SlideShare uma empresa Scribd logo
Josi Motta
Na pintura e escultura:
Temas clássicos: romanos
ou gregos
Figuras vistas de longe
Expressões frias e neutras
Equilíbrio na distribuição
dos elementos
O rapto das Sabinas O Rapto das Sabinas, por Jacques
Louis David, 1796/99, óleo sobre tela, 330 X 425 cm
Arcadismo= Neoclassicismo
Em seu primeiro momento, os iluministas
conciliarão os interesses da burguesia com certas
parcelas da nobreza, através da celebração do
despotismo esclarecido - valorizando reis e
príncipes que se cercavam de sábios para gerir
os negócios público. Mas o aspecto
revolucionário do pensamento de Voltaire,
Montesquieu, Diderot e outros é a afirmação de
que todas as coisas podem ser compreendidas,
resolvidas e decididas pelo poder da razão.
Arcadismo e Iluminismo
O nome dessa escola é
uma referência à
Arcádia, região bucólica
do Peloponeso, na
Grécia, tida como ideal
de inspiração poética.
Princípios do Arcadismo
Fugere Urben (Fuga da Cidade) –
voltaram-se para a natureza;
Lócus amoenus (lugar ameno) – fugir da
agitação dos centros urbanos;
Carpe diem (aproveite o dia) –
aproveitar o tempo presente;
Áurea mediocritas (áurea
mediocridade) – louvação à vida
equilibrada, espontânea, humilde, em
contato com a natureza;
Inutilia truncat (cortem-se as
inutilidades) – linguagem simples e
objetiva.
Momento histórico: Brasil
O Brasil no século XVIII
• Centro econômico da Colônia deslocou-se do
Nordeste para o Sudeste (Vila Rica e Rio de Janeiro);
• Uma pequena burguesia letrada, faz ecoar na colônia
as idéias do Iluminismo francês;
• Influenciados pelo Iluminismo francês, pelos ideais da
Revolução Americana (1776) e admiradores de Marques de
Pombal;
• Inconfidência Mineira (1789).
Arcadismo no Brasil
Marco inicial: Publicação das "Obras", de Cláudio Manuel da
Costa e fundação da Arcádia Ultramarina, movimento
poético-literário que dá início ao Arcadismo, em 1768.
Principais autores e obras:
Poesia Épica
Cláudio Manuel da Costa (Villa Rica)
Santa Rita Durão (‘Caramuru’)
José Basílio da Gama (‘O Uraguai’)
Poesia Lírica
Tomás Antônio Gonzaga (‘As Liras de Marília de Dirceu’).
Cláudio Manuel da Costa (‘Obras’)
Vale destacar também: Silva Alvarenga e Alvarenga Peixoto
Poesia Satírica
Tomás Antônio Gonzaga (‘Cartas Chilenas’)
Características do Arcadismo Brasileiro
- inspiração nos modelos clássicos greco-latinos e renascentistas;
- apreço pelas formas fixas;
- mitologia pagã como elemento estético;
- pastoralismo: poetas simples e humildes;
- bucolismo: busca pelos valores da natureza;
- exaltação da pureza, da ingenuidade e da beleza;
- convencionalismo = repetição de termos desgastados;
- uso de pseudônimos.
Cláudio Manuel (Glauceste Satúrnio)
Nasceu em Mariana, MG, estudou no Rio de Janeiro e em
Coimbra. Em 1768, publicou ‘Obras’, livro de poemas
considerado o marco inicial do Arcadismo brasileiro.
Envolveu-se com a Inconfidência Mineira.
A poesia lírica é a parte mais representativa de sua obra,
principalmente os sonetos. Produziu o poema épico, Vila
Rica, publicado somente em 1839.
Sonetos XIV (trecho)
Quem deixa o trato pastoril amado
Pela ingrata, civil correspondência,
Ou desconhece o rosto da violência,
Ou do retiro a paz não tem provado.
Que bem é ver nos campos translado
No gênio do pastor, o da inocência!
E que mal é no trato, e na aparência
Ver sempre o cortesão dissimulado!
Tomás Antonio Gonzaga (Dirceu)
Nasceu em Minas Gerais, filho de Portugueses ligados à
mineração. Estudou humanidades no Rio de Janeiro e Direito
em Coimbra. Exerceu cargo de jurisdição em Vila Rica (atual
Ouro Preto), capital da capitania de Minas Gerais. Aí começou
