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Estilo de vida ecológico, proteção ambiental, mudanças climáticas, estilo
de vida natural... tudo isso soa tão bom e convincente e vem há anos
irrigando nossas mentes de cristãos fiéis à Bíblia. Pensamos estar solidamente
assentados e imunes no sentido bíblico e, muitas vezes, nem percebemos como
o nosso sistema de coordenadas espirituais vai sendo progressivamente
deslocado pelas novas ideologias. No início e, em meados da década de
1970, iniciou-se o grande boom ambiental. Na escola estudávamos a morte
florestal. Segundo o que aprendíamos na época, deveríamos viver hoje em
meio a um deserto.
No ano passado, uma renomada revista midiática evangélica publicou
um artigo intitulado: "Perdoa-Nos Por Destruir A Tua Criação". Tratava-se
de um cristão australiano dedicado a aumentar áreas verdes na África. É
bom lidar razoavelmente com os recursos naturais. Todavia, a orientação e a
ênfase daquele artigo dão o que pensar. Cita-se a seguinte declaração do
australiano: "Tenho certeza de que existem pessoas que se aproximam mais
de Deus quando cuidam da sua criação". Segundo Rm 1:20, "os atributos
invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina" são percebidos
na Criação. A tendência daquele artigo, porém, caminha numa outra direção,
porque ele não estende o arco até a necessidade da proclamação do
evangelho.
A discussão em torno do clima e do meio ambiente é um dos lados. Entre
os cristãos, porém, o tema prossegue ainda sob outro formato. Não é errado
cuidar de uma alimentação saudável. Quando, porém, isso se desenvolve
cada vez mais na direção de uma verdadeira ideologia e religião
alimentar, a matéria torna-se questionável. Um caminho que em princípio
segue na direção errada é o da medicina alternativa — e muitos cristãos
crentes na Bíblia nem percebem como acabam se envolvendo com uma visão
do mundo e do homem contrária aos ensinamentos bíblicos.
Em Is 22:11, Deus diz ao povo de Israel: "Vocês... não olharam para
aquele que fez essas coisas, nem deram atenção àquele que há muito as
planejou". Jerusalém foi sitiada pelos assírios e, mais tarde, pelos
babilônios. É lógico e humanamente compreensível que os habitantes de
Jerusalém fizessem de tudo para defender a cidade e se livrar do sítio
[cerco]. O grande problema, porém, foi não enxergarem o que estava por
trás. Não olhavam para o Senhor, que havia enviado os assírios e babilônios
como instrumentos do seu juízo e este é exatamente o nosso grande problema
com a religião ecológica e climática. Do ponto de vista humano, tudo parece
tão lógico e executável, e mesmo entre cristãos fiéis o olhar se turva cada
vez mais quanto ao fato de que em tudo existe um Deus ativo, que fala
com a humanidade e realiza os seus planos.
A Bíblia começa em Gênesis 1 com o onipotente Deus criador, que tudo
criou por meio da sua palavra. E em Apocalipse 21-22 ela termina
novamente com o Deus Criador, autor de um Novo Céu e de uma Nova Terra.
Além disso, a Palavra de Deus nos ensina que as leis e os processos naturais
não são automáticos por si mesmos, mas que tudo persiste em e por meio de
Cristo (Cl 1.15-17). Mesmo a vinda e a passagem das estações do ano, tão
óbvias para nós, sustentam-se exclusivamente na promessa de Deus
depois do Dilúvio (Gn 8:22). Deus não criou o mundo para abandoná-lo a si
próprio. Ele é um Deus que dirige tudo segundo os seus planos e também
interfere e age ativamente nos processos naturais. Assim, o Dilúvio não foi o
produto das emissões de CO2 daquela época ou de quaisquer outros pecados
ambientais, como diríamos hoje, mas foi a poderosa interferência de Deus e
seu juízo sobre uma humanidade depravada (Gn 6:5-7). Sem dúvida, o homem
caído se tornou tirano da Criação, mas a atuação de Deus está acima de
tudo isso.
Toda a Escritura Sagrada testifica da soberania de Deus sobre as
forças da natureza. Observamos isso não só no Dilúvio. Considerem-se as
pragas do Egito (Êx 7-13), a abertura do mar Vermelho (Êx 14), o
terremoto no Sinai (Ex 19), a “parada solar no livro de
Josué” (Is 10), a catástrofe junto às águas do Megido (Jz 5),
a seca no tempo de Acabe (I Rs 17), o fim da tempestade
por ordem de Jesus (Mt 8:23-27; 14:22-33) ou os
(caps. 6,8,16,18). Ao observar o episódio do fim da
tempestade, a história geralmente começa para nós com o pânico dos
discípulos ao enfrentarem o perigo mortal diante do vento e das ondas. Se,
porém, lermos Mt 8:23 e 14:22, perceberemos que a tempestade não foi um
evento casual do qual depois o Senhor Jesus salvou seus discípulos. Ao
contrário, em ambos casos ele os conduziu para a situação, e fez isso para
demonstrar sua divindade. “Quem é esse que até os ventos e o mar lhe
obedecem?” (Mt 8:27). Isso foi um tremendo demonstração de Cl 1:15-16. A
segunda tempestade, quando Jesus andou sobre as águas, nos lembra de Jó
9:8: “Só ele estende os céus e anda sobre as ondas do mar”.
As Escrituras Sagradas relatam em muitas passagens ação de Deus
através das forças da natureza e do tempo (ver Sl 29:3-10; 104:4; 135;
147). Após Jó fazer todas as perguntas mal compreendidas, Deus se revelou
a seu servo em uma tempestade (Jó 38:1). E então ele falou a Jó e também
deixou claro para ele sua grandeza inescrutável do tempo e dos processos
naturais. Eliú, que coloca Jó diante do Senhor nos capítulos 36 e 73,
também cita a obra de Deus nas forças da natureza.
