2. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 2
A educação sexual na
escola
O que é a sexualidade?
Segundo a OMS:
- A sexualidade é uma energia que nos leva
a procurar afecto, contacto, prazer, ternura
e intimidade.
A sexualidade influencia os nossos
pensamentos, sentimentos, acções e
interacções e, como tal influi na nossa
saúde física e mental.
3. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 3
A educação sexual na
escola
Componentes da sexualidade
- Afecto;
- Bem estar físico;
- Equilíbrio psico-emocional.
4. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 4
A educação sexual na
escola
A genitalidade A afectividade
* Estas duas componentes dão-nos uma vida sexuada
que é gerida pela nossa emoção, inteligência e vontade.
5. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 5
A educação sexual na
escola
““AA sexualidadesexualidade consiste numconsiste num
dinamismo que atinge todo o serdinamismo que atinge todo o ser
humano, seu corpo, alma ehumano, seu corpo, alma e
sentimento, desde a concepsentimento, desde a concepçção atão atéé
àà morte, levandomorte, levando--oo àà doadoaçção total deão total de
si prsi próóprio.prio.””
Familiaris Consortio (n.º 37)
6. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 6
A educação sexual na
escola
Será que em termos afectivos existe um
padrão?
A vinculação é fundamental para a a sobrevivência
e as relações amorosas deverão ser de um modo
estável....
Têm vindo a mudar ao longo do tempo...
As mulheres são mais dependentes, pois para
manter uma relação tinham que fazer a
exteriorização dos afectos de modo adequado;
necessitam de mais desenvolvimento afectivo.
7. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 7
A educação sexual na
escola
Os homens são mais instrumentais e não têm tanta
necessidade desta relação sem perturbar a
qualidade de vida. Tradicionalmente o desejo
sexual do homem é a vontade de ter prazer; é a
apetência sexual porque biologicamente o único
orgasmo masculino é essencialmente a preservação
da espécie.
As mulheres têm vindo a ganhar prazer ao longo da
história. A maior importância tem uma génese
educativa, sócio-cultural e muito mais do que
biológica.
8. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 8
A educação sexual na
escola
Se estudarmos os afectos....Se estudarmos os afectos....
Vamos fazer oferta de formaVamos fazer oferta de formaçção comão com
programas e projectos de Educaprogramas e projectos de Educaçção Sexualão Sexual
sem medos e constrangimentos e comsem medos e constrangimentos e com
humildade.....trabalhar as competências nohumildade.....trabalhar as competências no
professor.professor.
9. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 9
A educação sexual na escola
Como a sexualidade contribui para a auto-estima:
- Proporciona óptimo exercício físico;
- Activa a circulação sanguínea;
- Melhora actividade cardio-vascular;
- Melhora actividade renal;
- Contraria a osteoporose;
- Previne as doenças da próstata;
- Reduz o stress e a depressão;
- Reforça o sistema imunitário;
- Alivia as dores de cabeça e as dores menstruais;
- Combate as insónias;
- Melhora e tonifica a pele;
- Aumenta as capacidades mentais.
10. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 10
A educação sexual na
escola
Consequências das frustrações afectivas e
sexuais:
Do indivíduo: aumento da debilidade orgânica e
imunitária, do stress, da depressão e de outras patologias do
foro psicológico;
Das relações interpessoais: aumento do mau
relacionamento com outras pessoas;
Dos hábitos de consumo: aumento do consumismo
acrítico;
Dos consumos culturais: aumento da dependência das
telenovelas, das histórias fantasiosas;
- Da praxis política: aumento da passividade, do desinteresse
pelos assuntos públicos e redução do espírito crítico.
11. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 11
A educação sexual na
escola
Dimensões de uma sexualidade humanizada
afectividade prazer
responsabilidade
democraticidade
12. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 12
A educação sexual na
escola
Dimensão da afectividade
A sexualidade humana não tem como
finalidade principal a procriação.
Nos seres humanos, o amor, a ternura,
o carinho e a comunicação afectiva,
na vivência sexual, constituem
elementos fundamentais para a sua
realização pessoal.
13. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 13
A educação sexual na
escola
Dimensão da responsabilidade
Vivência de uma sexualidade saudável e a
assunção de uma paternidade/responsável é
necessário a assimilação de conhecimentos e
desenvolvimento de valores éticos.
