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MUTAÇÕES NO DNA
Professor: Dr Tasciano Santa Izabel
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Mutações
• São alterações ou modificações súbitas em
genes ou cromossomos, podendo acarretar
variação hereditária.
• As mutações podem ser gênicas quando
alteram a estrutura do DNA ou
cromossômicas quando alteram a estrutura
ou o número de cromossomos.
Importância da Mutação
• Traz conseqüências deletérias ou (raramente)
vantajosas a um organismo ou seus
descendentes;
• É a maior responsável pela variabilidade
genética e pela evolução das espécies.
Mutação
• Espontânea
Erros nos processos celulares, sem influência
externa;
Erros na replicação do DNA motivados pela DNA
polimerase;
Erros na meiose;
• Induzida
Agentes Mutagênicos
• Físicos  radiações ionizantes (raios X, radiações
alfa, beta e gama) e radiação ultravioleta.
• Químicos  agentes metilantes, sais de metais
radioativos, alcatrão, brometo, benzeno,
benzopireno, etc.
Mutação
• Germinativa hereditária
Durante a meiose
• Somática
Durante a mitose (replicação do DNA)
Síntese protéica (transcrição e tradução)
Mutação
• Cromossômica
• Gênica
• Genômica
Mutações Cromossômicas
• Também chamadas de aberrações
cromossômicas, são alterações na
estrutura ou no número de cromossomos
normal da espécie.
• Podem provocar anomalias e mal
formações no organismo ou até a
inviabilidade dele.
Mutações Cromossômicas
Chamadas de alterações cromossômicas
• Alterações numéricas
Alteram o número cromossômico
• Alterações estruturais
Alteram fragmentos cromossômicos
Mutações Cromossômicas
Numéricas
• Provocam alterações no número de cromossomos
da espécie (cariótipo).
• Podem produzir anomalias graves e até a morte
do organismo.
• Se dividem em Euploidias quando há a alteração
de um cromossomo inteiro e Aneuploidias
(Somias) quando acrescentam ou perdem um ou
poucos cromossomos.
Euploidias
• Monoploidias (n)  quando há apenas metade
dos cromossomos existente no genona. Ocorre
problemas na divisão celular.
• Poliploidias (3n, 4n, 5n, ...)  Duplicação do
genoma, uma ou várias vezes.
Não disjunção de cromossomas.
Aneuploidias (Somias)
• Nulissomia (2n-2)  perda de um par
inteiro de cromossomos. No homem é letal.
• Monossomia (2n-1)  um cromossomo a
menos no cariótipo.
• Trissomia (2n+1)  um cromossomo a mais
no cariótipo.
Síndrome de Turner
Síndrome de Klinefelter
Síndrome de Down
Síndrome de Patau
Síndrome de Edwards
Síndrome do Duplo Y
Síndrome do Triplo X
ANEUPLOIDIAS
Mutações Cromossômicas
Estruturais
• Provocam alterações na estrutura dos
cromossomos, podendo ocasionar a perda
de genes, a leitura duplicada ou erros na
leitura de um ou mais genes.
• Podem acontecer por deleção, duplicação,
translocação ou inversão de partes de
cromossomos.
Mutações Cromossômicas
Estruturais
• Deficiência ou deleção  quando ocorre
a perda de um pedaço do cromossomo,
com conseqüente perda de genes.
Mutações Cromossômicas
Estruturais
• Duplicação  quando ocorre a presença
de um pedaço duplicado do cromossomo,
acarretando uma dupla leitura de genes.
Mutações Cromossômicas
Estruturais
• Translocação  quando ocorre a troca
de pedaços entre cromossomos não
homólogos, provocando erros na leitura.
Mutações Cromossômicas
Estruturais
• Inversão  quando ocorre a quebra de
um pedaço do cromossomo que se solda
invertido, provocando erros na leitura
dos genes.