A escuridão também funciona através de processos naturais. É o que
lemos em Jó 1:19, p. ex., quando Satanás enviou a tempestade que custou a
vida dos filhos Jó. No entanto, isso estava sob o controle de Deus, como o
início de Jó deixa claro. Quanto aos processos naturais e à supremacia de
Deus, a palavra de Amós 3:6b também é aplicável: “Ocorre alguma
desgraça na cidade sem que o Senhor tenha mandado?”
Não há dúvidas de que os seres humanos tentam influenciar o clima e
até fazem experimentos. Por isso, após Hiroshima e Nagasaki havia a
convicção de que era apenas uma questão de tempo até que se pudesse
dominar e prevenir furacões cientificamente. Apesar de todas as tentativas, o
homem claramente atingiu seu limite aqui. Nós sabemos que os furacões são
ameaças incontroláveis até hoje. Quando o verão de 1947 estava tão
quente e seco, os americanos tentaram alimentar as poucas nuvens da
Bavária pulverizando-as quimicamente. Não ajudou muito.
No contexto da soberania de Deus sobre o tempo, a discussão climática
não apenas aparece sob uma luz diferente; aqui as teorias conspiratórias
das trilhas químicas e gigantescas armas meteorológicas, que mesmo entre os
cristãos existem constantemente, fracassam. É possível que o homem consiga
influenciar em pequena escala o tempo, como, por exemplo, converter
granizo em chuva. Contudo, segundo a Bíblia, o Deus vivo detém a
exclusiva soberania sobre isso. Ele fala com os homens por meio das
intempéries e utiliza o clima e as forças da natureza para realizar seus
planos e suas intenções. Nisto, o homem nada pode mudar. "Acaso você
entrou nos reservatórios de neve, já viu os depósitos de saraiva que eu guardo
para os períodos de tribulação, para os dias de guerra e de combate?" (Jó
38.22-23).
Observando a história, percebemos que o evento decisivo para a terra
como criação de Deus e para nós humanos como coroa da criação é a queda
no pecado em Gênesis 3. Desde a Queda, nada mais é como antes. Foi por
causa dessa violenta queda - e não de usinas térmicas a carvão ou veículos
diesel - que toda a Criação ficou sujeita à inutilidade (Rm 8:20). Foi pelo
pecado que a morte entrou no nosso mundo (Rm 5.12). Conforme mostra
Romanos 8.20, isto não se aplica apenas à humanidade, mas a toda a
Criação. Nesse contexto, o fim da nossa terra está firmemente determinado
por Deus. Em 2 Pe 3.10 lemos que no Dia do Senhor os elementos se
desfarão com estrondo, e nenhuma meta de proteção
climática poderá mudar isso É preciso observar essa linha básica
para não errar a trajetória.
Graças à moderna ciência, podemos hoje detectar muito mais coisas do
que antigamente. Assim, descobrem-se cada vez mais substâncias e
influências potencialmente nocivas ou até mortais à saúde. Constatou-se, por
exemplo, que a queima de madeira natural libera nas cinzas o metal pesado
cromo (VI), nocivo á saúde. Mas será que as constantes novas descobertas de
substâncias nocivas deveriam nos assustar e desequilibrar? Não se trataria da
comprovação científica daquilo que a Bíblia já fez há tempo, ou seja,
que pelo pecado a morte entrou no mundo e que tudo está sujeito a
perecer? O jardim do Éden intacto está fora do nosso alcance, é anterior à
Queda.
Tudo está sujeito a perecer. Por essa razão, aumentam os defeitos
genéticos e hereditários ao longo das gerações. Este é o oposto da teoria
da Evolução. Portanto, nossa crescente susceptibilidade [sujeito a] a doenças
e alergias não pode ser atribuída apenas a influências ambientais. Ela
simplesmente confirma que o homem e a humanidade não continuarão a se
desenvolver evolutivamente para tornar-se cada vez mais saudáveis e
imortais, mas que estão degenerando.
A Bíblia também tem algo a dizer sobre mudanças climáticas, embora
bem diferente daquilo que ouvimos hoje o tempo todo. A primeira grande
mudança climática ocorreu com a queda no pecado. Quando o homem
se rebelou contra o seu Criador, a morte e a transitoriedade sobrevieram a
toda a Criação. Tudo mudou. Mesmo assim, naquele tempo as pessoas ainda
viviam dez vezes mais do que hoje.
A segunda grande mudança climática veio com o Juízo do Dilúvio.
Novamente a causa da catástrofe foi o pecado humano — e não óxidos
de nitrogênio ou um consumo excessivo de carne. No contexto do Dilúvio,
a Escritura menciona pela primeira vez a chuva e, depois do Dilúvio, pela
primeira vez verão e inverno, frio e calor (Gn 8:22). Antes do Dilúvio, as
condições climáticas na terra devem ter sido completamente diferentes.
Acima de tudo, essa segunda grande mudança climática é superada pela
promessa de Deus de que o verão e o inverno não cessarão enquanto a
terra subsistir. É claro que pode haver alguma flexibilidade climática dentro
desses limites, mas se levarmos a Palavra de Deus a sério, podemos nos
tranquilizar diante da atual onda de pânico. Portanto, vivemos hoje depois
da segunda mudança climática fundamental na terra, desencadeada pelo
pecado humano. Depois, a Bíblia prevê uma terceira grande mudança
climática, e esta não será introduzida pela aplicação da ideologia verde
ou dos protocolos climáticos da humanidade, mas pelo RETORNO DE JESUS. Ela
está vinculada a tremendas revoluções cósmicas e topográficas (cf. Zc
14:45; Mt 24:29; Lc 21:25-27; Ap 6-8; 16).
Depois desta terceira grande mudança climática, continuará
existindo verão e inverno (Zc 14.8), mas não mais com as grandes
diferenças que conhecemos hoje. A claridade do sol e da lua será sete vezes
maior que hoje (Is 30:26). Há quem considere isso como linguagem figurada
relacionada com Isaías 60:19-20. Isaías 30, porém, nada sugere a respeito.