sua amizade com Cláudio Manuel da Costa e seu romance com
Maria Joaquina Dorotéia de Seixas, que passaria a ser
identificada com A Marília de seus poemas.
Lira I
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado;
De tosco trato, d’expressões grosseiro,
Dos frios gelos, e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal, e nele assisto;
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!
"Cartas Chilenas“
Correspondem a uma coleção de doze cartas, poemas
satíricos que circularam em Vila Rica poucos antes da
Inconfidência Mineira. Assinadas por Critilo (Gonzaga),
habitante de Santiago do Chile (Vila Rica) e endereçadas a
Doroteu (Cláudio Manuel da Costa), residente em Madri.
Critilo narra os desmandos do governador chileno, o
Fanfarrão Minésio (Luís da Cunha Meneses).
Basílio da Gama
José Basílio da Gama era filho do capitão-mor, Manuel da
Costa Villas-Boas e de uma neta de Leonel da Gama
Belles, oficial da Colônia, de quem adotou o nome.
Estudou no Rio de Janeiro, no Colégio dos Jesuítas, mas
com a expulsão da Companhia de Jesus, já noviço,
transferiu-se para o Seminário Episcopal de São José.
O URAGUAI
Trecho em que é contada a morte da índia Lindóia, encontrada por
seu irmão Caitutu adormecida e com uma serpente enrolada ao
corpo.
"(...) Mais perto
Descobrem que se enrola no seu corpo
Verde serpente, e lhe passeia, e cinge
Pescoço e braços, e lhe lambe o seio.
Fogem de a ver assim, sobressaltados,
E param cheios de temor ao longe;
E nem se atrevem a chamá-la, e temem
Que desperte assustada, e irrite o monstro,
E fuja, e apresse no fugir a morte.
Porém o destro Caitutu, que teme
Do perigo da irmã, sem mais demora
Dobrou as pontas do arco, e quis três vezes
Soltar o tiro, e vacilou três vezes
Entre a ira e o temor. Enfim sacode
O arco e faz voar a aguda seta,
Que toca o peito de Lindóia, e fere
A serpente na testa, e a boca e os dentes
Frei José de Santa Rita Durão
Mineiro de Mariana, Minas Gerais. Sua obra consiste
basicamente no Caramuru, poema épico do descobrimento da
Bahia, que narra as aventuras de Diogo Álvares Correia.
Entre os personagens destacam-se: o português Diogo
Correia, o Caramuru; e as índias Moema e Paraguaçu. Moema
era apaixonada por Diogo, mas é Paraguaçu quem se casa com
ele. Quando os dois estão indo para Paris, Moema se lança ao
mar nadando atrás do navio e acaba morrendo afogada.
Caramuru
XLII
Perde o lume dos olhos, pasma e treme,
Pálida a cor, o aspecto moribundo;
Com mão já sem vigor, soltando o leme,
Entre as salsas escumas desce ao fundo.
Mas na onda do mar, que irado freme,
Tornando a aparecer desde o profundo,
-Ah! Diogo cruel! – disse com mágoa,
E, sem mais vista ser, sorveu-se n’água.
PARÓDIA ÁRCADE [ritmo ‘Além do Horizonte’]
Além do horizonte existe um lugar
Bonito e tranquilo
Pro pastor criar
La LaraLaraLaraLara Lala
La LaraLaraLaraLara Laralala
O Cláudio Manuel veio a escrever
Poema Vila Rica lá em Minas Gerais
Onde a poesia encontra a natureza
Seguindo os modelos gregos com certeza
Usar os pseudônimos pra assinar é lindo
E ele tá chegando, é o Arcadismo que vem vindo
Lirismo de pastores, vida simples, campo
Serão também chamados neoclássicos
Aproveitar o dia, ‘Carpe Diem’ na vida
Andar despreocupado sem saber se o depois vai chegar
Trazer também os épicos com bravura
Caramuru, O Uraguai, aventura
Se Marília vem comigo, o Dirceu me dá valor
Tomás Antônio, paraíso e amor
Se o governo é ruim pro povo, também tem que criticar
Cartas chilenas, os amigos, viva os dois
Além do horizonte existe um lugar
Bonito e tranquilo
Pro pastor criar
[2x]
La LaraLaraLaraLara Lala
La LaraLaraLaraLara Laralala
 Josi Motta

