SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 59
COMO INTERPRETAR UM
ARTIGO EM FISIOTERAPIA
BÁSICO
Caio Veloso da Costa, UTI-EM FT
2
 Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (2010)
 Especialista em Urgência e Emergência pela Residência Multiprofissional em Atenção Hospitalar –
UNIFESP (2011-2013)
 Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva – Adulto – ASSOBRAFIR
 Fisioterapeuta do Pronto Atendimento Sancta Maggiore
 Editor do blog Reflexões sobre Fisioterapia Hospitalar
Porque eu tenho que saber ?
 Cerca de 80% dos estudos possui baixa qualidade metodológica
 O número de estudos cresce 5% ao ano
 Fisioterapia Baseada em Evidência
Prática Baseada em Evidências
 Uso judicioso da Melhor Evidência disponível, levando em consideração a
Experiência Profissional, a Infraestrutura do local de trabalho e a Preferência do
Paciente.
Após fazer a Busca
Tipos de Estudo
 Observacional
1. Transversal
2. Coorte – Prospectivo ou Retrospectivo
 Experimentais
1. Ensaio Clínico Aleatório ou Não-aleatório
 Revisões
1. Narrativa, Sistemática e Sistemática com Metanálise.
O que deve ter em um artigo?
Recomendações CONSORT
 Introdução – embasamento científico que tenta justificar a pergunta da pesquisa e a
realização do estudo;
 Método
Participantes: Critérios de elegibilidade para os participantes, os locais e ambientes
onde os dados foram coletados;
Intervenções: Descrições detalhadas sobre as intervenções planejadas para cada
grupo, como e quando foram realmente administradas;
Recomendações CONSORT
Objetivos: Primário e secundários;
Tamanho Amostral: Se foi determinada e como foi determinada;
Alocação: Método de distribuição dos grupos;
Cegamento: Cego, Duplo-cego ou Triplo-cego
Método estatístico
Recomendações CONSORT
 Resultados
1. Características dos grupos
2. Resultados comparativos
3. Estatística adequada?
 Discussão
1. Discussão dos Resultados, do Método, Aplicação para Pesquisa e para a Prática
Clínica
Resultados são validos?
Resultados são aplicáveis?
Viés
 Fatores que podem gerar confusão no momento da análise
 Viés de Confirmação – Desenho do estudo valoriza a hipótese a ser testada;
 Viés de Seleção – Método de separação inadequado;
 Viés de Aferição – Método de avaliação inadequado para avaliar os desfechos;
 Viés de Detecção – Cegamento do avaliador;
 Viés de Autor – Valoriza a reputação do autor;
 Viés de Publicação – Valoriza a reputação/Fator de impacto da Revista.
Análise de Viés - Cochrane
Estratégia PICOS
 P: População - Quem, quantos e quais as características da população estudada?
 I: Intervenção - Qual foi e como foi mensurada a terapia em questão?
 C: Comparação - Houve presença de Grupo Controle? Qual a característica do
mesmo?
 O: Outcomes (Variáveis/Desfechos) - Os Desfechos foram interessantes? As
Variáveis eram as corretas para se chegar nos Desfechos? Consigo aplicar esses
desfechos a minha realidade?
 S: Study Design (Desenho do Estudo) - O desenho do estudo foi o mais adequado
para avaliar a hipótese testada?
Escala PEDro
P - População
I - Intervenção
 Foi considerada Retirada do leito: Sedestação na beira da cama, Poltrona, Marcha
estacionária e Deambulação.
I - Intervenção
C - Controle
 Não Saída do Leito
O - Desfechos
 Idade
 Gênero
 Diagnóstico da admissão
 Tempo de internação
 Taxa de reintubação
 Mortalidade na UTI
 Os escores Acute Physiological and Chronic Heatlh Evaluation (APACHE II)
nas primeiras 24 horas de internação na UTI e a mortalidade prevista para esse
escore foram calculados.
O - Desfechos
O - Desfechos
S- Study design/ Desenho do estudo
 Estudo Retrospectivo com análise de registros de pacientes internados na UTI do
Hospital da Cidade, Salvador – BA.
 Estudado todos os pacientes no período de setembro de 2008 a janeiro de 2009.
Avaliação de Qualidade – Escala PEDro
PEDro 3/10
P - População
I - Intervenção
 1. Pacientes Arresponsivos - Mobilização Passiva dos 4 membros – 10 repetições nas
direções cardinais todas as manhãs;
 2. Responsivos: Ativos-Assistidos e Resistidos → Mobilidade e sedestação no leito →
Sentar-Levantar → Deambular.
 Sedestação + AVD’s (com terapeuta ocupacional)
C - Controle
 Terapia Convencional
 O número de pacientes que retornaram ao estado funcional independente de alta hospitalar
 Estado funcional independente foi definido como a capacidade de executar seis AVD's
(banho, vestir, comer, higiene, transferência da cama para a cadeira, usar o banheiro)
e caminhar de forma independente (MIF)
 Número de dias de internação com delirium
 Número de dias fora da ventilação mecânica, durante os primeiros 28 dias de internação
 Tempo de permanência na UTI e no hospital
 Pontuação do Índice de Barthel
 Distância percorrida sem ajuda
 Número de pacientes com diagnóstico de paralisia adquirida na UTI
 Força muscular periférica (dinamometria) na UTI e na alta hospitalar.
O - Desfechos
S- Study design/ Desenho do estudo
 Foi realizado um Ensaio Clínico Aleatório Bicêntrico, nos Hospitais University of Chicago
Medical Center e University of Iowa Hospitals.
 Os critérios de inclusão foram pacientes acima de 18 anos, Tempo de VM entre 24 e 72 h e
índice de Barthel ≥ 70 obtidos a partir da função do paciente duas semanas antes da
admissão. Sendo excluídos aqueles com rápido desenvolvimento de doença neuromuscular,
PCR, aumento da pressão intracraniana e membros ausentes.
 Cálculo do Tamanho da Amostra: Diferença mínima da funcionalidade de 30%, Poder de
amostra de 80% e Nível de significância de 0,05 = 100 pacientes necessários: utilizados 104
pacientes, 49 do Grupo Mobilização e 55 no Grupo Controle.
Avaliação de Qualidade – Escala PEDro
PEDro 8/10
Atividade Complementar
Análise
 Objetivo: comparar a presença de fisioterapeuta por 24h na UTI contra 6hs
 Foram estudados 146 pacientes, sendo excluídos os pacientes com câncer terminal e
com Morte encefálica verificada nos primeiros dias de admissão
 Compressões Torácicas + Aspiração Endotraqueal + Mobilização de membros
 Desfechos: Tempo de VM, Mortalidade, Tempo de internação hospitalar e Infecção
pulmonar
Resultados
Análise de Qualidade
Avaliação de Qualidade – Escala PEDro
PEDro 3/10
Fanpages no Facebook
Contato
caiovelosodacosta@yahoo.com.br
LinkedIn: Caio Veloso da Costa
Até a próxima!!!

