CARTILHA SOBRE ADUBAÇÃO VERDE E COMPOSTAGEM
A cartilha descreve várias leguminosas anuais e perenes que podem ser usadas para adubação verde e compostagem, melhorando a fertilidade do solo de forma sustentável. As leguminosas descritas incluem mucuna preta, mucuna cinza, mucuna anã, labe-labe, chícaro e outras. A cartilha também fornece informações sobre como fazer composto orgânico usando diferentes materiais como napier e bananeira.
O objetivo deste material é ajudar as agricultoras e agricultores a melhorarem os seus trabalhos de acompanhamento e monitoramento das áreas de produção e armazenamento de forragens, algodão e mamona e auxiliar os técnicos e técnicas a desenvolverem suas atividades junto às famílias contribuindo para o processo de multiplicação de experiências.
Presentación realizada en la VII Reunión del Grupo de Trabajo 2025 (GT2025) de la Iniciativa América Latina y Caribe sin Hambre, en Guatemala entre el 21 y 22 de noviembre. Pedro Bavaresco - Brasil - Agricultura familiar
O objetivo deste material é ajudar as agricultoras e agricultores a melhorarem os seus trabalhos de acompanhamento e monitoramento das áreas de produção e armazenamento de forragens, algodão e mamona e auxiliar os técnicos e técnicas a desenvolverem suas atividades junto às famílias contribuindo para o processo de multiplicação de experiências.
Presentación realizada en la VII Reunión del Grupo de Trabajo 2025 (GT2025) de la Iniciativa América Latina y Caribe sin Hambre, en Guatemala entre el 21 y 22 de noviembre. Pedro Bavaresco - Brasil - Agricultura familiar
Cartilha elaborada pelo Zootecnista Rafael Soares Dias, ofertados aos produtores da agricultura familiar do Núcleo Operacional de Jussara – GO, durante mini curso, como parte das atividades da Empresa Prosafra, pelo Contrato 15000/2014 do Incra, ATER e MDA, no ano de 2014.
Contatos: rafaelsoareszootec@hotmail.com ou (62) 81301505 ou (62) 92675013
O enxofre é um elemento que, normalmente, se encontra em níveis baixos nos solos de cerrado principalmente. A aplicação de doses crescentes de enxofre incrementou a produtividade do milho e essa resposta foi crescente ao longo do tempo provavelmente devido ao esgotamento das reservas nativas de enxofre do solo. O enxofre é um macro elemento classificado como não metal. Em análise elementar na soja (com raízes) num total de 8,8 tons matéria seca foram encontrados 28 Kg de Enxofre e 34 Kg de Fósforo. Entretanto em vários outros estudos o teor de enxofre é maior que o teor total de fósforo.Dentro da planta ele compõe alguns aminoácidos (cisteína, cistina, metionina e taurina) e ainda várias coenzimas e vitaminas (coenzima A, S-adenosilmetionina, biotina, vitamina B1, ácido pantotênico) que são essenciais metabolismo da planta em todas suas fases. A absorção de enxofre pelas raízes da planta depende de proteínas transportadoras. O processo Transporte ativo secundário é caracterizado por depender de proteínas transportadoras (nesse caso a sulfato permeasse) e gradiente iônico (H+ pela ATPase). O enxofre pode ser armazenado nos vacúolos na forma de sulfato e nos plastídeos como Cisteína (S orgânico). A enzima sulfato permeasse de baixa afinidade permite a passagem do sulfato para as células do mesófilo onde o vacúolo pode armazenar SO42-. Porém foi observado em folhas de cafeeiro que o sulfato foi 6 vezes menor que S orgânico (proteínas e aminoácidos) LOTT et al., 1960 in: MALAVOLTA E. (2006). No cloroplasto o Sulfato (SO42-) é convertido à Sulfeto mono (S2-) podendo seguir para as mitocôndrias nessa forma e produzir Cisteína. Mas, a maior parte de S2- é convertido à Cisteína e Glutationa nos cloroplastos. A glutationa é um tripeptídeo formado pelos aminoácidos: Ácido Glutâmico, Cisteína e Cistina. Uma vez produzido nos cloroplastos, esse importantíssimo composto é transportado via floema.
O Enxofre (sulfato) pode ser substituído por Se e formar SeO4-; Se-2, SeO3- .Isso é explicado porque o sulfato e o selênio competem pelo mesmo sítio de absorção, alguns trabalhos mostraram que e a absorção de Se diminui quando a planta é bem nutrida em sulfato (WHITE P.J. et al.2004). Existem plantas acumuladoras de Se e plantas não acumuladoras. A mostarda e o brócolis fazem parte das plantas acumuladoras. White P.J. et al., (2004) observaram em 182 estudos, as concentrações médias de Se relativas em plântulas de 185 espécies de angiospermas acumuladoras de Se. os solos também contém Se ligado a aminoácidos como o Se-metionina, o qual é rapidamente absorvido pelas plantas como o trigo (MARCHNER, H., 2008). De acordo com os resultados de Silva D.J.et al., (1988), obtidos em 3 solos ácidos (Paracatu, Viçosa e Lassance - MG), o enxofre foi principalmente transportado até a superfície radicular do milho por fluxo de massa. O suprimento de enxofre via difusão apenas aconteceu quando a concentração de enxofre na solução do solo era baixa.
O manejo de pastagem consiste em aumentar a produtividade do rebanho, sem prejudicar a forragem e o solo. Manejo de pastagem é dividido em manejo rotacional, manejo contínuo e manejo deferido. E é escolhido de acordo com a necessidade do produtor em relação a quantidade de área e rebanho.
A Fixação Biológica de Nitrogênio - FBN é uma das principais formas de manejo utilizadas visando benefícios econômicos, ambientais e operacionais durante o desenvolvimento de uma safra.
A cultura da soja é extremamente dependente do Nitrogênio, sendo assim a adoção de medidas para suprir essa necessidade é um dos métodos mais procurados no meio agronômico. Nessa apresentação contém temas como: importância do nitrogênio na agricultura, relação de simbiose entre planta e bactéria, formação do nódulo, inoculação e dentre outros.
Bons estudos!
O Sistema Plantio Direto constitui-se de um conjunto de técnicas fundamentadas em rotacionar as culturas, revolver minimamente o solo e manter uma cobertura permanente neste. Quando bem executado promove a conservação do solo e sua melhoria ao longo do tempo . É importante ,porém, ponderar a relação custo-benefício da adoção literal do Sistema,visto que o que temos hoje na maioria das áreas de produção é a sucessão de culturas e não a rotação. Também a implantação do Sistema pode demandar certo conhecimento técnico no início para uma maior chance de sucesso.
A agricultura familiar necessita de tecnologias apropriadas para melhorar os
processos produtivos, aumentar os níveis de produtividade e se tornar mais
competitiva. Predominantemente, os agricultores ainda têm pouco acesso às
técnicas necessárias à produção sustentável. No entanto, existem várias
tecnologias disponíveis para adoção imediata e incorporação em diferentes
arranjos produtivos.
Adubo verde: conheça uma alternativa de fertilizante para o solo. Além de reduzir custos, prática agrícola combate o esgotamento de nutrientes da terra.
Cartilha elaborada pelo Zootecnista Rafael Soares Dias, ofertados aos produtores da agricultura familiar do Núcleo Operacional de Jussara – GO, durante mini curso, como parte das atividades da Empresa Prosafra, pelo Contrato 15000/2014 do Incra, ATER e MDA, no ano de 2014.
Contatos: rafaelsoareszootec@hotmail.com ou (62) 81301505 ou (62) 92675013
O enxofre é um elemento que, normalmente, se encontra em níveis baixos nos solos de cerrado principalmente. A aplicação de doses crescentes de enxofre incrementou a produtividade do milho e essa resposta foi crescente ao longo do tempo provavelmente devido ao esgotamento das reservas nativas de enxofre do solo. O enxofre é um macro elemento classificado como não metal. Em análise elementar na soja (com raízes) num total de 8,8 tons matéria seca foram encontrados 28 Kg de Enxofre e 34 Kg de Fósforo. Entretanto em vários outros estudos o teor de enxofre é maior que o teor total de fósforo.Dentro da planta ele compõe alguns aminoácidos (cisteína, cistina, metionina e taurina) e ainda várias coenzimas e vitaminas (coenzima A, S-adenosilmetionina, biotina, vitamina B1, ácido pantotênico) que são essenciais metabolismo da planta em todas suas fases. A absorção de enxofre pelas raízes da planta depende de proteínas transportadoras. O processo Transporte ativo secundário é caracterizado por depender de proteínas transportadoras (nesse caso a sulfato permeasse) e gradiente iônico (H+ pela ATPase). O enxofre pode ser armazenado nos vacúolos na forma de sulfato e nos plastídeos como Cisteína (S orgânico). A enzima sulfato permeasse de baixa afinidade permite a passagem do sulfato para as células do mesófilo onde o vacúolo pode armazenar SO42-. Porém foi observado em folhas de cafeeiro que o sulfato foi 6 vezes menor que S orgânico (proteínas e aminoácidos) LOTT et al., 1960 in: MALAVOLTA E. (2006). No cloroplasto o Sulfato (SO42-) é convertido à Sulfeto mono (S2-) podendo seguir para as mitocôndrias nessa forma e produzir Cisteína. Mas, a maior parte de S2- é convertido à Cisteína e Glutationa nos cloroplastos. A glutationa é um tripeptídeo formado pelos aminoácidos: Ácido Glutâmico, Cisteína e Cistina. Uma vez produzido nos cloroplastos, esse importantíssimo composto é transportado via floema.
O Enxofre (sulfato) pode ser substituído por Se e formar SeO4-; Se-2, SeO3- .Isso é explicado porque o sulfato e o selênio competem pelo mesmo sítio de absorção, alguns trabalhos mostraram que e a absorção de Se diminui quando a planta é bem nutrida em sulfato (WHITE P.J. et al.2004). Existem plantas acumuladoras de Se e plantas não acumuladoras. A mostarda e o brócolis fazem parte das plantas acumuladoras. White P.J. et al., (2004) observaram em 182 estudos, as concentrações médias de Se relativas em plântulas de 185 espécies de angiospermas acumuladoras de Se. os solos também contém Se ligado a aminoácidos como o Se-metionina, o qual é rapidamente absorvido pelas plantas como o trigo (MARCHNER, H., 2008). De acordo com os resultados de Silva D.J.et al., (1988), obtidos em 3 solos ácidos (Paracatu, Viçosa e Lassance - MG), o enxofre foi principalmente transportado até a superfície radicular do milho por fluxo de massa. O suprimento de enxofre via difusão apenas aconteceu quando a concentração de enxofre na solução do solo era baixa.
