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CULTIVO DE MICROALGA COM ADIÇÃO DE GLICEROL EM
      CULTIVOS MIXOTRÓFICOS EM FOTOBIORREATORES PARA
     PRODUÇÃO DE BIOMASSA COM FOCO EM BIOCOMBUSTÍVEIS

Keli Cristiane Correia Morais1, Kassiana Ribeiro2, Robert Luis Lara Ribeiro3, David Alexander Mitchell4, José
Viriato Coelho Vargas5, André Bellin Mariano6
1
    Bióloga, Mestranda do PIPE., NPDEAS, UFPR, Curitiba, PR, Brasil – biokeli2000@gmail.com
2
    Graduanda de Biologia, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, NPDEAS, UFPR, Curitiba, PR, Brasil – kassi.ribeiro@hotmail.com
3
    Matemático, M.Sc., Doutorando do PIPE., NPDEAS, UFPR, Curitiba, PR, Brasil – robertlarabr@yahoo.com.br
4
    Microbiologista, PhD., Depto. de Bioquímica e Biologia Molecular, UFPR, Curitiba, PR, Brasil – davidmitchell@ufpr.br
5
    Engenheiro Mecânico, PhD., Departamento de Engenharia Mecânica, UFPR, Curitiba, PR, Brasil – jvargas@demec.ufpr.br
6
    Farmacêutico Bioquímico–Industrial, D.Sc., NPDEAS, UFPR, Curitiba, PR, Brasil – andrebmariano@gmail.com

                                                              RESUMO

A produção de biomassa de microalgas precisa de muitos aprimoramentos na tecnologia para permitir a
produção viável de biocombustíveis. O Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Energia Auto-Sustentável da
UFPR desenvolveu um Fotobiorreator Tubular Compacto de 10 m3 com características para maximizar o
aproveitamento de luz e CO2. Entretanto, muitos estudos ainda são necessários para desenvolver o meio de
cultivo adequado. Deste modo, o objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de biomassa da microalga
Phaeodactylum tricornutum em cultivos mixotróficos, nos quais existe a adição de uma fonte de carbono
orgânico complementando o CO2 fixado pela fotossíntese. O nutriente escolhido foi o glicerol, atualmente um
subproduto do processo de produção de biodiesel. Foram realizados três tratamentos: a) controle (sem adição de
glicerol), b) glicerol 0,15 M adicionado no início do cultivo, e c) glicerol em adições sucessivas durante todo o
cultivo equivalente a 0,15 M. O experimento foi realizado em sala de cultivo de microalgas sob condições pré-
determinadas e constantes. A adição de carbono orgânico ocasionou aumento da concentração de biomassa de
31,6%. Este resultado sugere que cultivos mixotróficos apresentam-se como uma viável alternativa do uso do
glicerol, permitindo o aumento da produtividade de biomassa e óleo para produção de biocombustíveis.

Palavras-chave: microalga, mixotrófico, glicerol, biomassa, biocombustíveis, Phaeodactylum tricornutum

                                                            ABSTRACT

Cultivation of microalgae with the addition of glycerol in mixotrophic conditions in photobioreactors for
production of biomass with emphasis on biofuels. Biomass production of microalgae needs many technological
improvements in technology to enable viable production of biofuels. The Center for Research and Development
of Sustainable Energy (NPDEAS) at UFPR developed a compact tubular photobioreactors of 10 m 3 with features
to maximize the utilization of light and CO2. However, many studies are still needed to develop the appropriate
culture medium. The objective of this study was to evaluate the biomass production of microalga Phaeodactylum
tricornutum in mixotrophic cultures, with the addition of an organic carbon source. Glycerol was chosen as the
additive nutrient to complement the CO2 fixed by photosynthesis. Glycerol was chosen because it is a byproduct
of the current biodiesel production process. Three different treatments were evaluated: a) control (without
glycerol), b) glycerol (0.15 M) added at the beginning of cultivation, and c) successive additions of glycerol
throughout the growing season equivalent to 0.15 M. The experiment was conducted in a microalgae cultivation
room under constant and predetermined conditions. The addition of organic carbon caused a 31.6% increase in
the concentration of biomass. This result suggests that mixotrophic cultivation is a viable alternative to the use of
glycerol, enabling increased productivity of biomass and oil for biofuel production.

 Keywords: microalga, mixotrophic, glycerol, biomass, biofuels, Phaeodactylum tricornutum

