1) O documento discute a cura interior, que tem como objetivo libertar os cristãos de bloqueios emocionais e padrões de comportamento negativos para que possam viver uma vida abundante como prometida por Jesus.
2) É importante avaliar criticamente as teorias e técnicas da cura interior para identificar influências não-bíblicas, já que algumas adotam modelos psicológicos seculares e anti-bíblicos da natureza humana.
3) A cura do interior do homem é uma premissa bíblic
O documento descreve um curso de Psicologia Pastoral que aborda diversos temas, incluindo o que é Psicologia Pastoral, seus desafios e aplicabilidade no ministério pastoral. O curso é oferecido à distância pelo Seminário Teológico Dom Egmont Machado - SETEK e tem como objetivo fornecer conhecimentos psicológicos para a prática pastoral e auxiliar o desenvolvimento espiritual e das atividades pastorais.
Este documento discute a importância de Jesus Cristo como mestre espiritual para médiuns, propondo seis etapas de aprendizagem para os médiuns modelarem Jesus e desenvolverem virtudes como amor, mansidão e humildade. Também aborda como influências ambientes podem afetar o estado emocional das pessoas e a importância de manter uma "sintonia saudável" através de pensamentos positivos. Por fim, explica o que é um passe magnético e como a fé e o merecimento do paciente são fatores-chave
A espiritualidade está relacionada à respiração, conexão com sistemas como Deus e natureza para encontrar significado, e é extremamente pessoal. A espiritualidade e fé podem melhorar a saúde de pacientes reduzindo pressão arterial e estresse cirúrgico, e melhorando o tratamento de câncer e imunidade em pacientes com AIDS. Cuidar das necessidades espirituais de um paciente significa cuidar da pessoa como um todo.
O documento apresenta uma breve história da Psicologia Pastoral, desde suas origens até o século XX. Aborda os principais precursores como Anton Boisen e Oskar Pfister, assim como as principais teorias que influenciaram o campo, como a psicanálise de Jung. Também discute o desenvolvimento da psicologia pastoral no contexto do pós-guerra e a necessidade de diálogo entre teologia e psicologia.
Este artigo analisa como as igrejas neopentecostais influenciam a visão de saúde, doença e cura de seus fiéis. Observando cultos e entrevistando membros de uma igreja, percebeu-se que o discurso da igreja fornece sentido e ajuda com problemas diários. A doença é vista como ação demoníaca e a cura requer exorcismo. Além disso, os rituais de cura da igreja e a consulta médica são vistos como quase excludentes.
O documento discute como a saúde do corpo está ligada à saúde espiritual e mental. Aponta que a espiritualidade está ligada ao bem-estar físico e mental através da influência das emoções no DNA e no princípio do holismo de que o todo é maior que a soma das partes. Também aborda o papel histórico dos xamãs na cura espiritual e física e estudos que ligam espiritualidade a melhores resultados de saúde.
O documento discute a relação entre saúde, espiritualidade e ciência. Afirma que religião e ciência não se contradizem, desde que se tenha uma visão completa. A medicina teossomática propõe que a saúde depende não só de genes e atitudes, mas também de emoções, pensamentos e relacionamentos. Ela lista dez princípios como participação religiosa, prece coletiva e caridade.
O documento discute a integração entre medicina e espiritualidade para ampliar os caminhos de cura do espírito. Ele aborda a separação histórica entre ciência e religião, a necessidade de mudança de paradigma para uma abordagem mais holística e multidimensional da saúde, e as bases científicas para a relação entre espiritualidade e bem-estar.
O documento descreve um curso de Psicologia Pastoral que aborda diversos temas, incluindo o que é Psicologia Pastoral, seus desafios e aplicabilidade no ministério pastoral. O curso é oferecido à distância pelo Seminário Teológico Dom Egmont Machado - SETEK e tem como objetivo fornecer conhecimentos psicológicos para a prática pastoral e auxiliar o desenvolvimento espiritual e das atividades pastorais.
Este documento discute a importância de Jesus Cristo como mestre espiritual para médiuns, propondo seis etapas de aprendizagem para os médiuns modelarem Jesus e desenvolverem virtudes como amor, mansidão e humildade. Também aborda como influências ambientes podem afetar o estado emocional das pessoas e a importância de manter uma "sintonia saudável" através de pensamentos positivos. Por fim, explica o que é um passe magnético e como a fé e o merecimento do paciente são fatores-chave
A espiritualidade está relacionada à respiração, conexão com sistemas como Deus e natureza para encontrar significado, e é extremamente pessoal. A espiritualidade e fé podem melhorar a saúde de pacientes reduzindo pressão arterial e estresse cirúrgico, e melhorando o tratamento de câncer e imunidade em pacientes com AIDS. Cuidar das necessidades espirituais de um paciente significa cuidar da pessoa como um todo.
O documento apresenta uma breve história da Psicologia Pastoral, desde suas origens até o século XX. Aborda os principais precursores como Anton Boisen e Oskar Pfister, assim como as principais teorias que influenciaram o campo, como a psicanálise de Jung. Também discute o desenvolvimento da psicologia pastoral no contexto do pós-guerra e a necessidade de diálogo entre teologia e psicologia.
Este artigo analisa como as igrejas neopentecostais influenciam a visão de saúde, doença e cura de seus fiéis. Observando cultos e entrevistando membros de uma igreja, percebeu-se que o discurso da igreja fornece sentido e ajuda com problemas diários. A doença é vista como ação demoníaca e a cura requer exorcismo. Além disso, os rituais de cura da igreja e a consulta médica são vistos como quase excludentes.
O documento discute como a saúde do corpo está ligada à saúde espiritual e mental. Aponta que a espiritualidade está ligada ao bem-estar físico e mental através da influência das emoções no DNA e no princípio do holismo de que o todo é maior que a soma das partes. Também aborda o papel histórico dos xamãs na cura espiritual e física e estudos que ligam espiritualidade a melhores resultados de saúde.
O documento discute a relação entre saúde, espiritualidade e ciência. Afirma que religião e ciência não se contradizem, desde que se tenha uma visão completa. A medicina teossomática propõe que a saúde depende não só de genes e atitudes, mas também de emoções, pensamentos e relacionamentos. Ela lista dez princípios como participação religiosa, prece coletiva e caridade.
O documento discute a integração entre medicina e espiritualidade para ampliar os caminhos de cura do espírito. Ele aborda a separação histórica entre ciência e religião, a necessidade de mudança de paradigma para uma abordagem mais holística e multidimensional da saúde, e as bases científicas para a relação entre espiritualidade e bem-estar.
O documento discute aspectos históricos e conceituais da relação entre saúde mental e espiritualidade. Apresenta brevemente como as crenças e práticas espirituais sempre foram importantes para a maioria das sociedades e como os estudos sobre o tema vêm crescendo. Também aborda a evolução histórica dos conceitos, desde Hipócrates e Galeno na antiguidade até os mitos sobre o conflito entre religião e psiquiatria.
Este documento discute o conceito de assistência espiritual no Espiritismo e como ela ocorre. Ele explica que a assistência espiritual é o trabalho realizado por espíritos superiores, com a ajuda de médiuns, para auxiliar mentes desequilibradas no seu reequilíbrio físico e espiritual. Também descreve como as sessões de assistência espiritual são preparadas pelos espíritos e como o passe espírita é utilizado para proporcionar reequilíbrio aos assistidos.
O documento discute a relação entre medicina e espiritualidade. Apresenta estudos que mostram que fatores como suporte social, ambiente familiar e orações à distância podem influenciar resultados de saúde como incidência de câncer, complicações cardíacas e taxas de gestação. Também reflete sobre a natureza do eu e a unidade entre corpo, mente e consciência.
O documento discute vários tópicos da psicologia da religião, incluindo: 1) a definição de psicologia da religião e religião; 2) as teorias de Freud, Jung e Allport sobre a experiência religiosa; 3) os estágios da conversão religiosa incluindo inquietação, crise e paz interior.
2011porquepesquisassaudeespiritualidadeMario Peres
1) O documento discute a importância da pesquisa sobre a relação entre saúde e espiritualidade. 2) Muitos pacientes se identificam como religiosos e gostariam que sua espiritualidade fosse considerada no tratamento. 3) A religião pode influenciar o enfrentamento da doença e isolamento social quando internados, bem como decisões médicas.
O documento fornece orientações sobre liderança de adolescentes para capelães. Aborda a psicologia do adolescente, suas necessidades em diferentes idades, dicas para entendê-los melhor e métodos de Cristo como ensinar cada um individualmente. Também discute estilos de liderança, como autocrático, liberal e democrático-participativo.
Este documento discute os achados científicos sobre a relação entre espiritualidade e saúde. Estudos mostram que pessoas espiritualizadas tendem a viver mais, ter hábitos mais saudáveis e sofrer menos de doenças. A física quântica sugere que a consciência pode influenciar o corpo de maneiras não determinísticas. A espiritualidade pode ser despertada através da sensibilização, experimentação respeitosa e inspiração no amor divino.
Roteiro para Assistência Espiritual nas Casas EspíritasGevluz de Luz
Este documento discute a assistência espiritual, definida como um conjunto de atividades organizadas para proporcionar reequilíbrio espiritual à coletividade. A assistência é fundamentada na ajuda de espíritos benfeitores e ocorre na casa espírita através de atividades como recepção, atendimento, passe e irradiação. A assistência deve favorecer o crescimento individual sem ostentação ou expectativa de retribuição.
O documento discute as reuniões de tratamento espiritual, afirmando que embora tenham trazido benefícios, seu objetivo principal não é a cura física, mas a elevação moral. Aponta problemas como o despreparo de dirigentes e a substituição do estudo sério pela imaginação. Defende que as melhores reuniões de tratamento são as de estudo do Evangelho, onde impera a razão em vez do misticismo.
O documento discute diferentes abordagens de aconselhamento pastoral integracionista que combinam princípios bíblicos e psicanalíticos. Apresenta métodos como ouvir atentamente, identificar traumas e distúrbios emocionais, e mudar pensamentos e comportamentos problemáticos para alcançar o objetivo de crescimento espiritual e semelhança com Cristo. Também reflete sobre como os traumas afetam a vida dos fiéis e como a Bíblia lida com situações de angústia.
O documento discute o conceito de passe espírita, definindo-o como uma transfusão de energias psíquicas e espirituais de um indivíduo para outro. Explica que o passe objetiva o reequilíbrio do paciente nos níveis orgânico, psíquico, perispiritual e espiritual, bem como a melhoria moral do passista.
O documento discute o modelo de aconselhamento pastoral centrado em libertação e crescimento proposto por Howard J. Clinibell. O modelo enfatiza a integralidade humana e o objetivo de libertar pessoas através da poimênica na comunidade de fé e do aconselhamento pastoral para promover seu crescimento. Clinibell fornece definições e orientações sobre como aplicar técnicas de aconselhamento e realizar ensaios de realidade para treinar estudantes de teologia.
[1] A cura espiritual envolve tratamentos médicos convencionais e espirituais para curar problemas físicos, emocionais e espirituais. [2] Os centros espíritas realizam triagem, consulta e tratamentos como desobsessão e passes para cada caso. [3] Desenvolver virtudes como humildade, compreensão, perdão, caridade, amor, fé e gratidão torna a pessoa mais receptiva à cura espiritual.
O documento discute o conceito de aconselhamento pastoral na Teologia Prática. Apresenta as origens platônicas do conceito de cura de almas e como isso influenciou a abordagem ocidental. Também discute a concepção bíblica do Antigo Testamento, que não separa mente, alma e corpo. Por fim, define aconselhamento pastoral como uma dimensão da vida comunitária cristã, envolvendo elementos litúrgicos, catequéticos, de missão e diaconia.
1) O documento discute as diferentes categorias de espíritas descritas por Allan Kardec, incluindo espíritas experimentadores, espíritas imperfeitos e espíritas verdadeiros ou cristãos.
2) Argumenta que a crença na vida espiritual só transforma a pessoa se leva a uma vida melhor e mais bondosa.
3) Defende que o Espiritualismo Cristão e Humanitário, baseado na moral evangélica, é a âncora para a salvação da humanidade e transformação gradual da sociedade.
A influência da espiritualidade e religiosidade no processo de tratamento de ...universitária
- Os pacientes oncológicos buscam estratégias como a espiritualidade e religiosidade para lidar com o diagnóstico e tratamento do câncer, encontrando nisso conforto e esperança.
- É importante que a equipe de saúde considere os aspectos espirituais e religiosos dos pacientes para um atendimento holístico.
- A espiritualidade e religiosidade podem ajudar os pacientes a enfrentarem a doença e manter a fé na cura.
O documento discute conceitos da psicologia da religião como o estudo objetivo do fenômeno religioso e a reação de Schleiermacher contra interpretações intelectualistas da natureza da religião. Também aborda definições de religião por autores como Frazer e conceitos primitivos como o animismo de Edward Tylor.
O documento discute as enfermidades psicossomáticas e a importância da Palavra de Deus para o bem-estar humano. Ele explica que a doença faz parte da nossa existência devido ao pecado, mas que temos a promessa de um corpo transformado. Também destaca que as doenças mentais não devem ser confundidas com possessão demoníaca e que a esquizofrenia é uma das mais graves, exigindo apoio da igreja para os pacientes e famílias.
O documento descreve a religião brasileira Santo Daime, fundada por Raimundo Irineu Serra na década de 1930. O Santo Daime utiliza o chá ayahuasca em seus rituais com o objetivo de cura espiritual e incorpora crenças como reencarnação. A cura no Santo Daime é vista como um processo espiritual ligado ao merecimento, onde doenças são resultados de ações passadas.
Tcc a articulação entre psicologia e religiãoAviner Viana
Este trabalho apresenta uma articulação entre psicologia e religião. Primeiro, define religião e descreve as principais formas históricas como politeísmo e monoteísmo, incluindo exemplos como o judaísmo, cristianismo e islamismo. Segundo, mostra como pensadores da psicologia como Freud e Jung analisaram a religião e sua importância para o desenvolvimento humano. Conclui que psicologia e religião, juntas, podem auxiliar o homem em seu desenvolvimento espiritual e compreensão de si mesmo e do mundo.
Este documento discute vários tópicos da psicologia da religião, incluindo a definição do campo, história, interpretações psicológicas do fenômeno religioso por Freud, Jung e Allport, assim como experiências religiosas como conversão, oração, adoração e misticismo.
Estude teologia para conhecer a Deus, Jesus e o Espírito Santo mais profundamente, defender a fé cristã, e desenvolver uma espiritualidade centrada em Cristo no poder do Espírito.
O documento discute aspectos históricos e conceituais da relação entre saúde mental e espiritualidade. Apresenta brevemente como as crenças e práticas espirituais sempre foram importantes para a maioria das sociedades e como os estudos sobre o tema vêm crescendo. Também aborda a evolução histórica dos conceitos, desde Hipócrates e Galeno na antiguidade até os mitos sobre o conflito entre religião e psiquiatria.
Este documento discute o conceito de assistência espiritual no Espiritismo e como ela ocorre. Ele explica que a assistência espiritual é o trabalho realizado por espíritos superiores, com a ajuda de médiuns, para auxiliar mentes desequilibradas no seu reequilíbrio físico e espiritual. Também descreve como as sessões de assistência espiritual são preparadas pelos espíritos e como o passe espírita é utilizado para proporcionar reequilíbrio aos assistidos.
O documento discute a relação entre medicina e espiritualidade. Apresenta estudos que mostram que fatores como suporte social, ambiente familiar e orações à distância podem influenciar resultados de saúde como incidência de câncer, complicações cardíacas e taxas de gestação. Também reflete sobre a natureza do eu e a unidade entre corpo, mente e consciência.
O documento discute vários tópicos da psicologia da religião, incluindo: 1) a definição de psicologia da religião e religião; 2) as teorias de Freud, Jung e Allport sobre a experiência religiosa; 3) os estágios da conversão religiosa incluindo inquietação, crise e paz interior.
2011porquepesquisassaudeespiritualidadeMario Peres
1) O documento discute a importância da pesquisa sobre a relação entre saúde e espiritualidade. 2) Muitos pacientes se identificam como religiosos e gostariam que sua espiritualidade fosse considerada no tratamento. 3) A religião pode influenciar o enfrentamento da doença e isolamento social quando internados, bem como decisões médicas.
O documento fornece orientações sobre liderança de adolescentes para capelães. Aborda a psicologia do adolescente, suas necessidades em diferentes idades, dicas para entendê-los melhor e métodos de Cristo como ensinar cada um individualmente. Também discute estilos de liderança, como autocrático, liberal e democrático-participativo.
Este documento discute os achados científicos sobre a relação entre espiritualidade e saúde. Estudos mostram que pessoas espiritualizadas tendem a viver mais, ter hábitos mais saudáveis e sofrer menos de doenças. A física quântica sugere que a consciência pode influenciar o corpo de maneiras não determinísticas. A espiritualidade pode ser despertada através da sensibilização, experimentação respeitosa e inspiração no amor divino.
