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Paola Madeira Nazário (PPGCC-UNISINOS)
madeira_nazario@hotmail.com
Viés Comunicacional
 Situação ética que envolve o papel do jornalista e da
mídia na divulgação da saúde,
 A mídia em sua relação com o conceito ampliado de
saúde,
 A importância da comunicação no controle social,
 O papel da comunicação estratégica,
 A comunicação como ferramenta para a mobilização
social,
 As possibilidades de difundir conteúdos educativos
no campo da saúde usando o ambiente web,
 Comunicação social ( Mídias) como ferramentas de:
• Comunicação para educação sobre saúde,
• Comunicação do setor de saúde,
• Comunicação entre Sociedade Civil e Estado (sobre
questões de saúde) – Mobilização Social
 Mídia:
• Autônoma do setor político;
• Pouco Regulamentada;
• Mercado Concentrado;
• Vozes para poucos atores.
Anterior ao capitalismo
avançado
No capitalismo avançado
 Mídia autônoma do setor político:
• Pouco regulamentada (Código de 1962)
• Incentivada pelo estado para apoiar o governo
(Acordo Time Life),
• Devido sua dimensão ideológica – governo se torna
refém da mídia;
• Precisa da mídia para falar com a sociedade,
 Mercado Concentrado
 Conglomerados de mídia
 Propriedade cruzada
 Vozes para poucos atores
* Publicização da Informação (informação como um
elemento fundamental na construção ativa da
cidadania).
 Comunicação para saúde:
* Compartilhar conhecimentos e práticas que podem
contribuir para a conquista de melhores condições de
vida.
Mobilização Social
 Planejamento, a execução e a avaliação de projetos
e programas governamentais, buscando soluções
mais próximas da realidade e dos meios que as
comunidades e organizações dispõem consolidando
e expandindo parcerias, promovendo e aumentando
a capacidade comunitária de resolver seu próprios
problemas.
Discutir monopólio, propriedade, regulação
Desserviço da mídia quando
partidariza emergências
sanitárias ou propagandeia o
álcool e a comida não-saudável.
 Interesses de mercado
 Complicações para questões de saúde pública
(Criança, alma do negócio)
 Vídeo Criança, a alma do negócio
http://www.youtube.com/watch?v=rW-ii0Qh9JQ
 Regulamentação
• Constituição Federal
• Estatuto da criança e do Adolescente
• Código de Defesa do Consumidor (art. 37, proíbe
propaganda enganosa e abusiva.)
 O papel da comunicação estratégica da saúde
coletiva.
 Necessário romper os espaços hegemônicos na
comunicação social.
 Comunicação Estratégica, é necessário lembrar que
comunicação vai além da informação.
 A comunicação – saberes, práticas e processos – é
um dos mais importantes instrumentos de realização
do ideal da autonomia cidadã em relação à saúde.
 Responsabilidade :
• De políticas de Estado,
• Ministério da Saúde,
• Governos Estaduais e Municipais
• Conselhos de Saúde
• Universidades (na ramificação do conhecimento)
• E não de Organizações Não Governamentais
Como a mídia fala da saúde
Saúde na mídia (como o conceito de saúde é
apropriado pelas diferentes mídias).
 esforços das áreas e atores da comunicação em
saúde não têm abrangência nem grande
repercussão social,
 as diversas mídias apropriam-se de muitos modos (a
maioria deles em franca contradição com os
conceitos da OMS e proposições do SUS) do termo
“saúde”.
 Saúde como mercadoria:
 Saúde é tecnologia:
Discursos que afastam do conceito de saúde da OMS e
que legitimam no imaginário da população que tudo
está bem.
 Cobertura do assunto na mídia impressa:
50 jornais brasileiros:
1) a abordagem das questões de saúde sob uma
perspectiva da doença;
2) os enquadramentos das matérias, especialmente as
políticas públicas;
3) e questões jornalísticas propriamente ditas.
 Mostram que a temática saúde é o terceiro tema
mais abordado pela imprensa e pode mudar de
posição se a ela somarmos irmãos naturais como
drogas e mortalidade infantil.
 presença da temática saúde no bojo da cobertura
sobre infância e adolescência (foram 13.344 textos
jornalísticos) não implica, necessariamente, uma
cobertura de qualidade.
 Uma das mais contundentes constatações naquelas
diferentes pesquisas é a de que a mídia cobre
preferencialmente as doenças que afetam a
população infanto-juvenil e as formas de superá-las.
Não há, na mesma proporção, uma cobertura que
privilegie a qualidade de vida, a prevenção a esses
males, isto é, uma cobertura mais pró-ativa, mais
contextualizada e, logo, mais completa.
