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Sexualidade e a idade

Sexo masculino e feminino

Efeitos da doença e da viuvez

Sexualidade nas pessoas com deficiência
•    Hoje em dia vive-se numa sociedade em que, cada vez mais a imagem e a valorização do
    corpo é de extrema importância.

•   Vários estereótipos vão-se interiorizando e moldando o nosso modo de pensar e de agir. A
    sexualidade não é só um direito dos jovens, mas também dos mais velhos, experientes na
    vida.

•   Toda esta ideia de que a sexualidade é apenas para os jovens, bonitos e atraentes é
    incentivada pelos meios de comunicação como as revistas, os filmes, os anúncios
    publicitários e a moda. A imagem que estes passam é de que o amor e o romance fazem
    parte somente de uma faixa etária. Devido a isto, reduz-se a ideia de que os mais velhos
    também podem ter uma vida sexual activa e saudável.

•   Esta imagem de conotação negativa é mais forte nas mulheres. Mesmo que isto não seja
    verdade, muitos idosos tendem a deixar-se levar por estes estereótipos, agindo de acordo
    com o pensamento da sociedade em geral, por vergonha ou falta de coragem, ocultando
    os seus verdadeiros sentimentos. Assim, a vontade de ter uma actividade sexual é
    diminuída e por vezes o desejo é mesmo apagado.
•   Com uma saúde razoável e um parceiro disponível, a maior parte das pessoas
    podem ter relações sexuais mesmo aos 80/90 anos.
•    Esta constatação é substituída por numerosos estudos que demonstram que uma
    vasta percentagem de indivíduos, com idade superior aos 65 anos, não só
    continuam a actividade sexual, mas também, geralmente estão satisfeitos com o
    sexo e com os seus parceiros.
•   Todavia, é possível constatar uma certa diminuição de resposta aos estímulos.
     Este fenómeno é relacionado ao processo normal de envelhecimento.
•   As mudanças que intervêm na fisiologia sexual de um indivíduo em idade avançada,
    podem afectar, tanto a função eréctil como a ejaculação.

•   Os homens frequentemente percebem algumas mudanças distintivas como:
           Prolongamento do tempo necessário para haver uma erecção completa.
           A erecção pode não ser firme ou ampla como nos últimos anos precedentes.
           Uma diminuição do tempo em manter a erecção antes da ejaculação.
           Uma redução da força de ejaculação.
           Falta de sensibilidade, no momento da ejaculação.
           A perda de erecção depois de um orgasmo pode ser mais rápida, ou então
           precisa de mais tempo para obter outra erecção.
           Alguns homens podem necessitar de uma maior estimulação manual.
•   Certas atitudes em relação à actividade sexual na terceira idade, podem ser
    influenciadas pelo fenómeno de ansiedade da expressão sexual, o temor e a
    ansiedade que podem resultar em interpretações negativas das alterações na
    estrutura genital e na resposta sexual, próprio da idade.

•    Quando o homem envelhece, o fenómeno da impotência parece acentuar-se,
    especialmente em homens com problemas cardíacos, diabetes e hipertensão.
Embora as doenças e a invalidez possam afectar a sexualidade, mesmo nas mais
sérias condições, não devem impedir que o indivíduo tenha uma vida sexual
satisfatória:



 Problemas cardíacos: Muitas pessoas que sofreram ataques cardíacos, temem
que o facto de haver relações sexuais possa causar outros ataques. Esse risco é
muito baixo, se seguir as orientações do médico. Muita gente pode recomeçar a
actividade sexual depois de um período de tempo variável entre 12 e 16 semanas
após ter sofrido um ataque.
 Diabetes: Muitos homens que têm diabetes não têm problemas, mas é uma das
poucas doenças que na realidade pode causar impotência.
 Artrite: Dores articulares devido à artrite, podem limitar a actividade sexual.
Tratamentos cirúrgicos ou medicinais podem aliviar as dores. Em alguns casos, os
medicamentos podem diminuir o desejo pelo sexo. Exercícios físicos, repouso,
banhos quentes e mudanças de posição durante o acto sexual, pode ajudar.
A menopausa implica o fim da sexualidade? De modo nenhum. O que a
menopausa implica é o fim da reprodução. Para o ser humano a reprodução é
apenas uma das funções da sexualidade e é pela partilha desta que duas pessoas
se ligam, através do elo do prazer. Para muitas mulheres e muitos homens o fim
da capacidade reprodutora significa finalmente sentirem-se libertos de uma
consequência indesejável e portanto poderem usufruir mais da sua sexualidade.

