O documento descreve os acontecimentos no dia de Pentecostes após a ascensão de Jesus, quando os discípulos receberam o Espírito Santo e ganharam o dom da fala em línguas estrangeiras. Pedro pregou para a multidão e cerca de 3.000 pessoas se converteram ao cristianismo naquele dia.
1. ASCENSÃO - AS PRIMEIRAS DIFICULDADES DAASCENSÃO - AS PRIMEIRAS DIFICULDADES DA
NOVA CONGREGAÇÃONOVA CONGREGAÇÃO
Livro Iniciação Espírita
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EAE – AULA 55EAE – AULA 55
2. É o quinto livro do Novo Testamento, composto por 28 capítulos e foi
escrito em grego.
O livro dos Atos e o terceiro Evangelho eram em princípio duas partes de
uma mesma obra.
Na primeira parte temos o relato de toda a vida de Jesus, desde o seu
nascimento até a aparição de Jesus aos discípulos na Galileia após a
crucificação.
Na segunda parte, são retomados os últimos acontecimentos
encadeando-os em uma seqüência de relato até a viagem de Paulo a
Roma.
Para alguns é conhecido como o Evangelho da Mediunidade.
Bíblia de Jerusalém (pág. 1896)
3. O autor de Atos seria um gentio grego, de boa educação,
profundo conhecedor das realidades judaicas e da
Septuaginta (Bíblia em grego) e cristão da geração
apostólica.
Desde o ano 175 há um consenso da Igreja em aceitar
Lucas como o autor destes dois livros.
O consenso está impresso no documento romano chamado
de “Canon Muratori”.
4. (Fragmento de Muratori, é uma cópia do documento mais antigo que se conhece,
ano 170, com a lista dos livros Novo Testamento, nele aparece: os quatros
Evangelhos, Atos dos Apóstolos, 13 Epistolas de Paulo (hebreus), 2 Epistolas de
João, o apocalipse de João e o de Pedro) Bíblia de Jerusalém.
5. A data mais aceita é a do ano 62 em função dos seguintes pontos:
A narrativa em Atos vai até o ano 63 coma viagem de Paulo a Roma.
Não temos a menção da morte de Tiago em 62, Paulo em 64 e de Pedro
em 67.
Não fala sobre a perseguição de Nero contra os cristãos após o grande
incêndio em Roma, ano 64.
Não existe menção da destruição de Jerusalém no ano 70 por Tito, que
após a Grande Revolta Judaica toma a cidade e destrói as muralhas e o
Templo.
Quadro cronológico: Bíblia de Jerusalém (pág. 2185)
6. Inúmeras lacunas deram ao livro um aspecto de colagem literária, várias
são merecedoras de atenção, as espíritas se contam a dezenas, não espíritas
as centenas, porém basearemos nosso trabalho no ponto de vista de
Emmanuel que nos parece imensamente mais equilibrado e harmonioso.
O livro dos Atos dos Apóstolos foi escrito por Lucas, o mesmo autor do
terceiro Evangelho. Ele não foi um apóstolo e não conheceu a Jesus. Era
provavelmente um médico e os seus escritos são fruto como ele mesmo diz em
Lucas 1,3, de uma "acurada investigação de tudo desde o princípio". Os seus
conhecimentos sobre Jesus provêm do contato com Paulo, de quem foi discípulo.
Paulo o cita em várias passagens de suas cartas: é "companheiro de trabalho" em
Filêmon 24; "caro médico" em Colossenses 4,14; enquanto está preso, Paulo
escreve a Timóteo dizendo que todos o abandonaram, exceto um: "somente Lucas
está comigo" (Timóteo 4,11).
7.
8. No primeiro capítulo da obra, contando a ascensão de Cristo aos céus,
Lucas (Atos 1,8) coloca na boca de Jesus as seguintes palavras, dirigidas
aos seus discípulos: "Recebereis uma força, a do Espírito Santo que
descerá sobre vós, sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda
a Judéia e a Samaria, e até os confins da terra“;
O plano dos Atos dos Apóstolos é mostrar como essa missão dada por
Jesus aos apóstolos se realiza: A fé se implanta em Jerusalém (cap. 1 -
5);
Depois do martírio de Estevão começa a expansão do cristianismo,
graças aos gentios, pagãos convertidos (6,1 - 8,3);
O Evangelho chega a Samaria (8,4-25);
Também em Cesareia, onde os pagãos (gentios) entram pela primeira
vez na Igreja (8,26 - 11,18);
A mensagem de Cristo chega à Antioquia (11,19 seguintes);
Primeira viagem de Paulo leva o Evangelho a Chipre e Ásia Menor (13 -
14);
9. Na segunda e terceira viagens de Paulo, a Palavra de Jesus chega à
Macedônia e Grécia (15,36 - 18,22) e a Éfeso (18,23 - 21,17);
Finalmente a mensagem cristã chega a Roma (27 - 28), que, vista
desde Jerusalém, significa "os confins da terra" e Lucas pode encerrar
assim o seu livro;
Histórico da fundação dos primitivos núcleos de trabalhadores
cristão;
Descrição das atividades dos primeiros apóstolos do cristianismo;
Expansão da nova doutrina além das fronteiras judaicas.