INTRODUÇÃO

        A diversificação da matéria-prima para a produção de biodiesel vem sendo incentivada pelo Programa
Nacional de Produção de Biodiesel (PNPB). Desta forma, as microalgas cultivadas em fotobioreatores são foco
de estudo do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento em Energia Auto-Sustentável (NPDEAS) por apresentarem
elevada produtividade e vantagens em relação às oleaginosas como: biomassa homogênea, maior eficiência
fotossintética, baixo custo com transporte e ainda por não concorrer por terras agriculturáveis. O
desenvolvimento dos fotobioreatores pelo NPDEAS envolve numerosas etapas, como a preparação da estrutura
do fotobiorreator (FBR), composição do meio de cultivo, escolha de microalgas e sua composição, operações
unitárias de separação, secagem e extração de óleo, produção de biodiesel, análise da qualidade de biodiesel por
método computacional, biodigestor, unidade trigeradora, resíduos e a implementação de softwares (MARIANO
et al. 2009).
          As microalgas são microrganismos fotossintéticos que requerem nutrientes relativamente simples e cuja
biomassa pode ser empregada para obtenção de biocompostos, como suplemento alimentar humano e animal ou
fonte de biocombustíveis (ANDRADE & COSTA, 2008). A microalga Phaeodactylum tricornutum Bohlin,
1897 é uma das microalgas que tem sido estudada pelo nosso grupo de pesquisa por apresentar teor lipídico em
sua estrutura, podendo ser empregada na produção de biocombustíveis. Em cultivo de microalgas, a fonte de
nutrientes é o componente de importância considerável devido ao elevado custo de produção. A fonte de carbono
adicional a estes cultivos possibilita maior rendimento em biomassa, já que haverá maior disponibilidade de
carbono além do produzido via metabolismo fotossintético. A estimulação do crescimento de P. tricornutum
com adição de glicerol foi verificada e a biomassa seca foi quantificada. (CERÓN GARCIA et al, 2006;
CAMACHO et al, 2000). O glicerol é uma fonte de carbono interessante em cultivos mixotróficos onde o foco é
a produção de biodiesel devido a sua disponibilidade resultante do processo de transesterificação. Nesta
pesquisa, foi utilizada para o cultivo mixotrófico a microalga Phaeodactylum tricornutum que confere alta
densidade lipídica em sua estrutura, possibilitando assim produzir grandes quantidades de biodiesel
(LOURENÇO, 2006). Cultivos em condições mixotróficas para variadas espécies de microalgas têm sido
estudados (CERÓN GARCIA et al, 2006; ANDRADE & COSTA, 2008; RADMANN, 2009), no entanto, este
trabalho discute a influência das diferentes maneiras de adicionar o glicerol durante o cultivo para que se obtenha
máxima concentração de biomassa. São encontrados poucos trabalhos que estudaram a microalga
Phaeodactylum tricornutum, em condições mixotróficas, no entanto, estes demonstram melhor rendimento de
biomassa do que em cultivos autotróficos, podendo duplicar a biomassa em relação ao experimento controle
(GARCIA et al, 2005).

MATERIAIS E MÉTODOS

          A microalga Phaeodactylum tricornutum Bohlin 1897, gentilmente cedida pelo Grupo Integrado de
Aquicultura da UFPR para o NPDEAS, foi cultivada em sala de cultivo climatizada. O NPDEAS tem o objetivo
de produzir biodiesel a partir de microalgas cultivadas em fotobiorreatores compactos, para tanto se faz
necessário realizar cultivos experimentais com as espécies. O cultivo em batelada nos traz resultados
promissores de modo a otimizar o meio e aumentar a produtividade em biomassa. A Figura 1 exemplifica de
forma ilustrativa o significado do metabolismo mixotrófico como sendo a interação dos metabolismos
heterotróficos e autotróficos. Além da luz necessária para que a célula produza energia através do CO 2 e de H2O
através do processo de fotossíntese é fornecido carbono na forma orgânica (glicerol, glucose, acetato) resultando
assim no metabolismo mixotrófico.
          O cultivo mixotrófico foi testado neste trabalho utilizando o glicerol como fonte de carbono. Os
experimentos foram realizados em duplicata e o planejamento pode ser visto na Tabela 1.
          No experimento 1 foi adicionado glicerol diariamente, sendo o volume correspondente a concentração
de 0,15M dividida pelo número de dias de cultivo, no experimento 2 a adição de todo o volume de glicerol foi
feita no início do cultivo e no experimento 3 não houve adição de glicerol, resultando no experimento controle.
A cultura foi realizada em erlenmeyers com capacidade de 2 litros num volume de 1,8 litros, mantidos em
ambiente de temperatura de 18 a 20 ºC sob aeração constante com fluxo de ar atmosférico de 2,7 L/min em cada
erlenmeyer. A intensidade luminosa de 5500 lux foi mantida por lâmpadas fluorescentes de 40W em fotoperíodo
integral. O meio de cultura F/2 Guillard modificado foi preparado em água do mar padronizada em 15‰ e
posteriormente autoclavados. A composição do meio Guillard F/2 modificado encontra-se na Tabela 2. Somente
após atingirem temperatura ambiente o glicerol na concentração 0,15M foi adicionado. Foi escolhida esta
concentração de glicerol em decorrência de experimento prévio realizado em diferentes concentrações de
glicerol.
          O inóculo inicial dos experimentos foi padronizado a 30.10 4 cel/mL de acordo com Soares (2010) com o
objetivo de atingir a densidade celular máxima, minimizando efeitos do autosombreamento, sendo assim, o
inóculo inicial em todos os experimentos foi de aproximadamente 100mg/L. Em trabalhos com cultivos
mixotrófico de Cerón García (2000) a concentração de biomassa para inoculação foi entre 70-100mg/L.
Figura 1 – Metabolismo das microalgas: (A) Representação da fotossíntese e destinos metabólicos da glucose no
metabolismo celular; (B) Diferenças entre os metabolismos autotróficos, heterotróficos e mixotróficos.
Figure 1 – Microalgae metabolism: (A) Photosynthesis and metabolic destinations of glucose in cellular
metabolism; (B) Differences between autotrophic, heterotrophic and mixotrophic metabolisms.


