Este documento discute a literatura periférica e seus autores, que escrevem sobre temas do cotidiano a partir de suas próprias experiências nas periferias brasileiras. A literatura periférica se caracteriza pela pluralidade de temas abordados e pelo uso de linguagem coloquial. O documento defende que a inclusão dessa literatura na sala de aula pode despertar o interesse dos alunos pela leitura e ampliar seu repertório literário.
2. LITERATURA MARGINAL
Na Literatura Marginal encontramos traços da
oralidade misturados a termos de linguagem culta.
Incorreções, sintáticas ou de pontuação. Selo
editorial desconhecido.
Porém, na atualidade, especialistas o elogiam como
donos de um estilo literário próprio e relevante?
3. Essa Literatura já tem alguns autores importantes e
talentosos, como:
Ferrez;
Sergio Vaz;
Sacolinha;
Alan da Rosa;
Dinha e
Rose da Coperifa.
4. ORIGEM DOS AUTORES
TEMÁTICA ABORDADA
Este movimento reúne autores que têm berço nas periferias
brasileiras, escrevem sobre temáticas diversas e se mantêm
distantes das normas cultas propositalmente.
Cátia Cernov, no recém-lançado Amazônia em Chamas, por
exemplo, reúne contos sobre ecologia. Rodrigo Ciríaco, em
Te Pego Lá Fora, aborda o cotidiano escolar. Heloisa explica
que, no início de carreira, os escritores marginais tendem a
falar mais sobre sua realidade, a respeito do "próprio CEP",
como eles mesmos definem. Mas muitos abordam outros
temas depois.
5. CARACTERÍSTICA DA LITERATURA MARGINAL
A literatura marginal tem como característica a
pluralidade.
Ela não deve ser, por exemplo, tachada simplesmente
de violenta ou de retrato da pobreza e da
marginalidade, como costuma ocorrer. Esses temas
fazem parte de seu repertório, mas não são os únicos.
6. Ao promover o estudo de produções marginais, o
professor tende a despertar o interesse dos alunos pelo
hábito da leitura e amplia o repertório deles de várias
maneiras .
A razão é o contato com os variados gêneros textuais
marcados por temáticas geralmente cotidianas e com
linguagem coloquial. Somam-se a isso termos e
construções textuais diversificados e às vezes mais
palatáveis e autores que não estão no panteão culto,
aproximando a relação entre quem escreve e quem lê.
7. Os alunos podem não perceber a função dos objetos
de mediação usados pelo autor, como palavrões e
distorções da realidade, e acabar rejeitando a obra.
Ou, no extremo oposto, ainda ignorando a mediação,
se identificar em demasia com ela e passar a fazer
apologia descabida ao material.
É preciso ajudar os estudantes a comparar produções
de naturezas diversas. Não com o intuito de mostrar
como uma é inferior à outra, mas para que entendam
como e por que diferentes grupos interpretam e
registram questões muito semelhantes. E, é claro,
para se despir de todos os preconceitos.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Cultura Letrada - Literatura e Leitura, Márcia
Abreu, 128 págs., Ed. Unesp, tel. (11) 3242-7171, 15
reais.