Trata enfim, dos acontecimentos compreendidos entra a ascensão de
Jesus e a chegada de Paulo a Roma.
10. Após sepultamento do
corpo de Jesus no túmulo
pertencente José de
Arimateia, o fariseu, com
ajuda do próprio
Nicodemos, importante
doutor da lei.
O Mestre ressurge várias
vezes as mulheres, aos
discípulos e aos
seguidores.
11. A narrativa de Lucas ao seu amigo Teófilo (A
abertura do evangelho de Lucas confirma Teófilo seu
discípulo e companheiro, como sabemos Lucas
pertence à segunda geração dos discípulos, era uma
pessoa formada na cultura grega, tinha como
profissão a Medicina), inicia com ingênua pergunta
dos apóstolos: "Senhor é agora porventura, que
restabeleces o reino a Israel?"
Tal dúvida espelha enorme falta de compreensão dos
verdadeiros objetivos da missão terrena do Mestre
Jesus, disponibilizando condições para que o ser
humano evolua em conhecimento e em moralidade,
somente a sua doutrina, em toda a pureza, pode
exprimir esse pensamento. Por isso foi que ele
disse: Toda planta que meu Pai celestial não
plantou será arrancada. ”
A Gênese – Cap. 17, item 26.
12. A resposta do Mestre:A resposta do Mestre:
Um convite ao trabalho: "Sereis minhas testemunhas, tanto
em Jerusalém como em toda Judéia Samaria, até as
extremidades da Terra", tendo dito isto, elevou-se as alturas.
13. Depois disso Jesus apareceu novamente aos seus
discípulos, à margem do mar de Tiberíades.
Foi assim: Estavam juntos Simão Pedro; Tomé,
chamado Dídimo; Natanael, de Caná da Galileia; os filhos
de Zebedeu; e dois outros discípulos.
"Vou pescar", disse-lhes Simão Pedro. E eles disseram:
"Nós vamos com você". Eles foram e entraram no barco,
mas naquela noite não pegaram nada.
Ao amanhecer, Jesus estava na praia, mas os
discípulos não o reconheceram. Ele lhes perguntou: "Filhos,
vocês têm algo para comer?" Eles responderam que não.
Ele disse: "Lancem a rede do lado direito do barco e vocês
encontrarão". Eles a lançaram e não conseguia recolher a
rede, tal era a quantidade de peixes.
14. O discípulo a quem Jesus amava, disse a Pedro: "É o Senhor!"
Simão Pedro, ouvindo-o dizer isso, vestiu a capa, pois a havia tirado,
e lançou-se ao mar...
15. Quando Jesus iria convidar os doze homens percorrendo, aquele lago
tranqüilo, viu a frente dois irmãos, SIMÃO também chamado PEDRO e seu
irmão chamado ANDRÉ, eles estavam jogando as redes ao mar. - E JESUS
APROXIMANDO-SE DELES LHE DISSE: - “Vinde após mim, e eu vos farei
pescadores de homens”.
16. Eles o seguiram sem dúvida nenhuma, foram confiantes,
deixaram ali suas redes. Jesus iria ver dois outros irmãos, filhos
de Zebedeu e Salomé.
Salomé que era irmã de Maria, mãe de Jesus, portanto
primos dele tratava-se de TIAGO E JOÃO. E aproximando-se
deles, O MESTRE POR EXELÊNCIA lhes disse: - “FILHOS DE
ZEBEDEU, DESEJAIS PARTICIPAR DAS BOAS NOVAS COMIGO?”
Sem duvidar, eles também deixaram suas redes e o seguiram
assim JOÃO FOI CHAMADO O DISCÍPULO AMADO DO
MESTRE - era o mais novo, com apenas quatorze anos de
idade.