Tabela 1 – Condições experimentais dos cultivos de microalga
Table 1 – Experimental conditions of microalgae cultivation
          Experimentos          Concentração de Glicerol           Maneiras de adição de glicerol
                 1                        0,15 M                       Adicionado diariamente
                 2                        0,15 M                     Adição no início do cultivo
                 3                         0M                           Sem adição de glicerol


         A determinação de biomassa seca foi realizada de dois em dois dias, durante 16 dias. Foi coletado 150
mL do meio para que a biomassa seca pudesse ser quantificada em triplicata. Para isso, foi filtrado 50mL do
meio de cultivo em papel filtro quantitativo com auxílio de bomba à vácuo, como pode ser vista na Figura 2a. Os
papéis filtros foram mantidos em estufa a 60ºC até que o peso se mantivesse constante. A biomassa seca foi
estimada através da diferença da massa do papel antes e depois da filtragem, os papéis quantitativos com a
biomassa são apresentados na Figura 2b.
Tabela 2 – Composição do meio Guillard F/2 modificado.
Table 2 – Composition of Guillard F / 2 modified medium.

    Solução                          Para cada 1litro de água foi adicionado:
    1,0 ml de solução de N e P       75,0g de Nitrato (NaNO2);
    (Nitrato e Fosfato)              5,0g de Fosfato (Na2HPO4.7H2O);
                                     5,50g de EDTA (C10H14N2O8Na2.2H2O);
                                     4,00g de Cloreto de Ferro (FeCl3.6H2O);
                                   
    1,0 ml de solução de Trabalho de  0,18g de Cloreto de Manganês (MnCl2.4H2O);
    Metais                           10,0mL de solução Estoque de Metais.
                                     50,0g de Tiamina (Vitamina B1)
                                     0,5g de Biotina (Vitamina H);
    1,0 ml de solução de Vitaminas   0,5g de Cianocobalamina (Vitamina B12);
     0,75 ml de Solução de Silicato   30,0g de Silicato de Sódio Alcalino;
    5,0 ml de Solução de TRIS        90,0g de TRIS (Tris Hidróximetil Amino Metano);
                                     60,0mL de Ácido Clorídrico;
                                     850,0mL de água destilada.




Figura 2 – Determinação da biomassa seca de microalgas: (a) aparato experimental; (b) aspecto das amostras.
Figure 2 – Determination of dry biomass of microalgae: (a) experimental apparatus, (b) samples aspects.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Produção de biomassa seca de P. tricornutum

         A concentração de biomassa seca da diatomácea P. tricornutum determinada de dois em dois dias
durante os cultivos com glicerol adicionado diariamente (Exp. 1), no início do cultivo (Exp.2) e o experimento
controle, sem adição de glicerol (Exp. 3), são apresentados no Figura 3. Os valores médios de concentração
máxima a cada dois dias são apresentados na Tabela 3, expressos no decorrer de horas de cultivo. A
concentração máxima de biomassa obtida no cultivo mixotrófico foi de 1,294g/L no experimento onde o glicerol
foi adicionado no início do cultivo. Enquanto isso, no cultivo autotrófico a biomassa seca máxima obtida foi de
0,88 g/L. O cultivo mixotrófico com adição diária de glicerol foi 23,11% maior que o cultivo autotrófico, já o
cultivo com adição de glicerol no início apresentou biomassa 31,6% maior que o controle.
         A evolução da biomassa seca no decorrer de 192 h de cultivo apresentada na Figura 3, mostra que
houve melhor assimilação do carbono orgânico nos cultivos onde esta fonte foi adicionada no início,
apresentando diferença de 12% em acréscimo ao cultivo onde o glicerol foi adicionado diariamente. As curvas
apresentaram bastante semelhança, mas ficou perceptível a diferença de concentração entre os cultivos
mixotróficos e autotróficos.
Tabela 3: Biomassa seca média obtida nos cultivos mixotróficos e autotrófico (g/L)
        Table 3: Average dry biomass obtained in cultures mixotrophic and autotrophic (g/L)
             Tempo (h)                   Exp. 1                   Exp. 2                   Exp. 3
                  0                       0,100                    0,100                    0,100
                 24                       0,178                    0,201                    0,114
                 48                       0,227                    0,272                    0,204
                 72                       0,377                    0,386                    0,274
                 96                       0,477                   0,5111                    0,387
                 120                      0,656                    0,804                    0,593
                 144                      0,731                    0,848                    0,636
                 168                      0,893                    1,013                    0,746
                 192                      1,151                    1,294                    0,885




Figure 3 – Efeito da adição de glicerol na produção de biomassa seca de P. tricornutum em cultivo de 16 dias.
Figure 3 – Effects of glycerol on dry biomass production of P. tricornutum in cultivation for 16 days.

