O Arcadismo no Brasil se desenvolveu no século XVIII influenciado pelos ideais do Iluminismo francês e caracterizou-se pela inspiração nos modelos clássicos, exaltação da natureza, uso de pseudônimos e formas fixas na poesia. Autores como Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga, Basílio da Gama e Santa Rita Durão escreveram obras importantes desse período como "Obras", "As Liras de Marília de Dirceu", "O Uraguai" e "Car
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Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e MateusMary Alvarenga
A música 'Tem Que Sorrir', da dupla sertaneja Jorge & Mateus, é um apelo à reflexão sobre a simplicidade e a importância dos sentimentos positivos na vida. A letra transmite uma mensagem de superação, esperança e otimismo. Ela destaca a importância de enfrentar as adversidades da vida com um sorriso no rosto, mesmo quando a jornada é difícil.
3. Na pintura e escultura:
Temas clássicos: romanos
ou gregos
Figuras vistas de longe
Expressões frias e neutras
Equilíbrio na distribuição
dos elementos
O rapto das Sabinas O Rapto das Sabinas, por Jacques
Louis David, 1796/99, óleo sobre tela, 330 X 425 cm
Arcadismo= Neoclassicismo
4. Em seu primeiro momento, os iluministas
conciliarão os interesses da burguesia com certas
parcelas da nobreza, através da celebração do
despotismo esclarecido - valorizando reis e
príncipes que se cercavam de sábios para gerir
os negócios público. Mas o aspecto
revolucionário do pensamento de Voltaire,
Montesquieu, Diderot e outros é a afirmação de
que todas as coisas podem ser compreendidas,
resolvidas e decididas pelo poder da razão.
Arcadismo e Iluminismo
5. O nome dessa escola é
uma referência à
Arcádia, região bucólica
do Peloponeso, na
Grécia, tida como ideal
de inspiração poética.
6. Princípios do Arcadismo
Fugere Urben (Fuga da Cidade) –
voltaram-se para a natureza;
Lócus amoenus (lugar ameno) – fugir da
agitação dos centros urbanos;
Carpe diem (aproveite o dia) –
aproveitar o tempo presente;
Áurea mediocritas (áurea
mediocridade) – louvação à vida
equilibrada, espontânea, humilde, em
contato com a natureza;
Inutilia truncat (cortem-se as
inutilidades) – linguagem simples e
objetiva.
7. Momento histórico: Brasil
O Brasil no século XVIII
• Centro econômico da Colônia deslocou-se do
Nordeste para o Sudeste (Vila Rica e Rio de Janeiro);
• Uma pequena burguesia letrada, faz ecoar na colônia
as idéias do Iluminismo francês;
• Influenciados pelo Iluminismo francês, pelos ideais da
Revolução Americana (1776) e admiradores de Marques de
Pombal;
• Inconfidência Mineira (1789).
8. Arcadismo no Brasil
Marco inicial: Publicação das "Obras", de Cláudio Manuel da
Costa e fundação da Arcádia Ultramarina, movimento
poético-literário que dá início ao Arcadismo, em 1768.
Principais autores e obras:
Poesia Épica
Cláudio Manuel da Costa (Villa Rica)
Santa Rita Durão (‘Caramuru’)
José Basílio da Gama (‘O Uraguai’)
Poesia Lírica
Tomás Antônio Gonzaga (‘As Liras de Marília de Dirceu’).
Cláudio Manuel da Costa (‘Obras’)
Vale destacar também: Silva Alvarenga e Alvarenga Peixoto
Poesia Satírica
Tomás Antônio Gonzaga (‘Cartas Chilenas’)
9. Características do Arcadismo Brasileiro
- inspiração nos modelos clássicos greco-latinos e renascentistas;
- apreço pelas formas fixas;
- mitologia pagã como elemento estético;
- pastoralismo: poetas simples e humildes;
- bucolismo: busca pelos valores da natureza;
- exaltação da pureza, da ingenuidade e da beleza;
- convencionalismo = repetição de termos desgastados;
- uso de pseudônimos.
10. Cláudio Manuel (Glauceste Satúrnio)
Nasceu em Mariana, MG, estudou no Rio de Janeiro e em
Coimbra. Em 1768, publicou ‘Obras’, livro de poemas
considerado o marco inicial do Arcadismo brasileiro.
Envolveu-se com a Inconfidência Mineira.
A poesia lírica é a parte mais representativa de sua obra,
principalmente os sonetos. Produziu o poema épico, Vila
Rica, publicado somente em 1839.
11. Sonetos XIV (trecho)
Quem deixa o trato pastoril amado
Pela ingrata, civil correspondência,
Ou desconhece o rosto da violência,
Ou do retiro a paz não tem provado.
Que bem é ver nos campos translado
No gênio do pastor, o da inocência!