Após a menopausa, a mulher tem menos desejo sexual? Não é necessariamente
assim. No envelhecimento há uma diminuição lenta e gradual do desejo sexual. O
desejo sexual feminino está dependente de uma complexa influência de factores
ambientais, afectivos, psicológicos e físicos. A menopausa só por si não implica
directamente a diminuição do desejo, o qual do ponto de vista hormonal está mais
dependente dos androgéneos (hormonas que o homem produz em grande
quantidade e a mulher em pequena), já que o corpo feminino costuma produzir
estas hormonas.
Nesta fase, o prazer também é menos intenso? A capacidade para ter orgasmo
não muda após a menopausa. O que se verifica é que com o avanço da idade a
duração e a intensidade do orgasmo diminuem.

É muito frequente a mulher, na menopausa, sentir dores durante a penetração,
o que não acontecia antes da menopausa? Às vezes acontece. Quando a mulher
se começa a sentir sexualmente excitada, as paredes da vagina produzem um
líquido viscoso que lubrifica a vagina e assim a prepara para a penetração. Por
outro lado, a vagina é um órgão altamente elástico, consegue alargar durante o
parto deixando passar a cabeça do bebé. Quando há diminuição de estrogénios, o
que acontece na menopausa, a vagina torna-se menos elástica e as suas paredes
mais finas e frágeis, diminuindo deste modo a capacidade de penetração sem dor.
A actividade sexual após a menopausa é igual á actividade sexual na juventude?
A sexualidade transforma-se com a idade. O envelhecimento implica que o corpo
se modifique tanto no seu aspecto como na sua capacidade de acção. Com a idade
aumentam também as doenças. Em relação à sexualidade, verifica-se que a
pessoa sente menor necessidade de ter relações sexuais. Por outro lado o ritmo é
mais lento, pelo que o sexo é também mais lento e prolongado. Por vezes a
interacção sexual também é condicionada pelas consequências das doenças, como
por exemplo: as dores provocadas pelo reumatismo podem implicar que
determinadas posições sejam dolorosas; após o enfarte do miocárdio a actividade
sexual não deve ser abandonada devendo ser retomada ao ritmo das outras
actividades do dia-a-dia e o casal deve assumir posições que cansem menos
daquelas que tinham antes do enfarte ocorrer.
Há pessoas que dizem ter melhorado a sua vida sexual após a menopausa. É
possível? Sim. Quando tal acontece deve-se essencialmente a três factores:
tempo, disponibilidade e experiência. É uma fase da vida em que frequentemente
o casal passa a ter mais tempo um para o outro. Por outro lado, os anos de
experiência trazem um maior conhecimento do próprio corpo e do corpo do outro,
para além do bem estar e da desinibição que os anos de vida em comum dão. Com
o tempo e a experiência passa-se a valorizar mais a qualidade versus a quantidade.
Falar sobre a sexualidade de um portador de deficiência física implica
necessariamente abordar o conceito de sexualidade humana de forma
ampla, em toda sua dimensão, ou seja, abrangendo os aspectos físico-
          biológicos, socioculturais, económicos e políticos.
Para muitos deficientes, o casamento é somente um sonho distante, e o
sexo, uma diversão proibida.

   Várias famílias impedem os relacionamentos: os pais têm receio de que os
filhos não estejam preparados para um envolvimento afectivo, e temem
demais a gravidez- vêm-se a cuidar dos netos, e sentem muito medo de um
novo caso de deficiência na família.

  Quando o homem e a mulher possuem deficiência mental leve, a hipótese
de uma criança nascer com o mesmo quadro é de 42%. Se a mulher for
portadora de síndrome de Down, existe 50% de hipóteses do filho contrair a
doença. Ao contrário de muitos deficientes mentais, os portadores de
síndrome de Down apresentam uma diminuição de fertilidade. As mulheres
têm a fertilidade diminuída em 50%, e os homens, na maioria das vezes, são
estéreis.
 O deficiente mental é submetido muitas vezes a um tratamento
  protector, como se fosse uma criança eternamente.

 A sexualidade destes pode também ser vista como algo selvagem, que
  deve ser reprimido. De acordo com diversos autores estas pessoas
  sentem desejo, amam, sentem prazer e querem ser amadas. A condição
  sexual destas pessoas depende muito das suas condições educacionais.