Contam os benfeitores espirituais, que JOÃO ajoelhou-se
aos pés de Jesus, beijando as suas mãos em lágrimas e TIAGO,
colocou a sua destra sobre o ombro de JESUS, eles iriam
trabalhar muito em harmonia na seara junto ao mestre Jesus.
17. E facilmente notável que durante esses 40 dias da sua permanência
entre os apóstolos, Mestre transmitiu-lhes ensinamentos básicos que os
transformaram profundamente. Isso ponto de fazer de Pedro, o mesmo que
agrediu Malco negou três vezes Mestre, extraordinário apóstolo do
Pentecostes, que após ter convertido 3.000 pessoas ao cristianismo,
desafiou serena e firmemente ódio do poderoso Sumo Sacerdote Chanan.
18. Profundos ensinamentos sobre os fenômenos
mediúnicos deve o Mestre ter transmitido. Os
apóstolos, principalmente Pedro, poucas
demonstrações deram das suas faculdades
mediúnicas até aquela época, mas partir daí, as
curas, as incorporações, as vidências,
clarividências, os fenômenos, notáveis de
xenoglossia (línguas) se multiplicaram
maravilhosamente, não passando um dia que não
ocorressem na vida daqueles trabalhadores.
Principalmente mediunidade de cura desenvolveu-
se de maneira tão grande que atraia milhões de
necessitados em busca dos benefícios.
19. Com a traição e, posteriormente, o suicídio de Judas, a equipe apostólica ficou
desfalcada. Por isso, a igreja, reunida em Jerusalém enquanto esperava o
cumprimento da promessa do Espírito, sob a liderança do apóstolo Pedro, percebeu
a necessidade de encontrar um substituto para ocupar a vaga deixada por Judas.
De acordo com Marshall (2008, p. 63-34). MARSHALL, I. H. Atos: introdução e comentário.
São Paulo: Vida Nova, 2008. (Série Cultura Cristã)
20. A fim de justificar a substituição de Judas, Pedro faz um
discurso, no qual cita duas passagens do Antigo Testamento. A
primeira delas, “Fique deserto o seu lugar, e não haja ninguém
que nele habite” (Sl 69.25 conforme At 1.20), é interpretada como
uma referência à maldição recaída sobre Judas e seus bens. O
segundo texto, “Que outro ocupe o seu lugar” (Sl 109.8 conforme
At 1.20), é citado para comprovar a necessidade de se restaurar
o círculo dos doze apóstolos.
Um desses homens chamava-se José Bar Sabas o quão
juntamente com Matias, outro discípulo. Eram os mais
adequados ao preenchimento da vaga, no quadro dos apóstolos
porque conheceram Mestre desde seu batismo por João ate
sua ascensão. Desde que ambos tinham idênticas condições,
realizou-se uma escolha "ao acaso", através de um sorteio,
tendo a "sorte" caído em Matias.
21. Eram transcorridas sete semanas após a Páscoa, e os agricultores de todas as
classes sociais abarrotavam as ruas levando aos ombros cestas repletas de frutas,
hortaliças e cereais para ofertarem ao Templo. Era a festa das primícias, onde os
primeiros frutos da temporada eram oferecidos para que a colheita fosse bem
sucedida naquele ano.
Noutro dia comemorar-se-ia também o Pentecostes, cinqüenta dias após a
Páscoa, em memória da saída dos judeus das terras do Egito e recebimento das
Tábuas da Lei.
22. Mas, para alguns galileus, homens rudes. Pescadores, que conversavam
no Templo acerca do Messias de Nazaré, este era um dia de expectativa. Sete
semanas se passaram depois da crucificação e seis dias após a ascensão. Os
acontecimentos previstos pelo Rabi estavam prestes a acontecer conforme
pressentiam, através da sensibilidade que crescia dentro de cada um,
assustadoramente naqueles últimos dias.
Dentre os galileus, um havia que se destacava: não pelo porte
avantajado e rude, mas sim pelas estórias que contava num dialeto estranho
e quase incompreensível para a maioria, mistura de aramaico e hebreu.
Dizia o galileu que o Carpinteiro de Nazaré crucificado a mando de
Herodes era nada mais nada menos do que o Messias prometido a Israel: que
após a sua morte ressurgira dentre os mortos permanecendo com os seus
discípulos; e que após 40 dias subira aos céus levado por anjos de Deus.
Alguns forasteiros que passavam, comentaram: — "Estão bêbados esses
homens".