Mutações Gênicas
As mutações gênicas são
responsáveis por alterações nos genes e
conseqüentemente nas proteínas,
determinando, muitas vezes, a
formação de novas proteínas ou
alterando a ação de enzimas
importantes no metabolismo.
Mutações Gênicas
• Alteram uma ou mais bases do DNA, o que
afetará a leitura durante a replicação ou
durante a transcrição.
• Podem ser transmitidas hereditariamente
quando ocorrem nas células germinativas.
• Quando ocorrem em células somáticas podem
provocar a formação de tumores.
Tipos de Mutações Gênicas
• Substituição  ocorre a troca de um ou
mais pares de bases.
Substituição de base única
• Substituição ou mutação pontual
• Transição:
– Purina-purina (A ou G)
– Pirimidina-pirimidina (C ou T)
• Transversão:
– Purina-pirimidina
– Pirimidina-purina
Mutações Gênicas
• Adição  acontece quando uma ou
mais bases são adicionadas ao DNA,
modificando a ordem de leitura da
molécula durante a replicação ou a
transcrição.
Mutações Gênicas
• Deleção  acontece quando uma ou
mais bases são retiradas do DNA,
modificando a ordem da leitura,
durante a replicação ou a
transcrição.
Consequências na síntese protéica
Mutação silenciosa
A substituição de um determinado
nucleotideo do DNA não provoca alterações nos
aminoácidos sintetizados.
Consequências na síntese protéica
Mutação com alteração ou perda de sentido
A troca nucleotídica provoca uma alteração no
aminoácido sintetizado, que é substituído por outro
na proteína.
Consequências na síntese protéica
Mutação sem sentido
A alteração de um nucleotideo promove o
surgimento precoce de um códon de terminação.
ERROS INATOS DO METABOLISMO
• Garrod (1902): 1a. Doença metabólica - AR
ALCAPTONÚRIA
• Conceito de EIM: distúrbios determinados
geneticamente que afetam as vias
metabólicas da biotransformação no
organismo:
– deficiência de atividades de enzimas essenciais
– deficiência de cofatores ou ativadores enzimáticos
– defeito no transporte de determinado composto
– maioria herdadas de forma AR
EFEITO DA MUTAÇÃO SOBRE A FUNÇÃO DA
PROTEÍNA
•Perda de função:
-proteína estruturalmente
anormal  instável
-concentração celular
reduzida
-função 2ária. diminuída
•Ganho de função:
-intensificação da função
da proteína   da
quantidade ou capacidade
de executar uma função
•Propriedade nova:
-alteração da sequência de
aminoácidos
Expressão
heterocrônica/
ectópica:
-alteração da região
reguladora do gene em
SEQUÊNCIA HIPOTÉTICA DE REAÇÕES BIOQUÍMICAS
CONSEQUÊNCIAS:
•Ausência do produto final: Albinismo
•Acúmulo de substrato: Galactosemia
•Excesso de metabólitos: Fenilcetonúria
substrato produto
enzima
produto
substrato
enzima
rota alternativa
produto
alternativo
NORMAL
DEFEITO
ENZIMÁTICO
DISTÚRBIOS DO METABOLISMO DE CARBOIDRATOS:
GALACTOSEMIA CLÁSSICA
CARBOIDRATOS: GALACTOSEMIA CLÁSSICA
• Incidência: 1:55.000 neonatos
• Ausência da enzima galactose -1- fosfato
uridil-transferase
• metaboliza galactose glicose
• Deficiência da enzima provoca:
ACÚMULO DE SUBSTRATO
CARBOIDRATOS: GALACTOSEMIA CLÁSSICA
• Manifestação clínica:problemas gastrointestinais
