Este documento apresenta um roteiro sobre economia solidária, abordando:
1. A definição de economia solidária e seus princípios fundamentais de cooperação, autogestão e solidariedade.
2. A origem da economia solidária no contexto da revolução industrial e da crise do emprego na década de 1980.
3. Exemplos de experiências de economia solidária no Brasil, como organizações coletivas e grupos informais de pequenos produtores.
I Seminário de etnodesenvolvimento e economia solidária de Juiz de Fora e RegiãoPaulo de Oliveira
Rede de etnodesenvolvimento e economia solidária de Juiz de Fora e Região. Conceitos de território, autogestão,cooperativismo, redes e empreendimentos solidárioas. A linha do tempo das práticas de economia solidária.
Organizações cooperativistas espalhadas por seis estados brasileiros se unem formando uma cadeia de empreendimentos solidários para a confecção de roupas com algodão agroecológico.
Texto apresentado pelo prof Gabriel Kraychte no Seminário Internacional Economia Popular e Solidária, organizado pelo Instituto Nacional de Economia Popular e Solidária - INEPS, órgão vinculado ao Ministério de Inclusão Econômica e Social do Equador.
O texto busca identificar elementos teóricos e práticos que contribuam para a formulação de políticas capazes de promover as condições necessárias à sustentabilidade dos empreendimentos econômicos associativos. Admitindo-se que não existe uma produção em geral e que os indicadores não são neutros, discute-se o que se quer efetivamente viabilizar, (re)produzir e aferir quando se fala em sustentabilidade e em escala dos empreendimentos da economia popular solidária.
Apresentação desenvolvida para o curso Básico do BROffice.org Calc, Curso do MEC Proinfo aplicado aos profissionais da educação na DRE de Planaltina - DF, Brasil.
I Seminário de etnodesenvolvimento e economia solidária de Juiz de Fora e RegiãoPaulo de Oliveira
Rede de etnodesenvolvimento e economia solidária de Juiz de Fora e Região. Conceitos de território, autogestão,cooperativismo, redes e empreendimentos solidárioas. A linha do tempo das práticas de economia solidária.
Organizações cooperativistas espalhadas por seis estados brasileiros se unem formando uma cadeia de empreendimentos solidários para a confecção de roupas com algodão agroecológico.
Texto apresentado pelo prof Gabriel Kraychte no Seminário Internacional Economia Popular e Solidária, organizado pelo Instituto Nacional de Economia Popular e Solidária - INEPS, órgão vinculado ao Ministério de Inclusão Econômica e Social do Equador.
O texto busca identificar elementos teóricos e práticos que contribuam para a formulação de políticas capazes de promover as condições necessárias à sustentabilidade dos empreendimentos econômicos associativos. Admitindo-se que não existe uma produção em geral e que os indicadores não são neutros, discute-se o que se quer efetivamente viabilizar, (re)produzir e aferir quando se fala em sustentabilidade e em escala dos empreendimentos da economia popular solidária.
Apresentação desenvolvida para o curso Básico do BROffice.org Calc, Curso do MEC Proinfo aplicado aos profissionais da educação na DRE de Planaltina - DF, Brasil.
Livro produzido pelo Coletivo de Formação em Economia Solidária do Forum Brasileiro de Economia Solidária, regional Nordeste. Trata-se de sistematização das atividades realizadas pelo coletivo em todos os estados nordestinos
ECONOMÍA SOLIDARIA: La economía
al servicio de las personas. - Mucha gente pequeña en muchos lugares pequeños
hará cosas pequeñas que transformarán el mundo. (de la sabiduría africana)
Abordando temáticas de interesse actual e de relevo sobretudo para Organizações e Profissionais do Terceiro Sector e Economia Social e Solidária, mas transversais a Empresas e Organismos Públicos, conta com cerca de 40 páginas, temática por edição, quadricomia, periodicidade semestral e distribuição gratuita junto de 3.250 contactos institucionais (numa abordagem integrada multi-stakeholders) em formato papel e PDF no site www.dianova.pt e outros Media & Redes Sociais (Blog Dianova, Facebook, LinkedIn, Twitter, Slideshare, ISSUU, Plaxo e The Star Tracker).
ExpoGestão 2020 - Gino Oyamada - Governança na empresa familiar: a construção...ExpoGestão
Para as empresas serem sustentáveis, socialmente responsáveis e lucrativas, não basta acompanhar as mudanças; é preciso prever movimentos, tomar decisões, revisitar estratégias. Se a máxima já é desafiadora para as organizações em geral, para empresas familiares o é ainda mais. Além dos eventuais conflitos entre gerações, devidos a formações e opiniões divergentes quanto à gestão da empresa, os laços de família muitas vezes se entremeiam com os cargos, em um “arranjograma” corporativo da árvore genealógica.