Roteiro para Assistência Espiritual nas Casas EspíritasGevluz de Luz
Este documento discute a assistência espiritual, definida como um conjunto de atividades organizadas para proporcionar reequilíbrio espiritual à coletividade. A assistência é fundamentada na ajuda de espíritos benfeitores e ocorre na casa espírita através de atividades como recepção, atendimento, passe e irradiação. A assistência deve favorecer o crescimento individual sem ostentação ou expectativa de retribuição.
O documento discute as reuniões de tratamento espiritual, afirmando que embora tenham trazido benefícios, seu objetivo principal não é a cura física, mas a elevação moral. Aponta problemas como o despreparo de dirigentes e a substituição do estudo sério pela imaginação. Defende que as melhores reuniões de tratamento são as de estudo do Evangelho, onde impera a razão em vez do misticismo.
O documento discute diferentes abordagens de aconselhamento pastoral integracionista que combinam princípios bíblicos e psicanalíticos. Apresenta métodos como ouvir atentamente, identificar traumas e distúrbios emocionais, e mudar pensamentos e comportamentos problemáticos para alcançar o objetivo de crescimento espiritual e semelhança com Cristo. Também reflete sobre como os traumas afetam a vida dos fiéis e como a Bíblia lida com situações de angústia.
O documento discute o conceito de passe espírita, definindo-o como uma transfusão de energias psíquicas e espirituais de um indivíduo para outro. Explica que o passe objetiva o reequilíbrio do paciente nos níveis orgânico, psíquico, perispiritual e espiritual, bem como a melhoria moral do passista.
O documento discute o modelo de aconselhamento pastoral centrado em libertação e crescimento proposto por Howard J. Clinibell. O modelo enfatiza a integralidade humana e o objetivo de libertar pessoas através da poimênica na comunidade de fé e do aconselhamento pastoral para promover seu crescimento. Clinibell fornece definições e orientações sobre como aplicar técnicas de aconselhamento e realizar ensaios de realidade para treinar estudantes de teologia.
[1] A cura espiritual envolve tratamentos médicos convencionais e espirituais para curar problemas físicos, emocionais e espirituais. [2] Os centros espíritas realizam triagem, consulta e tratamentos como desobsessão e passes para cada caso. [3] Desenvolver virtudes como humildade, compreensão, perdão, caridade, amor, fé e gratidão torna a pessoa mais receptiva à cura espiritual.
O documento discute o conceito de aconselhamento pastoral na Teologia Prática. Apresenta as origens platônicas do conceito de cura de almas e como isso influenciou a abordagem ocidental. Também discute a concepção bíblica do Antigo Testamento, que não separa mente, alma e corpo. Por fim, define aconselhamento pastoral como uma dimensão da vida comunitária cristã, envolvendo elementos litúrgicos, catequéticos, de missão e diaconia.
1) O documento discute as diferentes categorias de espíritas descritas por Allan Kardec, incluindo espíritas experimentadores, espíritas imperfeitos e espíritas verdadeiros ou cristãos.
2) Argumenta que a crença na vida espiritual só transforma a pessoa se leva a uma vida melhor e mais bondosa.
3) Defende que o Espiritualismo Cristão e Humanitário, baseado na moral evangélica, é a âncora para a salvação da humanidade e transformação gradual da sociedade.
A influência da espiritualidade e religiosidade no processo de tratamento de ...universitária
- Os pacientes oncológicos buscam estratégias como a espiritualidade e religiosidade para lidar com o diagnóstico e tratamento do câncer, encontrando nisso conforto e esperança.
- É importante que a equipe de saúde considere os aspectos espirituais e religiosos dos pacientes para um atendimento holístico.
- A espiritualidade e religiosidade podem ajudar os pacientes a enfrentarem a doença e manter a fé na cura.
O documento discute conceitos da psicologia da religião como o estudo objetivo do fenômeno religioso e a reação de Schleiermacher contra interpretações intelectualistas da natureza da religião. Também aborda definições de religião por autores como Frazer e conceitos primitivos como o animismo de Edward Tylor.
O documento discute as enfermidades psicossomáticas e a importância da Palavra de Deus para o bem-estar humano. Ele explica que a doença faz parte da nossa existência devido ao pecado, mas que temos a promessa de um corpo transformado. Também destaca que as doenças mentais não devem ser confundidas com possessão demoníaca e que a esquizofrenia é uma das mais graves, exigindo apoio da igreja para os pacientes e famílias.
O documento descreve a religião brasileira Santo Daime, fundada por Raimundo Irineu Serra na década de 1930. O Santo Daime utiliza o chá ayahuasca em seus rituais com o objetivo de cura espiritual e incorpora crenças como reencarnação. A cura no Santo Daime é vista como um processo espiritual ligado ao merecimento, onde doenças são resultados de ações passadas.
Tcc a articulação entre psicologia e religiãoAviner Viana
Este trabalho apresenta uma articulação entre psicologia e religião. Primeiro, define religião e descreve as principais formas históricas como politeísmo e monoteísmo, incluindo exemplos como o judaísmo, cristianismo e islamismo. Segundo, mostra como pensadores da psicologia como Freud e Jung analisaram a religião e sua importância para o desenvolvimento humano. Conclui que psicologia e religião, juntas, podem auxiliar o homem em seu desenvolvimento espiritual e compreensão de si mesmo e do mundo.
Este documento discute vários tópicos da psicologia da religião, incluindo a definição do campo, história, interpretações psicológicas do fenômeno religioso por Freud, Jung e Allport, assim como experiências religiosas como conversão, oração, adoração e misticismo.
Estude teologia para conhecer a Deus, Jesus e o Espírito Santo mais profundamente, defender a fé cristã, e desenvolver uma espiritualidade centrada em Cristo no poder do Espírito.
O documento discute ética eclesiástica e terapêutica. Aborda o que é ética eclesiástica e seus fundamentos nas Escrituras. Também discute psicoterapia eclesiástica e como ela pode ajudar as pessoas a aprimorar suas habilidades através de treinamentos guiados pela ética. Finalmente, discute a importância da ética ministerial e como ela fornece regras de conduta para ministros.
O documento discute a importância da formação da consciência moral cristã, particularmente para religiosos. Apresenta o pensamento de Bernhard Häring sobre o tema da consciência e como ele contribuiu para uma compreensão moderna. Também descreve como a formação da consciência foi tratada antes e depois do Concílio Vaticano II, argumentando que religiosos precisam de uma séria formação de consciência para discernir valores e agradar a Deus.
1) A espiritualidade é uma disciplina teológica relativamente recente que visa ajudar a vivenciar a fé cristã na prática do dia a dia.
2) Existem desafios atuais na compreensão e vivência da espiritualidade, como sincretismos e a visão de que outras espiritualidades são igualmente válidas.
3) A espiritualidade consiste em viver segundo o Espírito de Deus, promovendo a vida como Jesus, através de frutos como paz, alegria e dignidade.
1) O documento discute a mensagem e a psicologia do ensinamento de Jesus Cristo.
2) A mensagem de Cristo é transformadora e visa a autoconhecimento e melhoria interna do ser humano.
3) Sua abordagem psicológica curava naturalmente através do exemplo e da autoridade moral, sem um método padronizado.
O documento discute a libertação espiritual, enfatizando que problemas emocionais, mentais e físicos podem ter causas espirituais, como traumas do passado ou pecados. Jesus curava não apenas o corpo, mas também a alma, confrontando as memórias e causas originais dos problemas. A cura interior envolve revelar, confessar e perdoar traumas, assumir responsabilidade e reconciliar-se, para que a pessoa não fique mais presa ao passado.
1) O documento apresenta os princípios básicos e fundamentos da espiritualidade cristã na educação religiosa.
2) Jesus é apresentado como um mestre que ensinava de forma dinâmica em diversos locais e situações, usando vários métodos pedagógicos.
3) A autoridade pedagógica de Jesus vinha de seu ensino ser diretamente baseado na Palavra de Deus e relevante para as pessoas.
A cura interior é feita por meio da Palavra de Deus, ´perdão, arrependimento, mudança de vida e conversão cotidiana à vontade do Senhor! Não há outra forma! Aproveite!
O documento discute a história e objetivos da capelania cristã. Brevemente, descreve que a capelania visa fornecer assistência espiritual aos necessitados por meio da Palavra de Deus e da fé em Jesus Cristo, levando consolo e esperança. Também traça os primórdios da capelania na França e seu desenvolvimento nos Estados Unidos e Reino Unido no século 19, ligado à psicologia pastoral.
Este documento discute espiritualidade, morte e luto em três frases ou menos:
1) A espiritualidade é importante para a saúde dos pacientes e proporciona significado e esperança durante a doença e morte.
2) O luto é um processo normal de elaboração da perda que passa por etapas como choque, desespero e saudade até a reorganização.
3) Os médicos devem considerar a dimensão espiritual dos pacientes para entendê-los como pessoas completas e não apenas doenças.
Texto 5 vocação e identidade - bispo joão alves de oliveira filhoPaulo Dias Nogueira
O documento discute a vocação e identidade, definindo vocação como o conhecimento de si mesmo e suas aptidões. A vocação pastoral é um chamado de Deus para anunciar seu amor. Influências negativas como comentários e expectativas irreais podem ameaçar a identidade do pastor se ele não reconhecer sua própria humanidade.
Aula da escola biblica dominical XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXlindalva da cruz
1) A Bíblia ensina que devemos cuidar de nossa saúde de forma holística, cuidando do corpo, alma e espírito.
2) Como cristãos renascidos, devemos adotar práticas espirituais, emocionais e físicas que promovam nossa saúde integral.
3) A Igreja deve ajudar os crentes nesse processo, orientando sobre alimentação, estilo de vida e cuidados com a alma e espírito.
O documento discute o movimento da "Cura Interior" no contexto do pentecostalismo moderno, que busca tratar problemas emocionais com ênfase na cura da alma por meio de psicologia e passagens bíblicas. No entanto, defende que apenas a conversão pode restaurar o homem, já que só Deus pode salvar, e não ferramentas humanas.
exposição no GFLE - Passe_Passista_Paciente ppt.pptxmsdbiasi
O documento discute o conceito, objetivos e mecanismos do passe espírita. O passe é definido como uma transfusão de energias que altera o campo celular e ajuda a criatura necessitada. Seus objetivos incluem o reequilíbrio do paciente nos planos físico, mental, perispiritual e espiritual, além de apoiar tratamentos e prevenir obsessões. Os mecanismos da cura incluem a fé, o merecimento e a vontade do passista.
O documento discute a relação entre medicina e espiritualidade. A espiritualidade é um fator importante para a saúde e bem-estar dos pacientes. A medicina moderna reconhece isso e busca uma abordagem holística que considera as necessidades físicas, mentais e espirituais. A espiritualidade pode ter um papel positivo no tratamento e recuperação dos pacientes.
Este documento apresenta 13 lições sobre batalha espiritual. A lição 6 discute como ter a mente de Cristo e não ser dominado pelas potestades do mal. Jesus deve ser o senhor de nossos pensamentos.
A cura do corpo e do espírito (psicografia luiz guilherme marques espírito ...Ricardo Akerman
Espiritismo, Doutrina espírita, Kardecismo ou Espiritismo kardecista é uma doutrina religiosa e filosófica mediúnica ou moderno espiritualista. Foi "codificada" (ou seja, tomou corpo de doutrina - pela universalidade dos ensinos dos espíritos) pelo pedagogo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, usando o pseudônimo Allan Kardec. Apesar de ser uma religião completa e autônoma apenas no Brasil, o espiritismo tem se expandido e, segundo dados do ano 2005, conta com cerca de 15 milhões de adeptos espalhados entre diversos países, como Portugal, Espanha, França, Reino Unido, Bélgica Estados Unidos, Japão, Alemanha, Argentina, Canadá, e, principalmente, Cuba, Jamaica e Brasil, sendo que este último tem a maior quantidade de adeptos no mundo. No entanto, vale frisar que é difícil estipular a quantidade existente de espíritas, pois as principais estipulações sobre isso são baseadas em censos demográficos em que se é perguntado qual a religião dos cidadãos, porém nem todos os espíritas interpretam o Espiritismo como religião
O documento discute os aspectos religiosos em torno da decisão de reanimar ou não pacientes terminais. A religião deve ajudar a conduzir o homem a Deus e nas relações entre as pessoas, respeitando a dignidade humana. A vida é um dom, mas tem fim, e não se deve prolongar artificialmente o processo de morrer por egoísmo.
1) O documento discute as manifestações políticas recentes pedindo "Diretas Já" e questiona se isso é um movimento espontâneo ou planejado para beneficiar projetos partidários.
2) Critica o PT e a esquerda, sugerindo que usam táticas como esta para tentar retomar o poder executivo.
3) Reflete sobre se ignorar a constituição para eleger um investigado seria a melhor opção, ou se deveria-se escolher alguém limpo.
O documento discute como o mito da raça se desenvolveu e ocupou lugares estratégicos na política. O mito da raça surgiu no século XVIII para justificar o imperialismo europeu e a dominação de povos não europeus, apesar de a escravidão ter existido antes disso. O mito da raça continuou sendo usado para hierarquizar os povos e legitimar a opressão colonial.
A Teoria da Acomodação refere-se a duas posições sobre a revelação divina: 1) Deus se adaptou às limitações humanas para se comunicar conosco de forma verdadeira, 2) Alguns afirmam que Jesus se acomodou a erros dos judeus, porém há evidências que refutam isso.
Nenhum historiador realmente respeitado e autentico duvida da existência de j...marcelo olegario
O documento discute a historicidade de Jesus, citando fontes históricas do primeiro século que confirmam sua morte. Também aborda a interpretação da Bíblia e detalhes sobre a Última Ceia, crucificação e ressurreição de Jesus, mostrando que ocorreu na Quinta-feira, Sábado e Domingo, e não na Sexta-feira como comumente se pensa.
O documento discute como a verdade é absoluta e imutável, enquanto as crenças podem mudar. Afirma que verdades contrárias não podem existir e usa exemplos como a ressurreição de Cristo versus as crenças muçulmanas para ilustrar isso. Também discute como as idéias do darwinismo levam a conclusões como racismo, infanticídio e estupro se levadas às suas conclusões lógicas.
Não tenho fé suficiente para ser ateu formato txtmarcelo olegario
Este documento apresenta o prefácio de um livro de apologética cristã chamado "Não tenho fé suficiente para ser ateu". O autor elogia o livro por fornecer evidências convincentes a favor do cristianismo. Ele também discute como a cultura pós-moderna rejeita a noção de verdade absoluta e como isso enfraquece o evangelho. Cristãos devem estar preparados para defender sua fé com gentileza, mesmo que isso os torne impopulares.
Este capítulo apresenta Sayyid Qutb, um escritor e educador egípcio que viajou para os Estados Unidos em 1948 para estudar. Qutb teve uma crise de fé durante a viagem, questionando se deveria abraçar as tentações "pecaminosas" dos Estados Unidos ou manter suas crenças islâmicas. Embora inicialmente impressionado com a prosperidade americana, Qutb ficou desiludido com a sociedade liberal e materialista dos EUA, o que o levou a desenvolver uma visão radical do islã.
A ilusão mórmon floyd c. mc elveen - editora vidamarcelo olegario
1. O documento descreve a apresentação do autor ao mormonismo através de seu amigo John, um mórmon. O autor planejava caçar com o irmão de John, mas John disse que mórmons não caçam no domingo.
2. O autor, que era batista, ficou surpreso com esta informação. Ele começou a conversar com John sobre religião, já que tinha algumas dúvidas após estudar outras religiões na universidade.
3. O documento introduz a análise do autor sobre José Smith e o mormonismo
1) O documento discute a hermenêutica judaica da criação no Gênesis 1 e como ela influenciou o pensamento de Einstein.
2) A teoria da contração (tzimtzum), desenvolvida por Isaac Luria, propõe que Deus se retirou para criar o vazio no qual o universo poderia existir.
3) Há debates sobre se o tzimtzum apoia a criação ex nihilo ou a doutrina da emanação, na qual os níveis de realidade emanam de Deus.
1) O documento discute um acordo entre duas organizações para fornecer 300.000 cursos gratuitos online.
2) Inclui informações sobre a liderança das organizações e detalhes sobre um curso teológico sobre a guerra espiritual.
3) O curso é dividido em oito partes e aborda tópicos como a identidade e atividades de Satanás e como os cristãos devem lutar contra ele.
[1] O documento discute a pregação e o pregador, enfatizando a importância da pregação da Palavra de Deus. [2] A pregação deve ocorrer em todo tempo, admoestando, repreendendo e exortando com paciência e ensino. [3] Nos dias atuais, muitos não suportarão a sã doutrina, voltando-se para fábulas, cabendo ao pregador anunciar firmemente a Palavra.
1) O documento discute o neo-paganismo moderno e sua relação com o paganismo antigo e o cristianismo.
2) Ele argumenta que o neo-paganismo não é novo, tendo surgido durante a era moderna como uma recuperação das crenças pagãs da antiguidade.
3) O autor analisa como o neo-paganismo se desenvolveu ao longo dos séculos, desde os humanistas renascentistas até o iluminismo e a era atual.
