Considerações acerca da poesia de Chacal e a geração da poesia marginal, surgida no início dos anos 1970. Aula preparada para turma de 3ª série do Ensino Médio.
O documento discute a literatura marginal no Brasil, produzida principalmente na década de 1970 por escritores independentes das grandes editoras. Esses autores publicavam seus trabalhos através de cópias mimeografadas e os vendiam diretamente nas ruas, ficando à margem do sistema literário da época. A poesia marginal buscava expressão livre durante a ditadura militar e revelar novas vozes poéticas.
Relações entre a poesia marginal e a política dos anos 70 no brasilLuciana Borges
O documento discute a Poesia Marginal dos anos 1970 no Brasil. A poesia marginal surgiu como forma de expressão livre durante a ditadura militar e se caracterizava por usar linguagem coloquial e experimentação. Os poetas marginalizados publicavam seus trabalhos de forma mimeografada e alternativa para contornar a censura. A poesia marginal reunia vozes de diferentes gerações unidas pela insatisfação com a ditadura e desejo de liberdade.
O documento descreve a poesia marginal no Brasil nos anos 1960-1970, apresentando seu contexto histórico e cultural de surgimento, características e vertentes. A poesia marginal surgiu em um período de ditaduras militares na América Latina e movimentos sociais como maio de 1968, explorando temas do cotidiano de forma coloquial, irreverente e antiliterária.
O documento descreve características da literatura brasileira da 3a Geração Modernista e da Geração de 45, com foco na prosa introspectiva de Clarice Lispector e Guimarães Rosa e na poesia engajada de João Cabral de Melo Neto. Também resume movimentos literários posteriores como a Poesia Concreta, Neoconcretismo e Poesia Marginal.
Este documento apresenta uma sequência didática sobre literatura marginal para alunos do 3o ano do ensino médio. A sequência consiste em 5 aulas que visam familiarizar os alunos com a poesia marginal dos anos 1970, analisando poemas de autores como Paulo Leminski e Chacal e discutindo os temas políticos abordados. As aulas incluem atividades expositivas, leituras, debates e uma avaliação final.
Resumo do período marcante da Literatura Brasileira, conhecido como o Modernismo, que abriu as portas para a inovação da arte e da cultura, na Semana de Arte Moderna.
O documento descreve as principais características e influências da primeira fase do Modernismo brasileiro, incluindo a inspiração nacionalista, o uso da língua coloquial e do verso livre, a incorporação da tecnologia, e a rejeição do Romantismo. Também discute os movimentos artísticos europeus que influenciaram os modernistas brasileiros, como o Impressionismo, Expressionismo, Cubismo, Futurismo e Dadaísmo, com ênfase no Surrealismo.
O documento discute a literatura marginal no Brasil, produzida principalmente na década de 1970 por escritores independentes das grandes editoras. Esses autores publicavam seus trabalhos através de cópias mimeografadas e os vendiam diretamente nas ruas, ficando à margem do sistema literário da época. A poesia marginal buscava expressão livre durante a ditadura militar e revelar novas vozes poéticas.
Relações entre a poesia marginal e a política dos anos 70 no brasilLuciana Borges
O documento discute a Poesia Marginal dos anos 1970 no Brasil. A poesia marginal surgiu como forma de expressão livre durante a ditadura militar e se caracterizava por usar linguagem coloquial e experimentação. Os poetas marginalizados publicavam seus trabalhos de forma mimeografada e alternativa para contornar a censura. A poesia marginal reunia vozes de diferentes gerações unidas pela insatisfação com a ditadura e desejo de liberdade.
O documento descreve a poesia marginal no Brasil nos anos 1960-1970, apresentando seu contexto histórico e cultural de surgimento, características e vertentes. A poesia marginal surgiu em um período de ditaduras militares na América Latina e movimentos sociais como maio de 1968, explorando temas do cotidiano de forma coloquial, irreverente e antiliterária.
O documento descreve características da literatura brasileira da 3a Geração Modernista e da Geração de 45, com foco na prosa introspectiva de Clarice Lispector e Guimarães Rosa e na poesia engajada de João Cabral de Melo Neto. Também resume movimentos literários posteriores como a Poesia Concreta, Neoconcretismo e Poesia Marginal.
Este documento apresenta uma sequência didática sobre literatura marginal para alunos do 3o ano do ensino médio. A sequência consiste em 5 aulas que visam familiarizar os alunos com a poesia marginal dos anos 1970, analisando poemas de autores como Paulo Leminski e Chacal e discutindo os temas políticos abordados. As aulas incluem atividades expositivas, leituras, debates e uma avaliação final.
Resumo do período marcante da Literatura Brasileira, conhecido como o Modernismo, que abriu as portas para a inovação da arte e da cultura, na Semana de Arte Moderna.
O documento descreve as principais características e influências da primeira fase do Modernismo brasileiro, incluindo a inspiração nacionalista, o uso da língua coloquial e do verso livre, a incorporação da tecnologia, e a rejeição do Romantismo. Também discute os movimentos artísticos europeus que influenciaram os modernistas brasileiros, como o Impressionismo, Expressionismo, Cubismo, Futurismo e Dadaísmo, com ênfase no Surrealismo.
O documento resume os principais aspectos do Modernismo brasileiro, incluindo suas três fases, principais autores e características. A Semana de Arte Moderna de 1922 marcou o início do movimento, que buscava a liberdade de expressão e o experimentalismo rompendo com o tradicionalismo literário anterior. O Modernismo influenciou diversas áreas além da literatura e foi dividido em três fases, tendo a geração de 45 como o marco do pós-modernismo no Brasil.
