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OBSTETRÍCIA
DENGUE NA GRAVIDEZ
Rotinas Assistenciais da Maternidade-Escola
da Universidade Federal do Rio de Janeiro
É doença febril aguda, de etiologia viral, de disseminação urbana, transmitida pela picada da fêmea do
mosquito Aedes aegypti.
A gestação é considerada condição clínica especial e, portanto, classificada como grupo B pelo
Ministério da Saúde (acompanhamento em leito de Maternidade ou Unidade de Saúde)
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
 No homem: 3 a 15 dias.
 No mosquito: 8 a 12 dias.
PERÍODO DE TRANSMISSÃO
 No homem,1 dia antes da febre e até 6 dias após.
TIPOS DE VÍRUS
 Arbovirus com quatro 4 subtipos de vírus conhecidos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 E DEN-4.
 Todos os sorotipos podem causar doenças graves e fatais. Cada sorotipo confere imunidade
permanente e específica contra o mesmo sorotipo, como também imunidade cruzada a curto prazo
contra os outros 3, que pode durar vários meses.
CASO SUSPEITO
 Febre com duração máxima de 7 dias, associada, a pelo menos, dois dos seguintes sintomas:
cefaléia, dor retrorbitária, exantema, prostração, mialgia, artralgia, náuseas e vômitos.
 Deve-se pesquisar data de início dos sintomas e história epidemiológica compatível.
 A gestante deve aguardar o resultado dos exames laboratoriais obrigatórios na maternidade ou
unidade de saúde.
 Exames obrigatórios:
o Hemograma com plaquetas
o RX de tórax (PA e perfil) ou USG de Tórax para avaliar derrame pleural.
 Confirmado o diagnóstico, a gestante é classificada inicialmente no grupo B, sendo indicados exames
específicos:
o PCR até o 5º dia do início dos sintomas.
o Sorologia a partir do 7º dia da doença ou a partir do 1º dia sem febre.
o NS1 e PCR enquanto houver febre.
FASES DA DENGUE
 1ª fase – fase febril
 2ª fase – vai do 3º ao 6º dia de evolução. Há redução da temperatura.
 3ª fase – convalescência – paciente sem febre, prostrado podendo ocorrer aumento das
transaminases. Esta fase pode durar até 3 semanas.
SINAIS DE ALERTA
 Dor abdominal intensa e contínua, ou dor à palpação abdominal
 Vômito persistente
 Hipotensão postural e/ou lipotímia
 Sonolência, agitação ou irritabilidade
 Hepatomegalia (> 2 cm) ou fígado doloroso à palpação
 Sangramento de mucosa
 Hemorragias importantes (hematêmese e/ou melena e/ou sangramento vaginal)
 Oligúria (anúria nas últimas 6 h)
 Aumento repentino do hematócrito
 Queda abrupta das plaquetas
SINAIS DE DENGUE GRAVE:
 Síndrome de vazamento capilar com choque ou desconforto respiratório
 Sangramento grave
 Disfunção orgânica grave
SINAIS DE CHOQUE:
 Hipotensão postural ou hipotensão arterial
 PA convergente (PA diferencial < 20 mmHg)
 Extrremidades frias, pulso rápido e fino, enchimento capilar lento > 2 s.
DIAGNÓSTICO E CONDUTA
 Ver fluxogramas B, C e D
Figura 1- Conduta da gestante - Fluxograma Grupo B
CONDUTA PARA GESTANTE NA SUSPEITA DE DENGUE
Tem sinal de alerta / dengue grave / choque?
NÃO
SIM
Ver GRUPO C ou D
Acompanhamento em leito de maternidade ou Unidade de Saúde
Exames complementares:
Exames laboratoriais específicos*
Hemograma com plaquetas
RX de tórax (PA e perfil) ou USG de Tórax para avaliar derrame pleural.
