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Castro AlvesCastro Alves

Isabella Ruas
Caroline Reis
Daniely Assis
Integrantes

Um pouco do poema
“[...]Era um sonho dantesco... o tombadilho  
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...  
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...  
Negras mulheres, suspendendo às tetas  
Magras crianças, cujas bocas pretas  
Rega o sangue das mães:  
Outras moças, mas nuas e espantadas,  
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!  
E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente  
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,  
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...  
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,  
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!  
No entanto o capitão manda a manobra,
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!..."  
E ri-se a orquestra irônica, estridente. . .
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Qual um sonho dantesco as sombras voam!...
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!...  [...]”

Navios Negreiros
 Autor : Castro Alves
 Editora : Comboio de
corda
 Edição : Abril de 2009
 Edição original : 18 de
abril de 1868
 O livro é um poema
que fala sobre tráfico
de escravos.
 O autor inicia a história exaltando a natureza e o mar ( 84
primeiros versos ) onde existem grandes navios de espanhóis,
italianos , franceses e ingleses cada qual cantando uma musica
alegre. Quando ele está num ponto muito alto no mar, ouve uma
triste música e vê negros dançando sob tortura no porão de um
navio por divertimento dos traficantes. Como uma ave ele entra
no navio e fica transtornado e extremamente confuso com a
situação e então pede uma explicação pra Deus. Ele começa a citar
a vida livre dos negros antes da escravidão e compara essa vida ao
que eles tem agora, em porões fétidos e quentes. Procura saber
então de qual nação é o navio e se surpreende quando vê a
bandeira do Brasil. Indignado, invoca o patriarca da
independência, José Bonifácio e Cristóvão Colombo, o Descobridor
da América, para impedirem o navio de seguir viagem.
Resumo

Castro Alves
 Nasceu dia 14 de Março de 1847 na Bahia;
 Com 16 anos, foi para Recife, estudar
Direito;
 Em 1862 publicou seu primeiro poema,
Destruição de Jerusalém;
 Viajou para o Rio de Janeiro e foi recebido
José de Alencar que o recomendou para
Machado de Assis, para quem leu o
poema Gonzaga;
 Em 1868, em São Paulo, um tiro acidental
no pé durante uma caçada, obrigou-o a
uma cirurgia que, por fim, amputou seu
membro.
 Faleceu em 1871, em sua cidade natal, por
tuberculose pulmonar.
 Algumas publicações: Os escravos, Navios
Negreiros, A cachoeira de Paulo Afonso,
Espumas Flutuantes, A canção do Africano e
Gonzaga ou Revolução de Minas.
Os negrosOs negros

 Os negros no poema são considerados sem valor,
inferiores, sem posicionamento na sociedade ou em
todo um contexto cultural. Só possuem sua própria
cultura e o único momento de demonstrá-la é sobre
chibatadas e tortura. Em determinado ponto, ele vê
os negros como guerreiros, fortes e bravos homens
que saíram da África para sofrerem em navios. Para
Mário de Andrade, o autor não coloca os escravos a
sua altura mas se abaixa até eles como se a África
não fosse uma terra diferente mas uma infelicidade.
Os negros

Ele está fora da história e sente
as emoções de se estar
presenciando cenas de tortura e
escravidão que os traficantes
trazem para dentro do navio.
O narrador

Escravidão
 O poema é passado
numa época onde
havia tráfico de
negros da África
para o Brasil. Esse
comércio foi abolido
em 1888 pela
Princesa Isabel.
“[...]Ontem plena liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cúm'lo de maldade,
Nem são livres p'ra morrer. .
Prende-os a mesma corrente
— Férrea, lúgubre serpente —
Nas roscas da escravidão.
E assim zombando da morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoute... Irrisão!...
[...]”

 A história do poema se
passa em geral no mar e
no navio em questão onde
estão os negros escravos.
Lugar

Tráfico de negros
 Outros poemas como
o de Heinrich Heine,
Navios Negreiros, e
filmes como A rota do
tráfico, Tráfico Negreiro
e Django Livre
abordam o mesmo
tema do poema de
Castro Alves.

 Em 300 anos, O Brasil foi responsável por 43% da
compra de negros em todo o mundo o que equivale a
4 milhões de negros. Os EUA contribuiu coom 5%
apenas desse total.
 A mercadoria era trazida em navios com um fundo
falso nos porões para que caso os fiscais
aparecessem, ele funcionasse como um alçapão,
jogando no fundo do mar toda a sua carga, os
negros, que quase sempre morriam afogados ou
devorados por tubarões.
 Os negros eram considerados uma mercadoria mais
valiosa que ouro em pó ou marfim.
O tráfico

 http://
pt.wikipedia.org/wiki/O_Navio_Negrei
 Livro Navios Negreiros - Castro Alves
e Heinrich Heine, editora Comboio de
Corda, 2009, 1° edição.
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Navios Negreiros - Castro Alves