(ingestão de leite) -hepatoesplenomegalia
-cirrose hepática
-catarata
-lesões do SNC e RM
-Triagem neonatal:
dosagem de GAL-1-P uridil
transferase no sangue
Tratamento: até os 3 anos
-suspensão do leite e seus derivados (leite desprovido de
galactose, leite de soja, hidrolisados de proteínas)
-evitar lactose durante toda a vida
http://www.nytimes.com/imagepages/2007/08/01/health/adam/17187Galactosem
DISTÚRBIOS DO METABOLISMO DE AMINOÁCIDOS:
•FENILCETONÚRIA
•ALCAPTONÚRIA
•ALBINISMO
tirosina fenilalanina
AMINOÁCIDOS - FENILCETONÚRIA
• Incidência: 1:2.900 nativivos
• Heterogeneidade alélica: +400 alelos diferentes
• Excesso de metabólitos
• Hiperfenilalaninemia → Fenilcetonúria (PKU)
• Defeito enzimático: Fenialanina Hidroxilase
Fenilalanina Tirosina
vias alternativas
metabólitos tóxicos
(excretados na urina)
Mutação de perda de função do gene que codifica a PHA
Ácido
fenilactato
http://www.ucm.es/info/genetica/grupod/Genenzima/Genenzim
• Crianças normais ao nascer
• Ingestão de fenilalanina:
-  fenilalanina → retarda a
mielinização → alterações
neuromusculares e RM
-comportamento esquizóide,
hiperatividade e irritabilidade
-movimentos repetitivos (autismo)
-EEG anormal (convulsões)
-vômitos constantes
-urina c/ cheiro de rato
-pele e cabelos claros
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
http://www.ucm.es/info/genetica/grupod/Genenzima/Genenzim
•Teste da fralda: adicionar na
urina cloreto férrico  verde
escuro (ácico fenilpirúvico)
•Triagem neonatal: Teste do
pézinho (3-4 dias após
nascimento) – dosagem da
fenilalanina no sangue
Diagnóstico precoce até 6 meses e dieta pobre em fenilalanina (300-500
mg de fenilalanina/dia) até 7 anos de idade ou tempo indeterminado
AMINOÁCIDOS-ALCAPTONÚRIA
• Ausência de homogentisato oxidase
• Defeito no catabolismo da
TIROSINA Acúmulo de Substrato
ácido homogentísico ácido maleilacetoacético
(alcaptona)
acúmulo depósito nas excreção na urina
no sangue cartilagens (oxida  escura)
(ocronose:orelhas, nariz,
bochechas, escleróticas azuis)
Artrite fralda preta
•Manifestação tardia:
~ 30 anos
•Tratamento:
ingestão reduzida de
fenilalanina e tirosina
AMINOÁCIDOS - ALBINISMO ÓCULO-
CUTÂNEO (AR)
• Ausência do produto final
• Defeito no metabolismo da MELANINA
Deficiência de Tirosinase
acúmulo ausência
Tirosina Melanina
(pele, mucosas, cabelos
e olhos)
•Acuidade visual reduzida
•fotofobia
DOENÇA DE ARMAZENAMENTO LISOSSÔMICO
•LIPÍDEOS
•MUCOPOLISSACARÍDEOS
DOENÇA DE ARMAZENAMENTO
LISOSSÔMICO
• Armazenamento lisossômico de lipídeos:
-alteração no metabolismo de lipídeos → acúmulo
nos lisossomos → vísceras, cérebro e vasos
sanguíneos
-Gangliosidoses: D. Tay-Sachs
D. de Gaucher
• Armazenamento lisossômico de
mucopolissacarídeos:
-Mucopolissacaridoses: S. Hurler
S. Hunter
S. Morquio
MUCOPOLISSACARIDOSE
• Armazenamento lisossômico de mucopolissacarídeos
→ depositados e armazenados em diversos tecidos → hepatoesplênico,
nervoso, ósseo, cartilaginoso, glandular, cardiovascular, oftalmológico
• Mucopolissacarídeos ou Glicosaminoglicanas: cadeias de