Este documento descreve um acordo entre duas organizações, FENIPE e FATEFINA, para fornecer 300.000 cursos gratuitos online. O documento lista os detalhes da parceria, incluindo os nomes e cargos dos líderes das organizações, e fornece uma introdução sobre fé cristã e suas diferentes formas.
1) O documento discute a doutrina do pacto de obras, segundo a Confissão de Fé de Westminster.
2) Ela reconhece dois pactos: o pacto de obras feito com Adão antes da queda, e o pacto da graça após a queda.
3) A doutrina do pacto de obras tem sido debatida ao longo da história, com diferentes nomenclaturas e interpretações sobre sua origem.
Este documento discute o trecho bíblico de Lucas 4:14-21 onde Jesus lê em Isaías 61:1-2 e aplica a si mesmo a missão de pregar boas novas aos pobres, libertação aos cativos, vista aos cegos e liberdade aos oprimidos. O documento analisa este trecho à luz da missão da Igreja, concluindo que a Igreja deve seguir o exemplo de Jesus na pregação do Evangelho.
Este documento descreve o movimento puritano na Inglaterra e sua relação com João Calvino. O movimento puritano surgiu na Inglaterra no século XVI apoiado pelas ênfases teológicas de Calvino. Os puritanos desejavam uma reforma mais completa da Igreja Anglicana, seguindo os princípios calvinistas. Muitos puritanos emigraram para a América devido à perseguição na Inglaterra no século XVII.
Este documento discute a doutrina cristã do pecado. Explica que o pecado começou com a queda dos anjos rebeldes liderados por Lúcifer. O pecado então entrou no mundo humano quando Adão e Eva desobedeceram a Deus no Jardim do Éden. Como resultado, todos os seres humanos nasceram pecadores e estão sujeitos à morte física e espiritual.
1) O documento discute as fragilidades e desafios das missões realizadas pelas igrejas do chamado terceiro mundo, como a falta de poder político e econômico.
2) No entanto, argumenta que Deus usa a fraqueza para revelar seu poder, e que a fé, não o poder humano, deve motivar as missões.
3) Propõe que as igrejas do terceiro mundo devem realizar missões em parceria com outras igrejas, compartilhando alegremente a mensagem do evangelho.
[1] O documento discute as bênçãos e maldições segundo as Escrituras, comparando as perspectivas do Antigo e Novo Testamentos. [2] Apresenta dúvidas sobre teorias de "maldições hereditárias" e a capacidade das palavras de amaldiçoar ou abençoar. [3] Defende uma interpretação bíblica ortodoxa que reconhece apenas Deus como fonte de bênçãos e maldições.
1) O documento discute o ministério dos levitas na Bíblia e suas lições para os crentes hoje.
2) Ele explica que os levitas serviam no santuário, transportavam a Arca da Aliança, ensinavam a lei, e abençoavam o povo.
3) O documento também lista possíveis causas para o louvor não fluir nos cultos da igreja, incluindo pecado na liderança ou equipe de louvor.
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REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...Eró Cunha
XIV Concurso de Desenhos Afro/24
TEMA: Racismo Ambiental e Direitos Humanos
PARTICIPANTES/PÚBLICO: Estudantes regularmente matriculados em escolas públicas estaduais, municipais, IEMA e IFMA (Ensino Fundamental, Médio e EJA).
CATEGORIAS: O Concurso de Desenhos Afro acontecerá em 4 categorias:
- CATEGORIA I: Ensino Fundamental I (4º e 5º ano)
- CATEGORIA II: Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano)
- CATEGORIA III: Ensino Médio (1º, 2º e 3º séries)
- CATEGORIA IV: Estudantes com Deficiência (do Ensino Fundamental e Médio)
Realização: Unidade Regional de Educação de Imperatriz/MA (UREI), através da Coordenação da Educação da Igualdade Racial de Imperatriz (CEIRI) e parceiros
OBJETIVO:
- Realizar a 14ª edição do Concurso e Exposição de Desenhos Afro/24, produzidos por estudantes de escolas públicas de Imperatriz e região tocantina. Os trabalhos deverão ser produzidos a partir de estudo, pesquisas e produção, sob orientação da equipe docente das escolas. As obras devem retratar de forma crítica, criativa e positivada a população negra e os povos originários.
- Intensificar o trabalho com as Leis 10.639/2003 e 11.645/2008, buscando, através das artes visuais, a concretização das práticas pedagógicas antirracistas.
- Instigar o reconhecimento da história, ciência, tecnologia, personalidades e cultura, ressaltando a presença e contribuição da população negra e indígena na reafirmação dos Direitos Humanos, conservação e preservação do Meio Ambiente.
Imperatriz/MA, 15 de fevereiro de 2024.
Produtora Executiva e Coordenadora Geral: Eronilde dos Santos Cunha (Eró Cunha)
1. Convenio FENIPE e FATEFINA Promoção dos 300.000 Cursos Grátis Pelo Sistema
de Ensino a Distancia – SED
CNPJ º 21.221.528/0001-60
Registro Civil das Pessoas Jurídicas nº 333 do Livro A-l das Fls. 173/173 vº,
Fundada em 01 de Janeiro de 1980, Registrada em 27 de Outubro de 1984
Presidente Nacional Reverendo Pr. Gilson Aristeu de Oliveira
Coordenador Geral Pr. Antony Steff Gilson de Oliveira
APOSTILA Nº. 13/300.000 MIL CURSOS GRATIS EM 114 PAGINAS.
Apostila 13
CURA INTERIOR
Parte I
1. HISTÓRICO
A "vida abundante" que Jesus ofereceu aos seus seguidores tem sido
o objetivo dos mais dedicados cristãos em todas as épocas. Esta
prometida abundância tem sido usualmente entendida como harmonia
interna e liberdade espiritual, mais do que abundância material - por
razões óbvias. A busca por tal liberdade interior tem aparecido sob os
mais diversos nomes.
2. O QUE É CURA INTERIOR?
O fenômeno conhecido como cura interior tem dois objetivos. O seu
objetivo primário e espiritual é estender o senhorio e poder de cura de
Cristo ao nosso passado, afetando mesmo a nossa experiência antes
da conversão. O objetivo secundário e psicológico é portanto nos
libertar de qualquer cativeiro emocional e psicológico que a nossa
experiência passada possa ter produzido. Os teóricos da cura interior
defendem que os bloqueios emocionais e os padrões habituais de
comportamento (com os seus frutos negativos de frustração, derrota e
fraca auto-imagem) nos impedem de atingir a vida abundante que
Jesus prometeu. Portanto, eles concluem que, um esforço especial
deve ser feito para curar estas feridas interiores, de forma que
possamos ser libertos das diversas coisas que podem constringir e
empobrecer as nossas vidas. Em resumo, o objetivo geral da cura
interior pode ser descrito como uma espécie de "santificação
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
1
2. retroativa".
O propósito geral do movimento de cura interior é claramente de
natureza pastoral. Desta forma, ele defende que a "cura das
memórias" normalmente ocorra num aconselhamento de base
individual, ou em pequenos grupos. Considera-se essencial que os
dons do Espírito Santo estejam em operação, particularmente os dons
de discernimento e cura. Ao indivíduo que está buscando sua cura
será pedido que reviva seu passado através da imaginação. Isto
geralmente envolve um "retorno" ao ponto-problema - um encontro
traumático ou assustador que moldou a auto-imagem e o
comportamento da pessoa e também porque este ponto se alojou em
camadas profundas de sua psique. À medida em que o "paciente"
imaginativamente recria o ponto-problema, com toda sua intensidade
emocional, eles dizem ao paciente para imaginar que Jesus está lá
(naquela situação). Presume-se que a presença imaginativa de Jesus
traga Seu amor e poder de cura para relacionamentos perturbados
com os pais e companheiros, os quais são muito poderosos para que
o indivíduo dê conta dos mesmos sozinho.
O que devemos fazer com estes fundamentos, teorias e técnicas que
os acompanham? Na verdade, o que devemos fazer com os "ministros
e ministérios da cura interior"? A época em que vivemos, com sua
orientação voltada para o experiencial, tende a gerar um entusiasmo
desqualificado por experiências de cura interior dentro de alguns
setores da comunidade cristã. Infelizmente, esta mesma tendência tem
efeito oposto em outros cristãos, que vêem como muito suspeitas tais
experiências e a fascinação acrítica despertada por elas. Na maioria
dos casos, não existe uma única resposta simples. A época em que
vivemos é caracterizada pela crescente complexidade da vida em
todos os níveis - econômico, material, moral e intelectual. À medida
em que novas e antigas idéias se proliferam, elas influenciam o
pensamento cristão de várias formas. Algumas têm mais validade que
outras; muitas são completamente inaceitáveis. Nós devemos estar
preparados para encarar conceitos não-familiares e pacientemente e
em oração desvendar tanto as suas fontes bem como a suas
implicações. Este processo pode ser frustrante e cansativo, mas sua
necessidade é cada vez mais crescente.
Dentro disto, nós podemos comentar que a cura interior é um
fenômeno complexo e altamente variável. Não é possível nem
endossá-la, nem condená-la cegamente. É possível, entretanto,
identificar e avaliar aqueles elementos que influenciam as teorias e as
terapias dos que praticam a cura interior.
"Nossa vida interior é uma parte crítica de nossa identidade pessoal, e
portanto a necessidade para a cura das emoções e memórias sempre
fez parte da nossa condição humana."
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
2
3. 3. REDIMINDO A PESSOA INTEGRAL
A queda da humanidade (Gn.3) introduziu o princípio da morte e
decadência em todos os níveis da existência humana. O veneno do
pecado perpassa cada poro do nosso ser. Em seu sofrimento e
ressurreição, Cristo venceu a morte - não somente fisicamente, mas
de todas as formas em que somos afetados por ela. Nossa vida
interior é uma parte crítica de nossa identidade pessoal, e portanto a
necessidade para a cura das emoções e memórias sempre fez parte da
nossa condição humana. O ensinamento e ministério de Jesus
reconheceram implicitamente esta necessidade, bem como o fez o
alcance da igreja primitiva. Jesus mesmo falou freqüentemente sobre
"o coração" (isto é, "a sede oculta da vida emocional") como fonte de
pensamento e ação. Ele também citou a profecia messiânica de Isaías
61, declarando seu propósito de "restaurar o coração partido" (Lc.
4:18). O apóstolo Paulo falou repetidamente sobre a renovação da
mente no Espírito Santo (Rm. 12:2; Ef. 4:23).
O encontro na estrada de Emaús (Lc. 24) pode ser visto (entre outras
coisas) como uma forma de "cura das memórias". Se nós tomarmos
este incidente como um protótipo para o exercício válido desta forma
de ministério, vários critérios podem ser vistos. Se esta forma de cura
tem sustentação bíblica, ela não se referirá primariamente às
cicatrizes emocionais e traumas psicológicos da infância. Muito mais,
ela tomará uma perspectiva mais ampla, lidando radicalmente com
todas as forças da ansiedade, medo e incredulidade que produzem
pensamento e comportamento anti-bíblico. O ponto central da cura
interior nesta perspectiva mais ampla é a morte sacrificial de Jesus e
sua vitória através da ressurreição sobre o pecado e a morte,
exatamente como aconteceu na estrada de Emaús. Deste ponto-de-
vista, a cura interior é muito menos um fim em si mesma e muito mais
um passo preliminar que capacita o cristão a conseguir a libertação
(Gl. 5:1) e a maturidade espiritual, deixando de lado a forma egoísta e
infantil de viver (I Co. 13:11-12).
Os discípulos, apóstolos e crentes do primeiro século conheciam o
Cristo crucificado e ressurreto como Senhor de toda a história -
cósmica (Cl. 1:15-23), racial (Ef. 2:11-20) e pessoal (Hb. 9:14). À medida
em que eles seguiam Seu exemplo e a promessa de Sua eterna
presença, eles eram libertos (e libertavam outros) do pecado, da
doença física e psicológica e dos problemas emocionais, bem como
do medo da morte e da falta de esperança que ela produz. Foi-lhes
dada radicalmente uma nova base para a auto-estima, a qual não está
baseada na mentira, ira ou outras formas de auto-afirmação. Esta nova
base desafiou tanto a religião farisaica como sensualidade
desenfreada.
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
3
4. 4. A PSICOLOGIA DA PESSOA INTEGRAL
Existe comunhão entre psicologia e o Cristianismo? Esta questão, em
seu sentido mais amplo, escapa do objetivo da nossa aula. Entretanto,
o assunto é pertinente, desde que muito da "cura interior" está
baseada em visão secular de como a nossa personalidade é formada e
influenciada.
Muitos elementos da psicologia secular, entretanto, são mais
ambíguos; alguns são frontalmente contrários ao pensamento bíblico.
Sigmund Freud é a maior fonte de tendência a se enfatizar o trauma
infantil. Carl Jung foi seu aluno e colega que se envolveu
superficialmente com ocultismo. Sua abordagem sistemática à
compreensão da natureza da mente inconsciente se tornou influente
nos anos 60 e 70. Muito dos conceitos de Jung têm sido empregados
num modelo "carismático" por pessoas como John Sanford e Morton
Kelsey. Portanto, Freud e Jung (para não mencionar outros)
indiretamente ajudaram a delinear muitas das pressuposições do
movimento de cura interior. Além do mais, algumas das técnicas
utilizadas para resgatar memórias têm sido tomadas de empréstimos
de terapias seculares.
"Alguns praticantes da cura interior...não somente têm adotado um
sub-modelo da natureza humana; eles têm permitido que os próprios
modelos se tornem parâmetros de interpretação da Bíblia."
5. ALGUNS PARÂMETROS PARA O DISCERNIMENTO
À medida em que consideramos estes fundamentos, teorias e
técnicas, e tentamos pesar suas implicações, nós devemos ter me
mente alguns fatores críticos. A cura do "interior do homem" é uma
premissa biblicamente demonstrável. Por esta razão, nós precisamos
abordar alguma idéias e métodos sobre cura interior com cautela. A
admoestação de Jesus a seus discípulos de que fossem "prudentes
como as serpentes e símplices como as pombas" (Mt. 10:16) nos
colocará numa posição bem firme para que sejamos capazes de
identificar as influências sub-cristãs sem sermos influenciadas por
elas.
A ênfase exagerada numa certa técnica na vida espiritual facilmente se
torna uma tentativa de manipulação psíquica, um esforço de produzir
uma experiência ou um encontro com Deus. Não há nada de
intrinsecamente errado em se utilizar a imaginação na oração, mas a
dependência de invocação imaginativa de imagens religiosas pode se
tornar insana. O uso do termo "visualização de fé" não batiza
semanticamente tais práticas. Os produtos da imaginação podem
também ser convenientemente trazidos para o campo do desejo e do
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
4
5. ego, enquanto que o Cristo vivo não pode. Uma ênfase extremada na
confissão verbalizada pelo crente no movimento da "palavra da fé" é
outro ensino aberrante o qual, sutilmente, se torna uma espécie de
ocultismo. Nestas formas exageradas, a visualização da fé cria um
"video-interior de Jesus", o qual pode ser manipulado para quase
qualquer sentido.
Da mesma forma, devemos estar atentos para os modelos
psicológicos que se baseiam em visões anti-bíblicas da natureza
humana. É também necessário identificar e rejeitar tecnologias
terapêuticas que são utilizadas para sustentar tais modelos. Alguns
praticantes de cura interior, infelizmente, não somente têm adotado
um sub-modelo da natureza humana; eles têm permitido que os
próprios modelos se tornem parâmetros de interpretação da Bíblia.
Tais práticas se situam entre a aberração e a apostasia.
Como já dissemos, existem ligações demonstráveis entre tais técnicas
como a "visualização da fé" ou a "confissão positiva" e algumas
formas de pensamento do ocultismo e da Nova Era. Os esforços de se
voltar para o interior para encontrar a globalidade, pode levar-nos à
"dimensão divina interna" do misticismo Neoplatônico ou aos
"arquétipos" do inconsciente coletivo de Jung. Em ambos os casos,
bem como num grande número de casos similares, o sujeito que
busca termina ofuscado por um subjetivismo, o qual é racionalizado
com termos originários da metafísica oriental e da psicologia
humanística.
Neste ponto, uma mudança da verdade bíblica para especulações
humanas se torna base para uma séria confusão sobre a natureza da
cura e, mais importante, sobre a natureza do praticante da cura. Neste
novo papel, Jesus, o Messias, se torna em parte o terapeuta primal e
em parte um xamã primevo. Nesta situação, uma tentativa de se fazer
uma avaliação racional ou bíblica é negativamente rotulada como um
"falta de fé", "apagar o Espírito" ou "bloquear o fluxo"; pode mesmo
ser desprezada como uma "viseira".
"A postura bíblica sobre a nossa natureza é, com certeza, uma
avaliação verdadeira e mais confiável do que a feita por nossos
medos, iras e memórias..."