Produção de biomassa em fotobiorreator tubular compacto

         O NPDEAS desenvolveu um fotobiorreator tubular compacto de 10 m3 de capacidade para cultivo de
microalgas com foco na produção de biocombustíveis. FBR apresenta dimensões de 8 m de altura x 2 m de
largura x 5 m de comprimento. A Figura 4 apresenta a fotografia do primeiro módulo construído. Os resultados
apresentados com aumento de biomassa seca em decorrência do uso de glicerol nos cultivos realizados nos
erlenmeyers de 2 litros mostram-se muitos significativos para que futuramente o cultivo mixotrófico seja
empregado nos fotobiorreatores construídos no NPDEAS. Sendo assim, teremos possibilidade de aumentar a
produtividade ao substituir o cultivo autotrófico pelo cultivo mixotrófico.
         O interesse em saber qual a influência do uso do glicerol no início e durante o cultivo se deve ao fato de
que nos fotobiorreatores os cultivos podem ser realizados em regime contínuo, semicontínuo, ou em batelada.
No primeiro teste que será realizado no fotobioreator, será adotado o regime em batelada, sem diluição com a
introdução de novo meio que se dá após alguns dias quando as microalgas atingem a taxa máxima de
crescimento. De acordo com os resultados obtidos neste experimento pode-se concluir que o regime de em
batelada com adição de glicerol no início do cultivo nos fotobioreatores pode atingir uma produtividade de
aproximadamente 30% a mais, que num cultivo autotrófico. Novos experimentos são necessários para avaliação
dos efeitos do glicerol em regimes de cultivo contínuos e semicontínuos.
Figure 4 – Fotobioreator construído no NPDEAS
Figure 4 – Photobioreactor built in NPDEAS

CONCLUSÃO

         A concentração de biomassa da microalga Phaeodactylum tricornutum pode ser aumentada pela adição
de glicerol como fonte de carbono orgânico. Esse fato comprova a capacidade metabólica dessa microalga de
converter fontes orgânicas de carbono em biomassa. A maior concentração de biomassa (1,29g/L) foi obtida com
adição de glicerol na concentração de 0,15M ao meio de cultivo, em modo batelada, com iluminação de 5500lux
em meio Guillard modificado. Assim, os resultados indicam que a produção de glicerina proveniente do processo
de biodiesel pode ser aproveitada para obtenção de biomassa da microalga P. tricornutum com melhores
resultados que o cultivo autotrófico. Sugere-se que o mesmo experimento seja realizado em regime de
fotoperíodo de 12 horas e que adição de fonte de carbono seja realizada no início do ciclo noturno, deixando
carbono disponível para a microalga não sendo necessário que ela consuma sua reserva. Estudos com glicerina
bruta proveniente do processo de produção de biodiesel também são indicados.

AGRADECIMENTOS

          O NPDEAS agradece ao CNPq, CAPES e Nilko Metalurgia Ltda. pelo financiamento das pesquisas, a
UFPR pela infraestrutura e ao Grupo Integrado de Aquicultura (GIA – UFPR) pelo espaço de trabalho e preparo
do inóculo.


REFERÊNCIAS

ANDRADE, M. R., & COSTA, J. A. Cultivo da microalga Spirulina plantensis em fontes alternativas de
nutrientes. Ciência Agrotec. , 1551-1556. (2008).
CERÓN GARCIA, M. C.; F. GARCÍA CAMACHO; A. SÁNCHEZ MIRÓN; J. M FERNÁNDEZ SEVILLA;
Y. CHISTI; E. MOLINA GRIMA. Mixotrophic production of marine microalga Phaeodactylum tricornutum on
various carbon sources. J. Microbiol. Biotechnol v. 16, n.5, p. 689-694. (2006).

CERÓN GARCIA, M. C.; F. GARCÍA CAMACHO; J. M FERNÁNDEZ SEVILLA; F. G. ACIÉN
FERNÁNDEZ, E. MOLINA GRIMA. Mixotrophic growth of Phaeodactylum tricornutum on glycerol: growth
rate and fatty acid profile. J. of Applied Phycology. v. 12, p. 239-248. (2000).

CERÓN GARCIA, M. C.; A. SÁNCHEZ MIRÓN; J. M FERNÁNDEZ SEVILLA; E. MOLINA GRIMA; F.
GARCÍA CAMACHO. Mixotrophic growth of the microalga Phaeodactylum tricornutum Influence of different
nitrogen and organic carbon sources on productivity and biomass composition. J. Process Biochemistry. v.40, p.
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GARCÍA, SANCHÉS, J.L.; E MOLINA GRIMA, F. GRACÍA CAMACHO, J. A. SÁNCHEZ PÉREZ; D.
LÓPEZ ALONSO. Estudio de macronutrientes para La producción de PUFAs a partir de La microalga marina
Isochysis galbana. Grasas Aceites Sevilla. v.45, p. 323-332. (1995).

MARIANO, A. B.; TORRENS, J. SATYANARAYANA, K. G. Energia auto-sustentável a partir de biodiesel
derivado de microalgas. In: 4º Congresso Internacional de Bioenergia, 2009, Curitiba. 4º Congresso
Internacional de Bioenergia; 1º Congresso Brasileiro de Geração Distribuída e Energias Renováveis, 2009.

PENTEADO, D. M. R. Estudos de otimização do meio de cultura para a microalga Phaeodactylum tricornutum
para produção de lipídios. Dissertação de Pós-Graduação em Bioquímica. Curitiba, 2010.

RADMANN, E.; OLIVEIRA, C. F.; ZANFONATO, K.; VIEIRA, J. A. Cultivo Mixotrófico da Microalga
Spirulina sp. LEB-18 com Adição Noturna de Diferentes Fontes de Carbono Orgânico. XVII Simpósio Nacional
de Bioprocessos. Natal-RN, 2009

SOARES, D. Avaliação do crescimento celular e da produtividade de lipídeos de microalgas marinhas em
diferentes regimes de cultivo. Dissertação de Pós-Graduação em Bioquímica. Curitiba, 2010.

