5. Fontes do Conhecimento
Investigação de onde e como adquirimos nosso
saber (experiência, razão, intuição).
Dogmatismo é uma corrente que pode englobar muitas outras,
pois uma corrente é dogmática sempre que defende a
possibilidade de alcançarmos a verdade.
Ceticismo duvida ou nega a possibilidade humana de
conhecermos a verdade.
Criticismo: teoria kantiana que admite que podemos alcançar
algumas verdades e outras não, ou seja, uma conciliação entre
dogmatismo e ceticismo.
7. Teoria do Conhecimento
Bibliografia
José Nedel – Uma Teoria do Conhecimento – Unisinos -
2015
Alberto Oliva – Teoria do Conhecimento – Zahar - 2011
Maria Lúcia de Arruda Aranha – Filosofando Introdução à
Filosofia – Editora Moderna - 2003
8. Teoria do Conhecimento
Avaliação
a) Produção de textos ou sínteses de obras
b) Participação nas aulas
c) Trabalhos em Grupo
d) Prova Dissertativa
e) Solução de Problemas Filosóficos
13. Teoria do Conhecimento
Metafísica? Lógica?
A Teoria do conhecimento é
parte da metafísica, porque
há identidade parcial do
objeto, dos princípios, do fim
e do método.
14. Metafísica
Se ocupa do ente, de
sua natureza e
existência, pensa-o e o
exprime em conceitos.
15. Lógica
É um campo de estudo da
Filosofia que se dedica a
entender as relações linguísticas
que tornam uma proposição
válida ou inválida no interior de
um argumento.
16. Teoria do Conhecimento - Método
Exige uma análise
lógica ou racional
das funções do
conhecimento e do
sujeito cognoscente.
17. Senso Comum
é a primeira forma de conhecimento praticada
pelo homem, e está ligado aos primeiros passos
do homem em direção à vida em comunidades.
A partir do senso comum, a sociedade humana
deixa de depender apenas do instinto para a
sobrevivência, e se abre caminho para a
transmissão do aprendizado decorrente do meio
entre gerações de forma não-genética.
18. Senso Comum
O senso comum manifesta-se a partir da
experiência pessoal individual e coletiva,
das crenças que nascem a partir da
convivência e dos acontecimentos do
cotidiano. As percepções de cada um que
parecem ter coerência vão sendo
incorporadas ao coletivo e tornam-se
“verdades absolutas”.
19. Pensamento Filosófico
É função própria do filósofo
questionar tudo o que é. Se
as pessoas nunca se
enganassem não teríamos
uma postura crítica sobre o
conhecimento.
20. Teoria do Conhecimento
O problema da Verdade
O que é verdade? A verdade realmente
existe? Podemos identificá-la? Sob
quais critérios? O que significa que algo
seja “verdadeiro”? Dizemos que algo é
“verdadeiro” na ordem da linguagem ou
na ordem dos eventos? Um evento não
pode ser verdadeiro?
21. Teoria do Conhecimento
Epistemologia
É o ramo da filosofia interessado em estudar como o
conhecimento é obtido e qual é a sua validade. Seu nome vem
dos vocábulos gregos epistḗmē (“conhecimento”) e logos
(“estudo”, “ciência” ou “palavra”), e por isso é chamada, de
maneira geral, ciência do conhecimento. A epistemologia
aborda problemas de diversas índoles sobre o modo em que
compreendemos, adquirimos e validamos o conhecimento.
Sempre procura responder à pergunta sobre o que é possível
chegar a conhecer e através de quais meios ou mecanismos.
23. Epistemologia
Aplicabilidade (Critérios Reflexivos)
Os critérios epistemológicos é através do uso da crença, verdade
e justificação. A finalidade de aplicar estes três aspectos é
garantir de forma satisfatória que uma crença pode ser
considerada conhecimento (crivos da peneira).
Crença: alguém não pode dizer que sabe algo se não acredita que isso é verdade.
Verdade: alguém que acredita em algo falso, não sabe como um fato, e sim que é
errôneo.
Justificação: alguém deve ter uma justificação plausível para que aquilo em que
acredita seja considerado conhecimento verdadeiro.