Essa intensidade maior não levará a uma seca e condições adversas à vida;
pelo contrário, o mar Morto se recuperará inteiramente e se tornará um rico
pesqueiro. Na planície do Jordão haverá árvores que darão fruto doze vezes
por ano (Ez 47:7-12). O deserto florescerá e será frutífero como nunca antes
(Is 35.1-2; 51.3; 55.12-13). Com isso, todos os problemas ambientais se
resolverão. Apesar da insolação muito superior, as pessoas atingirão
novamente idades pré-diluvianas (Is 65.20-22). Essa terceira grande
mudança climática do reino milenar será precedida do juízo sobre os povos
(Jl 3:6-8; Mt 25:31-46; Ap 20:4) e a prisão de Satanás por mil anos (Ap
20:6).
Depois da terceira grande mudança climática e do reino milenar
vinculado a ela, virá o juízo final (Ap 20.11-15) e, em seguida, o novo céu
e a nova terra ligados entre si (Ap 21-22). Nessa nova criação, tudo
mudará completamente. Portanto, a Escritura Sagrada nos apresenta três
profundas mudanças climáticas na nossa terra. As duas primeiras estão no
passado (Queda e Dilúvio), enquanto a terceira ainda está no futuro
(Retorno de Jesus, reino milenar). Todas essas três cisões relacionam-se com
o pecado humano e a ação julgadora e salvadora de Deus.
Vivemos depois do Dilúvio e antes do retorno de Jesus. Acima de tudo,
aplica-se a este tempo a palavra de Gênesis 8.22, que nos proporciona
serenidade íntima diante de todos os cenários de terror dos tempos atuais.
Isto não significa que não possam ocorrer oscilações climáticas ao longo do
tempo. Tudo, porém, permanecerá sob o controle de Deus e dentro dos
limites de "plantio e colheita, frio e calor, verão e inverno, dia e noite"
(Gn 8.22). Antes do retorno de Jesus e junto com ele, as forças da natureza
se instabilizarão. Isso inclui abalos (tremores do ar, maremotos, terremotos
(ver Sf 1:14-17; Mt 24:7; Ap 6:14; 16:18 etc.), catástrofes ambientais
(Ap 8.6-13), eventos cósmicos com abalo dos astros, escurecimento solar e
uma insolação maior e influente (Jl 2:2; Sf 1:15; Zc 14:6-7; Mt 24:29; Ap
6:12-14; 16:8-9). Em primeiro lugar, estas são as dores de parto da
grande reviravolta que se iniciará com o retorno de Jesus (Mt 24:8). E
como ocorre com dores de parto, sua intensidade aumentará. Segundo, trata-
se dos gemidos da Criação que espera sua redenção (Rm 8.22-24). Terceiro,
esses abalos se relacionam de forma inseparável com o pecado do homem
contra Deus. 0 livro de Apocalipse esclarece isso. Por fim, em quarto lugar,
isso se relaciona com o juízo de Deus que atingirá a humanidade. No
Apocalipse, tudo provém do trono de Deus.
Entretanto, a Escritura Sagrada não fala apenas dos abalos das forças
da natureza antes do retorno de Jesus. Ela também mostra que a
humanidade será marcada por medo daquilo que virá: "Haverá sinais no
sol, na Lua e nas estrelas. Na terra, as nações estarão em angústia e
perplexidade com o bramido e a agitação do mar. Os homens desmaiarão de
terror, apreensivos com o que estará sobrevindo ao mundo; e os poderes
celestes serão abalados" (Lc 21.25-26).
E ainda há eventos e choques que não são levados em conta na
discussão climática de hoje: "As nações se iraram; e chegou a tua ira. Chegou o
tempo de julgares os mortos e de recompensares os teus servos, os profetas, os
teus santos e os que temem o teu nome, tanto pequenos como grandes, e de
destruir os que destroem a terra" (Ap 11:18).
Em vez de "destroem", também seria possível ler "arruínam" ou
"estragam"; também podemos aplicar isso à poluição ambiental. Mais uma
vez, gostaria de enfatizar que o homem ímpio literalmente tiraniza a
Criação, por um lado, e a idolatra, por outro. Portanto, como seguidores de
Jesus, à luz da Bíblia, lidaremos de maneira diferente com a Criação caída -
que nos foi confiada. Isto é, a Criação nos foi dada para uso responsável, mas
também sabemos sobre sua transitoriedade. Pela "destruição" da terra, trata-
se principalmente sobre outra coisa. O mesmo termo é usado em 1 Tm 6:5
para uma mente corrompida e privada da verdade. Esse é o contexto da
revelação. Os homens não se converterão dos seus pecados, da sua
idolatria, da imoralidade, da sua feitiçaria, dos homicídios e roubos
(Ap 9.21). Com isso destruirão a terra. O pastor Fritz Grünzweig comenta a
respeito disso: "O Antigo Testamento diz consistentemente que degradar
o mundo significa sua violação por idolatria e desrespeito ao Deus vivo.
Com sua rebelião e autossuficiência, com sua autodestruição, o homem
contaminou a terra e lhe trouxe maldição (cf. Gn 6.11,13; Ez 7.23;
12.19)". O verdadeiro conhecimento de Deus resulta em um manejo
responsável da Criação. Esse manejo, porém, jamais conduzirá a uma
idolatria da Criação, de modo a, por exemplo, colocar os animais e a natureza
no mesmo nível que o homem ou até acima dele. Basta lembrar-se da
clamorosa discrepância entre a proteção aos animais e o aborto em
nossa sociedade.
