O documento discute o ciclo do ouro em Minas Gerais no século 18 e a expansão da fronteira agrícola na Amazônia na década de 1970, apontando características comuns como degradação ambiental e desigualdade social. Argumenta que as propostas de alteração do Código Florestal podem levar a grandes perdas ambientais e comprometer compromissos do Brasil com redução de emissões, repetindo a lógica de "colher o fruto sem plantar a árvore".
Este PowerPoint está disponível para cópia no link abaixo:
http://historiasylvio.blogspot.com.br/2012/03/cidades-historicas-de-minas-gerais.html
Outras publicações com textos, imagens, vídeos, PowerPoints, infográficos animados e jogos sobre História, Minas Gerais, trens e algo mais estão disponíveis para consulta e download no blog HistóriaS:
http://historiasylvio.blogspot.com.br
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Em 2010 realizei um antigo desejo de viajar pelas principais cidades históricas mineiras.
Meu critério para definir uma cidade como histórica é, antes de tudo, ter um trecho de seu setor urbano preservado, de modo que, andando pelas ruas, se pode ter uma considerável sensação de ter voltado no tempo e imaginar como as pessoas viviam.
Realizei algumas pesquisas prévias e peguei a estrada. Quero compartilhar com vocês algumas cenas que presenciei e informações.
A maioria das fotos que está em tela cheia e algumas em pé nesta apresentação foram feitas por mim com uma máquina digital Kodak de 7 Megapixels, destas bem simples. Quero salientar também que, além de não ter nenhum equipamento especial (como tripé, lentes específicas e por aí vai), não tenho curso de fotografia e me guio pelas noções óbvias de enquadramento e luz. Digo isso para deixar claro que se você achar alguma dessas imagens bonitas é mais por mérito do local que do fotógrafo. As cidades são tão lindas que basta um pouco de tempo e sorte para fazer fotos que parecem material de profissional.
As 8 cidades aqui mostradas são:
Diamantina
Serro
Mariana
Ouro Preto
Congonhas
Sabará
Tiradentes
São João del-Rei
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Em 2010 realizei um antigo desejo de viajar pelas principais cidades históricas mineiras.
Meu critério para definir uma cidade como histórica é, antes de tudo, ter um trecho de seu setor urbano preservado, de modo que, andando pelas ruas, se pode ter uma considerável sensação de ter voltado no tempo e imaginar como as pessoas viviam.
Realizei algumas pesquisas prévias e peguei a estrada. Quero compartilhar com vocês algumas cenas que presenciei e informações.
A maioria das fotos que está em tela cheia e algumas em pé nesta apresentação foram feitas por mim com uma máquina digital Kodak de 7 Megapixels, destas bem simples. Quero salientar também que, além de não ter nenhum equipamento especial (como tripé, lentes específicas e por aí vai), não tenho curso de fotografia e me guio pelas noções óbvias de enquadramento e luz. Digo isso para deixar claro que se você achar alguma dessas imagens bonitas é mais por mérito do local que do fotógrafo. As cidades são tão lindas que basta um pouco de tempo e sorte para fazer fotos que parecem material de profissional.
As 8 cidades aqui mostradas são:
Diamantina
Serro
Mariana
Ouro Preto
Congonhas
Sabará
Tiradentes
São João del-Rei
Apresentação para a palestra "A história da mineração de ouro no Brasil”, apresentada no dia 16 de agosto no Museu das Minas e do Metal (Belo Horizonte - MG): http://ow.ly/eWZFR
Slides sobre Minas Colonial. Principais pontos debatidos com as turmas de 9º ano. Debate sobre administração, economia, cultura e trabalho. Discussão sobre o papel do escravo na formação da sociedade brasileira com imagens e fontes do século XIX, no intuito de destacar a violência colonizadora e a luta contra o racismo.
Apresentação para a palestra "A história da mineração de ouro no Brasil”, apresentada no dia 16 de agosto no Museu das Minas e do Metal (Belo Horizonte - MG): http://ow.ly/eWZFR
Slides sobre Minas Colonial. Principais pontos debatidos com as turmas de 9º ano. Debate sobre administração, economia, cultura e trabalho. Discussão sobre o papel do escravo na formação da sociedade brasileira com imagens e fontes do século XIX, no intuito de destacar a violência colonizadora e a luta contra o racismo.
La Loi « Hôpital Patients Santé Territoires » s’attelle à clarifier la gouvernance des établissements publics de santé. Ce qui est loin d'être passé inaperçu et a créé beaucoup de remous : en cause l'important renforcement des pouvoirs du directeur d'établissement.
Dans ce nouveau schéma de pilotage, la Commission Médicale d'Etablissement (CME) garde son nom mais son pouvoir apparaît aujourd'hui affaibli (décret n° 2010-439 du 30 avril 2010)… Alors qu'elle préparait le projet médical de l'établissement, elle est maintenant tenue à donner son avis sur ce projet désormais élaboré par le président de la CME et le directeur de l'établissement. La nouvelle CME contribue à la politique d’amélioration contenue de la qualité et de la sécurité des soins (infections associées aux soins, événements indésirables, vigilances, développement professionnel contenu) et à la politique d’accueil des usagers (éthique, parcours et permanence des soins, soins palliatifs). En rapport à ces thématiques, la CME propose un programme d'actions et d'indicateurs de suivi. Enfin, elle est en droit d'être informée sur le budget, sur les contrats de pôles, etc. Les sous-commissions de l'ancienne CME telle la commission du médicament et des dispositifs médicaux ne sont plus obligatoires.
