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Alcântra Machado
Escritor brasileiro da fase modernista (São Paulo, 1901 -Rio de Janeiro, 1935). Uma das figuras mais representativas do movimento modernista
nopaís.
Era dotado de um grande espírito de observação, de agudo senso caricatural e, ao mesmo tempo, poético. Usou o vocabulário e a sintaxe
popular brasileira, diminuindo a distância entre as linguagens falada e escrita. Evitou os exageros da primeira fase do modernismo e atingiu uma
linguagem leve, flexível e expressiva. Seu livro de estréia, Pathé-baby (1926) reúne crônicas de viagem. Os contos de Brás BexigaeBarra
Funda(1972) e Laranja da China(1928) retratam quadros, cenas e tipos ítalo-brasileiros dos bairros operários paulistanos. Mana Maria( 1936) é um
romance inacabado. O ensaio Anchieta na Capitaniade São Vicente(1928) deu ao autor o prêmio da Sociedade Capistrano de Abreu.
Obras de Alcântara Machado :
Pathé Baby, romance, 1926
Brás, Bexiga e Barra Funda, contos, 1928
Laranja da China, contos, 1929
Maria Maria, romance, 1936, póstuma
Cavaquinho e Saxofone, ensaio, 1940, póstuma
Cassiano Ricardo
Cassiano Ricardo Leite nasceu em São José dos Campos 1895, e estudou Direito em São Paulo e no Rio de Janeiro. Atraído
desde cedo para as letras, aos 12 anos, fundou, em sua cidade natal, a revista "Íris", e quando estudante em São Paulo,
"Panóplia". Mais tarde, lançou "Novíssima". Iniciou-se no jornalismo profissional no "Correio Paulistano", vindo a fundar ou
dirigir vários jornais no futuro, entre eles "Anhanguera" e "A Manhã". Foi também editor, ensaísta, historiador, estudioso de
temas sociológicos, pertencente à Academia Paulista e Brasileira de Letras.
Atendendo à estes chamados de sua época, é que foi, primeiro, um contemplativo; depois um intérprete de anseios
nacionalistas, animado de entusiasmo, ávido de luz e de cor; e, por fim, um radar sensibilíssimo do convulso e sombrio mundo
contemporâneo. Ser poeta, para ele, é um atormentado ofício, que atualmente exerce sob forma interiorizado. Recolhida e
depurada, fazendo seus versos, não apenas transferindo-os para o todo coletivo, de que é a voz ou o megafone.
Principais obras do escritor Cassiano Ricardo
Poesia:
Indômitus
Papagaio Gaio
Os nomes dados a terra descoberta
Coroa mural
Canção para poder viver
Relâmpago
A rua
A graça triste
Curiosidades sobre Cassiano Ricardo
- É formado em Direito
- Participou dos grupos modernistas “Verde Amarelo” e “Anta”, juntamente com Plínio Salgado, Menotti del Picchia, Raul Bopp,
Cândido Mota Filho e outros;
- Presidente do Clube da Poesia em São Paulo e foi reeleito várias vezes
- Muitos de seus poemas foram traduzidos para vários idiomas
- Aos 12 anos fundou a revista Íris
- Recebeu influências do Concretismo e Praxismo.
Principais características da obra de Cassiano Ricardo
Como outros modernistas da primeira fase, Cassiano Ricardo estreou sob influências parnasiano-simbolistas, de que são
exemplos os livros Dentro da noite (1915) e A frauta de Pã (1917). Contudo, sua inquietação estética fez com que chegasse a
experiências das vanguardas poéticas mais recentes.
Com Vamos caçar papagaios (1926) e Martim-Cererê (1928), o poeta entra em sua fase nacionalista “verde-amarelista”, em
que predomina a brasilidade dos temas.
Oswald Andrade
Oswald de Andrade é um poeta da 1ª fase do modernismo.