No que se refere ao estilo de vida ecológico, uma conduta de vida
sadia e uma alimentação equilibrada podem perfeitamente ser
fundamentadas na Bíblia. E sem dúvida será útil seguir os conselhos do
médico em caso de enfermidade. Os cristãos também não deveriam nesse caso
julgar uns aos outros se tratarem questões de saúde de formas diferentes. A isso
podemos aplicar o que Paulo escreveu aos romanos, coríntios e colossenses
a respeito da alimentação. Mesmo assim, dá o que pensar que, mesmo
entre cristãos fiéis à Bíblia, uma ideologia alimentar ecológica vem
ganhando cada vez mais espaço. Com todo o tempo e as energias que se
investem nessas questões, outras questões muito mais importantes para a
vida pessoal de discipulado vão caindo para o segundo plano.
Faz sentido atender a recomendações médicas quando se trata de
evitar o consumo de determinadas carnes ou alimentos (p. ex., em caso de
diabetes, câncer etc.), mas em princípio temos de manter em mente que o
Senhor Jesus, aquele por meio de quem todas as coisas foram criadas, que
conhece todas as interações e motivos, liberou expressamente no Novo
Testamento os alimentos impuros: "Será que vocês também não conseguem
entender? perguntou-lhes Jesus. 'Não percebem que nada que entre no homem
pode torna-lo impuro? Porque não entra em seu coração, mas em seu
estômago, sendo depois eliminado: Ao dizer isso, Jesus declarou puros todos os
alimentos. E continuou: O que sai do homem é que o toma impuro. Pois do
interior do coração dos homens vêm os maus pensamentos, as imoralidades
sexuais, os roubos, os homicídios, os adultérios, as cobiças, as maldades. o
engano, a devassidão, a inveja, a calúnia, a arrogância e a insensatez. Todos
esses males vêm de dentro e tornam o homem impuro” (Mc 7:18:23).
Esta é uma diretriz bíblica para a ideologia alimentar de hoje e até
para a filosofia vegana. Enquanto o homem cria um circo cada vez maior
em torno da alimentação, outras coisas — que aos olhos de Deus são graves
e malignas — são toleradas como perfeitamente normais ou até boas.
Enfatize-se mais uma vez que nada há a opor a uma alimentação
equilibrada. A Palavra de Deus também chama glutonaria e bebedeira de
pecados.
Quando eu era estudante bíblico, conheci o prof. Dr. Immanuel Sücker.
Ele se destacava em várias áreas do conhecimento e era cristão confesso.
Naquele tempo, a filosofia alimentar ecológica começava a despontar. Ele
nos contou que uma aluna mandou, sob influência verde; examinar
conscienciosamente os grãos integrais. O resultado ele já sabia. Sob a casca
do grão integral depositam-se substâncias danosas. A aluna reagiu chocada.
O conselho de Sücker foi uma alimentação equilibrada: consumir de tudo
moderadamente.
Uma alimentação saudável pode ser útil. Mesmo assim, temos de
manter em mente que, depois do pecado, tudo está marcado pela morte
e é perecível. Nenhuma passagem da Escritura promete aos seguidores de
Jesus uma vida sem danos à saúde. Se reconhecermos isso, tudo assumirá uma
posição correta. Quero, então, aplicar também à alimentação aquilo que
Paulo disse sobre o esporte: “O exercício físico é de pouco proveito: a piedade,
porém, para tudo é proveitosa, porque tem promessa da vida presente e da
futura” (1 Tm 4.8).
Acima de tudo, o que decide é
nossa fé na soberania e na onipotência
de Deus. Nesse sentido, podemos aplicar
também à alimentação as palavras de
Paulo sobre a riqueza, segundo as quais
Deus nos oferece tudo em abundância
para o nosso proveito (1 Tm 6:17). “...
Ninguém os julgue pelo que vocês comem
ou bebem, ou com relação a alguma
festividade religiosa ou a celebração das
luas novas ou dos dias de sábado' (Cl
2:16). Se alguém deseja abrir mão de
carne, será sua livre decisão pessoal, mas temos de cuidar para que nossos
pensamentos não sejam turvados por uma moderna mística ecológica.
Seria profundamente trágico levarmos um peso na consciência por causa do
consumo de carne porque os gases digestivos dos bovinos supostamente
seriam piores do que matar seres humanos em gestação. Confrontado como
crescente veganismo, um pedagogo social alertou para os fundamentos
religiosos e filosóficos disso. Em resumo, ele disse: “Ao renunciar a carne,
peixe etc., a pessoa quer contribuir para melhorar o mundo e a
humanidade" Assim, trata-se basicamente da autorredenção [o próprio
homem querendo salvar-se a si próprio] de uma humanidade caída. Todas as
liberdades que a Palavra de Deus nos concede em relação aos alimentos já
regem-se pelo princípio de que “quer vocês comam, quer bebam, quer façam
qualquer outra coisa. façam tudo para a glória de Deus" (I Co 10:31).
O manejo responsável da
Criação pelo seguidor de
Jesus não provém de algum
ecomisticismo, mas do
temor a Deus e da gratidão
ao Criador, sabendo que
esta terra acabará
perecendo. Isso inclui a
convicção de que o Deus
vivo interfere ativamente na Criação e no clima para atender aos seus
propósitos. Tudo se sustenta nele. Por isso, a dedicação aos interesses
espirituais e eternos tem prioridade. O que importa é a hierarquia
correta. 0 fundamento bíblico para os crescentes problemas e catástrofes
ambientais é o pecado. Esta Criação está sujeita à morte e à transitoriedade,
e nenhuma ecorreligião mudará alguma coisa nisso. Por isso, uma
humanidade que exclui o Deus criador que interfere ativamente não poderá
resolver os problemas. Como seguidores de Jesus, temos, porém, uma
grande e bem fundamentada esperança para esta terra. Ela não
consiste de algum acordo mundial sobre o clima ou algo similar, mas no
retorno de Jesus. Ele tratará do problema pela raiz, ou seja, pelo pecado e
pelo Diabo, resolvendo assim todos os problemas ambientais que se
exacerbaram diante de uma humanidade caída em razão de sua inimizade
contra Deus.
Jamais esqueçamos: O essencial ainda está por vir (Ap 21:1-5).