O manejo de pastagem consiste em aumentar a produtividade do rebanho, sem prejudicar a forragem e o solo. Manejo de pastagem é dividido em manejo rotacional, manejo contínuo e manejo deferido. E é escolhido de acordo com a necessidade do produtor em relação a quantidade de área e rebanho.
A Fixação Biológica de Nitrogênio - FBN é uma das principais formas de manejo utilizadas visando benefícios econômicos, ambientais e operacionais durante o desenvolvimento de uma safra.
A cultura da soja é extremamente dependente do Nitrogênio, sendo assim a adoção de medidas para suprir essa necessidade é um dos métodos mais procurados no meio agronômico. Nessa apresentação contém temas como: importância do nitrogênio na agricultura, relação de simbiose entre planta e bactéria, formação do nódulo, inoculação e dentre outros.
Bons estudos!
O Sistema Plantio Direto constitui-se de um conjunto de técnicas fundamentadas em rotacionar as culturas, revolver minimamente o solo e manter uma cobertura permanente neste. Quando bem executado promove a conservação do solo e sua melhoria ao longo do tempo . É importante ,porém, ponderar a relação custo-benefício da adoção literal do Sistema,visto que o que temos hoje na maioria das áreas de produção é a sucessão de culturas e não a rotação. Também a implantação do Sistema pode demandar certo conhecimento técnico no início para uma maior chance de sucesso.
A agricultura familiar necessita de tecnologias apropriadas para melhorar os
processos produtivos, aumentar os níveis de produtividade e se tornar mais
competitiva. Predominantemente, os agricultores ainda têm pouco acesso às
técnicas necessárias à produção sustentável. No entanto, existem várias
tecnologias disponíveis para adoção imediata e incorporação em diferentes
arranjos produtivos.
Adubo verde: conheça uma alternativa de fertilizante para o solo. Além de reduzir custos, prática agrícola combate o esgotamento de nutrientes da terra.
2016 leguminosas no ambiente: solo, horta, agrofloresta, diversidade e educaç...Marcelo Venturi
Apresenta um pouco da importância ambiental das leguminosas e seus usos para enriquecimento de hortas chegando até os sistemas agroflorestais onde a diversidade de culturas cultivadas se compara às florestas naturais aumentando a sustentabilidade do sistema. Compara isso a diversidade de valores e culturas sociais e humanas e dá exemplo de atividades para fazer com estudantes em sala de aula e em hortas escolares.
Apresentação realizada durante o VII Seminário de Educação Ambiental GTEA RH08 – Ano Internacional das Leguminosas, ocorrido na ALESC em Florianópolis, SC, Brasil, em 3 de junho de 2016.
Palestra do Engenheiro Agrônomo Dr. José Antonio Azevedo Espindola, Pesquisador da Embrapa Agrobiologia, no Simpósio Ano Internacional das Leguminosas realizado no Campus da UFRRJ em Campos dos Goytacazes em 12 e 13 de maio de 2016. Promovida pela AEARJ e SEEA.
Importancia das leguminosas na produção de alimentos e proteção do meio ambienteGilberto Fugimoto
Palestra do Engenheiro Agrônomo Dr. Segundo Urquiaga no Simpósio Ano Internacional das Leguminosas realizado no Campus da UFRRJ em Campos dos Goytacazes em 12 e 13 de maio de 2016. Promovida pela AEARJ e SEEA.
Como ser uma pessoa motivada: produza dopaminaericoarocha
Procrastinar. Muitas pessoas fazem isso, seja em demasia ou não. No entanto, o que as pessoas que deixaram a procrastinação de lado têm de diferente? Elas mudaram a forma como agiam em determinadas situações. Vamos analisar um dos exemplos mais comuns: a dificuldade de fazer exercícios físicos.
http://www.ignicaodigital.com.br/como-ser-uma-pessoa-motivada-faca-dopamina/
O Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural - NEAD, órgão ligado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA, e o Instituto Interamericano de Cooperação Agrícola – IICA formaram esta parceria com o Museu Paraense Emílio Goeldi para a publicação da obra “Oleaginosas da Amazônia”, do pesquisador Celestino Pesce. Esta publicação significa para o NEAD a inauguração de um campo de investigação (e de parcerias) com instituições de pesquisa e movimentos sociais focados no desenvolvimento rural sustentável na Amazônia. Este novo espaço de estudos e pesquisas será regido dentro dos princípios de “trocar saberes e fazeres”, valorizando o conhecimento gerado a partir de homens e mulheres que vivem na Amazônia fazem parte, tanto das populações tradicionais (ribeirinhos, extrativistas, produtores familiares e assentados de reforma agrária), quanto de pesquisadores e estudiosos comprometidos com tais princípios. A publicação “Oleaginosas da Amazônia” contém um rigoroso estudo sobre a identificação de sementes e plantas com potencial de gerar óleos e alimentos muito cobiçados atualmente pelo mercado, por suas características especiais. São 84 espécies diferentes, que comprovam a riqueza da biodiversidade brasileira, catalogadas a partir de um trabalho de grande dedicação. Complementarmente, vem acompanhado de um interessante registro do contexto socioeconômico da época, mostrando como as explorações de tais cultivos eram realizadas, as experiências de projetos em curso e as perspectivas de ação governamental e de setores econômicos na região. Hoje, sabemos os resultados destas políticas e estratégias e que várias delas nos proporcionaram um duro aprendizado, pois a exploração irracional das florestas e o desrespeito às populações tradicionais da Amazônia geraram consequências, tanto em perda de conhecimento, como de espécies, que eram, acima de tudo, patrimônio do povo brasileiro.
Identificação e controlo eficiente de plantas invasoras - formação avançada
.PPT visualizado durante o Primeiro Encontro de Técnicos do FUTURO – projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto, dedicado a Técnicos Superiores dos parceiros envolvidos na implementação do projeto.
Dia | 2 outubro 2014 | Espinho (FACE – Fórum de Arte e Cultura de Espinho & Castro de Ovil)
Encontro desenvolvido no âmbito do FUTURO - projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto, promovido pelo CRE.Porto, Universidade Católica Portuguesa e Área Metropolitana do Porto, em colaboração com a Câmara Municipal de Espinho, a Escola Superior Agrária de Coimbra / Instituto Politécnico de Coimbra e o Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra. É cofinanciado pelo ON.2.
Importância das leguminosas no manejo sustentável de solos tropicaisGilberto Fugimoto
Palestra do Engenheiro Agrônomo Dr. Pedro Luiz de Freitas no Simpósio Ano Internacional das Leguminosas realizado no Campus da UFRRJ em Campos dos Goytacazes em 12 e 13 de maio de 2016. Promovida pela AEARJ e SEEA.
A compostagem é uma técnica antiga, pela qual
resíduos de origem vegetal e por vezes animal, são
transformados num produto rico em húmus, designado
compostado ou composto, através de um processo
controlado, aérobio e exotérmico.
Tese optimização da quantidade de fermento utilizado no fabrico de queijo f...Luís Cary Cordovil
Tese de licenciatura - melhoria na formulação do queijo flamengo produzido na fábrica da Unileite - S.Miguel: optimização da quantidade de fermento.
Determinação de testes de coagulação, ensaios reológicos e sensoriais.
Boletim técnico do IAC: Calagem e adubação do tomate de mesa Rural Pecuária
Os autores abordaram aspectos como espaçamento, ciclo da cultura, produtividade, extração de nutrientes, interpretação da análise foliar, calagem, adubação orgânica, adubação mineral de plantio, adubação de cobertura com fertilizantes convencionais, adubação de cobertura com fertirrigação e adubação foliar.
São Paulo é o principal consumidor deste ingrediente da salada brasileira. O Estado também é importante produtor desta principal hortaliça cultivada no Brasil.
Os pesquisadores da Secretaria que atuam no IAC, Paulo Espíndola Trani e Luis Felipe Villani Purquerio, estão entre os autores, juntamente com Edson Akira Kariya, Sérgio Minoru Hanai, Roberto Hiroto Anbo, Oliveiro Basílio Bassetto Júnior e André Luis Trani. O Boletim integra a Série Tecnologia APTA, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), nº 215, 2015.
Com relação ao espaçamento, os autores destacam que os mais largos são recomendados para épocas em que o fotoperíodo, considerado o intervalo de tempo entre o nascer e o pôr do sol, vai decrescendo, ao mesmo tempo em que as plantas de tomate se desenvolvem. Essa situação ocorre no primeiro semestre no Estado de São Paulo.
O grupo concluiu que a garantia de boa produtividade e qualidade comercial de tomate são obtidas pela combinação da adaptabilidade do híbrido ao clima local com as boas práticas agronômicas de manejo, incluindo calagem e adubação. “O manejo do tomateiro sob cultivo protegido requer um sistema de fertilização diferenciado, devido à maior duração do período de colheita e às maiores produtividades em relação ao tomateiro produzido no campo”, recomenda a publicação.
Para o secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, a obra colabora com a transferência de conhecimento e tecnologia para os horticultores. “Essa atividade vai ao encontro da recomendação do governador Geraldo Alckmin de levar a ciência para o homem do campo”, diz.
Dentre as hortaliças, o tomateiro é a que mais recebeu atenção da pesquisa agronômica brasileira nas últimas décadas. Os resultados dos estudos são significativos aumentos de produtividade no tomate de mesa produzido no campo, que passou de 30 a 40 toneladas, por hectare, alcançadas em meados do século XX, para 80 a 130 toneladas, por hectare, obtidas no início do século XXI. No cultivo protegido, com duasplantas por metro quadrado, o tomate “tipo italiano” rende de 200 a 260 toneladas, por hectare, e o tomate “cereja” ou “grape”, de 100 a 160 toneladas, por hectare..
De acordo com os autores, além do melhoramento genético, a calagem e a adubação realizadas de maneira racional garantem altas produtividades e proporcionam a melhoria da qualidade comercial dos frutos.
