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Como orientar os alunos com dificuldades na leitura
As diversas dificuldades na prática da leitura.
A dificuldade em realizar a leitura é tida como um dos maiores obstáculos enfrentados pelos
alunos. Preocupados com essa questão, vários educadores estão em busca de o melhor
caminho a seguir, contribuindo para um melhor desenvolvimento da leitura.
Segundo pesquisas, as escolas estaduais apresentam maior índice em relação à dificuldade
com a leitura, porém, vale ressaltar que acontece em todas as instituições de ensino
independente do segmento (público ou particular).
É de suma importância para lidar com esta situação, enquanto educadores, ter a consciência
de que as dificuldades apresentadas na leitura estão intensamente ligadas ao
desenvolvimento das habilidades na escrita provenientes de alterações ou erros de sintaxe,
estruturação, organização de parágrafos, pontuação, bem como todos os elementos
necessários para a composição do texto.
Partindo desse pressuposto, segue algumas sugestões de estratégias a serem aplicadas de
forma que venha facilitar o desempenho no processo de leitura que os alunos apresentam
em sala de aula:
• Procure fazer um momento de divisão para leitura, sendo que durante a aula metade do
tempo seja dedicado à leitura prazerosa, onde cada um lê o que é de seu interesse, e a
outra parte seja voltada para a prática da leitura voltada para o desenvolvimento de
conteúdos;
• A escola pode promover campanhas de incentivo à leitura, estimulando os alunos a lerem.
Por exemplo: gibis como forma de leitura e entretenimento;
• Trabalhar na análise e decomposição de frases escolhendo palavras segmentando-as em
sílabas e fonemas, intervindo na memória, passando de memorização à memória de longo
prazo. Vale ressaltar que não deve ser realizada de forma mecânica ou descontextualizada,
por exemplo, f e v são vagos quando isolados, mas quando proposto em palavras (faca ou
vaca) já permitem um maior entendimento, o que facilita a aprendizagem;
Segundo Duke e Pearson (2002) existem seis tipos de estratégias de leitura consideradas
relevantes, baseadas em pesquisas tidas como auxiliares no processo de leitura. São as
seguintes:
• Predição: trata-se de antecipar, prever fatos ou conteúdos do texto, utilizando o
conhecimento existente para facilitar a compreensão.
• Pensar em voz alta: o leitor verbaliza seu pensamento enquanto lê.
• Estrutura do texto: analisar a estrutura do texto, auxiliando os alunos a aprenderem a usar
as características dos textos, como cenário, problema, meta, ação, resultados, resolução e
tema, como um procedimento auxiliar para compreensão e recordação do conteúdo lido.
• Representação visual do texto: auxilia leitores a entenderem, organizarem e lembrarem
algumas das muitas palavras lidas quando formam uma imagem mental do conteúdo.
• Resumo: tal atividade facilita a compreensão global do texto, pois implica na seleção e
destaque das informações mais relevantes contidas no texto.
• Questionamento: auxilia no entendimento do conteúdo da leitura, uma vez que permite ao
leitor refletir sobre o mesmo. Pesquisas indicam também que a compreensão global da
leitura é melhor quando alunos aprendem a elaborar questões sobre o texto.
Vale ressaltar que, tanto no desenvolvimento da leitura quanto da escrita, pais e professores
são mediadores indispensáveis no processo de aprendizagem, prevenindo e intermediando
através da correção quando necessária e com cautela.
Fonte: www.educador.brasilescola.com
Boquinhas: método fonovisuoarticulatório na
aprendizagem da leitura e escrita
O Método Fonovisuoarticulatório, carinhosamente apelidado de Método das Boquinhas,
utiliza-se além das estratégias fônicas (fonema/som) e visuais (grafema/letra), as
articulatórias (articulema/Boquinhas). Seu desenvolvimento foi alicerçado na
Fonoaudiologia, em parceria com a Pedagogia, que o sustenta, sendo indicado para
alfabetizar quaisquer crianças e reabilitar os distúrbios da leitura e escrita. Parte das
reflexões deste método foi proporcionada pelo contato com o “Programa de Mejoramiento
de la Calidad y Equidad de la Educación” (MECE) – “Programa das 900 Escolas”,
desenvolvido no Chile desde 1990, indicado pela UNESCO e estendido a outros países
(Guttman, 1993). Sua fundamentação encontra-se também nos estudos de Dewey (1938),
Vygotsky (1984, 1989), Ferreiro (1986), Watson (1994), entre outros, cujas idéias são
resumidas numa percepção holística frente à alfabetização, tendo a visão da linguagem,
como ponto focal da aprendizagem.
O ponto de partida do ser humano na aquisição de conhecimento reside na boca, que produz
sons – fonemas, que são transformados em fala, meio de comunicação inerente ao ser
humano. Para aquisição da leitura e escrita é necessário que os fonemas sejam
decodificados/codificados em letras (grafemas), como é feito no processo fônico,
trabalhando diretamente nas habilidades de análise fonológicas (Dominguez, 1994) e
consciência fonológica e fonêmica (Capovilla e Capovilla, 2002; Santos e Navas, 2002), fator
primordial e sine qua non no processo de alfabetização (Cardoso-Martins et al., 2005). Esse
processo, bastante abstrato, deve ser favorecido por meio de intervenção pedagógica, mas
por vezes torna-se incompreensível e dificultoso para alguns aprendentes.
Assim, é acrescentado os pontos de articulação de cada letra ao ser pronunciada
isoladamente (articulemas, ou boquinhas), baseados nos princípios da Fonologia
Articulatória – FAR, que preconiza a unidade fonético-fonológica, por excelência, o gesto
articulatório (Browman e Goldstein, 1986; 1990; Albano, 2001), favorecendo a compreensão
do processo de decodificação, por mecanismos concretos e sinestésicos, isto é, com bases
sensoriais. Desta forma, a aquisição da leitura e escrita passaria a ser acessível a quaisquer
tipos de aprendentes, de maneira simples e segura, pois bastaria uma única ferramenta de
trabalho – a boca.
Mas não se trata somente de um método cinestésico, em que a chave da aprendizagem
reside no movimento, como descrito por Fernald (1943), que usa o traçado das letras aliado
aos sons, enfatizando a memória da sequência visual, nem somente um método fônico como
os descritos por Hegge, Kirk e Kirk (1936) como fono-grafo-vocal ou o ITA (Initial Teaching
Alphabet) (Pittman, 1963), ou o VAK (visual-auditivo-cinestésico), apresentado por
Gilingham e Stillman (1973), em que há a associação do som ao nome das letras, usado em
programas de educação especial, principalmente para surdos.
A proposta do Método das Boquinhas aproximou-se da posição teórica rotulada por distintos
autores como "construtivismo" (Bednar et al., 1993), Coll et al. (1990; 1993), Ferreiro (1986),
enquanto define a aprendizagem como um processo ativo no qual o significado se
desenvolve sobre a base da experiência - que aqui se apresenta como a consciência
fonoarticulatória, uma ferramenta segura e concreta para o aprendizado da leitura e escrita
-, e o aluno construiria uma representação interna do conhecimento e estaria aberto à troca,
uma vez que todos aprenderiam pela mesma ferramenta, ou seja, a boca.
A partir dos passos iniciais da aquisição da leitura e escrita – fator indispensável à
continuidade escolar e regulador de sucesso e manutenção da autoestima, o Método das
Boquinhas estimula a criança a usar, lidar e pensar a língua escrita a partir da boca. Esse
mecanismo a auxiliará, futuramente, a desenvolver um automonitoramento e outras
destrezas metacognitivas importantes para construir textos significativos, interpretá-los,
identificar a informação mais importante, sintetizar e gerar perguntas (Cooper, 1993). Mas
essas aquisições só serão possíveis, a partir da alfabetização, que confere ao indivíduo
igualdade e condições de adaptação ao seu meio.
Os primórdios desse trabalho foram publicados em artigos científicos e apresentados em
Congressos de Fonoaudiologia e Psicopedagogia (Jardini e Vergara, 1997; Jardini e Souza,
2002). Atualmente a obra Boquinhas conta com sete livros publicados, sendo os dois iniciais,
Fundamentação Teórica (Jardini, 2003, em processo de atualização) e Caderno de
Exercícios (Jardini, 2008), específico para sanar as trocas de letras e melhorar a qualidade
da leitura; indicado para crianças e adultos já alfabetizados. Um livro de estudos clínicos,
Passo a Passo (Jardini, 2004, 2009), propõe reflexão, análise e tratamento de casos que
apresentam dificuldades e distúrbios de leitura e escrita.
Boquinhas na Educação Infantil
A proposta dos livros Boquinhas na Educação Infantil(Jardini e
Gomes, 2007) é trabalhar com a aquisição da leitura e escrita, em estágios iniciais desse
desenvolvimento, com crianças de 4 a 6 anos, propiciando um trabalho preventivo de
aquisição da linguagem. É fundamental que o educador conheça de maneira simples e
prática os sons da fala (fonemas) e suas respectivas Boquinhas (articulemas), bem como os
processos de consciência fonológica, fonêmica, processamento auditivo e visual,
coordenação visuomotora, orientação visuoespacial e desenvolvimento cognitivo, para que
possa promover com segurança o início do aprendizado da leitura e escrita e, porventura,
lidar de maneira pedagógica, com seus desequilíbrios. Essa abordagem tem contribuído de
maneira significativa para que a saúde (incluindo fala, voz e linguagem geral) dos alunos e
educadores se mantenha, sendo observada por melhorias na autoestima e qualidade de
vida, evitando-se desta forma, o excesso de encaminhamentos às clínicas de aprendizagem,
ou seja, a patologização do ensino (Collares e Moysés, 1992;1993).
Alfabetização com Boquinhas
A proposta dos livros Alfabetização com Boquinhas (aluno e
professor) (Jardini e Gomes, 2008), oferece aos educadores condições de formalizar o
processo de aquisição da leitura e escrita a partir de pressupostos da fala, tornando a
alfabetização simples e possível em curto espaço de tempo. São abordados todos os
aspectos da leitura, bem como produção e interpretação de textos. Nesses volumes, o
educador encontrará atividades e exercícios para o trabalho pedagógico com qualquer tipo
de crianças e adultos, visando à aquisição da leitura e escrita.
Recentemente foram lançados Jogos de Boquinhas (Jardini, 2008, 2009), contendo 13
jogos, como material de apoio aos livros, para utilização em salas de aula, consultórios e/ou
domiciliar.
Fonte: www.metododasboquinhas.com.br
Transtornos de aprendizagem: O papel do
Fonoaudiólogo na escola
A principal dificuldade no diagnóstico precoce dos transtornos de aprendizagem – uma
dificuldade que atrapalha na alfabetização – está justamente na identificação. O que
pode ser uma dislexia ou alguma outra condição física ou mental é facilmente
confundida com preguiça, falta de atenção. Por estarem dia a dia com as crianças, os
professores geralmente são os que primeiro percebem que algo está errado.
“Crianças que apresentam alterações de fala
têm, no geral, mais dificuldades de comportamento, tais como hiperatividade e problemas de
conduta”, explica a fonoaudióloga Irene Marchesan, presidente da Sociedade Brasileira de
Fonoaudiologia. “As alterações de fala e de linguagem estão relacionadas aos problemas de
alfabetização, às habilidades em leitura e escrita, à capacidade de soletração, dentre outras
habilidades escolares. Além dos efeitos negativos sobre a alfabetização, as alterações de fala e
linguagem podem trazer prejuízos a aspectos educacionais gerais e até mesmo ocupacionais”,
completa.
Mas para que percebam estas alterações é preciso haver informação ao professor. E é aí que
entra o papel do fonoaudiólogo nas escolas. “Nosso trabalho tem se expandido e voltado para
as questões educacionais e não apenas dentro dos processos de aquisição e leitura e escrita ou
métodos mais facilitadores no ambito clínico, mas no sentido de desenvolver programas
pedagógicos. O fonoaudiólogo pode trabalhar em conjunto com o professor de forma que possa
proporcionar resultados melhores”, diz o fonoaudiólogo Jaime Zorzi, especialista em crianças
com dificuldade de aprendizado e autor de um livro sobre a dislexia e outros tipos de
transtornos relacionados com a dificuldades de aprendizado.
Segundo a fonoaudióloga e psicopedagoga Telma Pantâno, é comum encontrar nas escolas
dificuldades de inclusão devido ao desconhecimento dos processos cognitivos e linguísticos que
envolvem estas patologias. “Este suporte, orientação e planejamento educacional pode ser
discutido e integrado conjuntamente com a atuação fonoaudiológica”, destaca.
Fonoaudiologia educacional
Zorzi explica que a fonoaudiologia educacional é uma especialidade nova dentro da
fonoaudiologia voltada para as questões do ensino e da aprendizagem. “Tentar compreender o
aluno, por que não aprende, com foco no professor para que ele tenha uma condição mais
propícia na hora de ensinar.