Perito em governança, gestão e gente, Gino Oyamada defende que o ponto nevrálgico é a criação de uma boa governança – que priorize conhecimento, competência, transparência, responsabilidade, visão de futuro e adoção de melhores práticas de gestão. Com a desenvoltura gerada por vasta experiência no tema, Gino enfatiza a importância de estabelecer acordos que separem propriedade de gestão, diferenciem o que é a remuneração do capital do trabalho e dos conselheiros e definam papéis e responsabilidades – dentre outras dicas, sob medida, para a comunidade ExpoGestão.
Palestra: Responsabilidade Social Corporativa - Georges Blanc ExpoGestão
Palestra "Responsabilidade Social Corporativa: Estratégia Empresarial e Bem-Estar Humano." realizada por Georges Blanc (Professor Emeritus HEC-Paris
Associado a Fundação Dom Cabral) na ExpoGestão 2013 - Joinville SC
“CIDADANIA CORPORATIVA - Estratégias bem-sucedidas para empresas responsáveis” Ivana Cavalcante
Considerações sobre o livro “CIDADANIA CORPORATIVA - Estratégias bem-sucedidas para empresas responsáveis”; apresentadas a disciplina complementar de graduação Fundamentos da Responsabilidade Social e Desenvolvimento Sustentável. Docente: Marislei Ribeiro. Acadêmica: Ivana Cavalcante.
Semelhante a PEC-EJA: Experiências em Economia Solidária (Módulo 2) (20)
PEC-EJA: Experiências em Economia Solidária (Módulo 2)
1. Experiências em
Economia Solidária
Financiador: SESU / SECAD / MEC
Executor: DER, DPE, DCS, CRP/UFV
11 e 12 de Fevereiro de 2012.
Prof. Antônio Carlos Miranda
Prof. Altair Dias de Moura
2. Roteiro
1. O que é Economia Solidária (ES)?
2. Origem da ES.
3. A ES no Brasil.
4. Tipologia das experiências de geração de renda.
5. O empreendimento e o empreendedor.
6. O processo empreendedor.
7. Características do comportamento empreendedor.
8. Empreendedores refugiados.
9. Tipos de refugiados.
10. Variação no estilo de fazer negócio.
11. Tendências gerais da ES.
12. ES e os empreendimentos.
13. O solidarismo empreendedor.
14. Contrastes entre a ES e os empreendimentos capitalistas.
15. Círculos de desenvolvimentos dos EES
16. O fator “C”.
17. Benefícios da ES.
18. Potencial educativo da ES.
19. Desafios da ES.
20. Exemplos de experiências em ES.
3. O que é Economia Solidária (ES)?
O conjunto de atividades econômicas – de
produção, distribuição, consumo, poupança e
crédito – organizadas e realizadas por
trabalhadores de forma coletiva e autogestionária.
Este conceito explica os valores e principíos
fundamentais da ES: cooperação, autogestão,
solidariedade e ação econômica.
4. O que é Economia Solidária (ES)?
Autogestão + Solidarização de capital;
Existem diferentes terminologias para
referir-se a esse fenômeno;
Em muitas circunstâncias ocorre o uso
inadequado dos termos, principalmente por
desconhecimento.
5. A origem da ES.
Contexto Mundial - Revolução Industrial (origem da
empresa “moderna” vinculando tecnologia com objetivo
de lucro) + desenvolvimento do capitalismo;
Do ponto de vista dos objetivos e das finalidades:
produção e maximização dos lucros;
Contexto nacional - Crise do emprego na década de
1980;
Se o desemprego acaba perde-se a perspectiva quanto
ao aumento do número de práticas de ES?
6. A ES no Brasil.
Uma resposta importante dos trabalhadores em relação
às transformações ocorridas no mercado de trabalho;
Existem organizações coletivas tais como associações
e cooperativas;
Existem, ainda, grupos informais de pequenos
produtores ou prestadores de serviços - individuais e
familiares -, que trabalham em separado mas que
compram insumos, processam e comercializam seus
produtos de forma coletiva.