6. UMA QUESTÃO DE PRIORIDADES
É razoável assumir que os problemas psicológicos e emocionais a que
a igreja primitiva se referia eram tão complexos como os de hoje. Nós
também vamos assumir que as soluções que ela aplicava são tão
funcionais para hoje como eram no primeiro século. Não havia
nenhuma necessidade de se renunciar à visão escriturística da
condição humana ou de Jesus Cristo, a fim de fazerem estas soluções
funcionarem. A imposição de mãos, a unção com óleo, a confissão
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
5
6. mútua e a meditação direcionada eram alguns dos métodos
empregados para produzir ambos, a cura interna e a cura externa. Os
apóstolos foram estranhamente silenciosos, entretanto, sobre
qualquer necessidade de reviver experiências relacionadas com a
infância, ou sobre a prática de esfaquear o pai na imaginação, como
alguns praticantes de cura interior têm aconselhado aos seus clientes.
Com certeza, há abundantes benefícios psicológicos em se colocar
Jesus como o centro radical de nossas vidas e afetos - mesmo acima
e além de nossos laços familiares. Nós também somos chamados,
entretanto, a meditar sobre coisas que estão acima e, de alguma forma
é bom que se diga, que não estão nutrindo ressentimentos ou usando
a nossa liberdade como desculpa para o mal (Ef. 4:26; I Pe. 2:16; Gl.
5:1). Existe uma considerável distância entre confessar a presença de
um desejo negativo e dramaticamente realizá-lo - mesmo que na
fantasia.
Nós devemos evitar confundir o sagrado com a saúde. A cura da
psique e emoções pode ser uma importante parte do nosso
crescimento em direção à espiritualidade. Entretanto, ela não deve ser
superestimada em detrimento de outros aspectos da santidade, nem
deve se tornar um substituto deles . Nós devemos nos guardar da
idéia de que os cristãos estão isentos de toda sorte de enfermidades,
doenças e tentações e que, qualquer ocorrência deste tipo seja um
ponto negativo em nossa condição espiritual. Por outro lado, é
importante não perder de vista as variadas maneiras pelas quais Deus
provê libertação de coisas que nos impediriam viver plenamente em
Cristo.
7. AS MARCAS DA INTEGRIDADE ESPIRITUAL
Cura espiritual pode ser considerada como tendo base bíblica. Se
assim for, ela deve ser reconhecida como uma parte integral de nossa
vida cristã. Três principais pontos nos ajudarão a discernir a
consonância bíblica de cada forma em particular, de cura interior.
Todos os três pontos são vitais para um entendimento equilibrado e
seria desaconselhável isolar ou superestimar qualquer um destes
elementos.
Primeiro: A cura espiritual deve tocar o problema na sua fonte. O
indivíduo deve ser liberto da prisão de uma memória em particular e
do falso significado atribuído a ela. As feridas emocionais causadas
pelo incidente que forçou a repressão de sua memória deve ser
curada. Paulo fala de Deus como o Pai da compaixão (I Co. 1:3-4) e
também enfatiza que a provisão do sangue de Cristo é um aspecto da
Sua perfeita sabedoria (Ef. 1:7-8). De fato, é a "contínua aspersão do
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
6
7. Seu sangue" que guarda o coração e a consciência das "palavras
mortas" (Hb. 9:14; 10:22) e nos liberta do cativeiro emocional destas
palavras a fim de que possamos servir ao Deus vivo.
Segundo: A cura interior deve quebrar padrões de respostas habituais
e comportamentos que foram gerados em reação a um trauma inicial.
A pessoa que está sendo curada deve cooperar ativamente neste
processo, ao invés de reagir passivamente à instruções e
manipulações do que ministra a cura interior. Toda redenção envolve
o fazer escolhas e o exercício da nossa vontade. Uma vez que fomos
convocados ao arrependimento e renovação, somos também
chamados a abandonar velhas formas de responder às pessoas e
circunstâncias (Cl. 3:12-17; I Pe 2:1-3). Nós devemos portanto
aprender novas atitudes e formas de lidar com estas situações (Ef.
4:22-24; I Pe. 1:5-9).
Terceiro: A cura interior deve produzir mudanças pessoais que sejam
compatíveis com a revelação das Escrituras, do nosso novo ego (eu)
em Cristo. Isto deve estar combinado com uma ênfase na confiança do
que Deus nos diz sobre nós mesmos, mais do que nossos
sentimentos podem dizer. A postura bíblica sobre a nossa natureza é,
com certeza, uma avaliação verdadeira e mais confiável do que a feita
por nossos medos, iras e memórias, sem mencionar as acusações do
Adversário (Rm. 8:1-2). A cura interior deve nos ajudar a sermos
reeducados (através da palavra de Deus) acerca de quem somos em
Cristo. Uma vez que entendemos como Deus nos vê, bem como a
provisão que Ele fez para o nosso crescimento, nós começaremos a
desenvolver uma auto-estima que corresponde precisamente à nossa
confiança na justiça de Cristo, mais do que em nossa própria (Rm.
12:3).
Nós não temos que abandonar o ponto-de-vista bíblico ou o
compromisso com o senhorio de Cristo a fim de podermos nos
beneficiar da cura interior. De fato, se tal necessidade for expressa ou
se está implícita, é aconselhável reconsiderar a validade dos
fundamentos que têm sido colocados.
Jesus mesmo reconheceu o dilema fundamental da humanidade, bem
como suas secundárias implicações emocionais e psicológicas. Ele
reconheceu o problema de se atingir auto-estima diante em ambiente
hostil e uma consciência igualmente hostil que foi imperfeitamente
moldada por influências imperfeitas durante os anos de formação da
pessoa. A consciência ainda não-redimida se torna um entrave na
condição psicológica, o qual inevitavelmente produz sua própria
dissolução (Rm. 8:6). Jesus sugeriu ao homem que a vida entregue a
Ele e o fato de seguirmos seu exemplo - mesmo a sua morte como
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
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8. mártir - é uma carga mais fácil de ser suportada do que se lutarmos
com as nossas próprias forças. (Mt. 11:28-30).
Parte II
PNEUMATOLOGIA REFORMADA DE VERDADE!
DEFINIÇÕES E DESAFIOS NICODEMOS LOPES
O que é ser "reformado"?
A primeira questão com a qual nos defrontamos ao abordar o tema desse
pequeno ensaio é a de definir exatamente sobre o que estamos falando. O
nosso assunto gira em torno da compreensão reformada sobre a pessoa e a
obra do Espírito Santo. Mas, o que queremos dizer por "reformada"?
Não existe unanimidade entre os que se consideram herdeiros da Reforma
protestante quanto ao sentido do termo. Historicamente, o termo
"reformados" foi usado a princípio indistintamente para todos os
protestantes, calvinistas, luteranos e zwinglianos. Com as controvérsias
entre eles sobre a Ceia, "reformados" passou a designar zwinglianos e
calvinistas somente, em contraponto aos luteranos. E com o arrefecimento
da importância de Zwinglio no cenário protestante, "reformados" passou a
designar os calvinistas. Portanto, é historicamente correto afirmar que um
entendimento reformado sobre o Espírito Santo tem a ver primaria e
basicamente com a teologia calvinista sobre o Espírito Santo. Hoje em dia,
muitas igrejas e denominações se utilizam do nome "reformada", mesmo
que já tenham abandonado em grande medida partes fundamentais da
teologia calvinista, inclusive a pneumatologia. O mesmo acontece com
alguns pastores que consideram-se reformados apesar do fato de que não
são calvinistas em sua doutrina. Assim, embora para alguns hoje ser
reformado seja pertencer a uma igreja que historicamente descende da
reforma protestante, ou ainda manter o espírito reformista que marcou os
reformadores, é mais exato dizer que o conceito está ligado às principais
convicções doutrinárias dos reformadores, particularmente às de João
Calvino.
Consequentemente, uma pneumatologia reformada é necessariamente
aquela adotada pelas igrejas que são herdeiras do Cristianismo bíblico. É
uma pneumatologia originada nas Escrituras e defendida por Agostinho,
Calvino, e os puritanos, tendo sua expressão adequada nas confissões de fé
reformadas. É uma pneumatologia derivada de uma leitura das Escrituras a
partir dos pressupostos principais que guiaram esses homens, a começar
com o alto apreço pelas Escrituras como Palavra de Deus, inspirada e
infalível, e única regra de fé e prática da Igreja. À luz desta visão podemos
definir pneumatologia reformada como sendo aquela compreensão da
pessoa e da obra do Espírito Santo que parte da revelação divina grafada
nas Escrituras, lida e interpretada da ótica da hermenêutica reformada, tendo
como alvo a glória de Deus e o avanço do seu reino neste mundo.
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
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9. Se considerarmos que apenas os que se mantém leais aos principais pontos
da doutrina calvinista podem ser realmente chamados de reformados,
verificaremos que são poucos os verdadeiros reformados. Escreve o ex-
calvinista Clark Pinnock:
Tenho a forte impressão, confirmada até mesmo pelos que discordam dela,
que o pensamento de Agostinho está perdendo sua influência nos
evangélicos de hoje. Não são apenas os evangelistas que estão pregando
um evangelho arminiano. É difícil até mesmo achar um teólogo calvinista
hoje que esteja disposto a defender a teologia reformada em seus detalhes
mais peculiares, em particular as opiniões de Calvino e Lutero. Eu não estou
sozinho, especialmente agora que Gordon Clark faleceu e John Gerstner
aposentou-se.
Numa época em que o número de "reformados" comprometidos com a
teologia calvinista é tão pequeno, não é de se estranhar que tendências
teológicas, filosóficas e hermenêuticas, trazidas no bojo do pós-modernismo
e do crescente movimento neopentecostal, se infiltrem nas igrejas
historicamente reformadas, e descaracterizem, onde aceitas, a compreensão
correta acerca do Espírito Santo. Tais ameaças já estão presentes, e que
aparentemente vieram para ficar por um longo tempo. Entende-las agora é
essencial para a preservação da identidade reformada quanto à obra do
Espírito Santo no mundo e na Igreja. No que se segue, procuro detectar e
analisar alguns destes desafios
O Desafio Teológico: Pelagianismo
O que é o Pelagianismo
O primeiro desafio vem da área teológica, representado pelo pelagianismo,
heresia antiga e já condenada pela Igreja, mas jamais erradicada do seu
meio. O pelagianismo sustenta basicamente que todo homem nasce
moralmente neutro, e que é capaz, por si mesmo, sem qualquer influência
externa, de converter-se a Deus e obedecer à sua vontade, quando assim o
deseje. Uma das grandes disputas durante a Reforma protestante versou
sobre a natureza e a extensão do pecado original. Ele afetou Adão somente,
ou todo o gênero humano? A vontade do homem decaído é ainda livre ou
escravizada ao pecado? No século V Pelágio havia debatido ferozmente com
Agostinho sobre este assunto. Agostinho mantinha que o pecado original de
Adão foi herdado por toda a humanidade e que, mesmo que o homem caído
retenha a habilidade para escolher, ele está escravizado ao pecado e não
pode não pecar. Por outro lado, Pelágio insistia que a queda de Adão afetara
apenas a Adão, e que se Deus exige das pessoas que vivam vidas perfeitas,
Ele também dá a habilidade moral para que elas possam fazer assim. Ele
reivindicou mais adiante que a graça divina era desnecessária para salvação,
embora facilitasse a obediência.
Agostinho teve sucesso refutando Pelágio, mas o pelagianismo não morreu.
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
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10. Várias formas de pelagianismo recorreram periodicamente através dos
séculos. Lutero escreveu um livro "A Escravidão da Vontade" em resposta a
uma diatribe de Erasmo, onde o mesmo defendia conceitos pelagianos.
Lutero acreditava que Erasmo era "um inimigo de Deus e da religião Cristã"
por causa do ensino dele sobre o pecado original. É bom notar que o
Catolicismo medieval, sob a influência de Aquino, adotara um semi-
pelagianismo, mesmo que na antigüidade houvesse rejeitado o pelagianismo
puro. Neste sistema, acreditava-se que o homem cooperava com a graça de
Deus para a salvação.
No século XVIII, uma forma nova e levemente modificada de pelagianismo,
apareceu, que foi o arminianismo. Existem algumas diferenças entre as duas
posições, mas ambas são sinergistas (o homem coopera para sua salvação)
e mantém o mesmo conceito de fé (uma decisão puramente humana de
receber a Jesus Cristo, e não como um dom misericordioso de Deus).
A influência de Charles Finney
No século XIX, o evangelista americano Charles Grandison Finney reavivou
o puro pelagianismo. Ele repudiou abertamente quase todas as principais
doutrinas calvinistas (mesmo que tenha sido ordenado na Igreja
Presbiteriana), em particular a doutrina de pecado original e da depravação
total. É um grave erro histórico e teológico considerar Finney como
"reformado" (alguns, exagerando, diga-se, nem desejam considerá-lo como
evangélico). A metodologia evangelística de Finney teve tanto êxito, que ele
se tornou um modelo para os evangelistas mais recentes. Embora o
evangelicalismo americano não tivesse aceitado integralmente o
pelagianismo de Finney, abraçou, entretanto, sua metodologia, uma forma
de semi-pelagianismo que infectou a alma da sua teologia até o dia de hoje.
Vários movimentos nasceram conscientemente da teologia de Finney, como
a teoria do governo moral.
Ameaças à doutrina do Espírito Santo
O pelagianismo, em suas variadas formas contemporâneas, ameaça a
doutrina reformada do Espírito Santo especialmente nas áreas da
regeneração e da chamada eficaz, das seguintes maneiras:
a) Reduz a regeneração do pecador a uma decisão de sua própria vontade.
Finney rejeitou a idéia de que a regeneração fosse um milagre, uma
transformação sobrenatural produzida pela ação soberana do Espírito no
coração dos eleitos. Para ele, regeneração era a decisão do pecador em se
voltar para Deus e obedecê-lo. Não poderia haver nenhuma transformação
miraculosa, pois não havia o que transformar, já que o pecador é
moralmente capaz de obedecer a Deus. Após a negação de pecado original,
foi somente um passo para que Finney negasse a doutrina da regeneração
sobrenatural. O sermão mais popular de Finney, pregado na Igreja da Rua do
Parque, em Boston, foi intitulado "Os Pecadores Devem Mudar os Próprios
Corações". Para ele, não há nada na religião que ultrapasse os poderes
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
10
11. ordinários de natureza. "Religião é obra do homem", disse ele. "Consiste tão
somente no emprego apropriado dos poderes naturais. É somente isso e
nada mais"
b) Reduz a chamada eficaz do Espírito Santo a uma mera persuasão moral.
Para Finney, a obra do Espírito limita-se ao exercício de influências morais
no pecador, mas "a conversão em si ... é ato do próprio pecador", afirma ele
em sua Teologia Sistemática (p. 236). O ensino calvinista é que o Espírito de
Deus, através do ministério da Palavra, chama irresistivelmente o eleito,
regenerando-o e assim habilitando-o a responder positivamente em fé à
oferta das boas novas do Evangelho. Essa chamada é irresistível, embora
não se constitua uma violação da vontade do pecador. No conceito
pelagiano (ou semi-pelagiano), o Espírito de Deus apenas se esforça para
persuadir os pecadores, cabendo a estes em última análise a decisão e a
capacidade de converter-se e tornar para Deus, exercendo fé em Cristo.
O desafio do pelagianismo em suas formas contemporâneas para a
identidade reformada é alarmante. O pentecostalismo, em seu crescimento
assombroso na América Latina e no Brasil, traz em seu bojo, além de várias
outras ameaças e desafios, os principais conceitos do antigo pelagianismo,
e desafia as igrejas reformadas a rever o conceito calvinista da atuação do
Espírito Santo na regeneração e salvação do pecador. Os pentecostais são
hoje mais de 450 milhões no mundo. Com o crescimento do pelagianismo no
Brasil, a identidade reformada das igrejas que assim se consideram fica
ameaçada, no que respeita à obra do Espírito Santo na conversão dos
pecadores.
Mas o desafio maior vem de dentro das próprias igrejas históricas. Não são
muitos os "reformados" que aderem coerentemente à doutrina calvinista da
depravação total. Embora possam afirmá-la em princípio, acabam sendo
incoerentes por também acreditar que o pecador tem a "capacidade moral de
se voltar para Deus". Praticamente ninguém hoje declararia, "eu sou um
pelagiano, ou semi-pelagiano", primeiro, por que toda a Cristandade
condenou no passado essa heresia, e segundo, por que poucos que adotam
esta linha têm idéia do que o pelagianismo significa. Muitos ministros de
igrejas reformadas provavelmente ofereceriam as respostas corretas em um
exame teológico, entretanto, operam em seus ministério como se essas
convicções não tivessem absolutamente nenhuma conseqüência.
Os Desafios Filosóficos: Pluralismo e Pragmatismo
O pluralismo religioso
Um outro desafio de imensas proporções vem de duas filosofias
características do período pós-moderno em que vivemos. A primeira delas é
o pluralismo. Como o nome já indica, essa filosofia defende a pluralidade da
verdade, ou seja, que não existe uma verdade absoluta, mas sim verdades
diferentes para cada pessoa. Esse conceito é ambíguo, mas definitivamente
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
11
12. já faz parte integrante da nossa cultura presente. Ele defende o
relacionamento de pessoas com ideologias diferentes, sem que uma tenha
de sujeitar suas convicções ao domínio da outra. A idéia de converter
alguém às suas próprias convicções é politicamente incorreto. A chave está
na valorização da negociação e da cooperação em lugar de se tentar provar
que se está certo ou errado.