A terceira geração modernista brasileira, conhecida como Geração de 45, se caracterizou por uma literatura de reflexão e crítica social, com ênfase no regionalismo universal e na análise psicológica interior. Os principais expoentes foram João Guimarães Rosa, com sua linguagem inovadora e prosa poética sobre o sertão mineiro, Clarice Lispector e suas obras que exploram o universo feminino e a introspecção, e João Cabral de Melo Neto, com sua poesia de rigor formal sobre
4 Linguagens, Códigos e suas TecnologiasAline Gomes
O documento discute os principais movimentos literários brasileiros, desde o Quinhentismo até a Literatura Contemporânea, incluindo detalhes sobre o Modernismo e a Poesia Concreta. Também aborda temas como variação linguística, figuras de linguagem e estratégias de argumentação.
O documento descreve a Semana de Arte Moderna de 1922 em São Paulo, um evento crucial para o início do movimento modernista no Brasil. Apresentou obras literárias, musicais e artísticas vanguardistas para um público conservador, que reagiu de forma hostil, vaiando os artistas. Apesar das críticas, o evento conseguiu seu objetivo de chocar a sociedade e marcou o início do modernismo brasileiro.
O documento descreve as principais obras e autores do Modernismo brasileiro, incluindo a primeira fase com Oswald de Andrade e Manuel Bandeira, o regionalismo dos anos 1930 com José Lins do Rego e Jorge Amado, e autores posteriores como Guimarães Rosa, Clarice Lispector e Rubem Braga. Também menciona movimentos culturais como a Bossa Nova, Tropicalia e poesia concretista.
A terceira fase do modernismo brasileiro (1945) caracterizou-se pela geração de 45. Na prosa destacaram-se João Guimarães Rosa e suas narrativas regionais de Sagarana e Grande Sertão: Veredas e Clarice Lispector com seus romances introspectivos como Perto do Coração Selvagem. Na poesia prevaleceu a tendência neomodernista de João Cabral de Melo Neto que associava compromisso social e precisão formal.
A terceira fase do Modernismo brasileiro após 1945 foi marcada por duas tendências principais na prosa: a prosa psicológica e a prosa regionalista. Autores como Clarice Lispector, Guimarães Rosa e Mário Quintana contribuíram com obras que aprofundaram a introspeção e recriaram costumes regionais. Foi um período de renovação cultural após a Segunda Guerra Mundial.
Este documento descreve a terceira fase do modernismo no Brasil entre as décadas de 1940 e 1970. Apresenta os principais autores modernistas brasileiros deste período, como Mario Quintana, Clarice Lispector, Dalton Trevisan e Rubem Fonseca, e suas obras mais importantes. Também menciona alguns acontecimentos literários, políticos e artísticos no Brasil e no mundo neste período.
Alcântara Machado foi um escritor modernista brasileiro conhecido por usar a linguagem popular brasileira em seus contos e romances. Cassiano Ricardo foi um poeta, jornalista e ensaísta modernista que fundou várias revistas literárias. Oswald de Andrade foi um poeta modernista cuja obra se caracterizava por poemas rápidos e irreverentes sobre a identidade brasileira.
A terceira geração modernista brasileira (1945 1980)Tatiana Pontes
O documento descreve a terceira geração modernista brasileira entre 1945-1980, destacando:
1) O período democrático de 1945-1963 e predominância de modelos políticos populistas.
2) Os principais autores João Guimarães Rosa, Clarice Lispector e João Cabral de Melo Neto sintetizaram as duas gerações anteriores com experimentalismo e compromisso social.
3) Eles aprofundaram as conquistas modernistas com narrativas mitopoéticas, obras introspectivas e poesia comp
O documento descreve a Semana de Arte Moderna de 1922 no Brasil e alguns dos principais artistas e movimentos do Modernismo brasileiro. A Semana de Arte Moderna marcou o início do Modernismo no Brasil e contou com a participação de importantes escritores, músicos e artistas. O documento também discute os movimentos do Pau-Brasil, Verde-Amarelismo e Antropofagia dentro do Modernismo brasileiro.
O movimento modernista no Brasil surgiu no início do século 20 como uma reação contra a arte acadêmica tradicional e para promover a independência cultural do país. Artistas brasileiros foram influenciados pelas vanguardas européias como o cubismo e expressionismo. Uma exposição de Anita Malfatti em 1917 despertou críticas e levou à união de jovens artistas liderados por Mário de Andrade e Oswald de Andrade para discutir um movimento moderno brasileiro.
Este documento resume a primeira fase do Modernismo no Brasil entre 1922-1930, quando os modernistas buscavam difundir novas ideias de forma agressiva e irônica em relação à literatura tradicional. Detalha a Semana de Arte Moderna de 1922 que iniciou o movimento modernista no país. Apresenta também os principais autores modernistas como Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Manuel Bandeira e trechos representativos de suas obras.
1) O documento descreve a literatura brasileira da segunda metade do século XX, mencionando tendências como o regionalismo, o realismo fantástico e a análise psicológica.
2) Destaca autores como Clarice Lispector, Guimarães Rosa e João Cabral de Melo Neto, analisando características de suas obras como o fluxo de consciência, a linguagem inventiva e o anti-sentimentalismo.
3) Apresenta trechos da obra de Clarice Lispector, Guimarães Rosa e do po
A primeira geração de modernistas brasileiros desenvolveu uma arte experimental que combinava elementos de vanguarda europeia com temas nativistas e culturais brasileiros, conforme definido por Mário de Andrade na Semana de Arte Moderna de 1922.
A primeira geração do modernismo no Brasil teve início em 1922 com a Semana de Arte Moderna, rompendo com os padrões artísticos tradicionais. Seus principais expoentes foram Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral. As principais características foram o nacionalismo crítico, a valorização do cotidiano e a renovação da linguagem.