7. Tipologia das experiências de geração de renda.
Projetos assistenciais meios de sobrevivência
emergenciais, atenuam as condições precárias de
vida material; transitórios, geram apenas efeitos
imediatos e permanecem dependentes de agentes
externos
Projetos promocionais formas de subsistência
provêem as necessidades básicas, via produção
para autoconsumo ou geração de renda
complementar; não logram acumulação e tendem à
insolvência na falta de novos aportes externos
Projetos alternativos empreendimentos solidários
logram algum nível de acumulação e crescimento;
mediante planificação e investimentos, alcançam
estabilidade mínima e chances de viabilidade;
requerem o desenvolvimento de uma nova
racionalidade econômica
8. O empreendedorismo e o empreendedor.
O ato de empreender está relacionado à:
Identificação, análise e implementação de oportunidades de
negócio;
Foco na inovação e na criação de valor ;
Novas empresas, empresas estabelecidas, organizações com
enfoque social e entidades de natureza governamental;
O empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e
cria um negócio para capitalizar sobre ela;
Avaliação dos riscos e da possibilidade de fracasso.
9. O processo empreendedor.
O processo empreendedor inicia-se quando
fatores externos, ambientais e sociais aliados às
aptidões pessoais do empreendedor surgem,
possibilitando o início de um novo negócio.
20. • Independência e autoconfiança
Srs passageiros a má notícia é que o piloto teve um infarto, a
boa é que vou tentar pousar o avião !
21. Empreendedores refugiados
O empreendedor não é somente aquele
indivíduo que abre uma empresa, mas também
aquele que empreendem para escapar de alguns
fatores ambientais.
A este tipo de empreendedor convencionou-se
chamar de “Refugiado”, conforme nomenclatura
adotada por Knight (1980).
22. Tipos de refugiados
Refugiado estrangeiro;
Refugiado corporativo;
Refugiado dos pais;
Refugiado do lar;
Refugiada feminista;
Refugiado social;
Refugiado educacional.
(Knight, 1980)
23. Variação no estilo de fazer negócios
O estilo de fazer negócios dos empreendedores segue um
continuum em que dois padrões básicos estão nas
extremidades. (Smith, 1967)
O empreendedor artesão: habilidades técnicas e pequenos
conhecimentos de gestão. Sua abordagem quanto ao
processo decisório se caracteriza por:
• Orientação de curto prazo;
• Centralização;
• Poucas fontes de capital na abertura da empresa;
• Marketing – preço, qualidade e reputação;
• Esforço de vendas basicamente por motivos pessoais.
24. Variação no estilo de fazer negócios
O empreendedor oportunista: com educação técnica mais
estudos orientados para assuntos mais amplos, como
administração, economia, legislação e línguas.
Sua abordagem quanto ao processo decisório se caracteriza
por:
• Evitar o paternalismo;
• Delegar autoridade as pessoas;
• Estratégias de marketing e esforços de venda mais variados;
• Obter capitalização original de várias fontes;
• Crescimento futuro planejado;
• Utilizar sistemas de registro e controle, orçamento apropriado, oferta
precisa e pesquisa sistemática de mercado. (Smith, 1967)
25. Movimentos
Sociais
Empresas
autogestionárias Cooperativas
EES
Redes
Feiras
Associações
Centrais
de produtores
Grupos
Comunitários
Entidades Estado
Civis
Fonte: Grupo de Pesquisa em Economia Solidária - UNISINOS
26. Tendências gerais da ES.
Crescimento numérico expressivo dos empreendimentos
associativos de cunho econômico
Alterações no perfil dos empreendimentos
diversificação de atividades, composição social e atores
sociais envolvidos neste campo;
reordenamento dos segmentos predominantes;
Realidade dinâmica, ambivalente e contraditória
experiências de economia autenticamente popular e solidária;
inexistente interdependência econômica: débil integração
solidária;
Descaminhos.
27. ES e os empreendimentos.
Setores produtivos:
Agropecuária;
Industria;
Serviços.
Formas de organização:
Grupos informais;
Associações e cooperativas;
Microempresas.
Origens:
Laços familiares;
Vínculos comunitários;
Empresas em situação falimentar;
Entidades de classe;
Movimentos sociais .
28. O solidarismo empreendedor.
Idealismo
Empreendimentos
Espírito Econômicos Espírito
Solidário Solidários Empresarial
Realismo
– gerenciamento
– propriedade social – planejamento
– cooperação – capacitação
– democracia – eficiência
– autogestão – viabilidade econômica
Fonte: Grupo de Pesquisa em Economia Solidária – UNISINOS.
29. Contraste entre a ES e as empresas capitalistas .
Capital a serviço do trabalho;
Igualdade frente aos meios de produção;
Superação estrutural da subordinação do
trabalhador;
Vínculo entre as dimensões social e econômica;
Presença da ética na esfera econômica.
30. Circuitos de desenvolvimento dos EES.
Gestão partilhada:
Inibe a divisão social do trabalho e práticas não igualitárias;
Eleva o grau de comprometimento dos trabalhadores e
promove a confiança mútua;
Dispõe ao zelo no trabalho e à eficiência produtiva.