polissacarídeos sintetizadas por células do tecido conjuntivo
unidades repetidas de dissacarídeos
degradação por enzimas específicas (lisossomos)
remoção em etapas de monossacarídeos na
extremidade da cadeia
• Defeito enzimático: deficiência de enzimas específicas →
degradação parcial e acúmulo nos lisossomos → detectados no
urina (dermatan,heparan e ceratan sulfatos)
MUCOPOLISSACARIDOSES
• Característica fisiopatológica: presença de
vacuolização citoplasmática → lisossomos →
incapacitação de digestão → espessamento de
todos os tecidos comprometidos
-espessamento da córnea → opacificação
-espessamento cartilaginoso → limitação articular
-espessamento cel. Miocárdio → hipertrofia
-comprometimento intelectual e auditivo
-hepatoesplenomegalia
•Fácies grosseira
•baixa estatura c/deformidades
esqueléticas
•cifose-escoliose
•hipoacusia progressiva
•hipertricose
•cabelos e sombrancelhas grossas
e espessas
•macroglossia
•hipertrofia dos lábios
•comprometimento intelectual
progressivo
•Tratamento: transplante de
medula óssea
S. HURLER
S. HUNTER
•Infecções respiratórias
•hérnia inguinal e umbilical
•facies grotesca
•baixa estatura
•limitação articular
•hepatoesplenomegalia
•surdez moderada
•comprometimento intelectual
moderado
DISTÚRBIO DO COLESTEROL
HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAR
DISTÚBIO DO COLESTEROL
HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAL-AD
• Níveis elevados do Colesterol plasmático →
transportado pela LDL
• Incidência: 1:500 (heterozigoto)
• Homozigoto: 1: 1milhão
• Mutação no gene estrutural que codifica o
receptor da LDL (redução de receptor)
proteína da superfície celular → ligação da LDL e
transferência para o interior da célula
DISTÚBIO DO COLESTEROL
HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAL-AD
• Heterozigotos:  colesterol sangue → risco de doença coronária
- depósitos nas paredes das artérias (ateromas)
- depósitos na pele e tendões (xantomas)
• Homozigotos: níveis mais elevados de colesterol no sangue → doenças
coronárias na primeira infância
- a maioria tem infartos antes dos 20 anos,
- poucos sobrevivem além dos 30 anos de idade
http://drfloresrivera.com/2007/11/08/fisiopatologia-molecular-de-la-coles
http://www.nutricaoemfoco.com/2008/06/12/os-riscos-do-colester
ateroma xantomas
TRATAMENTO DIETÉTICO
TRATAMENTO DIETÉTICO DOS EIM
• Os EIM são doenças crônicas em geral tratadas por
modificação da dieta:
-alteração do estilo de vida
-custo financeiro elevado
-distúrbios emocionais
• Manipulação da dieta ou dieta especial (alimento
mendicamentoso)
-restrição de substratos tóxicos (carboidratos, gorduras e
aminoácidos)
-substituir cofatores deficientes (vitaminas)
-uso de vias alternativas p/ eliminar substâncias tóxicas
FARMACOGENÉTICA
• Investigação do efeito do genótipo do indivíduo sobre
os mecanismos de ação de um composto
farmacologicamente ativo ação de enzimas que
metabolizam drogas
• Clinicamente, a questão é: Como a constituição
genética de um paciente determina se uma droga terá
ou não um certo efeito farmacológico?