Aula ministrada para 8° Ano, nesta aula 2 trata do período do ouro na colônia portuguesa, na primeira aula foi trabalhado o domínio territorial na América portuguesa nos séculos XVII e XVIII.
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Sequência didática para trabalhar o gênero literário CORDEL, a sugestão traz o trabalho com verbos, mas pode ser adequado com base a sua realidade, retirar dos textos palavras que iniciam com R ou pintar as palavras dissílabas ...
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América Latina: Da Independência à Consolidação dos Estados NacionaisValéria Shoujofan
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A música 'Tem Que Sorrir', da dupla sertaneja Jorge & Mateus, é um apelo à reflexão sobre a simplicidade e a importância dos sentimentos positivos na vida. A letra transmite uma mensagem de superação, esperança e otimismo. Ela destaca a importância de enfrentar as adversidades da vida com um sorriso no rosto, mesmo quando a jornada é difícil.
Tesis de Maestría de Pedro Sousa de Andrade (Resumen).pdf
Colher o fruto sem plantar a árvore (Revista Ciência Hoje)
1. opinião
Colher o fruto sem
plantar a árvore
VALDIR LAMIM-GUEDES
Universidade Nacional de Timor-Leste “N ela, até agora não pudemos sa-
ber que haja ouro nem prata,
nem nenhuma coisa de metal, nem de
MINERAÇÃO E DEGRADAÇÃO Ao es-
crever sua carta, Caminha não po-
dia saber que menos de dois séculos
ferro; nem as vimos. Mas, a terra em depois o ouro seria descoberto em
si é muito boa de ares, tão frios e tem- uma região distante do litoral, que se-
perados, como os de lá. Águas são mui- ria chamada “das Minas Gerais”, nos
tas e infindas. De tal maneira é gra- locais onde hoje estão situadas as ci-
ciosa que, querendo aproveitá-la dar- dades de Ouro Preto (antiga Vila Ri
-se-á nela tudo por bem das águas que ca), Mariana e Sabará. Todas se de-
tem.” Com essas palavras, a 1º de maio senvolveram em função do ouro e
de 1500, o escrivão Pero Vaz de Ca- tornaram-se oficialmente vilas em
minha (1450-1500) comunica ao rei 1711. Essa descoberta desencadeou
de Portugal, Dom Manoel I (1469- a primeira grande corrente migrató-
1521), a descoberta da costa brasileira. ria de Portugal para o Brasil, além de
Uma descoberta que poderia aten- estimular migrações internas para as
der aos anseios portugueses regiões auríferas.
de “colher o fruto sem A chegada de migrantes e a rique-
plantar a árvore”, expressão za em circulação induziram em Vila
utilizada pelo historiador Sérgio Rica (Ouro Preto) e Mariana um rápi-
Buarque de Holanda (1902-1982) do processo de urbanização. Escolhida
para descrever o ideal de obter ri- em 1720 como capital da recém-cria-
quezas extraindo-as das novas terras da capitania de Minas Gerais, Vila
descobertas nas grandes navegações, Rica tornou-se rapidamente a cidade
sem grandes investimentos nas colô- mais populosa da América Latina, com
nias e sem preocupação com as con- cerca de 80 mil habitantes em 1750.
sequências dessa exploração. Boa parte dessa população era forma-
Dois momentos da história bra- da por escravos. Na mesma época,
sileira – o ciclo do ouro em Minas Nova York tinha menos da metade
Gerais, no século 18, e a expansão dessa população e a vila de São Paulo
da fronteira agrícola na Amazônia, não tinha mais que 8 mil habitantes.
na década de 1970 – podem ser en- Essa região foi a principal área de
quadrados nessa mesma linha de extração de ouro no Brasil no século
pensamento. Esses períodos apre- 18. Só nesse século foram enviadas a
sentam características em comum, Portugal, oficialmente, 800 toneladas
como degradação ambiental e desi- de ouro, sem contar a quantidade ex-
gualdade social, e servem de exem- traída de forma ilegal, fora do controle
plo para que a proposta de alteração da corte portuguesa, e o que ficou na
do Código Florestal, atualmente em colônia enfeitando suntuosas igrejas,
discussão no Congresso Nacional, como a Igreja Matriz de Nossa Senho-
seja reavaliada para evitar um gran- ra do Pilar, em Ouro Preto, em cuja
de perigo socioambiental. decoração foram utilizados 800 kg
de ouro e prata.
