%) Danos Materiais (US$) Nº de dias reposição ou reparos % Valor de Produção
  • 21. 3) Equipamentos Relevantes - Análise Individualizada Características Operacionais do Equipamento (usar uma ficha para cada equipamento) Descrição das Características: Fabricante: Ano de fabricação: nº de identificação: Potência: Rotação: Amperagem: Voltagem: Modelo: nº de série: Emprego: Acionamento: Localização: Custo atual (US$): Custo de novo (US$): Possibilidade de reposição imediata curto prazo longo prazo Necessidade de manutenção imediata curto prazo longo prazo Necessidade de reparos imediata curto prazo longo prazo Observações durante a inspeção: 1) Quadro Resumo dos Riscos Incidentes O quadro apresenta um grupamento de riscos ou de eventos que poderão vir a incidir sobre os bens ou instalações da empresa, isoladamente ou não. Para cada um deles deverão ser informadas as conseqüências advindas, no tocante às perdas que possam vir a se manifestar, bem como a possibilidade desses danos virem a ser agravados com o alastramento das consequências para outros locais. Por exemplo, supondo que estejamos analisando um galpão industrial, construído à beira de uma encosta, em cujo interior há um almoxarifado de materiais diversos, poderemos, sem termos outras informações que não essas, arbitrar, ou projetar uma série de eventos que poderão vir a ser causadores de danos ao imóvel e/ou a seu conteúdo. Dentre esses danos cita-se:
  • 22. • deslizamento da encosta; • danos por água, já que o galpão está à beira da encosta; • danos por desabamento; • danos por desmoronamento, e • danos por incêndio. Pode parecer estranho, tratar-se do risco de incêndio e se apresentar relatório de análise de riscos que contemples a ocorrência de outros riscos. É importante dizer que a ocorrência de determinado risco pode causar outros distintos. Quando o navio Exxon Valdez saiu de sua rota e rompeu parte do casco, derramando milhões de litros de petróleo no Canal de Valdez no Alasca, a causa básica ou raiz foi a da saída da rota segura. A seguir, houve a colisão lateral do casco da embarcação com rochas que afloravam a superfície. A partir daí, o óleo contido nos tanques do navio vazaram para o canal. Um deslizamento de uma encosta pode afetar uma linha de alimentação elétrica, que entrando em curto circuito pode gerar fagulhas, que atingindo resíduos ou materiais pode provocar incêndio. Pode parecer absurdo, mas o gerente de riscos trabalha com cenários futuros, todos possíveis de causar perdas e ou danos. Poderá ocorrer o fato de que a encosta não seja do jeito que a estamos imaginando. Poderá não ser tão íngreme; poderá estar coberta de vegetação, pode ser que haja uma eficiente drenagem, enfim, pode ser que tudo aquilo o quanto imaginamos não seja real. Porém, sempre existirão riscos potenciais. A partir do momento em que os eventos causadores de danos já foram identificados, resta-nos estimar ou dimensionar as perdas, ou os danos daí derivados, classificando-os como um risco leve, um risco normal, um risco grave ou um risco catastrófico, bem como informando se esses danos poderão vir a se enquadrados dentro de uma das categorias já citadas anteriormente. Um dano por água de chuva não deve ser enquadrável como uma Perda Normal Esperada, porque se assim o fosse, a empresa não estaria protegendo adequadamente os seus bens. Também não o deve ser como um Dano Máximo Provável, porque a empresa pode disponibilizar recursos para, a cada chuva que ocorra, proteger mais os bens, evitando um prejuízo maior. Assim, esse dano somente pode ser enquadrado como uma Perda Máxima Admissível. A perda poderá ser devida ao encharcamento das mercadorias estocadas pela água que penetrou pelos telhados, ou pela água empoçada no piso, que não foi adequadamente drenada para fora do prédio. A partir daí, fica mais fácil classificar o tipo de dano como: um risco leve, normal, grave ou catastrófico. Um risco catastrófico é aquele que tende a gerar uma perda total, ou uma perda na qual a quantidade de bens não afetados é quase nenhuma. Como se observa, o enquadramento dos riscos não é uma operação tão complexa quanto possa parecer à primeira vista. O Gerente de Riscos deverá ter o bom senso para enquadrar corretamente as conseqüências dos riscos. Porém, o dimensionamento das perdas requer um embasamento técnico profundo. Quando se pretende praticar o auto-seguro, uma operação discutida em nosso livro Gerenciamento de Riscos Industriais deve-se ter em mente que uma das informações