Eles expicam que atualmente o papel do fonoaudiólogo no âmbito escolar envolve aspectos
preventivos e intervenções com a equipe pedagógica visando o desenvolvimento das
habilidades relacionadas a linguagem oral e escrita e, sobretudo, o desenvolvimento de aspectos
cognitivos, linguísticos e metalinguísticos necessários para esse desenvolvimento. É importante
enfatizar os conhecimentos mais atuais que as neurociências tem contribuído para essas
aquisições e a visão clara das diferenças entre desenvolvimento e aprendizagem dessas funções
no contexto educacional.
Leia mais: http://www.oqueeutenho.com.br/23301/transtornos-de-aprendizagem-o-papel-do-
fonoaudiologo-na-escola.html#ixzz20X1a4xJH
ATIVIDADES PARA: dispraxia, discalculia, dislexia e
disgrafia (letra feia)
Atividades para Dispraxia
Estas actividades servem para melhorar o equilíbrio e a coordenação, mas também o
processamento visual, a distância e a velocidade, a lógica e sequência, ajudando assim
nas dificuldades sentidas pelos dispráxicos.
Estes exemplos são simples de seguir, no entanto algumas crianças enfrentarão
algumas dificuldades na sua realização. Nadar ou andar de bicicleta são complementos
muito bons.
Estes exercícios deverão ser realizados durante 15 a 20 minutos por dia:
Balançar
Ficar de pé só numa perna, que inicialmente deverá ser a dominante e só depois passar
para a outra. Enquanto fica de pé contar quanto tempo a criança aguenta esta posição,
ficando de olhos abertos. De seguida fazer o mesmo exercício, mas de olhos fechados.
A criança poderá sentir alguma dificuldade ao fazer o exercício com os olhos fechados.
Saltar
Começando novamente com a perna dominante contar quantas vezes a criança
consegue saltar. Quando eventualemnte a criança perder o equilíbrio troque de perna.
No início a criança irá saltar por todo o lado, mas com o tempo permanecerá mais ou
menos na mesma área.
Habilidades com a Bola
Utilizar bolas de diferentes tamanhos para praticar atirar e apanhar. Inicialmente
distancie-se pouco da criança e pouco a pouco aumente a distância. Motive a criança a
observar o percurso da bola, isso ajuda a perceber a distância e a velocidade. Com o
tempo variar a velocidade da bola assim como direccionar a bola mais para a esquerda
ou para a direita, mas sem informar a criança desse facto. Faça o mesmo exercício,mas
agora apenas com uma mão, iniciando com o braço dominante. À medida que a criança
se vai tornando mais confiante, poderá atirar a bola contra a parede, dentro de uma área
definida (um quadrado no chão p.ex.).
Futebol
Chutar a bola em direcção à criança e motivá-la a fazer o mesmo. A criança deve chutar
primeiro com a perna dominante e depois com a outra, para a direita e para a esquerda.
Atividades para Discalculia
Diferenças
Diferenças
Jogos de diferenças são importantes para quem possui discalculia pois desenvolve a
concentração e atenção.
Exemplo:
Descobre as 8 diferenças entre as duas imagens:
Segue este site para jogares às diferenças online e em diferentes níveis:
http://www.brincar.pt/jogos/jogos-de-
agilidade/jogo_das_diferencas_descobre_as_diferencas_16.html
Caracol
Desenhar no chão um caracol como o da ilustração abaixo, contendo os números de 0
a 9. Posteriormente a criança deverá saltar para os números que lhe serão solicitados.
Para complexificar um pouco o exercício, podem ser solicitados números com dois ou
mais algarismos (Ex: 198. Neste caso a criança deverá saltar primeiro para o numero 1,
seguidamente para o numero 9 e por fim, para o numero 8). Este jogo promove o
reconhecimento e identificação dos números, estimula a memória e desenvolve a
orientação espacial e percepção visual.
Tamanhos
Com objectos de vários tamanhos, pedir para os colocar por ordem crescente e,
posteriormente, descrescente. Esta actividade desenvolve a orientação temporal; a
noção de "alto e baixo", "pequeno e grande"; estimula a destreza manual; e desenvolve
a atenção, concentração, capacidade de categorização e organização.
Sudoku
O objectivo é preencher um quadrado 9x9 com números de 1 a 9, sem repetir números
em cada linha e cada coluna. Também não se pode repetir números em cada
quadrado de 3x3. Esta actividade desenvolver a estruturação espácio-temporal;
promove o raciocínio lógico; e desenvolve a atenção, concentração e percepção
visual.
Exemplo:
Segue o site a seguir para jogar sudoku online com diferentes níveis de dificuldade:
http://sudoku.net.br/
Todos os exercício que envolvam números, contagem e concentração são
recomendados para quem tem discalculia.
Atividades para Dislexia
Sopa de letras
Para estimular a concentração, atenção e reconhecimento das palavras/letras, a sopa
de letras é um bom jogo.
Exemplo:
Encontra mais sopas de letras para fazeres no site a seguir:
http://www.horavaga.net/jogo_145_1_sopa-de-letras.html
Anagrama
Forma uma palavra nova com as letras da palavra dada.
Pedra: ___________
Sapo: ____________
Papo: ____________
Vela: _____________
Rato: _____________
Cabo: _____________
Amor: _____________
Cabo: _____________ Soluções
Várias palavras
Escreve (diz) palavras que contenham a parte principal da palavra que é dada:
Exemplo:
Casa: casamento, casar, casal, casarão, casinha, casado
Actividade
Pesca: __________________________________________
Estalo: __________________________________________
Pensar: __________________________________________
Cantar: __________________________________________
Estrela: __________________________________________
Amar: ___________________________________________
Criar os seus jogos:
Criar jogos é uma excelente ferramenta para promover a aprendizagem. Siga as
seguintes dicas:
 Investigue sobre dislexia – aprenda sobre os sinais e os pontos fracos e fortes
acerca da dislexia;
 Crie letras em vários formatos e texturas e brinque com a construção de
palavras;
 Reproduza jogos que encontre em catálogos educacionais. Alguns são bastante
dispendiosos, mas facilmente reproduzíveis;
 Modifique jogos existentes para ir de encontro às necessidades do disléxico
(especialmente um tipo de jogo que este aprecie);
 Partilhe ideias com outros pais, professores, e técnicos de forma a melhorar os
seus jogos;
 Elabore o jogo em conjunto com o disléxico, ficará surpreendido com a
criatividade.
Corrigir a "letra feia" - Disgrafia/Disortografia
O aperfeiçoamento da escrita tende a compensar os défices na mesma, na medida em
que se pretende melhorar os factores funcionais que afectam o acto de escrever. Deste
modo apresentam-se alguns recursos e exercícios que poderão ser úteis neste domínio.
Proporção das letras
O uso de pautas quadriculadas pode corrigir os transtornos de dimensão das letras.
Deve-se dar à criança algumas orientações: as letras ascendentes ou descendentes
ocupam três quadrados, as letras baixas apenas uma.
Transtornos da inclinação
 Desenhar linhas paralelas.
 Desenhar ondas e linhas rectas paralelas.
 Recortar tiras de papel paralelas.
 Numa folha de papel desenhar pontos em ambos os extremos que a criança
deve unir. Realizar também actividades de escrita procurando terminar em locais
adequados.
Transtornos de ligação entre entre letras
 Exercícios de repassar palavras e frases sem levantar o lápis.
 Pôr palavras com letras separadas para que a criança as una de forma correcta.
Transtornos de Espaçamento
O uso de pautas quadriculadas com o estabelecimento de deixar três quadriculas entre
as palavras pode ajudar na homogeneidade do espaçamento.
Posição do corpo
Durante a escrita, o corpo tem de permanecer paralelo à mesa evitando que se forme
um ângulo com esta, uma vez que isso obriga a rodar os ombros para escrever. As
costas devem estar apoiadas nas costas da cadeira e só a zona dorsal formará um
ligeiro ângulo com o bordo da mesa.
Posição do papel
À medida que a criança cresce o papel vai-se separando da posição vertical criando-se
um ângulo cada vez maior entre a mesa e a posição do papel. O ângulo de inclinação
aumenta progressivamente ao longo dos anos (nos adultos é de 30 º). Do mesmo modo,
a criança tende a proximar o papel em direcção ao hemicorpo da mão que escreve.
Determinadas posturas provocam alterações no grafismo (ângulo inadequado,
movimentos persistentes). Convém realizar exercícios em que a criança possa aprender
a escrever com correcta inclinação. Um exemplo é fixar o papel para impedir que a
criança o mova durante a escrita.
Esta informação foi retirada de:
http://omovimentodaescrita.blogspot.com/2010/05/metodo-antidisgrafico-exercicios-
de.html
Psicomotricidade e D.A.E
A educação psicomotora é fundamental na vida da criança, e está reflectida no histórico
de vida do sujeito, podendo observar-se a partir daí, o desenvolvimento da criança, o
seu relacionamento com o mundo, a sua interacção com as pessoas, a forma como
pensa e como actua, expressando as suas sensações e sentimentos, e utilizando o
corpo como instrumento rico e significativo para a comunicação. Estas devem ser
inseridas e integradas de acordo com a faixa etária.
O desenvolvimento dos factores psicomotores, permite à criança uma melhora da
postura, da dissociação dos movimentos, da coordenação global dos movimentos, da
motricidade fina, do ritmo discriminação táctil, visual e auditivo, da integração das
estruturas espaciais e temporais, do aumento da capacidade de atenção e
concentração.
A Psicomotricidade nas Dificuldades de Aprendizagem pode trabalhar os seguintes
factores, com os seus objectivos:
Factor Psicomotor Objectivos
Tonicidade Relaxação activa e passiva
Equilibração Equilíbrio estático e dinâmico
Noção do corpo
Conhecimento do próprio corpo e do corpo de outrem;
Noções espaciais do próprio corpo e do de outrem;
Interiorização da imagem corporal;
Coordenação, caligrafia, leitura harmoniosa, gestual, ritmo de
leitura (frase, palavra), imitação, entre outros.
Lateralidade
Identificação da dominância lateral;
Reconhecimento da direita e da esquerda;
Ordenação espacial, direcção gráfica (=>), ordem das letras e
dos números;
Discriminação visual;
Estruturação espácio-temporal;
Noções espaciais e temporais;
Estruturação rítmica;
Percepção visual e auditiva;
Identificação de ruídos e sons;
Identificação e combinação de letras e números (modalidades visuais,
auditivas e cinestésicas);
Noções de esquerda e direita, alto e baixo (b / p; n / u; ou / on),
dentro e fora (espaço para escrita: progressão/grandeza,
classificação/seriação, orientação/cálculos)
Praxia Global e Fina
Perturbações do grafismo (motora fina);
Manipulação / preensão.
Pode-se concluir, portanto, que as contribuições da psicomotricidade na aquisição da pré-
escrita estão relacionadas com o domínio do gesto, com a estruturação espacial e a
orientação temporal que são os três fundamentos básicos da escrita, os quais supõem: uma
direcção gráfica (escrevemos horizontalmente da esquerda para a direita); noções de cima
e baixo (n e u); de esquerda e direita e de oblíquas e curvas (g); e noção de antes e depois.
http://dificuldadesdeaprendizagem.webnode.pt/psicomotricidade-e-d-a-e-/
JUN
2012
0
DISTÚRBIOS / TRANSTORNOS / DIFICULDADES DE
APRENDIZAGEM
1. DISLEXIA
Definida como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e
soletração, a dislexia é o distúrbio de maior incidência nas salas de aula. Pesquisas
realizadas em vários países mostram que entre 05% e 17% da população mundial é
disléxica.
Ao contrário do que muitos pensam, a dislexia não é o resultado de má alfabetização,
desatenção, desmotivação, condição sócio-econômica ou baixa inteligência. Ela é uma
condição hereditária com alterações genéticas, apresentando ainda alterações no
padrão neurológico.
Por esses múltiplos fatores é que a dislexia deve ser diagnosticada por uma equipe
multidisciplinar. Esse tipo de avaliação dá condições de um acompanhamento mais
efetivo das dificuldades após o diagnóstico, direcionando-o às particularidades de cada
indivíduo, levando a resultados mais concretos.
Sinais de Alerta
Como a dislexia é genética e hereditária, se a criança possuir pais ou outros parentes
disléxicos quanto mais cedo for realizado o diagnóstico melhor para os pais, à escola e
à própria criança. A criança poderá passar pelo processo de avaliação realizada por
uma equipe multidisciplinar especializada (vide adiante), mas se não houver passado
pelo processo de alfabetização o diagnóstico será apenas de uma "criança de risco".
Haverá sempre:
dificuldades com a linguagem e escrita ;
dificuldades em escrever;
dificuldades com a ortografia;
lentidão na aprendizagem da leitura;
Haverá muitas vezes :
disgrafia (letra feia);
discalculia, dificuldade com a matemática, sobretudo na assimilação de símbolos e de
decorar tabuada;
dificuldades com a memória de curto prazo e com a organização’;
dificuldades em seguir indicações de caminhos e em executar seqüências de tarefas
complexas;
dificuldades para compreender textos escritos;
dificuldades em aprender uma segunda língua.