O documento discute a Geração de 1945 na literatura brasileira, caracterizada por uma literatura intimista e introspectiva que valorizava a palavra. Apresenta João Guimarães Rosa e Clarice Lispector como dois dos principais autores, assim como Josué Guimarães.
O documento descreve o contexto histórico e artístico do modernismo brasileiro após 1945, abordando a Geração de 45, o Concretismo e as respectivas estéticas da poesia e prosa do período. A Geração de 45 propôs uma poesia equilibrada e séria, distanciando-se do modernismo, enquanto o Concretismo defendeu uma arte poética visual, lúdica e interativa. A prosa de 45 era intimista e introspectiva, preocupada com a linguagem.
Este documento descreve o período da segunda geração do Modernismo brasileiro entre 1930-1945. A poesia desta época questionava mais a realidade e o indivíduo enquanto explorava temas como o estar no mundo. Autores importantes incluem Carlos Drummond de Andrade, Murilo Mendes e Cecília Meireles na poesia, e Rachel de Queiroz, José Lins do Rego e Graciliano Ramos na prosa.
Este documento é uma coleção de poemas e fragmentos poéticos sem um tema unificador aparente. Os poemas exploram ideias como a morte, o amor, a luz, a vela e a casa de uma maneira surreal e abstrata, frequentemente usando repetições e jogos de palavras. A linguagem é altamente metafórica e ambígua, deixando pouco claro o significado exato dos poemas.
Semana de Letras 2008 - Letras e Telas de AngolaRicardo Riso
A palestra discute a produção literária e artística de Angola, Cabo Verde e Moçambique nas últimas décadas, destacando obras que questionam conceitos sobre arte africana e representam a diversidade cultural desses países. Autores como Ondjaki, João Tala e José Craveirinha são citados como exemplos de como a literatura reflete incertezas políticas e sonhos do cotidiano.
O documento resume os principais aspectos do Modernismo brasileiro, incluindo suas três fases, principais autores e características. A Semana de Arte Moderna de 1922 marcou o início do movimento, que buscava a liberdade de expressão e o experimentalismo rompendo com o tradicionalismo literário anterior. O Modernismo influenciou diversas áreas além da literatura e foi dividido em três fases, tendo a geração de 45 como o marco do pós-modernismo no Brasil.
A terceira geração modernista brasileira, conhecida como Geração de 45, se caracterizou por uma literatura de reflexão e crítica social, com ênfase no regionalismo universal e na análise psicológica interior. Os principais expoentes foram João Guimarães Rosa, com sua linguagem inovadora e prosa poética sobre o sertão mineiro, Clarice Lispector e suas obras que exploram o universo feminino e a introspecção, e João Cabral de Melo Neto, com sua poesia de rigor formal sobre
4 Linguagens, Códigos e suas TecnologiasAline Gomes
O documento discute os principais movimentos literários brasileiros, desde o Quinhentismo até a Literatura Contemporânea, incluindo detalhes sobre o Modernismo e a Poesia Concreta. Também aborda temas como variação linguística, figuras de linguagem e estratégias de argumentação.
O documento descreve a Semana de Arte Moderna de 1922 em São Paulo, um evento crucial para o início do movimento modernista no Brasil. Apresentou obras literárias, musicais e artísticas vanguardistas para um público conservador, que reagiu de forma hostil, vaiando os artistas. Apesar das críticas, o evento conseguiu seu objetivo de chocar a sociedade e marcou o início do modernismo brasileiro.
O documento descreve as principais obras e autores do Modernismo brasileiro, incluindo a primeira fase com Oswald de Andrade e Manuel Bandeira, o regionalismo dos anos 1930 com José Lins do Rego e Jorge Amado, e autores posteriores como Guimarães Rosa, Clarice Lispector e Rubem Braga. Também menciona movimentos culturais como a Bossa Nova, Tropicalia e poesia concretista.
A terceira fase do modernismo brasileiro (1945) caracterizou-se pela geração de 45. Na prosa destacaram-se João Guimarães Rosa e suas narrativas regionais de Sagarana e Grande Sertão: Veredas e Clarice Lispector com seus romances introspectivos como Perto do Coração Selvagem. Na poesia prevaleceu a tendência neomodernista de João Cabral de Melo Neto que associava compromisso social e precisão formal.
A terceira fase do Modernismo brasileiro após 1945 foi marcada por duas tendências principais na prosa: a prosa psicológica e a prosa regionalista. Autores como Clarice Lispector, Guimarães Rosa e Mário Quintana contribuíram com obras que aprofundaram a introspeção e recriaram costumes regionais. Foi um período de renovação cultural após a Segunda Guerra Mundial.
Este documento descreve a terceira fase do modernismo no Brasil entre as décadas de 1940 e 1970. Apresenta os principais autores modernistas brasileiros deste período, como Mario Quintana, Clarice Lispector, Dalton Trevisan e Rubem Fonseca, e suas obras mais importantes. Também menciona alguns acontecimentos literários, políticos e artísticos no Brasil e no mundo neste período.
Alcântara Machado foi um escritor modernista brasileiro conhecido por usar a linguagem popular brasileira em seus contos e romances. Cassiano Ricardo foi um poeta, jornalista e ensaísta modernista que fundou várias revistas literárias. Oswald de Andrade foi um poeta modernista cuja obra se caracterizava por poemas rápidos e irreverentes sobre a identidade brasileira.
A terceira geração modernista brasileira (1945 1980)Tatiana Pontes
O documento descreve a terceira geração modernista brasileira entre 1945-1980, destacando:
1) O período democrático de 1945-1963 e predominância de modelos políticos populistas.