Avaliação clínica e obstétrica
USG obstétrica a critério médico
GRUPO B
Monitorar os sinais de alerta
Hidratação oral de acordo com as necessidades (sede / diurese mantida nas últimas 6 h)
Ht > 40% ou Ht com aumento de 10% ou derrame pleural ou comorbidades ou
sinais de alerta / dengue grave ou risco social
NÃO SIM
Reavaliação clínica e laboratorial diária ou
imediata na presença de sinais de alerta
Acompanhamento da gestante até 48 h após
o desaparecimento da febre
Internação
hospitalar
*Exames laboratoriais específicos
- PCR até o 5º dia do início dos sintomas.
- Sorologia a partir do 7º dia da doença ou
a partir do 1º dia sem febre.
- NS1 e PCR enquanto houver febre
Ver GRUPO C ou D
CONDUTA PARA GESTANTE NA SUSPEITA DE DENGUE
Tem sinal de alerta / dengue grave / choque?
SIM
Internação hospitalar
Pesquisar sinais de hipovolemia
Na presença de:
- Sangramento, lipotímia, vômitos e redução da diurese
Observar:
- Elevação do hematócrito, taquicardia e PA convergente
GRUPO C
NÃO SIM
Dor abdominal intensa
Derrame pleural
Ascite
Hepatomegalia dolorosa
Acompanhamento em leito de internação por pelo menos 48 h
Exames complementares:
Exames laboratoriais específicos*
Hemograma com plaquetas
RX de tórax (PA e perfil) ou USG de Tórax para
avaliar derrame pleural.
USG abdominal – avaliar hepatomegalia e ascite
TGO / TGP / Bilirrubinas
Proteínas totais e frações
Avaliação clínica e obstétrica
USG obstétrica / Doppler
Hidratação oral de acordo com as necessidades
(sede / diurese mantida nas últimas 6 h)
Sinais vitais de 2/2 h
Diurese / peso
Avaliar sinais de hipovolemia
Melhora clínica e labotarorial, sinais vitais e PA
estáveis, diurese normal e queda do hematócrito.
NÃOSIM
Critério de alta: estabilização hemodinâmica e
ausência de febre durante 48 h; melhora visível
do quadro clínico; Ht normal e estável por 24 h;
plaquetas em elevação e > 50.000 mm3; ausência
de sintomas respiratórios
Retorno conforme o grupo B
Exames complementares:
Exames laboratoriais específicos*
Hemograma com plaquetas
RX de tórax (PA e perfil) ou USG de Tórax para
avaliar derrame pleural.
USG abdominal – avaliar hepatomegalia e ascite
TGO / TGP / Bilirrubinas
Proteínas totais e frações
Glicose, uréia e creatinina
Gasometria venosa ou artéria e lactato
Avaliação clínica e obstétrica
USG obstétrica / Doppler
Hidratação imediata
1ª etapa: solução salina – 5 a 7 ml / Kg / h
Revisão cínica e laboratorial em 2 h.
Melhora clínica após a 1ª etapa de hidratação?
NÃOSIM
2ª etapa: solução salina
2 a 5 ml / kg / h em 2 h
2ª etapa: solução salina
5 a 7 ml / kg / h em 2 h
Melhora clínica e laboratorial
Hematócrito mantido ou normalizadoSIM
3ª etapa: solução salina 25
ml / kg / h em 8 a 12 h
3ª etapa: solução salina 5 a
10 ml / kg / h em 1 a 2 h
Revisão clínica e laboratorial
Estabilidade clínica Melhora clínica e
Estabilidade clínica e
laboratorial
SIM NÃO
Hidratação IV de acordo
com a necessidade clínica
por 24 a 48 h
GRUPO D
NÃO
Figura 2- Conduta da gestante - Fluxograma Grupo C
CONDUTA PARA GESTANTE NA SUSPEITA DE DENGUE
Tem sinal de alerta / dengue grave / choque?