"Todavia, de acordo com a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra,
onde habita a justiça" (2 Pe 3.13).
— Johannes Pflaum integra a diretoria da Sociedade Bíblica Suíça e atua como
conferencista e docente na área de ensino bíblico. Revista Chamada da Meia Noite, Ago 2019,
págs. 6-12.

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  • 1. Estilo de vida ecológico, proteção ambiental, mudanças climáticas, estilo de vida natural... tudo isso soa tão bom e convincente e vem há anos irrigando nossas mentes de cristãos fiéis à Bíblia. Pensamos estar solidamente assentados e imunes no sentido bíblico e, muitas vezes, nem percebemos como o nosso sistema de coordenadas espirituais vai sendo progressivamente deslocado pelas novas ideologias. No início e, em meados da década de 1970, iniciou-se o grande boom ambiental. Na escola estudávamos a morte florestal. Segundo o que aprendíamos na época, deveríamos viver hoje em meio a um deserto. No ano passado, uma renomada revista midiática evangélica publicou um artigo intitulado: "Perdoa-Nos Por Destruir A Tua Criação". Tratava-se de um cristão australiano dedicado a aumentar áreas verdes na África. É bom lidar razoavelmente com os recursos naturais. Todavia, a orientação e a ênfase daquele artigo dão o que pensar. Cita-se a seguinte declaração do australiano: "Tenho certeza de que existem pessoas que se aproximam mais de Deus quando cuidam da sua criação". Segundo Rm 1:20, "os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina" são percebidos na Criação. A tendência daquele artigo, porém, caminha numa outra direção,
  • 2. porque ele não estende o arco até a necessidade da proclamação do evangelho. A discussão em torno do clima e do meio ambiente é um dos lados. Entre os cristãos, porém, o tema prossegue ainda sob outro formato. Não é errado cuidar de uma alimentação saudável. Quando, porém, isso se desenvolve cada vez mais na direção de uma verdadeira ideologia e religião alimentar, a matéria torna-se questionável. Um caminho que em princípio segue na direção errada é o da medicina alternativa — e muitos cristãos crentes na Bíblia nem percebem como acabam se envolvendo com uma visão do mundo e do homem contrária aos ensinamentos bíblicos. Em Is 22:11, Deus diz ao povo de Israel: "Vocês... não olharam para aquele que fez essas coisas, nem deram atenção àquele que há muito as planejou". Jerusalém foi sitiada pelos assírios e, mais tarde, pelos babilônios. É lógico e humanamente compreensível que os habitantes de Jerusalém fizessem de tudo para defender a cidade e se livrar do sítio [cerco]. O grande problema, porém, foi não enxergarem o que estava por trás. Não olhavam para o Senhor, que havia enviado os assírios e babilônios como instrumentos do seu juízo e este é exatamente o nosso grande problema com a religião ecológica e climática. Do ponto de vista humano, tudo parece tão lógico e executável, e mesmo entre cristãos fiéis o olhar se turva cada vez mais quanto ao fato de que em tudo existe um Deus ativo, que fala com a humanidade e realiza os seus planos. A Bíblia começa em Gênesis 1 com o onipotente Deus criador, que tudo criou por meio da sua palavra. E em Apocalipse 21-22 ela termina novamente com o Deus Criador, autor de um Novo Céu e de uma Nova Terra. Além disso, a Palavra de Deus nos ensina que as leis e os processos naturais não são automáticos por si mesmos, mas que tudo persiste em e por meio de Cristo (Cl 1.15-17). Mesmo a vinda e a passagem das estações do ano, tão óbvias para nós, sustentam-se exclusivamente na promessa de Deus depois do Dilúvio (Gn 8:22). Deus não criou o mundo para abandoná-lo a si próprio. Ele é um Deus que dirige tudo segundo os seus planos e também interfere e age ativamente nos processos naturais. Assim, o Dilúvio não foi o produto das emissões de CO2 daquela época ou de quaisquer outros pecados
  • 3. ambientais, como diríamos hoje, mas foi a poderosa interferência de Deus e seu juízo sobre uma humanidade depravada (Gn 6:5-7). Sem dúvida, o homem caído se tornou tirano da Criação, mas a atuação de Deus está acima de tudo isso. Toda a Escritura Sagrada testifica da soberania de Deus sobre as forças da natureza. Observamos isso não só no Dilúvio. Considerem-se as pragas do Egito (Êx 7-13), a abertura do mar Vermelho (Êx 14), o terremoto no Sinai (Ex 19), a “parada solar no livro de Josué” (Is 10), a catástrofe junto às águas do Megido (Jz 5), a seca no tempo de Acabe (I Rs 17), o fim da tempestade por ordem de Jesus (Mt 8:23-27; 14:22-33) ou os (caps. 6,8,16,18). Ao observar o episódio do fim da tempestade, a história geralmente começa para nós com o pânico dos discípulos ao enfrentarem o perigo mortal diante do vento e das ondas. Se, porém, lermos Mt 8:23 e 14:22, perceberemos que a tempestade não foi um evento casual do qual depois o Senhor Jesus salvou seus discípulos. Ao contrário, em ambos casos ele os conduziu para a situação, e fez isso para demonstrar sua divindade. “Quem é esse que até os ventos e o mar lhe obedecem?” (Mt 8:27). Isso foi um tremendo demonstração de Cl 1:15-16. A segunda tempestade, quando Jesus andou sobre as águas, nos lembra de Jó 9:8: “Só ele estende os céus e anda sobre as ondas do mar”. As Escrituras Sagradas relatam em muitas passagens ação de Deus através das forças da natureza e do tempo (ver Sl 29:3-10; 104:4; 135; 147). Após Jó fazer todas as perguntas mal compreendidas, Deus se revelou a seu servo em uma tempestade (Jó 38:1). E então ele falou a Jó e também deixou claro para ele sua grandeza inescrutável do tempo e dos processos naturais. Eliú, que coloca Jó diante do Senhor nos capítulos 36 e 73, também cita a obra de Deus nas forças da natureza. A escuridão também funciona através de processos naturais. É o que lemos em Jó 1:19, p. ex., quando Satanás enviou a tempestade que custou a vida dos filhos Jó. No entanto, isso estava sob o controle de Deus, como o início de Jó deixa claro. Quanto aos processos naturais e à supremacia de