2) Os principais autores João Guimarães Rosa, Clarice Lispector e João Cabral de Melo Neto sintetizaram as duas gerações anteriores com experimentalismo e compromisso social.
3) Eles aprofundaram as conquistas modernistas com narrativas mitopoéticas, obras introspectivas e poesia comp
O documento descreve a Semana de Arte Moderna de 1922 no Brasil e alguns dos principais artistas e movimentos do Modernismo brasileiro. A Semana de Arte Moderna marcou o início do Modernismo no Brasil e contou com a participação de importantes escritores, músicos e artistas. O documento também discute os movimentos do Pau-Brasil, Verde-Amarelismo e Antropofagia dentro do Modernismo brasileiro.
O movimento modernista no Brasil surgiu no início do século 20 como uma reação contra a arte acadêmica tradicional e para promover a independência cultural do país. Artistas brasileiros foram influenciados pelas vanguardas européias como o cubismo e expressionismo. Uma exposição de Anita Malfatti em 1917 despertou críticas e levou à união de jovens artistas liderados por Mário de Andrade e Oswald de Andrade para discutir um movimento moderno brasileiro.
Este documento resume a primeira fase do Modernismo no Brasil entre 1922-1930, quando os modernistas buscavam difundir novas ideias de forma agressiva e irônica em relação à literatura tradicional. Detalha a Semana de Arte Moderna de 1922 que iniciou o movimento modernista no país. Apresenta também os principais autores modernistas como Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Manuel Bandeira e trechos representativos de suas obras.
1) O documento descreve a literatura brasileira da segunda metade do século XX, mencionando tendências como o regionalismo, o realismo fantástico e a análise psicológica.
2) Destaca autores como Clarice Lispector, Guimarães Rosa e João Cabral de Melo Neto, analisando características de suas obras como o fluxo de consciência, a linguagem inventiva e o anti-sentimentalismo.
3) Apresenta trechos da obra de Clarice Lispector, Guimarães Rosa e do po
A primeira geração de modernistas brasileiros desenvolveu uma arte experimental que combinava elementos de vanguarda europeia com temas nativistas e culturais brasileiros, conforme definido por Mário de Andrade na Semana de Arte Moderna de 1922.
A primeira geração do modernismo no Brasil teve início em 1922 com a Semana de Arte Moderna, rompendo com os padrões artísticos tradicionais. Seus principais expoentes foram Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral. As principais características foram o nacionalismo crítico, a valorização do cotidiano e a renovação da linguagem.
O documento discute a Geração de 1945 na literatura brasileira, caracterizada por uma literatura intimista e introspectiva que valorizava a palavra. Apresenta João Guimarães Rosa e Clarice Lispector como dois dos principais autores, assim como Josué Guimarães.
O documento descreve o contexto histórico e artístico do modernismo brasileiro após 1945, abordando a Geração de 45, o Concretismo e as respectivas estéticas da poesia e prosa do período. A Geração de 45 propôs uma poesia equilibrada e séria, distanciando-se do modernismo, enquanto o Concretismo defendeu uma arte poética visual, lúdica e interativa. A prosa de 45 era intimista e introspectiva, preocupada com a linguagem.
Este documento descreve o período da segunda geração do Modernismo brasileiro entre 1930-1945. A poesia desta época questionava mais a realidade e o indivíduo enquanto explorava temas como o estar no mundo. Autores importantes incluem Carlos Drummond de Andrade, Murilo Mendes e Cecília Meireles na poesia, e Rachel de Queiroz, José Lins do Rego e Graciliano Ramos na prosa.
Este documento é uma coleção de poemas e fragmentos poéticos sem um tema unificador aparente. Os poemas exploram ideias como a morte, o amor, a luz, a vela e a casa de uma maneira surreal e abstrata, frequentemente usando repetições e jogos de palavras. A linguagem é altamente metafórica e ambígua, deixando pouco claro o significado exato dos poemas.
Semana de Letras 2008 - Letras e Telas de AngolaRicardo Riso
A palestra discute a produção literária e artística de Angola, Cabo Verde e Moçambique nas últimas décadas, destacando obras que questionam conceitos sobre arte africana e representam a diversidade cultural desses países. Autores como Ondjaki, João Tala e José Craveirinha são citados como exemplos de como a literatura reflete incertezas políticas e sonhos do cotidiano.
Este documento discute a literatura periférica e seus autores, que escrevem sobre temas do cotidiano a partir de suas próprias experiências nas periferias brasileiras. A literatura periférica se caracteriza pela pluralidade de temas abordados e pelo uso de linguagem coloquial. O documento defende que a inclusão dessa literatura na sala de aula pode despertar o interesse dos alunos pela leitura e ampliar seu repertório literário.
Este documento discute a literatura periférica e seus autores, que escrevem sobre temas do cotidiano a partir de suas próprias experiências nas periferias brasileiras. A literatura periférica se caracteriza pela pluralidade de temas abordados e pelo uso de linguagem coloquial. O documento defende que a inclusão dessa literatura na sala de aula pode despertar o interesse dos alunos pela leitura e ampliar seu repertório literário.
Moçambique - Mia Couto, Malangatana, Chichorro e NaguibRicardo Riso
Este documento discute obras de arte e literatura de autores moçambicanos que exploram temas da memória, sonhos, consciência política e cultural em Moçambique. Apresenta análises de pinturas e escritos de Mia Couto, Malangatana Valente, Roberto Chichorro e Naguib Abdula que retratam a história e identidade de Moçambique.