 Exploração e abuso sexual:
Há uma perspectiva total de relatar a violência sofrida
pelas vítimas, entretanto, não se aproveita o ensejo
para trabalhar questões como a saúde mental de
vítimas e agressores (1,4% e 0% das matérias,
respectivamente, o fazem).
 Deficiência Física:
Em muitas matérias as deficiências são encaradas
como doença, um mal que precisa ser resolvido.
Existem porcentagens...
 Cobertura da Imprensa sobre Políticas Públicas
A mídia não trata das questões de saúde em um viés
de Políticas Públicas.
Pesquisa Individual Política
Pública
Setor
Privado
Sociedade
Civil
Temático
Saúde da
criança
8,8 47 2,1 11,4 30,7
Saúde
adolesc.
19,4 30 1,6 6,6 38,5
Tabaco e
álcool
6,7 28,9 0,8 13,4 50,2
Mídia e
deficiência
12,2 26,3 8,8 21 31,7
Exploração
e abuso
sexual
- 9,9 - - -
 Tomemos o caso da exploração e do abuso sexual:
9,9% das matérias apresentam uma perspectiva de
política pública. O restante, fundamentalmente, está
centrado no relato dos crimes cometidos e sofridos,
ou seja, nas histórias individuais. A pergunta que fica,
e ela pode ser estendida às outras temáticas, é:
Em que medida esse tipo de cobertura colabora
efetivamente para pautar o Estado no sentido de que
adote uma política efetiva de enfrentamento da
questão?
 Nesse sentido, questões importantes como
orçamento, alterações legislativas, programas
governamentais existentes e que deveriam existir,
acompanhamento das metas que deveriam estar
sendo cumpridas e muitas outras são deixadas de
lado.
 São poucos os materiais que dão voz à população
(crianças, adolescentes, familiares e pessoas em
geral), interessada última nas discussões sobre
saúde. Não são poucos os textos jornalísticos que
apresentam mais de uma fonte de informação,
contudo, é muito pequeno o número daqueles que
apresentam opiniões divergentes.
 Afrofundamento jornalístico da cobertura
Saúde da criança:
Cobertura Factual: 57%
Cobertura contextual simples: 29,2%
Cobertura contextual explicativa: 7,3%
Cobertura avaliativa: 2,5%
Cobertura propositiva: 3,2%
Menciona estatísticas: 39,4%
Menciona Legislação: 5,1%
 Digitalização da TV e Convergência Digital.
Variadas tecnologias e suportes de comunicação.
 O campo da saúde não ficou à margem dessa
revolução; pelo contrário, tem sido impactado
drasticamente pelas novas tecnologias, como
evidenciam os avanços incríveis da telemedicina, a
explosão de periódicos científicos e de bases de
dados on-line e mesmo a publicação na internet dos
resultados de exames laboratoriais para os
pacientes.
 Inclusão Digital através de Serviços de Saúde na TV
Digital Interativa (ITSTV), desenvolvido no âmbito do
projeto Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD). O
SBTVD foi criado pelo Decreto Presidencial 4.901, de
26 de novembro de 2003.
 10 instituições, propôs o projeto IDSTV, que
pretendia unir a linguagem atual da televisão com a
nova tecnologia da TV digital para gerar uma
ferramenta de alfabetização digital e de inclusão
social.
 Políticas Públicas e Interatividade:
• tecnologias de indexação e busca da informação
armazenadas na rede,
• interatividade em suas diversas variantes, embora
permitissem,
 Sistemas baseados em bancos de dados
centralizados ou distribuídos,
 Pouco acesso da população as novas tecnologias,
 Perspectivas de processos democratizantes com a
Digitalização,
 Lento avanço da TV Digital no Brasil,
 Aplicabilidade da interatividade na TV digital
Brasileira.
 A TV digital interativa permitirá a implementação de
um grande número de serviços inovadores na área
da saúde, e que aumentarão o grau de inclusão
social,democratização da informação, melhoria de
serviços de saúde.
Comunicação em Saúde
 Conclusões do programa interativo.
Comunicação em Saúde
Problemáticas do campo da saúde no estudo e
aplicabilidade da comunicação:
• Análise e processamento da informação;
• Necessidade de uma análise transdisciplinar;
• metodologias de avaliação de impacto na área da
comunicação;
• Alargar o contato com as mídias;
• Educação comunicativa: comunicação pedagógica e
responsabilidade social.
Comunicação em Saúde
Paola Madeira Nazário
Madeira_nazario@hotmail.com
Comunicação em Saúde
1) Relativismo Cultural e Lingüístico.
2) Comunicação Primária e Secundária da Ciência.
3) Etos da Ciência e do Jornalismo.
4) Tempos da Ciência, do Jornalismo e das decisões
políticas.
5) Produção da Comunicação Pública em Saúde.