Haverá às vezes:
dificuldades com a linguagem falada;
dificuldade com a percepção espacial;
confusão entre direita e esquerda.
Pré -Escola
Fique alerta se a criança apresentar alguns desses sintomas:
Dispersão;
Fraco desenvolvimento da atenção;
Atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem;
Dificuldade em aprender rimas e canções;
Fraco desenvolvimento da coordenação motora;
Dificuldade com quebra cabeça;
Falta de interesse por livros impressos;
O fato de apresentar alguns desses sintomas não indica necessariamente que ela seja
disléxica; há outros fatores a serem observados. Porém, com certeza, estaremos diante
de um quadro que pede uma maior atenção e/ou estimulação.
Idade Escolar
Nesta fase, se a criança continua apresentando alguns ou vários dos sintomas a seguir,
é necessário um diagnóstico e acompanhamento adequado, para que possa prosseguir
seus estudos junto com os demais colegas e tenha menos prejuízo emocional:·
Dificuldade na aquisição e automação da leitura e escrita;
Pobre conhecimento de rima (sons iguais no final das palavras) e aliteração (sons iguais
no início das palavras);
Desatenção e dispersão;
Dificuldade em copiar de livros e da lousa;
Dificuldade na coordenação motora fina (desenhos, pintura) e/ou grossa
(ginástica,dança,etc.);
Desorganização geral, podemos citar os constantes atrasos na entrega de trabalhos
escolares e perda de materiais escolares;
Confusão entre esquerda e direita;
Dificuldade em manusear mapas, dicionários, listas telefônicas, etc...
Vocabulário pobre, com sentenças curtas e imaturas ou sentenças longas e vagas;
Dificuldade na memória de curto prazo, como instruções, recados, etc...
Dificuldades em decorar seqüências, como meses do ano, alfabeto, tabuada, etc..
Dificuldade na matemática e desenho geométrico;
Dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomias)
Troca de letras na escrita;
Dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua;
Problemas de conduta como: depressão, timidez excessiva ou o ‘’palhaço’’ da turma;
Bom desempenho em provas orais.
Se nessa fase a criança não for acompanhada adequadamente, os sintomas persistirão
e irão permear a fase adulta, com possíveis prejuízos emocionais e conseqüentemente
sociais e profissionais.
Adultos
Se não teve um acompanhamento adequado na fase escolar ou pré-escolar, o adulto
disléxico ainda apresentará dificuldades;
Continuada dificuldade na leitura e escrita;
Memória imediata prejudicada;
Dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua;
Dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomia);
Dificuldade com direita e esquerda;
Dificuldade em organização;
Aspectos afetivos emocionais prejudicados, trazendo como conseqüência: depressão,
ansiedade, baixa auto estima e algumas vezes o ingresso para as drogas e o álcool.
Fonte: http://www.dislexia.org
2. DISARTRIA
Tem como característica principal a fala lenta e arrastada devido a alterações dos
mecanismos nervosos que coordenam os órgãos responsáveis pela fonação. A disartria
de origem muscular é resultante de paresia, paralisia ou ataxia dos músculos que
intervêm nesta articulação.
A disartria pode ter origem em lesões no sistema nervoso o que altera o controle dos
nervos provocando uma má articulação. Podemos encontrar a disatria em pessoas que
sofrem de paralisia periférica do nervo hipoglosso (duodéssimo par dos nervos
cranianos. Inerva os músculos da língua) pneumogástrico (nervo vago ou décimo par
craniano que inerva a laringe, pulmões, esôfago, estômago e a maioria das vísceras
abdominais) e facial.
Em pessoas que apresentam esclerose, intoxicação alcoólica, com tumores (malignos
ou benignos) no cérebro, cerebelo ou tronco encefálico, traumatismos crânio-
encefálicos. No caso de lesões cerebrais, os exames clínicos mostram que as
alterações não se manifestam isoladamente estando associada geralmente a outros
distúrbios tais como gnósio-apráxicos ou transtornos disfásicos.
Fonte: http://www.psicopedagogiabrasil.com.br
3. DISCALCULIA
A discalculia é uma dificuldade de aprendizagem específica, que afecta os processos
relacionados com as habilidades matemáticas. Uma vez que a aprendizagem escolar
está fortemente baseada no raciocínio lógico-matemático, a discalculia revela-se como
um forte obstáculo para o sucesso escolar.
Estas dificuldades não são consequência de défices cognitivos, visuais ou auditivos,
nem o resultado de baixa estimulação escolar.
Existem diferentes tipos de discalculia pelo que se torna fundamental analisar o perfil
neuropsicológico e cognitivo, no sentido de se identificarem as principais dificuldades
na noção de número, na realização de operações e na resolução de problemas.
Sinais de alerta
Mesmo havendo diferentes tipologias, na generalidade conseguimos identificar alguns
sinais que parecem ser mais frequentes, comprometendo as seguintes áreas:
- memória a curto prazo;
- tarefas não-verbais;
- tarefas de orientação espacio-temporal;
- formação e identificação de números;
- cálculo mental;
- manuseamento do dinheiro;
- utilização de símbolos;
4. AFASIA
Afasia é a perda da linguagem causada por lesão no sistema nervoso central que, na
maior parte das vezes, ocorre do lado esquerdo do cérebro.
Os quadros de afasia são muito variados. Vão desde a dificuldade de articular bem as
palavras até a perda total da linguagem oral e da capacidade de traduzir conceitos em
palavras e de simbolização.
A afasia não se manifesta apenas na linguagem oral. Pode manifestar-se também na
escrita, porque os pacientes perderam a capacidade de simbolizar, de traduzir o
comando cerebral para a linguagem escrita. Em alguns casos, são capazes de escrever
sob ditado ou de copiar, mas incapazes de ler o que escreveram. Em outros, trocam ou
omitem letras, às vezes, as vogais; às vezes, as consoantes.
Tipos
Dentre os principais tipos de afasia podemos citar a afasia de Wernecke e de Broca e a
afasia global.
1) Afasia de Wernecke: caracteriza-se pela fala fluente, ou logorréia, que não faz sentido
para quem ouve, embora a pessoa acredite estar falando corretamente e mantenha a
entonação adequada. É como se uma linha telefônica com defeito distorcesse ou
truncasse as palavras interferindo na comunicação. Em geral, paciente com fala
logorréica tem dificuldade de compreensão e de expressão, mas consegue articular as
palavras e irrita-se quando não se faz entender. É muito comum, também, o afásico de
Wernecke articular palavras que existem, mas que juntas não estabelecem nenhum
significado lógico. Quando há falha da compreensão, o prognóstico da afasia é sempre
pior.
2) Afasia de Broca: a pessoa preserva a compreensão, mas tem dificuldade para falar
porque lhe faltam as palavras. Algumas elegem jargões, uma palavra ou um nome
qualquer para diferentes situações e acreditam estar comunicando o que querem dizer.
3) Afasia global: perda total da capacidade de falar, compreender, ler e escrever.
Causas
Acidentes vasculares cerebrais, traumatismos cranianos e encefálicos, tumores
cerebrais, infecções e processos degenerativos.
Diagnóstico
O diagnóstico da afasia pressupõe avaliar a capacidade de compreensão e de
expressão do paciente. É sempre importante começar pela avaliação sensorial, uma vez
que a deficiência auditiva pode interferir no processo de comunicação. Nos casos de
hemiplegia provocada por acidentes vasculares cerebrais, é preciso ter certeza de que
apenas um lado está comprometido, antes de pedir que a pessoa movimente o outro
braço para mostrar que entende o que lhe é pedido.
Tratamento
O tratamento da afasia é feito pela estimulação da linguagem e é planejado
especificamente para cada caso. Conhecendo as condições exatas em que se encontra
o paciente, o terapeuta irá construir pontes entre as habilidades que permaneceram e
as que foram perdidas, valendo-se da plasticidade do sistema nervoso central. A
plasticidade neuronal permite estabelecer novas ligações entre os neurônios.
No tratamento da afasia, a estimulação controlada, auditiva e visual, tem por objetivo
ajudar a pessoa a construir cadeias para ultrapassar os déficits provocados pela lesão,
de modo a tornar as palavras novamente disponíveis.
Recomendações
• É sempre possível melhorar a afasia, embora o nível dos resultados possa depender
de alguns fatores como extensão da lesão, motivação e idade do doente e de suas
condições gerais de saúde.
• O portador de afasia deve ser estimulado para fazer um tratamento que o ajude a
reabilitar as capacidades comprometidas, sejam elas de fala, escrita ou compreensão.
Fonte: http://drauziovarella.ig.com.br/arquivo/arquivo.asp?doe_id=132
Tabela Afasia:
TIPO DE AFASIA EMISSÃO COMPREENSÃO REPETIÇÃO LOCALIZAÇÃO
BROCA
Reduzida,
podendo haver
estereotipias e
desintegração
fonética
BOA para ordens
simples
REGULAR para
ordens
complexas
Laboriosa com
desintegração
fonética
Opérculo frontal,
ínsula e
quadrilátero de
Pierre Marie
WERNICKE
Fluida, podendo
haver fala
logorréica e
jargões
MUITO
PREJUDICADA
Parafasias Área de Wernicke
CONDUÇÃO
Fluida, com
excessiva auto-
correção, sem
perceber que
atingiu o alvo
PRESERVADA Parafasias
Giro
supramarginal e
feixe arqueado
TRANSCORTICAL
MOTORA
Reduzida Preservada Preservada
Anterior e
superior à área
de Broca
TRANSCORTICAL
SENSORIAL
Fluida Alterada
Preservada; pode
haver ecolalia
Parte posterior
da zona limítrofe
GLOBAL PREJUDICADA PREJUDICADA PREJUDICADA
Vastas lesões pré
e retro-silvianas
ou lesões não
contíguas das
áreas de Broca e
Wernicke
ANÔMICA BOA BOA BOA Lobo temporal
Tabela resumida sobre os sintomas dos diferentes tipos de afasia. O assunto não se
esgota aqui, há vasta literatura sobre o assunto. Um livro excelente que aborda o tema
é: "Language intervention strategies in aphasia and related neurogenic communication
disorders - Roberta Chapey - 2001"
5. DISLALIA
Consiste na má pronúncia das palavras, seja omitindo ou acrescentando fonemas,
trocando um fonema por outro ou ainda distorcendo-os. A falha na emissão das palavras
pode ainda ocorrer a nível de fonemas ou de sílabas. Assim sendo, os sintomas da
Dislalia consistem em omissão, substituição ou deformação os fonemas.
De modo geral, a palavra do dislálico é fluida, embora possa ser até ininteligível,
podendo o desenvolvimento da linguagem ser normal ou levemente retardado. Não se
observam transtornos no movimento dos músculos que intervêm na articulação e
emissão da palavra. Em muitos casos, a pronúncia das vogais e dos ditongos costuma
ser correta, bem como a habilidade para imitar sons. Não há disfonia nem ronqueira.
Diante do paciente dislálico costuma-se fazer uma pesquisa das condições físicas dos
órgãos necessários à emissão das palavras, verifica-se a mobilidade destes órgãos, ou
seja, do palato, lábios e língua, assim como a audição, tanto sua quantidade como sua
qualidade (percepção) auditiva.
As Dislalia constituem um grupo numeroso de perturbações orgânicas ou funcionais da
palavra. No primeiro caso, resultam da malformações ou de alterações de inervação da
língua, da abóbada palatina e de qualquer outro órgão da fonação. Encontram-se em
casos de malformações congênitas, tais como o lábio leporino ou como conseqüência
de traumatismos dos órgãos fonadores. Por outro lado, certas Dislalias são devidas a
enfermidades do sistema nervoso central.
Quando não se encontra nenhuma alteração orgânica a que possa ser atribuído a
Dislalia, esta é chamada de Dislalia Funcional. Nesses casos, pensa-se em
hereditariedade, imitação ou alterações emocionais e, entre essas, nas crianças é
comum a Dislalia típica dos hipercinéticos ou hiperativos. Também nos deficientes
mentais se observa uma Dislalia, às vezes grave ao ponto da linguagem ser acessível
apenas ao grupo familiar.
Até os quatro anos, os erros na linguagem são normais, mas depois dessa fase a criança
pode ter problemas se continuar falando errado. A Dislalia, troca de fonemas (sons das
letras), pode afetar também a escrita. Na prática o personagem Cebolinha, de Maurício,
é um exemplo de criança com Dislalia. Ele troca o som da letra R pelo da letra L.