O pluralismo religioso, por sua vez, prega o abandono da "arrogância"
teológica do cristianismo, nega que exista verdade religiosa absoluta, e
exalta a experiência religiosa individual como critério último para cada um.
Por exemplo, o padre católico Raimundo Panikkar, descendente de hindus,
escreveu um artigo onde defende que isolacionismo já não é mais possível
na sociedade globalista em que vivemos. Embora afirme que aceitar o
pluralismo religioso não signifique o mesmo que aceitar o relativismo, deixa
claro que a experiência religiosa individual é a chave para a convivência
pluralista. Diz ele, "No momento eu estou experimentando o amor de Deus
por mim em Cristo Jesus, e por este motivo eu sei com perfeita clareza que
ele é o caminho, a verdade e a vida".
O pluralismo religioso defende uma nova teoria missiológica, onde não mais
se prega a necessidade de conversão de outras religiões ao cristianismo, e
sim a cooperação entre todas as religiões, naquilo que têm em comum. O
pressuposto é que o cristianismo não é o único caminho para Deus, embora
seja o melhor, e que Deus está agindo salvadoramente no âmbito de outras
religiões, como as religiões orientais.
O pragmatismo religioso
A outra filosofia é o pragmatismo. Seu popularizador, o psicólogo americano
William James, afirmou que idéias humanas eram verdadeiras se
funcionassem ou fossem úteis para resolver problemas. Já que o
funcionamento e utilidade das idéias variam de contexto para contexto,
segue-se que a verdade é relativa. No dizer de Francis Schaeffer, é um
sistema de pensamento que faz das conseqüências práticas de uma crença
o critério supremo da sua verdade. O pragmatismo dominou rapidamente a
cultura americana e estendeu-se para além das suas fronteiras. Adotar as
coisas que realmente preservam a paz individual e uma situação financeira
confortável, sem qualquer preocupação com princípios fixos de certo ou
errado é evidentemente a idéia que controla procedimentos internacionais,
domésticos e individuais. Princípios absolutos tem pouco ou nenhum lugar
no pensamento ocidental moderno.
Não devemos, portanto, pensar que o pragmatismo é um fenômeno
ocidental. Seu princípio fundamental é inerente ao coração humano. Uma
das 4 premissas básicas do substrato filosófico e religioso da Ásia, por
exemplo, pode ser resumida neste parágrafo: "É direito de cada pessoa
religiosa aceitar e praticar qualquer maneira de viver que achar útil ao seu
modo de pensar e às suas circunstâncias sociais peculiares".
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
12
13. Desafios do Pluralismo e do Pragmatismo para a doutrina do Espírito Santo
O pluralismo e o pragmatismo andam geralmente de mãos dadas. Onde o
conceito de verdade absoluta deixa de existir (pluralismo), as pessoas e as
organizações passam a orientar as suas decisões em termos daquilo que
mais satisfaz as suas necessidades (pragmatismo). A combinação destas
duas filosofias aparece claramente em vários movimentos presentes nas
igrejas evangélicas, e representam um novo desafio ao cristianismo em geral
e aos calvinistas em particular. A pergunta que as pessoas fazem com
relação ao cristianismo não é se ele é a verdade ou não, mas simplesmente
se funciona. Elas querem saber se vai mudar a vida delas para melhor, se
Cristo realmente é poderoso para transformá-las, e pode dar-lhes paz,
alegria, esperança e propósito às suas existências.
Ambas as filosofias trazem sérios desafios a alguns aspectos da pessoa e
obra do Espírito Santo:
1) Quanto à extensão da operação ou atividade salvadora do Espírito Santo.
O calvinismo ensina uma distinção nas operações do Espírito Santo, que
está relacionada com os conceitos de graça comum e de graça especial. A
graça comum refere-se à atuação do Espírito Santo no mundo em geral,
preservando valores morais e trazendo benefícios materiais, sobre todos os
homens indistintamente de suas crenças religiosas. A graça especial refere-
se à operação salvadora do Espírito, restrita apenas aos eleitos,
regenerando-os, iluminando-os e santificando-os pelo Evangelho de Cristo.
O pluralismo religioso ameaça esse conceito, pois ensina que o Espírito de
Deus age salvadoramente em todos os homens indistintamente de suas
religiões, sem se restringir ao âmbito do cristianismo. Um exemplo de
pluralista cristão que defende esse ponto é o ex-calvinista Clark Pinnock.
2) Quanto à relação entre a Palavra e o Espírito. O calvinismo ensina a
relação indissolúvel entre a atuação do Espírito Santo e a Palavra de Deus. O
Espírito atua graciosamente através da Palavra; por sua vez, a Palavra
funciona como critério para reconhecermos a atividade do Espírito, em
contraste com a atividade de espíritos malignos ou do espírito humano. O
pluralismo e o pragmatismo ameaçam este conceito. O primeiro, porque
divorcia a atuação salvadora do Espírito da verdade bíblica, como vimos no
item anterior. E o segundo por enfatizar a validade de experiências religiosas
à parte de seus conteúdos teológicos, ameaçando assim da mesma forma a
relação entre o Espírito e a Palavra.
3) Quanto à soberania do Espírito de Deus em converter pecadores e
aumentar a Igreja. Segundo o ensino calvinista, o aumento da Igreja através
da conversão de pecadores é uma obra soberana do Espírito Santo, através
dos meios secundários que Deus mesmo determinou. A Igreja deve
evangelizar ardorosamente, dependendo porém da operação soberana do
Espírito Santo quanto aos resultados. O pragmatismo representa um desafio
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
13
14. para essa convicção calvinista, pois enfatiza o emprego de métodos,
estratégias e técnicas tiradas do marketing secular e de ciências sociais
como sociologia e psicologia, através das quais a igreja poderá crescer. O
sucesso ou fracasso de igrejas locais no aumentar o número de seus
membros é relacionado, não à soberania do Espírito de Deus, mas ao uso
desses métodos. Embora calvinistas defendam o planejamento das
atividades missionárias e evangelísticas da Igreja, têm entretanto sérias
reservas quanto ao planejamento de resultados, uma estratégia que faz parte
do pragmatismo do moderno movimento de crescimento de igrejas.
Influência generalizada do pluralismo e do pragmatismo entre os
protestantes
O pluralismo e o pragmatismo têm infectado o cristianismo mundialmente. O
tema da salvação em outras religiões foi discutido recentemente na
Assembléia Geral do Concílio Mundial de Igrejas. O relatório apresentado
trouxe debate considerável. Uma consulta teológica na suíça patrocinada
pelo CMI, composta por 25 teólogos, trouxe as seguintes conclusões:
Através da história, pessoas tem encontrado a Deus no contexto de várias
religiões e culturas diferentes.
Todas as tradições religiosas são ambíguas, isto é, uma combinação do que
é bom e do que é ruim.
É necessário progredir além de uma teologia que confina a salvação a um
compromisso pessoal explícito com Jesus Cristo.
Em algumas denominações o pluralismo tem sido proposto como filosofia
oficial, como na Igreja Metodista Unida, dos Estados Unidos. Nas igrejas
brasileiras que se consideram reformadas, a ameaça vem por diversas
avenidas, trazendo sérios desafios à doutrina calvinista do Espírito Santo.
Eis algumas dessas maneiras pelas quais o pragmatismo e o pluralismo têm
invadido as igrejas históricas:
a) A adoção de uma liturgia neopentecostal, particularmente a ênfase na
experiência. O culto hoje em igrejas evangélicas que adotaram esta ênfase, é
geralmente uma adaptação comunitária do pragmatismo americano, onde
todos fazem o que gostam, e todos gostam do que fazem.
b) O impacto do movimento de crescimento de igreja na área de missões e
evangelização das denominações, missões paraeclesiásticas, e das igrejas
locais. Mesmo as igrejas reformadas não tem escapado à penetração dessas
influências mencionadas acima. Embora o movimento tenha levado a Igreja a
repensar mais corretamente a sua metodologia missionária, por outro lado,
tem provocado reações por parte de calvinistas quanto à seus pressupostos
semi-pelagianos e sua metodologia claramente pragmatista.
A influência dessas filosofias pós-modernas pode ser percebida ainda de
outra maneira. Uma equipe de pesquisa composta de 60 estudiosos e mais
de 100 sócios completou um estudo sobre o presbiterianismo americano, no
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
14
15. seminário presbiteriano de Louisville, nos EUA. Uma das suas conclusões é
que no século XX a denominação sofreu de uma doença teológica, com
muitos presbiterianos evitando posições firmes e claras na área teológica
porque diferenças doutrinais tendem a produzir conflito ou divisão. Essa é a
razão por que eles tentaram em anos recentes resolver problemas
potencialmente divisivos em termos políticos e não teológicos.
A diversidade de perspectivas teológicas dentro das denominações
presbiterianas tem origem na escolha enfrentada em 1927 pela Igreja
Presbiteriana nos Estados Unidos de América (PCUSA). A denominação teve
que decidir entre subscrever a um conjunto fixo de doutrinas ou permitir
uma diferença maior entre opiniões teológicas. A Igreja decidiu por não
delinear as doutrinas exatas que todos os presbiterianos teriam que aceitar,
uma decisão consistente com o presbiterianismo histórico daquele país.
Debates doutrinários haviam sido freqüentes no passado, com divisões
acontecendo sempre que as disparidades ficavam intoleráveis. A pergunta
agora é se o pluralismo teológico produziu alguma teologia que tenha
bastante substância. O pluralismo promete enriquecer a teologia mas na
realidade tende a dilui-la em opções múltiplas que não são coerentes nem
persuasivas. E a identidade reformada quanto à ação do Espírito tende a
desaparecer.
O Desafio Hermenêutico: Neopentecostalismo
O que é o neopentecostalismo
Por neopentecostalismo quero dizer aqueles movimentos surgidos em
décadas recentes, que são desdobramentos do pentecostalismo clássico do
início do século, mesmo que abandonaram algumas de suas ênfases
características e adquiriram marcas próprias, como ênfase em revelações
diretas, curas, batalha espiritual, e particularmente uma maneira
sobrenaturalista de encarar a realidade espiritual.
A hermenêutica destes movimentos é caracterizada por uma leitura das
Escrituras e da realidade sempre em termos da ação sobrenatural de Deus.
Deus é percebido somente em termos de sua ação extraordinária. Para o
neopentecostal típico, Deus o guia na vida diária através de impulsos,
sonhos, visões, palavras proféticas, e dá soluções aos seus problemas
sempre de forma miraculosa, como libertações, livramentos, exorcismos e
curas. A doutrina que define, mais que qualquer outra, as igrejas evangélicas
no Brasil hoje, é a crença em milagres. É claro que não estou dizendo que
crer em milagres seja errado. O que estou dizendo é que, na hora que a
crença em milagres contemporâneos e diários passa a ser a característica
maior da igreja evangélica, algo está errado.
Desafios para a doutrina do Espírito Santo
A hermenêutica sobrenaturalista do neopentecostalismo representa um
desafio para a identidade reformada pois tende a menosprezar uma das
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
15
16. doutrinas típicas do calvinismo, que é a providência de Deus. Partindo das
Escrituras, os reformados usam o termo providência para se referir à ação
de Deus, pelo seu Espírito, agindo no mundo através de pessoas e
circunstâncias da vida para atingir seus propósitos. Esses meios não são
intervenções miraculosas ou extraordinárias de Deus na vida humana, mas
simplesmente meios naturais secundários. Os calvinistas reconhecem que
Deus intervém miraculosamente neste mundo, mas sempre em regime de
exceção. Normalmente, ele age através dos meios naturais.
O neopentecostalismo, por enfatizar a ação sobrenatural e miraculosa de
Deus no mundo (a qual não negamos, diga-se), acaba por negligenciar a
importância da operação do Espírito Santo através de meios secundários e
naturais. Essa negligência torna-se mais séria quando nos conscientizamos
que o Espírito normalmente trabalha através de meios secundários e
naturais para salvar os pecadores. Acredito não ser difícil de provar que a
esmagadora maioria dos cristãos foram salvos através de meios naturais –
como o testemunho de alguém, a leitura da Bíblia, a pregação da Palavra – e
não através de intervenções miraculosas e extraordinárias, como foi a
conversão de Paulo.
Como resultado do sobrenaturalismo neopentecostal, as igrejas reformadas
por ele afetadas tendem a considerar os meios naturais como sendo
espiritualmente inferiores. Um bom exemplo é a tendência de não se tomar
remédios, como sendo falta de fé. Um outro resultado é a diminuição da
pregação do Evangelho como meio de salvação dos pecadores, e a ênfase
nos milagres como meio evangelístico. Assim, a obra do Espírito na Igreja e
no mundo através dos meios naturais secundários é negligenciada, com
graves e perniciosos efeitos nas vidas dos que abraçam a cosmovisão
neopentecostal.
Conclusão
Esses desafios à identidade reformada quanto à ação do Espírito Santo já se
encontram presentes em nosso meio, e prometem persistir por ainda muito
tempo. Alguns dos movimentos contemporâneos que trazem no bojo de
seus pressupostos e de sua metodologia esses desafios, continuam a
crescer no Brasil, e a influenciar as igreja reformadas. Esses movimentos,
como o reavivalismo, crescimento de igrejas, batalha espiritual e
ecumenismo forçam as igrejas reformadas a reavaliar o que crêem quanto à
ação do Espírito na Igreja e no mundo. O desafio é que façamos isso
procurando cada vez mais conformar essas crenças com o ensino das
Escrituras Sagradas, a Palavra de Deus, e com a nossa tradição calvinista.
Parte III
NÓS TAMBÉM RESSUCITAREMOS
1Coríntios 15
1. INTRODUÇÃO
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
16
17. Precisamos começar nosso estudo sobre a escatologia confessando nossa
ignorância. Nós sabemos muito pouco, mas sabemos o mais importante:
nosso futuro está guardado no Livro da Vida, escrito por Deus.
2. VIVENDO EM FUNÇÃO DA RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO
Os versos 3 e 4, complementados pelos versos 5 a 8, formam uma síntese do
Evangelho. Foi este o conteúdo que Paulo recebeu e transmitia. (Porque
primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por
nossos pecados, segundo as Escrituras; que foi sepultado; que foi
ressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras; que apareceu a Cefas, e
depois aos doze; depois apareceu a mais de 500 irmãos duma vez, dos quais
vive ainda a maior parte, mas alguns já dormiram; depois apareceu a Tiago,
então a todos os apóstolos; e por derradeiro de todos apareceu também a
mim, como a um abortivo.
2.1. A narrativa da ressurreição
Este é o Evangelho que nós recebemos e devemos transmitir. Por isto,
precisamos começar falando do fato da ressurreição de Jesus e o faremos
primeiramente de forma poética.
ELOGIO À MULHER
O teu olhar para dentro da noite
é o olhar de quem busca a vida
e não teme o sepulcro.
A tua lágrima que salta de dentro
é a lágrima de quem perdeu
toda a luz que da alegria nasce.
A tua visão de dois anjos na noite
é a visão de quem enxerga o mistério
e ouve a sua voz em meio ao silêncio triste.
Soluça, mulher, maria , madalena,
que no fundo dos teus olhos
dois anjos proclamarão a manhã.
Chora, mulher, maria, madalena,
que nos intervalos dos teus soluços
ouvirás a palavra de quem procuras.
Mulher, reclama o corpo que roubaram.
Ladrões, para onde o levaram?
Mulher, de quem é esta voz que te olha?
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
17
18. De quem é este olhar que te chama?
Olha, mulher, e vê que é rosto do homem que querias morto.
E agora tu o chamas pelo nome das flores.
E agora tu o vês pela imagem das águas
antes que ele Deus todo seja
e marche para o azul ao encontro deste Pai
que se fez filho conosco
e se deixou enterrar nas horas das pedras
Tu o viste, não entre a reclusão das lápides,
nem a respirar a quietude dos troncos tombados,
mas a caminhar por entre as pétalas,
a ouvir o teu lamento sem luz.
Tu o viste, não a anunciar a vitória da noite,
nem a chorar a dor por quem partiu para sempre,
Mas a proclamar o sorriso suave dos teus lábios,
tu que sorriste com ele
na mais feliz de todas as madrugadas:
quando a rocha se fendeu
e ele pôde enxugar da fronte o orvalho que anunciava a sua ressurreição.
(Israel Belo de Azevedo)
2.2. O fato da ressurreição (v. 11-11,20)
A morte de Jesus é um fato histórico não mais questionado e, junto com ele,
o seu sepultamento. No entanto, a sua ressurreição tem sido questionada
em sua veracidade histórica e isto não é de hoje. Também, e igualmente não
de hoje, tem sido questionada fortemente a possibilidade da ressurreição
dos homens no final dos tempos, especialmente pela dificuldade de elas
(tanto a de Jesus quanto a dos cristãos) fazerem sentido à luz da razão.