 Geralmente, trata-se as pessoas com diferentes deficiências de forma
  igualitária, mas, na verdade, dependem de condições psicossociais
  diversas. Também existe a fobia de que um possível descendente possa
  ser também um deficiente mental. Um mito pois nem todas as
  deficiências mentais são transmitidas de forma hereditária.
 A sexualidade é tida pela sociedade como algo ligado apenas às
  regiões sexuais.
 Para deficientes do sexo feminino com lesões medulares, outros
  locais podem ser estimulados como os mamilos por exemplo,
  sendo possível chegar a uma situação denominada de
  paraorgasmo.
 Pode ocorrer também a falta de lubrificação vaginal que é resolvida
  através de lubrificantes íntimos.
 Já para os homens, a erecção é possível dependendo do caso, mas
  o controlo da ejaculação fica prejudicado em lesões completas.
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  • 1.
  • 2. Sexualidade e a idade Sexo masculino e feminino Efeitos da doença e da viuvez Sexualidade nas pessoas com deficiência
  • 3. Hoje em dia vive-se numa sociedade em que, cada vez mais a imagem e a valorização do corpo é de extrema importância. • Vários estereótipos vão-se interiorizando e moldando o nosso modo de pensar e de agir. A sexualidade não é só um direito dos jovens, mas também dos mais velhos, experientes na vida. • Toda esta ideia de que a sexualidade é apenas para os jovens, bonitos e atraentes é incentivada pelos meios de comunicação como as revistas, os filmes, os anúncios publicitários e a moda. A imagem que estes passam é de que o amor e o romance fazem parte somente de uma faixa etária. Devido a isto, reduz-se a ideia de que os mais velhos também podem ter uma vida sexual activa e saudável. • Esta imagem de conotação negativa é mais forte nas mulheres. Mesmo que isto não seja verdade, muitos idosos tendem a deixar-se levar por estes estereótipos, agindo de acordo com o pensamento da sociedade em geral, por vergonha ou falta de coragem, ocultando os seus verdadeiros sentimentos. Assim, a vontade de ter uma actividade sexual é diminuída e por vezes o desejo é mesmo apagado.
  • 4. Com uma saúde razoável e um parceiro disponível, a maior parte das pessoas podem ter relações sexuais mesmo aos 80/90 anos. • Esta constatação é substituída por numerosos estudos que demonstram que uma vasta percentagem de indivíduos, com idade superior aos 65 anos, não só continuam a actividade sexual, mas também, geralmente estão satisfeitos com o sexo e com os seus parceiros. • Todavia, é possível constatar uma certa diminuição de resposta aos estímulos. Este fenómeno é relacionado ao processo normal de envelhecimento.
  • 5. As mudanças que intervêm na fisiologia sexual de um indivíduo em idade avançada, podem afectar, tanto a função eréctil como a ejaculação. • Os homens frequentemente percebem algumas mudanças distintivas como: Prolongamento do tempo necessário para haver uma erecção completa. A erecção pode não ser firme ou ampla como nos últimos anos precedentes. Uma diminuição do tempo em manter a erecção antes da ejaculação. Uma redução da força de ejaculação. Falta de sensibilidade, no momento da ejaculação. A perda de erecção depois de um orgasmo pode ser mais rápida, ou então precisa de mais tempo para obter outra erecção. Alguns homens podem necessitar de uma maior estimulação manual.
  • 6. Certas atitudes em relação à actividade sexual na terceira idade, podem ser influenciadas pelo fenómeno de ansiedade da expressão sexual, o temor e a ansiedade que podem resultar em interpretações negativas das alterações na estrutura genital e na resposta sexual, próprio da idade. • Quando o homem envelhece, o fenómeno da impotência parece acentuar-se, especialmente em homens com problemas cardíacos, diabetes e hipertensão.
  • 7. Embora as doenças e a invalidez possam afectar a sexualidade, mesmo nas mais sérias condições, não devem impedir que o indivíduo tenha uma vida sexual satisfatória: Problemas cardíacos: Muitas pessoas que sofreram ataques cardíacos, temem que o facto de haver relações sexuais possa causar outros ataques. Esse risco é muito baixo, se seguir as orientações do médico. Muita gente pode recomeçar a actividade sexual depois de um período de tempo variável entre 12 e 16 semanas após ter sofrido um ataque. Diabetes: Muitos homens que têm diabetes não têm problemas, mas é uma das poucas doenças que na realidade pode causar impotência. Artrite: Dores articulares devido à artrite, podem limitar a actividade sexual. Tratamentos cirúrgicos ou medicinais podem aliviar as dores. Em alguns casos, os medicamentos podem diminuir o desejo pelo sexo. Exercícios físicos, repouso, banhos quentes e mudanças de posição durante o acto sexual, pode ajudar.