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Castro Alves - O Poeta dos Escravos
Castro Alves - O Poeta dos EscravosCastro Alves - O Poeta dos Escravos
Castro Alves - O Poeta dos Escravos
Evaí Oliveira
 
Simbolismo
SimbolismoSimbolismo
Simbolismo
Naldinho Amorim
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
Gleidson Luis
 
Literatura barroca
Literatura barrocaLiteratura barroca
Literatura barroca
daniel ferreira
 
Literatura - Barroco
Literatura - BarrocoLiteratura - Barroco
Literatura - BarrocoCrisBiagio
 
Romantismo no Brasil
Romantismo no BrasilRomantismo no Brasil
Romantismo no Brasil
CrisBiagio
 
arcadismo pdf.pdf
arcadismo pdf.pdfarcadismo pdf.pdf
arcadismo pdf.pdf
Sil Queiroz
 
Simbolismo
SimbolismoSimbolismo
Simbolismo
Andriane Cursino
 
O Barroco
O BarrocoO Barroco
O Barroco
Khatlen Lohanne
 
Parnasianismo
ParnasianismoParnasianismo
Parnasianismo
Cláudia Heloísa
 
Conhecendo a arte barroca
Conhecendo a arte barrocaConhecendo a arte barroca
Conhecendo a arte barrocaTereza Honoria
 
Literatura A Arte da Palavra
Literatura   A Arte da PalavraLiteratura   A Arte da Palavra
Literatura A Arte da PalavraCrisBiagio
 
Barroco em Portugal
Barroco em PortugalBarroco em Portugal
Barroco em Portugal
Andréia Peixoto
 
Cruz e Sousa
Cruz e SousaCruz e Sousa
Cruz e Sousa
Don Veneziani
 
Semana de Arte Moderna 1922
Semana de Arte Moderna 1922Semana de Arte Moderna 1922
Semana de Arte Moderna 1922seixasmarianas
 
Modernismo no Brasil
Modernismo no BrasilModernismo no Brasil
Modernismo no Brasil
alinesantana1422
 

Mais procurados (20)

Castro Alves - O Poeta dos Escravos
Castro Alves - O Poeta dos EscravosCastro Alves - O Poeta dos Escravos
Castro Alves - O Poeta dos Escravos
 
Simbolismo
SimbolismoSimbolismo
Simbolismo
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
Simbolismo
SimbolismoSimbolismo
Simbolismo
 
Literatura barroca
Literatura barrocaLiteratura barroca
Literatura barroca
 
Literatura - Barroco
Literatura - BarrocoLiteratura - Barroco
Literatura - Barroco
 
1 arcadismo power meire
1 arcadismo power meire 1 arcadismo power meire
1 arcadismo power meire
 
Romantismo no Brasil
Romantismo no BrasilRomantismo no Brasil
Romantismo no Brasil
 
arcadismo pdf.pdf
arcadismo pdf.pdfarcadismo pdf.pdf
arcadismo pdf.pdf
 
Simbolismo
SimbolismoSimbolismo
Simbolismo
 
O Barroco
O BarrocoO Barroco
O Barroco
 
Parnasianismo'
Parnasianismo'Parnasianismo'
Parnasianismo'
 
Parnasianismo
ParnasianismoParnasianismo
Parnasianismo
 
Conhecendo a arte barroca
Conhecendo a arte barrocaConhecendo a arte barroca
Conhecendo a arte barroca
 
Literatura A Arte da Palavra
Literatura   A Arte da PalavraLiteratura   A Arte da Palavra
Literatura A Arte da Palavra
 
Barroco em Portugal
Barroco em PortugalBarroco em Portugal
Barroco em Portugal
 
Cruz e Sousa
Cruz e SousaCruz e Sousa
Cruz e Sousa
 
Quinhentismo
Quinhentismo Quinhentismo
Quinhentismo
 
Semana de Arte Moderna 1922
Semana de Arte Moderna 1922Semana de Arte Moderna 1922
Semana de Arte Moderna 1922
 
Modernismo no Brasil
Modernismo no BrasilModernismo no Brasil
Modernismo no Brasil
 

Semelhante a Arcadismo

Arcadismo 2010
Arcadismo 2010Arcadismo 2010
Slide arcadismo[1]
Slide arcadismo[1]Slide arcadismo[1]
Slide arcadismo[1]
Luan Maciel
 
Arcadismo no Brasil
Arcadismo no BrasilArcadismo no Brasil
Arcadismo no Brasil
Bruna Wagner
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
Dilmara Faria
 
ARCADISMO.ppt
ARCADISMO.pptARCADISMO.ppt
ARCADISMO.ppt
RildeniceSantos
 
Aula 08 arcadismo no brasil
Aula 08   arcadismo no brasilAula 08   arcadismo no brasil
Aula 08 arcadismo no brasil
Jonatas Carlos
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
ArcadismoISJ
 
Arcadismo.ppt
Arcadismo.pptArcadismo.ppt
Arcadismo.ppt
MariaEmliaCosta1
 
LITERATURA: ARCADISMO OU NEOCLASSICISMO.pdf
LITERATURA: ARCADISMO OU NEOCLASSICISMO.pdfLITERATURA: ARCADISMO OU NEOCLASSICISMO.pdf
LITERATURA: ARCADISMO OU NEOCLASSICISMO.pdf
TicianeRibeiro2
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Os Maias de A a Z
Os Maias de A a ZOs Maias de A a Z
Os Maias de A a Z
lumigopereira
 