Alguns fonoaudiólogos consideram que a Dislalia não seja um problema de ordem
neurológica, mas de ordem funcional. Segundo eles, o som alterado pode se manifestar
de diversas formas, havendo distorções, sons muito próximos mas diferentes do real,
omissão, ato em que se deixa de pronunciar algum fonema da palavra, transposições
na ordem de apresentação dos fonemas (dizer mánica em vez de máquina, por
exemplo) e, por fim, acréscimos de sons. Estas alterações mais comuns caracterizam
uma Dislalia. Entretanto, do ponto de vista fisiopatológico, a Dislalia numa criança
hipercinética, por exemplo, terá que ser considerada de natureza orgânica, já que
tratando a hipercinesia desaparece a Disartria.
Crianças com perdas auditivas leves e moderadas também costumam ter Dislalia,
fazendo trocas de alguns fonema, como por exemplo, "t" por "d", "f" por "v", "p" por "b",
"q" por "g". Muitas destas crianças, principalmente se estão em fase de alfabetização,
apresentam também trocas na escrita. Este tipo de aluno costuma ser desatento na
escola, porque tem dificuldade de ouvir a professora. A mãe costuma queixar de que a
criança com perda auditiva não atende quando é chamado e/ou ouve o aparelho de som
ou a televisão alto demais.
Fonte: http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=204
6. ECOLALIA
Ecolalia é a repetição, como um eco, das últimas palavras que chegam ao ouvido do
paciente. Em condições patológicas, observa-se nos catatônicos. O fenômeno tem
muita semelhança com a perseveração do pensamento, observada nos epilépticos. Os
enfermos repetem como um eco não só as palavras que lhes são dirigidas, como partes
de uma frase que escutam ao acaso.
Não se pode fazer distinção clara entre a ecolalia manifestada por um esquizofrênico
crônico e um enfermo portador de um transtorno cerebral orgânico, pois ambos os
pacientes podem ter em comum uma notável alteração dos processos intelectuais e da
intencionalidade.
Fonte: http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=204
7. AGRAFIA
Agrafia é uma incapacidade para traduzir as idéias por escrito, apesar de não haver
nenhum comprometimento psicomotor, da fala ou da compreensão. A linguagem
escrita, como uma das formas de expressão do pensamento, pode apresentar
alterações significativas.
Assim, a agrafia seria como uma manifestação na escrita das alterações afásicas que
ocorrem na linguagem oral e de modo geral, está associada com lesões na parte
posterior do giro frontal médio no hemisfério cerebral dominante. Ainda que exista uma
dissociação entre a possibilidade de denominar por escrito e verbalmente, a ausência
da palavra pode existir tanto na linguagem escrita como na linguagem oral.
A redução da linguagem e o agramatismo apresentam o seu equivalente escrito; o
mesmo para o jargão e para as parafasias, cuja escrita constitui, às vezes, um modo de
facilitação privilegiada, da mesma forma que ela fornece numerosos exemplos de
dissintaxia.
Mesmo que seja corrigida as manifestações gráficas da Afasia, persistirá para sempre
uma disortografia rebelde. Portanto, nos escritos dos pacientes afásicos é possível
encontrar quase todas as alterações estudadas na linguagem oral.
Fonte: http://www.psiqweb.med.br/site/?area=ES/Dicionario&letra=A
8. AGITAÇÃO PSICOMOTORA.
Atividade motora excessiva associada à tensão emocional, geralmente é improdutiva e
repetitiva. Em alguns casos, são acompanhadas de gritos e lamentos. Normalmente há
incapacidade para permanecer sentado, compulsão em mexer muito as mãos, etc. Os
estados de agitação psicomotora são comuns em crianças e adolescentes portadores
de distúrbio neurológico ou submetidas a situação de estresse onde se sentem
pressionados e solicitados além da sua capacidade de resposta. A agitação psicomotora
é um forte indício de alteração emocional, e se constitui, quase sempre, em
comportamentos diferentes à padronização da comunidade.
Nos quadros de Mania Típica, uma das fases do Transtorno Afetivo Bipolar e que se
caracterizam por humor eufórico ou irritável, verborragia, fuga de idéias, comportamento
social desinibido, dificuldades de concentração, desatenção, aumento da atividade,
necessidade diminuída de sono, a agitação psicomotora costuma estar sempre presente
em graus variados.
9.ANSIEDADE
Ansiedade é um estado bio-psicológico onde o ser (humano ou animais, exceto dos
répteis para baixo) se encontra mobilizado para uma adaptação necessária. Com
certeza, até por uma questão biológica, podemos dizer que a Ansiedade sempre esteve
presente na jornada humana desde a caverna até a nave espacial. A novidade é que só
agora estamos dando atenção à quantidade, tipos e efeitos dessa Ansiedade sobre o
organismo e sobre o psiquismo humanos, de acordo com as concepções da prática
clínica, da medicina psicossomática e da psiquiatria.
Nosso potencial ansioso sempre se manteve fisiologicamente presente e sempre
carregando consigo o sentimento do medo, sua sombra inseparável. É muito difícil dizer
se era diferente o estresse (esta revolução orgânica e psíquica) que acometia o homem
das cavernas diante de um urso invasor de sua morada daquilo que sente hoje um
cidadão comum diante do assaltante que invade seu lar. Provavelmente não. Faz parte
da natureza humana certos sentimentos determinados pelo perigo, pela ameaça, pelo
desconhecido e pela perspectiva de sofrimento.
A Ansiedade passou a ser objeto de distúrbios quando o ser humano colocou-a não a
serviço de sua sobrevivência, como fazia antes, mas a serviço de sua existência, com
o amplo leque de circunstâncias quantitativas e qualitativas desta existência . Assim, o
estresse passou a ser o representante emocional da Ansiedade, sua correspondência
psíquica e egoicamente determinada. O fato de um evento ser percebido como
estressante não depende apenas da natureza do mesmo, como acontece no mundo
animal, mas do significado atribuído à este evento pela pessoa, de seus recursos, de
suas defesas e de seus mecanismos de enfrentamento. Isso tudo diz respeito mais à
personalidade que aos eventos do destino em si.
Embora a Ansiedade favoreça a performance e a adaptação, ela o faz somente até certo
ponto, até que nosso organismo atinja um máximo de eficiência. à partir de um ponto
excedente a Ansiedade, ao invés de contribuir para a adaptação, concorrerá exatamente
para o contrário, ou seja, para a falência da capacidade adaptativa.
Fonte: http://www.psiqweb.med.br/site/?area=ES/Dicionario&letra=A
10.HIPERATIVIDADE - TDAH
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno
neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente
acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de
desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do
Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD.
Ele é o transtorno mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para
serviços especializados. Ele ocorre em 3 a 5% das crianças, em várias regiões
diferentes do mundo em que já foi pesquisado. Em mais da metade dos casos o
transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude
sejam mais brandos.
Sintomas
O TDAH se caracteriza por uma combinação de dois tipos de sintomas:
1) Desatenção
2) Hiperatividade-impulsividade
O TDAH na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento
com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como "avoadas",
"vivendo no mundo da lua" e geralmente "estabanadas" e com "bicho carpinteiro" ou
“ligados por um motor” (isto é, não param quietas por muito tempo). Os meninos tendem
a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas, mas todos são
desatentos. Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais problemas de
comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites.
Em adultos, ocorrem problemas de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho,
bem como com a memória (são muito esquecidos). São inquietos (parece que só
relaxam dormindo), vivem mudando de uma coisa para outra e também são impulsivos
("colocam os carros na frente dos bois"). Eles têm dificuldade em avaliar seu próprio
comportamento e quanto isto afeta os demais à sua volta. São freqüentemente
considerados “egoístas”. Eles têm uma grande freqüência de outros problemas
associados, tais como o uso de drogas e álcool, ansiedade e depressão.
Causas
Já existem inúmeros estudos em todo o mundo - inclusive no Brasil - demonstrando que
a prevalência do TDAH é semelhante em diferentes regiões, o que indica que o
transtorno não é secundário a fatores culturais (as práticas de determinada sociedade,
etc.), o modo como os pais educam os filhos ou resultado de conflitos psicológicos.
Estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal
e as suas conexões com o resto do cérebro. A região frontal orbital é uma das mais
desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies animais e é
responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou inibir comportamentos
inadequados), pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização
e planejamento.
O que parece estar alterado nesta região cerebral é o funcionamento de um sistema de
substâncias químicas chamadas neurotransmissores (principalmente dopamina e
noradrenalina), que passam informação entre as células nervosas (neurônios).
Existem causas que foram investigadas para estas alterações nos neurotransmissores
da região frontal e suas conexões.
A) Hereditariedade:
Os genes parecem ser responsáveis não pelo transtorno em si, mas por uma
predisposição ao TDAH. A participação de genes foi suspeitada, inicialmente, a partir
de observações de que nas famílias de portadores de TDAH a presença de parentes
também afetados com TDAH era mais freqüente do que nas famílias que não tinham
crianças com TDAH. A prevalência da doença entre os parentes das crianças afetadas
é cerca de 2 a 10 vezes mais do que na população em geral (isto é chamado de
recorrência familial).
Porém, como em qualquer transtorno do comportamento, a maior ocorrência dentro da
família pode ser devido a influências ambientais, como se a criança aprendesse a se
comportar de um modo "desatento" ou "hiperativo" simplesmente por ver seus pais se
comportando desta maneira, o que excluiria o papel de genes. Foi preciso, então,
comprovar que a recorrência familial era de fato devida a uma predisposição genética,
e não somente ao ambiente. Outros tipos de estudos genéticos foram fundamentais
para se ter certeza da participação de genes: os estudos com gêmeos e com adotados.
Nos estudos com adotados comparam-se pais biológicos e pais adotivos de crianças
afetadas, verificando se há diferença na presença do TDAH entre os dois grupos de
pais. Eles mostraram que os pais biológicos têm 3 vezes mais TDAH que os pais
adotivos.
Os estudos com gêmeos comparam gêmeos univitelinos e gêmeos fraternos
(bivitelinos), quanto a diferentes aspectos do TDAH (presença ou não, tipo, gravidade
etc...). Sabendo-se que os gêmeos univitelinos têm 100% de semelhança genética, ao
contrário dos fraternos (50% de semelhança genética), se os univitelinos se parecem
mais nos sintomas de TDAH do que os fraternos, a única explicação é a participação de
componentes genéticos (os pais são iguais, o ambiente é o mesmo, a dieta, etc.).
Quanto mais parecidos, ou seja, quanto mais concordam em relação àquelas
características, maior é a influência genética para a doença. Realmente, os estudos de
gêmeos com TDAH mostraram que os univitelinos são muito mais parecidos (também
se diz "concordantes") do que os fraternos, chegando a ter 70% de concordância, o que
evidencia uma importante participação de genes na origem do TDAH.
A partir dos dados destes estudos, o próximo passo na pesquisa genética do TDAH foi
começar a procurar que genes poderiam ser estes. É importante salientar que no TDAH,
como na maioria dos transtornos do comportamento, em geral multifatoriais, nunca
devemos falar em determinação genética, mas sim em predisposição ou influência
genética. O que acontece nestes transtornos é que a predisposição genética envolve
vários genes, e não um único gene (como é a regra para várias de nossas características
físicas, também). Provavelmente não existe, ou não se acredita que exista, um único
"gene do TDAH". Além disto, genes podem ter diferentes níveis de atividade, alguns
podem estar agindo em alguns pacientes de um modo diferente que em outros; eles
interagem entre si, somando-se ainda as influências ambientais. Também existe maior
incidência de depressão, transtorno bipolar (antigamente denominado Psicose
Maníaco-Depressiva) e abuso de álcool e drogas nos familiares de portadores de TDAH.
B) Substâncias ingeridas na gravidez:
Tem-se observado que a nicotina e o álcool quando ingeridos durante a gravidez podem
causar alterações em algumas partes do cérebro do bebê, incluindo-se aí a região
frontal orbital. Pesquisas indicam que mães alcoolistas têm mais chance de terem filhos
com problemas de hiperatividade e desatenção. É importante lembrar que muitos destes
estudos somente nos mostram uma associação entre estes fatores, mas não mostram
uma relação de causa e efeito.
C) Sofrimento fetal:
Alguns estudos mostram que mulheres que tiveram problemas no parto que acabaram
causando sofrimento fetal tinham mais chance de terem filhos com TDAH. A relação de
causa não é clara. Talvez mães com TDAH sejam mais descuidadas e assim possam
estar mais predispostas a problemas na gravidez e no parto. Ou seja, a carga genética
que ela própria tem (e que passa ao filho) é que estaria influenciando a maior presença
de problemas no parto.
D) Exposição a chumbo:
Crianças pequenas que sofreram intoxicação por chumbo podem apresentar sintomas
semelhantes aos do TDAH. Entretanto, não há nenhuma necessidade de se realizar
qualquer exame de sangue para medir o chumbo numa criança com TDAH, já que isto
é raro e pode ser facilmente identificado pela história clínica.