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Artigo 4 cultivo de microalga com adição de glicerol em cultivos mixotróficos em fotobiorreatores para produção de biomassa com foc

  • 1. CULTIVO DE MICROALGA COM ADIÇÃO DE GLICEROL EM CULTIVOS MIXOTRÓFICOS EM FOTOBIORREATORES PARA PRODUÇÃO DE BIOMASSA COM FOCO EM BIOCOMBUSTÍVEIS Keli Cristiane Correia Morais1, Kassiana Ribeiro2, Robert Luis Lara Ribeiro3, David Alexander Mitchell4, José Viriato Coelho Vargas5, André Bellin Mariano6 1 Bióloga, Mestranda do PIPE., NPDEAS, UFPR, Curitiba, PR, Brasil – biokeli2000@gmail.com 2 Graduanda de Biologia, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, NPDEAS, UFPR, Curitiba, PR, Brasil – kassi.ribeiro@hotmail.com 3 Matemático, M.Sc., Doutorando do PIPE., NPDEAS, UFPR, Curitiba, PR, Brasil – robertlarabr@yahoo.com.br 4 Microbiologista, PhD., Depto. de Bioquímica e Biologia Molecular, UFPR, Curitiba, PR, Brasil – davidmitchell@ufpr.br 5 Engenheiro Mecânico, PhD., Departamento de Engenharia Mecânica, UFPR, Curitiba, PR, Brasil – jvargas@demec.ufpr.br 6 Farmacêutico Bioquímico–Industrial, D.Sc., NPDEAS, UFPR, Curitiba, PR, Brasil – andrebmariano@gmail.com RESUMO A produção de biomassa de microalgas precisa de muitos aprimoramentos na tecnologia para permitir a produção viável de biocombustíveis. O Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Energia Auto-Sustentável da UFPR desenvolveu um Fotobiorreator Tubular Compacto de 10 m3 com características para maximizar o aproveitamento de luz e CO2. Entretanto, muitos estudos ainda são necessários para desenvolver o meio de cultivo adequado. Deste modo, o objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de biomassa da microalga Phaeodactylum tricornutum em cultivos mixotróficos, nos quais existe a adição de uma fonte de carbono orgânico complementando o CO2 fixado pela fotossíntese. O nutriente escolhido foi o glicerol, atualmente um subproduto do processo de produção de biodiesel. Foram realizados três tratamentos: a) controle (sem adição de glicerol), b) glicerol 0,15 M adicionado no início do cultivo, e c) glicerol em adições sucessivas durante todo o cultivo equivalente a 0,15 M. O experimento foi realizado em sala de cultivo de microalgas sob condições pré- determinadas e constantes. A adição de carbono orgânico ocasionou aumento da concentração de biomassa de 31,6%. Este resultado sugere que cultivos mixotróficos apresentam-se como uma viável alternativa do uso do glicerol, permitindo o aumento da produtividade de biomassa e óleo para produção de biocombustíveis. Palavras-chave: microalga, mixotrófico, glicerol, biomassa, biocombustíveis, Phaeodactylum tricornutum ABSTRACT Cultivation of microalgae with the addition of glycerol in mixotrophic conditions in photobioreactors for production of biomass with emphasis on biofuels. Biomass production of microalgae needs many technological improvements in technology to enable viable production of biofuels. The Center for Research and Development of Sustainable Energy (NPDEAS) at UFPR developed a compact tubular photobioreactors of 10 m 3 with features to maximize the utilization of light and CO2. However, many studies are still needed to develop the appropriate culture medium. The objective of this study was to evaluate the biomass production of microalga Phaeodactylum tricornutum in mixotrophic cultures, with the addition of an organic carbon source. Glycerol was chosen as the additive nutrient to complement the CO2 fixed by photosynthesis. Glycerol was chosen because it is a byproduct of the current biodiesel production process. Three different treatments were evaluated: a) control (without glycerol), b) glycerol (0.15 M) added at the beginning of cultivation, and c) successive additions of glycerol throughout the growing season equivalent to 0.15 M. The experiment was conducted in a microalgae cultivation room under constant and predetermined conditions. The addition of organic carbon caused a 31.6% increase in the concentration of biomass. This result suggests that mixotrophic cultivation is a viable alternative to the use of glycerol, enabling increased productivity of biomass and oil for biofuel production. Keywords: microalga, mixotrophic, glycerol, biomass, biofuels, Phaeodactylum tricornutum INTRODUÇÃO A diversificação da matéria-prima para a produção de biodiesel vem sendo incentivada pelo Programa Nacional de Produção de Biodiesel (PNPB). Desta forma, as microalgas cultivadas em fotobioreatores são foco de estudo do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento em Energia Auto-Sustentável (NPDEAS) por apresentarem elevada produtividade e vantagens em relação às oleaginosas como: biomassa homogênea, maior eficiência