Arcadismo aula
Arcadismo aulaArcadismo aula
Arcadismo aula
Hellen Samantta
 
Arcadismo - CILP
Arcadismo - CILPArcadismo - CILP
Arcadismo - CILP
jasonrplima
 
Arcadismo - CILP
Arcadismo - CILPArcadismo - CILP
Arcadismo - CILP
jasonrplima
 
Arcadismo no Brasil - contexto, características, autores e obras
Arcadismo no Brasil - contexto, características, autores e obrasArcadismo no Brasil - contexto, características, autores e obras
Arcadismo no Brasil - contexto, características, autores e obras
Ricardo Leandro Flores Ricalde
 
Arcadismo aula profª mônica a. neves
Arcadismo aula profª mônica a. nevesArcadismo aula profª mônica a. neves
Arcadismo aula profª mônica a. neves
Mônica Almeida Neves
 

Semelhante a Arcadismo (20)

Arcadismo 2010
Arcadismo 2010Arcadismo 2010
Arcadismo 2010
 
Slide arcadismo[1]
Slide arcadismo[1]Slide arcadismo[1]
Slide arcadismo[1]
 
Arcadismo no Brasil
Arcadismo no BrasilArcadismo no Brasil
Arcadismo no Brasil
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
ARCADISMO.ppt
ARCADISMO.pptARCADISMO.ppt
ARCADISMO.ppt
 
Aula 08 arcadismo no brasil
Aula 08   arcadismo no brasilAula 08   arcadismo no brasil
Aula 08 arcadismo no brasil
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
Arcadismo.ppt
Arcadismo.pptArcadismo.ppt
Arcadismo.ppt
 
LITERATURA: ARCADISMO OU NEOCLASSICISMO.pdf
LITERATURA: ARCADISMO OU NEOCLASSICISMO.pdfLITERATURA: ARCADISMO OU NEOCLASSICISMO.pdf
LITERATURA: ARCADISMO OU NEOCLASSICISMO.pdf
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
Arcadismo Site
Arcadismo SiteArcadismo Site
Arcadismo Site
 
Arcadismo
ArcadismoArcadismo
Arcadismo
 
Os Maias de A a Z
Os Maias de A a ZOs Maias de A a Z
Os Maias de A a Z
 
Arcadismo aula
Arcadismo aulaArcadismo aula
Arcadismo aula
 
Arcadismo - CILP
Arcadismo - CILPArcadismo - CILP
Arcadismo - CILP
 
Arcadismo - CILP
Arcadismo - CILPArcadismo - CILP
Arcadismo - CILP
 
Arcadismo no Brasil - contexto, características, autores e obras
Arcadismo no Brasil - contexto, características, autores e obrasArcadismo no Brasil - contexto, características, autores e obras
Arcadismo no Brasil - contexto, características, autores e obras
 
Arcadismo 2.0
Arcadismo 2.0Arcadismo 2.0
Arcadismo 2.0
 
Arcadismo aula profª mônica a. neves
Arcadismo aula profª mônica a. nevesArcadismo aula profª mônica a. neves
Arcadismo aula profª mônica a. neves
 

Mais de Josi Motta

Alusões históricas-e-citações
Alusões históricas-e-citaçõesAlusões históricas-e-citações
Alusões históricas-e-citações
Josi Motta
 
Auto da compadecida
Auto da compadecidaAuto da compadecida
Auto da compadecida
Josi Motta
 
Além do ponto e outros contos novo - completo - inclusão de sob o céu de sa...
Além do ponto e outros contos   novo - completo - inclusão de sob o céu de sa...Além do ponto e outros contos   novo - completo - inclusão de sob o céu de sa...
Além do ponto e outros contos novo - completo - inclusão de sob o céu de sa...
Josi Motta
 
Olhos d'água autora-resumo-análise
Olhos d'água   autora-resumo-análiseOlhos d'água   autora-resumo-análise
Olhos d'água autora-resumo-análise
Josi Motta
 
Esaú e jacó
Esaú e jacóEsaú e jacó
Esaú e jacó
Josi Motta
 
Quarenta dias
Quarenta diasQuarenta dias
Quarenta dias
Josi Motta
 
Fernando pessoa
Fernando pessoaFernando pessoa
Fernando pessoa
Josi Motta
 
Pré modernismo
Pré modernismoPré modernismo
Pré modernismo
Josi Motta
 
Crônicas selecionadas nu, de botas - av2
Crônicas selecionadas   nu, de botas - av2Crônicas selecionadas   nu, de botas - av2
Crônicas selecionadas nu, de botas - av2
Josi Motta
 