Comunicação em Saúde
 Comunicação em Saúde em Linguagem:
“ o mundo é apresentado num fluxo
caleidoscópio de impressões que precisam
ser organizados pelas nossas mentes e isso
significa principalmente pelo sistema
lingüístico que internalizamos.”
Comunicação em Saúde
 Teoria da relatividade lingüística;
 O discurso do cientista e pesquisador (revistas
científicas);
 - O discurso do divulgador (meios de comunicação).
Comunicação em saúde
 Existe idiossincrasias recíprocas entre jornalistas e
cientistas da área da saúde.
 Muito dos obstáculos a divulgação podem ser
derivados desse fato.
Comunicação em saúde
Comunicação Primário e secundária da ciência
 Primária: Ocorre com os cientistas dentro da sua
própria especialidade.
 Secundária: Aquela que é oferecido ao público leigo.
Comunicação em saúde
Analise da comunicação primária e secundária a partir
de matrizes multidisciplinares agrupadas nas
seguintes dimensões:
 1. Ontológica
 2. Lingüistica
 3. Epistemológica
 4. Sociológica
 5. Midiológica
Comunicação em Saúde
Dimenões Comunicação
Primária
Comunicação
Secundária
Ontológica Objetos são
construídos como
conceitos
científicos
Objetos do senso
comum
Lingüística Empirismo
lógico
Componentes
retóricos
Sociológica Imperativos
institucionais
Julgamento dos
editoriais e do
público
Midiológica Especializado
(Cultura científica
sujeita a
verificação)
Massivo (Cultura
jornalística
Comunicação em Saúde
 Dimensão ontológica
Primária:
Basicamente conceitos (hipóteses, teorias e leis) - as
teorias, hipóteses e resultado de experimentos são
mais bem representados por gráficos, esquemas ou
fórmulas.
Secundária:
Para o mundo leigo é caracterizada a partir de
fotografias, o que para os cientistas não abarca todo
o conhecimento específico.
Comunicação em Saúde
 Dimensão Linguística:
- Da linguagem científica para os cientistas, para a
aplicabilidade de uma linguagem coloquial, ambígua
e polissêmica, emotiva e estética.
- Assim a muitas técnicas desse tipo de divulgação
científica abrigam elementos persuasivos e retóricos,
o que pode trazer uma certa ideologia,
Comunicação em Saúde
 Dimensão midiológica:
-O “valor notícia” é diferente na cultura científica e
na cultura jornalística.
- A ciência publicada na mídia massiva.
Comunicação em Saúde
 O jornalismo ou a DC possuem critérios de
relevância da notícia científica que muitas vezes
entram em conflito com os critérios do cientista.
Afinal, o que constitui uma informação para os
jornalistas pode ser considerado sensacionalismo
para os cientistas.
Comunicação em Saúde
 Etos da Ciência e do Jornalismo
O etos da ciência é definido por uma certa corrente de
pensadores como “ o complexo de valores, e
normas que se consideram obrigatórias para o
homem, as ciência.
Comunicação em saúde
 Etos da Ciência:
Universalismo
Comunismo
Desinteresse
Ceticismo organizado
Comunicação em Saúde
 Universalismo
Expor a verdade, independente das fontes, deve ser um
ato submetido a critérios impessoais e
preestabelecido. A ciência deveria ser articulada em
uma só linguagem e vocabulário, implicando uma
inter-comunicação entre as teorias e a idéia de uma
só ciência, a partir de uma metodologia rigorosa.
Verificação de dois métodos e cientistas diferentes.
Comunicação em Saúde
 Comunismo e desinteresse
Comunismo: Os produtos da atividade científica seja
propriedade comum e consequentemente, os direitos
do produtor individual sejam seriamente limitados.
Desinteresse: O cientista não deveria tirar proveito
(aquém de sua remuneração e reconhecimento) por
suas realizações.
Comunicação em Saúde
 Contexto da divulgação científica (DC)
A ideologia da ampla publicidade - Revolução científica
dos Séculos XVII e XVIII - reação contra a teoria do
esoterismo- Detenção da informação pelos
cientistas.
Comunicação em Saúde
 Posteriormente percebeu-se que a ciência teria
utilidades práticas e sociais, fatos que necessitam
que o conhecimento científico seja levado a público,
assim se define o direito de patente.
Comunicação em Saúde
 Etos do Jornalismo
Sua origem é totalmente diferente do etos da ciência na
medida em que segundo o código de ética do
jornalismo “o acesso à informação pública é um
direito inerente à condição de vida em sociedade,
que não pode ser impedido por nenhum tipo de
interesse. Isso pode gerar problemas na relação
entre cientista e jornalista.
Comunicação em saúde
 Conflitos de interesses
Conflitos de interesses podem ocorrer entre a prática
da ciência e do jornalismo.