Por Carla Gomes (MTb 28156) e Mônica Galdino (MTb 47045)
Mais Informações
Assessoria de Comunicação
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA)
Instituto Agronômico (IAC)
(19) 2137-0613/ 0616
TÉCNICAS E DICAS IMPORTANTES PARA A ARBORIZAÇÃO URBANA
Ciente da importância da preservação e do desenvolvimento
ambiental de São Paulo, a cidade mais populosa da América do Sul,
a Prefeitura, por meio das Secretarias Municipais do Verde e do
Meio Ambiente e de Coordenação das Subprefeituras, entrega à
população e técnicos ambientais, a nova versão do Manual de Poda.
Alinhada ao Plano Diretor Estratégico de São Paulo, sancionado
em 2014, que visa à qualificação dos espaços públicos para uso
das pessoas, esta edição destaca a importância de se realizar a
manutenção de exemplares arbóreos em benefício do cidadão e do
meio ambiente.
O município de São Paulo possui 17.800 km de vias públicas, e,
pensando nisso, a Prefeitura desenvolveu o Manual que contempla,
principalmente, a poda em ambiente urbano. O conteúdo possui
ilustrações esquemáticas e vai orientar profissionais da área
ambiental, que trabalham diretamente com arborização, ajudando
em podas de rotina, de adaptação ou até mesmo de emergência.
O Manual também destaca como tratar de maneira correta as
espécies de aves que buscam alimentação e proteção em árvores,
que precisam passar pelo processo de poda. Mostra quais os proce-
dimentos e equipamentos de segurança para um manejo seguro,
além da legislação e portarias intersecretariais sobre o assunto.
A poda feita corretamente contribui para o desenvolvimento
saudável das árvores e, consequentemente, com a arborização
da cidade.É com esse objetivo que a Prefeitura, alinhada com o
conceito de Florestas Urbanas e de desenvolvimento sustentável do
Munícipio, idealizou esta publicação.
Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente
RESÍDUOS ORGÂNICOS TRANSFORMADOS EM ADUBO FOLIAR POR MINHOCAS CALIFÓRNIANA EI...Alexandre Panerai
Uma das questões debatidas atualmente é a
importância de melhorar a qualidade da agricultura
familiar, tornando-a sustentável. A criação de minhocas
californianasna produção de adubo natural pode
contribuir para a rentabilidade econômica do agricultor
familiar, gerando um excedente em sua produção
(MIRANDA et al., 2011), tornando uma alternativa
viável em aspectos econômicos, ambientais e
agronômicos com o aproveitamento de materiais
oriundos da própria propriedade, além de promover a
melhoria do solo e exigir pouca mão-deobra(GIRACCA, 1998).Segundo LEITE (2011), o
chorume proveniente da decomposição orgânica é
considerado biofertilizante, muito útil na adubação e
tratamento das doenças das plantas. Este trabalho teve
como objetivo, avaliar a produção de biofertilizante a
partir das minhocas californianas alimentadas com
resíduos sólidos orgânicos domésticos.
Esta cartilha é fruto da demanda de comunitários e produtores
amazonenses interessados na atividade de Meliponicultura e que participaram de projetos de pesquisa e atividades de extensão desenvolvidos pelo
Grupo de Pesquisas em Abelhas do Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia.
Foi escrita, propositadamente, em linguagem simples fazendo-se
uso de figuras demonstrativas no intuito de fornecer explicações no formato “passo a passo”, sobre técnicas usadas na criação e manejo de abelhas indígenas sem ferrão da Amazônia.
Desejamos que as informações aqui contidas possam atender as duvidas mais comuns dos criadores e motivar a profissionalização da Meliponicultura no Brasil.
Um dos grandes problemas das sociedades modernas é a grande produção de lixo. Várias
soluções são apresentadas, sendo uma delas o tratamento dos resíduos na origem onde é
produzido, ou seja, na própria residência por meio da compostagem, transformando o lixo
orgânico residencial em adubo que pode ser utilizado na residência sem agredir o meio
ambiente e diminuindo custos de tratamento pelo poder público. Em áreas urbanas, em
que os espaços são reduzidos, a vermicompostagem tem se apresentado como solução
simples, de baixo investimento, pouco trabalhosa e eficiente na transformação de resíduos
orgânicos em húmus para reutilização em jardins e hortas domésticas. Com o incentivo da
agricultura urbana e a necessidade de tratamento adequado ao lixo orgânico, a criação
de minhocas em pequenos espaços vem ganhando, a cada dia, novos adeptos. O uso de
caixas plásticas, como instalações, permite inclusive o reaproveitamento de embalagens.
Desta forma, o presente estudo objetivou quantificar o volume de lixo orgânico que pode
ser reciclado em domicílio e possíveis ganhos econômicos com produção de compostagem para consumo doméstico através de sistema de minhocário. Através de técnicas de
criação e desenvolvimento de minhocas em ambiente controlado e utilizando lixo doméstico, pode-se produzir um significativo volume de compostagem que pode ser reaproveitado no próprio domicílio como adubo, bem como a reciclagem de lixo orgânico que serve
de matéria-prima evitando, assim, que seja encaminhado ao complexo processo de recolhimento e destinação do lixo do sistema público de coleta residencial, o que pode gerar
dupla economia em termos ambientais e monetários.
OBJETIVO
Quantificar o volume de lixo orgânico que pode ser reciclado em domicílio e ganhos ambientais e econômicos com produção de compostagem para consumo doméstico através de sistema de minhocário.
ALEXANDRE PANERAI PEREIRA
Eng. Agrônomo – CREA/RS 76513
Assetec/Secretaria Municipal do Meio
Ambiente e Sustentabilidade (Smams).
TIAGO BERND
Eng. Agrônomo – CREA/RS 106798
Assetec/Smams.
IRINEU PEDRO FOSCHIERA
irineu.foschiera@portoalegre.rs.gov.br
Eng. Agrônomo – CREA/RS 104499
Assetec/Smams.
VLADIMIR STOLZENBERG TORRES
Biólogo – CRBio 17201-03
Assetec/Smams.
PAULO FIALHO MEIRELES
Eng. Agrônomo – CREA/PR 2035
Assetec/Smams.
ARTIGOS TÉCNICOS E/OU CIENTÍFICOS ARTIGOS TÉCNICOS E/OU CIENTÍFICOS
12 6 a EXPOTEC // 2019
Barragem subterrânea: uma alternativa para o Semi-Árido do Nordeste do Brasil.Alexandre Panerai
A barragem subterrânea é uma técnica de armazenar água da chuva dentro do solo (subsolo) visando à exploração de uma agricultura de vazante e/ou subirrigação. Tem como função barrar o fluxo de água superficial e subterrâneo por meio de uma parede (septo impermeável) construída transversalmente à direção das águas. A água proveniente da chuva se infiltra lentamente, criando e/ou elevando o lençol freático, que será utilizado posteriormente pelas plantas. Nos últimos anos, a Embrapa Semi-Árido vem desenvolvendo estudos com a finalidade de favorecer o processo de construção do conhecimento da barragem subterrânea por meio da valorização dos espaços de experimentação científica com envolvimento de pesquisadores, agricultores e técnicos das ONG?s. O projeto foi iniciado em 2004, com a realização de um Workshop sobre a Gestão do Projeto, na Embrapa Semi-Árido, com a participação de toda a equipe para discutir e definir as metodologias/métodos que estão sendo utilizadas na capacitação/sensibilização dos agricultores e nos temas de pesquisa a serem estudados. Neste evento, foram definidas quatro oficinas, três de intercâmbio e uma de coordenação e programação, assim como a aplicação de um questionário visando diagnosticar a situação das barragens subterrâneas no marco zero. Os resultados dos questionários juntamente com os das oficinas estão norteando as demandas de pesquisas de cada Estado.
Avaliação do potencial melífero e polinífero de Crotalaria juncea L. e Crotal...Alexandre Panerai
As leguminosas, pela fixação de nitrogênio no solo, são muito utilizadas como adubos verdes, em sistemas orgânicos e agroecológicos de produção.
A disponibilidade de recursos florais para polinizadores reforça o caráter da integração e multifuncionalidade dessas plantas em sistemas biodiversos de produção. Nesse trabalho estudou-se a biologia floral da C. juncea e C. espectabilis para avaliação de seu potencial melífero e polinífero.
A utilização de minhocário é ideal para pequenos produtores interessados em reciclar a matéria orgânica disponível na propriedade e utilizá-la como adubação.
O húmus de minhoca ou vermicomposto, nada mais é que a excreção das minhocas. Além de rico em nutrientes, ajuda a melhorar as características físicas do solo, como aeração e retenção de água.
A espécie mais recomendada para minhocário é a Vermelha da Califórnia (Eusenia fetida), pois além da rusticidade é eficaz na transformação de resíduos, tem alta taxa de reprodução e é propícia para vida em cativeiro.
A banana é um alimento energético, sendo composta basicamente de água e carboidratos, contém pouca proteína e gordura. É rica em sais minerais com sódio, magnésio, fósforo e, especialmente, potássio. Há predominância de vitamina C, contendo também A, B2, B6 e niacina, entre outras.
A erosão é um dos principais fatores causadores da degradação
e deterioração da qualidade ambiental, sendo esta acelerada pelo uso
e manejo inadequado do solo. Embora a situação atual já caracterize
uma situação preocupante, algumas medidas expressivas estão sendo
tomadas no sentido de recuperação de áreas degradadas como
veremos a seguir.
A recuperação* de voçorocas de grande porte, além de difícil é
muito caro, podendo até ser mais elevado que o próprio valor da
terra. Logo deve-se procurar alguma solução devido ao problema de
sedimentação das represas, barragens, rios e córregos.
Cartilha sobre arborizacao_urbana_porto_alegre 1999Alexandre Panerai
A importância das árvores na cidade. Rua Gonçalo de Carvalho - Arborizada com tipuanas .... Guamirim. |Ingá-feijão. Cerejeira. Guabiju. Chal-chal. Tarumápreta. Myrciaria cuspidata. Mirtácea. Gomidesia palustris. Mirtácea inga marginata. Leguminosa.
A arborização urbana traz diversos beneficios
tanto para os moradores quanto para o meio
ambiente. Essa integração dos meios urbano e
ambiental tendem a trazer melhores condições
de vida aos moradores, proporcionando bem
estar psicológico e conforto, além de garantir
melhorias climáticas para o meio urbano, como
sensação térmica mais agradavel, isto ocorre
devido a filtragem do ar que é feito pelas
plantas.