  • 23. primordiais é a da definição da extensão das perdas, como uma maneira de se estimar o prejuízo financeiro diretamente daí decorrente. A empresa deverá ter instrumentos em mãos que a permitam tomar essa decisão, embasada em critérios técnicos. 2) Quadro Resumo dos eventos críticos Os eventos críticos são todos aqueles que representam um potencial maior de perda para a empresa. Há uma tendência desses eventos críticos ficarem restritos a determinado equipamento ou sistema, ou a uma determinada edificação. Por exemplo, quando estamos analisando uma caldeira, um evento crítico é a da explosão do equipamento, apesar de existirem outros eventos que podem ocorrer no mesmo equipamento. A caldeira pode estar sujeita a um dano elétrico, que venha a danificar ou paralisar os motores elétricos dos ventiladores ou insufladores. Da mesma forma que pode estar sujeita a um dano mecânico, e etc. A explosão, mencionada como o evento crítico, tem uma propensão de danificar não só a caldeira, onde foi originada, como também os equipamentos, instalações e edificações ao redor da mesma. Havendo o dano crítico esse deverá ser classificado como um DMP, uma PNE ou uma PMA, preferencialmente, informando-se: • qual o percentual do equipamento foi atingido ou danificado pelo evento? • quais foram os valores correspondentes a danos materiais? • quantos serão os dias necessários à reposição do bem atingido ou seu reparo? • qual será o percentual do valor da produção total da empresa que ficará reduzido, com a perda ou a paralisação do equipamento. Tratam-se de informações bastante difíceis de serem conseguidas, sendo porém, de fundamental importância para um bom gerenciamento de riscos. O Gerente de Riscos deve estar preparado para buscar esses dados com toda a paciência e boa técnica. Nem sempre os operadores dos equipamentos ou os usuários das instalações estão preparados para dar uma resposta satisfatória aos questionamentos formulados pelo inspetor. Exemplificando: em uma subestação elétrica o principal equipamento é o transformador, abaixador ou elevador de tensão. Em certas ocasiões, até mesmo em função da idade do projeto, já não existirão mais transformadores similares. E, os que podem vir a ser empregados em substituição ao equipamento danificado, poderão vir a necessitar de adaptações em todo o sistema de interligação. Qual o tempo disponível para a adaptação do equipamento? É difícil se precisar, já que a quantidade de parâmetros que conduzirão a esta resposta são vários, tais como: • existência de pessoal disponível para a realização da adaptação e da substituição do equipamento danificado; • existência de espaço físico para a instalação do novo equipamento; • existência de equipamentos para serem instalados; • existência de condições para o transporte e instalação do equipamento, etc. 3) Equipamentos relevantes - Análise individualizada
  • 24. Neste campo de informações pretende-se obter dados acerca dos equipamentos relevantes ao processo, ou à empresa, com algumas indicações técnicas. No campo destacamos os quesitos que mencionam: • possibilidade de reposição; • condições para a manutenção; • meios para os reparos. Cabe ser destacado que todos esses serviços deverão ser avaliados de sorte que a implantação e a implementação possa se dar: imediatamente, a curto ou a longo prazo. Essas informações permitirão se avaliar as reais condições de operação dos equipamentos, e o estado em que se encontram os mesmos. Um equipamento é considerado como relevante, se a atividade da empresa estiver conjugada a existência do mesmo. Uma bomba d’água pode não ser um equipamento relevante. Porém, se essa bomba for empregada para o abastecimento de uma caixa d’água, passa a ser relevante. O reservatório de água só tem finalidade se existir água em seu interior, o que somente poderá ser conseguido com uma bomba. Um sistema de ar condicionado é um equipamento relevante em uma sala de um centro de processamento de dados, não sendo tão relevante assim em uma escola ou em um escritório. Nesses locais é um equipamento gerador de conforto, mas não um equipamento relevante. VII - Relatório de Avaliação de Riscos O Relatório de Avaliação de Riscos é uma ferramenta bastante empregada na análise e no gerenciamento de riscos. Trata-se de um formulário de caraterísticas simples, usualmente adotado para inspeções menos elaboradas, ou para aquelas onde não há uma necessidade de precisão de dados, seja porque se tratam de riscos previamente conhecidos, seja porque já existe um conceito prévio acerca deles. É um modelo onde se os campos mais comumente encontrados possuem questões de respostas imediatas, do tipo preencher as lacunas. Obviamente, apesar do tratamento dado às informações, há necessidade do Gerente de Riscos se aprofundar em algumas questões mais importantes. Por exemplo, saber se há um transformador instalado no local é importante. Porém, mais relevante é saber como esse transformador está instalado e como opera. Todo formulário simplificado, com campos a serem preenchidos, tem uma característica básica, que é a do preenchimento rápido. Porém, essa rapidez no preenchimento não deverá prejudicar, de forma alguma, a qualidade da informação prestada. Por essa razão, sempre existirão campos, ao final de cada tópico, onde o inspetor poderá apresentar o seu parecer acerca dos itens analisados. O importante, deste caso, é a experiência do inspetor e de quem irá avaliar os resultados obtidos. Deve-se ter cuidado na elaboração desse tipo de formulário, de sorte a que não se tenha perda de qualidade de informações.