  • 4. Deus, a palavra de Amós 3:6b também é aplicável: “Ocorre alguma desgraça na cidade sem que o Senhor tenha mandado?” Não há dúvidas de que os seres humanos tentam influenciar o clima e até fazem experimentos. Por isso, após Hiroshima e Nagasaki havia a convicção de que era apenas uma questão de tempo até que se pudesse dominar e prevenir furacões cientificamente. Apesar de todas as tentativas, o homem claramente atingiu seu limite aqui. Nós sabemos que os furacões são ameaças incontroláveis até hoje. Quando o verão de 1947 estava tão quente e seco, os americanos tentaram alimentar as poucas nuvens da Bavária pulverizando-as quimicamente. Não ajudou muito. No contexto da soberania de Deus sobre o tempo, a discussão climática não apenas aparece sob uma luz diferente; aqui as teorias conspiratórias das trilhas químicas e gigantescas armas meteorológicas, que mesmo entre os cristãos existem constantemente, fracassam. É possível que o homem consiga influenciar em pequena escala o tempo, como, por exemplo, converter granizo em chuva. Contudo, segundo a Bíblia, o Deus vivo detém a exclusiva soberania sobre isso. Ele fala com os homens por meio das intempéries e utiliza o clima e as forças da natureza para realizar seus planos e suas intenções. Nisto, o homem nada pode mudar. "Acaso você entrou nos reservatórios de neve, já viu os depósitos de saraiva que eu guardo
  • 5. para os períodos de tribulação, para os dias de guerra e de combate?" (Jó 38.22-23). Observando a história, percebemos que o evento decisivo para a terra como criação de Deus e para nós humanos como coroa da criação é a queda no pecado em Gênesis 3. Desde a Queda, nada mais é como antes. Foi por causa dessa violenta queda - e não de usinas térmicas a carvão ou veículos diesel - que toda a Criação ficou sujeita à inutilidade (Rm 8:20). Foi pelo pecado que a morte entrou no nosso mundo (Rm 5.12). Conforme mostra Romanos 8.20, isto não se aplica apenas à humanidade, mas a toda a Criação. Nesse contexto, o fim da nossa terra está firmemente determinado por Deus. Em 2 Pe 3.10 lemos que no Dia do Senhor os elementos se desfarão com estrondo, e nenhuma meta de proteção climática poderá mudar isso É preciso observar essa linha básica para não errar a trajetória. Graças à moderna ciência, podemos hoje detectar muito mais coisas do que antigamente. Assim, descobrem-se cada vez mais substâncias e influências potencialmente nocivas ou até mortais à saúde. Constatou-se, por exemplo, que a queima de madeira natural libera nas cinzas o metal pesado cromo (VI), nocivo á saúde. Mas será que as constantes novas descobertas de substâncias nocivas deveriam nos assustar e desequilibrar? Não se trataria da comprovação científica daquilo que a Bíblia já fez há tempo, ou seja, que pelo pecado a morte entrou no mundo e que tudo está sujeito a perecer? O jardim do Éden intacto está fora do nosso alcance, é anterior à Queda. Tudo está sujeito a perecer. Por essa razão, aumentam os defeitos genéticos e hereditários ao longo das gerações. Este é o oposto da teoria da Evolução. Portanto, nossa crescente susceptibilidade [sujeito a] a doenças e alergias não pode ser atribuída apenas a influências ambientais. Ela simplesmente confirma que o homem e a humanidade não continuarão a se desenvolver evolutivamente para tornar-se cada vez mais saudáveis e imortais, mas que estão degenerando.
  • 6. A Bíblia também tem algo a dizer sobre mudanças climáticas, embora bem diferente daquilo que ouvimos hoje o tempo todo. A primeira grande mudança climática ocorreu com a queda no pecado. Quando o homem se rebelou contra o seu Criador, a morte e a transitoriedade sobrevieram a toda a Criação. Tudo mudou. Mesmo assim, naquele tempo as pessoas ainda viviam dez vezes mais do que hoje. A segunda grande mudança climática veio com o Juízo do Dilúvio. Novamente a causa da catástrofe foi o pecado humano — e não óxidos de nitrogênio ou um consumo excessivo de carne. No contexto do Dilúvio, a Escritura menciona pela primeira vez a chuva e, depois do Dilúvio, pela primeira vez verão e inverno, frio e calor (Gn 8:22). Antes do Dilúvio, as condições climáticas na terra devem ter sido completamente diferentes. Acima de tudo, essa segunda grande mudança climática é superada pela promessa de Deus de que o verão e o inverno não cessarão enquanto a terra subsistir. É claro que pode haver alguma flexibilidade climática dentro desses limites, mas se levarmos a Palavra de Deus a sério, podemos nos tranquilizar diante da atual onda de pânico. Portanto, vivemos hoje depois da segunda mudança climática fundamental na terra, desencadeada pelo pecado humano. Depois, a Bíblia prevê uma terceira grande mudança climática, e esta não será introduzida pela aplicação da ideologia verde ou dos protocolos climáticos da humanidade, mas pelo RETORNO DE JESUS. Ela está vinculada a tremendas revoluções cósmicas e topográficas (cf. Zc 14:45; Mt 24:29; Lc 21:25-27; Ap 6-8; 16). Depois desta terceira grande mudança climática, continuará existindo verão e inverno (Zc 14.8), mas não mais com as grandes diferenças que conhecemos hoje. A claridade do sol e da lua será sete vezes maior que hoje (Is 30:26). Há quem considere isso como linguagem figurada relacionada com Isaías 60:19-20. Isaías 30, porém, nada sugere a respeito. Essa intensidade maior não levará a uma seca e condições adversas à vida; pelo contrário, o mar Morto se recuperará inteiramente e se tornará um rico pesqueiro. Na planície do Jordão haverá árvores que darão fruto doze vezes por ano (Ez 47:7-12). O deserto florescerá e será frutífero como nunca antes