• Exemplo: Deficiência de pseudocolinesterase  variantes
genéticas incapazes de hidrolisar ou com hidrólise lenta da
succinilcolina (anestésico)  paralisia muscular e apnéia
FARMACOGENÔMICA
• Monitoramento dos efeitos in vivo de compostos
farmacologicamente ativos na expressão genética em
diversos tecidos ou órgãos
• É útil na elucidação de mecanismos de ação dos
compostos em termos de sua eficácia e toxicidade
• Exemplo: animais experimentais tratados com o composto
investigado  extração do RNA de
diversos tecidos  estudo da expressão gênica antes e após o
tratamento, pelos chips de DNA
• Objetivo: construir bancos de dados com informações da
ação dos compostos farmacologicamente ativos sobre a
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DNA Mutations

  • 1. MUTAÇÕES NO DNA Professor: Dr Tasciano Santa Izabel CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
  • 2. Mutações • São alterações ou modificações súbitas em genes ou cromossomos, podendo acarretar variação hereditária. • As mutações podem ser gênicas quando alteram a estrutura do DNA ou cromossômicas quando alteram a estrutura ou o número de cromossomos.
  • 3. Importância da Mutação • Traz conseqüências deletérias ou (raramente) vantajosas a um organismo ou seus descendentes; • É a maior responsável pela variabilidade genética e pela evolução das espécies.
  • 4. Mutação • Espontânea Erros nos processos celulares, sem influência externa; Erros na replicação do DNA motivados pela DNA polimerase; Erros na meiose; • Induzida
  • 5. Agentes Mutagênicos • Físicos  radiações ionizantes (raios X, radiações alfa, beta e gama) e radiação ultravioleta. • Químicos  agentes metilantes, sais de metais radioativos, alcatrão, brometo, benzeno, benzopireno, etc.
  • 6. Mutação • Germinativa hereditária Durante a meiose • Somática Durante a mitose (replicação do DNA) Síntese protéica (transcrição e tradução)
  • 8. Mutações Cromossômicas • Também chamadas de aberrações cromossômicas, são alterações na estrutura ou no número de cromossomos normal da espécie. • Podem provocar anomalias e mal formações no organismo ou até a inviabilidade dele.
  • 9. Mutações Cromossômicas Chamadas de alterações cromossômicas • Alterações numéricas Alteram o número cromossômico • Alterações estruturais Alteram fragmentos cromossômicos
  • 10. Mutações Cromossômicas Numéricas • Provocam alterações no número de cromossomos da espécie (cariótipo). • Podem produzir anomalias graves e até a morte do organismo. • Se dividem em Euploidias quando há a alteração de um cromossomo inteiro e Aneuploidias (Somias) quando acrescentam ou perdem um ou poucos cromossomos.
  • 11. Euploidias • Monoploidias (n)  quando há apenas metade dos cromossomos existente no genona. Ocorre problemas na divisão celular. • Poliploidias (3n, 4n, 5n, ...)  Duplicação do genoma, uma ou várias vezes. Não disjunção de cromossomas.
  • 12. Aneuploidias (Somias) • Nulissomia (2n-2)  perda de um par inteiro de cromossomos. No homem é letal. • Monossomia (2n-1)  um cromossomo a menos no cariótipo. • Trissomia (2n+1)  um cromossomo a mais no cariótipo.
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  • 15.
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  • 17.
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  • 20.
  • 21. Síndrome de Turner Síndrome de Klinefelter Síndrome de Down Síndrome de Patau Síndrome de Edwards Síndrome do Duplo Y Síndrome do Triplo X ANEUPLOIDIAS
  • 22. Mutações Cromossômicas Estruturais • Provocam alterações na estrutura dos cromossomos, podendo ocasionar a perda de genes, a leitura duplicada ou erros na leitura de um ou mais genes. • Podem acontecer por deleção, duplicação, translocação ou inversão de partes de cromossomos.
  • 23. Mutações Cromossômicas Estruturais • Deficiência ou deleção  quando ocorre a perda de um pedaço do cromossomo, com conseqüente perda de genes.
  • 24. Mutações Cromossômicas Estruturais • Duplicação  quando ocorre a presença de um pedaço duplicado do cromossomo, acarretando uma dupla leitura de genes.
  • 25. Mutações Cromossômicas Estruturais • Translocação  quando ocorre a troca de pedaços entre cromossomos não homólogos, provocando erros na leitura.