Ouvindo tais comentários, o que parecia o chefe deles, chamado Simão
Bar Jonas, proferiu importante discurso. E todos se maravilharam porque
cada estrangeiro ouvia as palavras na sua própria língua. Disse o galileu:
Esses homens não estão embriagados, cumprem-se hoje as profecias de
Joel: "Vossos filhos profetizarão terão - visões e sonhos. Tal foi a inspiração
que envolveu o apostolo naquela manhã, que quase 3.000 pessoas quiseram
ser batizadas na nova crença. As responsabilidades aumentavam.
23. As notícias correram rapidamente, Os galileus e principalmente o
grandalhão Pedro, possuíam poderes estranhos recebidos do Rabi
crucificado. Um dia, adentravam Simão e Jochanan ao Templo,
quando se destaca da multidão um homem a se arrastar de joelhos
pedindo-lhes uma esmola. Neste instante Simão Pedro se transfigura
dizendo: — "Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, Isso lhe dou:
em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda".
E diante dos olhos assustados do aleijado e do silêncio da
multidão próxima, o galileu estende a mão, amparando o estropiado
que se ergue e anda.
Saindo o ex-aleijado a apregoar a graça recebida, maior multidão
acorreu ao local para ouvir o pescador que dizia: — "A fé em Jesus, foi
à salvação desse homem. Vós que crucificastes o Mestre arrependei-
vos e convertei-vos para que se apaguem os vossos pecados."
Juntamente com a grande multidão, os guardas do Templo
acorreram. E, apesar dos protestos da maioria presente, os dois
apóstolos foram presos e enviados ao cárcere.
24.
25. Naquela noite, na prisão, Simão e Jochanan preparam-se, espiritualmente para
suportarem as atribulações que viriam. Pela manhã as notícias chegaram aos ouvidos de
Chanan, exumo sacerdote, e do Sumo Sacerdote em exercício que quiseram vê-los.
Esperavam os príncipes dos sacerdotes que os galileus se amedrontassem diante deles,
assim como abandonaram o seu Rabi no dia da crucificação. Mas os apóstolos haviam
amadurecido pela dor, pela vergonha e pelas perseguições que já se iniciavam Diante dos
Sacerdotes. Comportaram-se com grande confiança, testemunhando o seu amor pelo Rabi
de Nazaré e afirmando que continuariam trabalhando pela divulgação da nova doutrina.
26. Simão Pedro recordou-se que negara ao Mestre em três oportunidades (Disse-lhe
Pedro: Ainda que sejas para todos uma pedra de tropeço, nunca o serás para mim.
Declarou-lhe Jesus: Em verdade te digo que esta noite, antes de cantar o galo, três vezes me
negarás. Replicou-lhe Pedro: Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum
modo te negarei. Todos os discípulos disseram o mesmo.) (Mateus 26:33-35) e não
desejava voltar a sentir, os remorsos que sentira.
A primeira negação, para uma criada do sumo-sacerdote, foi relatada por Lucas assim:
Prendendo-o, eles o levaram e introduziram na casa do sumo sacerdote; e Pedro ia
seguindo de longe. Eles, tendo-se acendido fogo no meio do pátio, sentaram-se e Pedro
sentou-se no meio deles. Uma criada, vendo-o sentado ao lume, o encarou e disse: Este
também estava com ele. - Mas Pedro negou, dizendo: Não o conheço, mulher. (Lucas 22:54-
57)
A segunda negação, para a mesma criada, foi relatada por Marcos:
E vendo-o a criada, tornou a dizer aos que ali estavam: Este é um deles. Mas de novo
o negou. (Marcos 14:69-70)
A terceira, agora para diversas pessoas, é mais enfática, pois acaba praguejando e
jurando em falso. Em Mateus:
Logo depois se aproximaram de Pedro os que ali estavam e disseram-lhe: Também tu
és certamente um deles, pois até a tua fala o revela. Então começou a praguejar e a
jurar: Não conheço esse homem. (Mateus 26:73-75)
Após esta derradeira negação, Jesus se vira para Pedro e ele relembra da
profecia e se arrepende. De acordo com Lucas:
Logo, estando ele ainda a falar, cantou o galo. Virando-se o Senhor, olhou para Pedro.
Pedro lembrou-se da palavra do Senhor, como lhe havia dito: Hoje antes de cantar o galo,
três vezes me negarás. E saindo, chorou amargamente. (Lucas 22:60-62)
https://pt.wikipedia.org
27.
28. Diante da sua própria impotência, o sumo
sacerdote resolveu libertá-los, ordenando porém
que não mais repetissem o nome do Messias e
dos seus "milagres". Ele ainda desconhecia a
força e a coragem daqueles pescadores de
almas.
Patrícia – 18/03/2017Patrícia – 18/03/2017