Entre as características gerais de sua obra, são marcantes:
Poemas rápidos, cheios de irreverência, ironia, coloquialismos. Tematicamente relacionados ao cotidiano e à identidade do povo
brasileiro, em especial ao seu jeito de falar.
Características estéticas: grande liberdade formal, com o uso de versos livres (metrificação irregular) e brancos (sem esquemas de rima),
pontuação despreocupada etc. Percebemos que o autor, envolto pelo instinto crítico, se atém ao sentimento ufanista extremamente
cultuado pelos artistas do Romantismo, em especial por Gonçalves Dias, em A canção do exílio. Mediante tal constatação, surge-nos uma
dúvida: o porquê da crítica, se o Modernismo também foi um movimento voltado para as raízes, para uma construção de uma identidade
verdadeiramente nacional. Resta-nos inferir que ambas as concepções, mesmo sendo semelhantes, se divergiram em um aspecto: o
nacionalismo moderno não possui o estandarte do nacionalismo romântico - ufanista por excelência.
Arraigados por um conhecimento mais amplo acerca das características de sua temática, vamos então conhecer um pouco mais sobre a
trajetória artística de Oswald de Andrade.
Nasceu no ano de 1890 e morreu em 1954, na cidade de São Paulo. Provindo de uma família ilustre, cursou a faculdade de Direito do Largo
São Francisco, formando-se em 1912. Fez sua primeira viagem à Europa em 1912 e, quando lá retornou, em 1924, lançou o livro de
poemas, introdutor do Movimento Pau-Brasil. Em 1931 filiou-se ao Partido Comunista, conservando tal ideologia até o final de sua vida.
Dentre as suas criações de cunho inovador, destacam-se: Pau-Brasil (1925); Cântico dos cânticos para flauta e violão (1945); O
escaravelho de ouro (1945); Os condenados (1922); A escada vermelha (1934);Memórias sentimentais de João Miramar (1924); Serafim
Ponte Grande (1933); e no teatro – O homem e o cavalo (1934), A morta (1934) e O rei da vela (1937).

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  • 1. Alcântra Machado Escritor brasileiro da fase modernista (São Paulo, 1901 -Rio de Janeiro, 1935). Uma das figuras mais representativas do movimento modernista nopaís. Era dotado de um grande espírito de observação, de agudo senso caricatural e, ao mesmo tempo, poético. Usou o vocabulário e a sintaxe popular brasileira, diminuindo a distância entre as linguagens falada e escrita. Evitou os exageros da primeira fase do modernismo e atingiu uma linguagem leve, flexível e expressiva. Seu livro de estréia, Pathé-baby (1926) reúne crônicas de viagem. Os contos de Brás BexigaeBarra Funda(1972) e Laranja da China(1928) retratam quadros, cenas e tipos ítalo-brasileiros dos bairros operários paulistanos. Mana Maria( 1936) é um romance inacabado. O ensaio Anchieta na Capitaniade São Vicente(1928) deu ao autor o prêmio da Sociedade Capistrano de Abreu. Obras de Alcântara Machado : Pathé Baby, romance, 1926 Brás, Bexiga e Barra Funda, contos, 1928 Laranja da China, contos, 1929 Maria Maria, romance, 1936, póstuma Cavaquinho e Saxofone, ensaio, 1940, póstuma Cassiano Ricardo Cassiano Ricardo Leite nasceu em São José dos Campos 1895, e estudou Direito em São Paulo e no Rio de Janeiro. Atraído desde cedo para as letras, aos 12 anos, fundou, em sua cidade natal, a revista "Íris", e quando estudante em São Paulo, "Panóplia". Mais tarde, lançou "Novíssima". Iniciou-se no jornalismo profissional no "Correio Paulistano", vindo a fundar ou dirigir vários jornais no futuro, entre eles "Anhanguera" e "A Manhã". Foi também editor, ensaísta, historiador, estudioso de temas sociológicos, pertencente à Academia Paulista e