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PSICOLOGIA APLICADA À EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA: como a
tecnologia afeta a aprendizagem
Wellyson PEREIRA ROCHA (01) e Thiago RODRIGO MELO DE SOUSA(02)
(1) IFMA – SANTA INÊS - MA, Brasil. E-mail: wellysonbill@gmail.com
(2) IFMA – SANTA INÊS - MA. E-mail: thiago.mellosousa@gmail.com
RESUMO
Este artigo tem como objetivo demostrar as influências causadas pela tecnologia nas
ferramentas e metodologias docentes e consequentemente no aprendizado dos alunos. Será se a
Psicologia contribui de forma aplicada associando educação, tecnologia e aprendizagem?
(Sebastião Marcos Ribeiro de Carvalho e Patrícia Unger Raphael Bataglia 2014); no campo da
educação, Desafios de um novo público alvo (Barbosa, & Souza, 2012).; A linha da tecnologia
afirma que as informações vêm cada vez mais de forma mastigada (Mercado 2002), e outros
autores também comentam e dão importância a esses assuntos. Os dados registrados foram
obtidos através pesquisa bibliográfica. Os resultados a serem divulgados a seguir ajudam a
desenvolver métodos que minimizem os efeitos causados pela tecnologia no ambiente
educacional, influências essas que podem ser construtivas, como por exemplo, a diversidade de
metodologias em sala de aula, e também negativas como a troca do desejo da explicação de
determinados fenômenos por uma resposta rápida e objetiva. A psicologia ajuda a diagnosticar
até onde essas influências podem interferir na aprendizagem e desenvolver métodos que possam
diminui-las.
PALAVRAS-CHAVE: Tecnologia; Educação; Psicologia; Aprendizagem.
INTRODUÇÃO
A progressiva difusão da tecnologia na sociedade tem causado mudanças
significativas no sentido politico, cultural e principalmente educacional. Essa realidade
tem mudado inclusive a forma de viver das pessoas fazendo com que as mesmas tenham
suas rotinas e pensamentos modificados constantemente.
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Aparentemente nenhuma fatia da sociedade consegue se imunizar a essas
mudanças, ou seja, independentemente de cor, raça, nacionalidade, realidade financeira
ou cultural, todos sofrem as mudanças no estilo de vida proporcionado pelo avanço
tecnológico generalizado.
Aprendizagem, no sentido real da palavra, acontece em todo lugar e em todo
tempo, “Se você for atropelado vai aprender a não atravessar a rua sem olhar para os
lados”, mas no contexto escolar essa aprendizagem tem muito mais a ver com as
relações de trocas de conhecimento e experiência que os alunos têm com os professores
e também com todo o ambiente escolar. Se há mudança generalizada na sociedade por
conta da tecnologia, a educação, e mais especificamente a aprendizagem, também sofre
alteração, tanto nas ideias e metodologias docentes como, principalmente, no corpo
discente, uma vez que os mesmos estão geralmente mais ligados nessas alterações
tecnológicas do que o próprio professor.
Nos países em desenvolvimento, a introdução de novas tecnologias na educação
constitui uma realidade. No Brasil, por exemplo, observa-se, no nível fundamental e
médio e principalmente nas instituições de ensino superior, que as tecnologias vêm
progressivamente sendo introduzidas.
É com base nessa realidade que pretendemos estudar o tema proposto propondo
uma constante busca de novas sínteses, realidades e propostas para incorporar os
educadores e as instituições de todos os campos da educação para se adaptarem e
extraírem o máximo possível de um novo tempo. Partindo dessa linha de análise
propõe-se o seguinte problema de pesquisa: Qual a influência da tecnologia para a
atuação dos docentes? E os alunos, também são influenciados? Em que a psicologia
pode ajudar a adaptação da educação a essa enxurrada de mudanças?