  • 25. O Relatório é comumente adotado na avaliação de riscos, para fins de seguros, em instalações de pequeno e de médio porte. Difere dos demais por definir uma linha de questionamentos, mais rápidos e objetivos. Não permite, entretanto, obter dados para a mensuração matemática dos riscos. Os quadros contidos no formulário são os seguintes: 1. Análise do Risco; 2. Características físicas do Risco; 3. Equipamentos de segurança contra incêndio; 4. Principais equipamentos existentes no risco; 5. Características físicas do Risco; 6. Análise quanto à exposição a Riscos; 7. Análise quanto ao risco de Alagamento/Inundação; 8. Análise quanto ao risco de Desabamento/Desmoronamento; 9. Análise quanto ao risco de Vendaval/Tornado/Granizo; 10. Análise quanto ao risco de Explosão de Aparelhos e de Substâncias; 11. Análise quanto ao risco de Incêndio; 12. Análise quanto ao risco de Danos Elétricos; 13. Análise quanto aos demais riscos.
  • 26. Relatório de Avaliação de Riscos Relatório nº Segurado: CGC: Unidade: Município: Endereço: Estado: Atividade Principal: « » Comercial « » Industrial « » Residencial « » Outra 1 - Análise do Risco Item Planta Ocupação Rubrica 7 L.O.C.8 Acabamento Área Constr. (m2) Custo de Reposição (m2) IS Total 2 - Condições dos Riscos Itens Bom Regular Ruim Condições para a evacuação do Risco Condições dos equipamentos e instalações Conservação das tomadas/quadros/interruptores/painéis elétricos Condições dos equipamentos de combate a incêndios Condições dos sistemas de segurança locais Aspecto da limpeza operacional Conservação das portas/janelas/basculantes Estado de conservação dos prédios Distribuição dos equipamentos de incêndio Aspecto do layout interno Condições de operacionalidade dos equipamentos e máquinas Controles de perdas de equipamentos e processos Rotinas de treinamento de funcionários Controle do turn over dos funcionários Aspecto de segurança contra os demais riscos que não incêndio Comentários gerais: 3 - Equipamentos de segurança contra incêndio Equipamentos Bem posicionados Recarregados Sinalizados Obstruídos Extintores Hidrantes Mangotinhos Detectores Moto-bombas Sprinklers Sistemas de gases Outros dispositivos Comentários gerais: 7 Rubrica é uma antiga classificação existente nas Tarifas de Seguros com a informação das características principais das atividades e ou produtos e ou processos. 8 LOC é a abreviatura existente nas antigas Tarifas de Seguros Incêndio para: Localização, Ocupação, Construção. O enquadramento dos riscos nas tabelas determinava a taxa básica oferecida pelo Ressegurador. Atualmente essas tabelas deixaram de ser aplicadas, pois que a experiência dos diversos resseguradores operando no País é que define a taxa de risco de resseguro.
  • 27. 4 - Principais equipamentos existentes no Risco Elevadores sim não Geradores elétricos sim não Caldeiras sim não Subestações elétricas sim não Compressores de ar sim não Turbinas elétricas sim não Transformadores sim não Ar Condicionado Central sim não Escadas rolantes sim não Antenas coletivas sim não Incineradores sim não Painéis de propaganda sim não Centrais telefônicas sim não Centros de Processamento de Dados sim não Comentários: 5 - Características físicas do risco Área construída: m2 Área ocupada: m2 Estado geral da construção bom regular deficiente Estado geral das instalações bom regular deficiente Aspecto de limpeza e conservação bom regular deficiente Terrenos baldios adjacentes sim sim Estações ferroviárias/ metrô próximas sim sim Quartel nas proximidades sim sim Delegacias policiais nas proximidades sim sim Comentários gerais: 6 - Análise quanto à exposição a Riscos Incêndios sim não Queda de raios sim não Explosão química sim não Explosão física sim não Vendaval/tonado sim não Alagamento/inundação sim não Granizo sim não Queda de aeronaves sim não Impacto de veículos sim não Danos a terceiros sim não Danos elétricos sim não Desabamento/desmoronamento sim não Outros sim não Ocorrências anteriores sim não Comentários9 : 9 No campo relativo aos comentários o gerente de riscos deverá fornecer a maior quantidade possível de informações. Se ocorreram sinistros anteriores devem ser apresentados os valores das perdas, indenizáveis ou não, assim como as datas e causas das ocorrências.