  • 26. Mutações Cromossômicas Estruturais • Inversão  quando ocorre a quebra de um pedaço do cromossomo que se solda invertido, provocando erros na leitura dos genes.
  • 27. Mutações Gênicas As mutações gênicas são responsáveis por alterações nos genes e conseqüentemente nas proteínas, determinando, muitas vezes, a formação de novas proteínas ou alterando a ação de enzimas importantes no metabolismo.
  • 28. Mutações Gênicas • Alteram uma ou mais bases do DNA, o que afetará a leitura durante a replicação ou durante a transcrição. • Podem ser transmitidas hereditariamente quando ocorrem nas células germinativas. • Quando ocorrem em células somáticas podem provocar a formação de tumores.
  • 29. Tipos de Mutações Gênicas • Substituição  ocorre a troca de um ou mais pares de bases.
  • 30. Substituição de base única • Substituição ou mutação pontual • Transição: – Purina-purina (A ou G) – Pirimidina-pirimidina (C ou T) • Transversão: – Purina-pirimidina – Pirimidina-purina
  • 31. Mutações Gênicas • Adição  acontece quando uma ou mais bases são adicionadas ao DNA, modificando a ordem de leitura da molécula durante a replicação ou a transcrição.
  • 32. Mutações Gênicas • Deleção  acontece quando uma ou mais bases são retiradas do DNA, modificando a ordem da leitura, durante a replicação ou a transcrição.
  • 33.
  • 34. Consequências na síntese protéica Mutação silenciosa A substituição de um determinado nucleotideo do DNA não provoca alterações nos aminoácidos sintetizados.
  • 35. Consequências na síntese protéica Mutação com alteração ou perda de sentido A troca nucleotídica provoca uma alteração no aminoácido sintetizado, que é substituído por outro na proteína.
  • 36. Consequências na síntese protéica Mutação sem sentido A alteração de um nucleotideo promove o surgimento precoce de um códon de terminação.
  • 37. ERROS INATOS DO METABOLISMO • Garrod (1902): 1a. Doença metabólica - AR ALCAPTONÚRIA • Conceito de EIM: distúrbios determinados geneticamente que afetam as vias metabólicas da biotransformação no organismo: – deficiência de atividades de enzimas essenciais – deficiência de cofatores ou ativadores enzimáticos – defeito no transporte de determinado composto – maioria herdadas de forma AR
  • 38. EFEITO DA MUTAÇÃO SOBRE A FUNÇÃO DA PROTEÍNA •Perda de função: -proteína estruturalmente anormal  instável -concentração celular reduzida -função 2ária. diminuída •Ganho de função: -intensificação da função da proteína   da quantidade ou capacidade de executar uma função •Propriedade nova: -alteração da sequência de aminoácidos Expressão heterocrônica/ ectópica: -alteração da região reguladora do gene em
  • 39. SEQUÊNCIA HIPOTÉTICA DE REAÇÕES BIOQUÍMICAS CONSEQUÊNCIAS: •Ausência do produto final: Albinismo •Acúmulo de substrato: Galactosemia •Excesso de metabólitos: Fenilcetonúria
  • 41. DISTÚRBIOS DO METABOLISMO DE CARBOIDRATOS: GALACTOSEMIA CLÁSSICA
  • 42. CARBOIDRATOS: GALACTOSEMIA CLÁSSICA • Incidência: 1:55.000 neonatos • Ausência da enzima galactose -1- fosfato uridil-transferase • metaboliza galactose glicose • Deficiência da enzima provoca: ACÚMULO DE SUBSTRATO