Comunicação em Saúde
 Interesse genérico do progresso da ciência
Objetiva a maior publicidade possível da comunicação
primária, gerando opiniões divididas:
- Aqueles que defendem ampla e irrestrita publicidade
dos resultados da pesquisa científica, tornada
possível pela internet.
- Aqueles que defendem a publicidade ampla apenas
das pesquisas referendadas pelo procedimento de
avaliação “pelos pares”.
Comunicação em saúde
 Interesse dos Produtores do conhecimento
científico:
Procura um equilíbrio entre a ampla publicidade e a
garantia do reconhecimento da prioridade dos
resultados da pesquisa. Cooperação e competição
entre os próprios cientistas: valor variável, de acordo
com o setor disciplinar, interesses econômicos
envolvidos e importância da pesquisa.
Comunicação em Saúde
 Interesse dos periódicos científicos impressos
Evitar que a publicação seja dada ao público antes do
dia do aparecimento da edição impressa(evitar
informações mal entendidas).
Comunicação em Saúde
 Interesses dos Jornalistas
Falar dos resultados da pesquisa o quanto antes (o furo
jornalístico), no entanto foi criado aqui um acordo
entre cavalheiros, onde o uso público da informação
é proibido até a data da publicação do periódico
científico que detém tal informação. (Sistema de
embargos).
Comunicação em Saúde
 Tempos da ciência, do jornalismo e das decisões
políticas
Comunicação em Saúde
 Tempo de pesquisa científica (anos), dissertações,
teses e projetos de pesquisa, pois necessita
rigorosas comprovações empíricas.
 -Tempo da notícia jornalística (é contado em dias ou
mesmo horas), pois necessita de fato novo e
inesperado, rapidez e ineditismo.
Comunicação em Saúde
 Tempo da tomada de decisão política
- Depende de fatores como: Imprensa, Opinião pública
e distribuição dos vetores políticos partidários.
- Estes diferentes tempos tem gerado indagações?
Comunicação em Saúde
 1) Se as decisões de interesse público devem ou
podem ser tomadas de acordo com um cronograma
estabelecido pela esfera política e não pela esfera
científica ou técnica?
 2) Se as decisões políticas podem ser tomadas antes
de um assunto entrar em consenso entre os próprios
cientistas.
Comunicação em Saúde
 1) A decisão política sobre assuntos técnicos deve
ser tomada em amplo debate democrático? Ou
deveria ser baseada no melhor parecer
especializado?
a- A primeira opção possibilita uma paralisia tecnológica
b- a segunda convida ao incremento da oposição do
público mais esclarecido
Comunicação em Saúde
 Então, como tomar decisões baseadas no
conhecimento científico antes da formação do
consenso científico?
Comunicação em Saúde
 Muitas vezes, antes que as decisões legais possam
ser sugeridas ao governo por um consenso entre os
cientistas, as pressões de grupos econômicos por
um lado, ambientalistas e políticos por outro, geram
inquietações e controvérsias que refletem na agenda
setting da mídia massiva e, consequentemente uma
parcela da opinião pública informada e que se
preocupa com o exercício da cidadania.
Comunicação em Saúde
 Exemplo: Lei de Biossegurança apresentada ao
legislativo em 2004. (Transgênicos)
Comunicação em Saúde
 Cobertura midiática da folha de São Paulo: Criou
uma grande polêmica!
 Artigo científico da Science: O artigo científico
demonstra que ainda a pesquisa está em estado de
analise. “a complexidade dos sistemas ecológicos
apresenta importantes desafios aos experimentos
para ter acesso aos riscos e benefícios destes
organismos e isso gera inevitáveis incertezas sobre
estes produtos”.
Comunicação em Saúde
 Problemáticas da questão:
Em conjunto, o tempo da política discute as questões
com mais pressa que a ciência, impondo assim
normativas legais imaturas diante das
especificidades necessárias de serem pesquisadas
pela ciência para que se chegue a um arcabouço
seguro de análise. (Mas a política é apressada pela
opinião pública, que é apressada pelos meios de
comunicação, sem contar os interesses de mercado
dos quais o Estado precisa atender em um sistema
neoliberal).
Comunicação em Saúde
 Produção da comunicação pública da Saúde
Divulgação New York Times sobre assunto científico –
infundados segundo o público científico –
repercussão financeira.
Comunicação em Saúde
 Sensacionalismo
Em 1998, um artigo científico publicou que foi
identificada uma bactéria nas placas de esclerose
arterial. Folha de São Paulo “Doença cardíaca pode
pegar como um resfriado”.
Comunicação em Saúde
 Tempo do Jornalismo # do Tempo da Ciência.