  • 28. 7 - Análise quanto ao risco de Alagamento/Inundação Rios, lagos e canais nas proximidades? sim não Proximidade: m Existência de drenos e galerias? sim não Desobstruídos? sim não Terreno com: drenagem rápida drenagem lenta alagadiço Nível do piso nas edificações: maior que o terreno menor que o terreno Proteção contra a entrada de água? sim não Adequadas? sim não Ocorrências anteriores? sim não Existência de subsolos? sim não Sujeitos a riscos? sim não Comentários: 8 - Análise quanto ao risco de Desabamento/Desmoronamento Existência de Aclives e declives? sim não Trincas na construção sim não Relevantes? sim não Terreno com: drenagem rápida drenagem lenta alagadiço Erosão no terreno? sim não Proteção de encostas? sim não Adequadas? sim não Ocorrências anteriores? sim não Existência de subsolos? sim não Sujeitos a riscos? sim não Comentários: 9 - Análise quanto ao risco de Vendaval/Tornado/Granizo Características das construções: Características dos ventos dominantes: Proteções especiais adotadas: Características dos telhados: Ocorrências anteriores? sim não Relatar Comentários: 10 - Análise quanto ao risco de Explosão de aparelhos e de substâncias Existência de caldeiras e de vasos de pressão? (Comentar) sim não Existência de substâncias explosivas ou inflamáveis? (Comentar, inclusive acerca dos cuidados quanto ao risco de explosão:
  • 29. Informar as caraterísticas dos depósitos de combustíveis, o isolamento entre os tanques e a existência de bacias de contenção e de dispositivos de combate a incêndios ou de isolamento de áreas: Descrever o estado geral das redes de ar comprimido, vapor, gases, eletricidade, vácuo: Informar quais as proteções adotadas para a proteção das caldeiras, bem como do plano de manutenção: Ocorrências anteriores? sim não Relatar Comentários: 11 - Análise quanto ao risco de Incêndio Há equipamentos de proteção suficientes para a proteção do risco? sim não Os agentes extintores são compatíveis com a classe de risco incêndio? sim não Há brigada de incêndio? sim não Há CIPA? sim não Há controles sobre as áreas de riscos? Os controles são adequados? sim sim não não Há um ordenamento e limpeza compatível com o grau de risco? sim não Há presença de substâncias com risco de reatividade com a água? sim não Há compartimentação de áreas, para evitar o alastramento do incêndio? sim não Há possibilidade de haver alastramento do incêndio para outros riscos? sim não Ocorrências anteriores? sim não Relatar Comentários: 12 - Análise quanto ao risco de Danos Elétricos Os circuitos elétricos são identificados de acordo com as áreas supridas? sim não Há painéis elétricos para a proteção das redes de distribuição? sim não Os circuitos são adequadamente protegidos? sim não Há circuitos sobrecarregados? sim não Há emendas de condutores sem a adequada proteção? sim não Há aterramento elétrico? sim não Há circuitos elétricos em áreas de risco? Os circuitos são blindados e à prova de explosão? sim sim não não Há circuitos instalados aparentemente? sim não Ocorrências anteriores? sim não Relatar Comentários: 13 - Análise quanto ao risco de ................................... Ocorrências anteriores? sim não Relatar Comentários: Considerações gerais acerca do preenchimento do formulário de Análise de Riscos O primeiro item do relatório destina-se à classificação dos itens e plantas seguráveis, como previsto na Tarifa de Seguros Incêndio do Brasil. Acrescentamos ao campo colunas referentes à:
  • 30. • informações acerca do tipo de acabamento construtivo das edificações; • área construída, preferencialmente de cada pavimento ou andar do prédio analisado; • custo de reposição para a edificação, preferencialmente extraído de publicações especializadas, e não de tabelas de Seguradoras; • importância segurada total da planta, no que diz respeito ao valor da edificação. Esse total é obtido multiplicando-se o custo de reposição por metro quadrado de construção vezes a área construída total. 1 - Condições dos riscos Riscos aqui significam eventos ou itens que deverão ser avaliados. A avaliação proposta é expedita, enquadrando-se como bom, regular ou ruim. Um enquadramento regular ensejará o acréscimo de uma recomendação para a melhoria daquela situação. Um enquadramento ruim poderá significar a recusa, em todo ou em parte do risco, ou a inclusão de algum tipo de sanção punitiva, ou de uma participação obrigatória da empresa em cada evento que venha a ocorrer. Há uma miscelânea de informações, algumas relativas a segurança patrimonial, outras à segurança contra incêndio, outras relativas a aspectos de conservação. Os grupamentos avaliados no presente campo de informações são os seguintes: a) Segurança contra incêndio • Condições para a evacuação do risco; • Condições dos equipamentos de combate a incêndios; • Distribuição dos equipamentos de incêndio. b) Segurança Operacional • Controle do turn over dos funcionários; • Rotinas de treinamento de funcionários; • Controles de perdas de equipamentos e processos; • Condições de operacionalidade dos equipamentos e máquinas; • Condições dos equipamentos e instalações. c) Segurança Patrimonial • Conservação das tomadas, quadros, interruptores e painéis elétricos; • Condições dos sistemas de segurança locais; • Aspecto da limpeza operacional; • Conservação das portas, janelas e basculantes; • Estado de conservação dos prédios; • Aspecto do layout interno. 