A psicologia tem a função de observar o ser humano individualmente e suas
distintas reações ao se exporem a mudanças em sociedade. Fica tudo mais interessante
ainda quando a psicologia percebe as influências que essas mudanças exercem,
sobretudo na aprendizagem, e a partir desse diagnóstico conseguimos tecer algumas
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ferramentas que nos ajudarão a diminuir esses impactos na aprendizagem e
consequentemente na educação. Veja o que diz um trecho de um artigo de Francisco
Mendes da Silva (2003):
A democratização do saber por meio da informação propõe alternativas que
busquem produzir, socializar e facilitar o acesso ao conhecimento,
ultrapassando a metodologia de trabalho fundamental da reprodução para a
produção de conhecimento. Por isso, torna-se necessário buscar um
referencial teórico que discuta a questão prática e a teoria na educação. Os
computadores, que estão cada vez mais presentes na sociedade, chegam às
escolas como recurso importante para a modernização do sistema
educacional, permitindo e facilitando a concretização da produção de
trabalhos, por exemplo, o acesso à internet trouxe consigo mudanças radicais
no processo ensino-aprendizagem. Dessa forma, a sua inserção no ensino é
um processo irreversível e a revolução tecnológica em curso, está se dando
sem que os educadores possam detê-la. Diante disso, faz-se necessário um
acompanhamento do impacto tecnológico sobre a educação no ensino
superior, com o objetivo principal das melhorias da qualidade do ensino.
Ele ressalva a necessidade de se discutir o tema citado mediante as reais influências
observadas em sala de aula caudadas pelo mau uso de tecnologia em sala de aula. Essas
transformações tendem a acontecer cada vez mais e com mais variedades então pará-las
não é uma opção, as opções disponíveis são: ficar de braços cruzados e prejudicar
muitos alunos que não tem conhecimento e maturidade para reagir a essas
transformações ou trabalhar de mãos dadas com a psicologia da educação para
aproveitar as mudanças tecnológicas como soma no processo ensino-aprendizagem.
1 A INTERFERÊNCIA DA TECNOLOGIA NA APRENDIZAGEM
Como já comentamos, as transformações tecnológicas influenciam toda a equipe
educacional, ou seja, interfere na estrutura da escola, nas ferramentas docentes, nas
respostas discentes e em uma infinidade de conceitos.
O quadro negro e um giz. Isso já foi suficiente para haver aprendizagem em uma
sala de aula e, de fato havia, mas os tempos mudaram e o que seria suficiente para uma
aula perfeita agora não é mais, e uma escola que dispõe de apenas essas ferramentas é
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criticada e classificada como deficiente. Só pelo conceito atribuída à suposta escola
citada, já percebemos as mudanças de conceitos formadas pelas transformações
tecnológicas, mas elas vão muito mais além.
1.1 A INTERFERÊNCIA DA TECNOLOGIA NO CORPO DOCENTE
Para haver aprendizado tem que haver ensino, então um professor percebe que
com o avanço tecnológico, desde que ele de adapte a isso, a sua caixa de ferramentas
didáticas tende a ficar cada vez mais pesada e a suas aulas supostamente mais atrativas e
mais penetrantes nos alunos. Se as ferramentas mudam, a metodologia educacional
também tende a mudar, ou seja, uma aula de dez anos atrás, mesmo usando mesmos
conceitos teóricos, mesmo tema ou mesmas informações, é, ou pode ser, completamente
diferente de uma aula atual, justamente pela distinção de ferramentas contemporâneas e
mais do que ferramentas, o público mudou. O professor tende a perceber que as
mudanças tendem a ser cada vez mais constantes, uma vez que ele busca alcançar a
maioria de alunos possíveis em sua aula, não será mais suficiente, como citado acima,
um quadro e um giz. Entretanto, qual seria o motivo de tanta influência no corpo
docente? Os professores existem em função dos seus alunos. Se temos um novo público,
novas prioridades, novos interesses, novos alunos, precisaremos portanto de variações
na didática e na metodologia. Portanto ninguém que exerce o magistério consegue
passar imune a essas transformações, o importante é que ao invés de nos perdermos em
uma infinidade de possibilidades didáticas, podemos acrescentar algumas pérolas a
nosso tesouro metodológico que foi adquirido com a experiência em sala de aula, ou
seja, fazer com que essas influências sejam sempre positivas, tanto para o corpo docente
quanto para seus respectivos alunos.
1.1 A INTERFERÊNCIA DA TECNOLOGIA NO CORPO DISCENTE
Aprendizagem na escola acontece quando o aluno, que sempre é o alvo principal,
é atingido pelo professor. A expressão atingir significa, nesse contexto, o ato de
alcançar a atenção daquele aluno para o objetivo proposto em sala de aula, e isso tem
sido cada vez mais difícil. O corpo discente é, sem dúvida, a parte mais importante da
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escola, eles merecem atenção e dedicação, mas coincidentemente é o grupo mais
afetado pelas renovações tecnológicas, e é aí que a aprendizagem dos mesmos pode ser
consideravelmente atingida e geralmente essa influência não é tão positiva como no
caso dos professores.