O Jornal relata o fato de maneira jornalística, colheu
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favorável e desfavorável. Fizeram jornalismo mas
não em um momento pertinente gerando falsas
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  • 1. Paola Madeira Nazário (PPGCC-UNISINOS) madeira_nazario@hotmail.com
  • 2. Viés Comunicacional  Situação ética que envolve o papel do jornalista e da mídia na divulgação da saúde,  A mídia em sua relação com o conceito ampliado de saúde,  A importância da comunicação no controle social,  O papel da comunicação estratégica,  A comunicação como ferramenta para a mobilização social,  As possibilidades de difundir conteúdos educativos no campo da saúde usando o ambiente web,
  • 3.  Comunicação social ( Mídias) como ferramentas de: • Comunicação para educação sobre saúde, • Comunicação do setor de saúde, • Comunicação entre Sociedade Civil e Estado (sobre questões de saúde) – Mobilização Social
  • 4.  Mídia: • Autônoma do setor político; • Pouco Regulamentada; • Mercado Concentrado; • Vozes para poucos atores.
  • 5. Anterior ao capitalismo avançado No capitalismo avançado
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  • 7.  Mídia autônoma do setor político: • Pouco regulamentada (Código de 1962) • Incentivada pelo estado para apoiar o governo (Acordo Time Life), • Devido sua dimensão ideológica – governo se torna refém da mídia; • Precisa da mídia para falar com a sociedade,
  • 8.  Mercado Concentrado  Conglomerados de mídia  Propriedade cruzada
  • 9.  Vozes para poucos atores * Publicização da Informação (informação como um elemento fundamental na construção ativa da cidadania).
  • 10.  Comunicação para saúde: * Compartilhar conhecimentos e práticas que podem contribuir para a conquista de melhores condições de vida.
  • 11. Mobilização Social  Planejamento, a execução e a avaliação de projetos e programas governamentais, buscando soluções mais próximas da realidade e dos meios que as comunidades e organizações dispõem consolidando e expandindo parcerias, promovendo e aumentando a capacidade comunitária de resolver seu próprios problemas.
  • 12. Discutir monopólio, propriedade, regulação Desserviço da mídia quando partidariza emergências sanitárias ou propagandeia o álcool e a comida não-saudável.
  • 13.  Interesses de mercado  Complicações para questões de saúde pública (Criança, alma do negócio)
  • 14.  Vídeo Criança, a alma do negócio http://www.youtube.com/watch?v=rW-ii0Qh9JQ
  • 15.  Regulamentação • Constituição Federal • Estatuto da criança e do Adolescente • Código de Defesa do Consumidor (art. 37, proíbe propaganda enganosa e abusiva.)
  • 16.  O papel da comunicação estratégica da saúde coletiva.  Necessário romper os espaços hegemônicos na comunicação social.
  • 17.  Comunicação Estratégica, é necessário lembrar que comunicação vai além da informação.
  • 18.  A comunicação – saberes, práticas e processos – é um dos mais importantes instrumentos de realização do ideal da autonomia cidadã em relação à saúde.
  • 19.  Responsabilidade : • De políticas de Estado, • Ministério da Saúde, • Governos Estaduais e Municipais • Conselhos de Saúde • Universidades (na ramificação do conhecimento) • E não de Organizações Não Governamentais
  • 20. Como a mídia fala da saúde Saúde na mídia (como o conceito de saúde é apropriado pelas diferentes mídias).
  • 21.  esforços das áreas e atores da comunicação em saúde não têm abrangência nem grande repercussão social,  as diversas mídias apropriam-se de muitos modos (a maioria deles em franca contradição com os conceitos da OMS e proposições do SUS) do termo “saúde”.
  • 22.  Saúde como mercadoria:  Saúde é tecnologia: Discursos que afastam do conceito de saúde da OMS e que legitimam no imaginário da população que tudo está bem.
  • 23.  Cobertura do assunto na mídia impressa: 50 jornais brasileiros: 1) a abordagem das questões de saúde sob uma perspectiva da doença; 2) os enquadramentos das matérias, especialmente as políticas públicas; 3) e questões jornalísticas propriamente ditas.
  • 24.  Mostram que a temática saúde é o terceiro tema mais abordado pela imprensa e pode mudar de posição se a ela somarmos irmãos naturais como drogas e mortalidade infantil.  presença da temática saúde no bojo da cobertura sobre infância e adolescência (foram 13.344 textos jornalísticos) não implica, necessariamente, uma cobertura de qualidade.
  • 25.  Uma das mais contundentes constatações naquelas diferentes pesquisas é a de que a mídia cobre preferencialmente as doenças que afetam a população infanto-juvenil e as formas de superá-las. Não há, na mesma proporção, uma cobertura que privilegie a qualidade de vida, a prevenção a esses males, isto é, uma cobertura mais pró-ativa, mais contextualizada e, logo, mais completa.