2 - Equipamentos de Segurança contra Incêndio O tópico solicita que sejam informados como se encontram os equipamentos de segurança contra incêndio, no que diz respeito aos quesitos de posicionamento, recarga, sinalização e obstrução. Para alguns, a informação referente a recarga fica prejudicada, como por exemplo, para
  • 31. sistemas hidráulicos ou equipamentos que empregam a água como agente extintor. Pode-se informar, com ressalvas em campo próprio, se esses equipamentos possuem água em quantidade suficiente para o combate ao incêndio. Deve-se levar em consideração que os equipamentos portáteis são eficientes somente para o combate a princípios de incêndio. Empregar-se um extintor para combater um incêndio, com uma carga térmica razoável, além de ser perigoso para o operador, pondo em risco a sua própria segurança física, não possibilita o decréscimo das chamas, já que o volume de agente extintor disponível é insuficiente para tal empreitada. 3 - Principais equipamentos existentes no risco Pretende-se obter a informação de quais são os equipamentos, dentre os listados, que existem no local inspecionado. Alguns desses representam riscos para a própria empresa, outros, representam riscos para terceiros, de responsabilidade civil, e outros são necessários para o funcionamento, com segurança, de outros equipamentos, senão vejamos: a) Danos contra terceiros • Elevadores; • Escadas rolantes; • Painéis de propaganda; • Antenas coletivas. b) Danos contra as próprias instalações • Compressores de ar; • Caldeiras. c) Danos ambientais • Incineradores de Lixo. d) Danos adicionais aos próprios equipamentos • Turbinas elétricas; • Transformadores; • Ar condicionado central; • Centros de Processamento de Dados; • Geradores elétricos; • Subestações elétricas; • Centrais telefônicas. Alguns equipamentos são relevantes para a atividade avaliada, como por exemplo: ⇒ a existência de geradores para um hospital; ⇒ a existência de ar condicionado central para uma instalação de computação; ⇒ a existência de compressores de ar para oficinas mecânicas, etc.
  • 32. Existirão campos próprios, mais adiante, onde poder-se-á comentar a respeito de determinados riscos. Dentre os riscos habitualmente presentes em quase todas as empresas têm-se: • explosão gerada por caldeiras e compressores, bem como por todos os equipamentos que trabalham em regime de vaso de pressão fechado, com pressão interna maior do que a externa; • danos elétricos, produzidos por transformadores e subestações elétricas, como também pelas instalações que alimentam circuitos de luz e de força; • responsabilidade civil, por danos contra terceiros, provocado pelos painéis de propaganda externos e pelas antenas coletivas, como também por componentes da edificação que possam vir a ser deslocados por ventos fortes, etc.. Determinados itens segurados possuem taxação especial do seguro, como a existência de incineradores, de elevadores, de antenas coletivas e de escadas rolantes. 4 - Características físicas do risco Dentre as caraterísticas mencionadas encontram-se: a) Área construída e ocupada Trata-se de informação que permite verificar se os valores atribuídos às edificações, para fins de cobertura de seguros encontram-se dentro de parâmetros aceitáveis. b) Estado geral da construção e das instalações Informações que permitem avaliar se os programas de manutenção existentes na empresa são adequados ou não, bem como, se os valores pretendidos como cobertura dos seguros são compatíveis com o estado em que se encontram os prédios e as instalações. c) Aspecto de limpeza e conservação Informação que permite avaliar o grau de conscientização da empresa para programas de segurança e qualidade. d) Terrenos baldios adjacentes Dado relevante para avaliação da segurança patrimonial da empresa, bem como trata- se de elemento balizador de taxa nos seguros de riscos diversos. Não se deve esquecer que a existência de um terreno baldio ao lado da empresa, além de ser um local onde poderá se assentar uma futura favela, pode vir a ser foco de incêndio, se alguém, intencionalmente ou não, provocar incêndio em lixo acumulado ou no mato seco. e) Estações ferroviárias e de metrô nas proximidades, Quartel nas proximidades e Delegacias Policiais nas proximidades Essas informações permitem avalia se o risco de tumultos ou de motins é relevante, bem como se saber se, para outros riscos poder-se-á contar com o apoio externo no controle dos