E) Problemas Familiares:
Algumas teorias sugeriam que problemas familiares (alto grau de discórdia conjugal,
baixa instrução da mãe, famílias com apenas um dos pais, funcionamento familiar
caótico e famílias com nível socioeconômico mais baixo) poderiam ser a causa do TDAH
nas crianças. Estudos recentes têm refutado esta idéia. As dificuldades familiares
podem ser mais conseqüência do que causa do TDAH (na criança e mesmo nos pais).
Problemas familiares podem agravar um quadro de TDAH, mas não causá-lo.
F) Outras Causas
Outros fatores já foram aventados e posteriormente abandonados como causa de
TDAH:
1. corante amarelo
2. aspartame
3. luz artificial
4. deficiência hormonal (principalmente da tireóide)
5. deficiências vitamínicas na dieta.
Todas estas possíveis causas foram investigadas cientificamente e foram
desacreditadas.
Fonte: http://www.tdah.org.br
http://silvanapsicopedagoga.blogspot.com.br/search/label/Ansiedade

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Como orientar alunos com dificuldades na leitura usando boquinhas

  • 1. Como orientar os alunos com dificuldades na leitura As diversas dificuldades na prática da leitura. A dificuldade em realizar a leitura é tida como um dos maiores obstáculos enfrentados pelos alunos. Preocupados com essa questão, vários educadores estão em busca de o melhor caminho a seguir, contribuindo para um melhor desenvolvimento da leitura. Segundo pesquisas, as escolas estaduais apresentam maior índice em relação à dificuldade com a leitura, porém, vale ressaltar que acontece em todas as instituições de ensino independente do segmento (público ou particular). É de suma importância para lidar com esta situação, enquanto educadores, ter a consciência de que as dificuldades apresentadas na leitura estão intensamente ligadas ao desenvolvimento das habilidades na escrita provenientes de alterações ou erros de sintaxe, estruturação, organização de parágrafos, pontuação, bem como todos os elementos necessários para a composição do texto. Partindo desse pressuposto, segue algumas sugestões de estratégias a serem aplicadas de forma que venha facilitar o desempenho no processo de leitura que os alunos apresentam em sala de aula: • Procure fazer um momento de divisão para leitura, sendo que durante a aula metade do tempo seja dedicado à leitura prazerosa, onde cada um lê o que é de seu interesse, e a outra parte seja voltada para a prática da leitura voltada para o desenvolvimento de conteúdos; • A escola pode promover campanhas de incentivo à leitura, estimulando os alunos a lerem. Por exemplo: gibis como forma de leitura e entretenimento; • Trabalhar na análise e decomposição de frases escolhendo palavras segmentando-as em sílabas e fonemas, intervindo na memória, passando de memorização à memória de longo prazo. Vale ressaltar que não deve ser realizada de forma mecânica ou descontextualizada, por exemplo, f e v são vagos quando isolados, mas quando proposto em palavras (faca ou vaca) já permitem um maior entendimento, o que facilita a aprendizagem; Segundo Duke e Pearson (2002) existem seis tipos de estratégias de leitura consideradas relevantes, baseadas em pesquisas tidas como auxiliares no processo de leitura. São as seguintes: • Predição: trata-se de antecipar, prever fatos ou conteúdos do texto, utilizando o conhecimento existente para facilitar a compreensão.
  • 2. • Pensar em voz alta: o leitor verbaliza seu pensamento enquanto lê. • Estrutura do texto: analisar a estrutura do texto, auxiliando os alunos a aprenderem a usar as características dos textos, como cenário, problema, meta, ação, resultados, resolução e tema, como um procedimento auxiliar para compreensão e recordação do conteúdo lido. • Representação visual do texto: auxilia leitores a entenderem, organizarem e lembrarem algumas das muitas palavras lidas quando formam uma imagem mental do conteúdo. • Resumo: tal atividade facilita a compreensão global do texto, pois implica na seleção e destaque das informações mais relevantes contidas no texto. • Questionamento: auxilia no entendimento do conteúdo da leitura, uma vez que permite ao leitor refletir sobre o mesmo. Pesquisas indicam também que a compreensão global da leitura é melhor quando alunos aprendem a elaborar questões sobre o texto. Vale ressaltar que, tanto no desenvolvimento da leitura quanto da escrita, pais e professores são mediadores indispensáveis no processo de aprendizagem, prevenindo e intermediando através da correção quando necessária e com cautela. Fonte: www.educador.brasilescola.com
  • 3.
  • 4. Boquinhas: método fonovisuoarticulatório na aprendizagem da leitura e escrita O Método Fonovisuoarticulatório, carinhosamente apelidado de Método das Boquinhas, utiliza-se além das estratégias fônicas (fonema/som) e visuais (grafema/letra), as articulatórias (articulema/Boquinhas). Seu desenvolvimento foi alicerçado na Fonoaudiologia, em parceria com a Pedagogia, que o sustenta, sendo indicado para alfabetizar quaisquer crianças e reabilitar os distúrbios da leitura e escrita. Parte das reflexões deste método foi proporcionada pelo contato com o “Programa de Mejoramiento de la Calidad y Equidad de la Educación” (MECE) – “Programa das 900 Escolas”, desenvolvido no Chile desde 1990, indicado pela UNESCO e estendido a outros países (Guttman, 1993). Sua fundamentação encontra-se também nos estudos de Dewey (1938), Vygotsky (1984, 1989), Ferreiro (1986), Watson (1994), entre outros, cujas idéias são resumidas numa percepção holística frente à alfabetização, tendo a visão da linguagem, como ponto focal da aprendizagem. O ponto de partida do ser humano na aquisição de conhecimento reside na boca, que produz sons – fonemas, que são transformados em fala, meio de comunicação inerente ao ser humano. Para aquisição da leitura e escrita é necessário que os fonemas sejam decodificados/codificados em letras (grafemas), como é feito no processo fônico, trabalhando diretamente nas habilidades de análise fonológicas (Dominguez, 1994) e consciência fonológica e fonêmica (Capovilla e Capovilla, 2002; Santos e Navas, 2002), fator primordial e sine qua non no processo de alfabetização (Cardoso-Martins et al., 2005). Esse processo, bastante abstrato, deve ser favorecido por meio de intervenção pedagógica, mas por vezes torna-se incompreensível e dificultoso para alguns aprendentes. Assim, é acrescentado os pontos de articulação de cada letra ao ser pronunciada isoladamente (articulemas, ou boquinhas), baseados nos princípios da Fonologia Articulatória – FAR, que preconiza a unidade fonético-fonológica, por excelência, o gesto articulatório (Browman e Goldstein, 1986; 1990; Albano, 2001), favorecendo a compreensão do processo de decodificação, por mecanismos concretos e sinestésicos, isto é, com bases sensoriais. Desta forma, a aquisição da leitura e escrita passaria a ser acessível a quaisquer tipos de aprendentes, de maneira simples e segura, pois bastaria uma única ferramenta de trabalho – a boca. Mas não se trata somente de um método cinestésico, em que a chave da aprendizagem reside no movimento, como descrito por Fernald (1943), que usa o traçado das letras aliado aos sons, enfatizando a memória da sequência visual, nem somente um método fônico como os descritos por Hegge, Kirk e Kirk (1936) como fono-grafo-vocal ou o ITA (Initial Teaching
  • 5. Alphabet) (Pittman, 1963), ou o VAK (visual-auditivo-cinestésico), apresentado por Gilingham e Stillman (1973), em que há a associação do som ao nome das letras, usado em programas de educação especial, principalmente para surdos. A proposta do Método das Boquinhas aproximou-se da posição teórica rotulada por distintos autores como "construtivismo" (Bednar et al., 1993), Coll et al. (1990; 1993), Ferreiro (1986), enquanto define a aprendizagem como um processo ativo no qual o significado se desenvolve sobre a base da experiência - que aqui se apresenta como a consciência fonoarticulatória, uma ferramenta segura e concreta para o aprendizado da leitura e escrita -, e o aluno construiria uma representação interna do conhecimento e estaria aberto à troca, uma vez que todos aprenderiam pela mesma ferramenta, ou seja, a boca. A partir dos passos iniciais da aquisição da leitura e escrita – fator indispensável à continuidade escolar e regulador de sucesso e manutenção da autoestima, o Método das Boquinhas estimula a criança a usar, lidar e pensar a língua escrita a partir da boca. Esse mecanismo a auxiliará, futuramente, a desenvolver um automonitoramento e outras destrezas metacognitivas importantes para construir textos significativos, interpretá-los, identificar a informação mais importante, sintetizar e gerar perguntas (Cooper, 1993). Mas essas aquisições só serão possíveis, a partir da alfabetização, que confere ao indivíduo igualdade e condições de adaptação ao seu meio. Os primórdios desse trabalho foram publicados em artigos científicos e apresentados em Congressos de Fonoaudiologia e Psicopedagogia (Jardini e Vergara, 1997; Jardini e Souza, 2002). Atualmente a obra Boquinhas conta com sete livros publicados, sendo os dois iniciais, Fundamentação Teórica (Jardini, 2003, em processo de atualização) e Caderno de Exercícios (Jardini, 2008), específico para sanar as trocas de letras e melhorar a qualidade da leitura; indicado para crianças e adultos já alfabetizados. Um livro de estudos clínicos, Passo a Passo (Jardini, 2004, 2009), propõe reflexão, análise e tratamento de casos que apresentam dificuldades e distúrbios de leitura e escrita. Boquinhas na Educação Infantil A proposta dos livros Boquinhas na Educação Infantil(Jardini e Gomes, 2007) é trabalhar com a aquisição da leitura e escrita, em estágios iniciais desse desenvolvimento, com crianças de 4 a 6 anos, propiciando um trabalho preventivo de aquisição da linguagem. É fundamental que o educador conheça de maneira simples e
  • 6. prática os sons da fala (fonemas) e suas respectivas Boquinhas (articulemas), bem como os processos de consciência fonológica, fonêmica, processamento auditivo e visual, coordenação visuomotora, orientação visuoespacial e desenvolvimento cognitivo, para que possa promover com segurança o início do aprendizado da leitura e escrita e, porventura, lidar de maneira pedagógica, com seus desequilíbrios. Essa abordagem tem contribuído de maneira significativa para que a saúde (incluindo fala, voz e linguagem geral) dos alunos e educadores se mantenha, sendo observada por melhorias na autoestima e qualidade de vida, evitando-se desta forma, o excesso de encaminhamentos às clínicas de aprendizagem, ou seja, a patologização do ensino (Collares e Moysés, 1992;1993). Alfabetização com Boquinhas A proposta dos livros Alfabetização com Boquinhas (aluno e professor) (Jardini e Gomes, 2008), oferece aos educadores condições de formalizar o processo de aquisição da leitura e escrita a partir de pressupostos da fala, tornando a alfabetização simples e possível em curto espaço de tempo. São abordados todos os aspectos da leitura, bem como produção e interpretação de textos. Nesses volumes, o educador encontrará atividades e exercícios para o trabalho pedagógico com qualquer tipo de crianças e adultos, visando à aquisição da leitura e escrita. Recentemente foram lançados Jogos de Boquinhas (Jardini, 2008, 2009), contendo 13 jogos, como material de apoio aos livros, para utilização em salas de aula, consultórios e/ou domiciliar. Fonte: www.metododasboquinhas.com.br
  • 7. Transtornos de aprendizagem: O papel do Fonoaudiólogo na escola A principal dificuldade no diagnóstico precoce dos transtornos de aprendizagem – uma dificuldade que atrapalha na alfabetização – está justamente na identificação. O que pode ser uma dislexia ou alguma outra condição física ou mental é facilmente confundida com preguiça, falta de atenção. Por estarem dia a dia com as crianças, os professores geralmente são os que primeiro percebem que algo está errado. “Crianças que apresentam alterações de fala têm, no geral, mais dificuldades de comportamento, tais como hiperatividade e problemas de conduta”, explica a fonoaudióloga Irene Marchesan, presidente da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. “As alterações de fala e de linguagem estão relacionadas aos problemas de alfabetização, às habilidades em leitura e escrita, à capacidade de soletração, dentre outras habilidades escolares. Além dos efeitos negativos sobre a alfabetização, as alterações de fala e linguagem podem trazer prejuízos a aspectos educacionais gerais e até mesmo ocupacionais”, completa. Mas para que percebam estas alterações é preciso haver informação ao professor. E é aí que entra o papel do fonoaudiólogo nas escolas. “Nosso trabalho tem se expandido e voltado para as questões educacionais e não apenas dentro dos processos de aquisição e leitura e escrita ou métodos mais facilitadores no ambito clínico, mas no sentido de desenvolver programas pedagógicos. O fonoaudiólogo pode trabalhar em conjunto com o professor de forma que possa proporcionar resultados melhores”, diz o fonoaudiólogo Jaime Zorzi, especialista em crianças com dificuldade de aprendizado e autor de um livro sobre a dislexia e outros tipos de transtornos relacionados com a dificuldades de aprendizado. Segundo a fonoaudióloga e psicopedagoga Telma Pantâno, é comum encontrar nas escolas dificuldades de inclusão devido ao desconhecimento dos processos cognitivos e linguísticos que envolvem estas patologias. “Este suporte, orientação e planejamento educacional pode ser discutido e integrado conjuntamente com a atuação fonoaudiológica”, destaca. Fonoaudiologia educacional Zorzi explica que a fonoaudiologia educacional é uma especialidade nova dentro da fonoaudiologia voltada para as questões do ensino e da aprendizagem. “Tentar compreender o aluno, por que não aprende, com foco no professor para que ele tenha uma condição mais
  • 8. propícia na hora de ensinar. Eles expicam que atualmente o papel do fonoaudiólogo no âmbito escolar envolve aspectos preventivos e intervenções com a equipe pedagógica visando o desenvolvimento das habilidades relacionadas a linguagem oral e escrita e, sobretudo, o desenvolvimento de aspectos cognitivos, linguísticos e metalinguísticos necessários para esse desenvolvimento. É importante enfatizar os conhecimentos mais atuais que as neurociências tem contribuído para essas aquisições e a visão clara das diferenças entre desenvolvimento e aprendizagem dessas funções no contexto educacional. Leia mais: http://www.oqueeutenho.com.br/23301/transtornos-de-aprendizagem-o-papel-do- fonoaudiologo-na-escola.html#ixzz20X1a4xJH