  • 3.
  • 4.  Um pouco do poema “[...]Era um sonho dantesco... o tombadilho   Que das luzernas avermelha o brilho. Em sangue a se banhar. Tinir de ferros... estalar de açoite...   Legiões de homens negros como a noite, Horrendos a dançar...   Negras mulheres, suspendendo às tetas   Magras crianças, cujas bocas pretas   Rega o sangue das mães:   Outras moças, mas nuas e espantadas,   No turbilhão de espectros arrastadas, Em ânsia e mágoa vãs!   E ri-se a orquestra irônica, estridente... E da ronda fantástica a serpente   Faz doudas espirais ... Se o velho arqueja, se no chão resvala,   Ouvem-se gritos... o chicote estala. E voam mais e mais...   A multidão faminta cambaleia, E chora e dança ali! Um de raiva delira, outro enlouquece,   Outro, que martírios embrutece, Cantando, geme e ri!   No entanto o capitão manda a manobra, E após fitando o céu que se desdobra, Tão puro sobre o mar, Diz do fumo entre os densos nevoeiros: "Vibrai rijo o chicote, marinheiros! Fazei-os mais dançar!..."   E ri-se a orquestra irônica, estridente. . . E da ronda fantástica a serpente Faz doudas espirais... Qual um sonho dantesco as sombras voam!... Gritos, ais, maldições, preces ressoam! E ri-se Satanás!...  [...]”
  • 5.  Navios Negreiros  Autor : Castro Alves  Editora : Comboio de corda  Edição : Abril de 2009  Edição original : 18 de abril de 1868  O livro é um poema que fala sobre tráfico de escravos.
  • 6.  O autor inicia a história exaltando a natureza e o mar ( 84 primeiros versos ) onde existem grandes navios de espanhóis, italianos , franceses e ingleses cada qual cantando uma musica alegre. Quando ele está num ponto muito alto no mar, ouve uma triste música e vê negros dançando sob tortura no porão de um navio por divertimento dos traficantes. Como uma ave ele entra no navio e fica transtornado e extremamente confuso com a situação e então pede uma explicação pra Deus. Ele começa a citar a vida livre dos negros antes da escravidão e compara essa vida ao que eles tem agora, em porões fétidos e quentes. Procura saber então de qual nação é o navio e se surpreende quando vê a bandeira do Brasil. Indignado, invoca o patriarca da independência, José Bonifácio e Cristóvão Colombo, o Descobridor da América, para impedirem o navio de seguir viagem. Resumo
  • 7.
  • 8.  Castro Alves  Nasceu dia 14 de Março de 1847 na Bahia;  Com 16 anos, foi para Recife, estudar Direito;  Em 1862 publicou seu primeiro poema, Destruição de Jerusalém;  Viajou para o Rio de Janeiro e foi recebido José de Alencar que o recomendou para Machado de Assis, para quem leu o poema Gonzaga;  Em 1868, em São Paulo, um tiro acidental no pé durante uma caçada, obrigou-o a uma cirurgia que, por fim, amputou seu membro.  Faleceu em 1871, em sua cidade natal, por tuberculose pulmonar.  Algumas publicações: Os escravos, Navios Negreiros, A cachoeira de Paulo Afonso, Espumas Flutuantes, A canção do Africano e Gonzaga ou Revolução de Minas.
  • 10.   Os negros no poema são considerados sem valor, inferiores, sem posicionamento na sociedade ou em todo um contexto cultural. Só possuem sua própria cultura e o único momento de demonstrá-la é sobre chibatadas e tortura. Em determinado ponto, ele vê os negros como guerreiros, fortes e bravos homens que saíram da África para sofrerem em navios. Para Mário de Andrade, o autor não coloca os escravos a sua altura mas se abaixa até eles como se a África não fosse uma terra diferente mas uma infelicidade. Os negros
  • 11.
  • 12.  Ele está fora da história e sente as emoções de se estar presenciando cenas de tortura e escravidão que os traficantes trazem para dentro do navio. O narrador
  • 13.
  • 14.  Escravidão  O poema é passado numa época onde havia tráfico de negros da África para o Brasil. Esse comércio foi abolido em 1888 pela Princesa Isabel. “[...]Ontem plena liberdade, A vontade por poder... Hoje... cúm'lo de maldade, Nem são livres p'ra morrer. . Prende-os a mesma corrente — Férrea, lúgubre serpente — Nas roscas da escravidão. E assim zombando da morte, Dança a lúgubre coorte Ao som do açoute... Irrisão!... [...]”
  • 15.
  • 16.   A história do poema se passa em geral no mar e no navio em questão onde estão os negros escravos. Lugar
  • 17.
  • 18.  Tráfico de negros  Outros poemas como o de Heinrich Heine, Navios Negreiros, e filmes como A rota do tráfico, Tráfico Negreiro e Django Livre abordam o mesmo tema do poema de Castro Alves.
  • 19.
  • 20.   Em 300 anos, O Brasil foi responsável por 43% da compra de negros em todo o mundo o que equivale a 4 milhões de negros. Os EUA contribuiu coom 5% apenas desse total.  A mercadoria era trazida em navios com um fundo falso nos porões para que caso os fiscais aparecessem, ele funcionasse como um alçapão, jogando no fundo do mar toda a sua carga, os negros, que quase sempre morriam afogados ou devorados por tubarões.  Os negros eram considerados uma mercadoria mais valiosa que ouro em pó ou marfim. O tráfico
  • 21.   http:// pt.wikipedia.org/wiki/O_Navio_Negrei  Livro Navios Negreiros - Castro Alves e Heinrich Heine, editora Comboio de Corda, 2009, 1° edição. Referências bibliográficas