A Cooxupé, uma das maiores cooperativas de cafeicultores do mundo, distribuirá R$ 29,4 milhões de sobras do ano de 2017 aos seus cooperados. A Minasul oferece operações de proteção no mercado de opções para proteger produtores de variações nos preços do café. A Coopercitrus migrou sua gestão para a plataforma SAP S/4HANA para integrar e profissionalizar seus processos.
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CLIPPING – 02/04/2018
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Cooxupé vai distribuir R$ 29,4 mi aos cooperados referentes às sobras de 2017
Estadão Conteúdo
02/04/2018
A Cooperativa Regional
de Cafeicultores em
Guaxupé (Cooxupé),
considerada uma das
maiores do mundo no
setor, distribuirá aos seus
cooperados R$ 29,4
milhões referentes às
sobras do ano de 2017.
Deste total, R$ 22,1
milhões serão devolvidos
diretamente aos
associados a partir de
abril, enquanto R$ 7,3
milhões serão destinados à conta capital social, uma espécie de poupança administrada pela
Cooxupé, que tem sede na cidade de Guaxupé, Sul de Minas Gerais.
O valor destinado para cada cooperado é proporcional à participação dele em relação à venda
do café, às operações comerciais realizadas e às aquisições nas lojas da cooperativa.
Em comunicado, a cooperativa informa que, nos últimos 10 anos, a Cooxupé investiu R$ 461,6
milhões em obras, ampliações e inaugurações, expandindo a área de ação da cooperativa em
municípios do sul e cerrado mineiro e da média mogiana do Estado de São Paulo.
Somente em 2017, os investimentos somaram R$ 62 milhões, resultando, entre outras obras,
na ampliação da área industrial do Complexo Japy e na abertura de um Centro de Distribuição
de Insumos, ambos na cidade de Guaxupé.
“Mesmo diante de um cenário de instabilidade econômica e com os preços do café
desfavoráveis, a Cooxupé obteve bons resultados no exercício de 2017, entre eles a devolução
de quase R$ 30 milhões aos nossos cooperados”, afirma no comunicado o presidente da
Cooxupé, Carlos Paulino.
“Atribuímos essa conquista graças à confiança do cooperado e a uma administração
competente e planejada, que conta com um corpo funcional de mais de 2 mil colaboradores
que acreditam na força do cooperativismo”, completa.
No ano passado, a Cooxupé recebeu 4,73 milhões de sacas de 60 kg de café arábica e
exportou 5,5 milhões de sacas. As exportações diretas somaram 4,055 milhões de sacas para
48 países.
O mercado interno recebeu da cooperativa 1,1 milhão de sacas. Já a torrefação própria atingiu
em 2017 a capacidade total de produção: mais de 1 milhão de quilos por mês e ainda realizou
a primeira exportação direta de café torrado e moído para a República Dominicana.
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Minasul traz aos seus cooperados operação de proteção através de mercado de opções
Ascom Minasul
02/04/2018
É comum nesta época do ano o
mercado ficar tenso e preocupado
com o clima. Existe um ditado
popular que diz “quanto mais longe
da última geada, mais perto está da
próxima”, mas isso é apenas um
ditado e ninguém consegue prever,
antecipadamente, a intensidade de
uma frente fria.
A Minasul, preocupada com seus
cooperados, principalmente com
aqueles que fizeram operações no
mercado futuro, está oferecendo
esta operação de proteção, também
considerada como um seguro.
No mercado de opções existem
duas operações básicas: Put (Venda) operação que protege (participa) da queda dos preços, e
Call (compra) operação que protege (participa) da alta dos preços.
A operação consiste em: produtor verifica o nível de mercado que acredita ser interessante e
solicita uma cotação à Minasul. Fechando a compra da opção, teremos três cenários:
1) Preço não sobe
Produtor gastou comprando a proteção (seguro) e não participou da alta, pois o mercado não
subiu dentro do prazo estipulado.
2) Preço subiu, mas não atingiu o nível de participação
Produtor gastou comprando a proteção (seguro) e não participou da alta pois o mercado não
subiu acima do nível, dentro do prazo estipulado.
3) Preço subiu acima do nível de participação
Produtor gastou comprando a proteção (seguro) e participará de toda alta que o mercado
estiver acima do nível de participação, até o vencimento.
O preço do seguro varia de acordo a data do vencimento, nível de preço da participação e
também de acordo com a bolsa de NY.