SIM
Internação na UTI
Iniciar a terapêutica durante a remoção enquanto aguarda a internação
GRUPO D
Sinais de dengue grave ou sinais de choque
- Extremidades frias
- Pulso rápido e fraco
- PA convergente (< 20mmHg)
- Dispnéia / taquipnéia
- Enchimento capilar > 2 s
- Letargia
- Diminuição da diurese
- Cianose
- Diminuição repentina da temperatura
Exames complementares:
Exames laboratoriais específicos*
Hemograma com plaquetas
RX de tórax (PA e perfil) ou USG de Tórax para avaliar derrame pleural.
USG abdominal – avaliar hepatomegalia e ascite
TGO / TGP / Bilirrubinas
Proteínas totais e frações
Glicose, uréia e creatinina
Gasometria venosa ou artéria e lactato
Avaliação clínica e obstétrica
USG obstétrica / Doppler
1ª etapa: solução salina 10 a 20 ml / kg / h em 1 h seguida de 7 a 10 ml / Kg / h em 1 a 2 h
Melhora clínica e laboratorial
NÃO
SIM
Ver 2ª etapa (não)
do GRUPO C Instabilidade hemodinâmica
Ht aumentado Ht diminuido
- Repetir hidratação venosa em
bolus 10 a 20 ml / Kh em 1 h
- Considerar colóides para evitar
congestão pulmonar
- Classificação sanguínea
- Investigar hemorragias ocultas e CID
NÃO SIM
- Avaliar hiperidratação / ICC
- Considerar redução da infusão de líquidos
e diurético (furosemida) / inotrópico, se
indicado (realizar ecocardiograma antes ou
decidir clinicamente na ausência de
ecocardiograma
- Considerar concentrado de hemácias, se
Ht < 20%
- Com coagulopatia (CID), considerar outros
hemocomponentes (Plasma fresco /
crioprecipitado / plaquetas)
- Medidas terapêuticas para o choque
Figura 3- Conduta da gestante - Fluxograma Grupo D
LEMBRETES
 A notificação de casos suspeitos de dengue é obrigatória.
 Teste rápido (NS1) negativo não exclui a dengue.
 Em caso de parada cardiorrespiratória em gestação > 20 semanas, lateralizar o útero para a esquerda
durante manobras de ressuscitação e proceder a retirada do feto em cesariana de urgência.
 O diagnóstico diferencial deve contemplar pré-eclâmpsia - eclâmpsia / síndrome HELLP e sepse, que
também podem ser concomitantes. Na suspeita de sepse bacteriana, realizar coleta de culturas e iniciar
antibioticoterapia precoce.
 A transfusão de plaquetas não é necessária na maioria das vezes, mesmo quando < 50.000 mm3. Pode
estar indicada quando < 50.000 mm3, no tratamento da CID, com sangramento ativo ou no pré-operatório
de parto cesáreo.
 Em caso de choque ou sangramento ativo, considerar concentrado de hemácias, se Ht < 30%.
 Solução salina se refere tanto a SF a 0.9% como a ringer lactato ou solução de ringer.
 Em gestantes obesas, a reposição volêmica deverá ser calculada tomando como base o peso ideal, e
não o peso corpóreo. Durante e após a hidratação venosa em gestantes, ficar atento aos sinais de
congestão pulmonar.
 Em caso de choque ou instabilidade hemodinâmica, a avaliação obstétrica deverá ser repetida em
intervalos menores.
 Após o nascimento, encaminhar a placenta para a patologia, que deverá ser guardada até a conclusão
do caso.
LEITURA SUGERIDA
- BRASIL. Ministerio da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância
Epidemiológica. Dengue : diagnóstico e manejo clínico : criança. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.
Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/web_dengue_crian_25_01.pdf>. Acesso em:
16 jan. 2013.
- RIO DE JANEIRO (Estado). Secretaria de Saúde e Defesa Civil. Subsecretaria de Atenção à Saúde.
Superintendência de Atenção Básica e Gestão do Cuidado. Dengue na gravidez. Disponível
em:<http://www.combateadengue.com.br/arquivos/folder-dengue-gestante.pdf>. Acesso em: 16 jan. 2013.
