2. AcreditaçãoHospitalar
ACREDITAÇÃO- DEFINIÇÕES
2
“Acreditar significa dar crédito, crer, ter como
verdadeiro, dar ou estabelecer crédito.”
(Dicionário Aurélio)
“Acreditação é um sistema de avaliação externa para
verificar o cumprimento de padrões pré estabelecidos
por determinadas organizações “
(Scrivens, 1995)
4. AcreditaçãoHospitalar
ACREDITAÇÃO- DEFINIÇÕES
4
“Um sistema de avaliação e certificação da qualidade de serviços de saúde,
voluntário, periódico e reservado. Nas experiências, brasileira e internacional,
é uma ação coordenada por uma organização ou agência não governamental
encarregada do desenvolvimento e implantação da sua metodologia. Em seus
princípios tem um caráter eminentemente educativo, voltado para a melhoria
contínua, sem finalidade de fiscalização ou controle oficial, não devendo ser
confundido com os procedimentos de licenciamento e ações típicas de
Estado.”
(ONA)
9. AcreditaçãoHospitalar
VANTAGENS
9
• Segurança para os pacientes e profissionais;
• Qualidade da assistência;
• Construção de equipe e melhoria contínua;
• Útil instrumento de gerenciamento;
• Critérios e objetivos concretos adaptados à realidade brasileira;
• O caminho para a melhoria contínua.
13. AcreditaçãoHospitalar
DIFICULDADES
13
• Falta de compreensão da essência dos métodos;
• Excessivo benchmarking de processos. Cópia de processos de
outras instituições de sucesso;
• Deficiência no uso das ferramentas da qualidade;
• Utilizar o título apenas como estratégia competitiva;
14. AcreditaçãoHospitalar
ISQUA- InternationalSociety forQualityinHealthCar
•Realiza a Acreditação de Instituições Acreditadoras
•Padrões de acreditação
•Tem relacionamento formal com a OMS
•Missão é "Conduzir a melhoria contínua na qualidade e segurança dos cuidados
de saúde em todo o mundo através da educação, pesquisa, colaboração e
disseminação do conhecimento baseada em evidências"
14
17. AcreditaçãoHospitalar
ASPECTOSCOMUNSAOSMÉTODOS
17
• Reforço das leis, normas e regulamentações existentes
• Liderança, valores da instituição. Relação com a comunidade. Saúde
financeira. Políticas de gestão de riscos.
• Gestão de riscos assistenciais, sanitários, ambientais, ocupacionais e
responsabilidade civil
• Gestão de resíduos
• Gestão de pessoas – risco ocupacional, segurança do trabalho, saúde do
trabalhador
• Qualificação de fornecedores, exigências legais.
• Gestão de produtos químicos perigosos : quimioterápicos, materiais e
resíduos radioativos, equipamentos, medicamentos, etc
• Segurança do ambiente: edificações, instalações, equipamentos
• Segurança dos sistemas utilitários: água, energia, etc
22. ONA
ONA- ORGANIZAÇÃONACIONALDEACREDITAÇÃO
22
A ONA foi fundada em 1999 por entidades públicas e privadas do setor de saúde. Sua
criação está ligada às mudanças que ocorreram após a Constituição de 1988, que
definiu a saúde como um direito de todo cidadão.
Na década de 1990, instituições de saúde e governos começaram a se preocupar
fortemente com a avaliação dos serviços oferecidos à população. Foi nesse período
que surgiram as primeiras iniciativas regionais de acreditação e o Manual de
Acreditação de Hospitais para América Latina e Caribe, publicado pela Federação
Brasileira de Hospitais, Federação Latino-americana de Hospitais e Organização Pan-
Americana da Saúde - OPAS.
23. ONA
ONA- ORGANIZAÇÃONACIONALDEACREDITAÇÃO
23
A metodologia de avaliação da ONA foi desenvolvida a partir da revisão desses
modelos de acreditação regionais e dos manuais da América Latina e de países como
Estados Unidos, Canadá, Espanha e Inglaterra.
Para ser utilizado nacionalmente, o manual da ONA foi testado em instituições de
saúde nas cinco regiões do Brasil.
Desde sua criação, a ONA coordena o Sistema Brasileiro de Acreditação - SBA, que
reúne organizações e serviços de saúde, entidades e instituições acreditadoras em
prol da segurança do paciente e da melhoria do atendimento.
27. ONA
NÍVEISONA
Acreditado
Para instituições que atendem aos critérios de segurança do
paciente em todas as áreas de atividade, incluindo aspectos
estruturais e assistenciais.
Válido por dois anos.