29. Epistemologia x Gnoseologia
A epistemologia centra-se na natureza, origem e limites do conhecimento
humano. A epistemologia aborda problemas gerais do saber e específicos
do campo de diferentes ciências ou disciplinas.
A gnosiologia é um ramo da filosofia que estuda a forma como
constituímos o conhecimento do mundo. A diferença fundamental com a
epistemologia reside no fato de que a gnosiologia se encarrega
do estudo do alcance de todo tipo de conhecimento em geral, enquanto
que a epistemologia se limita ao conhecimento científico.
Já a epistemologia tem as funções de questionar os limites do
conhecimento (pode rever e questionar os métodos aceitos de
formulação do conhecimento a partir do mundo real) e examinar as
metodologias, encarrega-se de questionar os métodos usados para
distinguir um conhecimento válido de uma crença ou suposição, ou para
distinguir o conhecimento de onde se origina.
31. Epistemologia x Gnoseologia
Uma das perguntas fundamentais da gnosiologia é: Quais são os
limites do nosso conhecimento? Haverá um momento tal em que
não haverá mais nada a ser aprendido? É possível existir uma
enciclopédia que contenha tudo? Obviamente esta é uma
daquelas perguntas utópicas, do tipo pedra filosofal ou fonte da
juventude, mas que está carregada de desejo de saber até onde
podemos chegar. Existem dois extremos com relação à
possibilidade de conhecer. De um lado, temos a resposta que
afirma ser o conhecimento plenamente possível, formado por
verdades absolutas e imutáveis. Do outro, temos a consciência de
que nenhum conhecimento é possível de obter com firmeza,
havendo sempre a suspeita de que estejamos enganados.
Traduzindo em correntes, temos o dogmatismo e o ceticismo.
32. Epistemologia x Gnoseologia
A Epistemologia, que cuida da verificabilidade do valor do ato
cognitivo. O ato cognitivo sempre foi uma característica
absolutamente diferenciadora do gênero humano. Sim, os animais
também têm a capacidade de apreender a realidade que os
rodeia, em maior ou menor grau, mas a capacidade de realizar
abstrações significativas faz parte do equipamento mental dos
bípedes implumes. A maior mostra disso se dá no uso de
símbolos, altamente sofisticado na espécie e que se dá de maneira
recursiva: há o símbolo, o símbolo do símbolo, o símbolo do
símbolo do símbolo e assim por diante. Portanto, conhecer
significa ter noção, ter compreensão. Entendemos alguma coisa
quando vinculamos aquilo que observamos a algum significado.
33. Epistemologia x Gnoseologia
O homem na procura de explicações sobre o próprio conhecimento,
e isso foi a mola que impulsionou toda uma gama de pesquisas que
veio culminar com as neurociências. De fato, o cérebro é mesmo
uma coisa prodigiosa. Ele tem a capacidade de perceber um
determinado fenômeno e disparar uma longa sequência de
impulsos para resgatar algo igual ou semelhante na memória.
Quando não consegue fazê-lo, absorve a informação nova e grava
uma imagem mental desta, a partir daí, há a formação de uma
ideia. O conhecimento não se dá no vazio, nem é unívoco; é uma
relação que sempre tem dois protagonistas: um sujeito
cognoscente e um objeto cognoscível.
34. Platão: Teoria da CVJ
Platão, na obra Teeteto, defende que o
conhecimento [do tipo proposicional] é uma
crença que o sujeito tem [acredita que], que
deve ser verdadeira [sabe que], isto é, a
representação mental do objeto, traduzida na
proposição, deve estar de acordo com a
realidade, e justificada [a crença está
justificada], ou seja, o sujeito deve ter
fundadas razões para aceitar essa proposição.
36. Platão: Teeteto
É um diálogo platônico sobre a natureza
do conhecimento, escrito em 369 a.C.
Nele aparece, talvez pela primeira vez,
explicitamente, na Filosofia, o confronto
entre verdade e relativismo. Os
personagens principais no diálogo são:
Sócrates, Teodoro de Cirene e Teeteto.
