O autor discute como, apesar das constantes mudanças e reformas, os problemas de desigualdade e insucesso escolar permanecem no sistema educativo devido à impotência das políticas educativas. As reformas top-down raramente funcionam bem se não incorporarem os principais atores do sistema educativo. As políticas educativas precisam ser mais consistentes e eficazes e incorporar todos os envolvidos no processo de reforma.
Conferência "Projetar o Futuro" - A educação para um mundo em mudança Caixa Geral Depósitos
Conferência "Projetar o futuro: uma educação para a sustentabilidade!"
Resumo da apresentação da Maria Emília Brederode Santos -
Membro do Conselho Nacional de Educação
Conferência "Projetar o Futuro" - A educação para um mundo em mudança Caixa Geral Depósitos
Conferência "Projetar o futuro: uma educação para a sustentabilidade!"
Resumo da apresentação da Maria Emília Brederode Santos -
Membro do Conselho Nacional de Educação
Educadoras e Educadores - Quinze de Outubro / Vale do Ribeira é um coletivo em movimento composto não somente por professores da rede pública estadual, mas também por outras educadoras e educadores dos mais diferentes níveis, incluindo alunos, pais, funcionários da Educação Infantil, da Educação básica e da Educação Supeiror, que buscam transformar a Educação não somente através da Educação, mas também pelas lutas sociais de associações, grêmios estudantis, sindicatos e movimentos sociais.
A Construção da Escola Pública como Instituição Democrática: Poder e particip...Jurjo Torres Santomé
Jurjo Torres Santomé (2001). "A Construção da Escola Pública como Instituição Democrática: Poder e Participação da comunidade". Currículo sem Fronteiras, v.1, n.1, Janeiro/Junho, pp. 51-80.
Resumo:
Em tempos de crise ou de reestruturação dos mercados, da produção, distribuição e consumo de bens o sistema educativo é considerado particularmente importante para o desenvolvimento económico das nações. Este artigo analisa o processo de crescente naturalização da relação entre educação e mercado, bem como as políticas educativas neoliberais de escolha que reforçam, cada vez mais, uma sociedade hierarquizada, onde a igualdade de oportunidades se converte num ideal cada vez mais distante. Para combater estas políticas dominantes, o artigo defende a ideia de uma democracia dialogante, onde as salas de aula são convertidas em espaços onde se garante a liberdade para expressar ideias e convicções. Somente aí se recupera a verdadeira razão de ser da escola: a de um espaço onde se aprende a ser cidadãs e cidadãos, a analisar informada e criticamente o que está ocorrendo na sociedade e a criar disposições e atitudes positivas de colaboração e participação na resolução de problemas colectivos.
Educadoras e Educadores - Quinze de Outubro / Vale do Ribeira é um coletivo em movimento composto não somente por professores da rede pública estadual, mas também por outras educadoras e educadores dos mais diferentes níveis, incluindo alunos, pais, funcionários da Educação Infantil, da Educação básica e da Educação Supeiror, que buscam transformar a Educação não somente através da Educação, mas também pelas lutas sociais de associações, grêmios estudantis, sindicatos e movimentos sociais.
A Construção da Escola Pública como Instituição Democrática: Poder e particip...Jurjo Torres Santomé
Jurjo Torres Santomé (2001). "A Construção da Escola Pública como Instituição Democrática: Poder e Participação da comunidade". Currículo sem Fronteiras, v.1, n.1, Janeiro/Junho, pp. 51-80.
Resumo:
Em tempos de crise ou de reestruturação dos mercados, da produção, distribuição e consumo de bens o sistema educativo é considerado particularmente importante para o desenvolvimento económico das nações. Este artigo analisa o processo de crescente naturalização da relação entre educação e mercado, bem como as políticas educativas neoliberais de escolha que reforçam, cada vez mais, uma sociedade hierarquizada, onde a igualdade de oportunidades se converte num ideal cada vez mais distante. Para combater estas políticas dominantes, o artigo defende a ideia de uma democracia dialogante, onde as salas de aula são convertidas em espaços onde se garante a liberdade para expressar ideias e convicções. Somente aí se recupera a verdadeira razão de ser da escola: a de um espaço onde se aprende a ser cidadãs e cidadãos, a analisar informada e criticamente o que está ocorrendo na sociedade e a criar disposições e atitudes positivas de colaboração e participação na resolução de problemas colectivos.