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Síndrome do Imobilismo
Síndrome do ImobilismoSíndrome do Imobilismo
Síndrome do ImobilismoDanyllo Lucas
 
Técnicas de conservação de energia
Técnicas de conservação de energiaTécnicas de conservação de energia
Técnicas de conservação de energiaresenfe2013
 
Enfermagem de Reabilitação
Enfermagem de ReabilitaçãoEnfermagem de Reabilitação
Enfermagem de ReabilitaçãoBelmiro Rocha
 
Instrumentos de avaliação da terapia ocupacional na cardiologia
Instrumentos de avaliação da terapia ocupacional na cardiologiaInstrumentos de avaliação da terapia ocupacional na cardiologia
Instrumentos de avaliação da terapia ocupacional na cardiologiaresenfe2013
 
Auditorias Clínicas, Auditorias ás NOCs Portugal
Auditorias Clínicas, Auditorias ás NOCs PortugalAuditorias Clínicas, Auditorias ás NOCs Portugal
Auditorias Clínicas, Auditorias ás NOCs PortugalRubina Correia
 
Técnicas de Conservação de Energia
Técnicas de Conservação de EnergiaTécnicas de Conservação de Energia
Técnicas de Conservação de Energiaeccifafe
 
Apresenta%C7%C3 O Oral Complexidade Assistencial Tema Livre Tard~1
Apresenta%C7%C3 O Oral Complexidade Assistencial Tema Livre Tard~1Apresenta%C7%C3 O Oral Complexidade Assistencial Tema Livre Tard~1
Apresenta%C7%C3 O Oral Complexidade Assistencial Tema Livre Tard~1vanialcoimbra
 
Conceptual Model on Physical Resilience Contributes to Hospital-Community Tra...
Conceptual Model on Physical Resilience Contributes to Hospital-Community Tra...Conceptual Model on Physical Resilience Contributes to Hospital-Community Tra...
Conceptual Model on Physical Resilience Contributes to Hospital-Community Tra...Rafael Bernardes
 
Dilemas éticos nas pesquisas em fisioterapia
Dilemas éticos nas pesquisas em fisioterapiaDilemas éticos nas pesquisas em fisioterapia
Dilemas éticos nas pesquisas em fisioterapiaJONATAN ARANA
 
Alteração de áreas e componentes de desempenho ocupacional de pacientes hospi...
Alteração de áreas e componentes de desempenho ocupacional de pacientes hospi...Alteração de áreas e componentes de desempenho ocupacional de pacientes hospi...
Alteração de áreas e componentes de desempenho ocupacional de pacientes hospi...resenfe2013
 
Enfermagem de Reabilitação
Enfermagem de ReabilitaçãoEnfermagem de Reabilitação
Enfermagem de ReabilitaçãoBelmiro Rocha
 
Livreto de dimensionamento
Livreto de dimensionamentoLivreto de dimensionamento
Livreto de dimensionamentoMaize Alves
 
SISTEMA INFORMATIZADO PARA OTIMIZAÇÃO DOS PROCESSOS EM CLÍNICAS DE FISIOTERAPIA
SISTEMA INFORMATIZADO PARA OTIMIZAÇÃO DOS PROCESSOS EM CLÍNICAS DE FISIOTERAPIASISTEMA INFORMATIZADO PARA OTIMIZAÇÃO DOS PROCESSOS EM CLÍNICAS DE FISIOTERAPIA
SISTEMA INFORMATIZADO PARA OTIMIZAÇÃO DOS PROCESSOS EM CLÍNICAS DE FISIOTERAPIADiego Felipe Maia
 

Mais procurados (20)

Síndrome do Imobilismo
Síndrome do ImobilismoSíndrome do Imobilismo
Síndrome do Imobilismo
 
Técnicas de conservação de energia
Técnicas de conservação de energiaTécnicas de conservação de energia
Técnicas de conservação de energia
 
A importância da fisioterapia motora em pacientes críticos
A importância da fisioterapia motora em pacientes críticosA importância da fisioterapia motora em pacientes críticos
A importância da fisioterapia motora em pacientes críticos
 
Gestão e Marketing em Fisioterapia Hospitalar
Gestão e Marketing em Fisioterapia HospitalarGestão e Marketing em Fisioterapia Hospitalar
Gestão e Marketing em Fisioterapia Hospitalar
 
Enfermagem de Reabilitação
Enfermagem de ReabilitaçãoEnfermagem de Reabilitação
Enfermagem de Reabilitação
 
Instrumentos de avaliação da terapia ocupacional na cardiologia
Instrumentos de avaliação da terapia ocupacional na cardiologiaInstrumentos de avaliação da terapia ocupacional na cardiologia
Instrumentos de avaliação da terapia ocupacional na cardiologia
 
Auditorias Clínicas, Auditorias ás NOCs Portugal
Auditorias Clínicas, Auditorias ás NOCs PortugalAuditorias Clínicas, Auditorias ás NOCs Portugal
Auditorias Clínicas, Auditorias ás NOCs Portugal
 
Técnicas de Conservação de Energia
Técnicas de Conservação de EnergiaTécnicas de Conservação de Energia
Técnicas de Conservação de Energia
 
Aula cetrata 2
Aula cetrata 2Aula cetrata 2
Aula cetrata 2
 
Apresenta%C7%C3 O Oral Complexidade Assistencial Tema Livre Tard~1
Apresenta%C7%C3 O Oral Complexidade Assistencial Tema Livre Tard~1Apresenta%C7%C3 O Oral Complexidade Assistencial Tema Livre Tard~1
Apresenta%C7%C3 O Oral Complexidade Assistencial Tema Livre Tard~1
 
Conceptual Model on Physical Resilience Contributes to Hospital-Community Tra...
Conceptual Model on Physical Resilience Contributes to Hospital-Community Tra...Conceptual Model on Physical Resilience Contributes to Hospital-Community Tra...
Conceptual Model on Physical Resilience Contributes to Hospital-Community Tra...
 