- WHO. Dengue: guidelines for diagnosis, treatment, prevention and control. 2009. Disponível em:
<http://whqlibdoc.who.int/publications/2009/9789241547871_eng.pdf>. Acesso em: 16 jan. 2013.

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Dengue gravidez

  • 1. OBSTETRÍCIA DENGUE NA GRAVIDEZ Rotinas Assistenciais da Maternidade-Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro É doença febril aguda, de etiologia viral, de disseminação urbana, transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. A gestação é considerada condição clínica especial e, portanto, classificada como grupo B pelo Ministério da Saúde (acompanhamento em leito de Maternidade ou Unidade de Saúde) PERÍODO DE INCUBAÇÃO  No homem: 3 a 15 dias.  No mosquito: 8 a 12 dias. PERÍODO DE TRANSMISSÃO  No homem,1 dia antes da febre e até 6 dias após. TIPOS DE VÍRUS  Arbovirus com quatro 4 subtipos de vírus conhecidos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 E DEN-4.  Todos os sorotipos podem causar doenças graves e fatais. Cada sorotipo confere imunidade permanente e específica contra o mesmo sorotipo, como também imunidade cruzada a curto prazo contra os outros 3, que pode durar vários meses. CASO SUSPEITO  Febre com duração máxima de 7 dias, associada, a pelo menos, dois dos seguintes sintomas: cefaléia, dor retrorbitária, exantema, prostração, mialgia, artralgia, náuseas e vômitos.  Deve-se pesquisar data de início dos sintomas e história epidemiológica compatível.  A gestante deve aguardar o resultado dos exames laboratoriais obrigatórios na maternidade ou unidade de saúde.  Exames obrigatórios: o Hemograma com plaquetas o RX de tórax (PA e perfil) ou USG de Tórax para avaliar derrame pleural.  Confirmado o diagnóstico, a gestante é classificada inicialmente no grupo B, sendo indicados exames específicos: o PCR até o 5º dia do início dos sintomas. o Sorologia a partir do 7º dia da doença ou a partir do 1º dia sem febre. o NS1 e PCR enquanto houver febre. FASES DA DENGUE  1ª fase – fase febril  2ª fase – vai do 3º ao 6º dia de evolução. Há redução da temperatura.  3ª fase – convalescência – paciente sem febre, prostrado podendo ocorrer aumento das transaminases. Esta fase pode durar até 3 semanas.
  • 2. SINAIS DE ALERTA  Dor abdominal intensa e contínua, ou dor à palpação abdominal  Vômito persistente  Hipotensão postural e/ou lipotímia  Sonolência, agitação ou irritabilidade  Hepatomegalia (> 2 cm) ou fígado doloroso à palpação  Sangramento de mucosa  Hemorragias importantes (hematêmese e/ou melena e/ou sangramento vaginal)  Oligúria (anúria nas últimas 6 h)  Aumento repentino do hematócrito  Queda abrupta das plaquetas SINAIS DE DENGUE GRAVE:  Síndrome de vazamento capilar com choque ou desconforto respiratório  Sangramento grave  Disfunção orgânica grave SINAIS DE CHOQUE:  Hipotensão postural ou hipotensão arterial  PA convergente (PA diferencial < 20 mmHg)  Extrremidades frias, pulso rápido e fino, enchimento capilar lento > 2 s. DIAGNÓSTICO E CONDUTA  Ver fluxogramas B, C e D