  • 26.  Exploração e abuso sexual: Há uma perspectiva total de relatar a violência sofrida pelas vítimas, entretanto, não se aproveita o ensejo para trabalhar questões como a saúde mental de vítimas e agressores (1,4% e 0% das matérias, respectivamente, o fazem).
  • 27.  Deficiência Física: Em muitas matérias as deficiências são encaradas como doença, um mal que precisa ser resolvido. Existem porcentagens...
  • 28.  Cobertura da Imprensa sobre Políticas Públicas A mídia não trata das questões de saúde em um viés de Políticas Públicas.
  • 29. Pesquisa Individual Política Pública Setor Privado Sociedade Civil Temático Saúde da criança 8,8 47 2,1 11,4 30,7 Saúde adolesc. 19,4 30 1,6 6,6 38,5 Tabaco e álcool 6,7 28,9 0,8 13,4 50,2 Mídia e deficiência 12,2 26,3 8,8 21 31,7 Exploração e abuso sexual - 9,9 - - -
  • 30.  Tomemos o caso da exploração e do abuso sexual: 9,9% das matérias apresentam uma perspectiva de política pública. O restante, fundamentalmente, está centrado no relato dos crimes cometidos e sofridos, ou seja, nas histórias individuais. A pergunta que fica, e ela pode ser estendida às outras temáticas, é: Em que medida esse tipo de cobertura colabora efetivamente para pautar o Estado no sentido de que adote uma política efetiva de enfrentamento da questão?
  • 31.  Nesse sentido, questões importantes como orçamento, alterações legislativas, programas governamentais existentes e que deveriam existir, acompanhamento das metas que deveriam estar sendo cumpridas e muitas outras são deixadas de lado.
  • 32.  São poucos os materiais que dão voz à população (crianças, adolescentes, familiares e pessoas em geral), interessada última nas discussões sobre saúde. Não são poucos os textos jornalísticos que apresentam mais de uma fonte de informação, contudo, é muito pequeno o número daqueles que apresentam opiniões divergentes.
  • 33.  Afrofundamento jornalístico da cobertura Saúde da criança: Cobertura Factual: 57% Cobertura contextual simples: 29,2% Cobertura contextual explicativa: 7,3% Cobertura avaliativa: 2,5% Cobertura propositiva: 3,2% Menciona estatísticas: 39,4% Menciona Legislação: 5,1%
  • 34.  Digitalização da TV e Convergência Digital. Variadas tecnologias e suportes de comunicação.
  • 35.  O campo da saúde não ficou à margem dessa revolução; pelo contrário, tem sido impactado drasticamente pelas novas tecnologias, como evidenciam os avanços incríveis da telemedicina, a explosão de periódicos científicos e de bases de dados on-line e mesmo a publicação na internet dos resultados de exames laboratoriais para os pacientes.
  • 36.  Inclusão Digital através de Serviços de Saúde na TV Digital Interativa (ITSTV), desenvolvido no âmbito do projeto Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD). O SBTVD foi criado pelo Decreto Presidencial 4.901, de 26 de novembro de 2003.
  • 37.  10 instituições, propôs o projeto IDSTV, que pretendia unir a linguagem atual da televisão com a nova tecnologia da TV digital para gerar uma ferramenta de alfabetização digital e de inclusão social.
  • 38.  Políticas Públicas e Interatividade: • tecnologias de indexação e busca da informação armazenadas na rede, • interatividade em suas diversas variantes, embora permitissem,  Sistemas baseados em bancos de dados centralizados ou distribuídos,
  • 39.  Pouco acesso da população as novas tecnologias,  Perspectivas de processos democratizantes com a Digitalização,  Lento avanço da TV Digital no Brasil,  Aplicabilidade da interatividade na TV digital Brasileira.
  • 40.  A TV digital interativa permitirá a implementação de um grande número de serviços inovadores na área da saúde, e que aumentarão o grau de inclusão social,democratização da informação, melhoria de serviços de saúde.
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  • 46. Comunicação em Saúde  Conclusões do programa interativo.
  • 47. Comunicação em Saúde Problemáticas do campo da saúde no estudo e aplicabilidade da comunicação: • Análise e processamento da informação; • Necessidade de uma análise transdisciplinar; • metodologias de avaliação de impacto na área da comunicação; • Alargar o contato com as mídias; • Educação comunicativa: comunicação pedagógica e responsabilidade social.
  • 48. Comunicação em Saúde Paola Madeira Nazário Madeira_nazario@hotmail.com
  • 49. Comunicação em Saúde 1) Relativismo Cultural e Lingüístico. 2) Comunicação Primária e Secundária da Ciência. 3) Etos da Ciência e do Jornalismo. 4) Tempos da Ciência, do Jornalismo e das decisões políticas. 5) Produção da Comunicação Pública em Saúde.