Diversos relatos de viajantes que
passaram pela região das minas in-
cluem descrições da degradação am-
biental, como assoreamento dos rios,
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2. O ciclo do ouro em Minas Gerais, no século 18, e a expansão
da fronteira agrícola na Amazônia, na década de 1970, (...)
apresentam características em comum, como degradação
ambiental e desigualdade social
ausência de mata ciliar, águas barren- ocorreram os projetos oficiais de colo- mas agora propostas implicarão sig-
tas, áreas desmatadas e queimadas. nização da Amazônia nos anos 1970, nificativas perdas de áreas com ve-
O barão von Eschwege – o mineralo- são pastagens degradadas e pouco getação natural ainda existentes nos
gista alemão Wilhelm L. von Eschwe- produtivas, índices altíssimos de vio- biomas brasileiros e comprometerão
ge (1777-1855) – viveu em Ouro Pre- lência no campo, cidades sem sanea- compromissos assumidos pelo Brasil
to no início do século 19 e observou: mento básico e com sistemas de edu- em acordos internacionais de redu-
“Revolvendo-se frequentemente as cação e saúde precários. Na verdade, ção de emissões de carbono para a
cabeceiras dos rios, estas se carregam os governos militares atraíram muitas atmosfera e de proteção à biodiver-
cada vez mais de lama, a qual se foi pessoas para a região amazônica, sidade.
depositando sobre a camada rica [em mas faltou trazer o estado de direito. A ideia de desenvolvimento que
ouro], alcançando de ano para ano Nesses dois casos, o ciclo do ouro e embasa essa proposta de alteração do
maior espessura, tal como 20, 30 e a ocupação da Amazônia, o cenário Código Florestal repete de certo
até 50 palmos. Por esse motivo, as sempre foi de enorme contraste entre modo a concepção expressa em “co-
dificuldades tornaram-se tão grandes riqueza e pobreza, com grande degra- lher o fruto sem plantar a árvore”. Ou
que não se pode mais atingir o casca- dação ambiental. Parte dessa situação seja, algumas das normas em discus-
lho virgem”. Com a exploração preda- está associada à noção de que o cres- são consagram a obtenção de lucro
tória, e com o progressivo esgotamen- cimento econômico baseado na utili- fácil, sem maior preocupação com as
to das reservas, a produção do ouro zação de nossos recursos naturais consequências da atividade explora-
teve forte redução ao longo do século apresenta um dilema: proteger ou tória. Como o argumento para a faci-
19, levando a uma estagnação das ci- desenvolver. Esse é um falso dilema. litação dos desmatamentos é a neces-
dades da região dos garimpos minei- No Brasil, como em quase todo o mun- sidade de aumentar a produção, po-
ros, que antes cresciam rapidamente. do, é fácil observar que a renda obtida de-se dizer que a árvore será planta-
com a extração das riquezas naturais da, mas também será cortada logo
OCUPAÇÃO E DESTRUIÇÃO O mesmo não é dividida igualmente. O desen- após a colheita, impedindo que pro-
cenário repetiu-se em grande parte da volvimento econômico, tanto no caso duza frutos para as próximas gera-
região amazônica na década de 1970. dos garimpos do século 18 quanto no ções. Isso porque a grande degrada-
Os governos militares incentivaram a caso da colonização da Amazônia, en- ção ambiental incentivada pelo novo
derrubada da floresta, sob o argumen- riqueceu uma pequena minoria. O Código colocará em risco a própria
to de promover o desenvolvimento da que se viu foi a concentração do lucro produção agrícola e o bem-estar da
região. Fazia parte dessa campanha o e o compartilhamento dos prejuízos população no futuro.
bordão “Homens sem terra para uma – a degradação ambiental e a deterio- Nesse momento, em que a opinião
terra sem homens”. Esse lema era ração das condições de vida da popu- de experimentados cientistas não está
uma mentira dupla, porque a Amazô- lação, por exemplo. sendo considerada por uma grande
nia não era uma terra sem homens, já parcela dos parlamentares, é muito
que ali viviam ribeirinhos, seringuei- LUCRO FÁCIL A solução para o fim adequado citar a observação sobre a
ros e indígenas, com modos de vida da miséria no país não é acabar com degradação ambiental feita em 1817
mais adaptados à floresta, e porque o Brasil. Ao contrário, a valorização pelo naturalista francês Auguste de
os ‘homens sem terra’, na verdade, da floresta, dos campos e da imensa Saint-Hilaire (1779-1853), quando
eram camponeses, em sua maioria biodiversidade do nosso território viajava pela província de Minas Ge-
nordestinos, expulsos de suas terras permitirá criar oportunidades para rais: “É aí [nas florestas] que a natu-
pela seca. gerar riqueza de forma sustentável reza mostra toda a sua magnificência,
Esse processo de ocupação, no (social, econômica e ambiental). De é aí que ela parece desabrochar na
entanto, não foi convertido em desen- acordo com essa perspectiva, é evi- variedade de suas obras; e, devo dizer
volvimento social com qualidade dente que o Brasil não terá ganhos com pesar, essas magníficas florestas
ambiental. O que se vê atualmente, econômicos com a aprovação das al- foram muitas vezes destruídas sem
em praticamente todas as áreas onde terações ao Código Florestal. As nor- necessidade”.
292 | MAIO | 2012 | CIÊNCIAHOJE | 61