  • 33. eventos. Locais com grande aglomeração de pessoas é sempre um risco adicional para as empresas que se situam nas proximidades. 5 - Análise quanto a exposição a riscos São apresentados alguns riscos que poderão afetar as instalações seguradas, e verificado se há possibilidade deles ocorreram. Se por acaso for respondida se houve ocorrência anterior, será muito importante a complementação da resposta nos comentários que deverão se seguir. 6 - Análise quanto ao risco de Alagamento/Inundação A partir de então passarão a aparecer campos relativos a análises de riscos de uma série de eventos. A primeira análise refere-se aos riscos de Alagamento e de Inundação. Basicamente, as perguntas formuladas permitirão se saber se há possibilidade de empoçamento de água, se já ocorreram eventos anteriormente, se há subsolos, e se há uma proteção contra a entrada de água. A água poderá atingir o interior da edificação sendo proveniente do telhado, de varandas ou marquises, do aumento do nível no piso externo, e pelo entupimento das valas de drenagem e das galerias de escoamento. O alagamento é um risco proveniente do excesso de águas de chuva. A inundação é proveniente do transbordamento do leito de rios e canais. 7 - Análise quanto ao risco de Desabamento/Desmoronamento De forma idêntica ao campo anterior, pretende-se avaliar os riscos de Desabamento e de Desmoronamento, através das respostas a algumas perguntas, consideradas relevantes. O desabamento é uma ocorrência que se verifica com o prédio. O desmoronamento é um evento que ocorre com encostas. Uma das perguntas que chamamos a atenção é para a existência de trincas nas construções, que sejam ativas, ou seja, estejam aumentando, e para a existência de erosão no terreno. 8 - Análise quanto ao risco de Vendaval/Tornado/Granizo Os riscos elencados referem-se às forças da natureza provenientes de ventos fortes. Para tanto, especial atenção deve ser dado ao formato e dimensões da edificação, a posição dessa quanto a direção dos ventos dominantes, e as proteções adotadas nos telhados, clarabóias, portas, janelas e elementos empregados para exaustão nos telhados. 9 - Análise quanto ao risco de Explosão de aparelhos e de substâncias O risco de explosão pode ser devido ao aumento do volume de recipientes, ou a uma reação química descontrolada. Assim, poder-se-á ter o risco envolvendo somente equipamentos, como no caso de caldeiras e de compressores ou de tanques fechados de armazenamento de produtos, ou envolver substâncias, sem que essas estejam necessariamente armazenadas em recipientes sob pressão.
  • 34. 10 - Análise quanto ao risco de Incêndio A avaliação do risco de incêndio não deve se prender somente a aspectos da existência de equipamentos de detecção e combate a chamas, mas também a aspectos operacionais e de atendimento a situações que exijam rapidez de mobilidade e disponibilidade de equipamentos e agentes extintores. Chamamos a atenção para perguntas do tipo: • Há presença de substâncias com risco de explosão ou de reatividade em presença de água? • Há possibilidade de haver alastramento do incêndio para outros riscos? • As áreas de maior risco são compartimentadas, a fim de se evitar o alastramento do incêndio? 11 - Análise quanto ao risco de Danos Elétricos Danos elétricos são, com certeza, os eventos que incidem com maior freqüência em uma instalação industrial. Poderão não ser os danos que apresentem maior severidade de perdas. Porém, se computarmos o tempo despendido com a substituição dos equipamentos danificados e com a paralisação das atividades, esses danos poderão ser bem mais sérios. Por essa razão deve-se ter uma atenção especial à proteção dos circuitos e dos equipamentos contra sobrecargas elétricas e do aterramento elétrico. 12 - Análise quanto ao risco de .................. Deixamos este campo para análises de outros riscos que não sejam os já comentados anteriormente. Como exemplo, citamos o risco de perda de receita ou de interrupção de produção, também dito risco de Lucros Cessantes, que preocupa muita gente. Neste caso, as perguntas a serem formuladas deverão estar voltadas para aspectos operacionais da empresa, aspectos de manutenção das instalações, possibilidade de reposição imediata dos equipamentos danificados, etc. Na verdade, deseja-se saber se poderá ocorrer uma paralisação do processo de fabricação por um acidente, qual será esse acidente, e quanto tempo se gastará para por as instalações em plena atividade. NOTAS: A área de processo é uma das que concentra os principais riscos da empresa, além de ser também aquela em que uma ocorrência, de qualquer tipo de evento, poderá vir a prejudicar ou mesmo paralisar a produção. O cuidado deverá ser redobrado se as áreas de estocagem de matérias primas e de produtos acabados estiverem junto ao processo industrial. Pela sua relevância, comentaremos os principais itens: a) Fluxograma do Processo A leitura do fluxograma do processo permite que seja traçada uma avaliação dos possíveis pontos de estrangulamento da produção, dos momentos em que há desvios da produção para outras linhas, dos pontos de duplicidade, etc.. O fluxograma é uma peça importante quando se deseja