Os microrganismos eficientes são seres muito pequenos (fungos e bactérias) que vivem
naturalmente em solos férteis e em plantas.
Esses microrganismos podem ser utilizados na agricultura e na criação animal.
Os microrganismos eficientes são capturados em uma mata (preferencialmente virgem) e,
depois disso, ativados com melaço.
A prática cultural conhecida como desfolha do bananal consiste na eliminação de folhas que,por algum motivo, não estão mais sendo úteis à planta. Assim, devem ser eliminadas:
1) Folhas que não têm mais função para a planta.
2) Folhas totalmente amareladas ou secas.
3) Folhas que podem causar danos aos frutos, como deformações e/ou ferimentos.
4) Folhas inteiras ou em partes, que apresentam sintomas de mal-de-Sigatoka ou cordana.
5) Folhas que apresentam o pecíolo quebrado.
Em plantas de porte baixo, a eliminação dá-se com auxílio de uma faca, cortando-se as folhas na
base do pecíolo, bem junto ao pseudocaule, com o devido cuidado para não afetar as bainhas a
ele aderidas. Nas bananeiras de porte médio ou alto, repete-se a operação, utilizando-se foice
bifurcada ou penado, acoplado a uma haste, cuja altura possibilite a operação. O corte deve ser
sempre realizado de baixo para cima, evitando-se puxões para baixo, com conseqüente danos à
bainha foliar. As figuras 1 e 2, respectivamente, apresentam aspectos de um bananal sem uso
da desfolha, e com uso efetivo dessa prática de cultivo.
Boletim Amigos do Padre Caffarel nº 20 Janeiro 2017Alexandre Panerai
SUMÁRIO
– Editorial : Encontrar consiste em Procurar
José e Maria-Berta Moura Soares p. 4
– O colóquio 2017 sobre o Padre CAFFAREL p. 6
– A palavra do postulador da causa
Padre Angelo Paleri, OFMConv p. 7
– Rezar ao Padre Caffarel
Annina e Giampaolo Martinelli p. 9
– Arquivos do Padre CAFFAREL
Conferência no Brasil sobre a oração p. 13
– A Oração do Padre Caffarel p. 23
– Associação dos Amigos do padre Caffarel,
membros honorários p. 24
– Boletim de renovação da sua adesão p. 27
As cidades dependem fortemente do meio rural para atender às
suas necessidades de água, de alimento, de fibras e de outros
produtos essenciais à vida e ao bem-estar. O impacto ambiental das
cidades sobre o ambiente pode ser avaliado por uma medida chamada
de “pegada ecológica”. Essa pegada, ou biocapacidade, corresponde à
área de terra produtiva e de ecossistemas aquáticos necessários para
produzir os recursos utilizados e absorver os resíduos produzidos por
determinada população com padrão de vida específico, onde quer que
essa área esteja localizada (PNUMA, 2004). Em 1995, o ecologista
Herbert Girardet estimou que a pegada ecológica da cidade de Londres
era 125 vezes maior do que a área ocupada por ela. A estimativa do ano
2000 é de que a pegada ecológica dessa metrópole seja equivalente a
49 milhões de hectares, o que representa 42 vezes sua biocapacidade e
293 vezes sua área geográfica, o que grosseiramente equivale ao dobro
da área da Grã-Bretanha. Com a população de 7,4 milhões de pessoas,
esse cálculo representa 6,63 ha por habitante urbano. Com base na
capacidade da Terra de 2,18 ha por habitante, em média, pode-se
estimar que seriam necessários três planetas idênticos à Terra para
manter o atual estilo de vida dos londrinos (LSDC, 2008).
1. Edegar Antonio Formentini
Eng. Agr. Coordenador de Agroecologia
CARTILHA SOBRE ADUBAÇÃO VERDE
E COMPOSTAGEM
Edegar Antonio Formentini
Eng. Agr. Coordenador de Agroecologia INCAPER
COLABORADORES:
Francisco Reinaldo Lóss
Tec. Agr. INCAPER – Rio Bananal
Marlúcio Pedro Bayerl
Eng. Agr. INCAPER - Iconha
Reginaldo Drago Lovati
Biólogo – Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural de Iconha
Euridis Baptisti
Eng. Agr. INCAPER - Colatina
CARTILHA SOBRE ADUBAÇÃO VERDE
E COMPOSTAGEM
Vitória
2008
3. COMPOSTAGEM
1 INTRODUÇÃO .............................................................................. 14
2 MATERIAIS UTILIZADOS NA COMPOSTAGEM ................ 14
2.1 OBTENÇÃO DO MATERIAL FIBROSO ................................... 15
2.2 MISTURA DE MATERIAIS ........................................................ 15
2.3 MODELOS DE COMPOSTOS .................................................... 16
2.3.1 Composto com materiais palhosos sem picagem ................. 16
2.3.2 Compostos com materiais picados ........................................ 16
2.3.3 Composto com napier inteiro e uso de bananeira para
fornecer umidade. ............................................................................... 16
2.3.4 Composto com napier inteiro com uso de irrigação ............ 17
3 QUALIDADE DO COMPOSTO ORGÂNICO ..................... 17
TABELAS
Tabela 1 Relação carbono/nitrogênio de alguns materiais utilizados na compostagem15
Tabela 2 Composição de alguns tipos de compostos orgânicos ................................. 17
FOTOS
Foto 1 e 2 Feijão-de-porco consorciado com café conilon ........................................ 19
Foto 3 e 4 Crotalária juncea consorciada com café conilon ...................................... 19
Foto 5 Labelabe consorciado com café conilon ........................................................ 20
Foto 6 Mucunas cinza e preta consorciadas com café conilon .................................. 20
Foto 7 Várias leguminosas consorciadas com café conilon ...................................... 20
Foto 8 Crotalária spectabilis em consórcio com café arábica ..................................... 20
Foto 9 e 10 Cobertura verde com mucuna cinza .........................................................21
Foto 11 e 12 Massa produzida pela mucuna cinza .................................................... 21
Foto 13 Feijão-de-porco ............................................................................................. 22
Foto 14 Milho plantado em sucessão à mucuna preta ................................................ 22
Foto 15 Milho plantado em sucessão à mucuna preta ................................................ 22
Foto 16 Milho plantado em sucessão à mucuna preta ................................................ 22
Foto 17 Milho plantado em sucessão à mucuna preta ............................................... 23
Foto 18 Milho plantado em sucessão à mucuna preta ................................................ 23
Foto 19 e 20 Milho plantado em sucessão à mucuna preta ........................................ 23
Foto 21 e 22 Mucuna preta plantada em consórcio com o milho .............................. 24
Foto 23 e 24 Feijão guandu ....................................................................................... 24
Foto 25 Crotalária spectabilis ..................................................................................... 25
Foto 26 Mucuna anã .................................................................................................. 25
Foto 27 Nabo forrageiro ............................................................................................. 25
Foto 28 Nabo forrageiro ............................................................................................. 25
Foto 29 Composto orgânico com uso de napier sem picar e bananeira para manter a
umidade ........................................................................................................................ 26
Foto 30 Composto feito com napier sem picar e com uso de irrigação ...................... 26
Foto 31 Composto produzido com napier picado ...................................................... 26
Foto 32 Composto pronto para a utilização ................................................................ 27
Foto 33 Composto feito com napier sem picar e com uso de irrigação ....................... 27
Foto 34 Composto produzido com napier picado ....................................................... 27
Foto 35 Composto pronto para a utilização ................................................................. 27
3
4. ADUBOS VERDES
1 INTRODUÇÃO
A agroecologia sugere a utilização de alguns princípios ecológicos para
nortear o desempenho das atividades agrícolas visando a sua
sustentabilidade nos mais diversos campos. Sintetizando a definição
podemos dizer que a produção em bases agroecológicas pressupõe uma
agricultura capaz de fazer bem ao homem e ao meio ambiente.
Podemos vincular a produção de base ecológica com:
- Uma vida mais saudável;
- Uma produção agrícola dentro uma lógica onde a natureza mostra o
caminho;
- Uma agricultura socialmente justa;
- Ato de trabalhar dentro do meio ambiente, preservando-o;
- O equilíbrio entre nutrientes, solo, planta, água e animais;
- O continuar tirando os alimentos da terra sem esgotar os recursos
naturais;
- Um novo equilíbrio entre homem e natureza;
- Uma agricultura sem destruição do meio ambiente;
- Uma agricultura que não exclui ninguém.
Para se praticar uma agricultura que tenha como este pano de fundo é
necessário que algumas práticas sejam implementadas. Entre estas
práticas temos a compostagem e a adubação verde como carros chefes
do processo produtivo.
O uso das leguminosas na agricultura remonta há mais de 1.000 anos.
“Os romanos faziam apologia das leguminosas no seu imenso império,
reconhecendo-lhe o valor como melhoradoras da fertilidade do solo e do
alimento do gado” (fertinews, 2008). Foi um avanço considerável na
agricultura quando da introdução da prática da adubação verde.
Apesar deste tempo de conhecimento da técnica, as facilidades
apresentadas pela adubação química não permitiram um maior avanço
na utilização desta técnica de adubação.
Atualmente com a comprovação dos efeitos maléficos dos adubos
solúveis e com a elevação dos custos do petróleo (e fertilizantes
industriais) além de ser uma alternativa ecológica muito importante está
se tornando também uma alternativa econômica.
O uso de leguminosas traz algumas vantagens importantes para o solo e
para as plantas quando comparado com o processo convencional de
produção:
- Cobertura do solo evitando o seu aquecimento;
- Controle de erosão;
- Equilíbrio biológico;
- Conservação da umidade no solo;
- Incorporação de nitrogênio ao sistema, através da fixação biológica do
N atmosférico.
- Ciclagem de nutrientes das camadas mais profundas do solo para a
superfície colocando-os na zona onde as plantas cultivadas conseguem
retirar.
É importante observar que os dados científicos sobre as leguminosas,
principalmente sobre a produção de massa e fixação/absorção de N, são
extremamente divergentes. Em alguns casos as diferenças chegam a
mais de 100%.
4
5. Para fins desta cartilha foram adotados números médios retirados da
bibliografia específica e de experiências do autor e dos colaboradores.
2 LEGUMINOSAS ANUAIS
2.1 MUCUNA PRETA - (Stizolobiun aterrinnum, Piper &Tracy ou
Mucuna aterrima)
A mucuna preta é uma leguminosas originária da África de
hábito de crescimento trepador (cipó) cujo ciclo, do plantio ao pleno
florescimento, é de l40 a 180 dias. Plantios tardios antecipam o
florescimento em algumas semanas.