O documento discute a literatura produzida após a queda do Muro de Berlim na Alemanha e no Brasil na década de 1990. Na Alemanha, obras exploraram os efeitos culturais e sociais do colapso do regime comunista. No Brasil, autores emergiram retratando temas como a ditadura, a vida nos subúrbios e a globalização.
Seminário apresentado na UNIOESTE em novembro de 2019 pelos acadêmicos Claudia Ten Caten e Dérik Leonhardt Neske na disciplina de Literatura Brasileira II, ministrada pelo Prof. Dr. Paulo Konzen
O documento discute a geração literária conhecida como Condoreirismo no Brasil do século XIX. Esta geração foi influenciada por ideais libertários e abolicionistas e usava uma linguagem exaltada para denunciar injustiças sociais, especialmente a escravidão. O poeta Castro Alves foi uma figura central deste movimento e usou sua obra para defender causas políticas e sociais de forma emocionada.
1) O documento discute o Modernismo no Brasil, incluindo sua poética, características da linguagem modernista e eventos importantes como a Semana de Arte Moderna.
2) A Semana de Arte Moderna em 1922 marcou o início do Modernismo no Brasil e permitiu a troca de ideias entre artistas modernistas.
3) Os principais nomes do Modernismo brasileiro incluem Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Manuel Bandeira.
1) O documento descreve o Modernismo no Brasil e suas principais características na primeira fase, incluindo os principais autores como Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Manuel Bandeira.
2) As características incluem a negação do passado, uso de linguagem coloquial, valorização do cotidiano e tendências críticas e nacionalistas.
3) Os autores contribuíram para a renovação cultural brasileira com obras que misturavam esses elementos modernistas com temas como morte, amor e solid
O documento resume três pontos principais sobre o Modernismo no Brasil: 1) Teve início na Semana de Arte Moderna de 1922 em São Paulo, quando artistas buscavam uma identidade própria e liberdade de expressão; 2) Apresentava ideias novas que chocaram o público da época e geraram incompreensão; 3) Todo movimento artístico novo representa uma ruptura com padrões anteriores, e o Modernismo não foi diferente, inicialmente chocando por se afastar da estética europeia tradicional.
O documento descreve o contexto literário e social do Brasil no início do século XX, mencionando os principais autores e tendências literárias da época, como o Realismo e o Naturalismo. Também aborda os principais acontecimentos políticos e sociais que marcaram o período, como a Proclamação da República e as revoltas populares no Nordeste.
Este documento lista 10 livros da literatura brasileira e fornece breves resumos sobre cada um. Os livros incluem obras de Antonio Callado, Augusto de Campos, Caio Fernando Abreu, Cruz e Souza, Érico Veríssimo, Ferreira Gullar, Haroldo de Campos, Mário Faustino, Raul Pompéia e Vinícius de Moraes.
O documento descreve a artista brasileira Tarsila do Amaral, uma das principais figuras do Modernismo no Brasil. Ela liderou o movimento modernista no país e sua obra Cartão Postal do Brasil, de 1928, mostra a cidade do Rio de Janeiro, incluindo um macaco, animal típico do Brasil.
O documento descreve o Romantismo no Brasil no século XIX, quando a literatura valorizava os sentimentos e a subjetividade individual. Escritores como Gonçalves Dias e Álvares de Azevedo produziram poesia que expressava saudade da pátria e temas como melancolia, tristeza e solidão. O Romantismo brasileiro buscava construir uma identidade nacional, retratando a natureza e cultura do país.
O documento descreve a trajetória da poeta mineira Adélia Prado, nascida em 1935. Seu primeiro livro, Bagagem, foi publicado em 1976 por indicação de Carlos Drummond de Andrade, que viu nela um "fenômeno poético". Tornou-se conhecida rapidamente e publicou vários outros livros, tornando-se uma importante voz da poesia brasileira.
O livro Bagagem, de 1976, foi a primeira publicação da poeta mineira Adélia Prado, indicada por Carlos Drummond de Andrade. Ela declara que o livro foi feito com entusiasmo e descoberta, apesar de ter nascido do sofrimento. Adélia lançou seu primeiro livro na maturidade, aos 41 anos, e tornou-se conhecida rapidamente por sua poesia.
1) Castro Alves nasceu em Salvador, Bahia em 1847 e foi um poeta abolicionista que defendia os direitos humanos.
2) Sua poesia reflete o período histórico do Brasil em que as forças progressistas lutavam pela abolição da escravatura e pela república.
3) Castro Alves faleceu precocemente aos 24 anos devido a complicações de saúde após sofrer um acidente com arma de fogo.
A primeira fase do Modernismo no Brasil (1922-1930) foi caracterizada por ser um período de definição e ruptura com estruturas passadas, de caráter anárquico e destruidor. Autores como Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Manuel Bandeira lideraram essa fase radical do movimento por meio de revistas, manifestos e obras que buscavam o moderno e o nacionalismo. O quadro Abaporu e o Manifesto Antropofágico de Oswald foram ícones dessa tentativa de assimilar a cultura europé
O documento discute o Romantismo brasileiro, dividido em três gerações poéticas: a primeira geração nacionalista de Gonçalves de Magalhães e Gonçalves Dias, a segunda geração ultra-romântica de Álvares de Azevedo e Casimiro de Abreu, e a terceira geração social e libertária liderada por Castro Alves. Resume características e poemas representativos de cada geração.
O documento resume a vida e obra do escritor brasileiro Álvares de Azevedo, um dos principais representantes do romantismo no Brasil. Ele nasceu em 1831 em São Paulo, estudou direito e faleceu prematuramente aos 21 anos após um acidente de cavalo. Sua obra mais conhecida é a Lira dos Vinte Anos, na qual predominam temas como a melancolia, o pessimismo e o tédio.