  • 50. Comunicação em Saúde  Comunicação em Saúde em Linguagem: “ o mundo é apresentado num fluxo caleidoscópio de impressões que precisam ser organizados pelas nossas mentes e isso significa principalmente pelo sistema lingüístico que internalizamos.”
  • 51. Comunicação em Saúde  Teoria da relatividade lingüística;  O discurso do cientista e pesquisador (revistas científicas);  - O discurso do divulgador (meios de comunicação).
  • 52. Comunicação em saúde  Existe idiossincrasias recíprocas entre jornalistas e cientistas da área da saúde.  Muito dos obstáculos a divulgação podem ser derivados desse fato.
  • 53. Comunicação em saúde Comunicação Primário e secundária da ciência  Primária: Ocorre com os cientistas dentro da sua própria especialidade.  Secundária: Aquela que é oferecido ao público leigo.
  • 54. Comunicação em saúde Analise da comunicação primária e secundária a partir de matrizes multidisciplinares agrupadas nas seguintes dimensões:  1. Ontológica  2. Lingüistica  3. Epistemológica  4. Sociológica  5. Midiológica
  • 55. Comunicação em Saúde Dimenões Comunicação Primária Comunicação Secundária Ontológica Objetos são construídos como conceitos científicos Objetos do senso comum Lingüística Empirismo lógico Componentes retóricos Sociológica Imperativos institucionais Julgamento dos editoriais e do público Midiológica Especializado (Cultura científica sujeita a verificação) Massivo (Cultura jornalística
  • 56. Comunicação em Saúde  Dimensão ontológica Primária: Basicamente conceitos (hipóteses, teorias e leis) - as teorias, hipóteses e resultado de experimentos são mais bem representados por gráficos, esquemas ou fórmulas. Secundária: Para o mundo leigo é caracterizada a partir de fotografias, o que para os cientistas não abarca todo o conhecimento específico.
  • 57. Comunicação em Saúde  Dimensão Linguística: - Da linguagem científica para os cientistas, para a aplicabilidade de uma linguagem coloquial, ambígua e polissêmica, emotiva e estética. - Assim a muitas técnicas desse tipo de divulgação científica abrigam elementos persuasivos e retóricos, o que pode trazer uma certa ideologia,
  • 58. Comunicação em Saúde  Dimensão midiológica: -O “valor notícia” é diferente na cultura científica e na cultura jornalística. - A ciência publicada na mídia massiva.
  • 59. Comunicação em Saúde  O jornalismo ou a DC possuem critérios de relevância da notícia científica que muitas vezes entram em conflito com os critérios do cientista. Afinal, o que constitui uma informação para os jornalistas pode ser considerado sensacionalismo para os cientistas.
  • 60. Comunicação em Saúde  Etos da Ciência e do Jornalismo O etos da ciência é definido por uma certa corrente de pensadores como “ o complexo de valores, e normas que se consideram obrigatórias para o homem, as ciência.
  • 61. Comunicação em saúde  Etos da Ciência: Universalismo Comunismo Desinteresse Ceticismo organizado
  • 62. Comunicação em Saúde  Universalismo Expor a verdade, independente das fontes, deve ser um ato submetido a critérios impessoais e preestabelecido. A ciência deveria ser articulada em uma só linguagem e vocabulário, implicando uma inter-comunicação entre as teorias e a idéia de uma só ciência, a partir de uma metodologia rigorosa. Verificação de dois métodos e cientistas diferentes.
  • 63. Comunicação em Saúde  Comunismo e desinteresse Comunismo: Os produtos da atividade científica seja propriedade comum e consequentemente, os direitos do produtor individual sejam seriamente limitados. Desinteresse: O cientista não deveria tirar proveito (aquém de sua remuneração e reconhecimento) por suas realizações.
  • 64. Comunicação em Saúde  Contexto da divulgação científica (DC) A ideologia da ampla publicidade - Revolução científica dos Séculos XVII e XVIII - reação contra a teoria do esoterismo- Detenção da informação pelos cientistas.
  • 65. Comunicação em Saúde  Posteriormente percebeu-se que a ciência teria utilidades práticas e sociais, fatos que necessitam que o conhecimento científico seja levado a público, assim se define o direito de patente.
  • 66. Comunicação em Saúde  Etos do Jornalismo Sua origem é totalmente diferente do etos da ciência na medida em que segundo o código de ética do jornalismo “o acesso à informação pública é um direito inerente à condição de vida em sociedade, que não pode ser impedido por nenhum tipo de interesse. Isso pode gerar problemas na relação entre cientista e jornalista.
  • 67. Comunicação em saúde  Conflitos de interesses Conflitos de interesses podem ocorrer entre a prática da ciência e do jornalismo.