Cardiogeriatria
CardiogeriatriaCardiogeriatria
Cardiogeriatria
 
Dilemas éticos nas pesquisas em fisioterapia
Dilemas éticos nas pesquisas em fisioterapiaDilemas éticos nas pesquisas em fisioterapia
Dilemas éticos nas pesquisas em fisioterapia
 
Nutrição em Cuidados Intensivos
Nutrição em Cuidados IntensivosNutrição em Cuidados Intensivos
Nutrição em Cuidados Intensivos
 
Gestão da Alta Hospitalar
Gestão da Alta HospitalarGestão da Alta Hospitalar
Gestão da Alta Hospitalar
 
Enf Reab Cardiaca
Enf Reab CardiacaEnf Reab Cardiaca
Enf Reab Cardiaca
 
Alteração de áreas e componentes de desempenho ocupacional de pacientes hospi...
Alteração de áreas e componentes de desempenho ocupacional de pacientes hospi...Alteração de áreas e componentes de desempenho ocupacional de pacientes hospi...
Alteração de áreas e componentes de desempenho ocupacional de pacientes hospi...
 
Enfermagem de Reabilitação
Enfermagem de ReabilitaçãoEnfermagem de Reabilitação
Enfermagem de Reabilitação
 
Livreto de dimensionamento
Livreto de dimensionamentoLivreto de dimensionamento
Livreto de dimensionamento
 
SISTEMA INFORMATIZADO PARA OTIMIZAÇÃO DOS PROCESSOS EM CLÍNICAS DE FISIOTERAPIA
SISTEMA INFORMATIZADO PARA OTIMIZAÇÃO DOS PROCESSOS EM CLÍNICAS DE FISIOTERAPIASISTEMA INFORMATIZADO PARA OTIMIZAÇÃO DOS PROCESSOS EM CLÍNICAS DE FISIOTERAPIA
SISTEMA INFORMATIZADO PARA OTIMIZAÇÃO DOS PROCESSOS EM CLÍNICAS DE FISIOTERAPIA
 

Semelhante a Como Interpretar um artigo em Fisioterapia - Básico

Enfermagem no-centro-cir%c3%b argico-e-central-de-material-est%c3%a9ril
Enfermagem no-centro-cir%c3%b argico-e-central-de-material-est%c3%a9rilEnfermagem no-centro-cir%c3%b argico-e-central-de-material-est%c3%a9ril
Enfermagem no-centro-cir%c3%b argico-e-central-de-material-est%c3%a9rilmujaci
 
O Projeto Evid@SP - Disseminação de evidências a profissionais da saúde
O Projeto Evid@SP - Disseminação de evidências a profissionais da saúdeO Projeto Evid@SP - Disseminação de evidências a profissionais da saúde
O Projeto Evid@SP - Disseminação de evidências a profissionais da saúdeIvan Ricarte
 
Critérios de avaliação fisioterapêutica em uti
Critérios de avaliação fisioterapêutica em utiCritérios de avaliação fisioterapêutica em uti
Critérios de avaliação fisioterapêutica em utiFisioterapeuta
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeLviaResende3
 
Clombia 40 NVPS-R.pptx
Clombia 40 NVPS-R.pptxClombia 40 NVPS-R.pptx
Clombia 40 NVPS-R.pptxssuser65002f
 
75298-Texto do artigo-101935-1-10-20140224.pdf
75298-Texto do artigo-101935-1-10-20140224.pdf75298-Texto do artigo-101935-1-10-20140224.pdf
75298-Texto do artigo-101935-1-10-20140224.pdfHelenKatharine
 
3. artigo critérios para admissão de pacientes na unidade de terapia (leitu...
3. artigo   critérios para admissão de pacientes na unidade de terapia (leitu...3. artigo   critérios para admissão de pacientes na unidade de terapia (leitu...
3. artigo critérios para admissão de pacientes na unidade de terapia (leitu...Murilo Bastos
 