O documento discute os períodos literários no Brasil, definindo-os como fases histórico-culturais marcadas por valores estéticos e ideológicos comuns que resultam em obras semelhantes no estilo e visão de mundo. Apresenta características dos períodos Literatura Informativa, Barroco, Arcadismo e Romantismo, incluindo seus principais autores dos séculos XVI a XIX.
O documento discute os períodos literários no Brasil, definindo-os como fases histórico-culturais marcadas por valores estéticos e ideológicos comuns que resultam em obras semelhantes no estilo e visão de mundo. Apresenta características dos períodos Literatura Informativa, Barroco, Arcadismo e Romantismo no Brasil, incluindo principais autores dos séculos XVI-XIX.
O documento descreve o período Pré-Modernista no Brasil no início do século XX, caracterizado por uma transição entre velhos e novos modelos literários. Apresenta os principais autores dessa época, como Euclides da Cunha, Lima Barreto e João do Rio, que começaram a retratar temas sociais e a realidade brasileira em suas obras, rompendo com a linguagem acadêmica do passado. Destaca também o poeta Augusto dos Anjos como um dos expoentes do movimento pré-modernista.
1) O documento discute o período pré-modernista da literatura brasileira entre 1910-1920.
2) Neste período, autores como Lima Barreto, Euclides da Cunha e Graça Aranha começaram a abordar assuntos do dia-a-dia brasileiro e discutir o futuro do país.
3) O documento fornece detalhes sobre a vida e obra desses e de outros autores pré-modernistas como Monteiro Lobato.
O documento descreve a evolução do Romantismo no Brasil ao longo de três gerações de escritores. A primeira geração, nacionalista, buscou estabelecer uma identidade literatura brasileira distinta da portuguesa através de temas como o indianismo e o sertanismo. A segunda geração foi mais individualista e influenciada pelo mal do século europeu. A terceira geração, liderada por Castro Alves, deu ao Romantismo brasileiro um caráter mais social e progressista.
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Revista ano 11, nº 1, Revista Estudo Bíblico Jovens E Adultos, Central Gospel, 2º Trimestre de 2024, Professor, Tema, Os Grandes Temas Do Fim, Comentarista, Pr. Joá Caitano, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
Egito antigo resumo - aula de história.pdfsthefanydesr
O Egito Antigo foi formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, que se organizavam em comunidades chamadas nomos. Estes funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.
Por volta de 3500 a.C., os nomos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul. Posteriormente, em 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que tornou-se o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio.
Começava um longo período de esplendor da civilização egípcia, também conhecida como a era dos grandes faraós.
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
O Que é Um Ménage à Trois?
A sociedade contemporânea está passando por grandes mudanças comportamentais no âmbito da sexualidade humana, tendo inversão de valores indescritíveis, que assusta as famílias tradicionais instituídas na Palavra de Deus.
1. Anos 70, rápido e rasteiro: a efervescência poética de Chacal e a poesia marginal sob as trevas da ditadura Aula elaborada para a 3ª série do Ensino Médio, por Ricardo Riso. http://ricardoriso.blogspot.com [email_address]
2. vai ter uma festa que eu vou dançar até o sapato pedir pra parar. aí eu paro tiro o sapato e danço o resto da vida. (Chacal. rápido e rasteiro. In: Belvedere. Rio de Janeiro: Cosac & Naify, 2007. p. 353) Ricardo Carvalho de Duarte, o Chacal, teve sua obra poética reunida na antologia “Belvedere”, publicada pela Cosac & Naify em 2007. Composta por treze livros, sendo o primeiro livro lançado em 1971, intitulado “Muito prazer, Ricardo”, que revolucionou a maneira de se publicar poesia no Brasil. O início da década de 70 vivenciou o mais cruel e sanguinário dos governos militares. A ditadura, liderada pelo gal. Médici iniciava um processo de aniquilar qualquer organização ou pessoa que fosse contra o regime opressor, processo que estava claro desde a proclamação do AI-5, em 13 de dezembro de 1968. Data que marcou um longo período de trevas que perdurou até o ano de 1978. Contudo, não foram apenas as organizações de esquerda que sofreram com a truculência da repressão, mas, principalmente as manifestações culturais nacionais passaram a ser perseguidas, cuja contestação, a arte engajada, politizada e de conscientização era impedida de aparecer em qualquer veículo de comunicação. O espaço
3. das artes era dominado por pessoas com orientação de esquerda e ligadas a causas humanistas, porém, com a chegada dos anos 70, o governo militar passou a ser o principal patrocinador da cultura nacional. Isso quer dizer que a arte passou a ser ufanista. O teatro privilegiou grandes produções, o cinema que era uma das principais artes contra a ditadura graças ao cinema novo, passou a apresentar filmes sem conteúdo político e a incentivar as pornochanchadas. A nossa MPB sofria forte vigília, Caetano Veloso, Gilberto Gil e outros artistas foram obrigados a pegar o caminho do exílio. A imprensa, mais precisamente o Pasquim e o Jornal do Brasil, tinham seus jornalistas presos e edições recolhidas. Ou seja, estamos diante de um momento extremamente infeliz do país, em que as liberdades individuais não eram respeitadas e não havia espaço para questionamentos. Era uma época de intenso radicalismo tanto da direita quanto da esquerda. Diante desse quadro, onde fica a poesia? Como surgiriam os novos poetas? Como só era publicado aquilo que valorizasse os bens do país, qualquer vanguarda era desprezada pelo mercado editorial que tinha medo de sofrer represálias dos órgãos do regime. Por isso, Chacal e posteriormente seu amigo e também poeta Charles, revolucionaram a forma de se fazer poesia ao produzirem seus livros de forma mimeografada. Charles elucida como foi o início dessa caminhada: O Guilherme (Mandaro) foi uma pessoa fundamental. (...) porque ele dava aula num curso pré-vestibular onde tinha um bendito de um mimeógrafo, e foi lá