  • 8. A menopausa implica o fim da sexualidade? De modo nenhum. O que a menopausa implica é o fim da reprodução. Para o ser humano a reprodução é apenas uma das funções da sexualidade e é pela partilha desta que duas pessoas se ligam, através do elo do prazer. Para muitas mulheres e muitos homens o fim da capacidade reprodutora significa finalmente sentirem-se libertos de uma consequência indesejável e portanto poderem usufruir mais da sua sexualidade. Após a menopausa, a mulher tem menos desejo sexual? Não é necessariamente assim. No envelhecimento há uma diminuição lenta e gradual do desejo sexual. O desejo sexual feminino está dependente de uma complexa influência de factores ambientais, afectivos, psicológicos e físicos. A menopausa só por si não implica directamente a diminuição do desejo, o qual do ponto de vista hormonal está mais dependente dos androgéneos (hormonas que o homem produz em grande quantidade e a mulher em pequena), já que o corpo feminino costuma produzir estas hormonas.
  • 9. Nesta fase, o prazer também é menos intenso? A capacidade para ter orgasmo não muda após a menopausa. O que se verifica é que com o avanço da idade a duração e a intensidade do orgasmo diminuem. É muito frequente a mulher, na menopausa, sentir dores durante a penetração, o que não acontecia antes da menopausa? Às vezes acontece. Quando a mulher se começa a sentir sexualmente excitada, as paredes da vagina produzem um líquido viscoso que lubrifica a vagina e assim a prepara para a penetração. Por outro lado, a vagina é um órgão altamente elástico, consegue alargar durante o parto deixando passar a cabeça do bebé. Quando há diminuição de estrogénios, o que acontece na menopausa, a vagina torna-se menos elástica e as suas paredes mais finas e frágeis, diminuindo deste modo a capacidade de penetração sem dor.
  • 10. A actividade sexual após a menopausa é igual á actividade sexual na juventude? A sexualidade transforma-se com a idade. O envelhecimento implica que o corpo se modifique tanto no seu aspecto como na sua capacidade de acção. Com a idade aumentam também as doenças. Em relação à sexualidade, verifica-se que a pessoa sente menor necessidade de ter relações sexuais. Por outro lado o ritmo é mais lento, pelo que o sexo é também mais lento e prolongado. Por vezes a interacção sexual também é condicionada pelas consequências das doenças, como por exemplo: as dores provocadas pelo reumatismo podem implicar que determinadas posições sejam dolorosas; após o enfarte do miocárdio a actividade sexual não deve ser abandonada devendo ser retomada ao ritmo das outras actividades do dia-a-dia e o casal deve assumir posições que cansem menos daquelas que tinham antes do enfarte ocorrer.
  • 11. Há pessoas que dizem ter melhorado a sua vida sexual após a menopausa. É possível? Sim. Quando tal acontece deve-se essencialmente a três factores: tempo, disponibilidade e experiência. É uma fase da vida em que frequentemente o casal passa a ter mais tempo um para o outro. Por outro lado, os anos de experiência trazem um maior conhecimento do próprio corpo e do corpo do outro, para além do bem estar e da desinibição que os anos de vida em comum dão. Com o tempo e a experiência passa-se a valorizar mais a qualidade versus a quantidade.
  • 12. Falar sobre a sexualidade de um portador de deficiência física implica necessariamente abordar o conceito de sexualidade humana de forma ampla, em toda sua dimensão, ou seja, abrangendo os aspectos físico- biológicos, socioculturais, económicos e políticos.
  • 13. Para muitos deficientes, o casamento é somente um sonho distante, e o sexo, uma diversão proibida. Várias famílias impedem os relacionamentos: os pais têm receio de que os filhos não estejam preparados para um envolvimento afectivo, e temem demais a gravidez- vêm-se a cuidar dos netos, e sentem muito medo de um novo caso de deficiência na família. Quando o homem e a mulher possuem deficiência mental leve, a hipótese de uma criança nascer com o mesmo quadro é de 42%. Se a mulher for portadora de síndrome de Down, existe 50% de hipóteses do filho contrair a doença. Ao contrário de muitos deficientes mentais, os portadores de síndrome de Down apresentam uma diminuição de fertilidade. As mulheres têm a fertilidade diminuída em 50%, e os homens, na maioria das vezes, são estéreis.
  • 14.  O deficiente mental é submetido muitas vezes a um tratamento protector, como se fosse uma criança eternamente.  A sexualidade destes pode também ser vista como algo selvagem, que deve ser reprimido. De acordo com diversos autores estas pessoas sentem desejo, amam, sentem prazer e querem ser amadas. A condição sexual destas pessoas depende muito das suas condições educacionais.  Geralmente, trata-se as pessoas com diferentes deficiências de forma igualitária, mas, na verdade, dependem de condições psicossociais diversas. Também existe a fobia de que um possível descendente possa ser também um deficiente mental. Um mito pois nem todas as deficiências mentais são transmitidas de forma hereditária.
  • 15.  A sexualidade é tida pela sociedade como algo ligado apenas às regiões sexuais.  Para deficientes do sexo feminino com lesões medulares, outros locais podem ser estimulados como os mamilos por exemplo, sendo possível chegar a uma situação denominada de paraorgasmo.  Pode ocorrer também a falta de lubrificação vaginal que é resolvida através de lubrificantes íntimos.  Já para os homens, a erecção é possível dependendo do caso, mas o controlo da ejaculação fica prejudicado em lesões completas.