  • 35. elaborar um trabalho mais técnico, que envolva a Análise de Árvore de Falhas, a Análise dos Modos de Falha e Efeitos, bem como de outras ferramentas adotadas no gerenciamento de riscos, comentadas nos capítulos do livro Gerenciamento de Riscos Industriais. b) Descrição do processo A descrição do processo abrange não só os comentários de como se dá o processo produtivo, ou a cadeia produtiva, como também menciona os produtos ou matérias primas empregadas, e os produtos derivados, as pressões e temperaturas de cada uma das fases, e outras informações adicionais. A descrição do processo deve ser a mais clara e concisa possível, com o foco da análise voltado para possíveis pontos onde possam surgir eventos danosos, ou lugares mais suscetíveis de serem atingidos por esses mesmos eventos danosos. c) Principais equipamentos A descrição e relação dos principais equipamentos empregados no processo é relevante para a análise do potencial de risco. Entretanto, de nada adianta saber-se que existe um determinado equipamento e que esse, individualmente apresenta um certo risco, se a avaliação não é feita em conjunto com a análise do fluxo de produção e do layout da planta. d) Produtos finais e produtos intermediários A descrição dos produtos é importante para que se possa avaliar corretamente os riscos que esses representam. Dentre esses, citamos: toxidez, reatividade, inflamabilidade, corrosividade, explosividade. Para facilidade de análise deve ser informado o grupamento químico a que pertencem e os estoques mínimos por produto. e) Estocagem dos produtos A estocagem é um outro ponto de risco relevante, porque representa uma agravação das condições de armazenamento. Na estocagem a ocorrência de determinado risco pode por a perder o trabalho de dias ou semanas. Há produtos sensíveis à fumaça, outros ao calor, outros à luminosidade. Há outros produtos que se degradam em função do longo tempo de armazenagem, e outros que, devido a normas de segurança somente poderão ser estocados de determinada maneira. Deve-se considerar também os aspectos relativos à forma de armazenagem, ao local onde são armazenadas as mercadorias e os procedimentos de segurança adotados para se evitar que os bens estocados venham a sofrer danos. f) Arruamentos
  • 36. As vias de circulação interna possibilitam o livre trânsito de pessoas e de veículos, bem como o escoamento da produção. Por essa razão, devem ser projetadas de sorte a que não venham a ocorrer impedimentos ao livre trânsito. Deve-se avaliar, inclusive, se os maiores veículos de combate a incêndios têm livre acesso a todos os prédios da planta segurada. Em indústrias de alto risco, seja de incêndio ou de explosão, deverão existir áreas de refúgio de pessoas e áreas para onde poderão ser desviados os equipamentos móveis e os veículos. g) Segurança do processo A avaliação da segurança do processo compreende a análise de todos os procedimentos adotados para se evitar que ocorra o descontrole, seja do próprio processo, seja do fluxo de produção. A segurança do processo poderá compreender a instalação de dispositivos, na linha de produção, que permitirão aliviar a pressão interna da rede, ou reduzir uma temperatura crítica. Essa segurança também pode ser conseguida via substâncias catalisadoras ou sistemas de drenagem da rede, com o direcionamento do fluxo de produtos para tanques pulmão. Um ponto importante é o que se refere aos gargalos ou áreas de estrangulamento da produção. Quando esses pontos estão centrados sobre determinado equipamento, a análise de riscos abrangerá um minucioso exame desse equipamento, com vistas a obter informações referentes a: • tipo de equipamento; • marca e modelo; • capacidade nominal ou instalada; • ano de fabricação; • opção de reposição; • tempo necessário para a reposição; • eventos mais comuns; • freqüência e severidade das perdas; • formas de operação; • tipo de controles efetuados; • mecanismos de segurança adotados. Quanto aos produtos ou às substâncias deve-se verificar: ⇒ alternativas de produção, face a sinistros ocorridos, objetivando se determinar o tempo médio de retorno à atividade pela empresa; ⇒ possibilidade de compra de produtos de terceiros, bem como a determinação do tempo para que isso venha a ocorrer. Também deve ser levantado a quantidade de opções de compra; ⇒ opção de produtos fabricados e que possam vir a ser adquiridos de terceiros, caso ocorra algo com os equipamentos de produção da empresa; ⇒ opção de compras de produtos, bens e insumos para a produção; ⇒ tempo necessário para a reposição da linha de produção afetada, informando as implicações que essa paralisação poderá gerar para as outras linhas; ⇒ tempo necessário para por em prática as alternativas mais viáveis.