Simbolismo
SimbolismoSimbolismo
Simbolismo
Josi Motta
 
Realismo narturalismo 2016
Realismo narturalismo 2016Realismo narturalismo 2016
Realismo narturalismo 2016
Josi Motta
 
Parnasianismo
ParnasianismoParnasianismo
Parnasianismo
Josi Motta
 
Crônicas selecionadas nu, de botas - av1
Crônicas selecionadas   nu, de botas - av1Crônicas selecionadas   nu, de botas - av1
Crônicas selecionadas nu, de botas - av1
Josi Motta
 
Trovadorismo humanismo
Trovadorismo humanismoTrovadorismo humanismo
Trovadorismo humanismo
Josi Motta
 
Romantismo - poesia - brasil
Romantismo - poesia - brasilRomantismo - poesia - brasil
Romantismo - poesia - brasil
Josi Motta
 
Redação geral final
Redação geral finalRedação geral final
Redação geral final
Josi Motta
 
A hora da estrela 2015
A hora da estrela 2015A hora da estrela 2015
A hora da estrela 2015
Josi Motta
 
Aulão udesc red e lit
Aulão udesc   red e litAulão udesc   red e lit
Aulão udesc red e lit
Josi Motta
 
A majestade do xingu
A majestade do xinguA majestade do xingu
A majestade do xingu
Josi Motta
 
Proposta subjetiva
Proposta subjetivaProposta subjetiva
Proposta subjetiva
Josi Motta
 

Mais de Josi Motta (20)

Alusões históricas-e-citações
Alusões históricas-e-citaçõesAlusões históricas-e-citações
Alusões históricas-e-citações
 
Auto da compadecida
Auto da compadecidaAuto da compadecida
Auto da compadecida
 
Além do ponto e outros contos novo - completo - inclusão de sob o céu de sa...
Além do ponto e outros contos   novo - completo - inclusão de sob o céu de sa...Além do ponto e outros contos   novo - completo - inclusão de sob o céu de sa...
Além do ponto e outros contos novo - completo - inclusão de sob o céu de sa...
 
Olhos d'água autora-resumo-análise
Olhos d'água   autora-resumo-análiseOlhos d'água   autora-resumo-análise
Olhos d'água autora-resumo-análise
 
Esaú e jacó
Esaú e jacóEsaú e jacó
Esaú e jacó
 
Quarenta dias
Quarenta diasQuarenta dias
Quarenta dias
 
Fernando pessoa
Fernando pessoaFernando pessoa
Fernando pessoa
 
Pré modernismo
Pré modernismoPré modernismo
Pré modernismo
 
Crônicas selecionadas nu, de botas - av2
Crônicas selecionadas   nu, de botas - av2Crônicas selecionadas   nu, de botas - av2
Crônicas selecionadas nu, de botas - av2
 
Simbolismo
SimbolismoSimbolismo
Simbolismo
 
Realismo narturalismo 2016
Realismo narturalismo 2016Realismo narturalismo 2016
Realismo narturalismo 2016
 
Parnasianismo
ParnasianismoParnasianismo
Parnasianismo
 
Crônicas selecionadas nu, de botas - av1
Crônicas selecionadas   nu, de botas - av1Crônicas selecionadas   nu, de botas - av1
Crônicas selecionadas nu, de botas - av1
 
Trovadorismo humanismo
Trovadorismo humanismoTrovadorismo humanismo
Trovadorismo humanismo
 
Romantismo - poesia - brasil
Romantismo - poesia - brasilRomantismo - poesia - brasil
Romantismo - poesia - brasil
 
Redação geral final
Redação geral finalRedação geral final
Redação geral final
 
A hora da estrela 2015
A hora da estrela 2015A hora da estrela 2015
A hora da estrela 2015
 
Aulão udesc red e lit
Aulão udesc   red e litAulão udesc   red e lit
Aulão udesc red e lit
 
A majestade do xingu
A majestade do xinguA majestade do xingu
A majestade do xingu
 
Proposta subjetiva
Proposta subjetivaProposta subjetiva
Proposta subjetiva
 

Último

LIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptx
LIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptxLIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptx
LIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptx
WelidaFreitas1
 
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
ValdineyRodriguesBez1
 
Fato X Opinião (Língua Portuguesa 9º Ano).pptx
Fato X Opinião (Língua Portuguesa 9º Ano).pptxFato X Opinião (Língua Portuguesa 9º Ano).pptx
Fato X Opinião (Língua Portuguesa 9º Ano).pptx
MariaFatima425285
 