  • 43. CARBOIDRATOS: GALACTOSEMIA CLÁSSICA • Manifestação clínica:problemas gastrointestinais (ingestão de leite) -hepatoesplenomegalia -cirrose hepática -catarata -lesões do SNC e RM -Triagem neonatal: dosagem de GAL-1-P uridil transferase no sangue Tratamento: até os 3 anos -suspensão do leite e seus derivados (leite desprovido de galactose, leite de soja, hidrolisados de proteínas) -evitar lactose durante toda a vida http://www.nytimes.com/imagepages/2007/08/01/health/adam/17187Galactosem
  • 44. DISTÚRBIOS DO METABOLISMO DE AMINOÁCIDOS: •FENILCETONÚRIA •ALCAPTONÚRIA •ALBINISMO tirosina fenilalanina
  • 45. AMINOÁCIDOS - FENILCETONÚRIA • Incidência: 1:2.900 nativivos • Heterogeneidade alélica: +400 alelos diferentes • Excesso de metabólitos • Hiperfenilalaninemia → Fenilcetonúria (PKU) • Defeito enzimático: Fenialanina Hidroxilase Fenilalanina Tirosina vias alternativas metabólitos tóxicos (excretados na urina)
  • 46. Mutação de perda de função do gene que codifica a PHA Ácido fenilactato http://www.ucm.es/info/genetica/grupod/Genenzima/Genenzim
  • 47. • Crianças normais ao nascer • Ingestão de fenilalanina: -  fenilalanina → retarda a mielinização → alterações neuromusculares e RM -comportamento esquizóide, hiperatividade e irritabilidade -movimentos repetitivos (autismo) -EEG anormal (convulsões) -vômitos constantes -urina c/ cheiro de rato -pele e cabelos claros MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS http://www.ucm.es/info/genetica/grupod/Genenzima/Genenzim
  • 48. •Teste da fralda: adicionar na urina cloreto férrico  verde escuro (ácico fenilpirúvico) •Triagem neonatal: Teste do pézinho (3-4 dias após nascimento) – dosagem da fenilalanina no sangue Diagnóstico precoce até 6 meses e dieta pobre em fenilalanina (300-500 mg de fenilalanina/dia) até 7 anos de idade ou tempo indeterminado
  • 49. AMINOÁCIDOS-ALCAPTONÚRIA • Ausência de homogentisato oxidase • Defeito no catabolismo da TIROSINA Acúmulo de Substrato ácido homogentísico ácido maleilacetoacético (alcaptona) acúmulo depósito nas excreção na urina no sangue cartilagens (oxida  escura) (ocronose:orelhas, nariz, bochechas, escleróticas azuis) Artrite fralda preta
  • 50. •Manifestação tardia: ~ 30 anos •Tratamento: ingestão reduzida de fenilalanina e tirosina
  • 51. AMINOÁCIDOS - ALBINISMO ÓCULO- CUTÂNEO (AR) • Ausência do produto final • Defeito no metabolismo da MELANINA Deficiência de Tirosinase acúmulo ausência Tirosina Melanina (pele, mucosas, cabelos e olhos)
  • 53. DOENÇA DE ARMAZENAMENTO LISOSSÔMICO •LIPÍDEOS •MUCOPOLISSACARÍDEOS
  • 54. DOENÇA DE ARMAZENAMENTO LISOSSÔMICO • Armazenamento lisossômico de lipídeos: -alteração no metabolismo de lipídeos → acúmulo nos lisossomos → vísceras, cérebro e vasos sanguíneos -Gangliosidoses: D. Tay-Sachs D. de Gaucher • Armazenamento lisossômico de mucopolissacarídeos: -Mucopolissacaridoses: S. Hurler S. Hunter S. Morquio
  • 55. MUCOPOLISSACARIDOSE • Armazenamento lisossômico de mucopolissacarídeos → depositados e armazenados em diversos tecidos → hepatoesplênico, nervoso, ósseo, cartilaginoso, glandular, cardiovascular, oftalmológico • Mucopolissacarídeos ou Glicosaminoglicanas: cadeias de polissacarídeos sintetizadas por células do tecido conjuntivo unidades repetidas de dissacarídeos degradação por enzimas específicas (lisossomos) remoção em etapas de monossacarídeos na extremidade da cadeia • Defeito enzimático: deficiência de enzimas específicas → degradação parcial e acúmulo nos lisossomos → detectados no urina (dermatan,heparan e ceratan sulfatos)