2.2.1. Contestações à ressurreição
Quanto à ressurreição de Jesus, os argumentos em contrário, são, entre
outros:
A falta de documentos extrabíblicos que a registrem;
As contradições nas narrativas bíblicas sobre o mesmo fenômeno;
A impossibilidade da ressurreição à luz da razão;
A natureza não essencial da ressurreição para a fé cristã.
Quanto à ressurreição dos mortos em geral, argumenta-se que o fenômeno,
tal como aconteceu com a de Cristo, não tem amparo na razão, à qual devem
estar subordinados todos os fatos.
2.2.2. Respostas às contestações
De fato, não há narrativas extrabíblicas para o fato da ressurreição de Jesus.
Não o há também para o nascimento e para a morte de Jesus.
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
18
19. A ressurreição é apontada como um fato essencial para a fé. O apóstolo
Paulo várias vezes o afirma, deixando bem claro, em Romanos 10.9-10, que a
salvação vem pela confissão de Jesus Cristo como Senhor e pela crença de
que o Pai ressuscitou Jesus dentre os mortos.
Quanto às chamadas contradições, tratam-se antes de narrativas com focos
particulares. Cada testemunha narrou segundo a sua perspectiva e segundo
o que viu. Aliás, o teórico comunista Karl Kautsky começou a levantar estas
contradições para desmascarar o Cristianismo. Sua conclusão, que ajudou a
expulsá-lo do Partido Comunista foi outra: se a ressurreição de Jesus fosse
uma lenda, as versões seriam previamente combinadas; o fato de guardarem
uma subjetividade entre elas é uma evidência que nada foi inventado. Por
isto tem razão também outro não cristão, o historiador judeu Pinchas lapide,
para quem a ressurreição é a certidão de nascimento do Cristianismo.
Os símbolos cristãos são símbolos da Ressurreição. O que é o batismo? A
imersão simboliza a morte para o pecado e a ressurreição para uma nova
vida. O que é a Ceia, senão a afirmação da morte de Cristo e sua volta, que
só é possível por ter ressuscitado.
Não podemos esquecer ainda que parte das testemunhas do túmulo vazio
era formada por mulheres. Se a história fosse uma lenda, seus inventores
não colocariam essas narrativas nas bocas das mulheres, incapazes, na
lógica da época, da falar a verdade e, portanto, indignas de crédito. Que
judeu iria crer numa ressurreição testemunhada por mulheres.
Há outra evidência interessante. Quanto custou para os primeiros a fé na
ressurreição? Além do escárnio, muitos pagaram com a vida. Não seria
razoável morreriam por uma lenda. Eles pregaram o Evangelho da
Ressurreição como testemunhas.
Alguém dirá que Paulo não foi testemunha ocular e, de fato, não o foi. Ele
pelo se autodenomina de apóstolo (testemunha) nascido fora do tempo (v.8).
Os versículos 3 e 8, especialmente 3 e 4, não são da lavra do Paulo, que
afirma tê-los recebido. Quando ele começou a pregar, já pregava segundo as
Escrituras, isto é, segundo o que recebera de outras testemunhas. A fé na
Ressurreição não foi inventada por Paulo. A fé na Ressurreição não foi
inventada por Paulo. Ele creu nela depois que o próprio Jesus lhe apareceu
e depois do que aprendeu com os outros cristãos.
Se é difícil crer na Ressurreição de Jesus, e o é, porque fruto da fé, é mais
difícil ainda crer nas idéias, há muito esposadas, que o corpo dele foi, na
verdade, roubado.
Os antigos judeus não sustentaram esta farsa diante de José de Arimatéia.
Mais recentemente, muitos creram noutro delírio: que ele não ressuscitou,
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
19
20. mas se reincarnou. Há gente de provas documentais e racionais para a
perspectivas cristã leva pessoas a forjarem teses delirantes, sem qualquer
apoio documental contemporâneo e sem qualquer elemento de
racionalidade.
O problema do crivo racional é tão sério que até mesmo cristãos, como
Rudolf Bultmann, no início do século 20, chegaram a considerar como não
essencial a ressurreição de Jesus. Ensinava aquele teólogo que o
importante era ter a fé que os primeiros cristãos tiveram, pouco importando
a historicidade desta fé.
3. A FELICIDADE DA FÉ NA RESSURREIÇÃO
Paulo cria na Ressurreição como um fato histórico e deriva o fato da nossa
própria ressurreição daquela.
É como ele que devemos crer. Ele lembra que a crença na Ressurreição era
parte da pregaçào da Igreja. O autor de !Coríntios relaciona esta ressurreição
com a nossa. (Se não há ressurreição de mortos, então Cristo não
ressuscitou. E se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação e vã a nossa
fé, e somos tidos como falsas testemunhas de Deus. (...) Se a nossa
esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de
todos os homens. (v. 12-19)
Sem a fé na Ressurreição de Cristo e sem a esperança em nossa
ressurreição no fianl dos tempos, nós somos infelizes.
Por que somos infelizes sem a Ressurreição?
Somos infelizes porque cremos numa Bíblia que nos ensina uma farsa e nos
faz crer numa lenda ou numa alucinação coletiva, mas acontecia em blocos,
porque pessoas isoladas e grupos viram Jesus com o corpo glorificado.
Somos infelizes porque cremos num Cristianismo, que faz de uma lenda o
pilar do seu conteúdo existencial e teológico.
Somos infelizes porque abrimos mão da bênção regeneradora da
ressurreição (1Pedro 1.3). Sem a ressurreição, o evangelho está incompleto.
Sem a ressurreição não podemos ser salvos. Não há poder na mentira.
Somos infelizes porque abrimos mão da fé para ficar com a razão, razão que
matou Jesus Cristo, razão que foi insuficiente (junto com a Lei) para levar o
homem ao reencontro com Deus, razão que não faz nenhum de nós um salvo
por Cristo no presente e no futuro. Aliás, o século 20, o século da razão por
excelência, é a maior prova da falácia e da insuficiência da razão, pois foi o
século com maior número de guerras e de vítimas de toda a história da
humanidade.
Nós temos esquecido que Cristo ressuscitou. Tem feito pouca diferença em
nossas vidas a esperança de que ressuscitaremos.
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
20
21. Como Paulo, precisamos crer na Ressurreição de Jesus, por se tratar de
uma das colunas da fé cristã.
Mais que crer, precisamos viver como se crêssemos na Ressurreição,
porque somos capazes de cantar e declarar que cremos em algo sem viver
como se crêssemos.
Cristo ressuscitou para que nós pudéssemos ressuscitar -- eis o fundamento
de nossa própria esperança.
4. UMA VIDA RADICALMENTE DIFERENTE
Na primeira parte do capítulo, o apóstolo Paulo põe todo o seu argumento na
certeza da ressurreição de Cristo e dela deriva a esperança da nossa.
Precisamos ficar com esta ênfase: se não vamos viver uma vida pós-
humana, somos lastimáveis humanos. A ressurreição de Jesus e a nossa
não são temas apenas de natureza especulativa, mas de ordem existencial.
O argumento da indispensabilidade da ressurreição é repetido nas partes
seguintes do mesmo capítulo. Conquanto o apóstolo não detalhe o chronos
do que há de vir, oferece-nos uma visão bastante ampla da existência pós-
histórica.
4.1. Entre o fanatismo milenista e o fatalismo secularista
Os temas relacionados à escatologia têm sido tratados de duas maneiras
antitéticas: uma se aproxima da superstição e outra compõe a fila do
paganismo.
Essas duas tendências são retratadas neste capítulo 15 de 2Coríntios,
especificamente nos versículos 29 e 32.
4.1.1. O milênio como superstição
No verso 29, o apóstolo Paulo menciona que em Corinto havia cristãos que
se batizavam por antepassados mortos. (De outra maneira, que farão os que
se batizam pelos mortos? Se absolutamente os mortos não ressuscitam, por
que então se batizam por eles?) Esses cristãos estavam tão certos que
Cristo voltaria para aquela geração que, para salvar seus queridos já mortos,
lançavam-se às águas do batismo, achando que assim contribuiriam para a
remissão dos pecados deles e os preparariam para o juízo final próximo.
A propósito, os mórmons, com cujos representantes cruzamos a todo
instante pelas ruas da cidade, ensinam, a partir deste versículo, que os
cristãos de hoje devem se batizar pelos seus parentes não cristãos para que
eles possam ser salvos. É uma espécie de quebra de maldição ao contrário.
Esses intérpretes preferem ignorar o fato que, quando Paulo menciona
batismo pelos mortos, ele não a recomenda, mas apenas a sua para
argumentar o seu absurdo... Além disso, eles se esquecem da verdade
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
21
22. bíblica essencial, segundo a qual nós somos julgados quando, em vida,
escolhemos aceitar ou recusar o sacrifício de Jesus Cristo por nós. Como
diz o evangelista João, quem crê [em Jesus] não é julgado; mas quem não
crê, já está julgado; porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus
(João 3.18).
O fanatismo coríntio, no entanto, encontrou entre os tessalonicenses outra
expressão. Muitos deixaram os seus empregos e suas escolas, certos que a
volta iminente de Cristo tornava inúteis o trabalho e o estudo. Ao longo da
história, este erro foi várias vezes cometido. Centenas de líderes fanáticos
marcaram datas e lugares para a parousia. Todos fracassaram, como
fracassarão todos que continuarem a fazê-lo e muitos ainda o farão. Há
pessoas que querem saber mais que Jesus, que garantiu que aquele dia e
hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o
Pai (Mateus 24.36). Devemos, portanto, tomar cuidado com as escatologias
calendaristas, aquelas que, olhando os inequívocos sinais da proximidade
do fim da história, equivocam-se ao marcar, com certeza, esquemas e datas.
4.1.2. O milênio distante
A segunda tendência Paulo a menciona de passagem no versículo 32,
quando transcreve um dos argumentos da filosofia epicurista, bastante
aceita à época. (Se, como homem, combati em Éfeso com as feras, que me
aproveita isso? Se os mortos não são ressuscitados, comamos e bebamos,
porque amanhã morreremos.)
Contrariamente àqueles que vivem como se o mundo fosse explodir pelos
ares ainda hoje, os secularistas de Corinto e de nossa cidade vivem na
perspectiva que isto jamais acontecerá ou, se acontecer, está muito distante.
Nesta visão, a história não tem um sentido. Sartre, que embalou as duas
gerações do pós-guerra, ensinava que a vida não tem sentido; só o presente
importa. Epicuro, no passado remoto, e Sartre, no passado recente, têm
corrompido a nossa teologia prática. Em Corintio e em nossa cidade, as más
companhias corrompem os bons costumes (verso 33). Por isto, o apóstolo
recomenda: Acordai para a justiça e não pequeis mais; porque alguns ainda
não têm conhecimento de Deus; digo-o para vergonha vossa (verso 34). Em
outras palavras, quem está neste caminho secularizado deve acordar para a
justiça, isto é, para a verdade do Evangelho, e não pecar mais seguindo
vergonhosamente teorias e perspectivas contrárias à Palavra de Deus.
Para os existencialistas de ontem ou de hoje, Cristo voltará, mas não para
esta geração. Logo, o importante é viver o agora. Há cristãos para os quais a
parousia não significa nada; é como se não fosse algo relevante, embora
haja uma profusão de textos bíblicos a respeito e todo um livro para a
descrever, o Apocalipse.
O tema da escatologia afugenta a muita gente, por suas dificuldades e pelas
muitas discordâncias entre os estudiosos do assunto. Além disso, de tanto
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22
23. se falar que a volta de Cristo está próxima, ela acaba vista como sendo algo
distante...
No século 19 houve também uma tendência explícita, a de que o homem
construiria uma sociedade com tal grau de perfeição, pela influência do
Evangelho, que não haveria necessidade de Cristo voltar. O progresso
educacional, moral, científico e tecnológico a nova terra. Nós
reescreveríamos os apóstolos: Cristo não precisaria voltar; nós é que
iríamos ao seu encontro, ao realizarmos seu projeto. Hoje não se enuncia
esta teologia, mas se vivencia esta teologia imanentista, o que é pior.
4.1.3. Uma visão bíblica
Diferentemente destas visões equivocadas, precisamos de uma visão bíblica
acerca do presente e do futuro. O nosso presente é possível porque no
passado Jesus Cristo morreu e ressuscitou por nós. O nosso presente é
possível porque no futuro Jesus Cristo voltará para nos fazer ressucitar e
viver para sempre com Ele num tipo de vida radicalmente diferente da que
conhecemos e experimentamos.
Nossa visão de Jesus Cristo deve ser tão forte que nos leve a viver como
Paulo, que perguntava: E por que nos expomos também nós a perigos a toda
hora? Sua resposta era veemente: Eu vos declaro, irmãos, pela glória que de
vós tenho em Cristo Jesus nosso Senhor, que morro todos os dias (versos
30 e 31). Nós vivemos segundo o que cremos. Se cremos que Jesus Cristo
veio, nós o oferecemos a todos quantos podemos; se cremos que Ele
voltará, queremos que outras pessoas nos acampanhem nesta jornada sem
fim pelo tempo sem relógio da eternidade.
5. A HISTÓRIA TEM SENTIDO
O estudo da escatologia, como ensinada pelo apóstolo Paulo, no capítulo 15
de 1Coríntios, nos mostra que a história tem um sentido.
Então virá o fim quando ele entregar o reino a Deus o Pai, quando houver
destruído todo domínio e toda autoridade e todo poder.
Pois é necessário que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo
de seus pés. (Ora, o último inimigo a ser destruído é a morte.) Pois se lê:
"Todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés". Mas, quando diz: "Todas as
coisas lhe estão sujeitas", claro está que se excetua aquele que lhe sujeitou
todas as coisas.
E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o próprio
Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus
seja tudo em todos (versos 24-28).
A história humana terá um fim quando o mal for aniquilado de modo
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
23
24. terminal. O presente geme pela atuação dos domínios, autoridades e
poderes. Este é a primeira utilidade de uma fé que contempla as dimensões
escatológicas: nossa vida hoje pode ser marcada pelo gemido, mas esta
história terá um fim.
Não há inimigo que não seja derrotado. Aquele que derrotou o inimigo
definitivo, que é a morte, tornada relativa, derrotará qualquer outro tipo de
inimigo. A morte não venceu Jesus; graças a Ele, a morte não nos vencerá.
Todos aquele que aceitar esta morte não experimentará o poder da morte
sobre si. Toda a força da morte despencou sobre o corpo de Jesus, que
afundou numa tumba. Se a história tivesse acabado assim, estaríamos todos
mortos também. No entanto, todo o poder de Deus levantou Jesus de entre
os mortos, para que nós vivêssemos. Este é o resumo do Evangelho.
No final dos tempos, Jesus entregará o Reino de Deus ao Pai. Esta afirmação
deve ser compreendia no interior da economia divina da história, sob pena
de não entendermos a natureza da
Trindade. O que Paulo nos ensina é que o Filho tem uma missão e esta
missão terá um fim: chegará o tempo em que Ele não será mais o mediador
entre os homens e o Pai, porque não será mais necessária a presença de um
mediador, já que os homens e a Trindade estarão em contato direto e eterno,
na grande festa celestial. Ele, então, chegará perante o Pai e anunciará que
sua obra terminou.
Quando isto acontecer, o Filho receberá toda honra, toda riqueza, toda
sabedoria, toda força, toda honra, toda glória e toda bênção (Apocalipse
5.12). O contraste é claro: Ele derrota toda a autoridade e recebe por isto
toda honra. A glória do Filho é a mesma do Pai. No final dos tempos, o
Cordeiro reinará, submetendo sua obra ao Pai, que o exaltará sobre todo
nome e toda a pessoa, e fará com que todo joelho dobre diante dEle e toda a
língua Lhe cante louvores, porque estará completa a obra da salvação
(Filipenses 2.9-11).
Esta obra, no entanto, começou na criação do mundo e continuou na
Encarnação. Desde então Cristo reina. Ele venceu a morte porque reinava.
Nós, no entanto, ainda não vencemos a morte. Venceremos quando Cristo
nos ressuscitar dentre os mortos. Todos os sofrimentos humanos
encontram são recompensados com a ressurreição, que os faz cessar e dá
sentido a eles.
Por isto, as últimas coisas (escaton) são, na verdade, as primeiras. Cristo é o
princípio e o fim, o Alfa e Ômega, na linguagem apocalíptica. Quem está no
princípio e no fim governa o presente, o nosso presente.
É encorajador saber que Jesus Cristo é rei agora também. É animador saber
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
24
25. que, a apesar da aparência do Seu sumiço da história, Ele a controla. Ele nos
controla. Ele controla as pessoas ao nosso redor. Ele controla as
circunstâncias ao nosso redor. Ele controla a história, história que marcha
para reconhecer que Ele é o Senhor.
6. NÃO PODEMOS PREVER O TEMPO DA PAROUSIA
Sofremos porque não vemos com clareza o tempo da vinda de Jesus Cristo.