Com base nessa problemática surgem algumas questões. Existe alguma forma de
imunizar nossos alunos em relação a essas transformações? Existe pelo menos uma
forma de torná-las positivas? Na verdade acredito, assim como já foi afirmado no início,
que ninguém, no campo educacional, consegue estar completamente imune a essas
metamorfoses tecnológicas, entretanto o segundo questionamento na verdade pode ser
uma alternativa bem interessante, dá mesmo para proibir celulares nas escolas? E uso de
computadores em geral? Calculadoras? Já que é bem mais difícil, e talvez até errado,
evitar o uso dessas ferramentas em sala de aula, porque não utilizá-las para melhorar o
aprendizado? Portanto saber usar as coisas certas no tempo certo pode ser algo que
ajudaria bastante nessa questão. Mesmo que o docente perceba essas opções, e se o
aluno se negar a utilizar essas tecnologias para aprender? É aí que a psicologia da
educação pode ajudar de uma forma extraordinária.
2 PSICOLOGIA APLICADA À EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA
Quando procuramos minuciosamente investigar as causas da influencia
tecnológica tão visível em alunos e, por consequência, nos professores, percebemos algo
comum a esses indivíduos tão diferentes: a Humanidade. Por se condicionarem seres
humanos racionais estão diretamente expostos a quaisquer tipos de mudanças sociais e,
por serem únicos, como qualquer ser humano, tem reações diferentes mediante tais
mudanças. É exatamente aqui que a psicologia pode entrar para ajudar a minimizar
essas citadas influências. Observe o que Larocca (1999, p. 17) :diz a respeito:
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[...] é possível depreender que o potencial de contribuições da Psicologia da
Educação está marcado por duplo aspecto. O primeiro advém de sua
condição epistemológica, ou seja, do conhecimento científico que é o
conhecimento psicológico. O segundo, do fato de que este conhecimento
deve servir à Educação (como prática social multifacetada), colocando-a no
centro das análises e definindo, portanto, o seu papel na construção de um
projeto social.
Seguindo essa mesma visão, percebemos que no primeiro aspecto, o conhecimento
cientifico da psicologia é importante principalmente para que esse ser humano seja
entendido. Para Vygotsky, o universo que nos rodeia tem influencia sobre nossa vida,
ou seja, mudanças sociais estarão intimamente ligadas a variações de interesse e até
mesmo cosmovisões, daí a importância do professor conhecer tais teorias da psicologia
da educação para que o mesmo esteja apto a perceber essas mudanças, no caso,
tecnológicas, e observar a reação de seus alunos em relação a mesma, assim esses novos
conceitos que constantemente aparecem serão filtrados com menos dificuldade e ao invés
de prejuízo teremos progresso na relação ensino-aprendizagem.
O segundo aspecto, trata justamente da aplicação desses métodos na educação
e mais especificamente na aprendizagem. Mudanças no nível de aprendizado dos alunos
mediante transformações tecnológicas é a prova que as teorias de Vygotsky têm
fundamento. Mas então como explicar a dificuldade que alguns professores tem em
adaptar-se a essa educação tecnológica? Como Larocca (1999, p. 20) esclarece:
[...] nem sempre o professor tem claros os pressupostos teóricos em que se amparam suas decisões. É
comum professores declararem adesão a uma teoria específica ou dizerem que pegam um pouco de cada
teoria para tentar dar conta das manifestações presentes.
E, de fato, vemos teorias relativamente diferentes em alguns autores como o próprio
Vygotsky, Piaget e Freud mesmo que tratem de um mesmo tema, portanto com essas
diferenças podemos perceber que no universo da relação ensino-aprendizagem muita
coisa pode fazer diferença e de fato muitos professores tem dificuldade em colocar em
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prática os métodos psicológicos adequados para cada situação justamente por
perceberem um diferencial entra tais teorias.
Professores são psicólogos. Essa afirmação pode causar estranheza ao ser lida pela
primeira vez, mas se formos pensar com ou pouco mais de cuidado ela é, no mínimo,
interessante. Não se tem um professor sendo psicólogo de profissão, mas eu diria que
por vocação, ou seja, seu papel não esta limitado a observações das transformações do
meio escolar e suas supostas influencias no corpo discente, mas também na interferência
no próprio meio, por parte do professor, mediante aquilo que o próprio interpreta como
negativo ao crescimento intelectual do seu aluno.
