1. PROJETO
DE
URBANIZAÇÃO
E
PAISAGISMO
AULA
02
–
A
FORMA
DA
CIDADE
Universidade
Católica
de
Brasília
Curso
de
Arquitetura
e
Urbanismo
Prof.
Carla
Freitas
2. Forma
da
Cidade
Paradigma:
¨ Transformar
o
mundo
urbano
atual
em
uma
paisagem
passível
de
imaginabilidade
Paisagem
Imaginável:
¨ Algo:
Visível
|
Coerente
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Claro
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3. Forma
da
Cidade
¨ Novas
aWtudes
dos
moradores
das
cidades,
o
CIDADÃO
¨ Reformulação
do
meio
em
que
se
vive
¨ Novas
imagens
das
cidades
–
Símbolos
de
vida
urbana
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4. A
forma
da
cidade
deve
expressar
os
objeWvos
e
as
percepções
de
seus
cidadãos.
“Existem,
porém,
algumas
funções
fundamentais,
que
as
formas
da
cidade
podem
expressar:
circulação,
usos
principais
do
espaço
urbano,
pontos
focais
chaves.”
Lynch
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Piazza
della
Signoria,
Florença,
Italia
5. Forma
da
Cidade
“As
esperanças,
os
prazeres
e
o
s e n s o
c o m u n i t á r i o
p o d e m
concreWzar-‐se.
Acima
de
tudo,
se
o
ambiente
for
visivelmente
o r g a n i z a d o
e
n i W d a m e n t e
idenWficado,
o
cidadão
poderá
impregna-‐lo
de
seus
próprios
significados
e
relações.
Então
se
tornará
um
verdadeiro
lugar,
notável
e
inconfundível.”
Lynch
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6. Uma
paisagem
com
formas
fortes
e
marcantes
pode
ser
resultado
de
atributos
naturais
poderosos
ou
produto
das
modificações
humanas
visando
a
objeWvos
concretos,
com
uma
tecnologia
comum
atuando
sobre
a
estrutura
básica
oferecida
por
um
processo
geológico
conenuo.
Lynch
observa
que
as
modificações
feitas
com
consciência
das
inter-‐relações
conservam
a
individualidade
tanto
dos
recursos
naturais
quanto
dos
objeWvos
humanos.
Forma
da
Cidade
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7. “Em
sua
condição
de
mundo
arWficial,
é
assim
que
a
cidade
deveria
ser:
edificada
com
arte.”
Lynch
A
Forma
da
Cidade
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8. “Aumentar
a
imaginabilidade
do
ambiente
urbano
significa
facilitar
sua
idenWficação
e
estruturação
visual.”
Forma
da
Cidade
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9. Forma
da
Cidade
Blocos
formadores
no
processo
de
criação
de
estruturas
firmes
e
diferenciadas
em
escala
urbana:
¨ Vias
¨
Limites
¨ Regiões
ou
Bairros
¨ Pontos
Nodais
¨ Marcos
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10. Vias
¨ canais
de
circulação
ao
longo
dos
quais
o
observador
se
locomove
de
modo
habitual,
ocasional
ou
potencial.
Ex.:
ruas,
alamedas,
linhas
de
trânsito,
canais,
ferrovias.
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11. Limites
¨ elementos
lineares
não
usados
ou
entendidos
como
vias
pelo
observador
¨ fronteiras
entre
duas
fases,
quebras
de
conWnuidade
lineares
¨
referencias
laterais,
podem
ser
barreiras
mais
ou
menos
penetráveis.
Ex.:
praias,
margens
de
rios,
cortes
de
ferrovias,
espaços
em
construção
muros
e
paredes.
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12. Bairros
ou
Regiões
¨ Trechos
médios
ou
grandes
de
uma
cidade,
costumam
ser
entendidos
pelo
observador
como
uma
extensão
bidimensional
que
tem
idenWdades
diferentes
entre
si.
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13. Pontos
Nodais
¨ focos,
junções,
ou
lugares
estratégicos
da
cidade
onde
o
observador
pode
entrar
¨ locais
de
interrupção
do
transporte,
cruzamento,
momentos
de
passagem
de
uma
estrutura
para
outra
¨ lugares
de
concentração
¨ conceito
de
ponto
nodal
esta
ligado
ao
de
vias
e
também
ao
de
bairros.