4. que a gente imprimiu os livros, o meu e o Muito prazer, do Chacal. Nós imprimimos clandestino, foi meio um golpe, indo para lá depois das 11 da noite, quando o cursinho já estava fechado. (COHN, p. 22) Dessa maneira, os poetas passaram a assumir e a controlar todo o processo que envolve o livro. Além de criarem os poemas, eles editavam, imprimiam pequenas tiragens no mimeógrafo e faziam a distribuição desses livros nos lugares que encontrariam o público ideal para comprá-los. A seguir, Chacal comenta a sua forma de divulgação e como sua poesia foi aparecendo no reduzido, porém agitado meio cultural da época: Acho que eu estava no lugar certo na hora certa, porque eu circulava onde tudo estava acontecendo, vendia o livro no píer, na porta dos teatros, nos bares do Baixo Leblon. E era por esses lugares que todo mundo passava. (...) Eu tenho uma mania que é acreditar que existem pessoas que têm a doença de sua época, que conseguem captar e expressar o que está acontecendo, o que está no ar. E talvez, naquele momento, eu fosse uma dessas pessoas. Talvez até por não ter uma tradição literária, foi possível ousar mais, inventar mais e conseguir criar um texto novo que sintetizava bem aquele tempo. Os meus poemas tinham o clima do que estava rolando, do que éramos na nossa vida. Era uma poesia rápida, irreverente, pop.” (Cohn, p. 24) O livro Muito Prazer chega às mãos de Waly Salomão, que na época dirigia o show Fa-tal, de Gal Costa, sendo este o maior acontecimento cultural do ano de 1972. WS fica entusiasmado com os poemas de Chacal e escreve uma crítica que é publicada na coluna jornalística Geléia Geral, de Torquato Neto, chamada “Cha-cal (carta sobre um jovem poeta)”:
5. Vejo cada dia mais Oswald de Andrade tornado patrimônio da civilização brasileira. Vejo os artistas cultuarem Oswald de Andrade e produzirem enxurradas de versalhadas (...) Ninguém vi com um entendimento tão afetivo (...) do Caderno do Alumno de Poesia de Oswald de Andrade quanto Chacal, Ricardo, autor deste maravilhoso Muito Prazer - edição mimeografada, mimeografada com desenhos. Muito Prazer - apresentação de um jovem poeta. Muito Prazer: apresentação de um simples portador duma nova sensibilidade. (...) O livro é dado pelo autor aos corações apaixonados nas escarpas das dunas do barato, praia de Ipanema, Rio de Janeiro, gebê, Brasil. (COHN, p.25) A referência a Oswald, destacada por Waly, é escancarada pelo poeta, que lança seu primeiro livro próximo dos cinqüenta anos após a Semana de 22: Foi o Charles que trouxe um livro que seria um grande marco da minha vida, que era o volume do Oswald de Andrade daquela coleção da Agir, “Nossos Clássicos”. Era um livro pequeno, com apresentação do Haroldo de Campos, e trazia os manifestos, alguns poemas, além de trechos do Serafim Ponte Grande e do Miramar. Aquele livro me fascinou, eu achei aquele mundo ali maravilhoso, porque ao mesmo tempo em que havia toda uma postura de contestação através dos manifestos, tinha um humor e uma irreverência muito grandes nos poemas e nos textos em prosa. Eu fiquei sorvendo aquele livro durante um bom tempo, lendo e relendo... (COHN, p.20) Da influência declarada, Chacal parodia alguns poemas de seu mestre Oswald, como em “Papo de Índio”: veio uns ômi di saia preta cheiu di caixinha e pó branco
6. qui eles disserum qui si chamava açucri aí eles falarum e nós fechamu a cara depois eles arrepitirrum e nós fechamu o corpo aí eles insistirum e nós comemu eles. (Belvedere, p. 361) Além da presença marcante do modernista brasileiro na poiesis de Chacal, depreendemos outras características que também serão encontradas nos poetas que estavam à margem do mercado editorial. Devemos ter em mente que a condição de marginalidade desses poetas não carrega o significado de banditismo, comum aos pós-tropicalistas como Torquato Neto e o já citado Waly Salomão, mas havia o sentido de quem está excluído de um sistema vigente, de uma ordem determinada. Os poetas surgidos nos anos 70 ficariam conhecidos como a geração do mimeógrafo ou como os poetas da poesia marginal. Com a excelência costumeira, Heloísa Buarque de Hollanda aponta para a relação arte/vida presente na poesia desses autores e na “valorização do presente, do aqui e agora”. De uma poesia que está preocupada em retratar “a poetização de uma vivência” (HOLLANDA, p. 100), de “captar situações no momento em que estão acontecendo, sentimentos que estão sendo vividos e experimentados e fazer com que o próprio processo de elaboração do poema reforce esse caráter de momentaneidade” (HOLLANDA, p. 101). Uma poesia que não toma partido em relação à política, mostrando profundo desinteresse pelos discursos de poder, “os projetos não se fazem mais no sentido de mudar o sistema, de tomar o poder. Cresce, ao