  • 7. (Is 35.1-2; 51.3; 55.12-13). Com isso, todos os problemas ambientais se resolverão. Apesar da insolação muito superior, as pessoas atingirão novamente idades pré-diluvianas (Is 65.20-22). Essa terceira grande mudança climática do reino milenar será precedida do juízo sobre os povos (Jl 3:6-8; Mt 25:31-46; Ap 20:4) e a prisão de Satanás por mil anos (Ap 20:6). Depois da terceira grande mudança climática e do reino milenar vinculado a ela, virá o juízo final (Ap 20.11-15) e, em seguida, o novo céu e a nova terra ligados entre si (Ap 21-22). Nessa nova criação, tudo mudará completamente. Portanto, a Escritura Sagrada nos apresenta três profundas mudanças climáticas na nossa terra. As duas primeiras estão no passado (Queda e Dilúvio), enquanto a terceira ainda está no futuro (Retorno de Jesus, reino milenar). Todas essas três cisões relacionam-se com o pecado humano e a ação julgadora e salvadora de Deus. Vivemos depois do Dilúvio e antes do retorno de Jesus. Acima de tudo, aplica-se a este tempo a palavra de Gênesis 8.22, que nos proporciona serenidade íntima diante de todos os cenários de terror dos tempos atuais. Isto não significa que não possam ocorrer oscilações climáticas ao longo do tempo. Tudo, porém, permanecerá sob o controle de Deus e dentro dos limites de "plantio e colheita, frio e calor, verão e inverno, dia e noite" (Gn 8.22). Antes do retorno de Jesus e junto com ele, as forças da natureza se instabilizarão. Isso inclui abalos (tremores do ar, maremotos, terremotos (ver Sf 1:14-17; Mt 24:7; Ap 6:14; 16:18 etc.), catástrofes ambientais (Ap 8.6-13), eventos cósmicos com abalo dos astros, escurecimento solar e uma insolação maior e influente (Jl 2:2; Sf 1:15; Zc 14:6-7; Mt 24:29; Ap 6:12-14; 16:8-9). Em primeiro lugar, estas são as dores de parto da grande reviravolta que se iniciará com o retorno de Jesus (Mt 24:8). E como ocorre com dores de parto, sua intensidade aumentará. Segundo, trata- se dos gemidos da Criação que espera sua redenção (Rm 8.22-24). Terceiro, esses abalos se relacionam de forma inseparável com o pecado do homem contra Deus. 0 livro de Apocalipse esclarece isso. Por fim, em quarto lugar,
  • 8. isso se relaciona com o juízo de Deus que atingirá a humanidade. No Apocalipse, tudo provém do trono de Deus. Entretanto, a Escritura Sagrada não fala apenas dos abalos das forças da natureza antes do retorno de Jesus. Ela também mostra que a humanidade será marcada por medo daquilo que virá: "Haverá sinais no sol, na Lua e nas estrelas. Na terra, as nações estarão em angústia e perplexidade com o bramido e a agitação do mar. Os homens desmaiarão de terror, apreensivos com o que estará sobrevindo ao mundo; e os poderes celestes serão abalados" (Lc 21.25-26). E ainda há eventos e choques que não são levados em conta na discussão climática de hoje: "As nações se iraram; e chegou a tua ira. Chegou o tempo de julgares os mortos e de recompensares os teus servos, os profetas, os teus santos e os que temem o teu nome, tanto pequenos como grandes, e de destruir os que destroem a terra" (Ap 11:18). Em vez de "destroem", também seria possível ler "arruínam" ou "estragam"; também podemos aplicar isso à poluição ambiental. Mais uma vez, gostaria de enfatizar que o homem ímpio literalmente tiraniza a Criação, por um lado, e a idolatra, por outro. Portanto, como seguidores de
  • 9. Jesus, à luz da Bíblia, lidaremos de maneira diferente com a Criação caída - que nos foi confiada. Isto é, a Criação nos foi dada para uso responsável, mas também sabemos sobre sua transitoriedade. Pela "destruição" da terra, trata- se principalmente sobre outra coisa. O mesmo termo é usado em 1 Tm 6:5 para uma mente corrompida e privada da verdade. Esse é o contexto da revelação. Os homens não se converterão dos seus pecados, da sua idolatria, da imoralidade, da sua feitiçaria, dos homicídios e roubos (Ap 9.21). Com isso destruirão a terra. O pastor Fritz Grünzweig comenta a respeito disso: "O Antigo Testamento diz consistentemente que degradar o mundo significa sua violação por idolatria e desrespeito ao Deus vivo. Com sua rebelião e autossuficiência, com sua autodestruição, o homem contaminou a terra e lhe trouxe maldição (cf. Gn 6.11,13; Ez 7.23; 12.19)". O verdadeiro conhecimento de Deus resulta em um manejo responsável da Criação. Esse manejo, porém, jamais conduzirá a uma idolatria da Criação, de modo a, por exemplo, colocar os animais e a natureza no mesmo nível que o homem ou até acima dele. Basta lembrar-se da clamorosa discrepância entre a proteção aos animais e o aborto em nossa sociedade. No que se refere ao estilo de vida ecológico, uma conduta de vida sadia e uma alimentação equilibrada podem perfeitamente ser fundamentadas na Bíblia. E sem dúvida será útil seguir os conselhos do médico em caso de enfermidade. Os cristãos também não deveriam nesse caso julgar uns aos outros se tratarem questões de saúde de formas diferentes. A isso podemos aplicar o que Paulo escreveu aos romanos, coríntios e colossenses a respeito da alimentação. Mesmo assim, dá o que pensar que, mesmo entre cristãos fiéis à Bíblia, uma ideologia alimentar ecológica vem ganhando cada vez mais espaço. Com todo o tempo e as energias que se investem nessas questões, outras questões muito mais importantes para a vida pessoal de discipulado vão caindo para o segundo plano. Faz sentido atender a recomendações médicas quando se trata de evitar o consumo de determinadas carnes ou alimentos (p. ex., em caso de diabetes, câncer etc.), mas em princípio temos de manter em mente que o Senhor Jesus, aquele por meio de quem todas as coisas foram criadas, que conhece todas as interações e motivos, liberou expressamente no Novo