A mucuna preta produz entre 40 e 50 toneladas de massa verde, 6 a 9
toneladas de massa seca e fixa entre 180 e 350 kg de N por ha/safra.
A mucuna preta já é usada pelos agricultores do Espírito Santo há mais
de 50 anos para a adubação verde, principalmente na cultura do milho.
As recomendações de corte, citadas na literatura, vão dos 90 aos 150
dias após a semeadura (SOUZA, 1.993). Experiências de campo na
região serrana do ES (950 m de altitude) dão conta de que, dos 90 aos
140 dias após a semeadura, há um incremento muito grande em termos
de produção de massa seca e fixação de N (dados não publicados). Por
este motivo vale à pena esperar até ao 130º ou 150º dias para se proceder
ao corte.
Trabalhos científicos concluem que o plantio da mucuna em consórcio
com o milho após os 75 do plantio deste (do milho) não interferem na
produtividade do milho e nem atrapalham a sua colheita podendo esta
ser mecanizada. Agricultores que plantam a mucuna em lavouras de
milho com mais de 45 dias e que antecipam a sua colheita em 10 ou 15
dias não têm tido dificuldades na condução do processo.
O espaçamento normalmente recomendado é de 50 centímetros entre
filas e com 6 a 9 sementes por metro de sulco. A mucuna pode ser
plantada isoladamente ou em consórcio com outras culturas. Pelo fato de
ser uma planta muito agressiva não tem sido recomendado o seu plantio
em culturas muito adensadas.
Ao final do ciclo a mucuna preta seca formando um manto sobre o solo
de alguns centímetros. Esta camada funciona como uma excelente
cobertura morta.
2.2 MUCUNA CINZA (Mucuna cinerium)
A mucuna cinza é uma leguminosas originária da África, de hábito de
crescimento trepador (cipó) cujo ciclo, do plantio ao pleno
florescimento, é de l40 a 180 dias. Plantios tardios antecipam o
florescimento em algumas semanas.
A mucuna cinza produz entre 40 e 50 toneladas de massa verde, 6 a 9
toneladas de massa seca e fixa entre 180 e 350 kg de N por ha/safra.
O espaçamento normalmente recomendado é de 50 centímetros entre
filas e com 6 a 9 sementes por metro de sulco.
O desenvolvimento da mucuna cinza é muito semelhante ao da mucuna
preta.
5
6. 2.3 MUCUNA ANÃ ( Mucuna deeringiana)
A mucuna anã é uma leguminosa originária da África, de hábito de
crescimento herbáceo, determinado e cujo ciclo, do plantio ao pleno
florescimento, é de 90 a 120 dias. A mucuna anã produz entre 10 a 20
toneladas de massa verde, 2 a 4 toneladas de massa seca e fixa entre 60 a
120 kg de N por ha/safra. É uma planta própria para consórcios com
culturas plantadas em espaçamentos menores uma vez que não tem
hábito trepador, não competindo assim por luz. Também é própria para
áreas que terão um tempo menor de disponibilidade.
O espaçamento normalmente recomendado é de 50 centímetros entre
filas e com 10 a 12 sementes por metro de sulco.
2.4 O LABE-LABE (Dolichos lablab, ou Lablab purpureus (L.) Sweet
O labe-labe é uma leguminosa anual ou bianual originária da África, de
hábito de crescimento trepador (cipó) cujo ciclo do plantio ao pleno
florescimento é de 120 a 150 dias. Tem uma produtividade entre 15 a
30 toneladas de massa verde e 3 a 6 toneladas de massa seca por ciclo.
Fixa entre 120 a 240 kg de N por há.
Desenvolve-se, melhor, em solos bem drenados e férteis, porém é
empregado, com êxito, como adubação verde, para restauração de terras
pobres; sendo, também, utilizada como forragem nos meses de inverno.
Não tolera o fogo e o frio excessivo.
Suscetível às vaquinhas (Cerotoma sp., Diabrotica speciosa), percevejos,
carunchos e é boa hospedeira de nematóides formadores de galhas.
O labe-labe é uma leguminosa não muito agressiva e, portanto boa para
consórcio com culturas plantadas em espaçamento menores.
O crescimento inicial é um tanto lento e por isto exige uma capina
inicial.
2.5 CHÍCARO (Lathyrus sativus L.)¹
O chícaro é planta anual, herbácea, não trepadeira e de crescimento
semi-ereto. O chicaro produz entre 4 a 6 toneladas de massa seca e fixa
entre 80 e 130 kg de N por ha/safra. O ciclo, do plantio ao pleno
florescimento, é de 100 a 120 dias.
A época de semeadura é nos meses de março e abril. O espaçamento
normalmente recomendado é de 50 centímetros entre filas e com 10 a 15
sementes por metro de sulco. Em semeaduras a lanço são recomendadas
20 a 30 sementes por m². Se gasta 45 a 60 kg/ha de sementes.
2.6 CROTALÁRIA JUNCEA (Crotalaria juncea L.)
A crotalária juncea é uma leguminosa originária da Índia com ampla
adaptação às regiões tropicais do mundo. Tem hábito de crescimento
arbustivo ereto atingindo 2 a 3 metros de altura. Tem uma
produtividade entre 40 a 60 toneladas de massa verde e 6 a 8 toneladas
de massa seca por ciclo. Fixa entre 180 e 300 kg de N por há. O
espaçamento recomendado é de 0,50 m entre filas com 22 a 27 sementes
por metro linear. Apesar de ser uma planta melindrosa, quando nova, ela
tem uma velocidade de crescimento inicial muito rápida. Quando se
planta a leguminosa em áreas capinadas normalmente não é necessário
capinas pós-plantio.
6
7. Esta espécie é utilizada para plantios consorciados com milho, milheto e
milho de vassoura. A sua velocidade de crescimento é compatível com
a do milho, portanto não sendo abafada por este. No caso de plantios
consorciados com milheto e milho de vassoura, a Crotalária juncea pode
abafar os mesmos tornando suas produtividades baixas.
Esta espécie é ideal para cultivos em áreas onde se tem um período curto
de descanso (menos de 100 dias).
2.7 CROTALÁRIA SPECTABILIS (Crotalaria spectabilis)
A crotalária spectabilis é uma leguminosa originária Ásia central
Tem hábito de crescimento arbustivo ereto atingindo 1,2 a 1,5 metros de
altura. Tem uma produtividade entre 20 a 30 toneladas de massa verde e
4 a 6 toneladas de massa seca por ciclo. Fixa entre 60 e 120 kg de N por
há. O espaçamento recomendado é de 0,50 m entre filas com 30 a 35
sementes por metro linear.
Sua velocidade de crescimento é menor do que a crotalária juncea e para
um melhor desenvolvimento da cultura se torna necessário uma capina
inicial em áreas de maior infestação de ervas espontâneas.
De acordo com SILVEIRA, ett alli (2.004) em estudo realizado no
Centro Nacional de Pesquisa do Arroz e Feijão da EMBRAPA a
crotalária spectabilis demonstrou um bom efeito no controle de
nematóides de galhas (Meloidogyne spp) na cultura do feijoeiro.² É uma
planta bastante rústica se adaptando bem em solos pobres. Atualmente
está sendo usada, em consórcio com braquiária para a cobertura de
barranco de estradas.
A crotalária spectabilis é tóxica para animais principalmente para suínos
e os sintomas começam a aparecer alguns dias após a ingestão da
crotalária. Contaminação da ração com 0,2% de sementes de crotalária
já provocam grandes danos em suínos.
2.8 ERVILHACA (ervilhaca comum – Vicea sativa L e ervilhaca
peluda – Vicea vilosa Roth)
A ervilhaca é uma leguminosa exótica com adaptação às regiões de
clima temperado ou de altitude. É uma espécie que se desenvolve no
outono/inverno/primavera. Tem hábito de crescimento prostrado
(decumbente), 0,3 a 0,6 metros de altura. Tem uma produtividade entre
20 a 30 toneladas de massa verde e 4 a 6 toneladas de massa seca por
ciclo. Fixa entre 120 a 180 kg de N por há.
A ervilhaca peluda desenvolve-se em solos de baixa fertilidade e com
problemas de acidez (baixo PH e presença de alumínio), produzindo
grande quantidade de massa, que poderá ser empregada como forragem
de inverno ou como adubação verde. Pode ainda, para essas finalidades,
ser consorciada com aveia, centeio, triticale, ervilha forrageira, nabo
forrageiro, etc. Pode ser consorciadas com milho safrinha.Tem ciclo
longo, florescendo entre os 140 e 160 dias após a semeadura. Pode
suprir o equivalente a 80-120 kg de nitrogênio para o milho plantado em
sucessão. Apresenta um importante efeito no controle de invasoras.
A ervilhaca comum desenvolve-se em solos corrigidos ou já cultivados,
com bons teores de cálcio, fósforo e sem problemas de acidez. Pode ser
empregada como forrageira ou como adubação verde. Como forragem, é
empregada no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e também no Paraná,
em pastejo direto ou na forma de feno, podendo ser consorciada com
aveia, centeio, etc., produzindo um alimento de elevado teor proteico e
7
8. de boa palatabilidade. Alguns estudos, porém, tem associado algumas
doenças em bovinos com o consumo da ervilhaca.
A ervilhaca tem ciclo mais curto que a ervilhaca peluda, florescendo aos
100–130 dias.
O espaçamento usado para o plantio de ervilhaca é de 50 cm entre filas,
usando-se de 40 a 45 sementes/m linear de fila.
2.9 FEIJÃO-DE-PORCO (Canavalia ensiformis DC)
O Feijão de Porco é uma leguminosa de origem americana. É muito
cultivado em regiões tropicais e equatoriais. Possui crescimento
herbáceo ereto não trepador, atingindo 1,2 a 1,5 metros de altura. Tem
uma produtividade entre 20 a 40 toneladas de massa verde e 4 a 8
toneladas de massa seca por ciclo. Fixa entre 120 a 280 kg de N por há.
É uma planta bastante rústica, de ciclo anual ou bianual com
crescimento inicial lento. Adapta-se a qualquer tipo de solo, tolera
sombreamento parcial, não suporta geada.