  • 2. fotossintética, baixo custo com transporte e ainda por não concorrer por terras agriculturáveis. O desenvolvimento dos fotobioreatores pelo NPDEAS envolve numerosas etapas, como a preparação da estrutura do fotobiorreator (FBR), composição do meio de cultivo, escolha de microalgas e sua composição, operações unitárias de separação, secagem e extração de óleo, produção de biodiesel, análise da qualidade de biodiesel por método computacional, biodigestor, unidade trigeradora, resíduos e a implementação de softwares (MARIANO et al. 2009). As microalgas são microrganismos fotossintéticos que requerem nutrientes relativamente simples e cuja biomassa pode ser empregada para obtenção de biocompostos, como suplemento alimentar humano e animal ou fonte de biocombustíveis (ANDRADE & COSTA, 2008). A microalga Phaeodactylum tricornutum Bohlin, 1897 é uma das microalgas que tem sido estudada pelo nosso grupo de pesquisa por apresentar teor lipídico em sua estrutura, podendo ser empregada na produção de biocombustíveis. Em cultivo de microalgas, a fonte de nutrientes é o componente de importância considerável devido ao elevado custo de produção. A fonte de carbono adicional a estes cultivos possibilita maior rendimento em biomassa, já que haverá maior disponibilidade de carbono além do produzido via metabolismo fotossintético. A estimulação do crescimento de P. tricornutum com adição de glicerol foi verificada e a biomassa seca foi quantificada. (CERÓN GARCIA et al, 2006; CAMACHO et al, 2000). O glicerol é uma fonte de carbono interessante em cultivos mixotróficos onde o foco é a produção de biodiesel devido a sua disponibilidade resultante do processo de transesterificação. Nesta pesquisa, foi utilizada para o cultivo mixotrófico a microalga Phaeodactylum tricornutum que confere alta densidade lipídica em sua estrutura, possibilitando assim produzir grandes quantidades de biodiesel (LOURENÇO, 2006). Cultivos em condições mixotróficas para variadas espécies de microalgas têm sido estudados (CERÓN GARCIA et al, 2006; ANDRADE & COSTA, 2008; RADMANN, 2009), no entanto, este trabalho discute a influência das diferentes maneiras de adicionar o glicerol durante o cultivo para que se obtenha máxima concentração de biomassa. São encontrados poucos trabalhos que estudaram a microalga Phaeodactylum tricornutum, em condições mixotróficas, no entanto, estes demonstram melhor rendimento de biomassa do que em cultivos autotróficos, podendo duplicar a biomassa em relação ao experimento controle (GARCIA et al, 2005). MATERIAIS E MÉTODOS A microalga Phaeodactylum tricornutum Bohlin 1897, gentilmente cedida pelo Grupo Integrado de Aquicultura da UFPR para o NPDEAS, foi cultivada em sala de cultivo climatizada. O NPDEAS tem o objetivo de produzir biodiesel a partir de microalgas cultivadas em fotobiorreatores compactos, para tanto se faz necessário realizar cultivos experimentais com as espécies. O cultivo em batelada nos traz resultados promissores de modo a otimizar o meio e aumentar a produtividade em biomassa. A Figura 1 exemplifica de forma ilustrativa o significado do metabolismo mixotrófico como sendo a interação dos metabolismos heterotróficos e autotróficos. Além da luz necessária para que a célula produza energia através do CO 2 e de H2O através do processo de fotossíntese é fornecido carbono na forma orgânica (glicerol, glucose, acetato) resultando assim no metabolismo mixotrófico. O cultivo mixotrófico foi testado neste trabalho utilizando o glicerol como fonte de carbono. Os experimentos foram realizados em duplicata e o planejamento pode ser visto na Tabela 1. No experimento 1 foi adicionado glicerol diariamente, sendo o volume correspondente a concentração de 0,15M dividida pelo número de dias de cultivo, no experimento 2 a adição de todo o volume de glicerol foi feita no início do cultivo e no experimento 3 não houve adição de glicerol, resultando no experimento controle. A cultura foi realizada em erlenmeyers com capacidade de 2 litros num volume de 1,8 litros, mantidos em ambiente de temperatura de 18 a 20 ºC sob aeração constante com fluxo de ar atmosférico de 2,7 L/min em cada erlenmeyer. A intensidade luminosa de 5500 lux foi mantida por lâmpadas fluorescentes de 40W em fotoperíodo integral. O meio de cultura F/2 Guillard modificado foi preparado em água do mar padronizada em 15‰ e posteriormente autoclavados. A composição do meio Guillard F/2 modificado encontra-se na Tabela 2. Somente após atingirem temperatura ambiente o glicerol na concentração 0,15M foi adicionado. Foi escolhida esta concentração de glicerol em decorrência de experimento prévio realizado em diferentes concentrações de glicerol. O inóculo inicial dos experimentos foi padronizado a 30.10 4 cel/mL de acordo com Soares (2010) com o objetivo de atingir a densidade celular máxima, minimizando efeitos do autosombreamento, sendo assim, o inóculo inicial em todos os experimentos foi de aproximadamente 100mg/L. Em trabalhos com cultivos mixotrófico de Cerón García (2000) a concentração de biomassa para inoculação foi entre 70-100mg/L.