  • 56. MUCOPOLISSACARIDOSES • Característica fisiopatológica: presença de vacuolização citoplasmática → lisossomos → incapacitação de digestão → espessamento de todos os tecidos comprometidos -espessamento da córnea → opacificação -espessamento cartilaginoso → limitação articular -espessamento cel. Miocárdio → hipertrofia -comprometimento intelectual e auditivo -hepatoesplenomegalia
  • 57. •Fácies grosseira •baixa estatura c/deformidades esqueléticas •cifose-escoliose •hipoacusia progressiva •hipertricose •cabelos e sombrancelhas grossas e espessas •macroglossia •hipertrofia dos lábios •comprometimento intelectual progressivo •Tratamento: transplante de medula óssea S. HURLER
  • 58. S. HUNTER •Infecções respiratórias •hérnia inguinal e umbilical •facies grotesca •baixa estatura •limitação articular •hepatoesplenomegalia •surdez moderada •comprometimento intelectual moderado
  • 60. DISTÚBIO DO COLESTEROL HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAL-AD • Níveis elevados do Colesterol plasmático → transportado pela LDL • Incidência: 1:500 (heterozigoto) • Homozigoto: 1: 1milhão • Mutação no gene estrutural que codifica o receptor da LDL (redução de receptor) proteína da superfície celular → ligação da LDL e transferência para o interior da célula
  • 61. DISTÚBIO DO COLESTEROL HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAL-AD • Heterozigotos:  colesterol sangue → risco de doença coronária - depósitos nas paredes das artérias (ateromas) - depósitos na pele e tendões (xantomas) • Homozigotos: níveis mais elevados de colesterol no sangue → doenças coronárias na primeira infância - a maioria tem infartos antes dos 20 anos, - poucos sobrevivem além dos 30 anos de idade http://drfloresrivera.com/2007/11/08/fisiopatologia-molecular-de-la-coles http://www.nutricaoemfoco.com/2008/06/12/os-riscos-do-colester ateroma xantomas
  • 63. TRATAMENTO DIETÉTICO DOS EIM • Os EIM são doenças crônicas em geral tratadas por modificação da dieta: -alteração do estilo de vida -custo financeiro elevado -distúrbios emocionais • Manipulação da dieta ou dieta especial (alimento mendicamentoso) -restrição de substratos tóxicos (carboidratos, gorduras e aminoácidos) -substituir cofatores deficientes (vitaminas) -uso de vias alternativas p/ eliminar substâncias tóxicas
  • 64. FARMACOGENÉTICA • Investigação do efeito do genótipo do indivíduo sobre os mecanismos de ação de um composto farmacologicamente ativo ação de enzimas que metabolizam drogas • Clinicamente, a questão é: Como a constituição genética de um paciente determina se uma droga terá ou não um certo efeito farmacológico? • Exemplo: Deficiência de pseudocolinesterase  variantes genéticas incapazes de hidrolisar ou com hidrólise lenta da succinilcolina (anestésico)  paralisia muscular e apnéia
  • 65. FARMACOGENÔMICA • Monitoramento dos efeitos in vivo de compostos farmacologicamente ativos na expressão genética em diversos tecidos ou órgãos • É útil na elucidação de mecanismos de ação dos compostos em termos de sua eficácia e toxicidade • Exemplo: animais experimentais tratados com o composto investigado  extração do RNA de diversos tecidos  estudo da expressão gênica antes e após o tratamento, pelos chips de DNA • Objetivo: construir bancos de dados com informações da ação dos compostos farmacologicamente ativos sobre a expressão gênica