  • 9. ATIVIDADES PARA: dispraxia, discalculia, dislexia e disgrafia (letra feia) Atividades para Dispraxia Estas actividades servem para melhorar o equilíbrio e a coordenação, mas também o processamento visual, a distância e a velocidade, a lógica e sequência, ajudando assim nas dificuldades sentidas pelos dispráxicos. Estes exemplos são simples de seguir, no entanto algumas crianças enfrentarão algumas dificuldades na sua realização. Nadar ou andar de bicicleta são complementos muito bons. Estes exercícios deverão ser realizados durante 15 a 20 minutos por dia: Balançar Ficar de pé só numa perna, que inicialmente deverá ser a dominante e só depois passar para a outra. Enquanto fica de pé contar quanto tempo a criança aguenta esta posição, ficando de olhos abertos. De seguida fazer o mesmo exercício, mas de olhos fechados. A criança poderá sentir alguma dificuldade ao fazer o exercício com os olhos fechados. Saltar Começando novamente com a perna dominante contar quantas vezes a criança consegue saltar. Quando eventualemnte a criança perder o equilíbrio troque de perna. No início a criança irá saltar por todo o lado, mas com o tempo permanecerá mais ou menos na mesma área. Habilidades com a Bola Utilizar bolas de diferentes tamanhos para praticar atirar e apanhar. Inicialmente distancie-se pouco da criança e pouco a pouco aumente a distância. Motive a criança a observar o percurso da bola, isso ajuda a perceber a distância e a velocidade. Com o tempo variar a velocidade da bola assim como direccionar a bola mais para a esquerda ou para a direita, mas sem informar a criança desse facto. Faça o mesmo exercício,mas agora apenas com uma mão, iniciando com o braço dominante. À medida que a criança se vai tornando mais confiante, poderá atirar a bola contra a parede, dentro de uma área definida (um quadrado no chão p.ex.). Futebol
  • 10. Chutar a bola em direcção à criança e motivá-la a fazer o mesmo. A criança deve chutar primeiro com a perna dominante e depois com a outra, para a direita e para a esquerda. Atividades para Discalculia Diferenças Diferenças Jogos de diferenças são importantes para quem possui discalculia pois desenvolve a concentração e atenção. Exemplo: Descobre as 8 diferenças entre as duas imagens: Segue este site para jogares às diferenças online e em diferentes níveis: http://www.brincar.pt/jogos/jogos-de- agilidade/jogo_das_diferencas_descobre_as_diferencas_16.html Caracol
  • 11. Desenhar no chão um caracol como o da ilustração abaixo, contendo os números de 0 a 9. Posteriormente a criança deverá saltar para os números que lhe serão solicitados. Para complexificar um pouco o exercício, podem ser solicitados números com dois ou mais algarismos (Ex: 198. Neste caso a criança deverá saltar primeiro para o numero 1, seguidamente para o numero 9 e por fim, para o numero 8). Este jogo promove o reconhecimento e identificação dos números, estimula a memória e desenvolve a orientação espacial e percepção visual. Tamanhos Com objectos de vários tamanhos, pedir para os colocar por ordem crescente e, posteriormente, descrescente. Esta actividade desenvolve a orientação temporal; a noção de "alto e baixo", "pequeno e grande"; estimula a destreza manual; e desenvolve a atenção, concentração, capacidade de categorização e organização. Sudoku O objectivo é preencher um quadrado 9x9 com números de 1 a 9, sem repetir números em cada linha e cada coluna. Também não se pode repetir números em cada quadrado de 3x3. Esta actividade desenvolver a estruturação espácio-temporal; promove o raciocínio lógico; e desenvolve a atenção, concentração e percepção visual. Exemplo:
  • 12. Segue o site a seguir para jogar sudoku online com diferentes níveis de dificuldade: http://sudoku.net.br/ Todos os exercício que envolvam números, contagem e concentração são recomendados para quem tem discalculia. Atividades para Dislexia Sopa de letras Para estimular a concentração, atenção e reconhecimento das palavras/letras, a sopa de letras é um bom jogo. Exemplo:
  • 13. Encontra mais sopas de letras para fazeres no site a seguir: http://www.horavaga.net/jogo_145_1_sopa-de-letras.html Anagrama Forma uma palavra nova com as letras da palavra dada. Pedra: ___________ Sapo: ____________ Papo: ____________ Vela: _____________ Rato: _____________ Cabo: _____________ Amor: _____________ Cabo: _____________ Soluções Várias palavras
  • 14. Escreve (diz) palavras que contenham a parte principal da palavra que é dada: Exemplo: Casa: casamento, casar, casal, casarão, casinha, casado Actividade Pesca: __________________________________________ Estalo: __________________________________________ Pensar: __________________________________________ Cantar: __________________________________________ Estrela: __________________________________________ Amar: ___________________________________________ Criar os seus jogos: Criar jogos é uma excelente ferramenta para promover a aprendizagem. Siga as seguintes dicas:  Investigue sobre dislexia – aprenda sobre os sinais e os pontos fracos e fortes acerca da dislexia;  Crie letras em vários formatos e texturas e brinque com a construção de palavras;  Reproduza jogos que encontre em catálogos educacionais. Alguns são bastante dispendiosos, mas facilmente reproduzíveis;  Modifique jogos existentes para ir de encontro às necessidades do disléxico (especialmente um tipo de jogo que este aprecie);  Partilhe ideias com outros pais, professores, e técnicos de forma a melhorar os seus jogos;  Elabore o jogo em conjunto com o disléxico, ficará surpreendido com a criatividade. Corrigir a "letra feia" - Disgrafia/Disortografia O aperfeiçoamento da escrita tende a compensar os défices na mesma, na medida em que se pretende melhorar os factores funcionais que afectam o acto de escrever. Deste modo apresentam-se alguns recursos e exercícios que poderão ser úteis neste domínio.
  • 15. Proporção das letras O uso de pautas quadriculadas pode corrigir os transtornos de dimensão das letras. Deve-se dar à criança algumas orientações: as letras ascendentes ou descendentes ocupam três quadrados, as letras baixas apenas uma. Transtornos da inclinação  Desenhar linhas paralelas.  Desenhar ondas e linhas rectas paralelas.  Recortar tiras de papel paralelas.  Numa folha de papel desenhar pontos em ambos os extremos que a criança deve unir. Realizar também actividades de escrita procurando terminar em locais adequados. Transtornos de ligação entre entre letras
  • 16.  Exercícios de repassar palavras e frases sem levantar o lápis.  Pôr palavras com letras separadas para que a criança as una de forma correcta. Transtornos de Espaçamento O uso de pautas quadriculadas com o estabelecimento de deixar três quadriculas entre as palavras pode ajudar na homogeneidade do espaçamento. Posição do corpo Durante a escrita, o corpo tem de permanecer paralelo à mesa evitando que se forme um ângulo com esta, uma vez que isso obriga a rodar os ombros para escrever. As costas devem estar apoiadas nas costas da cadeira e só a zona dorsal formará um ligeiro ângulo com o bordo da mesa. Posição do papel À medida que a criança cresce o papel vai-se separando da posição vertical criando-se um ângulo cada vez maior entre a mesa e a posição do papel. O ângulo de inclinação aumenta progressivamente ao longo dos anos (nos adultos é de 30 º). Do mesmo modo, a criança tende a proximar o papel em direcção ao hemicorpo da mão que escreve. Determinadas posturas provocam alterações no grafismo (ângulo inadequado, movimentos persistentes). Convém realizar exercícios em que a criança possa aprender a escrever com correcta inclinação. Um exemplo é fixar o papel para impedir que a criança o mova durante a escrita.
  • 17. Esta informação foi retirada de: http://omovimentodaescrita.blogspot.com/2010/05/metodo-antidisgrafico-exercicios- de.html
  • 18. Psicomotricidade e D.A.E A educação psicomotora é fundamental na vida da criança, e está reflectida no histórico de vida do sujeito, podendo observar-se a partir daí, o desenvolvimento da criança, o seu relacionamento com o mundo, a sua interacção com as pessoas, a forma como pensa e como actua, expressando as suas sensações e sentimentos, e utilizando o corpo como instrumento rico e significativo para a comunicação. Estas devem ser inseridas e integradas de acordo com a faixa etária. O desenvolvimento dos factores psicomotores, permite à criança uma melhora da postura, da dissociação dos movimentos, da coordenação global dos movimentos, da motricidade fina, do ritmo discriminação táctil, visual e auditivo, da integração das estruturas espaciais e temporais, do aumento da capacidade de atenção e concentração. A Psicomotricidade nas Dificuldades de Aprendizagem pode trabalhar os seguintes factores, com os seus objectivos: Factor Psicomotor Objectivos Tonicidade Relaxação activa e passiva Equilibração Equilíbrio estático e dinâmico Noção do corpo Conhecimento do próprio corpo e do corpo de outrem; Noções espaciais do próprio corpo e do de outrem; Interiorização da imagem corporal; Coordenação, caligrafia, leitura harmoniosa, gestual, ritmo de leitura (frase, palavra), imitação, entre outros. Lateralidade Identificação da dominância lateral; Reconhecimento da direita e da esquerda;
  • 19. Ordenação espacial, direcção gráfica (=>), ordem das letras e dos números; Discriminação visual; Estruturação espácio-temporal; Noções espaciais e temporais; Estruturação rítmica; Percepção visual e auditiva; Identificação de ruídos e sons; Identificação e combinação de letras e números (modalidades visuais, auditivas e cinestésicas); Noções de esquerda e direita, alto e baixo (b / p; n / u; ou / on), dentro e fora (espaço para escrita: progressão/grandeza, classificação/seriação, orientação/cálculos) Praxia Global e Fina Perturbações do grafismo (motora fina); Manipulação / preensão. Pode-se concluir, portanto, que as contribuições da psicomotricidade na aquisição da pré- escrita estão relacionadas com o domínio do gesto, com a estruturação espacial e a orientação temporal que são os três fundamentos básicos da escrita, os quais supõem: uma direcção gráfica (escrevemos horizontalmente da esquerda para a direita); noções de cima e baixo (n e u); de esquerda e direita e de oblíquas e curvas (g); e noção de antes e depois. http://dificuldadesdeaprendizagem.webnode.pt/psicomotricidade-e-d-a-e-/
  • 20. JUN 2012 0 DISTÚRBIOS / TRANSTORNOS / DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM 1. DISLEXIA Definida como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração, a dislexia é o distúrbio de maior incidência nas salas de aula. Pesquisas realizadas em vários países mostram que entre 05% e 17% da população mundial é disléxica. Ao contrário do que muitos pensam, a dislexia não é o resultado de má alfabetização, desatenção, desmotivação, condição sócio-econômica ou baixa inteligência. Ela é uma condição hereditária com alterações genéticas, apresentando ainda alterações no padrão neurológico. Por esses múltiplos fatores é que a dislexia deve ser diagnosticada por uma equipe multidisciplinar. Esse tipo de avaliação dá condições de um acompanhamento mais efetivo das dificuldades após o diagnóstico, direcionando-o às particularidades de cada indivíduo, levando a resultados mais concretos. Sinais de Alerta Como a dislexia é genética e hereditária, se a criança possuir pais ou outros parentes disléxicos quanto mais cedo for realizado o diagnóstico melhor para os pais, à escola e à própria criança. A criança poderá passar pelo processo de avaliação realizada por uma equipe multidisciplinar especializada (vide adiante), mas se não houver passado pelo processo de alfabetização o diagnóstico será apenas de uma "criança de risco". Haverá sempre: dificuldades com a linguagem e escrita ; dificuldades em escrever; dificuldades com a ortografia;
  • 21. lentidão na aprendizagem da leitura; Haverá muitas vezes : disgrafia (letra feia); discalculia, dificuldade com a matemática, sobretudo na assimilação de símbolos e de decorar tabuada; dificuldades com a memória de curto prazo e com a organização’; dificuldades em seguir indicações de caminhos e em executar seqüências de tarefas complexas; dificuldades para compreender textos escritos; dificuldades em aprender uma segunda língua. Haverá às vezes: dificuldades com a linguagem falada; dificuldade com a percepção espacial; confusão entre direita e esquerda. Pré -Escola Fique alerta se a criança apresentar alguns desses sintomas: Dispersão; Fraco desenvolvimento da atenção; Atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem; Dificuldade em aprender rimas e canções; Fraco desenvolvimento da coordenação motora; Dificuldade com quebra cabeça; Falta de interesse por livros impressos;
  • 22. O fato de apresentar alguns desses sintomas não indica necessariamente que ela seja disléxica; há outros fatores a serem observados. Porém, com certeza, estaremos diante de um quadro que pede uma maior atenção e/ou estimulação. Idade Escolar Nesta fase, se a criança continua apresentando alguns ou vários dos sintomas a seguir, é necessário um diagnóstico e acompanhamento adequado, para que possa prosseguir seus estudos junto com os demais colegas e tenha menos prejuízo emocional:· Dificuldade na aquisição e automação da leitura e escrita; Pobre conhecimento de rima (sons iguais no final das palavras) e aliteração (sons iguais no início das palavras); Desatenção e dispersão; Dificuldade em copiar de livros e da lousa; Dificuldade na coordenação motora fina (desenhos, pintura) e/ou grossa (ginástica,dança,etc.); Desorganização geral, podemos citar os constantes atrasos na entrega de trabalhos escolares e perda de materiais escolares; Confusão entre esquerda e direita; Dificuldade em manusear mapas, dicionários, listas telefônicas, etc... Vocabulário pobre, com sentenças curtas e imaturas ou sentenças longas e vagas; Dificuldade na memória de curto prazo, como instruções, recados, etc... Dificuldades em decorar seqüências, como meses do ano, alfabeto, tabuada, etc.. Dificuldade na matemática e desenho geométrico; Dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomias) Troca de letras na escrita; Dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua; Problemas de conduta como: depressão, timidez excessiva ou o ‘’palhaço’’ da turma; Bom desempenho em provas orais.