É indicado para adubação verde, cobertura verde em cultura perene e
controle de invasoras. Possui efeito alelopático sendo muito usada no
controle da tiririca. Não repetir o plantio por muitos anos no mesmo
local, pois pode aumentar as populações de nematóides do solo; portanto
recomenda-se que seja utilizado sempre em rotação de culturas. Realizar
o plantio em linhas (40-50 cm), com 6-10 sementes por metro linear; ou
em covas (2 sementes) a 40-50 cm.
2.10 FEIJÃO GUANDU (Cajanus cajans)
É uma leguminosa originária da África e muito cultivada em todas as
regiões do Brasil. Sendo utilizado para adubação verde. Os ramos são
utilizados na alimentação de ruminantes e os grãos servem para a
alimentação humana. É um arbusto semi-perene cujo ciclo que vai da
semeadura até o pleno florescimento dura entre 80 (variedades anãs) e
180 (variedades normais) dias.
A produção de massa verde é de 20 t/ha (variedades anãs) a 40 t/ha
(variedades normais). A produção de massa seca fica entre 3 t/ha
(variedades anãs) e 9 t/ha (variedades normais). A fixação de Nitrogênio
gira entre 120 e 350 kg/ha/ano. O feijão guandu aceita bem podas.
No Paraná o feijão guandu tem sido usado para proteger lavouras novas
de café das geadas. Deixa-se o feijão guandu plantado nas entrelinhas do
café crescer e formar um túnel sobre as plantas do café. Essa cobertura
faz uma boa proteção, às mudas novas de café, contra a geada.
O espaçamento para o plantio do feijão-guando é de 50 cm entre plantas
com 20 a 30 sementes por metro de carreira.
O espaçamento utilizado no plantio do Labe-Labe é de 50 cm entre filas
e com 10 a 12 sementes por metro linear.
8
9. 3 LEGUMINOSAS PERENES
3.1- TEFRÓSIA (Tefrósia cândida DC.)
A tefrósia é uma leguminosa exótica de hábito de crescimento arbustivo,
ereta com 1,2 a 2,5 m e de grande adaptabilidade a solos ácidos e de
baixa fertilidade. Pode ser utilizada para pastagem ou para adubação
verde. Produção de 3 a 5 toneladas de massa seca por há/ano.
Experiências desenvolvidas por agricultores do município de Iconha,
com o consórcio de Café conilon e tefrósia, deram resultados muito
bons. A tefrósia aceita bem a poda e produz uma boa quantidade de
massa para a cobertura do solo e adubação do café.
A tefrósia possui compostos (rotenóides) que são inseticidas e
venenosos para peixes.
3.2 SOJA PERENE (Glycini wightti)
A soja perene é uma leguminosa perene originária da África com hábito
de crescimento trepador. Produz ao redor de 20 a 30 toneladas de massa
verde e 6 a 8 toneladas de massa seca, por há e por ano. A quantidade de
N absorvida (por fixação do ar e por absorção do solo) fica entre 150 a
300 kg/ha/ano. O espaçamento normalmente recomendado é de 50
centímetros entre filas e com 30 a 40 sementes por metro de sulco.
É uma planta menos agressiva que as mucunas cinza e preta, por isto
mais fácil de ser dominada quando em plantios intercalares com culturas
de menor espaçamento. A soja perene possui um sistema radicular muito
vigoroso e profundo e compete por água e nutrientes com as culturas
consociadas. É preciso observar o período correto das roçadas para
evitar este tipo de concorrência.
O crescimento inicial é um tanto lento e por isto exige uma capina
inicial.
3.3 CALOPOGÔNIA (Calopogonio mucunoide)
A calopogonio é uma leguminosa, perene, originária da América do Sul
tropical, com hábito de crescimento trepador. Produz ao redor de 20 a 30
toneladas de massa verde e 6 a 8 toneladas de massa seca, por há e por
ano. A quantidade de N absorvida (por fixação do ar e por absorção do
solo) fica entre 250 e 350 kg/ha/ano. O espaçamento normalmente
recomendado é de 50 centímetros entre filas e com 30 a 35 sementes por
metro de sulco.
É uma planta com agressividade semelhante a da soja perene, por isto
pode ser facilmente dominada quando em plantios intercalares com
culturas de menor espaçamento. A calopogônia possui um sistema
radicular muito vigoroso e profundo e compete por água e nutrientes
com as culturas consociadas. É preciso observar o período correto das
roçadas para evitar este tipo de concorrência. É de difícil erradicação
por métodos mecânicos (capinas e aração). O crescimento inicial é um
tanto lento e por isto exige uma capina inicial.
Pode ser utilizada para a alimentação animal inclusive em consórcio
com gramíneas, porém não é muito palatável e os animais não a
consomem muito bem.
3.4 SIRATRO (Macroptilium atropurpureum, DC, cv. siratro)
O siratro é uma leguminosa perene originária do México com hábito de
crescimento trepador (rasteiro). Produz ao até 40 toneladas de massa
9
10. verde e 4 a 7 toneladas de massa seca, por há e por ano. A quantidade de
N absorvida (por fixação do ar e por absorção do solo) fica entre 100 a
280 kg/ha/ano. O espaçamento normalmente recomendado é de 40 a 50
centímetros entre filas e com 15 a 20 sementes por metro de sulco.
Com relação a solo, é menos exigente em fertilidade, mais tolerante a
pH baixo e alumínio livre, que a soja perene, porém‚ mais exigente e
menos tolerante que o Stylosanthes gracilis . Parece preferir solos
arenosos, desde que férteis e bem drenados.
Tolera bem o consórcio com gramíneas e é uma planta muito palatável
tanto para os bovinos como para os ovinos. Normalmente é utilizada
como forrageira e menos como adubação verde.
O siratro possui um sistema radicular muito vigoroso e profundo e de
difícil erradicação por métodos mecânicos (capinas e aração). Muito
rústica, adapta-se as condições de clima tropical e subtropical, com
precipitações de 700 a 1.800mm anuais. Comporta-se melhor que a soja
perene em dias mais quentes, mas é sensível a geadas, principalmente
quando nova (perde as folhas), mas não chega a morrer, pois sua coroa
fica abaixo da superfície do solo, rebrotando a seguir. Também não
tolera secas prolongadas, ocasião em que se observa grande queda de
suas folhas.
3.5 AMENDOIM FORRAGEIRO (Arachis pintoi Krapov & W.C.
Gregory)
O amendoim forrageiro é uma leguminosa herbácea, perene, originária
da Bahia (município de Belmonte) e de crescimento rasteiro,
estolonífera com 20 a 40 cm de altura. Produz ao redor de 20 a 30
toneladas de massa verde e 4 a 5 toneladas de massa seca, por há e por
ano. A quantidade de N absorvida (por fixação do ar e por absorção do
solo) fica entre 80 e 120 kg de Nitrogênio por ha por ano.
O espaçamento normalmente recomendado é de 0,5 a 0,8 m entre filas e
0,2 a 0,5 m entre covas.
Em função da sua agressividade em cobrir o solo e tolerância ao
sombreamento, esta leguminosa se consorcia muito bem com espécies
de gramíneas igualmente agressivas como as do gênero Brachiaria. No
sul da Bahia há experiência acumulada de consorciação com B.
humidicola e com B. dictyoneura, aonde a mesma vem persistindo sob
pastejo contínuo há cinco anos, na proporção de 6,6 a 16% do pasto
disponível, com taxas de lotação variando de 1,6 a 4,0 novilhos/ha.
O amendoim forrageiro pode ser usado em consórcio com espécies
agrícolas perenes (café, citros e outras).
3.6 ESTILOSANTES CAMPO GRANDE (híbrido entre Stylosanthes
capitata e S. macrocephala)
O estilosantes Campo Grande é uma planta anual ou bianual, mistura de
duas espécies de leguminosas, Stylosanthes capitata e S. macrocephala,
coletadas em solos de Areia Quartzosa e de baixa fertilidade,
remanescentes de experimento anterior, que, após vários
multicruzamentos, teve sua seleção definida.
O Campo Grande é um composto de duas espécies forrageiras: o
Stylosanthes macrocephala, que possui um crescimento mais horizontal,
com folhas pontiagudas e flores, na sua maioria, amarelas; e o
Stylosanthes capitata, que possui hábito de crescimento mais
vertical.Ambas as espécies podem chegar a mais de um metro de altura
10
11. e seu florescimento ocorre nos meses de abril a maio e a principal
característica da sua persistência é a ressemeadura natural.
O Estilosantes Campo Grande tem uma produtividade anual em torno de
12 a 13 toneladas de matéria seca e fixa ao redor de 180 kg de
nitrogênio por ano.
O estilosantes normalmente é usado para consórcio com gramíneas para
pastejo, porém pode também ser usado para adubação verde em
consórcio com culturas perenes.
3.7 LEUCENA (Leucaena spp , Leucena leucocephala)
A leucena é uma leguminosa, perene, arbórea, originária da América
Central, de onde se dispersou para outras partes do mundo devido a sua
versatilidade de utilização, podendo ser empregada para forragem,
produção de madeira, carvão vegetal e adubação verde.
É, portanto, recomendável que seu plantio seja feito em solos férteis ou
fertilizados, em que o pH esteja acima de 6.
A leucena tem uma produção de 5 a 25 toneladas de massa seca/há/ano
e fixa até 500 kg de nitrogênio/há/ano.
Para melhor adesão do inoculante às sementes, deve-se aplicar o
inoculante com adesivo preparado com polvilho. Emprega-se meio litro
de adesivo para cada pacote de inoculante de 200 g, quantidade
suficiente para inocular 50 kg de sementes. As sementes inoculadas
devem ser mantidas à sombra e semeadas o mais breve possível.
O espaçamento de plantio é de 1 m entre linhas com 9 a 10 sementes por
metro de sulco. Para pastejo direto o espaçamento pode ser de 2 a 3 m
entre filas e 1 m entre covas. Para uso forrageiro os cortes devem ser
feitos a cada 60 a 90 dias.
No caso de plantio para adubação verde a leucena deve ser plantada em
espaçamentos mais largos (dependendo da cultura até 6 metros entre
filas e 0,5 m entre plantas. Neste caso são feitas 2 podas anuais para que
os ramos e folhas sirvam de adubo para a cultura consorciada.