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14. Marcos
¨ referencias
externas,
o
observador
não
entra
neles
¨ um
objeto
hsico
definido
de
maneira
muito
simples;
edihcio,
sinal,
loja
ou
montanha
¨ Alguns
marcos
são
distantes
e
vistos
de
muitos
ângulos
e
são
geralmente
usados
como
indicadores
de
idenWdade.
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15. Vias:
-‐ rede
de
linhas
habituais
ou
potenciais
de
deslocamento
através
do
complexo
urbano;
-‐ meio
pelo
qual
o
todo
urbano
pode
ser
ordenado;
-‐ linhas
de
movimento
(direção
clara)–
senso
de
direção
–
esqueleto
da
imagem
da
cidade.
As
vias
principais
devem
possuir
qualidades
singulares
que
as
diferenciem
das
vias
secundárias
e
terciárias.
O
desenho
das
ruas
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16. Se
as
posições
ao
longo
da
linha
puderem
ser
diferenciadas
de
certa
maneira
mensurável,
a
linha
será
não
só
orientada
como
estará
em
escala.
O
desenho
das
ruas
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17. Limites
Regiões
ou
Bairros
Pontos
Nodais
Marcos
O
desenho
de
outros
elementos
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18. Limites
Tanto
o
limite
como
as
vias
exigem
conWnuidade
formal
ao
longo
de
sua
extensão
para
serem
compreendidos
como
tal.
O
limite
adquire
força
se
for
lateralmente
visível
a
alguma
distância
e
se
ligar
claramente
duas
regiões
limítrofes.
O
limite
pode
dar
orientação
ao
longo
de
toda
a
sua
extensão.
Quando
o
limite
não
é
conenuo
ou
fechado
é
importante
que
suas
extremidades
tenham
terminais
reconhecíveis
que
completem
a
idéia
de
linha.
Aumentar
o
uso
dos
limites
ou
suas
condições
de
acesso
é
uma
forma
de
aumentar
sua
visibilidade.
Ex.:
quando
parte
da
cidade
à
margem
das
águas
é
aberta
ao
tráfego
e
ao
lazer.
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19. Marcos
Um
marco
não
é
necessariamente
um
objeto
grande,
sua
caracterísWca
essencial
é
sua
singularidade,
o
contraste
com
o
contexto
ou
seu
plano
de
fundo.
A
proeminência
espacial
é
uma
das
coisas
que
mais
se
prestam
para
chamar
a
atenção.
A
localização
do
marco
também
é
fundamental
para
que
ele
de
fato
seja
entendido
como
tal,
a
menos
que
sejam
dominantes
os
marcos
isolados
tendem
a
ser
referências
fracas
por
si
só,
pois
seu
reconhecimento
exige
atenção
conenua.
“Os
marcos
também
podem
ser
ordenados
numa
sequencia
conenua,
de
modo
que
todo
um
trajeto
possa
ser
idenWficado
e
tornado
cômodo
por
uma
sucessão
de
detalhes
conhecidos.”
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20. Pontos
Nodais
Pontos
nodais
são
pontos
de
referencia
conceituais
de
nossas
cidades
(realidade
americana
e
brasileira
tb).
Para
se
ter
um
ponto
nodal
forte
é
essencial
que
seja
um
lugar
disWnto
e
inesquecível,
impossível
de
ser
confundido
com
outro
qualquer.
“Um
ponto
nodal
será
mais
definiWvo
se
Wver
um
limite
níWdo,
fechado
e
não
se
estender
incertamente
para
os
lados;
também
será
digno
de
nota
se
Wver
um
ou
dois
objeto
que
sejam
focos
de
atenção.
Mas
será
irresisevel
se
puder
ter
uma
forma
espacial
coerente.”
Lynch
É
possível
organizar
um
conjunto
de
pontos
nodais
para
que
formem
uma
estrutura.
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21. Bairros
Um
bairro
torna-‐se
ainda
mais
níWdo
se
houver
uma
maior
definição
e
um
fechamento
de
suas
fronteiras.