  • 3. Figura 1 – Metabolismo das microalgas: (A) Representação da fotossíntese e destinos metabólicos da glucose no metabolismo celular; (B) Diferenças entre os metabolismos autotróficos, heterotróficos e mixotróficos. Figure 1 – Microalgae metabolism: (A) Photosynthesis and metabolic destinations of glucose in cellular metabolism; (B) Differences between autotrophic, heterotrophic and mixotrophic metabolisms. Tabela 1 – Condições experimentais dos cultivos de microalga Table 1 – Experimental conditions of microalgae cultivation Experimentos Concentração de Glicerol Maneiras de adição de glicerol 1 0,15 M Adicionado diariamente 2 0,15 M Adição no início do cultivo 3 0M Sem adição de glicerol A determinação de biomassa seca foi realizada de dois em dois dias, durante 16 dias. Foi coletado 150 mL do meio para que a biomassa seca pudesse ser quantificada em triplicata. Para isso, foi filtrado 50mL do meio de cultivo em papel filtro quantitativo com auxílio de bomba à vácuo, como pode ser vista na Figura 2a. Os papéis filtros foram mantidos em estufa a 60ºC até que o peso se mantivesse constante. A biomassa seca foi estimada através da diferença da massa do papel antes e depois da filtragem, os papéis quantitativos com a biomassa são apresentados na Figura 2b.
  • 4. Tabela 2 – Composição do meio Guillard F/2 modificado. Table 2 – Composition of Guillard F / 2 modified medium. Solução Para cada 1litro de água foi adicionado: 1,0 ml de solução de N e P  75,0g de Nitrato (NaNO2); (Nitrato e Fosfato)  5,0g de Fosfato (Na2HPO4.7H2O);  5,50g de EDTA (C10H14N2O8Na2.2H2O);  4,00g de Cloreto de Ferro (FeCl3.6H2O);  1,0 ml de solução de Trabalho de 0,18g de Cloreto de Manganês (MnCl2.4H2O); Metais  10,0mL de solução Estoque de Metais.  50,0g de Tiamina (Vitamina B1)  0,5g de Biotina (Vitamina H); 1,0 ml de solução de Vitaminas  0,5g de Cianocobalamina (Vitamina B12); 0,75 ml de Solução de Silicato 30,0g de Silicato de Sódio Alcalino; 5,0 ml de Solução de TRIS  90,0g de TRIS (Tris Hidróximetil Amino Metano);  60,0mL de Ácido Clorídrico;  850,0mL de água destilada. Figura 2 – Determinação da biomassa seca de microalgas: (a) aparato experimental; (b) aspecto das amostras. Figure 2 – Determination of dry biomass of microalgae: (a) experimental apparatus, (b) samples aspects. RESULTADOS E DISCUSSÃO Produção de biomassa seca de P. tricornutum A concentração de biomassa seca da diatomácea P. tricornutum determinada de dois em dois dias durante os cultivos com glicerol adicionado diariamente (Exp. 1), no início do cultivo (Exp.2) e o experimento controle, sem adição de glicerol (Exp. 3), são apresentados no Figura 3. Os valores médios de concentração máxima a cada dois dias são apresentados na Tabela 3, expressos no decorrer de horas de cultivo. A concentração máxima de biomassa obtida no cultivo mixotrófico foi de 1,294g/L no experimento onde o glicerol foi adicionado no início do cultivo. Enquanto isso, no cultivo autotrófico a biomassa seca máxima obtida foi de 0,88 g/L. O cultivo mixotrófico com adição diária de glicerol foi 23,11% maior que o cultivo autotrófico, já o cultivo com adição de glicerol no início apresentou biomassa 31,6% maior que o controle. A evolução da biomassa seca no decorrer de 192 h de cultivo apresentada na Figura 3, mostra que houve melhor assimilação do carbono orgânico nos cultivos onde esta fonte foi adicionada no início, apresentando diferença de 12% em acréscimo ao cultivo onde o glicerol foi adicionado diariamente. As curvas apresentaram bastante semelhança, mas ficou perceptível a diferença de concentração entre os cultivos mixotróficos e autotróficos.
  • 5. Tabela 3: Biomassa seca média obtida nos cultivos mixotróficos e autotrófico (g/L) Table 3: Average dry biomass obtained in cultures mixotrophic and autotrophic (g/L) Tempo (h) Exp. 1 Exp. 2 Exp. 3 0 0,100 0,100 0,100 24 0,178 0,201 0,114 48 0,227 0,272 0,204 72 0,377 0,386 0,274 96 0,477 0,5111 0,387 120 0,656 0,804 0,593 144 0,731 0,848 0,636 168 0,893 1,013 0,746 192 1,151 1,294 0,885 Figure 3 – Efeito da adição de glicerol na produção de biomassa seca de P. tricornutum em cultivo de 16 dias. Figure 3 – Effects of glycerol on dry biomass production of P. tricornutum in cultivation for 16 days. Produção de biomassa em fotobiorreator tubular compacto O NPDEAS desenvolveu um fotobiorreator tubular compacto de 10 m3 de capacidade para cultivo de microalgas com foco na produção de biocombustíveis. FBR apresenta dimensões de 8 m de altura x 2 m de largura x 5 m de comprimento. A Figura 4 