O documento descreve a vida e obra do poeta brasileiro Castro Alves. Ele era abolicionista e escreveu poemas celebrando a cultura africana e criticando a escravidão no Brasil. O documento detalha sua carreira literária, sua luta pela abolição e república, e sua morte prematura aos 24 anos devido à tuberculose.

1. Luzia07-12-2015

2. N°09-1847- Bahia
Castro Alves
1871 – Bahia
24 anos

3. Lá na úmida senzala,
Sentado na estreita sala,
Junto ao braseiro, no chão,
Entoa o escravo o seu canto,
E ao cantar correm-lhe em pranto
Saudades do seu torrão ...

4. De um lado, uma negra escrava
Os olhos no filho crava,
Que tem no colo a embalar...
E à meia voz lá responde
Ao canto, e o filhinho esconde,
Talvez pra não o escutar!

5. "Minha terra é lá bem longe,
Das bandas de onde o sol vem;
Esta terra é mais bonita,
Mas à outra eu quero bem!

6. "0 sol faz lá tudo em fogo,
Faz em brasa toda a areia;
Ninguém sabe como é belo
Ver de tarde a papa-ceia!

7. "Aquelas terras tão grandes,
Tão compridas como o mar,
Com suas poucas palmeiras
Dão vontade de pensar ...

8. "Lá todos vivem felizes,
Todos dançam no terreiro;
A gente lá não se vende
Como aqui, só por dinheiro".

9. O escravo calou a fala,
Porque na úmida sala
O fogo estava a apagar;
E a escrava acabou seu canto,
Pra não acordar com o pranto
O seu filhinho a sonhar!

10. Suas poesias mais conhecidas
são marcadas pelo combate à
escravidão, motivo pelo qual é
conhecido como
"
Foi o nosso mais inspirado
poeta condoreiro.
Sobre o Autor

11. Era um belo rapaz, de porte esbelto, tez
pálida, grandes olhos vivos, negra e basta
cabeleira, voz possante, dons e maneiras que
impressionavam a multidão, impondo-se à
admiração dos homens e arrebatando paixões
às mulheres. Ocorrem então os primeiros
romances, que nos fez sentir em seus versos,
os mais belos poemas líricos do Brasil.

12. Teve fase de intensa produção
literária e a do seu apostolado
por duas grandes causas: uma,
social e moral, a da abolição
da escravatura; outra, a
república, aspiração política
dos liberais mais exaltados.

13. Em 7 de setembro de 1868 fez a
apresentação pública de Tragédia no mar,
que depois ganharia o nome de
. No dia 25 de outubro,
foi reapresentada sua peça Gonzaga no
Teatro São José, musicada pelo compositor
mineiro, então residente em São Paulo,
Emílio do Lago.

14. Em fevereiro de 1870 seguiu para
Curralinho para melhorar a tuberculose que
se agravara, viveu na fazenda Santa Isabel,
em Itaberaba. Em setembro, voltou para
Salvador. Ainda leria, em outubro, A
cachoeira de Paulo Afonso para um grupo
de amigos, e lançou Espumas flutuantes.
Mas pouco durou.

15. Sua última aparição em
público foi em 10 de fevereiro
de 1871 numa récita
beneficente. Morreu às três e
meia da tarde, no solar da
família no Sodré, Salvador,
Bahia, em 6 de julho de 1871.

16. Grupo
Nossos Poetas
de Ontem, de Hoje,
de Sempre...

17. FORMATAÇÃO: LUZIA GABRIELE
EMAIL: luziagabriele@hotmail.com
FONTE: WIKIPÉDIA
POETA: CASTRO ALVES-A CANÇÃO DO AFRICANO
COLABORAÇÃO: ZÉLIA BAUER
COLABORAÇÃO: GILENO BEZERRA
FOTOS: INTERNET
MÚSICA:ERNESTO CORTAZAR BETWEEN BIRTH AND DEATH
DATA : 07 DE DEZEMBRO DE 2015