  • 10. Testamento os alimentos impuros: "Será que vocês também não conseguem entender? perguntou-lhes Jesus. 'Não percebem que nada que entre no homem pode torna-lo impuro? Porque não entra em seu coração, mas em seu estômago, sendo depois eliminado: Ao dizer isso, Jesus declarou puros todos os alimentos. E continuou: O que sai do homem é que o toma impuro. Pois do interior do coração dos homens vêm os maus pensamentos, as imoralidades sexuais, os roubos, os homicídios, os adultérios, as cobiças, as maldades. o engano, a devassidão, a inveja, a calúnia, a arrogância e a insensatez. Todos esses males vêm de dentro e tornam o homem impuro” (Mc 7:18:23). Esta é uma diretriz bíblica para a ideologia alimentar de hoje e até para a filosofia vegana. Enquanto o homem cria um circo cada vez maior em torno da alimentação, outras coisas — que aos olhos de Deus são graves e malignas — são toleradas como perfeitamente normais ou até boas. Enfatize-se mais uma vez que nada há a opor a uma alimentação equilibrada. A Palavra de Deus também chama glutonaria e bebedeira de pecados. Quando eu era estudante bíblico, conheci o prof. Dr. Immanuel Sücker. Ele se destacava em várias áreas do conhecimento e era cristão confesso. Naquele tempo, a filosofia alimentar ecológica começava a despontar. Ele nos contou que uma aluna mandou, sob influência verde; examinar conscienciosamente os grãos integrais. O resultado ele já sabia. Sob a casca do grão integral depositam-se substâncias danosas. A aluna reagiu chocada. O conselho de Sücker foi uma alimentação equilibrada: consumir de tudo moderadamente. Uma alimentação saudável pode ser útil. Mesmo assim, temos de manter em mente que, depois do pecado, tudo está marcado pela morte e é perecível. Nenhuma passagem da Escritura promete aos seguidores de Jesus uma vida sem danos à saúde. Se reconhecermos isso, tudo assumirá uma posição correta. Quero, então, aplicar também à alimentação aquilo que Paulo disse sobre o esporte: “O exercício físico é de pouco proveito: a piedade, porém, para tudo é proveitosa, porque tem promessa da vida presente e da futura” (1 Tm 4.8).
  • 11. Acima de tudo, o que decide é nossa fé na soberania e na onipotência de Deus. Nesse sentido, podemos aplicar também à alimentação as palavras de Paulo sobre a riqueza, segundo as quais Deus nos oferece tudo em abundância para o nosso proveito (1 Tm 6:17). “... Ninguém os julgue pelo que vocês comem ou bebem, ou com relação a alguma festividade religiosa ou a celebração das luas novas ou dos dias de sábado' (Cl 2:16). Se alguém deseja abrir mão de carne, será sua livre decisão pessoal, mas temos de cuidar para que nossos pensamentos não sejam turvados por uma moderna mística ecológica. Seria profundamente trágico levarmos um peso na consciência por causa do consumo de carne porque os gases digestivos dos bovinos supostamente seriam piores do que matar seres humanos em gestação. Confrontado como crescente veganismo, um pedagogo social alertou para os fundamentos religiosos e filosóficos disso. Em resumo, ele disse: “Ao renunciar a carne, peixe etc., a pessoa quer contribuir para melhorar o mundo e a humanidade" Assim, trata-se basicamente da autorredenção [o próprio homem querendo salvar-se a si próprio] de uma humanidade caída. Todas as liberdades que a Palavra de Deus nos concede em relação aos alimentos já regem-se pelo princípio de que “quer vocês comam, quer bebam, quer façam qualquer outra coisa. façam tudo para a glória de Deus" (I Co 10:31). O manejo responsável da Criação pelo seguidor de Jesus não provém de algum ecomisticismo, mas do temor a Deus e da gratidão ao Criador, sabendo que esta terra acabará perecendo. Isso inclui a convicção de que o Deus
  • 12. vivo interfere ativamente na Criação e no clima para atender aos seus propósitos. Tudo se sustenta nele. Por isso, a dedicação aos interesses espirituais e eternos tem prioridade. O que importa é a hierarquia correta. 0 fundamento bíblico para os crescentes problemas e catástrofes ambientais é o pecado. Esta Criação está sujeita à morte e à transitoriedade, e nenhuma ecorreligião mudará alguma coisa nisso. Por isso, uma humanidade que exclui o Deus criador que interfere ativamente não poderá resolver os problemas. Como seguidores de Jesus, temos, porém, uma grande e bem fundamentada esperança para esta terra. Ela não consiste de algum acordo mundial sobre o clima ou algo similar, mas no retorno de Jesus. Ele tratará do problema pela raiz, ou seja, pelo pecado e pelo Diabo, resolvendo assim todos os problemas ambientais que se exacerbaram diante de uma humanidade caída em razão de sua inimizade contra Deus. Jamais esqueçamos: O essencial ainda está por vir (Ap 21:1-5). "Todavia, de acordo com a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, onde habita a justiça" (2 Pe 3.13). — Johannes Pflaum integra a diretoria da Sociedade Bíblica Suíça e atua como conferencista e docente na área de ensino bíblico. Revista Chamada da Meia Noite, Ago 2019, págs. 6-12.