  • 3. Figura 1- Conduta da gestante - Fluxograma Grupo B CONDUTA PARA GESTANTE NA SUSPEITA DE DENGUE Tem sinal de alerta / dengue grave / choque? NÃO SIM Ver GRUPO C ou D Acompanhamento em leito de maternidade ou Unidade de Saúde Exames complementares: Exames laboratoriais específicos* Hemograma com plaquetas RX de tórax (PA e perfil) ou USG de Tórax para avaliar derrame pleural. Avaliação clínica e obstétrica USG obstétrica a critério médico GRUPO B Monitorar os sinais de alerta Hidratação oral de acordo com as necessidades (sede / diurese mantida nas últimas 6 h) Ht > 40% ou Ht com aumento de 10% ou derrame pleural ou comorbidades ou sinais de alerta / dengue grave ou risco social NÃO SIM Reavaliação clínica e laboratorial diária ou imediata na presença de sinais de alerta Acompanhamento da gestante até 48 h após o desaparecimento da febre Internação hospitalar *Exames laboratoriais específicos - PCR até o 5º dia do início dos sintomas. - Sorologia a partir do 7º dia da doença ou a partir do 1º dia sem febre. - NS1 e PCR enquanto houver febre Ver GRUPO C ou D
  • 4. CONDUTA PARA GESTANTE NA SUSPEITA DE DENGUE Tem sinal de alerta / dengue grave / choque? SIM Internação hospitalar Pesquisar sinais de hipovolemia Na presença de: - Sangramento, lipotímia, vômitos e redução da diurese Observar: - Elevação do hematócrito, taquicardia e PA convergente GRUPO C NÃO SIM Dor abdominal intensa Derrame pleural Ascite Hepatomegalia dolorosa Acompanhamento em leito de internação por pelo menos 48 h Exames complementares: Exames laboratoriais específicos* Hemograma com plaquetas RX de tórax (PA e perfil) ou USG de Tórax para avaliar derrame pleural. USG abdominal – avaliar hepatomegalia e ascite TGO / TGP / Bilirrubinas Proteínas totais e frações Avaliação clínica e obstétrica USG obstétrica / Doppler Hidratação oral de acordo com as necessidades (sede / diurese mantida nas últimas 6 h) Sinais vitais de 2/2 h Diurese / peso Avaliar sinais de hipovolemia Melhora clínica e labotarorial, sinais vitais e PA estáveis, diurese normal e queda do hematócrito. NÃOSIM Critério de alta: estabilização hemodinâmica e ausência de febre durante 48 h; melhora visível do quadro clínico; Ht normal e estável por 24 h; plaquetas em elevação e > 50.000 mm3; ausência de sintomas respiratórios Retorno conforme o grupo B Exames complementares: Exames laboratoriais específicos* Hemograma com plaquetas RX de tórax (PA e perfil) ou USG de Tórax para avaliar derrame pleural. USG abdominal – avaliar hepatomegalia e ascite TGO / TGP / Bilirrubinas Proteínas totais e frações Glicose, uréia e creatinina Gasometria venosa ou artéria e lactato Avaliação clínica e obstétrica USG obstétrica / Doppler Hidratação imediata 1ª etapa: solução salina – 5 a 7 ml / Kg / h Revisão cínica e laboratorial em 2 h. Melhora clínica após a 1ª etapa de hidratação? NÃOSIM 2ª etapa: solução salina 2 a 5 ml / kg / h em 2 h 2ª etapa: solução salina 5 a 7 ml / kg / h em 2 h Melhora clínica e laboratorial Hematócrito mantido ou normalizadoSIM 3ª etapa: solução salina 25 ml / kg / h em 8 a 12 h 3ª etapa: solução salina 5 a 10 ml / kg / h em 1 a 2 h Revisão clínica e laboratorial Estabilidade clínica Melhora clínica e Estabilidade clínica e laboratorial SIM NÃO Hidratação IV de acordo com a necessidade clínica por 24 a 48 h GRUPO D NÃO Figura 2- Conduta da gestante - Fluxograma Grupo C