Memorial do convento slides- português 2023
Memorial do convento slides- português 2023Memorial do convento slides- português 2023
Memorial do convento slides- português 2023
MatildeBrites
 
Caça-palavras ortografia M antes de P e B.
Caça-palavras    ortografia M antes de P e B.Caça-palavras    ortografia M antes de P e B.
Caça-palavras ortografia M antes de P e B.
Mary Alvarenga
 
Aula01 - ensino médio - (Filosofia).pptx
Aula01 - ensino médio - (Filosofia).pptxAula01 - ensino médio - (Filosofia).pptx
Aula01 - ensino médio - (Filosofia).pptx
kdn15710
 
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptxApresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
JulianeMelo17
 
PlanejamentoAnual_GEO_2024_EMPFG_FRCPA1MA_26-05-2024_09h47min.docx
PlanejamentoAnual_GEO_2024_EMPFG_FRCPA1MA_26-05-2024_09h47min.docxPlanejamentoAnual_GEO_2024_EMPFG_FRCPA1MA_26-05-2024_09h47min.docx
PlanejamentoAnual_GEO_2024_EMPFG_FRCPA1MA_26-05-2024_09h47min.docx
MatildesBraga1
 
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdfEspecialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
DanielCastro80471
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
RenanSilva991968
 
História Do Assaré - Prof. Francisco Leite
História Do Assaré - Prof. Francisco LeiteHistória Do Assaré - Prof. Francisco Leite
História Do Assaré - Prof. Francisco Leite
profesfrancleite
 
Química orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptxQuímica orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptx
KeilianeOliveira3
 
EJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdf
EJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdfEJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdf
EJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdf
Escola Municipal Jesus Cristo
 
Sinais de pontuação
Sinais de pontuaçãoSinais de pontuação
Sinais de pontuação
Mary Alvarenga
 
livro da EJA - 2a ETAPA - 4o e 5o ano. para análise do professorpdf
livro da EJA - 2a ETAPA - 4o e 5o ano. para análise do professorpdflivro da EJA - 2a ETAPA - 4o e 5o ano. para análise do professorpdf
livro da EJA - 2a ETAPA - 4o e 5o ano. para análise do professorpdf
Escola Municipal Jesus Cristo
 
Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...
Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...
Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...
Luana Neres
 
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da AlemanhaUnificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
Acrópole - História & Educação
 
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptx
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptxSlides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptx
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdfPowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
1000a
 
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e MateusAtividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
Mary Alvarenga
 

Último (20)

LIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptx
LIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptxLIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptx
LIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptx
 
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
 
Fato X Opinião (Língua Portuguesa 9º Ano).pptx
Fato X Opinião (Língua Portuguesa 9º Ano).pptxFato X Opinião (Língua Portuguesa 9º Ano).pptx
Fato X Opinião (Língua Portuguesa 9º Ano).pptx
 
Memorial do convento slides- português 2023
Memorial do convento slides- português 2023Memorial do convento slides- português 2023
Memorial do convento slides- português 2023
 
Caça-palavras ortografia M antes de P e B.
Caça-palavras    ortografia M antes de P e B.Caça-palavras    ortografia M antes de P e B.
Caça-palavras ortografia M antes de P e B.
 
Aula01 - ensino médio - (Filosofia).pptx
Aula01 - ensino médio - (Filosofia).pptxAula01 - ensino médio - (Filosofia).pptx
Aula01 - ensino médio - (Filosofia).pptx
 
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptxApresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
 
PlanejamentoAnual_GEO_2024_EMPFG_FRCPA1MA_26-05-2024_09h47min.docx
PlanejamentoAnual_GEO_2024_EMPFG_FRCPA1MA_26-05-2024_09h47min.docxPlanejamentoAnual_GEO_2024_EMPFG_FRCPA1MA_26-05-2024_09h47min.docx
PlanejamentoAnual_GEO_2024_EMPFG_FRCPA1MA_26-05-2024_09h47min.docx
 
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdfEspecialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
 
História Do Assaré - Prof. Francisco Leite
História Do Assaré - Prof. Francisco LeiteHistória Do Assaré - Prof. Francisco Leite
História Do Assaré - Prof. Francisco Leite
 
Química orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptxQuímica orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptx
 
EJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdf
EJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdfEJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdf
EJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdf
 
Sinais de pontuação
Sinais de pontuaçãoSinais de pontuação
Sinais de pontuação
 
livro da EJA - 2a ETAPA - 4o e 5o ano. para análise do professorpdf
livro da EJA - 2a ETAPA - 4o e 5o ano. para análise do professorpdflivro da EJA - 2a ETAPA - 4o e 5o ano. para análise do professorpdf
livro da EJA - 2a ETAPA - 4o e 5o ano. para análise do professorpdf
 
Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...
Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...
Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...
 