Efeitos da Acupuntura sobre os pacientes com asma leve e moderada persistent...
Efeitos da Acupuntura sobre os pacientes com  asma leve e moderada persistent...Efeitos da Acupuntura sobre os pacientes com  asma leve e moderada persistent...
Efeitos da Acupuntura sobre os pacientes com asma leve e moderada persistent...Clínica de Acupuntura Dr. Hong Jin Pai
 
aula-1-tipos-metodologicos-de-estudos_2.pdf
aula-1-tipos-metodologicos-de-estudos_2.pdfaula-1-tipos-metodologicos-de-estudos_2.pdf
aula-1-tipos-metodologicos-de-estudos_2.pdfDouglasVincius11
 
Mapa Dietoterapia.docx
Mapa Dietoterapia.docxMapa Dietoterapia.docx
Mapa Dietoterapia.docxtrabs71
 
Mapa Dietoterapia.docx
Mapa Dietoterapia.docxMapa Dietoterapia.docx
Mapa Dietoterapia.docxtrabs70
 
Mapa Dietoterapia.docx
Mapa Dietoterapia.docxMapa Dietoterapia.docx
Mapa Dietoterapia.docxtrabs62
 
Mapa Dietoterapia.docx
Mapa Dietoterapia.docxMapa Dietoterapia.docx
Mapa Dietoterapia.docxtrabs62
 
Mapa Dietoterapia.docx
Mapa Dietoterapia.docxMapa Dietoterapia.docx
Mapa Dietoterapia.docxtrabs66
 
Mapa Dietoterapia.docx
Mapa Dietoterapia.docxMapa Dietoterapia.docx
Mapa Dietoterapia.docxtrabs58
 

Semelhante a Como Interpretar um artigo em Fisioterapia - Básico (20)

Janine Schirmer
Janine SchirmerJanine Schirmer
Janine Schirmer
 
metodologia do trabalho científico 3
metodologia do trabalho científico 3metodologia do trabalho científico 3
metodologia do trabalho científico 3
 
Enfermagem no-centro-cir%c3%b argico-e-central-de-material-est%c3%a9ril
Enfermagem no-centro-cir%c3%b argico-e-central-de-material-est%c3%a9rilEnfermagem no-centro-cir%c3%b argico-e-central-de-material-est%c3%a9ril
Enfermagem no-centro-cir%c3%b argico-e-central-de-material-est%c3%a9ril
 
O Projeto Evid@SP - Disseminação de evidências a profissionais da saúde
O Projeto Evid@SP - Disseminação de evidências a profissionais da saúdeO Projeto Evid@SP - Disseminação de evidências a profissionais da saúde
O Projeto Evid@SP - Disseminação de evidências a profissionais da saúde
 
Metodologia científica
Metodologia científicaMetodologia científica
Metodologia científica
 
Critérios de avaliação fisioterapêutica em uti
Critérios de avaliação fisioterapêutica em utiCritérios de avaliação fisioterapêutica em uti
Critérios de avaliação fisioterapêutica em uti
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
 
Clombia 40 NVPS-R.pptx
Clombia 40 NVPS-R.pptxClombia 40 NVPS-R.pptx
Clombia 40 NVPS-R.pptx
 
75298-Texto do artigo-101935-1-10-20140224.pdf
75298-Texto do artigo-101935-1-10-20140224.pdf75298-Texto do artigo-101935-1-10-20140224.pdf
75298-Texto do artigo-101935-1-10-20140224.pdf
 
3. artigo critérios para admissão de pacientes na unidade de terapia (leitu...
3. artigo   critérios para admissão de pacientes na unidade de terapia (leitu...3. artigo   critérios para admissão de pacientes na unidade de terapia (leitu...
3. artigo critérios para admissão de pacientes na unidade de terapia (leitu...
 