Platão procura desmentir a subjetividade
gnosiológica dos sofistas, que afirmavam
que os sentidos determinassem o
conhecimento. Segundo Platão é possível
chegar ao conhecimento através da
razão.
37. Platão: Teeteto
Desse diálogo, provém uma definição tradicional
do conhecimento como crença verdadeira
justificada. Teeteto de Atenas, um jovem
estudioso de matemática e ciências afins, propõe
três definições que são rechaçadas por Sócrates.
O saber não pode ser definido mediante
exemplos, não é percepção nem opinião
verdadeira, nem uma explicação acompanhada
de opinião verdadeira. Sócrates rebate esses
argumentos de um ponto de vista crítico, isto é,
só questiona o que propõe Teeteto através de
perguntas e não formula um conceito do que é
conhecimento.
38. Platão: Teeteto
No diálogo, Sócrates esclarece a Teeteto o motivo
de sua arte se chamar maiêutica (parteira).
Nesse diálogo ocorre também o famoso relato de
Sócrates a Teodoro de Cirene sobre a rapariga
(criada) da Trácia que zombou de Tales de Mileto,
quando este caiu num poço, porque observava o
céu.
“Sócrates — Foi o caso de Tales, Teodoro, quando
observava os astros; porque olhava para o céu,
caiu num poço. Contam que uma decidida e
espirituosa rapariga da Trácia zombou dele, com
dizer-lhe que ele procurava conhecer o que se
passava no céu mas não via o que estava junto
dos próprios pés. Essa pilhéria se aplica a todos os
que vivem para a Filosofia”.
39. Platão: Bípedes Implumes
Na Grécia antiga, os discípulos de Platão viviam discutindo o sentido da
existência. Perguntavam-se sobre o que é, afinal, o ser humano. Como é sabido,
entre os humanos, chegar a alguma conclusão a respeito de algum tema é algo
praticamente impossível, sempre haverá pontos de vista diferentes. No entanto,
os seguidores do filósofo, naquela circunstância, retiraram uma definição para o
homem de dentro de uma cartola: “o ser humano é um bípede implume”.
Mas sempre tem alguém do contra. Diógenes, o Cínico (cinismo filosófico, trata-
se de uma disposição constante para o questionamento, desconfiando das
virtudes humanas), ao encontrar-se com os seguidores de Platão, trouxe uma
galinha sem plumas e disse: “Vejam! Eis um ser humano!”.
A brincadeira causou desconforto. Então os pupilos de Platão se reuniram
novamente e decidiram: “o ser humano é um bípede implume de unhas largas”.
41. Teoria do Conhecimento
Enquanto uma disciplina formal da filosofia, a teoria do
conhecimento surgiu com o filósofo John Locke no século
XVIII, em plena Idade Moderna. Ele vinha de um contexto
Iluminista que buscava sistematizar as coisas, então criou
algumas definições. Dentre elas, dizia que o
conhecimento se formava com a presença de três
elementos básicos. Nesse sentido, o conhecimento só
será possível quando o sujeito for capaz de representar
mentalmente o objeto, pois é na mente que as teorias se
desenvolvem e que há o raciocínio.
42. Conhecimento – John Locke
Sujeito: aquele que irá fazer as coisas
acontecerem e que receberá o resultado (ser
cognoscente)
Objeto: aquilo que será investigado e deve ser
conhecido (ser cognoscível)
Consciência: é o sujeito ter noção do que está
fazendo, esse elemento é que irá ligar o sujeito ao
objeto para ter uma percepção real
43. Ensaio acerca do Entendimento –
John Locke - 1690
“é de grande utilidade para o marinheiro saber a extensão de sua
linha, embora não possa com ela sondar toda a profundidade do
oceano. É conveniente que saiba que ela é suficientemente longa
para alcançar o fundo dos lugares necessários para orientar sua
viagem, e preveni-lo de esbarrar contra escolhos que podem
destruí-lo. Não nos diz respeito conhecer todas as coisas, mas
apenas as que se referem à nossa conduta. Se pudermos descobrir
aquelas medidas por meio das quais uma criatura racional, posta
nesta situação do homem no mundo, pode e deve dirigir suas
opiniões e ações delas dependentes, não devemos nos molestar
por que outras coisas escapam ao nosso conhecimento”
44. Tábua Rasa – John Locke - 1690
Locke detalhou a tese da tábula rasa em seu livro Ensaio
acerca do Entendimento Humano. Para ele, todas as
pessoas nascem sem conhecimento algum (i.e. a mente é,
inicialmente, como uma "folha em branco"), e todo o
processo do conhecer, do saber e do agir é aprendido
através da experiência. Como metáfora, o conceito de
tábula rasa foi utilizado por Aristóteles, para indicar uma
condição em que a consciência é desprovida de qualquer
conhecimento inato — tal como uma folha em branco, a
ser preenchida.