Para mais informações, a Minasul disponibiliza o contato (Francine) da mesa de operações:
3219-6942.
Coopercitrus migra gestão para plataforma SAP S/4HANA
SEGS
02/04/2018
Para profissionalizar ainda mais a sua gestão e dar suporte ao crescimento e à expansão
planejada para os próximos dez anos, a Coopercitrus, maior cooperativa de produtores rurais
do Estado de São Paulo, elegeu a plataforma SAP S/4HANA para integrar todos os seus
processos de gestão. Sediada em Bebedouro (SP), a Cooperativa reúne mais de 30.000
produtores, que produzem principalmente cana de açúcar, café, soja e milho e atua ainda no
comércio de insumos, máquinas e implementos agrícolas em lojas próprias que atendem
também não cooperados. Em 2017, a Coopercitrus movimentou 730 mil sacas de café em seus
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18 armazéns; produziu 16.000 toneladas mensais de ração em três fábricas e gerenciou 90 mil
toneladas de grãos de soja e milho em 7 silos.
"Nosso desafio era integrar globalmente nossa governança com um sistema de gestão
completo, aumentando a eficiência de todos os nossos processos", afirma Fernando Degobbi,
diretor financeiro da Coopercitrus. O executivo explica que a escolha pelo ERP S/4HANA foi
resultado de uma concorrência que contou com a participação dos melhores players do
mercado. "A SAP desenhou uma arquitetura de solução verticalizada, que engloba todos os
processos de negócios e atende integralmente às nossas necessidades", sintetiza Degobbi.
"A Coopercitrus realizou um processo de seleção extremamente criterioso e ficamos muito
satisfeitos com a celebração desta parceria, atendendo de ponta a ponta os processos da
cooperativa", comemora Rafael Okuda, Diretor de Agronegócio da SAP.
O projeto será implementado pela parceira especializada no setor do agronegócio da SAP, a
SPRO IT Solutions. A adoção de tecnologias para o processo de originação de grãos, sob a
plataforma SAP S/4 HANA, vão beneficiar desde processos de finanças e logística até
processos de varejo e suprimentos. "Os resultados vão se refletir em ganhos de eficiência
operacional, velocidade e maior competitividade para a cooperativa", afirma o presidente da
SPRO IT Solutions, Almir Meinerz.
A primeira onda vai contemplar e integrar os processos de negócios de controladoria,
orçamentos, suprimentos, logística e distribuição, financeiro, produção e concessionárias. O go
live da solução acontece em 1º de janeiro de 2019.
Sobre a SAP
Como líder mundial no mercado de aplicações de software corporativo, a SAP (NYSE: SAP)
ajuda indústrias e empresas de todos os tamanhos a atuarem melhor. De áreas de suporte de
diretório, armazém para ponto de venda e dispositivos de desktop para dispositivos móveis, a
SAP capacita indivíduos e organizações para trabalharem de forma mais eficiente, usam
informações comerciais de forma mais produtiva e se mantém à frente de seus concorrentes.
As aplicações e serviços SAP permitem que mais de 378.000 clientes operem de forma
econômica, se adaptem e cresçam de forma sustentável. Para obter mais informações da SAP
Brasil, visite http://www.sap.com/brazil.
Expocafé leva maquinários e softwares para Três Pontas (MG)
CaféPoint
02/04/2018
A 21ª edição da Expocafé prepara novidades para cafeicultores e visitantes de diversas regiões
do país, entre os dias 16 e 18 de maio, em Três Pontas (MG). A exposição terá programação
técnica, mostra de máquinas e de diversos tipos de insumos e produtos para atividades
agrícolas.
O evento será no Campo Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais
(EPAMIG), organizadora do evento. A área de exposição este ano será de 14,4 mil metros
quadrados, cerca de 2 mil metros quadrados a mais do que a edição de 2017.
"Notamos que, apesar de a Expocafé ter como foco a cafeicultura, os expositores, cada vez
mais, trazem novidades adaptadas à realidade das propriedades rurais que, na maioria das
vezes, investem na diversificação das culturas. Isso faz com também que sejam expostos
equipamentos associados à produção leite, milho, feijão e soja, dentre outros", observa o
coordenador de Negócios, Antônio Nunes.