Vejamos o que Oliveira (1993, p. 23) explica:
Processos psicológicos superiores são aqueles que caracterizam o
funcionamento psicológico tipicamente humano: ações conscientemente
controladas, atenção voluntária, memorização ativa, pensamento abstrato,
comportamento intencional.
A principal preocupação da psicologia da educação a respeito do tema
abordado nesse artigo é justamente a manutenção dos processos psicológicos acima
citados. Dentre os processos citados, usando o exemplo do uso de celular em sala de
aula, iniciamos com ações conscientemente controladas, ou seja, será se o uso do celular
no mio da aula é uma ação proposital do aluno? Ou será que ele se torna refém de um
objeto tecnológico e que mecanicamente precisa estar ligado a ele o tempo todo? Além
disso temo outro processo chamado de atenção voluntária, e outros questionamentos
vem aparecendo, a atenção que aquele celular tem do aluno deveria ser voltada para o
professor que esta tentando lhe ensinar algo, será que o aluno tem coincidência disso ou
a atenção que ele da para aquele aparelho é involuntária causada sensação de utilidade
caudada pelos aparelhos eletrônicos? Continuando com o estudo dos processos
psicológicos citados, temos agora a memorização ativa, memorização essa que nem
sempre é sinônimo de aprendizagem mas que sem dúvida é muito importante para este
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processo tão complexo. Sem atenção voluntária a aula e distraído no celular, que é o
exemplo em que estamos nos baseando, não pode haver memorização. Temos agora o
que chamamos de pensamento abstrato que é de uma importância gigantesca para o
processo de aprendizagem pois o abstracionismo faz parte de tudo que envolve
pensamentos desejos e objetivos humanos, o ser humano em si já é abstrato e sem essa
viagem no universo contido aula, não há aprendizagem, e, nesse caso, o celular ainda
tem como refém o nosso suposto aluno. E o último processo psicológico citado é o
comportamento intencional, ou seja, com base em nosso exemplo, um aluno que está
concentrado no celular durante a aula não apresenta processos psicológicos necessários
para haver aprendizagem ele se torna uma verdadeira vítima da tecnologia mal aplicada
e o maior prejudicado com isso é o próprio aluno, visto que nessas condições o
aprendizado é o mínimo ou até mesmo nulo. É assustador, mas o papel do professor, co
uso de aplicações da psicologia da educação é resgatar esse refém e trazer esses
processos psicológicos de volta com a direção proposta pelo próprio professor. Agora
imaginemos que o aluno se torne tão refém do aprendizado como ele é da tecnologia
mal aplicada? Podemos chegar a esse ponto, aprender é prazeroso, a grande diferença é
que muitos alunos não sentiram essa sabor. Portanto, se conseguirmos oferecer uma
fatia de conhecimento para a degustação de nossos alunos, será questão de tempo para
que se tornem amantes da aprendizagem e o celular usado como exemplo, será um
grande aliado na busca incessante de conhecimento.
3 APLICAÇÕES PRÁTICAS DE METODOLOGIAS QUE FILTRAM OS
IMPACTOS CAUSADOS PELA TECNOLOGIA NA APRENDIZAGEM
Mediante a problemática já apresentada, temos algumas opções que podem
ajudar a minimizar os efeitos negativos causados pela tecnologia referente a educação.
Quem nunca viu um aluno se distraindo no celular enquanto está lecionando? Esse é
apenas um dos inúmeros exemplos dessas interferências redundantemente citadas, e
como já falamos não seria solução proibir celulares nas escolas, por exemplo, mas
existe um ditado popular que se encaixa perfeitamente nas entrelinhas desse contexto:
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“se você não pode com seu inimigo, junte-se a ele”, pode ate parecer engraçado mas,
porque não usar o celular como uma ferramenta para aumentar os níveis de aprendizado
dos alunos, já que eles gostam tanto de usá-lo? Por que não desenvolver aplicativos que
os ajudem nas atividades, pesquisas bibliográficas ou qualquer outra coisa que mescle
tecnologia e aprendizado? É apenas um dos diversos exemplos de como podemos usar a
tecnologia como ferramenta para melhorar a absorção de conhecimento de nossos
alunos e impedir, ou pelo menos dificultar, que causem algum dano ao aprendizado.