Fundamentos e perspetivas de inovação educativa e curricular 2014 finalBartolomeu Varela
Não obstante as profundas e aceleradas mudanças que ocorrem no contexto da globalização e da sociedade do conhecimento, em que vivemos, inúmeras são as influências do velho paradigma civilizacional e cultural nas nossas vidas. Em relação à educação, a realidade é complexa, posto que, a par dos avanços significativos, que se expressam, designadamente, na expansão do acesso à educação a diversos níveis, confrontamo-nos com problemas e desafios que devem ser encarados numa perspetiva inovadora, quer em sede de formulação das mega e macropolíticas, quer em termos de assunção de um maior e mais consequente protagonismo das meso e microestruturas educativas, em especial dos gestores, professores e alunos, enquanto sujeitos e garantes do sucesso das políticas, reformas, mudanças e inovações no setor da educação.
Nesta comunicação, além de se proceder a uma breve revisão da literatura sobre os conceitos e fundamentos da inovação educacional, pretende-se evidenciar que, a despeito das tendências de centralização, recentralização e uniformização das políticas educativas, existem espaços e oportunidades de uma abordagem interpretativa, reflexiva e inovadora da educação e do currículo nos contextos locais e de escola, ilustrando esta tese com uma experiência em curso no concelho da Praia (Cabo Verde) com a elaboração autóctone de projetos educativos e curriculares.
Palavras-chave: educação, currículo, inovações.
Praia, Cabo Verde, outubro de 2014
Ph.D. Bartolomeu Varela
Este trabalho foi apresentado à disciplina de Estado, Políticas Sociais e Educação, sob a orientação da Prof. Suely Ferreira. E tem como objetivo mostrar que a classe dos profissionais da educação estão se deixando levar pelos discursos neoliberais, e deixando para trás seu conhecimento adquirido, deixando de por em prática aquilo que aprenderam, deixando de criar seu espaço para transformar a realidade, retrocedendo intelectualmente, deixando que a mídia faça uma lavagem cerebral. Aborda também a educação como mercadoria, e o papel das estratégias e manobras que o Estado faz....
1. Doutorando em Ciências de Educação –AOE- UCP-FEP- PORTO Prof.Doutor José Joaquim Matias Alves <br />Philipe Perrenoud (2002). Faculté de Psychologie et dês sciences de l´éducation Université de Géneve<br />OS SISTEMAS EDUCATIVOS FACE ÀS DESIGUALDADES E AO INSUCESSO ESCOLAR: UMA INCAPACIDADE MESCLADA DE CANSAÇO <br /> <br />TESES<br />O sucesso do sistema educativo depende em grande medida das políticas educativas<br />As reformas do paradigma “ top down “ sempre encontrarão problemas se não incorporarem os principais utentes do sistema educativo.<br />PALAVRAS-CHAVE<br />Sistema educativo ; Insucesso escolar; Politicas educativas ; Reformas <br />AUTORES DA BIBLIOGRAFIA MAIS CITADOS<br />Neste artigo , o autor citou outros autores para substanciar a sua abordagem, os com maior frequência além dele citou Hutmacher.<br />Perrenoud (6 vezes); Hutmacher (2 vezes)<br />RESUMO<br />O autor inicia a sua abordagem dando exemplo das várias metamorfoses que o sistema educativo tem empreendido com o intuito de oferecer melhor serviço aos seus utentes, e que no entanto, os aspectos como os insucessos e os abandonos escolares, e as desigualdades sociais continuam a resistir. <br />Com o desenvolvimento das sociedades, surgem novos desafios, pois, o que apoquenta mais hoje em dia o sistema educativo é a violência e a falta de civismo, o cepticismo em relação ao princípio de uma educação para todos, e não o insucesso escolar como era na década 1950 afirma Perrenoud citando Hutmacher e Isambert-Jamati respectivamente.<br />O artigo afirma que apesar do sistema ideológico actual ser completamente diferente da outrora, não há motivos para o desespero, porque o insucesso escolar e as desigualdades sociais não ficaram sem efeito, exemplificando: ″ o destino escolar das raparigas e rapazes está em vias de se aproximar, até mesmo de se inverter a hierarquia.