O
bairro
também
pode
ser
estruturado
internamente,
com
subdivisões
diferenciadas,
mas
em
harmonia
com
o
todo;
pontos
nodais
e
sistema
de
vias
internas
ajudam
a
construir
estas
subdivisões.
Uma
região
ou
bairro
bem
estruturado
é
potencialmente
capaz
de
produzir
imagens
vivas.
Quando
adequadamente
estruturado
e
diferenciado
em
seu
interior,
um
bairro
pode
expressar
ligações
com
outras
caracterísWcas
da
cidade.
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22. Sugestões
de
Lynch
para
o
desenho
urbano:
Singularidade
(clareza
fundo-‐figura)
Simplicidade
da
forma
ConWnuidade
Predomínio
Clareza
de
junção
Diferenciação
direcional
Alcance
visual
Consciência
do
movimento
Séries
temporais
Nomes
e
significados
Qualidades
de
forma
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23. “Os
cinco
elementos
–
via,
limite,
bairro,
ponto
nodal
e
marco
–
devem
ser
considerados
simplesmente
como
categorias
empíricas
apropriadas,
dentro
e
ao
redor
das
quais
foi
possível
agrupar
uma
massa
de
informações.
Enquanto
forem
úteis,
funcionarão
como
blocos
de
construção
para
o
designer.
Tendo
dominado
suas
caracterísWcas,
ele
irá
ver-‐se
diante
da
tarefa
de
o rga n i z a r
u m
t o d o
q u e
s erá
p erceb i d o
sequencialmente,
cujas
partes
só
serão
senWdas
no
contexto.”
O
senWdo
do
todo
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24. “As
formas
devem
ser
manipuladas
de
modo
que
exista
um
fio
de
conWnuidade
entre
as
imagens
múlWplas
de
uma
grande
cidade:
dia
e
noite,
inverno
e
verão,
proximidade
e
distancia,
estáWca
e
movimento,
atenção
e
distração.
Marcos
principais,
regiões,
pontos
nodais
ou
vias
deveriam
ser
reconhecíveis
sob
diversas
condições,
mas
de
maneira
concreta,
e
não
abstrata.”
O
senWdo
do
todo
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25. O
senWdo
do
todo
¨ A
cidade
não
é
construída
para
uma
pessoa,
mas
para
um
grande
número
delas.
¨ “O
designer
deve,
portanto,
criar
uma
cidade
que
seja
pródiga
em
vias,
limites,
marcos,
pontos
nodais
e
bairros,
uma
cidade
que
use
não
apenas
uma
ou
duas
qualidades
de
forma,
mas
todas
elas.”
Lynch
Prof.
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26. Conclusões
¨ A
qualidade
da
imagem
(Paisagem
Urbana)
inscrita
na
mente
do
usuário
da
cidade
(cidadão)
pode
ser
alcançada
através
do
treinamento
do
observador
(cidadão).
¨ Este
treinamento
consiste
em
ensinar
as
pessoas
a
olhar
em
para
sua
cidade,
a
observarem
a
mulWplicidade
de
formas
e
a
perceber
como
elas
se
misturam.
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27. ...“poder-‐se-‐iam
levar
os
cidadãos
às
ruas,
programar
aulas
nas
escolas
e
universidades,
a
cidade
poderia
transformar-‐se
no
animado
museu
de
nossa
sociedade
e
de
suas
esperanças.
Tal
educação
poderia
ser
usada
não
apenas
para
desenvolver
a
imagem
urbana,
mas
para
reorienta-‐la
depois
de
uma
transformação
perturbadora.
Uma
arte
do
design
urbano
terá
de
ser
o
resultado
do
surgimento
de
um
público
informado
e
críWco.
A
educação
e
a
reformulação
hsica
são
partes
de
um
processo
conenuo.”
A
utopia
de
Lynch
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28. Nossos
projetos
de
urbanismo
e
paisagismo
devem
buscar
reformular
a
cidade,
ou
mesmo
partes
dela,
para
melhorar
sua
imaginabilidade
e
assim
a
sua
clareza
como
forma
hsica.
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