Mais de cem empresas confirmaram a participação no evento e apresentarão aos visitantes
desde maquinários pesados para lavouras até embalagens, passando por softwares e soluções
de gestão para a cafeicultura. "Temos 15 novas empresas expositoras e a confirmação das
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principais fabricantes de tratores. Instituições bancárias também irão participar, oferecendo
linhas de crédito para a aquisição de equipamentos", informa Antônio Nunes.
A programação da Expocafé terá início no dia 15 de maio com o 9º Simpósio de Mecanização
da Lavoura Cafeeira, evento técnico destinado a participantes previamente inscritos. Outro
ponto alto da feira será a Dinâmica das Máquinas, em que os visitantes conhecem na prática o
funcionamento de equipamentos para a lavoura cafeeira. As demonstrações são feitas na
própria área do Campo Experimental EPAMIG.
A Dinâmica das Máquinas acontece nos dias 16 de maio (quarta-feira) de 13h às 17h e 17 de
maio (quinta-feira) de 9h às 17h. As empresas interessadas em expor e demonstrar o
funcionamento de equipamentos durante a Dinâmica devem acertar suas participações até o
dia 4 de maio, pelo telefone (35) 3829-1194.
Serviço:
9º Simpósio de Mecanização da Lavoura Cafeeira
Dia: 15 de maio
Hora: 8h às 18h
EXPOCAFÉ 2018
Dia: 16 a 18 de maio
Hora: 8h às 18h
Local: Campo Experimental da EPAMIG de Três Pontas
Rodovia Três Pontas/Santana da Vargem, km 06 - Zona Rural – MG
Fundação Procafé: custos de produção de café estão altos
Fundação Procafé
02/04/2018
Os custos de produção de café, nas últimas safras, estão aumentando e se aproximando dos
preços obtidos na venda dos cafés, isto mesmo considerando produtores e lavouras mais
racionais, o que indica que a atividade cafeeira, no campo, tende a entrar em uma fase de
pouca rentabilidade.
A observação do que tem ocorrido na evolução da cafeicultura brasileira, ao longo dos anos,
mostra que essa evolução ocorre em ciclos, com fases de expansão e de retração,
influenciados pelo balanço entre o preço do café e seu custo de produção.
Nos últimos anos, a lavoura cafeeira no Brasil vem mostrando um período bem definido de
expansão, com novos plantios em maior escala e melhoria dos tratos nas lavouras, com
consequente aumento das safras.
No mercado existem opiniões divergentes sobre a viabilidade econômica da expansão das
safras de café. Uns dizem que ela é necessária, para atender ao aumento do consumo
projetado. Outros temem pela pressão dessa maior oferta, depreciando os preços, aliás isso já
vem ocorrendo na expectativa da presente safra alta.
Como é difícil influir nos preços, cabe, então, analisar c como vem sendo os custos de
produção dos cafés. Primeiro deve-se considerar que os custos são muito variáveis, conforme
as condições particulares de cada região, do sistema de manejo das lavouras, do tipo e
eficiência do produtor. No geral, os custos são muito influenciados pela produtividade da
lavoura. Em anos de safra alta são menores e o contrario ocorre nos anos de baixa, o
cafeicultor tendo que se basear na análise da produtividade média bienal.
O nível tecnológico do produtor e de suas lavouras, o uso de mecanização e de praticas
racionais e que interfiram diretamente sobre a produtividade, são fatores importantes na
redução dos custos de produção.
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Um seminário recente sobre controle de custos de produção em fazendas de café, realizado no
Sul de Minas, principal região produtora do país, com produtores de bom nível tecnológico, de
tamanho médio a grande, evidenciou que, mesmo nessas propriedades bem assistidas e
administradas, os custos estão ficando próximos aos preços recebidos. Em 7 Fazendas
verificou-se que as despesas de custeio anual das lavouras variaram na faixa de 10 mil a 12,5
mil reais por ha, isto com colheita mecanizada e com produtividades na faixa de 30- 36 sacas
por há, portanto em condições bem superiores ( cerca de 50% a mais) à média produtiva da
cafeicultura brasileira. Estas despesas não consideraram quaisquer remunerações ao capital
investido, nem ao empresário, apenas uma pequena depreciação dos equipamentos e da
lavoura.