Nós gostaríamos de sabê-lo, embora isto fosse péssimo. Se a parousia fosse
ocorrer este ano, e nós o soubéssemos, nós ficaríamos paralisados, como
ficaram alguns da igreja de Tessalônica nos tempos apostólicos. Se a
parousia fosse ocorrer em gerações posteriores à nossa, e nós o
soubéssemos, nós ficaríamos descansados e não permitiríamos que ela
afetasse o nosso presente.
É daí que advém a tendência de se calendarizar os acontecimentos
escatológicos.
Sabemos o que vai acontecer, porque a Bíblia é clara quanto a esta
descrição. Sabemos porque vai acontecer, uma vez que é a forma pela qual
Deus se torna tudo em todos. A Bíblia, do Antigo ao Novo Testamento,
garante-nos que, no final dos tempos, Deus reconciliará a criação, inclusive
a criação humana, consigo. Os problemas estão no quando e no como.
6.1. A seqüência
Somos informados, em linhas gerais, a seqüência dos acontecimentos do
fim. Paulo a enumera nos versos 24 a 28 e 20 a 23:
Na realidade Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, sendo ele as primícias
dos que dormem. Porque, assim como por um homem veio a morte, também
por um homem veio a ressurreição dos mortos. Pois como em Adão todos
morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados. Cada um,
porém, na sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na
sua vinda (versos 20-23).
Os acontecimentos do fim estão no passado (encarnação e glorificação de
Jesus), no presente (nossa aceitação ou recusa do sacrifício de Cristo) e no
futuro. No caso dos salvos, o esquema é claramente o seguinte.
morte de Jesus Cristo » nossa morte (ou transformação, para quem estiver
vivo)
ressurreição de Jesus Cristo » nossa ressurreição (ou transformação para
quem estiver vivo)
parousia » nosso arrebatamento
juízo final » nosso julgamento
consumação do Reino de Deus » vida celestial
Esta seqüência geral pode ser detalhada, mas, ao fazê-lo, não podemos
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
25
26. perder a visão global da história no projeto de Deus. Mesmo as
discordâncias quanto ao tempo dos acontecimentos do fim no futuro não
nos devem separar da esperança que o Jesus que reina agora reinará
plenamente no porvir.
Os pré-milenistas não podem abafar a esperança com seus esquemas. Os
pós-milenistas não podem anular a esperança com seu otimismo. Os a-
milenistas não podem empobrecer a esperança com a redução dos
acontecimentos do fim a meros símbolos.
6.2. Os sinais
Pressupondo a parousia é o acontecimento central, em torno do qual
orbitam os demais, devemos nos acautelar duplamente, com o cuidado de
não achar que a volta de Cristo é algo para o "são nunca de tarde" (conforme
o alerta de Pedro -- 2Pedro 3.9) ou que é algo para tão breve que nos
perturbe (2Tessalonicenses 2.2).
Nós simplesmente não conhecemos o tempo da volta de Jesus Cristo. E isto
é muito bom, conquanto para alguns possa soar como um convite a colocá-
lo para um futuro remoto. Nós temos que viver como se Ele fosse voltar
hoje, com os olhos voltados para a Sua direção. Nós temos que viver como
se Ele fosse ainda demorar a retornar, mantendo nossos olhos voltados para
o crescimento em direção à Sua estatura perfeita. Enquanto tocamos nossos
projetos, de curto, médio e longo prazos, devemos esperar e desejar a volta.
Era assim que Paulo pensava e agia. Embora achasse que alguns de sua
geração seriam arrebatados e transformados, sem passarem pela
experiência da morte (só a da transformação), pela iminência da parousia
(versículo 51), ele não deixava de fazer projetos para a universalização do
Evangelho.
Os sinais do fim estão na Bíblia. Alguns já se cumpriram claramente. Outros
ainda não se cumpriram. Devemos ter cuidado de não os ignorar, mas
também de não os produzir, fazendo com que fatos se encaixem
artificialmente em nossos esquemas. Entre a indiferença em relação aos
sinais e a indústria dos sinais, devemos ficar com a oração apostólica:
"Maranata!" Enquanto a parousia não acontece, devemos pedir por ela,
repetindo a frase com a qual Paulo termina esta epístola: "Maranata!", que
quer dizer: "Vem, Senhor Jesus" (1Coríntios 16.22).
Devemos ter a humildade ainda de reconhecer que há sinais que dificilmente
conseguiremos divisar com clareza. O objetivo dos sinais é nos advertir
contra a possibilidade de marcar tempos que só Deus conhece. O Senhor da
história não é refém de nossas interpretações, que falham, conquanto Ele
não falhe jamais.
7. SÓ PODEMOS FALAR DA ETERNIDADE POR MEIO DA LINGUAGEM
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
26
27. POÉTICA
Além da fixação do tempo para os acontecimentos do fim, nós lavramos em
um outro tipo de dificuldade: a linguagem. A linguagem objetiva não
consegue falar da eternidade; só a imaginação poética nos ajuda. É isto que
faz o autor de Apocalipse. Tudo ali é poesia.
7.1. A imaginação poética
Toda a descrição da vida celestial, ao longo de todo o Novo Testamento, é
poética. É a poesia que nos ajuda a descrever a morte, a ressurreição, a
parousia e o céu. A poesia não remete para a mentira, mas para a
incompetência da linguagem narrativa (jornalística, objetiva, positiva).
Não podemos tomar as imagens acerca da vida celestial e limitá-las. Quem lê
o salmo 23 não pensa que Deus seja um pastor de ovelhas com um cajado
na mão a cuidar delas, mas -- isso, sim -- imagina que Deus se parece com
um pastor de ovelhas com um cajado na mão a cuidar dos seus filhos. Quem
lê a descrição das ruas celestiais, como a de Apocalipse, não deve imaginá-
las como sendo de ouro, mas como sendo tão imponentes e valorosos como
o ouro, o mais rico dos metais preciosos, razão por que foi utilizado para
servir como meio de comparação acerca da vida pós-esta. O céu é um lugar.
Até podemos chamá-lo de nova terra, à falta de elementos para descrevê-lo,
porque nada tem a ver com esta vida aqui e nada sabemos como ela será, a
não ser que será radicalmente diferente desta.
Diante de nossa impossibilidade de imaginar o diferente como sendo
diferente, só podemos falar da eternidade por meio da linguagem poética.
Um exemplo neste capítulo é a referência à morte como sendo um sono (os
que dormem -- versículo 20 --, nem todos dormiremos -- versículo 51). O
apóstolo não está falando do sono da alma: está usando um termo próprio
da tradição bíblica para descrever a morte.
7.2. A vida celestial
Em sua descrição poética, Paulo prefere usar a imagem da semente para
descrever a natureza de nossos corpos (?) celestiais.
Mas alguém dirá: Como ressuscitam os mortos? e com que qualidade de
corpo vêm?
Insensato! o que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer. E,
quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples
grão, como o de trigo, ou o de outra qualquer semente. Mas Deus lhe dá um
corpo como lhe aprouve, e a cada uma das sementes um corpo próprio.
Nem toda carne é uma mesma carne; mas uma é a carne dos homens, outra
a carne dos animais, outra a das aves e outra a dos peixes. Também há
corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a glória dos celestes e outra
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
27
28. a dos terrestres. Uma é a glória do sol, outra a glória da lua e outra a glória
das estrelas; porque uma estrela difere em glória de outra estrela.
Assim também é a ressurreição, é ressuscitado em incorrupção. Semeia-se
em ignomínia, é ressuscitado em glória. Semeia-se em fraqueza, é
ressuscitado em poder. Semeia-se corpo animal, é ressuscitado corpo
espiritual. Se há corpo animal, há também corpo espiritual. (Assim também
está escrito: O primeiro homem, Adão, tornou-se alma vivente; o último
Adão, espírito vivificante.) Mas não é primeiro o espiritual, senão o animal;
depois o espiritual. O primeiro homem, sendo da terra, é terreno; o segundo
homem é do céu. Qual o terreno, tais também os terrenos; e, qual o celestial,
tais também os celestiais. E, assim como trouxemos a imagem do terreno,
traremos também a imagem do celestial.
Mas digo isto, irmãos, que carne e sangue não podem herdar o reino de
Deus; nem a corrupção herda a incorrupção.
Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos mas todos seremos
transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da
última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados
incorruptíveis, e nós seremos transformados.
Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da
incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade. Mas,
quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é
mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá a palavra que está
escrito: "Tragada foi a morte na vitória". Onde está, o morte, a tua vitória?
Onde está, o morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a
força do pecado é a lei.
Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo
(versos 35-57).
Desta seção, eivada de imagens poéticas, podemos reter algumas verdades
inquestionáveis:
1. A vida celestial é radicalmente diferente da vida terrena. Um fruto não se
parece com o grão do qual germinou. Uma árvore não se parece com a
semente que a fez nascer. A vida celeste não se parece com a vida terrena.
Nossos novos corpos não conhecerão as limitações de tempo e espaço que
experimentam aqui. Podemos, diante disto, ainda nos referir a eles como
"corpos"? Não está o apóstolo novamente fazendo poesia?
2. Estes nossos novos corpos serão corpos glorificados. O máximo que
podemos saber a este respeito é que estes novos corpos se parecerão com
o corpo do Jesus ressurreto. Mais do que isto não sabemos, exceto ainda
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
28
29. que, quando adentrarmos à eternidade, os elementos constitutivos desses
nossos corpos não serão mais a carne e o sangue, isto é, não serão células
biologicamente formadas, nem serão mais passíveis de ser atingidas pelo
poder do pecado.
3. A participação na vida eterna celeste é o cume do processo iniciado na
ressurreição de Jesus: a vitória sobre a morte. Depois de ver Jesus reinando
nos céus e de nos contemplar ajoelhados diante dEle confessando o Seu
senhorio, Paulo pergunta à morte, com ironia:
-- Ei, morte, onde está a ponta aguçada de ferro com a qual você flagelava as
pessoas? Ei, morte, onde está o seu sorriso de vitória?
Mesmo a morte, este acontecimento definitivo, tornou-se relativa diante do
Absoluto dos absolutos. Por isto, podemos cantar que Jesus está vencendo
e um dia terminará sua obra.
8. CONCLUSÃO
O apóstolo Paulo termina seu capítulo mostrando qual deve ser o sentido de
se estudar escatologia: reafirmar o valor da confiança no Senhor, que
transforma as nossas ações em ações úteis no Seu reino.
A especulação deve ceder lugar ao compromisso.
A recordação deve preceder a esperança.
Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre
abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no
Senhor (verso 58).
Podemos concluir com esta oração, própria do cristão que ora, age e espera.
PLANETA PRECÁRIO
Ele vem.
A qualquer momento, ele vem.
E eu estou indo ao seu encontro.
Ainda visto as roupas de sempre,
ainda olho nas mesmas direções,
ainda piso nos mesmos caminhos,
ainda toco nos mesmos corpos,
ainda digo as mesmas palavras que os homens
mas eu espero a hora
o instante do encontro
para um abraço muito longo.
E o meu rosto será outro.
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
29
30. E o meu verbo será outro.
E o meu corpo será outro.
Pode ser que eu chegue primeiro
porque eu tenho muita pressa de chegar.
Se primeiro eu for,
receberei logo a sua palavra,
mas o seu corpo
certamente esperarei
pela minha pressa de chegar.
Parte IV
UMA MULHER VESTIDA DO SOL
Um sinal grandioso apareceu no céu: uma Mulher vestida com o sol, tendo a lua
sob os pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas; estava grávida e
gritava, entre as dores do parto, atormentada para dar à luz. Apareceu então outro
sinal no céu: um grande Dragão, cor de fogo, com sete cabeças e dez chifres e
sobre as cabeças sete diademas; sua cauda arrastava um terço das estrelas do
céu, lançando-as para a terra. O Dragão colocou-se diante da mulher que estava
para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho, tão logo nascesse. Ela deu à luz um
filho, um varão, que Irá reger todas as nações com um cetro de ferro. Seu filho,
porém, foi arrebatado para junto de Deus e de seu trono, e a Mulher fugiu para o
deserto, onde Deus lhe havia preparado um lugar em que fosse alimentada por mil
duzentos e sessenta dias. (...) Ao ver que fora expulso para a terra, o Dragão pôs-
se a perseguir a Mulher que dera à luz o filho varão. Ela, porém, recebeu as duas
asas da grande águia para voar ao deserto, para o lugar em que, longe da
Serpente, é alimentada, é alimentada por um tempo, tempos e metade de um
tempo. A Serpente, então, vomitou água como um rio atrás da Mulher: a terra
abriu a boca e engoliu a água que o Dragão vomitara. Enfurecido por causa da
mulher, o Dragão foi então guerrear contra o resto dos seus descendentes, os que
observam os mandamentos de Deus e mantêm o Testemunho de Jesus" (Ap
12.1.17).
Seria a santa Maria, a mãe de Jesus, essa "Mulher que deu à luz um varão", fugiu
para o deserto, onde foi alimentada por mil duzentos e sessenta dias? Colhemos
de um site de apologética católica a seguinte interpretação extra-oficial:
"No Apocalipse, João contempla nesta visão três verdades: a Assunção de Nossa
Senhora, sua glorificação, sua maternidade espiritual. O Apocalipse descreve que
esta mulher "estava grávida e (...) deu à luz um Filho, um menino, aquele que
deve reger todas as nações..." (Ap 12, 2.5 ). Qual mulher, que de fato, esteve
grávida de Jesus senão a Santíssima Virgem? (conf. Is 7, 14). Outros contestam,
dizendo que esta mulher é símbolo da Igreja nascente. Mas, a Igreja nunca esteve
"grávida" de Jesus Cristo! Antes, foi Cristo que gerou a Igreja, foi ele que a
estabeleceu e a sustenta. E para provar que esta mulher é exclusivamente Nossa
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
30
31. Senhora, em outro lugar está escrito: "O Dragão vendo que fora precipitado na
terra, perseguiu a Mulher que dera à luz o Menino" ( Ap 12, 13 ). A Igreja teria
dado à luz a um Menino? Evidente que não! Portanto esta mulher refulgente é
unicamente, Nossa Senhora, pois foi ela unicamente que gerou "o menino"
prometido conf. Is 9, 5 ). Diz ainda a Sagrada Escritura que: "(o Dragão) deteve-se
diante da Mulher que estava para dar à luz (...) para lhe devorar o Filho (...) A
Mulher fugiu para o deserto, onde (...) foi sustentada por mil duzentos e sessenta
dias" ( AP 12, 4.6 ). De fato, o demônio maquinou contra a vida de Jesus desde
seu nascimento, na pessoa do perseguidor Herodes. Maria fugiu então com o filho
para o deserto (Egito). Lá ficou por aproximadamente mil e duzentos e sessenta
dias (três anos e meio). Ou seja, do ano 7 AC, ano do nascimento de Jesus,
conforme atualmente se acredita, até março-abril do ano 4 AC, ano da morte de
Herodes. Perfazendo os três anos e meio de exílio, nos quais foi sustentada pela
Providência. Portanto, todos esses versículos, confirmam primeiramente a
assunção de Nossa Senhora. Pois o apóstolo a contempla revestida de sol, já
estabelecida desde agora na glória prometida pelo seu Filho, quando diz "Os
justos resplandecerão como o sol" (Mt 13,43). Confirma incontestavelmente sua
realeza espiritual, pois a mesma se apresenta coroada com doze estrelas, símbolo
das doze tribos de Israel e dos doze apóstolos. Portanto Rainha do Antigo e do
Novo Testamento. Por fim confirma sua maternidade espiritual, pois diz o Espírito
Santo: "(O Dragão) se irritou contra a Mulher ( Maria ) e foi fazer guerra ao resto
de sua descendência ( seus filhos espirituais ), os que guardam os mandamentos
de Deus e têm o testemunho de Jesus" ( Ap 12, 17 ). Somos de sua descendência
apenas se nos comprometermos com o Cristo Jesus, guardando os seus
mandamentos e testemunhando-o como nosso Senhor e Salvador".
A interpretação acima, que vez ou outra aparece nos debates entre católicos e
protestantes, não me parece das mais felizes. Vejamos alguns pontos
discrepantes:
1) Em nenhum momento a Bíblia relata que os salvos em Cristo receberão uma
coroa de doze estrelas;
2) Também nada registra sobre os tormentos e os gritos de Maria na hora do
parto. Acredito que Maria sentiu as dores normais, mas não a ponto de ficar
atormentada;
3) Maria fugiu para o Egito (Mt 2.14) e não para o deserto; 4) Pelo relato de
Apocalipse, o filho foi arrebatado e a mulher fugiu para o deserto, o que realmente
não aconteceu. Maria, Jesus e José foram para o Egito;
5) O cálculo dos 1.260 dias, como acima, pareceu-me impreciso, sem convicção,
aproximado. A Bíblia nada diz sobre o tempo de permanência de Maria no Egito;
6) O texto não fala - nem a Bíblia em qualquer de seus livros - na Assunção de
Maria, na sua glorificação e maternidade espiritual.
7) A interpretação está na contramão do que pensam eruditos católicos e
protestantes, conforme registros a seguir.