  • 23. Se nessa fase a criança não for acompanhada adequadamente, os sintomas persistirão e irão permear a fase adulta, com possíveis prejuízos emocionais e conseqüentemente sociais e profissionais. Adultos Se não teve um acompanhamento adequado na fase escolar ou pré-escolar, o adulto disléxico ainda apresentará dificuldades; Continuada dificuldade na leitura e escrita; Memória imediata prejudicada; Dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua; Dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomia); Dificuldade com direita e esquerda; Dificuldade em organização; Aspectos afetivos emocionais prejudicados, trazendo como conseqüência: depressão, ansiedade, baixa auto estima e algumas vezes o ingresso para as drogas e o álcool. Fonte: http://www.dislexia.org 2. DISARTRIA Tem como característica principal a fala lenta e arrastada devido a alterações dos mecanismos nervosos que coordenam os órgãos responsáveis pela fonação. A disartria de origem muscular é resultante de paresia, paralisia ou ataxia dos músculos que intervêm nesta articulação. A disartria pode ter origem em lesões no sistema nervoso o que altera o controle dos nervos provocando uma má articulação. Podemos encontrar a disatria em pessoas que sofrem de paralisia periférica do nervo hipoglosso (duodéssimo par dos nervos cranianos. Inerva os músculos da língua) pneumogástrico (nervo vago ou décimo par craniano que inerva a laringe, pulmões, esôfago, estômago e a maioria das vísceras abdominais) e facial.
  • 24. Em pessoas que apresentam esclerose, intoxicação alcoólica, com tumores (malignos ou benignos) no cérebro, cerebelo ou tronco encefálico, traumatismos crânio- encefálicos. No caso de lesões cerebrais, os exames clínicos mostram que as alterações não se manifestam isoladamente estando associada geralmente a outros distúrbios tais como gnósio-apráxicos ou transtornos disfásicos. Fonte: http://www.psicopedagogiabrasil.com.br 3. DISCALCULIA A discalculia é uma dificuldade de aprendizagem específica, que afecta os processos relacionados com as habilidades matemáticas. Uma vez que a aprendizagem escolar está fortemente baseada no raciocínio lógico-matemático, a discalculia revela-se como um forte obstáculo para o sucesso escolar. Estas dificuldades não são consequência de défices cognitivos, visuais ou auditivos, nem o resultado de baixa estimulação escolar. Existem diferentes tipos de discalculia pelo que se torna fundamental analisar o perfil neuropsicológico e cognitivo, no sentido de se identificarem as principais dificuldades na noção de número, na realização de operações e na resolução de problemas. Sinais de alerta Mesmo havendo diferentes tipologias, na generalidade conseguimos identificar alguns sinais que parecem ser mais frequentes, comprometendo as seguintes áreas: - memória a curto prazo; - tarefas não-verbais; - tarefas de orientação espacio-temporal;
  • 25. - formação e identificação de números; - cálculo mental; - manuseamento do dinheiro; - utilização de símbolos; 4. AFASIA Afasia é a perda da linguagem causada por lesão no sistema nervoso central que, na maior parte das vezes, ocorre do lado esquerdo do cérebro. Os quadros de afasia são muito variados. Vão desde a dificuldade de articular bem as palavras até a perda total da linguagem oral e da capacidade de traduzir conceitos em palavras e de simbolização. A afasia não se manifesta apenas na linguagem oral. Pode manifestar-se também na escrita, porque os pacientes perderam a capacidade de simbolizar, de traduzir o comando cerebral para a linguagem escrita. Em alguns casos, são capazes de escrever sob ditado ou de copiar, mas incapazes de ler o que escreveram. Em outros, trocam ou omitem letras, às vezes, as vogais; às vezes, as consoantes. Tipos Dentre os principais tipos de afasia podemos citar a afasia de Wernecke e de Broca e a afasia global. 1) Afasia de Wernecke: caracteriza-se pela fala fluente, ou logorréia, que não faz sentido para quem ouve, embora a pessoa acredite estar falando corretamente e mantenha a entonação adequada. É como se uma linha telefônica com defeito distorcesse ou truncasse as palavras interferindo na comunicação. Em geral, paciente com fala logorréica tem dificuldade de compreensão e de expressão, mas consegue articular as palavras e irrita-se quando não se faz entender. É muito comum, também, o afásico de Wernecke articular palavras que existem, mas que juntas não estabelecem nenhum significado lógico. Quando há falha da compreensão, o prognóstico da afasia é sempre pior.
  • 26. 2) Afasia de Broca: a pessoa preserva a compreensão, mas tem dificuldade para falar porque lhe faltam as palavras. Algumas elegem jargões, uma palavra ou um nome qualquer para diferentes situações e acreditam estar comunicando o que querem dizer. 3) Afasia global: perda total da capacidade de falar, compreender, ler e escrever. Causas Acidentes vasculares cerebrais, traumatismos cranianos e encefálicos, tumores cerebrais, infecções e processos degenerativos. Diagnóstico O diagnóstico da afasia pressupõe avaliar a capacidade de compreensão e de expressão do paciente. É sempre importante começar pela avaliação sensorial, uma vez que a deficiência auditiva pode interferir no processo de comunicação. Nos casos de hemiplegia provocada por acidentes vasculares cerebrais, é preciso ter certeza de que apenas um lado está comprometido, antes de pedir que a pessoa movimente o outro braço para mostrar que entende o que lhe é pedido. Tratamento O tratamento da afasia é feito pela estimulação da linguagem e é planejado especificamente para cada caso. Conhecendo as condições exatas em que se encontra o paciente, o terapeuta irá construir pontes entre as habilidades que permaneceram e as que foram perdidas, valendo-se da plasticidade do sistema nervoso central. A plasticidade neuronal permite estabelecer novas ligações entre os neurônios. No tratamento da afasia, a estimulação controlada, auditiva e visual, tem por objetivo ajudar a pessoa a construir cadeias para ultrapassar os déficits provocados pela lesão, de modo a tornar as palavras novamente disponíveis. Recomendações • É sempre possível melhorar a afasia, embora o nível dos resultados possa depender de alguns fatores como extensão da lesão, motivação e idade do doente e de suas condições gerais de saúde.
  • 27. • O portador de afasia deve ser estimulado para fazer um tratamento que o ajude a reabilitar as capacidades comprometidas, sejam elas de fala, escrita ou compreensão. Fonte: http://drauziovarella.ig.com.br/arquivo/arquivo.asp?doe_id=132 Tabela Afasia: TIPO DE AFASIA EMISSÃO COMPREENSÃO REPETIÇÃO LOCALIZAÇÃO BROCA Reduzida, podendo haver estereotipias e desintegração fonética BOA para ordens simples REGULAR para ordens complexas Laboriosa com desintegração fonética Opérculo frontal, ínsula e quadrilátero de Pierre Marie WERNICKE Fluida, podendo haver fala logorréica e jargões MUITO PREJUDICADA Parafasias Área de Wernicke CONDUÇÃO Fluida, com excessiva auto- correção, sem perceber que atingiu o alvo PRESERVADA Parafasias Giro supramarginal e feixe arqueado TRANSCORTICAL MOTORA Reduzida Preservada Preservada Anterior e superior à área de Broca TRANSCORTICAL SENSORIAL Fluida Alterada Preservada; pode haver ecolalia Parte posterior da zona limítrofe GLOBAL PREJUDICADA PREJUDICADA PREJUDICADA Vastas lesões pré e retro-silvianas ou lesões não contíguas das áreas de Broca e Wernicke ANÔMICA BOA BOA BOA Lobo temporal
  • 28. Tabela resumida sobre os sintomas dos diferentes tipos de afasia. O assunto não se esgota aqui, há vasta literatura sobre o assunto. Um livro excelente que aborda o tema é: "Language intervention strategies in aphasia and related neurogenic communication disorders - Roberta Chapey - 2001" 5. DISLALIA Consiste na má pronúncia das palavras, seja omitindo ou acrescentando fonemas, trocando um fonema por outro ou ainda distorcendo-os. A falha na emissão das palavras pode ainda ocorrer a nível de fonemas ou de sílabas. Assim sendo, os sintomas da Dislalia consistem em omissão, substituição ou deformação os fonemas. De modo geral, a palavra do dislálico é fluida, embora possa ser até ininteligível, podendo o desenvolvimento da linguagem ser normal ou levemente retardado. Não se observam transtornos no movimento dos músculos que intervêm na articulação e emissão da palavra. Em muitos casos, a pronúncia das vogais e dos ditongos costuma ser correta, bem como a habilidade para imitar sons. Não há disfonia nem ronqueira. Diante do paciente dislálico costuma-se fazer uma pesquisa das condições físicas dos órgãos necessários à emissão das palavras, verifica-se a mobilidade destes órgãos, ou seja, do palato, lábios e língua, assim como a audição, tanto sua quantidade como sua qualidade (percepção) auditiva. As Dislalia constituem um grupo numeroso de perturbações orgânicas ou funcionais da palavra. No primeiro caso, resultam da malformações ou de alterações de inervação da língua, da abóbada palatina e de qualquer outro órgão da fonação. Encontram-se em casos de malformações congênitas, tais como o lábio leporino ou como conseqüência de traumatismos dos órgãos fonadores. Por outro lado, certas Dislalias são devidas a enfermidades do sistema nervoso central. Quando não se encontra nenhuma alteração orgânica a que possa ser atribuído a Dislalia, esta é chamada de Dislalia Funcional. Nesses casos, pensa-se em hereditariedade, imitação ou alterações emocionais e, entre essas, nas crianças é comum a Dislalia típica dos hipercinéticos ou hiperativos. Também nos deficientes
  • 29. mentais se observa uma Dislalia, às vezes grave ao ponto da linguagem ser acessível apenas ao grupo familiar. Até os quatro anos, os erros na linguagem são normais, mas depois dessa fase a criança pode ter problemas se continuar falando errado. A Dislalia, troca de fonemas (sons das letras), pode afetar também a escrita. Na prática o personagem Cebolinha, de Maurício, é um exemplo de criança com Dislalia. Ele troca o som da letra R pelo da letra L. Alguns fonoaudiólogos consideram que a Dislalia não seja um problema de ordem neurológica, mas de ordem funcional. Segundo eles, o som alterado pode se manifestar de diversas formas, havendo distorções, sons muito próximos mas diferentes do real, omissão, ato em que se deixa de pronunciar algum fonema da palavra, transposições na ordem de apresentação dos fonemas (dizer mánica em vez de máquina, por exemplo) e, por fim, acréscimos de sons. Estas alterações mais comuns caracterizam uma Dislalia. Entretanto, do ponto de vista fisiopatológico, a Dislalia numa criança hipercinética, por exemplo, terá que ser considerada de natureza orgânica, já que tratando a hipercinesia desaparece a Disartria. Crianças com perdas auditivas leves e moderadas também costumam ter Dislalia, fazendo trocas de alguns fonema, como por exemplo, "t" por "d", "f" por "v", "p" por "b", "q" por "g". Muitas destas crianças, principalmente se estão em fase de alfabetização, apresentam também trocas na escrita. Este tipo de aluno costuma ser desatento na escola, porque tem dificuldade de ouvir a professora. A mãe costuma queixar de que a criança com perda auditiva não atende quando é chamado e/ou ouve o aparelho de som ou a televisão alto demais. Fonte: http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=204 6. ECOLALIA Ecolalia é a repetição, como um eco, das últimas palavras que chegam ao ouvido do paciente. Em condições patológicas, observa-se nos catatônicos. O fenômeno tem muita semelhança com a perseveração do pensamento, observada nos epilépticos. Os enfermos repetem como um eco não só as palavras que lhes são dirigidas, como partes de uma frase que escutam ao acaso.