Ao nível dos primeiros, é importante salientar os
conhecimentos referentes aos aparelhos genitais e
às zonas erógenas masculinas e femininas (sua
complementaridade e especificidade), às IST, à
menstruação e ao período fértil da mulher.
14. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 14
A educação sexual na
escola
Dimensão da responsabilidade
Ao nível dos valores, são de sublinhar os
decorrentes do respeito pela individualidade do/a
parceiro/a, bem como pela sua saúde, pelo que se
deverão evitar os comportamentos sexuais de
risco, com parceiros/as ocasionais.
Desenvolvimento da consciência ética, moral e
cívica da paternidade/maternidade.
15. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 15
A educação sexual na
escola
Dimensão do prazer
Uma das características inerentes à sexualidade
humana é o prazer sexual.
Além do seu próprio prazer, deve ter como
preocupação proporcionar prazer ao outro. A
satisfação de ambos é fundamental para o
equilíbrio físico, emocional e psicossocial,
contribuindo assim para a realização pessoal e
auto-estima de cada um.
Reforça ao laços de união entre o casal e faz
perdurar a relação afectiva.
16. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 16
A educação sexual na
escola
Dimensão da democraticidade
Homens e mulheres são seres humanos que,
embora apresentando diferenças a nível biológico e
psicológico, são iguais em direitos e deveres.
É importante não esquecer que o domínio privado
se interrelaciona com o domínio público, pela que
a democraticidade da sociedade pressupõe a
democraticidade da sexualidade.
Deve estar presente o respeito pela diferença e a
procura da realização afectiva, emocional e física
de ambos.
17. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 17
A educação sexual na
escola
Afectos...
O Afecto é a capacidade
de nos sentirmos
comprometidos com as
coisas e principalmente
com as pessoas.
Expõe-nos, abre-nos....
Sexo sem amor não é
ponto de chegada.
18. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 18
A educação sexual na
escola
Educação sexual é dar afectos:
- Na escola, em casa, o afecto do
educador e relação aberta ao diálogo
é fundamental...
19. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 19
A educação sexual na
escola
Afectos...
☯ Deve ser uma relação equilibrada e rica de
afectos e de cultura, no sentido da
sabedoria do viver, a criança ganha
autonomia e segurança que lhe permitem
integrar modelos e vivências, seleccionando-
as em função do EU.
20. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 20
A educação sexual na
escola
☯ Conhecer, sentir e valorizar o corpo,
exercitá-lo na expressão corporal e
dramática ( a Educação Física pode ajudar a
uma melhor vivência corporal).
☯ O Professor/Educador têm um lugar
significativo na complementaridade da
educação familiar.
21. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 21
A educação sexual na
escola
Não há intimidade quando é muito explícita...
É o vender sexo sem afecto.
Os estereótipos são fortes e
absorventes
Os códigos da linguagem não
estão sincronizados
Preconceitos/ moralismo
impedem o maior hino à
amizade.
22. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 22
A educação sexual na
escola
Deve falar-se...
Dos sentimentos e dos afectos a par das
questões mais técnicas, morfológicas ou
fisiológicas;
O diálogo a propor é no sentido de não
tratar em separado o fisiológico do
sentimental.
23. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 23
A educação sexual na
escola
Ser sexual... Mas mais ser para o
Amor
Reflexões com textos, rolleplays,
slides, fichas informativas,
audições de músicas, caixas de
perguntas...
24. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 24
A educação sexual na
escola
“Valores”
...com uma linguagem clara e
compreensiva partindo dos sentimentos
das pessoas e expondo as nossas
fraquezas e sensações.
25. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 25
A educação sexual na
escola
Ajudar a comunicar sentimentos, aprendizes na arte
de comunicar.
Evitar a argumentação paternalista, medrosa ou
fugidia.
As sensações e o prazer associados à sexualidade
são tão bons que devemos desfrutar da melhor
maneira...
Muitas vezes expressa-se com o corpo, mas pode
não ter ainda a sua expressão de amor consolidada.
A vivência sexual implica a consciência do sentir.
26. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 26
A educação sexual na
escola
Descobrirmo-nos à medida que ajudamos os
outros a descobrirem-se;
É maravilhoso pegar no “Eu” e retocá-lo
progredindo em relação ao passado;
Proporcionar encontros autênticos e despertar
o diálogo;
O amor dá e não explora: o sexo existe para o
amor;
Realizamo-nos na nossa sexualidade se esta se
fizer coincidir com a descoberta do amor...
27. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 27
A educação sexual na
escola
AFECTOS
Relação equilibrada e
rica de afectos e de
cultura, no sentido da
sabedoria de viver, a
criança ganha autonomia
e segurança.
28. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 28
A educação sexual na
escola
Afectos e sexualidade
Muitas pessoas consideram que a actividade
sexual não tem sentido, se não for inserida
num contexto de relações positivas.
Muitas vezes a atracção e o interesse sexual,
geram sentimentos afectivos positivos de
ternura ou de enamoramento.
29. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 29
A educação sexual na
escola
SEXUALIDADE
Suscita o nosso interesse
em todas as idades e não
apenas nas turbulências da
juventude, ela marca não só
o nosso corpo, mas também
a mente.
Ela implica a auto-estima e
a afectividade, os
sentimentos, as emoções, os
tipos de linguagem e a
comunicação em geral.
30. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 30
A educação sexual na
escola
Imagem corporal...o que é?
É a representação
mental que uma
pessoa possui do seu
próprio corpo....é um
conceito que evolui ao
longo da vida segundo
a experiência pessoal
e a intervenção de
numerosas influências
exteriores.
31. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 31
A educação sexual na
escola
AFECTOS E SEXUALIDADE
Razões pelas quais os afectos foram
pouco estudados
1- Os afectos são mais difíceis de estudar que
os outros comportamentos, pois implicam
determinado tipo de mudanças não
directamente observáveis.
32. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 32
A educação sexual na
escola
A alterações são:
Fisiológicas (hormonais, respiratórias,
circulatórias e musculares)
Expressivas (de postura, faciais, tónus, oculares)
Subjectivas (percepção e interpretação dos
próprios movimentos)
Sociais (interpretação social das mudanças
observáveis)
33. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 33
A educação sexual na
escola
Razões pelas quais os afectos
foram pouco estudados
2 - Os afectos foram pouco estudados, pois
a corrente psicológica apenas aceitava
como objecto de estudo tudo o que
fosse directamente observável.
Desta forma todo e qualquer tipo de
representação mental e sentimental, não
poderiam ser objecto de estudo.
34. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 34
A educação sexual na
escola
3 - Tem origem na própria natureza
dos afectos ; estes são mais difíceis de
distinguir, definir, operacionalizar e
nomear.
4 - Os afectos e tudo o que se relaciona
com a sexualidade foi ao longo da
história sempre negado, perseguido e
desvalorizado.
35. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 35
A educação sexual na
escola
Sexualidade
A sexualidade e a
afectividade na sociedade
actual pautam-se ainda pela
existência de ciclos de
ignorância, relacionada com
a existência de mitos e
tabus, que evidenciam a
dificuldade social de um
assumir da educação sexual
e sentimental dos jovens.
36. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 36
A educação sexual na
escola
As infecções sexualmente transmissíveis
IST ou ITS
⌦ Condilomas ou verrugas genitais
. Agente causador: vírus do papiloma
humano (HPV).
. Sintomatologia: verrugas que aparecem na
vagina, no pénis e/ou à volta do ânus.
. Forma de transmissão: contacto sexual.
37. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 37
A educação sexual na
escola
⌦ Gonorreia ou blenorragia
. Agente causador: Neisseria gonorhæ (bactéria).
. Sintomatologia: Nos homens pode causar ardor ao
urinar e corrimento uretral.
Na mulher os sintomas às vezes estão ausentes
e quando existem são semelhantes aos do
homem mas com corrimento vaginal. Pode
causar danos ao recém-nascido.
. Transmissão: Contacto sexual, roupa interior,
toalhas.
38. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 38
A educação sexual na
escola
⌦ Hepatite B
. Agente causador: vírus da hepatite B (HBV).
. Sintomatologia: pode não haver sintomas ou
então eles serem os de uma hepatite aguda. Ocorre
amarelecimento dos olhos e da pele.
. Forma de transmissão: contacto sexual, sangue,
esperma, saliva e transmissão vertical.
39. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 39
A educação sexual na
escola
⌦ Herpes genital
. Agente causador: herpes simplex II vírus (HSV).
. Sintomatologia: aparecimento recorrente de
erupção (pequenas vesículas)dolorosa nos órgãos genitais
externos. Pode causar danos ao nascituro.
. Forma de transmissão: contacto sexual.
40. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 40
A educação sexual na
escola
⌦ SIDA (AIDS)
. Agente causador: vírus da imunodeficiência humana
(HIV).
. Sintomatologia: a sida é um síndroma que pode ou não
dar sintomas durante longos períodos de tempo após a
infecção pelo vírus. Não existe um sintoma mas normalmente
começam por ocorrer infecções várias e cada vez mais
graves, (o sistema imunitário do doente está afectado e não
responde aos agentes causadores da doença).
. Forma de transmissão: contacto sexual, sangue,
esperma, leite materno e transmissão vertical.
41. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 41
A educação sexual na
escola
⌦ Sífilis
. Agente causador: treponema pallidum
(bactéria).
. Sintomatologia: inclui sintomas vários e uma
evolução lenta. É uma doença que exige tratamento.
Pode causar danos graves ao recém-nascido.
. Forma de transmissão: contacto sexual e
transmissão transversal.
42. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 42
A educação sexual na
escola
⌦ Tricomoníase
. Agente causador: trichomona vaginalis
(protozoário).
. Sintomatologia: pode não causar sintomas,
mas pode incluir inflamação dolorosa da vagina e da
vulva.
. Forma de transmissão: contacto sexual, roupa
interior, toalhas.
43. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 43
A educação sexual na
escola
⌦ Uretrite não específica
. Agente causador: chlamydia trachomatis, em
50% dos casos. Trichomona vaginalis e/ou herpes
simplex.
. Sintomatologia: pode haver corrimento quer
uretral no homem, quer vaginal na mulher, mas
podem não ocorrer sintomas.
. Forma de transmissão: contacto sexual, roupa
interior, toalhas.
44. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 44
A educação sexual na
escola
Etapas essenciais para a organização
e desenvolvimento de projectos e
actividades de Ed. Sexual em cada
escola:
♦ Identificação da equipa
responsável
♦ Elaborar linhas do projecto
• Objectivos
• Estratégias
• Formas de avaliação
• Modos de integração no
Projecto Educativo da
Escola
45. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 45
A educação sexual na
escola
Passos importantes:
♦CONSTITUIÇÃO DA EQUIPA
♦APRESENTAÇÃO DO PROGRAMA À
ESCOLA
♦ PRIMEIROS CONTACTOS COM O
GRUPO
♦IDENTIFICAÇÃO DAS
NECESSIDADES DO GRUPO
♦PROGRAMAÇÃO DAS ACÇÕES
♦AVALIAÇÃO
♦PASSOS SEGUINTES
46. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 46
A educação sexual na
escola
RECURSOS
+ Francisco Pintado - 965 162 680
+ Centro de Saúde da área da escola
ou Agrupamento
+ APF – 222085869
47. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 47
A educação sexual na
escola
Objectivos da Educação Sexual
A Educação Sexual apresenta Objectivos
Gerais bem definidos a nível dos
Conhecimentos, das Atitudes e dos
Comportamentos Individuais.
Com base nesse conjunto de objectivos gerais
poderão ser definidos objectivos específicos,
actividades e estratégias adaptadas aos diferentes
graus de ensino, às diversas idades e a outras
características dos alunos.
Lei 60/2009 e Portaria 196A/06.04.2010
48. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 48
A educação sexual na
escola
Objectivos a nível dos Conhecimentos
Conhecer:
• as várias dimensões da sexualidade;
• a diversidade dos comportamentos sexuais ao
longo da vida e das características individuais;
• os mecanismos da resposta sexual, da
reprodução, da contracepção e da prática de sexo
seguro;
• as ideias e valores com que as diversas
sociedades foram encarando a sexualidade, o
amor, a reprodução e as relações entre os sexos
ao longo da história e nas diferentes culturas;
49. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 49
A educação sexual na
escola
• os problemas de saúde – e as formas de
prevenção – ligados à expressão da
sexualidade, em particular as gravidezes
não desejadas, as infecções por
transmissão sexual, os abusos e a
violência sexuais ;
• os direitos, a legislação, os apoios e os
recursos disponíveis na prevenção,
acompanhamento e tratamento desses
problemas.
50. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 50
A educação sexual na
escola
Objectivos a nível das Atitudes
Contribuir para:
* uma aceitação positiva e confortável do
corpo sexuado, do prazer e da
afectividade;
• uma atitude não sexista;
• uma atitude não discriminatória fase às
diferentes expressões e orientações
sexuais;
• uma atitude preventiva fase à doença e
promotora do bem-estar e da saúde.
51. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 51
A educação sexual na
escola
• desenvolvimento das competências para
tomar decisões responsáveis;
• desenvolvimento de competências para
recusar comportamentos não desejados ou
que violem a dignidade e os direitos pessoais;
• desenvolvimento de competências de
comunicação;
• aquisição e utilização de um vocabulário
adequado;
• utilização, quando necessário, de meios
seguros e eficazes de contracepção e de
prevenção;
• desenvolvimento de competências para pedir
ajuda e saber recorrer a apoios, quando
necessário.
52. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 52
A educação sexual na
escola
Metodologias e Estratégias
A metodologia adoptada deve ter em conta a
identificação de necessidades, já que em cada escola
existe uma realidade sociocultural diferente, o que
implica padrões cognitivos, de atitudes e
comportamentos igualmente diferentes por parte dos
alunos.
Quanto às estratégias, a Educação Sexual poderá
realizar-se a vários níveis:
Curricular;
Complemento Curricular.
53. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 53
A educação sexual na
escola
Como operacionalizar a Educação Sexual nas
Escolas
A primeira via de inclusão será feita
por cada professor ou, idealmente, por
grupos disciplinares, identificando nos
programas momentos em que possam
ser incluídos temas de Educação
Sexual, considerando os interesses dos
alunos.
54. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 54
A educação sexual na
escola
A segunda via de inclusão
pressupõe, a partir do 2º Ciclo, a
articulação entre professores de
várias disciplinas para a
abordagem de um ou vários
temas de Educação Sexual.
55. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 55
A educação sexual na
escola
A terceira via de inclusão, ou seja, a
das actividades de complemento
curricular, tem sido a mais seguida
pelas escolas, muitas vezes com a
colaboração de profissionais de saúde.
Esta via poder-se-á revelar menos eficaz se
se revestir de carácter esporádico, irregular
e menos responsabilizador da Escola como
um todo.
56. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 56
A educação sexual na
escola
Como operacionalizar a Educação
Sexual nas Escolas
Qualquer uma destas vias pressupõe a
existência de um núcleo dinamizador e
coordenador destas actividades.
Neste sentido, é desejável a criação em cada
escola de um núcleo responsável perante o
Conselho Pedagógico, que desenhe e
proponha actividades que, ao abrigo do nº 2
do art.º 26º da LBSE, possam contemplar,
entre outros temas, a Educação Sexual em
meio escolar.
57. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 57
A educação sexual na
escola
Neste contexto, adianta-se
algumas etapas essenciais para a
organização e desenvolvimentos
de projectos e actividades de
Educação Sexual em cada escola.
58. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 58
A educação sexual na
escola
Etapas
1ª Etapa – identificação e constituição da
Equipa Responsável;
2ª Etapa – elaboração das linhas gerais do
projecto, explicitando os objectivos, as
estratégias, as formas de avaliação de
resultados e processos, assim como os
modos da sua integração no Projecto
Educativo de Escola;
59. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 59
A educação sexual na
escola
Etapas
3ª Etapa – comunicação do projecto à escola e
identificação dos professores interessados em
participar no projecto;
4ª Etapa – procura e identificação dos apoios
indispensáveis (formação, materiais, serviços
para encaminhamento de casos específicos,
outros agentes exteriores à escola que possam
apoiar a realização de actividades concretas
como, por exemplo, os Centros de Saúde, as
Organizações Não Governamentais e os recursos
disponíveis no Sistema Educativo);
60. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 60
A educação sexual na
escola
Etapas
5ª Etapa – comunicação dos princípios e
conteúdos do projecto aos Pais e
Encarregados de Educação e identificação
de possíveis actividades a eles dirigidas ou
por eles dinamizadas;
6ª Etapa – formação inicial dos professores
e outros profissionais que desejam
envolver-se no projecto, como o psicólogo
da escola, os auxiliares de acção educação e
os profissionais de saúde locais;
61. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 61
A educação sexual na
escola
Etapas
7ª Etapa – desenvolvimento de
trabalhos de projecto com cada
professor, na base da identificação
dos momentos curriculares em que
seja possível a abordagem de temas
relacionados com a sexualidade,
articulando-se com outros
profissionais, se necessário;
62. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 62
A educação sexual na
escola
Etapas
8ª Etapa – identificação de momentos
interdisciplinares e/ou curriculares para a
abordagem conjunta dos mesmos temas, por
exemplo, a comemoração de «Dias
Mundiais»;
9ª Etapa – realização das actividades;
10ª Etapa – avaliação e preparação dos anos
lectivos seguintes.
63. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 63
A educação sexual na
escola
A Educação Sexual não se pode limitar a aspectos
meramente informativos. Ela exige:
Um debate de ideias sobre os valores pessoais;
Um papel predominantemente activo e participativo;
Processos de pesquisa e recolha de informação;
Condução dos debates;
E por último, uma avaliação.
As metodologias activas e participativas são, sem
dúvida, as mais adequadas ao estabelecimento das
relações interpessoais desejáveis para o desenrolar da
Educação Sexual e para o desenvolvimento das
competências que pretende promover nos seus
participantes.
(Ministério da Educação, 2000)
64. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 64
A educação sexual na
escola
O Papel dos Professores e de Outros Auxiliares
da Acção Educativa
Sendo a E.S. das componentes do processo educativo
global, é importante garantir e promover a articulação
entre os vários agentes educativos, respeitando e
valorizando a especificidade do trabalho de cada um,
mais correctamente:
dos Professores;
dos Psicólogos;
dos Assistentes Operacionais de Acção Educativa.
Articulação para a Educação Global da criança e jovem
na escola.
65. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 65
A educação sexual na
escola
O Papel dos Professores não difere muito do que lhe é
atribuído nas outras áreas do processo educativo.
“Logo o nosso papel como educadores é ajudar as crianças a
perceber o mundo que os rodeia. Tendo sempre bem presente que o
objectivo último da escola é o crescimento de SUJEITOS LIVRES E
RESPONSÁVEIS, e que a Educação Sexual é dar afectos, parte
essencial do processo que conduz ao reconhecimento do outro como
sujeito de direitos”.
(Madureira, 2001)
É necessário um apoio técnico - Formação
Esta formação deve fazer parte da preparação inicial de
Professores e Educadores, nomeadamente na via de
ensino.
Enquanto esta formação não acontece, a formação
contínua é fundamental, ajudando os Professores
interessados a desenvolver competências adequadas.
66. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 66
A educação sexual na
escola
- Centros de Formação de Professores;
- Iniciativas isoladas;
- Auto-formação.
Apesar do quadro legal estipular a inserção da
Educação Sexual na Escola, poderá não ser fácil para
um Professor iniciar, sozinho, um programa nesta
área.
Factores como:
Insegurança pessoal na matéria
Receio de incompreensão
Falta de formação
Poderão impedir a execução de um projecto nesta
área.
67. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 67
A educação sexual na
escola
Cada Professor não tem de ser um
especialista em E.S., mas sim um
profissional devidamente informado
sobre a sexualidade humana, e que,
como educador, já tenha tido
oportunidade de reflectir sobre ela.
68. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 68
A educação sexual na
escola
• Perfil desejável para o Professor/a que queira
desenvolver Acções de Educação Sexual:
Preocupação com o bem estar físico e psicológico dos
outros;
Aceitação da sua sexualidade e da dos outros;
Respeito pelas opiniões das outras pessoas;
Atitude favorável ao envolvimento dos Pais e
Encarregados de Educação e outros Agentes de
Educação;
Compromisso de confidencialidade sobre informações
pessoais que possam ser explicitadas de Educação;
Capacidade para reconhecer as situações que
requerem a intervenção de outros
profissionais/técnicos.
69. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 69
A educação sexual na
escola
O factor diálogo na relação torna-se
muito importante, devido ao afecto
do educador e da proximidade deste
com os alunos na escola. Não só
porque não se transmite apenas o
que se sabe, mas porque também se
transmite aquilo que se pensa, aquilo
que é o mundo em que se vive.
70. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 70
A educação sexual na
escola
Factores de sucesso no desenvolvimento de acções
de Educação Sexual
Pretende-se que o Professor:
Seja tão neutro quanto possível;
Não atribua previamente “certos” e “errados”;
Proporcione identificação de valores pessoais
(criando um clima aberto e não constrangedor);
Actue pedagogicamente através da partilha em vez
da imposição;
Demonstre disponibilidade e confiança;
Aborde conteúdos apropriados à faixa etária e nível
de desenvolvimento dos alunos;
...
71. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 71
A educação sexual na
escola
Um dialogo construtivo, não
culpabilizador, aberto e sem
tabus, é o mais indicado para se
abordar um tema delicado como
é a sexualidade e a afectividade.
72. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 72
A educação sexual na
escola
Um Programa de Formação de
Professores, neste âmbito, deverá
contemplar três áreas distintas:
Formação pessoal na área da Educação
Sexual;
Formação técnico-científica sobre o
desenvolvimento da Sexualidade
humana;
Formação pedagógica em metodologias
participativas e activas.
73. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 73
A educação sexual na
escola
Para além dos professores, a escola integra um
conjunto diversificado e relevante de outros
profissionais, cuja acção é essencial na organização
e funcionamento dos estabelecimentos de ensino
no processo educativo.
É importante que a escola pondere e analise
o seu possível contributo na elaboração de
programas, nomeadamente de Educação
Sexual.
74. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 74
A educação sexual na
escola
O Papel dos PsicO Papel dos Psicóólogoslogos
• Papel de relevo no que respeita ao
incremento da Educação Sexual;
Este papel está ligado às características do
psicólogo, juntamente com o papel que lhe é
atribuído pelos SPO (Serviços de Psicologia e
Orientação).
75. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 75
A educação sexual na
escola
• Possibilidade de estabelecer
mecanismos de articulação entre a
escola e os serviços de saúde, ou
outros na comunidade educativa, em
matéria de Educação Sexual.
76. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 76
A educação sexual na
escola
O Papel dos Assistentes Operacionais deO Papel dos Assistentes Operacionais de
AcAcçção Educativaão Educativa
É com estes que, muitas vezes, os alunos têm um
maior e mais directo contacto;
São frequentes as relações de intimidade e
confidencialidade;
É importante que os pais mantenham uma
relação aberta com estes profissionais, trocando
impressões, depositando confiança e, por vezes,
pedindo conselhos.
77. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 77
A educação sexual na
escola
Segundo o Ministério da Educação
(2000), o papel dos auxiliares da
acção educativa tem vindo a mudar e
a ganhar mais ênfase na intervenção
junto dos alunos, sendo esta de forma
informal, mas permanente,
inclusivamente nas situações que se
relacionam com o domínio sócio-
sexual.
78. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 78
A educação sexual na
escola
Segundo Costa (1998), na medida em que
vivemos numa cultura pluralista, sem regras
universais aceites, o adolescente tem de
integrar mensagens diferentes vindas da
família, da escola, do grupo, dos pares, dos
media e, encontrar o seu próprio sistema de
valores, no sentido e significado para a sua
sexualidade e a sua integração no projecto
de vida.
79. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 79
A educação sexual na
escola
A escola assume um papel
fundamental na educação da criança e
do adolescente, visto este passar a
maior parte do tempo, dentro e em
contacto com a comunidade escolar,
exercendo uma primordial e essencial
influência para a vida futura do
indivíduo.
80. 14-09-2010 Francisco Pintado/Luísa Campos 80
A educação sexual na
escola
Será a partir desta altura que o indivíduo formará
e desenvolverá alguns dos seus valores e juízos
que se não forem correctamente orientados e
encaminhados, não conseguirão tornar-se
mulheres e homens dignos e capazes de pensar e
criar as suas próprias opiniões, pois a escola terá
somente de orientar, educar e não impor
opiniões ou juízos de valores, pois terá de
conseguir ter a capacidade de se alienar, abstrair
de tudo que seja contra e em desvantagem para
o aluno.