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da AlemanhaUnificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
 
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptx
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptxSlides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptx
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptx
 
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdfPowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
 
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e MateusAtividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
 

Arcadismo

  • 2.
  • 3. Na pintura e escultura: Temas clássicos: romanos ou gregos Figuras vistas de longe Expressões frias e neutras Equilíbrio na distribuição dos elementos O rapto das Sabinas O Rapto das Sabinas, por Jacques Louis David, 1796/99, óleo sobre tela, 330 X 425 cm Arcadismo= Neoclassicismo
  • 4. Em seu primeiro momento, os iluministas conciliarão os interesses da burguesia com certas parcelas da nobreza, através da celebração do despotismo esclarecido - valorizando reis e príncipes que se cercavam de sábios para gerir os negócios público. Mas o aspecto revolucionário do pensamento de Voltaire, Montesquieu, Diderot e outros é a afirmação de que todas as coisas podem ser compreendidas, resolvidas e decididas pelo poder da razão. Arcadismo e Iluminismo
  • 5. O nome dessa escola é uma referência à Arcádia, região bucólica do Peloponeso, na Grécia, tida como ideal de inspiração poética.
  • 6. Princípios do Arcadismo Fugere Urben (Fuga da Cidade) – voltaram-se para a natureza; Lócus amoenus (lugar ameno) – fugir da agitação dos centros urbanos; Carpe diem (aproveite o dia) – aproveitar o tempo presente; Áurea mediocritas (áurea mediocridade) – louvação à vida equilibrada, espontânea, humilde, em contato com a natureza; Inutilia truncat (cortem-se as inutilidades) – linguagem simples e objetiva.
  • 7. Momento histórico: Brasil O Brasil no século XVIII • Centro econômico da Colônia deslocou-se do Nordeste para o Sudeste (Vila Rica e Rio de Janeiro); • Uma pequena burguesia letrada, faz ecoar na colônia as idéias do Iluminismo francês; • Influenciados pelo Iluminismo francês, pelos ideais da Revolução Americana (1776) e admiradores de Marques de Pombal; • Inconfidência Mineira (1789).
  • 8. Arcadismo no Brasil Marco inicial: Publicação das "Obras", de Cláudio Manuel da Costa e fundação da Arcádia Ultramarina, movimento poético-literário que dá início ao Arcadismo, em 1768. Principais autores e obras: Poesia Épica Cláudio Manuel da Costa (Villa Rica) Santa Rita Durão (‘Caramuru’) José Basílio da Gama (‘O Uraguai’) Poesia Lírica Tomás Antônio Gonzaga (‘As Liras de Marília de Dirceu’). Cláudio Manuel da Costa (‘Obras’) Vale destacar também: Silva Alvarenga e Alvarenga Peixoto Poesia Satírica Tomás Antônio Gonzaga (‘Cartas Chilenas’)
  • 9. Características do Arcadismo Brasileiro - inspiração nos modelos clássicos greco-latinos e renascentistas; - apreço pelas formas fixas; - mitologia pagã como elemento estético; - pastoralismo: poetas simples e humildes; - bucolismo: busca pelos valores da natureza; - exaltação da pureza, da ingenuidade e da beleza; - convencionalismo = repetição de termos desgastados; - uso de pseudônimos.
  • 10. Cláudio Manuel (Glauceste Satúrnio) Nasceu em Mariana, MG, estudou no Rio de Janeiro e em Coimbra. Em 1768, publicou ‘Obras’, livro de poemas considerado o marco inicial do Arcadismo brasileiro. Envolveu-se com a Inconfidência Mineira. A poesia lírica é a parte mais representativa de sua obra, principalmente os sonetos. Produziu o poema épico, Vila Rica, publicado somente em 1839.
  • 11. Sonetos XIV (trecho) Quem deixa o trato pastoril amado Pela ingrata, civil correspondência, Ou desconhece o rosto da violência, Ou do retiro a paz não tem provado. Que bem é ver nos campos translado No gênio do pastor, o da inocência! E que mal é no trato, e na aparência Ver sempre o cortesão dissimulado!