apresenta a fotografia do primeiro módulo construído. Os resultados apresentados com aumento de biomassa seca em decorrência do uso de glicerol nos cultivos realizados nos erlenmeyers de 2 litros mostram-se muitos significativos para que futuramente o cultivo mixotrófico seja empregado nos fotobiorreatores construídos no NPDEAS. Sendo assim, teremos possibilidade de aumentar a produtividade ao substituir o cultivo autotrófico pelo cultivo mixotrófico. O interesse em saber qual a influência do uso do glicerol no início e durante o cultivo se deve ao fato de que nos fotobiorreatores os cultivos podem ser realizados em regime contínuo, semicontínuo, ou em batelada. No primeiro teste que será realizado no fotobioreator, será adotado o regime em batelada, sem diluição com a introdução de novo meio que se dá após alguns dias quando as microalgas atingem a taxa máxima de crescimento. De acordo com os resultados obtidos neste experimento pode-se concluir que o regime de em batelada com adição de glicerol no início do cultivo nos fotobioreatores pode atingir uma produtividade de aproximadamente 30% a mais, que num cultivo autotrófico. Novos experimentos são necessários para avaliação dos efeitos do glicerol em regimes de cultivo contínuos e semicontínuos.
  • 6. Figure 4 – Fotobioreator construído no NPDEAS Figure 4 – Photobioreactor built in NPDEAS CONCLUSÃO A concentração de biomassa da microalga Phaeodactylum tricornutum pode ser aumentada pela adição de glicerol como fonte de carbono orgânico. Esse fato comprova a capacidade metabólica dessa microalga de converter fontes orgânicas de carbono em biomassa. A maior concentração de biomassa (1,29g/L) foi obtida com adição de glicerol na concentração de 0,15M ao meio de cultivo, em modo batelada, com iluminação de 5500lux em meio Guillard modificado. Assim, os resultados indicam que a produção de glicerina proveniente do processo de biodiesel pode ser aproveitada para obtenção de biomassa da microalga P. tricornutum com melhores resultados que o cultivo autotrófico. Sugere-se que o mesmo experimento seja realizado em regime de fotoperíodo de 12 horas e que adição de fonte de carbono seja realizada no início do ciclo noturno, deixando carbono disponível para a microalga não sendo necessário que ela consuma sua reserva. Estudos com glicerina bruta proveniente do processo de produção de biodiesel também são indicados. AGRADECIMENTOS O NPDEAS agradece ao CNPq, CAPES e Nilko Metalurgia Ltda. pelo financiamento das pesquisas, a UFPR pela infraestrutura e ao Grupo Integrado de Aquicultura (GIA – UFPR) pelo espaço de trabalho e preparo do inóculo. REFERÊNCIAS ANDRADE, M. R., & COSTA, J. A. Cultivo da microalga Spirulina plantensis em fontes alternativas de nutrientes. Ciência Agrotec. , 1551-1556. (2008).
  • 7. CERÓN GARCIA, M. C.; F. GARCÍA CAMACHO; A. SÁNCHEZ MIRÓN; J. M FERNÁNDEZ SEVILLA; Y. CHISTI; E. MOLINA GRIMA. Mixotrophic production of marine microalga Phaeodactylum tricornutum on various carbon sources. J. Microbiol. Biotechnol v. 16, n.5, p. 689-694. (2006). CERÓN GARCIA, M. C.; F. GARCÍA CAMACHO; J. M FERNÁNDEZ SEVILLA; F. G. ACIÉN FERNÁNDEZ, E. MOLINA GRIMA. Mixotrophic growth of Phaeodactylum tricornutum on glycerol: growth rate and fatty acid profile. J. of Applied Phycology. v. 12, p. 239-248. (2000). CERÓN GARCIA, M. C.; A. SÁNCHEZ MIRÓN; J. M FERNÁNDEZ SEVILLA; E. MOLINA GRIMA; F. GARCÍA CAMACHO. Mixotrophic growth of the microalga Phaeodactylum tricornutum Influence of different nitrogen and organic carbon sources on productivity and biomass composition. J. Process Biochemistry. v.40, p. 297-305. (2005). GARCÍA, SANCHÉS, J.L.; E MOLINA GRIMA, F. GRACÍA CAMACHO, J. A. SÁNCHEZ PÉREZ; D. LÓPEZ ALONSO. Estudio de macronutrientes para La producción de PUFAs a partir de La microalga marina Isochysis galbana. Grasas Aceites Sevilla. v.45, p. 323-332. (1995). MARIANO, A. B.; TORRENS, J. SATYANARAYANA, K. G. Energia auto-sustentável a partir de biodiesel derivado de microalgas. In: 4º Congresso Internacional de Bioenergia, 2009, Curitiba. 4º Congresso Internacional de Bioenergia; 1º Congresso Brasileiro de Geração Distribuída e Energias Renováveis, 2009. PENTEADO, D. M. R. Estudos de otimização do meio de cultura para a microalga Phaeodactylum tricornutum para produção de lipídios. Dissertação de Pós-Graduação em Bioquímica. Curitiba, 2010. RADMANN, E.; OLIVEIRA, C. F.; ZANFONATO, K.; VIEIRA, J. A. Cultivo Mixotrófico da Microalga Spirulina sp. LEB-18 com Adição Noturna de Diferentes Fontes de Carbono Orgânico. XVII Simpósio Nacional de Bioprocessos. Natal-RN, 2009 SOARES, D. Avaliação do crescimento celular e da produtividade de lipídeos de microalgas marinhas em diferentes regimes de cultivo. Dissertação de Pós-Graduação em Bioquímica. Curitiba, 2010.