  • 30. Não se pode fazer distinção clara entre a ecolalia manifestada por um esquizofrênico crônico e um enfermo portador de um transtorno cerebral orgânico, pois ambos os pacientes podem ter em comum uma notável alteração dos processos intelectuais e da intencionalidade. Fonte: http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=204 7. AGRAFIA Agrafia é uma incapacidade para traduzir as idéias por escrito, apesar de não haver nenhum comprometimento psicomotor, da fala ou da compreensão. A linguagem escrita, como uma das formas de expressão do pensamento, pode apresentar alterações significativas. Assim, a agrafia seria como uma manifestação na escrita das alterações afásicas que ocorrem na linguagem oral e de modo geral, está associada com lesões na parte posterior do giro frontal médio no hemisfério cerebral dominante. Ainda que exista uma dissociação entre a possibilidade de denominar por escrito e verbalmente, a ausência da palavra pode existir tanto na linguagem escrita como na linguagem oral. A redução da linguagem e o agramatismo apresentam o seu equivalente escrito; o mesmo para o jargão e para as parafasias, cuja escrita constitui, às vezes, um modo de facilitação privilegiada, da mesma forma que ela fornece numerosos exemplos de dissintaxia. Mesmo que seja corrigida as manifestações gráficas da Afasia, persistirá para sempre uma disortografia rebelde. Portanto, nos escritos dos pacientes afásicos é possível encontrar quase todas as alterações estudadas na linguagem oral. Fonte: http://www.psiqweb.med.br/site/?area=ES/Dicionario&letra=A
  • 31. 8. AGITAÇÃO PSICOMOTORA. Atividade motora excessiva associada à tensão emocional, geralmente é improdutiva e repetitiva. Em alguns casos, são acompanhadas de gritos e lamentos. Normalmente há incapacidade para permanecer sentado, compulsão em mexer muito as mãos, etc. Os estados de agitação psicomotora são comuns em crianças e adolescentes portadores de distúrbio neurológico ou submetidas a situação de estresse onde se sentem pressionados e solicitados além da sua capacidade de resposta. A agitação psicomotora é um forte indício de alteração emocional, e se constitui, quase sempre, em comportamentos diferentes à padronização da comunidade. Nos quadros de Mania Típica, uma das fases do Transtorno Afetivo Bipolar e que se caracterizam por humor eufórico ou irritável, verborragia, fuga de idéias, comportamento social desinibido, dificuldades de concentração, desatenção, aumento da atividade, necessidade diminuída de sono, a agitação psicomotora costuma estar sempre presente em graus variados. 9.ANSIEDADE Ansiedade é um estado bio-psicológico onde o ser (humano ou animais, exceto dos répteis para baixo) se encontra mobilizado para uma adaptação necessária. Com certeza, até por uma questão biológica, podemos dizer que a Ansiedade sempre esteve presente na jornada humana desde a caverna até a nave espacial. A novidade é que só agora estamos dando atenção à quantidade, tipos e efeitos dessa Ansiedade sobre o organismo e sobre o psiquismo humanos, de acordo com as concepções da prática clínica, da medicina psicossomática e da psiquiatria. Nosso potencial ansioso sempre se manteve fisiologicamente presente e sempre carregando consigo o sentimento do medo, sua sombra inseparável. É muito difícil dizer se era diferente o estresse (esta revolução orgânica e psíquica) que acometia o homem das cavernas diante de um urso invasor de sua morada daquilo que sente hoje um cidadão comum diante do assaltante que invade seu lar. Provavelmente não. Faz parte
  • 32. da natureza humana certos sentimentos determinados pelo perigo, pela ameaça, pelo desconhecido e pela perspectiva de sofrimento. A Ansiedade passou a ser objeto de distúrbios quando o ser humano colocou-a não a serviço de sua sobrevivência, como fazia antes, mas a serviço de sua existência, com o amplo leque de circunstâncias quantitativas e qualitativas desta existência . Assim, o estresse passou a ser o representante emocional da Ansiedade, sua correspondência psíquica e egoicamente determinada. O fato de um evento ser percebido como estressante não depende apenas da natureza do mesmo, como acontece no mundo animal, mas do significado atribuído à este evento pela pessoa, de seus recursos, de suas defesas e de seus mecanismos de enfrentamento. Isso tudo diz respeito mais à personalidade que aos eventos do destino em si. Embora a Ansiedade favoreça a performance e a adaptação, ela o faz somente até certo ponto, até que nosso organismo atinja um máximo de eficiência. à partir de um ponto excedente a Ansiedade, ao invés de contribuir para a adaptação, concorrerá exatamente para o contrário, ou seja, para a falência da capacidade adaptativa. Fonte: http://www.psiqweb.med.br/site/?area=ES/Dicionario&letra=A 10.HIPERATIVIDADE - TDAH O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD. Ele é o transtorno mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados. Ele ocorre em 3 a 5% das crianças, em várias regiões diferentes do mundo em que já foi pesquisado. Em mais da metade dos casos o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos.
  • 33. Sintomas O TDAH se caracteriza por uma combinação de dois tipos de sintomas: 1) Desatenção 2) Hiperatividade-impulsividade O TDAH na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como "avoadas", "vivendo no mundo da lua" e geralmente "estabanadas" e com "bicho carpinteiro" ou “ligados por um motor” (isto é, não param quietas por muito tempo). Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas, mas todos são desatentos. Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites. Em adultos, ocorrem problemas de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho, bem como com a memória (são muito esquecidos). São inquietos (parece que só relaxam dormindo), vivem mudando de uma coisa para outra e também são impulsivos ("colocam os carros na frente dos bois"). Eles têm dificuldade em avaliar seu próprio comportamento e quanto isto afeta os demais à sua volta. São freqüentemente considerados “egoístas”. Eles têm uma grande freqüência de outros problemas associados, tais como o uso de drogas e álcool, ansiedade e depressão. Causas Já existem inúmeros estudos em todo o mundo - inclusive no Brasil - demonstrando que a prevalência do TDAH é semelhante em diferentes regiões, o que indica que o transtorno não é secundário a fatores culturais (as práticas de determinada sociedade, etc.), o modo como os pais educam os filhos ou resultado de conflitos psicológicos. Estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal e as suas conexões com o resto do cérebro. A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies animais e é responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou inibir comportamentos
  • 34. inadequados), pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento. O que parece estar alterado nesta região cerebral é o funcionamento de um sistema de substâncias químicas chamadas neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina), que passam informação entre as células nervosas (neurônios). Existem causas que foram investigadas para estas alterações nos neurotransmissores da região frontal e suas conexões. A) Hereditariedade: Os genes parecem ser responsáveis não pelo transtorno em si, mas por uma predisposição ao TDAH. A participação de genes foi suspeitada, inicialmente, a partir de observações de que nas famílias de portadores de TDAH a presença de parentes também afetados com TDAH era mais freqüente do que nas famílias que não tinham crianças com TDAH. A prevalência da doença entre os parentes das crianças afetadas é cerca de 2 a 10 vezes mais do que na população em geral (isto é chamado de recorrência familial). Porém, como em qualquer transtorno do comportamento, a maior ocorrência dentro da família pode ser devido a influências ambientais, como se a criança aprendesse a se comportar de um modo "desatento" ou "hiperativo" simplesmente por ver seus pais se comportando desta maneira, o que excluiria o papel de genes. Foi preciso, então, comprovar que a recorrência familial era de fato devida a uma predisposição genética, e não somente ao ambiente. Outros tipos de estudos genéticos foram fundamentais para se ter certeza da participação de genes: os estudos com gêmeos e com adotados. Nos estudos com adotados comparam-se pais biológicos e pais adotivos de crianças afetadas, verificando se há diferença na presença do TDAH entre os dois grupos de pais. Eles mostraram que os pais biológicos têm 3 vezes mais TDAH que os pais adotivos. Os estudos com gêmeos comparam gêmeos univitelinos e gêmeos fraternos (bivitelinos), quanto a diferentes aspectos do TDAH (presença ou não, tipo, gravidade etc...). Sabendo-se que os gêmeos univitelinos têm 100% de semelhança genética, ao
  • 35. contrário dos fraternos (50% de semelhança genética), se os univitelinos se parecem mais nos sintomas de TDAH do que os fraternos, a única explicação é a participação de componentes genéticos (os pais são iguais, o ambiente é o mesmo, a dieta, etc.). Quanto mais parecidos, ou seja, quanto mais concordam em relação àquelas características, maior é a influência genética para a doença. Realmente, os estudos de gêmeos com TDAH mostraram que os univitelinos são muito mais parecidos (também se diz "concordantes") do que os fraternos, chegando a ter 70% de concordância, o que evidencia uma importante participação de genes na origem do TDAH. A partir dos dados destes estudos, o próximo passo na pesquisa genética do TDAH foi começar a procurar que genes poderiam ser estes. É importante salientar que no TDAH, como na maioria dos transtornos do comportamento, em geral multifatoriais, nunca devemos falar em determinação genética, mas sim em predisposição ou influência genética. O que acontece nestes transtornos é que a predisposição genética envolve vários genes, e não um único gene (como é a regra para várias de nossas características físicas, também). Provavelmente não existe, ou não se acredita que exista, um único "gene do TDAH". Além disto, genes podem ter diferentes níveis de atividade, alguns podem estar agindo em alguns pacientes de um modo diferente que em outros; eles interagem entre si, somando-se ainda as influências ambientais. Também existe maior incidência de depressão, transtorno bipolar (antigamente denominado Psicose Maníaco-Depressiva) e abuso de álcool e drogas nos familiares de portadores de TDAH. B) Substâncias ingeridas na gravidez: Tem-se observado que a nicotina e o álcool quando ingeridos durante a gravidez podem causar alterações em algumas partes do cérebro do bebê, incluindo-se aí a região frontal orbital. Pesquisas indicam que mães alcoolistas têm mais chance de terem filhos com problemas de hiperatividade e desatenção. É importante lembrar que muitos destes estudos somente nos mostram uma associação entre estes fatores, mas não mostram uma relação de causa e efeito. C) Sofrimento fetal:
  • 36. Alguns estudos mostram que mulheres que tiveram problemas no parto que acabaram causando sofrimento fetal tinham mais chance de terem filhos com TDAH. A relação de causa não é clara. Talvez mães com TDAH sejam mais descuidadas e assim possam estar mais predispostas a problemas na gravidez e no parto. Ou seja, a carga genética que ela própria tem (e que passa ao filho) é que estaria influenciando a maior presença de problemas no parto. D) Exposição a chumbo: Crianças pequenas que sofreram intoxicação por chumbo podem apresentar sintomas semelhantes aos do TDAH. Entretanto, não há nenhuma necessidade de se realizar qualquer exame de sangue para medir o chumbo numa criança com TDAH, já que isto é raro e pode ser facilmente identificado pela história clínica. E) Problemas Familiares: Algumas teorias sugeriam que problemas familiares (alto grau de discórdia conjugal, baixa instrução da mãe, famílias com apenas um dos pais, funcionamento familiar caótico e famílias com nível socioeconômico mais baixo) poderiam ser a causa do TDAH nas crianças. Estudos recentes têm refutado esta idéia. As dificuldades familiares podem ser mais conseqüência do que causa do TDAH (na criança e mesmo nos pais). Problemas familiares podem agravar um quadro de TDAH, mas não causá-lo. F) Outras Causas Outros fatores já foram aventados e posteriormente abandonados como causa de TDAH:
  • 37. 1. corante amarelo 2. aspartame 3. luz artificial 4. deficiência hormonal (principalmente da tireóide) 5. deficiências vitamínicas na dieta. Todas estas possíveis causas foram investigadas cientificamente e foram desacreditadas. Fonte: http://www.tdah.org.br http://silvanapsicopedagoga.blogspot.com.br/search/label/Ansiedade