O trabalho partilhado:
Converte a divisão técnica em assunto de gestão,
estimulando a criatividade e valorizando competências;
Favorece a polivalência e a flexibilidade no trabalho;
Estimula a participação nos processos decisórios.
Os vínculos externos:
Reforço da identidade grupal e da legitimidade social;
Capitalização de dividendos políticos e econômicos.
31. O fator “C”: cooperação, comunidade, coletividade,
colaboração...
“Consiste no fato de que um elemento comunitário, de ação
e gestão conjunta, cooperativa e solidária, apresente no
interior dessas unidades econômicas efeitos tangíveis e
concretos sobre o resultado da operação econômica.
Efeitos concretos e específicos nos quais se possa
discernir uma particular produtividade dada pela
presença e crescimento do referido elemento comunitário,
análoga à produtividade que distingue e pela qual se
reconhecem os demais fatores econômicos.”
RAZETO, Luis. “Economia de solidariedade e organização popular”. In: GADOTTI,
Moacir e GUTIÉRREZ, Francisco (Orgs.) (1993). Educação comunitária e economia
popular. São Paulo: Cortez, pp.40-41 (Col. Questões da Nossa Época, 25)
32. Benefícios da ES.
Sobrevivência imediata;
Subsistência material;
Aumento da renda familiar;
Reinserção social;
Reativação da vida comunitária;
Qualificação técnica e profissional;
Desenvolvimento da autogestão e do espírito democrático;
Participação na sociedade;
Consciência social e política.
33. Potencial educativo da ES.
O aprendizado fica com os trabalhadores;
O aprendizado é compartilhamento;
O protagonismo dota as práticas de
significado;
Os significados geram vivência comprometida
com relações de solidariedade;
Os educandos tornam-se SUJEITOS de sua
educação.
34. Desafios da ES.
Integração econômica entre os EES;
Estruturas de escoamento, comercialização e troca;
Espaços comuns de formação, debate e
intercâmbio;
Política de suportes financeiros;
Geração e disseminação de tecnologias
apropriadas;
Alternativas adequadas à formalização dos EES.
35. Exemplos: O caso do Estado de Tocantins.
Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares –
ITCP’s.
Premissas:
Com o cooperado e não para cooperado (educação dialógica);
Interferência do técnico na velocidade e ritmo da incubação;
veracidade dos diagnósticos realizados;
feedback - a cooperativa precisa “ver” e “sentir” os resultados
do trabalho de incubação.
Metodologia de incubação é operacionalizada em três
eixos:
Legislação (LEG),
Viabilidade Econômico-Financeira (LEG) e;
Capacitação/Desenvolvimento Humano (CDH).
36. O caso da Corporación Cooperativa Mondragón - MCC.
O sacerdote José María Arizmendiarrieta
ensinava o pensamento cristão aplicado à vida
real e princípios como:
Democracia, Solidariedade, autogestão e educação.
O sacerdote acreditava que a associação entre
educação cristã e conhecimento técnico;
Pregava idéias como “hay de socializar el
saber para democratizar el poder” .
37. O caso da Corporación Cooperativa Mondragón - MCC.
Seus pensamentos guiam muitas das decisões
estratégicas e de gestão praticadas até hoje, tais como:
Planejamento estratégico e definição do modelo organizacional;
Criação de departamentos de P&D;
Aumento da sinergia entre as organizações;
Barateamento do custo do capital;
Melhora de eficiência e competência em acordo com os princípios
básicos do cooperativismo: solidariedade, inter-cooperação e
transformação social;
A diversificação existente de produto nas agrupações setoriais se
torna importante estrategicamente para a realização de relações
horizontais e verticais.
38. O caso da Associação das Costureiras do Bairro Uruguai.
As cooperadas são oriundas do antigo “polo têxtil”
criado na região e passaram anos exercendo
funções dentro de uma cadeia produtiva fabril.
“A Ascosi começou a dez anos, com 22
associados. Registramos o grupo com 14 pessoas
e, por algum tempo, chegamos a ficar com apenas
duas”, diz a presidente Marlene Assis.
39. O caso da Associação das Costureiras do Bairro Uruguai.
A dupla jornada das cooperadas.
E nem todas se entregam totalmente às tarefas, por
sempre estarem atrás de algo melhor.
A questão do associativismo se espraia por outras
linhas, que vão desde o uso de ferramentas de
gestão, falta de infraestrutura para produção
continua, e, ausência no grupo de alguém que
entenda e realize “design de produtos”.