  • 12. Tomás Antonio Gonzaga (Dirceu) Nasceu em Minas Gerais, filho de Portugueses ligados à mineração. Estudou humanidades no Rio de Janeiro e Direito em Coimbra. Exerceu cargo de jurisdição em Vila Rica (atual Ouro Preto), capital da capitania de Minas Gerais. Aí começou sua amizade com Cláudio Manuel da Costa e seu romance com Maria Joaquina Dorotéia de Seixas, que passaria a ser identificada com A Marília de seus poemas.
  • 13. Lira I Eu, Marília, não sou algum vaqueiro, Que viva de guardar alheio gado; De tosco trato, d’expressões grosseiro, Dos frios gelos, e dos sóis queimado. Tenho próprio casal, e nele assisto; Dá-me vinho, legume, fruta, azeite; Das brancas ovelhinhas tiro o leite, E mais as finas lãs, de que me visto. Graças, Marília bela, Graças à minha Estrela!
  • 14. "Cartas Chilenas“ Correspondem a uma coleção de doze cartas, poemas satíricos que circularam em Vila Rica poucos antes da Inconfidência Mineira. Assinadas por Critilo (Gonzaga), habitante de Santiago do Chile (Vila Rica) e endereçadas a Doroteu (Cláudio Manuel da Costa), residente em Madri. Critilo narra os desmandos do governador chileno, o Fanfarrão Minésio (Luís da Cunha Meneses).
  • 15. Basílio da Gama José Basílio da Gama era filho do capitão-mor, Manuel da Costa Villas-Boas e de uma neta de Leonel da Gama Belles, oficial da Colônia, de quem adotou o nome. Estudou no Rio de Janeiro, no Colégio dos Jesuítas, mas com a expulsão da Companhia de Jesus, já noviço, transferiu-se para o Seminário Episcopal de São José.
  • 16. O URAGUAI Trecho em que é contada a morte da índia Lindóia, encontrada por seu irmão Caitutu adormecida e com uma serpente enrolada ao corpo. "(...) Mais perto Descobrem que se enrola no seu corpo Verde serpente, e lhe passeia, e cinge Pescoço e braços, e lhe lambe o seio. Fogem de a ver assim, sobressaltados, E param cheios de temor ao longe; E nem se atrevem a chamá-la, e temem Que desperte assustada, e irrite o monstro, E fuja, e apresse no fugir a morte. Porém o destro Caitutu, que teme Do perigo da irmã, sem mais demora Dobrou as pontas do arco, e quis três vezes Soltar o tiro, e vacilou três vezes Entre a ira e o temor. Enfim sacode O arco e faz voar a aguda seta, Que toca o peito de Lindóia, e fere A serpente na testa, e a boca e os dentes
  • 17. Frei José de Santa Rita Durão Mineiro de Mariana, Minas Gerais. Sua obra consiste basicamente no Caramuru, poema épico do descobrimento da Bahia, que narra as aventuras de Diogo Álvares Correia. Entre os personagens destacam-se: o português Diogo Correia, o Caramuru; e as índias Moema e Paraguaçu. Moema era apaixonada por Diogo, mas é Paraguaçu quem se casa com ele. Quando os dois estão indo para Paris, Moema se lança ao mar nadando atrás do navio e acaba morrendo afogada.
  • 18. Caramuru XLII Perde o lume dos olhos, pasma e treme, Pálida a cor, o aspecto moribundo; Com mão já sem vigor, soltando o leme, Entre as salsas escumas desce ao fundo. Mas na onda do mar, que irado freme, Tornando a aparecer desde o profundo, -Ah! Diogo cruel! – disse com mágoa, E, sem mais vista ser, sorveu-se n’água.
  • 19. PARÓDIA ÁRCADE [ritmo ‘Além do Horizonte’] Além do horizonte existe um lugar Bonito e tranquilo Pro pastor criar La LaraLaraLaraLara Lala La LaraLaraLaraLara Laralala O Cláudio Manuel veio a escrever Poema Vila Rica lá em Minas Gerais Onde a poesia encontra a natureza Seguindo os modelos gregos com certeza Usar os pseudônimos pra assinar é lindo E ele tá chegando, é o Arcadismo que vem vindo Lirismo de pastores, vida simples, campo Serão também chamados neoclássicos
  • 20. Aproveitar o dia, ‘Carpe Diem’ na vida Andar despreocupado sem saber se o depois vai chegar Trazer também os épicos com bravura Caramuru, O Uraguai, aventura Se Marília vem comigo, o Dirceu me dá valor Tomás Antônio, paraíso e amor Se o governo é ruim pro povo, também tem que criticar Cartas chilenas, os amigos, viva os dois Além do horizonte existe um lugar Bonito e tranquilo Pro pastor criar [2x] La LaraLaraLaraLara Lala La LaraLaraLaraLara Laralala  Josi Motta