Os custos levantados pelo projeto Campo Futuro (UFLA/ CNA), no Sul de Minas, na safra
2017, foram, respectivamente, de 450,00 por saca em Sta Rita do Sapucai e 462,00 em
Guaxupé, naturalmente considerando o custo operacional total . O aumento verificado, de 2016
para 2017, foi de cerca de 8,4%. Para a safra de 2018 a mesma fonte estima, inicialmente,
elevação de cerca de 4%, função dos aumentos nos preços dos fertilizantes, combustíveis e
mão-de-obra.
Essa situação de custos pouco remuneradores se agrava quando analisada a questão da
bienalidade da produtividade e das safras, com o problema adicional do produtor precisar de
suporte financeiro, em função dos ciclos produtivos de altas e baixas safras em suas lavouras.
Uma das fazendas controladas serve de exemplo disso. Em suas 4 ultimas safras, embora a
média produtiva seja de 35,5 scs/ha as produtividades sucessivas anuais foram de 50 – 20 –
58 e 14 sacas/ha.
Com safras médias de café na faixa de 45- 55 milhões de sacas e, ainda, com um potencial já
instalado de cerca de 300 mil há de lavouras novas, já implantadas e em formação, ainda não
produtivas, embora boa parte tenha sido de renovação de lavouras velhas, eliminadas, a
cafeicultura brasileira está adequada ao atendimento da sua demanda. Resta saber qual será,
efetivamente, a evolução dessa demanda e, do lado da oferta, a influência do equilíbrio
preços/custos, aqui analisada, além, como sempre, do efeito imponderável das condições
climáticas - frio, déficits hídricos, temperaturas altas etc, - sempre um fator determinante nas
safras futuras.
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Pesquisa desenvolvida na Ufla aponta perfil do consumidor de café especial
EPTV / G1 Sul de Minas
02/04/2018
Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal
de Lavras (Ufla) apontou o perfil do consumidor de
café especial. De acordo com o levantamento, os
consumidores fazem parte de um grupo que se
preocupa com questões ambientais e sociais na
cadeia produtiva do grão.
“Ele parte para consumir um produto que ele
conhece a origem, que pode ser direto do produtor,
que ele pode ter um conhecido. Especialmente no
Sul de Minas, onde você tem um conhecido que
trabalha com café especial. Ou então ele vai em uma loja especial, em uma cafeteria especial,
onde ele conhece um barista que pode indicar para ele um produto que é eticamente social e
eventualmente responsável”, explica Paulo Henrique Lemes, professor de marketing e
empreendedorismo da universidade.
O levantamento faz parte do trabalho de doutorado da pesquisadora Elisa Reis Guimarães, que
ouviu quase 900 pessoas. Uma descoberta foi a constatação do crescimento do consumo do
café especial entre as pessoas que tem algum envolvimento com o setor.
“É um sinal muito bom, porque são essas pessoas que vão ajudar a divulgar o produto. Elas
são as pessoas que vão conseguir alcançar esse consumidor que está interessado em um
estilo de vida diferente, em saber mais o que ele consome, a alcançar essas informações e
aprender o que é um café especial”, afirma Elisa.
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Dentre os entrevistados, 60% disseram que tomam o café especial todo dia. É um hábito
comum na nossa rotina que vira prazer.
“Um café que seja um pouco mais caro, mas que vale esse preço a mais pela qualidade que
ele tem, com certeza vai levar um pouco mais do lucro para o produtor também. Então você
não só contribui com o desenvolvimento do mercado nacional, consome um café de qualidade
superior, como acaba sendo mais justo, remunerando um pouco mais o produtor também. E
isso ajuda todo mundo”, completa a pesquisadora.
Segundo a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), a produção cresceu em média
15% nos últimos anos. Passou de 5,2 milhões de sacas em 2015 para 8,5 milhões em 2017.
Além disso, foram consumidas um milhão de sacas do grão no ano passado no país.
Colômbia aumenta 90% da produção de café em quatro safras seguidas
Chefia Adjunta de Transferência de Tecnologia da Embrapa Café
02/04/2018
Lucas Tadeu Ferreira
A produção de café arábica da Colômbia aumentou em torno de 90% em apenas quatro safras
seguidas, pois passou de 7,6 milhões de sacas de 60kg da safra 2011/2012 para 14,6 milhões
na safra 2016/2017. Esse resultado positivo do aumento expressivo da produção é atribuído
diretamente a um programa bem-sucedido de renovação das lavouras, implementado e
apoiado pelo governo colombiano. Referido programa está garantindo recursos financeiros
para que o país renove mais 100 mil hectares de café até 2024. Com isso, a produção
colombiana deverá atingir 18 milhões de sacas brevemente. Até o momento o país já renovou
700 mil hectares de suas lavouras de café, no período de 2009 a 2017, cuja área total cultivada
está estimada em 900 mil hectares.