Vejamos qual a interpretação da Bíblia de Jerusalém (Primeira impressão em
setembro/1985, Sociedade Bíblica Católica Internacional e Paulus, autenticada em
1.11.1980 com a assinatura de Paulo Evaristo Arns, Arcebispo Metropolitano de
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
31
32. São Paulo. Na apresentação, os editores disseram que "após três anos de árduo e
intenso trabalho, realizado por uma equipe de exegetas católicos e protestantes e
por um grupo de revisores literários, pudemos entregar ao público a tradução do
Novo Testamento"). Pois bem, essa comissão do mais alto nível, concluiu o
seguinte com relação à "Mulher vestida com o sol" (Ap 12.1.17):
"A cena corresponde a Gênesis 3.15,16. A mulher dá à luz na dor (v.2) aquele que
será o Messias (v.5). Ela é tentada por Satanás (v.9), que a persegue, bem como
a sua descendência. Ela representa o povo santo dos tempos messiânicos (Is 54;
60; 66.7; Mq 4.9-10), e portanto [representa] a Igreja em luta. É possível que João
pense também em Maria, a nova Eva, a filha de Sião, que deu nascimento ao
Messias (cf. Jo 19.25)".
Então, o entendimento dos eruditos católicos é o de que a "mulher" em referência
simboliza a Igreja perseguida. Apenas no final, dizem ser "possível" que o autor do
Apocalipse estivesse pensando em Maria. Esta possibilidade não pode e não foi
levada a sério; são conjecturas, suposições. Para entendermos melhor o assunto,
vamos ler Isaías 66.7-9 (referência citada pelos exegetas católicos): "Antes que
estivesse de parto, deu à luz; antes que lhe viessem as dores, deu à luz um filho.
Quem jamais ouviu tal coisa? (...) Nasceria uma nação de uma só vez? Mas Sião
mal sentiu as dores de parto, e já deu à luz a seus filhos".
A Bíblia de Estudo Pentecostal, concordando, esclarece que "Isaías prevê o
renascimento de Israel como o povo de Deus, durante o reino messiânico; o
nascimento será singularmente rápido e trará alegria, paz e prosperidade".
Devemos ter o cuidado para não identificar Maria com tudo que dar à luz um filho.
Leiam também Isaías 26.17-19; Miquéias 4.9-10).
Vejamos os comentários da Bíblia Sagrada, Edição Ecumênica, tradução do Padre
Antônio Pereira de Figueiredo, com notas do Monsenhor José Alberto L. de Castro
Pinto, Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro, BARSA, 1964, aprovada, portanto, pela
Igreja Católica:
"Apocalipse 12.1: Uma mulher: não é o símbolo da SS. Virgem, mas sim o do
Povo de Deus, primeiro Israel, que deu ao mundo Jesus Cristo segundo a carne e
depois o "Israel de Deus", isto é, a Igreja que enfrentaria as perseguições do
Dragão. O sol, a lua e as estrelas são apenas figuras para expressar seu
esplendor. Por acomodação a Igreja aplica este versículo à SS.Virgem".
Primeiro, os comentários católicos dizem o óbvio, o que não pode ter outra
interpretação, ou seja, que a mulher revestida do sol simboliza o Povo de Deus,
Israel donde nasceu Jesus, num primeiro momento; no outro momento, representa
a Igreja perseguida. No final, fala a verdade quando diz que o Catolicismo aplica o
versículo à SS. Virgem por acomodação, o que me parece uma afirmação que
compromete a lisura e imparcialidade com que as devemos interpretar e ensinar a
palavra de Deus. Acomodação dá idéia de arrumação, de arranjo. A advertência
de Apocalipse 22.19 pode ser aplicada nesse caso: "E se alguém tirar quaisquer
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
32
33. palavras do livro desta profecia, Deus lhe tirará a sua parte da árvore da vida..."
Os comentaristas da Bíblia [evangélica] de Estudo Pentecostal concordam em
linhas gerais com os das bíblias católicas. Vejam:
"Apocalipse 12.1 - Uma mulher - Esta mulher simboliza os fiéis de Israel, através
dos quais o Messias (i.e., o menino Jesus) veio ao mundo (cf. Rm 9.5). Isso é
indicado não somente pelo nascimento do menino, mas também pela referência
ao sol e à lua (ver Gn 37.9-11) e às doze estrelas, que naturalmente se referem às
doze tribos de Israel". "Apocalipse 12.6 - A mulher fugiu - Aqui, a mulher simboliza
os fiéis de Israel na última parte da tribulação (cf. os 1260 dias, metade exata do
período da tribulação). (1) Durante a tribulação, esses fiéis de Israel, judeus
tementes a Deus, opor-se-ão à religião do Anticristo. Examinando com sinceridade
as Escrituras, eles aceitam a verdade de que Jesus Cristo é o Messias (Dt 4.30-
31; Zc 13.8-9). São socorridos por Deus durante os últimos três anos e meio da
tribulação, e Satanás não poderá vencê-los (ver vv 13-16). (2) Quem de Israel
aceitar a religião do Anticristo e rejeitar a verdade bíblica do Messias, será julgado
e destruído nos dias da grande tribulação (ver Is 10.21-23; Ez 11.17-21; 20.34-38;
Zc 13.8-9)". "Apocalipse 12.13 - Perseguiu a mulher - Satanás procura destruir a
mulher. Aqueles em Israel, que aceitarem a Cristo, serão vigiados e perseguidos
por Satanás e pelos seguidores do Anticristo (cf Mt 24.15-21). Deus dará proteção
sobrenatural aos santos de Israel durante esse período (vv 14-16)".
Vamos ver alguns trechos de O Novo Comentário da Bíblia, Edições Vida Nova,
primeira edição em 1963:
"A mulher e o seu filho (Ap 12.1-17) - Os gregos contavam uma história do
nascimento de Apolo marcadamente paralela à dos vv. 1-6. Os egípcios
semelhantemente relatavam o nascimento de Hórus; um fato é que a história, em
formas modificadas, parece ter sido universalmente contada. Claramente, João
tem empregado uma narrativa bem conhecida (primeiramente adaptada,
aparentemente, por um judeu) tanto para ilustrar o seu próprio tema, como para
tacitamente excluir todos os heróis de outras crenças da posição de Redentor
universal (...) Para as nações pagãs do mundo antigo, a mulher grávida (12.1,2)
teria sido uma deusa coroada com as doze estrelas do zodíaco. O judeu teria visto
nela o seu próprio povo, encabeçado pelos doze patriarcas. João mostra que ela
não representa nenhum destes, MAS [representa] O VERDADEIRO POVO
CRENTE DE DEUS, tanto da velha, como da nova dispensação, a comunidade
messiânica. (...) O dragão agora volta a sua atenção para A MULHER, ISTO É, A
IGREJA, tendo falhado no caso do Senhor dela (cfr. João 15.20). No simbolismo
que revela o ataque contra a mulher, a serpente é considerada como um monstro
da água, inclusive a personificação do mar. Daí a mulher foge para o refúgio no
deserto (14), onde um monstro marítimo não pode ter lugar. Para não ser
superada, a serpente manda após ela um dilúvio, mas a terra o traga, de maneira
que não se faça mais nada por ele (15,16). O retrato bem ilustra a segurança
espiritual dos crentes contra tudo que o diabo possa fazer em suas tentativas para
destruí-los".
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
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34. Todas as interpretações apontam para um só entendimento, o de que a mulher
vestida com o sol simboliza Israel, a Igreja de Cristo, o Povo de Deus. Nada há
que possa indicar a descrição do parto de Maria, na cidade de Belém. Em sua
essência, os eventos apocalípticos apontam para o futuro, e não para o passado,
"para dar aos crentes de todas as eras a perspectiva divina do férreo conflito entre
eles e as forças conjuntas de Satanás, nesta revelação de desfecho da história. O
Apocalipse revela principalmente os eventos dos últimos sete anos da segunda
vinda de Cristo, quando, então, Deus intervirá neste mundo e vindicará seus
santos, derramando sua ira sobre o reino de Satanás". Neste contexto, insere-se a
visão da mulher e o dragão, objeto da presente análise.
Parte V
A UNÇÃO DO ESPÍRITO NA VIDA DO CRISTÃO
01. INTRODUÇÃO
A igreja hoje está vivendo mais em função do seu passado do que do seu
presente. Muitos que sepultaram a velha vida, estão chorando diante da sepultura,
recordando um tempo que já não existe mais. O que aconteceu? Onde foi parar a
alegria, a fé, a ousadia?
O povo de Deus está voltando a ser um povo errante. Qualquer dificuldade é
motivo para se afastar em busca de um oásis inexistente.
A lista para explicar este tipo de comportamento é grande. Tudo tem uma
explicação para apoiar o afastamento, o desinteresse. Assim vamos colecionando
fracassos na família, no trabalho, na igreja culpando até mesmo a Deus pelas
nossas derrotas.
O estudo sobre a unção do Espírito visa restaurar o poder de Deus em nossas
vidas. Estamos vivendo num período muito singular. O mover do Espírito Santo
está começando a acontecer em muitos lugares. Precisamos estar preparados
para não deixar esta onda passar sem nos tocar. A hora é de entrega e disposição
de buscar a presença de Deus e a manifestação do Espírito Santo. Que Deus nos
ajude!
Há duas questões que precisam ser consideradas no estudo sobre a unção do
Espírito Santo:
A primeira é sobre o que o Espírito Santo está dizendo hoje para a igreja?
Sabemos que a verdade de Deus é única e que o seu propósito continua o mesmo
desde o início da criação. Malaquias 3:6
Mas sabemos também que suas revelações são progressivas! João 13:7. Em
cada período da história o Espírito Santo se moveu de acordo com as
necessidades da igreja e do povo!
Hoje não temos necessidade de ver um lençol descendo do céu cheio de animais
impuros, para caminharmos na direção indicada por Deus. Atos 10:11-12. Os
presbíteros não se reúnem para discutir se devemos ou não ser circuncidados.
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
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35. Atos 15:1,6.
Nestes dias o Espírito Santo está dispensando à igreja o que ele tem de melhor.
Por isso é devemos estar atentos à sua voz.
Algumas perguntas devemos fazer a nós mesmos:
a. O que estamos realizando tem a ver com o plano de Deus para esses dias?
b. O nosso esforço tem respondido as prioridades do Reino de Deus?
c. A nossa motivação está sendo direcionada para o alvo certo?
A segunda questão é se a igreja está ouvindo com clareza o que o Espírito está
dizendo?
Quando não se ouve com clareza a voz do Espírito corre-se o risco de caminhar
por caminhos traçados pela nossa vontade.
Paulo adverte - 1 Coríntios 14:8
02. COMO OUVIR A VOZ DO ESPÍRITO NESTES DIAS?
Em primeiro lugar, examinando o que a Palavra de Deus fala sobre esse período.
Isaías 35 é um texto profético que fala sobre uma grande unção que será
derramada sobre o nosso deserto!
Esta unção será tão grande que o maior desejo de Deus será cumprido.
a. Ver o evangelho sendo pregado a todas as nações. - Mateus 24:14
b. Ver a igreja convivendo com o sobrenatural. - Marcos 16:17
c. Ver o povo buscando a santificação de vida. - 1 Tessalonicenses 4:3
d. Ver as influências satânicas sendo inibidas pelo poder da unção. - Lucas 4:18
Em segundo lugar, estendendo os olhos para o mundo para ver onde o vento está
soprando.
Durante um período o vento soprou em alguns países e modificou completamente
a sua paisagem.
A Escócia há cerca de quatrocentos anos estava mergulhada em profundas
trevas. O povo vivia numa pobreza degradante. O sistema feudal, que em outros
países já havia sido abolido, ainda predominava na Escócia. Não existia a classe
média. Apenas o clero, a nobreza e o povo. O povo era considerado os vassalos
dos barões. Era escravo no corpo e na mente.
O clero levava uma vida corrompida e imoral. Neste caos surge um homem
levantado por Deus chamado João Knox. Sob o ministério deste homem o país foi
transformado completamente.
A Inglaterra também em 1739 experimentou o mover do Espírito através de João
Wesley, Charles Finney, George Whitefield.
Em outros países como Irlanda, Gales, Estados Unidos o sopro do Espírito Santo
mudou a vida e o sistema de governo até então predominante.
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
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36. Hoje o Espírito continua soprando em muitos outros lugares. A nossa oração é
que ele não deixe de soprar em nosso meio, em nossa igreja, em nosso país.
03. UM GRANDE PERIGO QUE RONDA A IGREJA
Um dos grandes riscos da igreja moderna é o de acreditar:
a. que através de uma organização bem feita;
b. de uma programação eclética;
c. de uma da habilidade em lidar com o povo
Ela produzirá os mesmos resultados que a unção do Espírito produz.
É importante frisar, que sem unção não há trabalho espiritual. Nada pode substituir
a ação do Espírito Santo. Lucas 24:49
04. O QUE É UNÇÃO DO ESPÍRITO?
Hoje esta palavra, que é nova no vocabulário evangélico, já está sendo deturpada
e desgastada.
A unção está sendo confundida com muitas práticas realizadas pela igreja.
A unção não é:
a. Um manifestação sentimental!
c. Uma demonstração humana de poder!
d. Uma encenação espiritual!
Unção, é o método que Deus usa através do Espírito Santo para operar a sua
vontade na terra. Envolve todas as graças, habilidades e poderes do Espírito
Santo. A Unção é a revelação da presença de Deus no meio do seu povo.
Ela ao se manifestar afeta todo aquele que é tocado. Quando um homem está
ungido tudo o que ele toca recebe a mesma unção.
05. UM PEQUENO HISTÓRICO BÍBLICO
No Antigo Testamento ninguém podia oferecer sacrifícios se não fosse ungido
para tal.
A unção era específica para:
- os reis - 1 Samuel 9:16; 2 Samuel 5:3
- sacerdotes - Êxodo 28:41; Êxodo 30:32
- profetas - 1 Reis 19:16
Estes eram ungidos para oficiarem diante de Deus. Quem tentou oferecer
sacrifícios sem passar pela unção, foi punido. Levíticos 10:1; 1 Samuel 13:8-9; 13.
Hoje a unção do Espírito Santo nos habilita a exercer:
- a autoridade de um rei - Lucas 10:19
- a interceder como um sacerdote - 1 João 5:16
- a profetizar como um enviado de Deus - Atos 18:9
Lembre-se do seguinte: o mundo hoje requer uma igreja que trabalhe no poder do
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
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37. Espírito Santo. Uma igreja que saiba depender do Espírito na realização de seus
projetos.
Zacarias 4:6.
Parte VII
CONTEMPORANEIDADE DOS DONS ESPIRITUAIS II
Este estudo contempla questões levantadas por vários irmãos.
Qual a diferença entre batismo no Espírito Santo e dom de línguas?
R: Expressões equivalentes a batismo no Espírito: Ser cheio do Espírito (At 2.4;
9.17) Receber ou descer o Espírito (At 8.15-16; 19.2); Cair ou derramar o Espírito
Santo (Joel 2.28-29; At 2.17; 10.44-45; 11.15); Batizar com o Espírito Santo (Mt
3.11; Jo 1.33; At 11.16). O Batismo é uma experiência especial e sobrenatural. O
falar em línguas é uma manifestação do Espírito, um dom (1 Co 12.7, 10).
Por que só o dom de variedade de línguas é uma evidência do batismo, se
existem outros dons mais nobres?
R: A vida espiritual do crente deve ser um crescer constante. A Bíblia diz para
crescermos na graça e no conhecimento (2 Pe 3.18); Jesus crescia em sabedoria
(Lc 2.52); devemos crescer em nossa fé (2 Co 10.15; Lc 17.5). Deus concede
inicialmente ao recém-batizado um ou mais dons, mas nada impede que o crente
continue crescendo, procurando com zelo os melhores dons (2 Co 12.31; 14.1). O
apóstolo Paulo diz que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os
infiéis (1 Co 14.22), que passam a compreender porque o Reino de Deus é
diferente do reino das trevas. Para os crentes, as línguas significam que o Espírito
está sendo derramado (At 10.44-46; 11.15-17).
Por que considerar o batismo no Espírito Santo uma doutrina se essa
experiência está circunscrita ao livro de Atos e aos primeiros passos da
Igreja?
R: Se o cânon do Novo Testamento só fosse selado após o último batismo no
Espírito Santo, ainda continuaria aberto, pois a Igreja continua RECEBENDO o
Espírito. Ademais, Paulo não declara que o falar em línguas tenha sido um
privilégio da igreja em Corinto. Se dermos curso ao raciocínio de que a
experiência ficou restrita àqueles irmãos, deveríamos então desconsiderar não só
as cartas aos coríntios, mas a enviada aos romanos, aos filipenses, aos
colossenses, e outras. O registro detalhado da experiência em Atos não significa
dizer que ficou ali circunscrita. Seria desnecessária a continuação dos registros.
Mas o assunto é tratado também em I e II aos Coríntios; em Joel 2.28, como
promessa; em Marcos 16.17, na palavra de Jesus; em João 1.33, na palavra de
João Batista; em Romanos 1.11 e 12.6, na palavra de Paulo, desejoso de que
houvesse fortalecimento espiritual, e confirmando a variedade de dons e o de
profecia.
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