  • 5. CONDUTA PARA GESTANTE NA SUSPEITA DE DENGUE Tem sinal de alerta / dengue grave / choque? SIM Internação na UTI Iniciar a terapêutica durante a remoção enquanto aguarda a internação GRUPO D Sinais de dengue grave ou sinais de choque - Extremidades frias - Pulso rápido e fraco - PA convergente (< 20mmHg) - Dispnéia / taquipnéia - Enchimento capilar > 2 s - Letargia - Diminuição da diurese - Cianose - Diminuição repentina da temperatura Exames complementares: Exames laboratoriais específicos* Hemograma com plaquetas RX de tórax (PA e perfil) ou USG de Tórax para avaliar derrame pleural. USG abdominal – avaliar hepatomegalia e ascite TGO / TGP / Bilirrubinas Proteínas totais e frações Glicose, uréia e creatinina Gasometria venosa ou artéria e lactato Avaliação clínica e obstétrica USG obstétrica / Doppler 1ª etapa: solução salina 10 a 20 ml / kg / h em 1 h seguida de 7 a 10 ml / Kg / h em 1 a 2 h Melhora clínica e laboratorial NÃO SIM Ver 2ª etapa (não) do GRUPO C Instabilidade hemodinâmica Ht aumentado Ht diminuido - Repetir hidratação venosa em bolus 10 a 20 ml / Kh em 1 h - Considerar colóides para evitar congestão pulmonar - Classificação sanguínea - Investigar hemorragias ocultas e CID NÃO SIM - Avaliar hiperidratação / ICC - Considerar redução da infusão de líquidos e diurético (furosemida) / inotrópico, se indicado (realizar ecocardiograma antes ou decidir clinicamente na ausência de ecocardiograma - Considerar concentrado de hemácias, se Ht < 20% - Com coagulopatia (CID), considerar outros hemocomponentes (Plasma fresco / crioprecipitado / plaquetas) - Medidas terapêuticas para o choque Figura 3- Conduta da gestante - Fluxograma Grupo D
  • 6. LEMBRETES  A notificação de casos suspeitos de dengue é obrigatória.  Teste rápido (NS1) negativo não exclui a dengue.  Em caso de parada cardiorrespiratória em gestação > 20 semanas, lateralizar o útero para a esquerda durante manobras de ressuscitação e proceder a retirada do feto em cesariana de urgência.  O diagnóstico diferencial deve contemplar pré-eclâmpsia - eclâmpsia / síndrome HELLP e sepse, que também podem ser concomitantes. Na suspeita de sepse bacteriana, realizar coleta de culturas e iniciar antibioticoterapia precoce.  A transfusão de plaquetas não é necessária na maioria das vezes, mesmo quando < 50.000 mm3. Pode estar indicada quando < 50.000 mm3, no tratamento da CID, com sangramento ativo ou no pré-operatório de parto cesáreo.  Em caso de choque ou sangramento ativo, considerar concentrado de hemácias, se Ht < 30%.  Solução salina se refere tanto a SF a 0.9% como a ringer lactato ou solução de ringer.  Em gestantes obesas, a reposição volêmica deverá ser calculada tomando como base o peso ideal, e não o peso corpóreo. Durante e após a hidratação venosa em gestantes, ficar atento aos sinais de congestão pulmonar.  Em caso de choque ou instabilidade hemodinâmica, a avaliação obstétrica deverá ser repetida em intervalos menores.  Após o nascimento, encaminhar a placenta para a patologia, que deverá ser guardada até a conclusão do caso. LEITURA SUGERIDA - BRASIL. Ministerio da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Dengue : diagnóstico e manejo clínico : criança. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/web_dengue_crian_25_01.pdf>. Acesso em: 16 jan. 2013. - RIO DE JANEIRO (Estado). Secretaria de Saúde e Defesa Civil. Subsecretaria de Atenção à Saúde. Superintendência de Atenção Básica e Gestão do Cuidado. Dengue na gravidez. Disponível em:<http://www.combateadengue.com.br/arquivos/folder-dengue-gestante.pdf>. Acesso em: 16 jan. 2013. - WHO. Dengue: guidelines for diagnosis, treatment, prevention and control. 2009. Disponível em: <http://whqlibdoc.who.int/publications/2009/9789241547871_eng.pdf>. Acesso em: 16 jan. 2013.