7. contrário, uma desconfiança básica na linguagem do sistema e do poder” (HOLLANDA, p. 100), tanto de direita quanto de esquerda. Entretanto, não podemos chamar essa geração de alienada como foi erroneamente acusada à época, diante de um poema como “SOS”: tem gente morrendo de medo tem gente morrendo de esquitossomose tem gente morrendo de hepatite meningite sifilite tem gente morrendo de fome tem gente morrendo por muitas coisas nós, que não somos médicos, psiquiatras, nem ao menos bons cristãos, nos dedicamos a salvar pessoas que, como nós, sofrem de um mal misterioso: o sufoco. (Belvedere, p. 313) Com a asfixia do regime ditatorial e o desencanto com a sociedade em que vivem, os poetas não querem contestar como as gerações dos anos 60, pois isso representaria a tortura e a morte. Há o sentimento de solidão acompanhado de um profundo mal-estar versado em “Desabutino”: quem quer saber de um poeta na idade do rock um cara que se cobre de pena e letras lentas que passa sábado à noite embriagado chorando que nem criança a solidão
8. quem quer saber de namoro na idade do pó um romance romântico de cuba cheio de dúvidas e desvarios tal a balada de neil sekada quem quer saber de mim na cidade do arrepio um poeta sem eira na beira de um calipso neurótico um orfeu fudido sem ficha nem ninguém para ligar num dos 527 orelhões dessa cidade vazia (Belvedere, p. 305) Com tanto desencanto, o próprio discurso universitário passa a ser recusado e tratado com desdém. As universidades foram esvaziadas dos seus melhores docentes, que foram presos, exilados ou mortos. Os grêmios estudantis fechados e os estudantes perseguidos. Há uma desconfiança em relação à intelectualidade e às instituições, como no poema “Pra quê?”: sentado e estudantil, orlando perscrutava o absurdo e o rabo da professora. de repente, passos no corredor atrás da porta fechada. “serão policiais ou alunos atrasados?” takapassou a mulher com giz e abriu a porta. o homem colado com as orelhas entregando saiu de banda. bandeira. suástica caiu no chão. orlando viu o lance achou nada pisou na escada e não apareceu mais por ali. pra quê? (Belvedere, p. 329) Se na poesis de Chacal há Oswald, há uma constante ironia predominante em toda a sua obra poética como apreendemos em rápido e rasteiro e como será vista com maestria no poema "Alô, é o quampa?":
9. - Alô, é o quampa? - não. é engano. - Alô, é o quampa? - não, é do bar do patamar. - Alô, é o quampa? - é ele mesmo, quem tá falando? - é o foca mota da pesquisa do jota brasil. gostaria de saber suas impressões sobre essa tal de poesia marginal. - ahhh... a poesia. a poesia é magistral. mas marginal pra mim é novidade. você que é bem informado, mi diga: a poesia matou alguém, andou roubando, aplicou algum cheque frio, jogou alguma bomba no senado? - que eu saiba não. mas eu acho que é em relação ao conteúdo. - mas isso não é novidade. desd'adão... ou você acha que alguém perde o paraíso e fica calado, nem o antonio. - é verdade. mas deve haver algum motivo pra todos chamarem essa poesia de marginal. - qual, essa?!? eu tou achando até bem comportada. sem palavrão, sem política, sem atentado à moral cristantã. - não. não tô falando dessa que se lê aqui. tô falando dessa outra que virou moda. - ahhhh... dessa eu não tou sabendo. ando meio barro-bosta por isso tenho ficado quieto em casa. rompi meu retiro pra atender esse telefone. e já que ti dei algumas impressões, você vai me trazer as seguintes ervas pra curar meus dissabores: manacá carobinha jurubeba picão da praia amor do campo malva e salsaparrilha. até já foca mota. (Belvedere, p. 293-294) Os poetas dessa geração não se consideravam marginais e a própria crítica encontrava dificuldades em enquadrá-los nesse termo, daí a
10. insistência claudicante do repórter e da ironia presente em todas as respostas do sujeito lírico. A intenção nesta aula foi apresentar um rápido panorama da produção poética de Chacal e sua relação com a chamada Poesia Marginal, ou Geração do Mimeógrafo. Inferimos que Chacal e seus pares foram ousados e inovadores na busca por alternativas para a publicação de seus livros, em um momento difícil da recente história brasileira. No decorrer dos anos 70 suas atitudes desencadeariam na Nuvem Cigana, um coletivo de artistas que influenciou diversas áreas artísticas. Contudo, isso é uma outra história. Exercícios: 1. Destaque qual o poeta e a qual movimento literário brasileiro inspirou-se Chacal para a confecção de sua poesia. Identifique o poema trabalhado em sala que faça essa referência. 2. A produção poética dos jovens nos anos 70 recebeu a alcunha de poesia marginal. A partir do poema “Alô, é o quampa?”, comente a utilização deste termo, o que a caracterizava como marginal e se havia semelhança com a geração anterior, dos tropicalistas e pós-tropicalistas do final dos anos 60.
11. Bibliografia: COHN, Sergio (org). Nuvem Cigana - poesia e delírio no Rio dos anos 70. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2007. CHACAL. Belvedere (1971-2007). São Paulo: Cosac Naify, 2007 (Coleção Ás de Colete: 18). HOLLANDA, Heloísa Buarque. Impressões de viagem - CPC, Vanguarda e Desbunde: 1960/1970. São Paulo: Brasiliense, 1980. Chacal na web: http://chacalog.zip.net - blog pessoal do poeta http://cep.zip.net - blog do CEP 20.000
12. Mimeógrafo http://perguntadificil.wordpress.com/2008/03/09/ Acessado em 20/10/2008 O Guilherme (Mandaro) foi uma pessoa fundamental. (...) porque ele dava aula num curso pré-vestibular onde tinha um bendito de um mimeógrafo, e foi lá que a gente imprimiu os livros, o meu e o “Muito prazer”, do Chacal. Nós imprimimos clandestino, foi meio um golpe, indo para lá depois das 11 da noite, quando o cursinho já estava fechado. (COHN, p. 22)