Sae
SaeSae
Sae
 
Sae
SaeSae
Sae
 
Efeitos da Acupuntura sobre os pacientes com asma leve e moderada persistent...
Efeitos da Acupuntura sobre os pacientes com  asma leve e moderada persistent...Efeitos da Acupuntura sobre os pacientes com  asma leve e moderada persistent...
Efeitos da Acupuntura sobre os pacientes com asma leve e moderada persistent...
 
aula-1-tipos-metodologicos-de-estudos_2.pdf
aula-1-tipos-metodologicos-de-estudos_2.pdfaula-1-tipos-metodologicos-de-estudos_2.pdf
aula-1-tipos-metodologicos-de-estudos_2.pdf
 
Mapa Dietoterapia.docx
Mapa Dietoterapia.docxMapa Dietoterapia.docx
Mapa Dietoterapia.docx
 
Mapa Dietoterapia.docx
Mapa Dietoterapia.docxMapa Dietoterapia.docx
Mapa Dietoterapia.docx
 
Mapa Dietoterapia.docx
Mapa Dietoterapia.docxMapa Dietoterapia.docx
Mapa Dietoterapia.docx
 
Mapa Dietoterapia.docx
Mapa Dietoterapia.docxMapa Dietoterapia.docx
Mapa Dietoterapia.docx
 
Mapa Dietoterapia.docx
Mapa Dietoterapia.docxMapa Dietoterapia.docx
Mapa Dietoterapia.docx
 
Mapa Dietoterapia.docx
Mapa Dietoterapia.docxMapa Dietoterapia.docx
Mapa Dietoterapia.docx
 

Último

Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...DL assessoria 31
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfFidelManuel1
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxSESMTPLDF
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 

Último (9)

Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 

Como Interpretar um artigo em Fisioterapia - Básico

  • 1. COMO INTERPRETAR UM ARTIGO EM FISIOTERAPIA BÁSICO Caio Veloso da Costa, UTI-EM FT
  • 2. 2  Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (2010)  Especialista em Urgência e Emergência pela Residência Multiprofissional em Atenção Hospitalar – UNIFESP (2011-2013)  Especialista em Fisioterapia em Terapia Intensiva – Adulto – ASSOBRAFIR  Fisioterapeuta do Pronto Atendimento Sancta Maggiore  Editor do blog Reflexões sobre Fisioterapia Hospitalar
  • 3. Porque eu tenho que saber ?  Cerca de 80% dos estudos possui baixa qualidade metodológica  O número de estudos cresce 5% ao ano  Fisioterapia Baseada em Evidência
  • 4. Prática Baseada em Evidências  Uso judicioso da Melhor Evidência disponível, levando em consideração a Experiência Profissional, a Infraestrutura do local de trabalho e a Preferência do Paciente.
  • 6. Tipos de Estudo  Observacional 1. Transversal 2. Coorte – Prospectivo ou Retrospectivo  Experimentais 1. Ensaio Clínico Aleatório ou Não-aleatório  Revisões 1. Narrativa, Sistemática e Sistemática com Metanálise.
  • 7.
  • 8.
  • 9. O que deve ter em um artigo?
  • 10. Recomendações CONSORT  Introdução – embasamento científico que tenta justificar a pergunta da pesquisa e a realização do estudo;  Método Participantes: Critérios de elegibilidade para os participantes, os locais e ambientes onde os dados foram coletados; Intervenções: Descrições detalhadas sobre as intervenções planejadas para cada grupo, como e quando foram realmente administradas;
  • 11. Recomendações CONSORT Objetivos: Primário e secundários; Tamanho Amostral: Se foi determinada e como foi determinada; Alocação: Método de distribuição dos grupos; Cegamento: Cego, Duplo-cego ou Triplo-cego Método estatístico
  • 12. Recomendações CONSORT  Resultados 1. Características dos grupos 2. Resultados comparativos 3. Estatística adequada?  Discussão 1. Discussão dos Resultados, do Método, Aplicação para Pesquisa e para a Prática Clínica
  • 14. Viés  Fatores que podem gerar confusão no momento da análise  Viés de Confirmação – Desenho do estudo valoriza a hipótese a ser testada;  Viés de Seleção – Método de separação inadequado;  Viés de Aferição – Método de avaliação inadequado para avaliar os desfechos;  Viés de Detecção – Cegamento do avaliador;  Viés de Autor – Valoriza a reputação do autor;  Viés de Publicação – Valoriza a reputação/Fator de impacto da Revista.
  • 15. Análise de Viés - Cochrane
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20.
  • 21.
  • 22.
  • 23.
  • 24. Estratégia PICOS  P: População - Quem, quantos e quais as características da população estudada?  I: Intervenção - Qual foi e como foi mensurada a terapia em questão?  C: Comparação - Houve presença de Grupo Controle? Qual a característica do mesmo?  O: Outcomes (Variáveis/Desfechos) - Os Desfechos foram interessantes? As Variáveis eram as corretas para se chegar nos Desfechos? Consigo aplicar esses desfechos a minha realidade?  S: Study Design (Desenho do Estudo) - O desenho do estudo foi o mais adequado para avaliar a hipótese testada?