3.8 GLIRICÍDEA ( Gliricidia sepium )
A gliricidea é uma leguminosa, arbórea, nativa do México, América
Central e norte da América do Sul. A gliricídea tem uma produtividade
anual de 40 toneladas de massa verde, 5 a 15 toneladas de massa seca e
fixa/absorve 150 a 300 kg de N por há/ano.
A multiplicação da gliricídea pode ser feita através de sementes ou por
estacas (mais utilizado). No caso de se fazer a multiplicação por estacas
usar galhos com mais de 6 meses de idade e com 3 a 4 cm de diâmetro.
As estacas devem ter 30 a 40 cm de comprimento e ser enterrado 15 a
20 cm.
A gliricídea tem tido usos variados: forragem, adubo verde, sombra,
moirões de cerca, cerca viva. Quando se trata de plantio para
sombreamento e adubação de culturas anuais, os espaçamentos
recomendados são de 8,0 a 10,0 m x 3,5 a 4,0 m. Nesse caso devem ser
feitas podas de raleio em setembro/outubro e março. Em
novembro/dezembro e maio deve ser feita a desbrota.
11
12. A gliricidia tolera solos ácidos e pobres e se desenvolve melhor em
altitudes até 700 m.
3.9 PUERÁRIA– (Pueraria phaseoloides (Roxb.) Benth.
´Puerária também chamada de Kudzu trapical é uma leguminosa perene,
de clima tropical e sub-tropical, originária da Austrália, sudeste da Ásia
e da Indonésia, trepadeira, cujos caules são volúveis, finos, flexíveis,
longos e verdes. Tem uma produtividade de 40 toneladas de massa
verde e 4 a 8 toneladas de massa seca por ano. Fixa entre 100 a 200 kg
de N por ha/ano.
É pouco exigente quanto ao solo, multiplica-se por meio de sementes. O
espaçamento utilizado é de 0,50 m a 1,0m entre linhas. São necessários
de 2 a 5 kg de sementes por ha. É preciso quebrar a dormência das
sementes o que é feito colocando-se as sementes por 15 a 30 minutos em
água a 80º Centígrados.
A puerária é uma planta de climas quentes e úmidos preferindo
temperaturas superiores a 18º C e precipitação pluviométrica superior a
1.200mm/ano.
A puerária é utilizada no Acre em áreas destinadas ao plantio de feijão e
tem propiciado um aumento de até 20% na produtividade, quando
comparada com lavouras de feijão cultivadas em área sem a utilização
de leguminosas. Muito utilizada como forrageira consorciada com
gramíneas ou em bancos de proteínas.
É uma planta bastante agressiva, tornando-se invasora até de capoeiras e
de matas.
3.10 GALACTA (galactia striata)
A galactia é uma leguminosa, perene, trepadora, originária da América
Central e do Sul. É adaptada a solos bem drenados, pobres e ácidos.
Tem uma produtividade de .... t de massa verde, 6 a 7 t de massa seca e
fixa/absorve 170 a 200 kg de N por há/ano. A produção no inverno
equivale a 30% da produção anual.
A galactia é usada para pastagem em consórcio com gramíneas ou para
adubação verde, principalmente em culturas perenes. Quando semeada
em consórcio com pastagem usa-se 4 a 5 kg de sementes por há. No
caso de consórcio com café utiliza-se o plantio de uma fileira com
espaçamento de 0,3 m entre covas no meio da fila de café. Para uma boa
cobertura de área usa-se o espaçamento de 0,25 m entre filas com 10
sementes por metro.
Necessário se faz, a quebra da dormência das sementes, caso contrário
ocorre uma germinação muito irregular. A quebra da dormência pode
ser feita por escarificação mecânica, uso de água quente (deixar por 1
minuto em água fervente e depois lavar em água fria), ácido sulfúrico e
soda cáustica (é preciso ter muito cuidado com o uso de soda cáustica e
do ácido sulfúrico).
Experiências desenvolvidas, por agricultores, no município de Iconha
demonstraram que a galáctia striata dá uma boa cobertura ao solo das
lavouras de café, não diminuindo a produção e evitando capinas e uso de
herbicidas. No período das águas é necessário fazer roçadas mensais.
Pode-se usar vara e bater como se bate feijão ao invés de usar foice (a
leguminosa demora mais para rebrotar). É importante relatar que para
cafezais muito adensados não é possível fazer o consórcio com a
galáctia.
12
13. 4 REFERÊNCIAS
FERTINEWS. Leguminosas: história e evolução. 1º V, Pag.3, Maio
de 2008. www.fertiprado.pt.
SOUZA, Jacimar Luiz de. Agricultura Orgânica: tecnologias para a
produção de alimentos saudáveis. Vitória,,ES: INCAPER, 2005 2V.
257P.
SOUZA, Jacimar Luiz de. Agricultura Orgânica: tecnologias para a
produção de alimentos saudáveis. Vitória,,ES: INCAPER, 2005 2V.
257P.
SOUZA, Jacimar Luiz de e Rezende Patrícia . Manual de horticultura
orgânica. Viçosa: Aprenda Fácil, 2007. 564p. il.
SILVEIRA , 2004
13
14. COMPOSTAGEM
1 INTRODUÇÃO
As condições dos solos no início do processo de conversão para o
processo agroecológico/orgânico, normalmente tem sido muito ruins.
Por outro lado a produção orgânica desenvolvida no Brasil tem sido uma
produção para “exportação”: Quase tudo o que se planta é para vender.
Para recuperar os solos degradados é necessário acrescentar nutrientes e
para manter os níveis de fertilidade de um solo já melhorado é
necessária a reposição dos nutrientes exportados.
A maioria dos nutrientes necessários para as plantas deve,
obrigatoriamente, ser colocados no solo através da matéria orgânica uma
vez que os adubos concentrados são em sua maioria proibidos ou de
liberação de uso muito restrito, pela legislação da agricultura orgânica.
A matéria orgânica no solo trás vantagens consideráveis para as culturas
e os demais organismos presentes.
No processo de compostagem são eliminados muitos microorganismos
indesejáveis no processo de produção e algumas substâncias nocivas.
Outro fator importante é que a adubação localizada é mais eficiente no
aumento da produção do que a adubação a lanço e é muito mais fácil
distribuir, localizadamente, o composto orgânico do que a matéria
orgânica in natura.
A matéria orgânica “crua” traz alguns problemas para as plantas tais
como a captura do N do solo pelos microorganismos da decomposição
fazendo com que as plantas fiquem com deficiência; O aquecimento do
solo provocando queima das raízes e o colo das plantas entre outras.
Pelos motivos listados anteriormente é que se torna fundamental a
utilização de compostos orgânicos no processo de produção
orgânico/agroecológico.
2 MATERIAIS UTILIZADOS NA COMPOSTAGEM
Relação Carbono/Nitrogênio (relação C/N) é uma muito importante para
processo de fermentação da matéria orgânica e no aproveitamento do
Nitrogênio pelas plantas.
Matéria orgânica com relação C/N acima de 30/1 tem um processo de
fermentação mais lenta e durante a fermentação o Nitrogênio do solo é
capturado pelos microorganismos fermentadores com isto causando
deficiência nas plantas.
Durante o processo de fermentação da matéria orgânica com relação C/
N entre 20/1 e 30/1 existe um equilíbrio entre a liberação de N no
processo e a captura pelos microorganismos presentes.
Durante o processo de fermentação de matéria orgânica com relação C/
N abaixo de 20/1 normalmente existe a liberação de N para o meio o que
propicia o seu aproveitamento pelas plantas.
14
15. Tabela 1 Relação Carbono/Nitrogênio de alguns materiais utilizados em
compostagem
Material Relação C/N
Esterco de gado 13/1
Esterco de aves (gaiola) 14/1
Esterco de aves (cama) 20/1
Casca de café 53/1
Palha de café 38/1
Capim meloso 75/1
Capim napier verde 40/1
Crotalária juncea 26/1
Feijão de porco 19/1
Feijão Guandu 29/1
Palhas de feijão 32/1
Palhas de milho 112/1
Mucuna preta 22/1
Serragem de madeira de lei 865/1
Serragem de eucalipto* 42/1
Bagaço de cana* 102/1
Labelabe 11/1
Fonte: Souza (2003)
* Análises de material não publicadas
2.1 OBTENÇÃO DO MATERIAL FIBROSO
As propriedades normalmente possuem uma boa quantidade de
materiais palhosos para a confecção de compostos orgânicos (palhas de
milho, palha de café, palha de feijão, capim meloso, etc.).
Normalmente esta quantidade de material é muito abaixo das
necessidades de produção de composto que uma propriedade orgânica
necessita para a adubação de suas lavouras. Por este motivo se faz
necessário a compra de materiais (pó de serra de madeira mole, bagaço
de cana, casca de eucalipto, etc) ou a produção de materiais fibrosos
para utilização no composto.
A planta mais comumente utilizada para a produção deste tipo de
material é o capim elefante (napier, cameroom verde, cameroom roxo).
O capim elefante é uma plante perene, muito rústica e com uma alta
produtividade de massa. Até 250 toneladas/ha/ano de massa verde ou 60
a 80 toneladas de massa seca/ha/ano.
Como material de baixa relação C/N para enriquecimento do composto
normalmente usa estercos (bovinos, aves e suínos), porém pode-se usar
tortas de mamona, resíduas de fábricas de chocolates e outras
Leguminosas também podem ser usadas como material de
enriquecimento.
2.2 MISTURA DE MATERIAIS
A combinação dos materiais deve ser feita no sentido de que a média
ponderada da relação C/N fique no intervalo de 30/1 a 40/1 isto para
facilitar a fermentação e para não perder nitrogênio. Misturas de
materiais cuja média da relação C/N sejam superiores a 40/1 demoram
muito para sofrer o processo de fermentação e diminuem muito o peso
em relação ao peso inicial. Misturas com relação C/N inferiores a 30/1
podem perder nitrogênio no processo de compostagem.
15
16. 2.3 MODELOS DE COMPOSTOS
2.3.1 Composto com materiais palhosos sem picagem
Este é o modelo de compostagem é o tradicionalmente usado e consiste
na utilização de palhadas de milho, palhadas de feijão, palha de café,
capim meloso e outros vegetais não lenhosos com o enriquecimento
feito através da utilização de esterco de animais (aves, suínos, caprinos,
bovinos, etc).