Nesse contexto da cafeicultura colombiana, fato interessante é que o cultivo do café também
se tornou uma oportunidade de renda para os vizinhos venezuelanos, os quais têm buscado
trabalho principalmente na época da colheita. No departamento de Risaralda, por exemplo, um
dos mais importantes produtores de café da Colômbia, muitos venezuelanos trabalharam na
colheita em 2017. A chegada desses trabalhadores estrangeiros tem sido considerada positiva
pela Federação Colombiana dos Cafeicultores, a qual calcula que o país possui um déficit
aproximado de 60 mil trabalhadores no período da colheita do café. Do ponto de vista político-
administrativo, a Colômbia é dividida em 32 departamentos – como se fossem estados – mais o
distrito da capital do país.
Esses dados e análises da cafeicultura da Colômbia, entre vários outros, constam do Relatório
Internacional de Tendências do Café (VOL. 6/Nº 12/MARÇO 2018), do Bureau de Inteligência
Competitiva do Café, que está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio
Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. Com relação ainda à produção de café na
América do Sul, o Bureau também menciona que o Brasil manteve sua tradicional liderança
mundial nas exportações de café, apesar de problemas climáticos ocorridos no país que
afetaram diversas regiões produtoras a partir de 2014. Nesse sentido, também salienta que a
pesquisa brasileira continua desenvolvendo novas tecnologias para todas as etapas de
produção e manejo do café e, ainda, que a mecanização ganha espaço e, adicionalmente, que
a internet tem ajudado os produtores a se manterem informados sobre a cafeicultura.
O Relatório Internacional de Tendências do Café, ao abordar a produção de café na Ásia,
ressalta que o Vietnã mantém tendência de aumento da produção e exportação de café
robusta. Em contraponto, que o envelhecimento das lavouras poderá causar problemas na
próxima década, o que tem motivado o governo vietnamita a também desenvolver programas
para viabilizar a renovação da sua lavoura. Como a tradição do país é produzir café robusta
para o abastecimento da indústria mundial de café solúvel - produto cujo consumo cresce a
cada ano -, as autoridades vietnamitas querem que o país exporte mais café com valor
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agregado, principalmente solúvel, torrado e moído. Para o Bureau, esse país continuará ainda
sendo o principal concorrente brasileiro por um bom tempo devido a sua localização
estratégica, a qual facilita atender à crescente demanda da Ásia, região com maior potencial de
crescimento do consumo nas próximas décadas.
O Relatório Internacional de Tendências do Café também traz como destaque que a China
deverá se despontar brevemente como grande produtora de café arábica. Para isso tem
contado com o apoio do governo e também de empresas do setor por meio da concessão de
subsídios e ações de assistência técnica e extensão rural. Ao mesmo tempo, o país trabalha
para criar uma forte presença global com a criação da Associação de Café da Ásia, além da
construção de um porto seco que o ligará por via férrea os principais mercados da Europa. E,
adicionalmente, no campo da promoção e marketing, a China tem realizado grandes eventos
internacionais relacionados ao café.
Por fim, o Bureau salienta que a produção de café na China se encontra atualmente na faixa de
2 milhões de sacas anuais, com potencial para chegar a 4 milhões nos próximos anos e, talvez,
8 milhões no final da década de 2030. Com isso, o país compensa parte do aumento do seu
consumo interno, a despeito de que a maior parte da produção do café arábica chinês
atualmente ser exportada, ao mesmo tempo em que importa robusta para o mercado interno.
Esse cenário, sob certos aspectos, é ruim para o Brasil, já que não há uma grande demanda
por arábica na China e, mais que isso, o gigante asiático poderá se tornar um concorrente no
mercado europeu ao transportar café por meio de trens. Potencialmente, trata-se de um país
capaz de alterar o atual cenário da produção de café no mundo nas próximas décadas.
Recomendamos que acessem o link que contém a íntegra o Relatório Internacional de
Tendências do Café (VOL. 6/Nº 12/MARÇO 2018), do Bureau de Inteligência Competitiva:
http://www.consorciopesquisacafe.com.br/arquivos/consorcio/publicacoes_tecnicas/Relatorio_v
6_n_12.pdf.