  • 68. Comunicação em Saúde  Interesse genérico do progresso da ciência Objetiva a maior publicidade possível da comunicação primária, gerando opiniões divididas: - Aqueles que defendem ampla e irrestrita publicidade dos resultados da pesquisa científica, tornada possível pela internet. - Aqueles que defendem a publicidade ampla apenas das pesquisas referendadas pelo procedimento de avaliação “pelos pares”.
  • 69. Comunicação em saúde  Interesse dos Produtores do conhecimento científico: Procura um equilíbrio entre a ampla publicidade e a garantia do reconhecimento da prioridade dos resultados da pesquisa. Cooperação e competição entre os próprios cientistas: valor variável, de acordo com o setor disciplinar, interesses econômicos envolvidos e importância da pesquisa.
  • 70. Comunicação em Saúde  Interesse dos periódicos científicos impressos Evitar que a publicação seja dada ao público antes do dia do aparecimento da edição impressa(evitar informações mal entendidas).
  • 71. Comunicação em Saúde  Interesses dos Jornalistas Falar dos resultados da pesquisa o quanto antes (o furo jornalístico), no entanto foi criado aqui um acordo entre cavalheiros, onde o uso público da informação é proibido até a data da publicação do periódico científico que detém tal informação. (Sistema de embargos).
  • 72. Comunicação em Saúde  Tempos da ciência, do jornalismo e das decisões políticas
  • 73. Comunicação em Saúde  Tempo de pesquisa científica (anos), dissertações, teses e projetos de pesquisa, pois necessita rigorosas comprovações empíricas.  -Tempo da notícia jornalística (é contado em dias ou mesmo horas), pois necessita de fato novo e inesperado, rapidez e ineditismo.
  • 74. Comunicação em Saúde  Tempo da tomada de decisão política - Depende de fatores como: Imprensa, Opinião pública e distribuição dos vetores políticos partidários. - Estes diferentes tempos tem gerado indagações?
  • 75. Comunicação em Saúde  1) Se as decisões de interesse público devem ou podem ser tomadas de acordo com um cronograma estabelecido pela esfera política e não pela esfera científica ou técnica?  2) Se as decisões políticas podem ser tomadas antes de um assunto entrar em consenso entre os próprios cientistas.
  • 76. Comunicação em Saúde  1) A decisão política sobre assuntos técnicos deve ser tomada em amplo debate democrático? Ou deveria ser baseada no melhor parecer especializado? a- A primeira opção possibilita uma paralisia tecnológica b- a segunda convida ao incremento da oposição do público mais esclarecido
  • 77. Comunicação em Saúde  Então, como tomar decisões baseadas no conhecimento científico antes da formação do consenso científico?
  • 78. Comunicação em Saúde  Muitas vezes, antes que as decisões legais possam ser sugeridas ao governo por um consenso entre os cientistas, as pressões de grupos econômicos por um lado, ambientalistas e políticos por outro, geram inquietações e controvérsias que refletem na agenda setting da mídia massiva e, consequentemente uma parcela da opinião pública informada e que se preocupa com o exercício da cidadania.
  • 79. Comunicação em Saúde  Exemplo: Lei de Biossegurança apresentada ao legislativo em 2004. (Transgênicos)
  • 80. Comunicação em Saúde  Cobertura midiática da folha de São Paulo: Criou uma grande polêmica!  Artigo científico da Science: O artigo científico demonstra que ainda a pesquisa está em estado de analise. “a complexidade dos sistemas ecológicos apresenta importantes desafios aos experimentos para ter acesso aos riscos e benefícios destes organismos e isso gera inevitáveis incertezas sobre estes produtos”.
  • 81. Comunicação em Saúde  Problemáticas da questão: Em conjunto, o tempo da política discute as questões com mais pressa que a ciência, impondo assim normativas legais imaturas diante das especificidades necessárias de serem pesquisadas pela ciência para que se chegue a um arcabouço seguro de análise. (Mas a política é apressada pela opinião pública, que é apressada pelos meios de comunicação, sem contar os interesses de mercado dos quais o Estado precisa atender em um sistema neoliberal).
  • 82. Comunicação em Saúde  Produção da comunicação pública da Saúde Divulgação New York Times sobre assunto científico – infundados segundo o público científico – repercussão financeira.
  • 83. Comunicação em Saúde  Sensacionalismo Em 1998, um artigo científico publicou que foi identificada uma bactéria nas placas de esclerose arterial. Folha de São Paulo “Doença cardíaca pode pegar como um resfriado”.
  • 84. Comunicação em Saúde  Tempo do Jornalismo # do Tempo da Ciência. O Jornal relata o fato de maneira jornalística, colheu fontes de cientista notáveis dando o contraponto, favorável e desfavorável. Fizeram jornalismo mas não em um momento pertinente gerando falsas esperanças no público.