  • 26.
  • 28. I - Intervenção  Foi considerada Retirada do leito: Sedestação na beira da cama, Poltrona, Marcha estacionária e Deambulação.
  • 30. C - Controle  Não Saída do Leito
  • 31. O - Desfechos  Idade  Gênero  Diagnóstico da admissão  Tempo de internação  Taxa de reintubação  Mortalidade na UTI  Os escores Acute Physiological and Chronic Heatlh Evaluation (APACHE II) nas primeiras 24 horas de internação na UTI e a mortalidade prevista para esse escore foram calculados.
  • 34. S- Study design/ Desenho do estudo  Estudo Retrospectivo com análise de registros de pacientes internados na UTI do Hospital da Cidade, Salvador – BA.  Estudado todos os pacientes no período de setembro de 2008 a janeiro de 2009.
  • 35. Avaliação de Qualidade – Escala PEDro PEDro 3/10
  • 36.
  • 38. I - Intervenção  1. Pacientes Arresponsivos - Mobilização Passiva dos 4 membros – 10 repetições nas direções cardinais todas as manhãs;  2. Responsivos: Ativos-Assistidos e Resistidos → Mobilidade e sedestação no leito → Sentar-Levantar → Deambular.  Sedestação + AVD’s (com terapeuta ocupacional)
  • 39. C - Controle  Terapia Convencional
  • 40.  O número de pacientes que retornaram ao estado funcional independente de alta hospitalar  Estado funcional independente foi definido como a capacidade de executar seis AVD's (banho, vestir, comer, higiene, transferência da cama para a cadeira, usar o banheiro) e caminhar de forma independente (MIF)  Número de dias de internação com delirium  Número de dias fora da ventilação mecânica, durante os primeiros 28 dias de internação  Tempo de permanência na UTI e no hospital  Pontuação do Índice de Barthel  Distância percorrida sem ajuda  Número de pacientes com diagnóstico de paralisia adquirida na UTI  Força muscular periférica (dinamometria) na UTI e na alta hospitalar. O - Desfechos
  • 41.
  • 42.
  • 43.
  • 44.
  • 45. S- Study design/ Desenho do estudo  Foi realizado um Ensaio Clínico Aleatório Bicêntrico, nos Hospitais University of Chicago Medical Center e University of Iowa Hospitals.  Os critérios de inclusão foram pacientes acima de 18 anos, Tempo de VM entre 24 e 72 h e índice de Barthel ≥ 70 obtidos a partir da função do paciente duas semanas antes da admissão. Sendo excluídos aqueles com rápido desenvolvimento de doença neuromuscular, PCR, aumento da pressão intracraniana e membros ausentes.  Cálculo do Tamanho da Amostra: Diferença mínima da funcionalidade de 30%, Poder de amostra de 80% e Nível de significância de 0,05 = 100 pacientes necessários: utilizados 104 pacientes, 49 do Grupo Mobilização e 55 no Grupo Controle.
  • 46. Avaliação de Qualidade – Escala PEDro PEDro 8/10
  • 48. Análise  Objetivo: comparar a presença de fisioterapeuta por 24h na UTI contra 6hs  Foram estudados 146 pacientes, sendo excluídos os pacientes com câncer terminal e com Morte encefálica verificada nos primeiros dias de admissão  Compressões Torácicas + Aspiração Endotraqueal + Mobilização de membros  Desfechos: Tempo de VM, Mortalidade, Tempo de internação hospitalar e Infecção pulmonar
  • 49.
  • 51.
  • 52.
  • 53.
  • 54.
  • 56. Avaliação de Qualidade – Escala PEDro PEDro 3/10