A leira de composto é montada fazendo-se uma camada de 20 cm de
palha sobre a qual se coloca uma camada de 2 a 5 cm de esterco
(dependendo do tipo de esterco) e assim sucessivamente até atingir uma
altura máxima de 1,50m. A largura não deve ultrapassar os 3 m
enquanto que o comprimento pode ser variável. As dimensões da largura
e da altura não podem ser maiores porque se o forem provocam bolsões
anaeróbicos no interior da pilha o que compromete o processo de
compostagem.
A irrigação deve ser feita ao longo da montagem da leira de composto se
possível camada por camada. A quantidade de água deve ser suficiente
para molhar o material, porém não deve ser suficiente para provocar
escorrimento.
O ideal e cobrir as pilhas de composto com uma camada de palhas para
evitar a perda excessiva de água e o ressecamento da camada superficial
da pilha o que atrasa o processo de compostagem. A cobertura também
evita a perda de nitrogênio.
Em períodos de muita chuva é recomendável a cobertura com material
impermeável (lona plástica, fazer o composto em áreas cobertas, etc).
Normalmente se fazem três ou quatro reviramentos (aos 15 dias, aos 30
dias, aos 60 dias e aos 90 dias ou aos 30 dias, aos 60 dias e aos 90 dias
após a confecção das leiras). Este tipo de composto fica pronto ao redor
dos 120 dias.
2.3.2 Compostos com materiais picados
Este tipo de compostagem segue praticamente as mesmas orientações do
modelo anterior com a diferença que o material palhoso utilizado é
picado antes de ser colocado nas pilhas.
Neste caso o processo de compostagem adianta em, aproximadamente,
30 dias e o reviramento manual é extremamente facilitado.
2.3.3 Composto com napier inteiro e uso de bananeira para
fornecer umidade
O processo de picagem do material palhoso é um processo demorado e
caro ( picar napier com uso de ensiladeira movida a micro trator custa
entre R$ 30,00 a R$40,00 por tonelada de composto produzido).
Este processo é interessante no caso de produção de compostagem em
áreas com dificuldade de irrigação e para diminuir custos com a
picagem do capim.
Usa-se, neste caso, o capim napier inteiro disposto no sentido
longitudinal da leira. Cada camada de capim deve ter 20 cm sendo 10
cm com a ponta virada para um sentido e os outros 10 cm com a ponta
virada para o outro sentido. Este cuidado é necessário para que as folhas
cubram praticamente toda a extensão da leira e isto facilita o processo de
compostagem.
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17. Sobre a camada de capim napier coloca-se uma camada de esterco (5% a
20% do peso do capim dependendo do tipo de esterco) e sobre a camada
de esterco coloca-se uma camada de pseudocaule de bananeira partido
ao meio no sentido longitudinal. Estes pseudocaules devem ser
colocados no sentido transversal à leira e posteriormente cortados com
um tamanho de 20 a 30 cm (caules inteiros dificultam o trabalho por
ocasião da passagem da enxada rotativa).
Fazer mais 2 ou 3 camadas de conforme as descritas anteriormente de
forma que a pilha atinja a altura de 80 a 90 cm. É interessante cobrir a
leira com um material palhoso para evitar perda de água e nitrogênio.
Com aproximadamente 60 dias após a montagem das leiras do
composto, as hastes do capim estão semi-apodrecidas e então se deve
abrir a leira para um lado e para outro até que fique de uma altura que
permita o trabalho do trator (normalmente o micro). Assim será feita a
passagem da enxada rotativa sobre a leira o que dará uma boa
“trituração” ao material.
Feito isto , mo lh ar e amo n toar o material. A p artir d aí fazer o s
procedimentos normais de condução de uma compostagem comum. O
composto estará pronto entre 100 e 120 dias após a montagem da leira.
2.3.4 Composto com napier inteiro com uso de irrigação.
Em áreas que se tem facilidade no uso de água para irrigação das pilhas
de composto, o pseudocaule da bananeira pode ser substituído por
irrigação, permanecendo os demais procedimentos.
3 QUALIDADE DO COMPOSTO ORGÂNICO
O composto orgânico é um material já praticamente estabilizado que não
queima as plantas quando utilizado nas dosagens recomendadas. Tem
uma grande capacidade de retenção de umidade e melhora as condições
do solo para o desenvolvimento dos organismos úteis. Os teores de
nutrientes existentes nos compostos orgânicos são bastante razoáveis,
podendo, a maioria das culturas, ser adubadas semente com composto
orgânico.
Os compostos produzidos na região serrana do Espírito Santo tem tido
um certo desbalanço entre cálcio e magnésio. Principalmente os
enriquecidos com esterco de galinha têm um percentual bastante alto em
cálcio e muito baixo em magnésio. Mesmo aqueles compostos
enriquecidos com outros produtos tem tido teores de Mg bastante
baixos.
Tabela 2 Composição de alguns compostos orgânicos
Materiais Utilizados M.O. C/N P/H N P K CA Mg
Composto enriquecido com
esterco de galinha
48 15/1 7,2 1,9 1,1 1,2 5,3 0,5
Composto enriquecido com
composto
49 15/1 7,1 2 1,0 1,1 3,3 0,4
Composto enriquecido com
torta de cacau
63 12/1 6,5 3,2 0,7 1,5 1,8 0,5
Composto enriquecido com
terriço de mata
35 18/1 6,7 1,1 0,4 0,6 1,2 0,2
Fonte SOUZA, 2005
17
18. 3 – REFERÊNCIAS
ARAUJO, João Batista. Composto com bananeira e capim elefante triturado com
enxada rotativa. V CBA, Guarapari,2007. ABA.
SOUZA, Jacimar Luiz de. Agricultura Orgânica: tecnologias para a produção de
alimentos saudáveis. Vitória,,ES: INCAPER, 2005 2V. 257P.
SOUZA, Jacimar Luiz de. Agricultura Orgânica: tecnologias para a produção de
alimentos saudáveis. Vitória,ES: INCAPER, 2005 2V. 257P.
SOUZA, Jacimar Luiz de e Rezende Patrícia . Manual de horticultura orgânica.
Viçosa: Aprenda Fácil, 2007. 564p. il.
SILVEIRA , 2004
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19. Foto 1
Foto 2
Foto 3
Foto 4
19
Apesar de haver algumas suspeitas sobre a existência de
efeitos alelopáticos negativos entre o feijão de porco e o
café, algumas experiências parecem dizer o contrário.
A crotalária juncea tem um crescimento muito rápido e
uma produção ótima de massa seca e uma boa fixação de
N. Há que se ter um cuidado especial no consórcio com o
café pois o forte sombreamento pode causar estiolamento
das plantas do cafeeiro.
20. Foto 5
Foto 6
Foto 7
Foto 8
20
O Labelabe desponta como uma boa alternativa para
consórcio com café novo. (boa produção de massa e fixação
de N e não é muito agressivo)
As mucunas preta e cinza são bastante agressivas e quando
cultivadas em consórcio com o café novo, exigem uma
roçada semanal nos ramos que enrolam nas plantas do
cafeeiro.
Várias leguminosas sendo testadas no consórcio com o
cafeeiro.
A Crotalária spectabilis pode ser usada em consórcio, porém
tem uma produção de massa e fixação de N baixos.
21. Foto 9
Foto 10
Foto 11
Foto 12
21
A mucuna cinza tem uma grande capacidade
de dominar a vegetação espontânea e produz
uma grande massa verde e é boa fixadora de
N.
A grande quantidade de massa produzida pela mucuna
cinza propicia uma cobertura morta ao solo de excelente
qualidade. Os teores de nutrientes desta massa são muito
altos e proporcionam uma boa adubação à cultura que
sucede.
22. Foto 13
Foto 14
Foto 15
Foto 16
22
Feijão de porco: boa cobertura do solo e
alta capacidade de fixação de N.
Milho cultivado em sucessão ao feijão-de-
porco. Para o plantio do milho, foi feito
apenas a roçada do feijão de porco.
Mucuna preta: Ótima cobertura do solo,
alta produção de massa seca e boa fixação
de N.
Milho cultivado em sucessão à mucuna
preta. O plantio do milho, foi feito sobre a
palhada da mucuna sem nenhum tipo de
preparo do solo.
23. Foto 17
Foto 18
Foto 19
Foto 20
23
Permanência de quantidade expressiva de
material de cobertura do solo (restos da
mucuna preta) 60 dias após o plantio do
milho.
Milho cultivado em sucessão à mucuna preta sem
nenhum tipo de adubação. A produtividade atingiu
neste caso a mais de 7.000 kg/ha.
Lavoura de milho cultivado em sucessão à
mucuna preta e ao feijão-de-porco (frente
feijão de porco e fundos mucuna preta).
24. Foto 21
Foto 22
Foto 23
Foto 24
24
Plantio de mucuna preta consorciada com milho (mucuna plantada
de 45 a 70 dias após a semeadura do milho). A roçada está sendo
feita 70 dias após a colheita do milho. É importante observar que a
roçada manual é muito penosa e muito demorada. Roçadeira com
fio de naylon não funciona. Lâminas maiores têm aumentado,
significativamente, o rendimento da roçadeira costal.
Feijão guandú em pleno florescimento (165 dias após o
plantio). Bastante Massa e boa fixação de N. O feijão
guandú tem um desenvolvimento inicial mais lento que as
mucunas cinza, preta e anã, feijão-de-porco e crotalária
juncea.
25. Foto 25
Foto 26
Foto 27
Foto 28
25
Crotalária spectabilis: Menor produção de massa seca,
memor fixação de N. Alguns trabalhos afirmam que
tem efeito no controle dos nematóides.
Mucuna anã: Menor produção de massa, menor
fixação de N, porém desenvolvimento mais rápido
(pleno florescimento aos 80 a 90 dias).
Nabo forrageiro: crescimento rápido, bastante massa, concorre bem
com a vegetação espontânea, não fixa N (não é leguminosa), Cultura
de inverno.
26. Foto 29
Foto 30
Foto 31
26
Feijão guandú cultivado em consórcio com café
conilon em formação. O feijão guandu aceita bem
poda, produz muita massa e agüenta até 2 a 3 anos
quando bem manejado.
A tefrósia estabelece um bom consórcio com o café conilon. Aceita
bem a poda, produz bastante massa e é perene.
27. Foto 32 Composto orgânico com uso de napier sem picar e
bananeira para manter a umidade.
Foto 33 Composto feito com napier sem picar e com uso de irrigação
Foto 34 Composto produzido com napier picado
Foto 35 Composto pronto para a utilização
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