Uso de efeitos visuais, sonoros ou ate mesmo uso de alguma atividade esportiva, que
use a tecnologia tão amada por eles, podem ser importantes formas de se alcançar
objetivos em sala de aula. É interessante que isso pode ser usado para os dois mais
importantes objetivos de um educador: a parte disciplinar e o próprio aprendizado. Para
um professor, não há satisfação apenas em ver seu aluno aprendendo se ele não tiver um
bom crescimento disciplinar, o que podemos chamar de maturidade, ou como chamava
Vygotsky, as faculdades superiores, Por outro lado de que importa a parte disciplinar
sem aprendizagem? É respondendo esses questionamentos que a psicologia da educação
pode ajudar aos professores a, não apenas se defender dos impactos negativos causados
pela tecnologia em sala de aula, mas também usar a mesma para fins proveitosos de
disciplina e principalmente aprendizado.
O preparo do professor mediante a problemática anteriormente citada está
intimamente ligado a sua formação. Se o professor entra no mercado sem conhecimento
das mudanças que inevitavelmente vão acontecer ele provavelmente vai ter dificuldades
em alcançar seus objetivos em sala de aula. Formar professores, conforme MERCADO
(2002,p.19), exige:
Mudanças na formação de conceber o trabalho docente, na flexibilização
dos currículos das universidades, e nas responsabilidades da escola no
processo de formação do cidadão; Socialização do aceso à informação e
produção de conhecimento para todos; Mudança de concepção do ato de
ensinar em relação aos novos modos de conceber o processo de aprender e
de acessar e adquirir conhecimento; Mudança nos modelos/marcos
interpretativos de aprendizagem, passando do modelo educacional
predominante instrucionista, para o modelo construtivista, Construção de
uma nova configuração educacional que integre novos espaços de
conhecimentos em uma proposta de inovação da universidade, na qual o
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conhecimento não está centrado no professor e nem no espaço físico e tempo
escolar, mas visto como processo permanente de transição,
progressivamente construído, conforme os novos paradigmas
Desenvolvimento dos processos interativos que ocorrem no ambiente
telemático, sob a perspectiva do trabalho cooperativo.
Como vimos, MERCADO (2002), apenas ressalva o papel da educação na ótica
psicológica, de contribuir na sociedade, ajudando os alunos a desenvolveres a chamada
maturidade, uma vez que eles não serão alunos para sempre e que em um intervalo de
tempo tem que estar prontos para tomarem suas próprias decisões e traçarem suas
própria prioridades inclusive classificar o uso de tecnologias ou seja, na escola eles
devem aprender a usar as ferramentas e ideias na hora certa para que na vida, fora a
escola, eles saibam reagir de forma coerente a quais quer tipos de mudanças e pelo
menos minimizar os efeitos negativos que as mesmas podem causar em suas vidas
.4 CONCLUSÃO
As repercussões do tema abordado ainda estão sendo escritas e discutidas por
diversos autores, tanto por professores e educadores quanto por outros profissionais
envolvidos no contexto atual das chamadas tecnologias educacionais. Neste artigo,
destacamos o grau de potencialidade da psicologia da educação na reflexão em torno da
relação Tecnologia-Ensino-Aprendizagem no sentido de positivar seus efeitos.
Na cibercultura, Como citou (Fabio Scorsolini-Comin-2003) as reflexões podem
girar em torno de como promover uma aproximação entre as características ambientais
das redes sociais e da web semântica e os conceitos trabalhados pela Psicologia da
Educação, por exemplo, criando espaços de interlocução que podem ou não receber
novas nomenclaturas (como Psicologia da Educação Virtual), mas que devem conservar
o espírito instaurado pelas sociedades do conhecimento e da informação: de que os
conhecimentos não são estanques e de que o diálogo continua inconcluso, por ser feito,
por ser modificado, aprimorado e desenvolvido de modo perene.
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Concluímos que as aplicações da psicologia da educação no estudo das
influencias da tecnologia no aprendizado tem se intensificado ao longo do tempo, uma
vez que essas questões assolam toda a equipe educacional, principalmente o corpo
discente e que essas aplicações, mesmo que não solucionem o problema, nos dão uma
alternativa para combatermos esses efeitos.
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