E que mal é no trato, e na aparência
Ver sempre o cortesão dissimulado!
12. Tomás Antonio Gonzaga (Dirceu)
Nasceu em Minas Gerais, filho de Portugueses ligados à
mineração. Estudou humanidades no Rio de Janeiro e Direito
em Coimbra. Exerceu cargo de jurisdição em Vila Rica (atual
Ouro Preto), capital da capitania de Minas Gerais. Aí começou
sua amizade com Cláudio Manuel da Costa e seu romance com
Maria Joaquina Dorotéia de Seixas, que passaria a ser
identificada com A Marília de seus poemas.
13. Lira I
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado;
De tosco trato, d’expressões grosseiro,
Dos frios gelos, e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal, e nele assisto;
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!
14. "Cartas Chilenas“
Correspondem a uma coleção de doze cartas, poemas
satíricos que circularam em Vila Rica poucos antes da
Inconfidência Mineira. Assinadas por Critilo (Gonzaga),
habitante de Santiago do Chile (Vila Rica) e endereçadas a
Doroteu (Cláudio Manuel da Costa), residente em Madri.
Critilo narra os desmandos do governador chileno, o
Fanfarrão Minésio (Luís da Cunha Meneses).
15. Basílio da Gama
José Basílio da Gama era filho do capitão-mor, Manuel da
Costa Villas-Boas e de uma neta de Leonel da Gama
Belles, oficial da Colônia, de quem adotou o nome.
Estudou no Rio de Janeiro, no Colégio dos Jesuítas, mas
com a expulsão da Companhia de Jesus, já noviço,
transferiu-se para o Seminário Episcopal de São José.
16. O URAGUAI
Trecho em que é contada a morte da índia Lindóia, encontrada por
seu irmão Caitutu adormecida e com uma serpente enrolada ao
corpo.
"(...) Mais perto
Descobrem que se enrola no seu corpo
Verde serpente, e lhe passeia, e cinge
Pescoço e braços, e lhe lambe o seio.
Fogem de a ver assim, sobressaltados,
E param cheios de temor ao longe;
E nem se atrevem a chamá-la, e temem
Que desperte assustada, e irrite o monstro,
E fuja, e apresse no fugir a morte.
Porém o destro Caitutu, que teme
Do perigo da irmã, sem mais demora
Dobrou as pontas do arco, e quis três vezes
Soltar o tiro, e vacilou três vezes
Entre a ira e o temor. Enfim sacode
O arco e faz voar a aguda seta,
Que toca o peito de Lindóia, e fere
A serpente na testa, e a boca e os dentes
17. Frei José de Santa Rita Durão
Mineiro de Mariana, Minas Gerais. Sua obra consiste
basicamente no Caramuru, poema épico do descobrimento da
Bahia, que narra as aventuras de Diogo Álvares Correia.
Entre os personagens destacam-se: o português Diogo
Correia, o Caramuru; e as índias Moema e Paraguaçu. Moema
era apaixonada por Diogo, mas é Paraguaçu quem se casa com
ele. Quando os dois estão indo para Paris, Moema se lança ao
mar nadando atrás do navio e acaba morrendo afogada.
18. Caramuru
XLII
Perde o lume dos olhos, pasma e treme,
Pálida a cor, o aspecto moribundo;
Com mão já sem vigor, soltando o leme,
Entre as salsas escumas desce ao fundo.
Mas na onda do mar, que irado freme,
Tornando a aparecer desde o profundo,
-Ah! Diogo cruel! – disse com mágoa,
E, sem mais vista ser, sorveu-se n’água.
19. PARÓDIA ÁRCADE [ritmo ‘Além do Horizonte’]
Além do horizonte existe um lugar
Bonito e tranquilo
Pro pastor criar
La LaraLaraLaraLara Lala
La LaraLaraLaraLara Laralala
O Cláudio Manuel veio a escrever
Poema Vila Rica lá em Minas Gerais
Onde a poesia encontra a natureza
Seguindo os modelos gregos com certeza
Usar os pseudônimos pra assinar é lindo
E ele tá chegando, é o Arcadismo que vem vindo
Lirismo de pastores, vida simples, campo
Serão também chamados neoclássicos
20. Aproveitar o dia, ‘Carpe Diem’ na vida
Andar despreocupado sem saber se o depois vai chegar
Trazer também os épicos com bravura
Caramuru, O Uraguai, aventura
Se Marília vem comigo, o Dirceu me dá valor
Tomás Antônio, paraíso e amor
Se o governo é ruim pro povo, também tem que criticar
Cartas chilenas, os amigos, viva os dois
Além do horizonte existe um lugar
Bonito e tranquilo
Pro pastor criar
[2x]
La LaraLaraLaraLara Lala
La LaraLaraLaraLara Laralala
Josi Motta