  • 37. Outro item de análise é o que diz respeito às formas e aos procedimentos de estocagem adotados na produção. A avaliação deverá compreender os seguintes pontos: ♦ tipo de estocagem; ♦ matérias primas e produtos estocados; ♦ denominação dos materiais estocados; ♦ localização dos pontos de estocagem; ♦ capacidade de estocagem; ♦ rodízio adotado no estoque; ♦ relação dos produtos estocados; ♦ procedimentos de segurança adotados no manuseio dos produtos; ♦ procedimentos de segurança existentes para a preservação dos bens estocados. h) Análise das condições de segurança dos edifícios Essa análise compreenderá a verificação dos itens que compõem a segurança das instalações, contra uma série de eventos que as possam atingir. Dentre esses eventos, os mais comuns são: incêndio, queda de raios, ventos fortes, água de chuvas. São considerados itens de segurança, o layout interno, a arrumação e a limpeza, as circulações internas, a iluminação e a aeração, etc. 4 - Central de Utilidades empregadas na indústria No tópico pretende-se observar os itens referentes à produção de energia, aqui entendida como força. A avaliação envolve: • energia elétrica, recepção, transformação, distribuição e consumo, bem como a forma de distribuição dos circuitos; • vapor, geração, distribuição e setores atendidos, como também o processo de proteção dos dispositivos e dutos, principalmente no que tange ao isolamento térmico; • ar comprimido, geração, distribuição e setores atendidos, e as pressões mínimas e máximas das linhas. É interessante que se saiba se, havendo problemas em uma das linhas, o setor afetado poderá vir a ser atendido por alguma outra linha; • água industrial e potável, recepção, tratamento, estocagem, distribuição, setores atingidos e consumo; • tratamento de efluentes; • demais utilidades do processo. 5 - Manutenção de equipamentos e instalações A incidência de danos em instalações e equipamentos depende diretamente da qualidade dos serviços de manutenção adotados pela empresa. Já está provado que empresas que trabalham exclusivamente com manutenção corretiva estão muito mais sujeitas a danos expressivos, isto porque, somente se corrige o que está errado. Não se parte para uma linha preventiva. As empresas que possuem certificação de qualidade, trabalham com manutenção preditiva, e no máximo preventiva.
  • 38. Por isso estão sempre se adiantando à ocorrência de acidentes em suas instalações. Se o motor de um equipamento está apresentando uma vibração anormal, é muito melhor saber-se o que está ocorrendo do que se esperar que ele pare de vez. Pergunta-se também neste capítulo, se a manutenção é feita pela própria empresa ou terceirizada, se existe controle formal dos serviços executados, qual o quadro de funcionários que trabalham exclusivamente com manutenção e sua especialização, e dados relativos às oficinas de manutenção e de reparos. Há uma tendência de se criticar a manutenção terceirizada. Porém, com adequada supervisão, um bom contrato e severas sanções, pode-se ter uma segurança nesses serviços. Também uma idéia que tem sido mudada é a da manutenção feita por equipe disponível exclusivamente para tal serviço. Em empresas que praticam os conceitos de Just in Time, os próprios operadores dos equipamentos são os responsáveis pela manutenção. São eles que acendem a luz amarela para a equipe que irá realizar os serviços de maior envergadura. 6 - Segurança contra incêndio O capítulo destina-se a colher informações à respeito dos equipamentos, dispositivos e sistemas empregados na segurança contra incêndio. Nunca é demais chamar a atenção do inspetor, que mais importante do que existir o equipamento de segurança é esse estar em condições imediatas de uso. Deve-se verificar a adequação entre os agentes extintores empregados e os bens que estarão sob a área de cobertura desses mesmos dispositivos. 7 - Parecer do Engenheiro acerca de pontos para a melhoria do Risco Neste capítulo e Engenheiro irá comentar sobre o que viu que possa se constituir em um entrave para a aceitação do risco, e o que poderá vir a ser feito para a melhoria desses pontos de risco. É muito importante que em seus comentários, as sugestões tenham um endereço certo, ou seja, “encontramos uma instalação elétrica desprotegida e sem aterramento, no setor X, atendendo aos equipamentos Y”. Outra sugestão que fazemos é que os comentários sejam grupados de acordo com a sua importância, em itens que devam ser implementados a curto prazo, itens a médio prazo, e itens a longo prazo. Para a aceitação do risco, os pontos de implementação a curto e a médio prazo são os mais relevantes. Por exemplo, suponhamos que estamos analisando uma instalação com vistas ao risco de roubo ou de furto. A colocação de uma grade em uma janela com toda a certeza não deverá ser um item de implementação a longo prazo. A instalação de um sistema de alarme poderá ser uma medida a ser implementada a médio prazo. A substituição das portas por portas metálicas pode ser enquadrada como uma medida a longo prazo.