Brasileira de Letras. Atendendo à estes chamados de sua época, é que foi, primeiro, um contemplativo; depois um intérprete de anseios nacionalistas, animado de entusiasmo, ávido de luz e de cor; e, por fim, um radar sensibilíssimo do convulso e sombrio mundo contemporâneo. Ser poeta, para ele, é um atormentado ofício, que atualmente exerce sob forma interiorizado. Recolhida e depurada, fazendo seus versos, não apenas transferindo-os para o todo coletivo, de que é a voz ou o megafone. Principais obras do escritor Cassiano Ricardo Poesia: Indômitus Papagaio Gaio Os nomes dados a terra descoberta Coroa mural Canção para poder viver Relâmpago A rua A graça triste Curiosidades sobre Cassiano Ricardo - É formado em Direito - Participou dos grupos modernistas “Verde Amarelo” e “Anta”, juntamente com Plínio Salgado, Menotti del Picchia, Raul Bopp, Cândido Mota Filho e outros; - Presidente do Clube da Poesia em São Paulo e foi reeleito várias vezes - Muitos de seus poemas foram traduzidos para vários idiomas - Aos 12 anos fundou a revista Íris - Recebeu influências do Concretismo e Praxismo. Principais características da obra de Cassiano Ricardo Como outros modernistas da primeira fase, Cassiano Ricardo estreou sob influências parnasiano-simbolistas, de que são exemplos os livros Dentro da noite (1915) e A frauta de Pã (1917). Contudo, sua inquietação estética fez com que chegasse a experiências das vanguardas poéticas mais recentes.
  • 2. Com Vamos caçar papagaios (1926) e Martim-Cererê (1928), o poeta entra em sua fase nacionalista “verde-amarelista”, em que predomina a brasilidade dos temas. Oswald Andrade Oswald de Andrade é um poeta da 1ª fase do modernismo. Entre as características gerais de sua obra, são marcantes: Poemas rápidos, cheios de irreverência, ironia, coloquialismos. Tematicamente relacionados ao cotidiano e à identidade do povo brasileiro, em especial ao seu jeito de falar. Características estéticas: grande liberdade formal, com o uso de versos livres (metrificação irregular) e brancos (sem esquemas de rima), pontuação despreocupada etc. Percebemos que o autor, envolto pelo instinto crítico, se atém ao sentimento ufanista extremamente cultuado pelos artistas do Romantismo, em especial por Gonçalves Dias, em A canção do exílio. Mediante tal constatação, surge-nos uma dúvida: o porquê da crítica, se o Modernismo também foi um movimento voltado para as raízes, para uma construção de uma identidade verdadeiramente nacional. Resta-nos inferir que ambas as concepções, mesmo sendo semelhantes, se divergiram em um aspecto: o nacionalismo moderno não possui o estandarte do nacionalismo romântico - ufanista por excelência. Arraigados por um conhecimento mais amplo acerca das características de sua temática, vamos então conhecer um pouco mais sobre a trajetória artística de Oswald de Andrade. Nasceu no ano de 1890 e morreu em 1954, na cidade de São Paulo. Provindo de uma família ilustre, cursou a faculdade de Direito do Largo São Francisco, formando-se em 1912. Fez sua primeira viagem à Europa em 1912 e, quando lá retornou, em 1924, lançou o livro de poemas, introdutor do Movimento Pau-Brasil. Em 1931 filiou-se ao Partido Comunista, conservando tal ideologia até o final de sua vida. Dentre as suas criações de cunho inovador, destacam-se: Pau-Brasil (1925); Cântico dos cânticos para flauta e violão (1945); O escaravelho de ouro (1945); Os condenados (1922); A escada vermelha (1934);Memórias sentimentais de João Miramar (1924); Serafim Ponte Grande (1933); e no teatro – O homem e o cavalo (1934), A morta (1934) e O rei da vela (1937).