״ Portanto, há árduo trabalho em todas as frentes com vista a corresponder as crescentes necessidades da sociedade no âmbito do ensino.<br />Entretanto, afirma o autor que todas essas tentativas de melhorar o sistema educativo continuam aquém das crescentes expectativas, devido a inconstância, a incoerência e a ineficácia programada das políticas educativas. Essa impotência das politicas educativas faz com que os culpados sejam sempre os outros, (professores queixam-se dos alunos e suas famílias e vice-versa, os pais queixam-se da escola e vice versa, os políticos dos antigos governantes, assim sucessivamente) prevalecendo deste modo a “guerra dos surdos”.<br />Diz ainda o autor que as reformas das políticas educativas devem incorporar os actores sociais envolvidos ou os seus representantes e não o paradigma top down. E disse mais, enquanto a visão acerca da organização da escola oscilar entre o autoritarismo centralizador dos poderes organizativos e a vontade dos professores de fazerem o que querem sem prestar contas, é provável que qualquer reforma, por prometedora que seja no fundo, esteja votada ao fracasso, porque os jogos dos actores a reduzirão por um lado a mais algumas prescrições e, por outro, a novas artimanhas para escapar à mudança.<br />Termina Perrenoud dizendo que actualmente a tendência é mais de negociar do que outrora, na fase de génese das reformas.<br />COMENTÁRIO CRÍTICO<br />O sucesso do sistema educativo depende em grande medida das políticas educativas<br />O sistema educativo sofreu constantemente mudanças tanto parciais como radicais ao longo da história da sociedade humana. O que era grande problema na altura já não é hoje, aliás, já não tem a mesma intensidade hoje em dia. É Dinâmica sócio-científica. Quando o tempo passa as exigências do sistema educativo aumenta, as exigências da sociedade perante à escola igualmente aumentam, exige-se tudo a todos. Pelo o que se conhece até hoje, em nenhuma época se declarou que o sistema educativo imanente é o melhor e satisfaz plenamente as expectativas da sociedade. Sempre houve insatisfação, crítica e questionamento.<br />As políticas educativas têm sido o alvo principal das críticas. No dizer de Perrenoud “Talvez seja de impotência que se trata. Mas ela nada deve à “ natureza dos alunos ”. Tem antes a ver com a inconstância, a incoerência e a ineficácia programada das nossas políticas educativas”.<br />Como se pode perceber na citação do autor, as metamorfoses operadas no sistema educativo têm fracassado devido a impotência das políticas educativas. Apesar das críticas as políticas educativas, pela sua impotência, julgo eu que em nenhuma época aparecerá uma declaração de plena satisfação; de victória; e finalmente, o fim de exigência no sistema educativo. Enquanto existir dinámica social e científica nada de plena satisfação, mas sempre questionamento, que é correcto e cientifico. É concentâneo que as políticas educativas sejam sempre apertadas (exigidas) para não “dormirem na forma”, mas de que estão a trabalhar, estão, mesmo não tendo capacidade de satisfazer a tudo e a todos.<br />As reformas do paradigma “ top down “ sempre encontrarão problemas se não incorporarem os principais utentes do sistema educativo.<br />É importante perceber que a visão de reformas nem sempre inicia de cima para baixo. Os professores, alunos, pais e incarregados da educação, funcionários da educação, políticos e outros poderão já ter há muito tempo se apercebidos das grandes lacunas do sistema educativo e que se precisa de reformas. Deste modo as reformas devem ser partilhadas por todos, para evitar graves lacunas ao deliberar de cima para baixo (top down) sem consultas, como tem sido genericamente em Moçambique. <br />O autoritarismo centralizador dos poderes organizadores, e a falta de parceria e egocentrismo de direcção tem redundado em fracasso no sistema educativo, o que exige de forma urgente a sua inversão.<br /> Portanto, a escola deve beneficiar-se das politicas educativas e as pratica dos actores, onde abunda a autoridade negociada, parceria.<br />