45. Kant – Crítica da Razão Pura - 1781
A obra é considerada como um dos mais influentes
trabalhos na história da filosofia, e dá início ao chamado
idealismo alemão. É a principal obra de teoria do
conhecimento. Dentro da Filosofia Continental é
considerado o fundador da Teoria do Conhecimento.
Neste livro Kant tenta responder a primeira das três
questões fundamentais da filosofia: "Que podemos saber?
Que devemos fazer? Que nos é lícito esperar?"
46. Kant – Crítica da Razão Pura - 1781
Ele distingue duas formas de saber: O conhecimento
empírico, que tem a ver com as percepções dos sentidos,
isto é, posteriores à experiência. E o conhecimento puro,
aquele que não depende dos sentidos, independente da
experiência, ou seja, a priori, universal, e necessário.
O conhecimento verdadeiro só é possível pela conjunção
entre matéria, proveniente dos sentidos, e forma, que são
as categorias do entendimento.
48. Cronologia da Teoria do Conhecimento
Antiguidade
Período Pré-Socrático (VII e VI a.C): Pensamento Mítico
Período Socrático (V e IV a.C): Sócrates, Platão, Aristóteles
Período Pós-Socrático (III e II a.C): Heráclito e Parmênides
49. Cronologia da Teoria do Conhecimento
Medieval
Patrística: Plotino (204-270), Agostinho de Hipona (354-430)
Escolástica: Anselmo de Cantuária (1033-1109), Tomás de
Aquino (1225-1274).
50. Cronologia da Teoria do Conhecimento
Moderna
Racionalismo: René Descartes (1596-1650)
Empirismo: Francis Bacon (1561-1626), John Locke (1632-1704),
David Hume (1711-1776)
Iluminismo: François Marie Arouet - pseudônimo Voltaire (1694-
1778), Denis Diderot (1713-1784), Gotthold Ephraim Lessing
(1729 -1781), Johann Wolfgang von Goethe (1749 –1832).
Criticismo Kantiano: Immanuel Kant (1724-1804)
51. Cronologia da Teoria do Conhecimento
Séc. XIX
Positivismo: Augusto Comte (1798-1857)
Idealismo Hegeliano: Wilhelm Hegel (1770-1831)
Materialismo Marxista: Karl Marx (1818-1883), Friedrich Engels
(1820-1895)
52. Cronologia da Teoria do Conhecimento
Séc. XIX
Existencialismo: Sören Kierkegaard (1813-1885)
Método Genealógico: Friedrich Nietzche (1844-1900)
Psiquismo: Sigmund Freud (1856-1939)
53. Cronologia da Teoria do Conhecimento
Séc. XX
Poder do Discurso: Michel Foucault (1926-1984)
Fenomenologia: Edmund Husserl (1859-1958), Max Sheler
(1874-1928), Martin Heidegger (1889-1976), Maurice Merleau-
Ponty (1908-1961), Jean-Paul Sartre (1905-1980)
Escola Frankfurt: Herbert Marcuse (1898-1979), Jürgen
Habermas (1929)
Círculo Viena: Rudolf Carnap (1891-1970), Otto Neurath (1882-
1945), Carl Gustav Hempel (1905-1997)
54. Cronologia da Teoria do Conhecimento
Séc. XX
Neopositivismo Lógico: Karl Raimund Popper (1902-1994)
Hermenêutica: Hans-Georg Gadam (1900-2002)
Linguagem do Discurso: Paul Ricœur (1913-2005)