Acreditado Pleno
Para instituições que, além de atender aos critérios de segurança,
apresenta gestão integrada, com processos ocorrendo de maneira
fluida e plena comunicação entre as atividades.
Válido por dois anos.
Acreditado com Excelência
O princípio deste nível é a “excelência em gestão”. Uma Organização
ou Programa da Saúde Acreditado com excelência atende aos níveis
1 e 2 , além dos requisitos específicos de nível 3. A instituição já deve
demonstrar uma cultura organizacional de melhoria contínua com
maturidade institucional.
Válido por três anos.
27
39. JCI
CONSÓRCIOBRASILEIRODEACREDITAÇÃO- CBA
A Joint Commission International foi criada
em 1999, como um desdobramento da Joint
Commission on Accreditation of Healthcare
Organizations (JCAHO), para melhorar a
qualidade da assistência à saúde
internacionalmente. No Brasil a JCI está
representada pelo Consórcio Brasileiro de
Acreditação.
39
40. JCI
ETAPASACREDITAÇÃOJCI
Formação e capacitação do Grupo Facilitador
Sensibilização das Lideranças e Corpo Profissional
Educação e preparação para avaliação externa
Avaliação Externa Diagnóstica
Discussão do relatório e recomendações
Elaboração do plano de ação para a busca de conformidade com os
padrões
Implementação das ações corretivas
Avaliação de Educação e/ou Simulada
Continuidade das ações corretivas (caso necessário)
Avaliação para Acreditação
40
44. JCI
PADRÃO
44
É a unidade básica do sistema de avaliação
de Acreditação
Expressa uma expectativa de excelência no
desenvolvimento de um processo ou
atividade
45. JCI
PROPÓSITO
45
Trata da explicação dos requisitos e elementos
constantes do padrão
Esclarece a intenção do padrão, apresentando
exemplos ou descrevendo características
relativas ao processo em questão
46. JCI
ELEMENTODEMENSURAÇÃO
46
São os requisitos do padrão e dos propósitos
que serão verificados e aos quais será atribuída
uma pontuação durante o processo de avaliação
de Acreditação
A relação dos elementos pretende dar maior
clareza aos padrões e auxiliar as instituições a
educar os profissionais no seu preparo para a
avaliação de Acreditação
48. JCI
REGRADEPONTUAÇÃO
48
REGRA DE PONTUAÇÃO - AVALIAÇÃO JCI
Regra 1 Pontuação Indicador
Conformidade de cada padrão
Pelo menos 5 em cada padrão (médias
dos EM)
% de padrões com média
> 5,00
Meta 100% (320 padrões)
Regra 2 Pontuação Indicador
Conformidade de cada capítulo
Pontuação geral dos padrões do
capítulo: mínimo média 8
% capítulos com média >
8,00
Meta 100% (14 capítulos)
Regra 3 Pontuação Indicador
Média global dos capítulos
Pontuação geral de todos os capítulos:
mínimo média 9
Média pontuação geral >
9,00
Regra 4 Pontuação Indicador
Número de Elementos de Mensuração
pontuados como Parcial ou Não
Conforme Máximo de 47 com desvio padrão 3
Quantidade de Elementos
de Mensuração não
conforme e parciais
Meta < 47
51. JCI
METODOLOGIATRACER
O avaliador escolhe aleatoriamente alguns pacientes,
Os prontuários dos pacientes são cuidadosamente avaliados, pensando no
registro completo da assistência;
O avaliador conversa com visitantes e familiares do paciente;
Além disso os colaboradores e médicos são questionados sobre processos,
cuidados em relação à segurança, documentação, treinamentos, etc...
A todo momento a segurança das instalações é avaliada.
51
53. JCI
CAPÍTULOIPSG–MET
ASINTERNACIONAISDESEGURANÇADOPACIENT
4 - Assegurar cirurgias em local de
intervenção correto, procedimento
correto e paciente correto
5- Reduzir o risco de infecções
associadas aos cuidados de saúde
6- Reduzir o risco de lesões ao
paciente decorrente de quedas
53
59. JCI
COP- CuidadosaoPaciente
59
Áreas de Desempenho:
Prestação de Cuidados a Todos os Pacientes
Cuidado aos Pacientes de Alto Risco e
Disponibilização de Serviços de Alto Risco
Alimentação e Terapia Nutricional
Gerenciamento da Dor
Cuidado aos Pacientes em Final de Vida
62. JCI
PFE- EducaçãodoPaciente eFamiliares
62
Avaliação e registro no prontuário das
necessidades de educação de cada paciente
Os pacientes e seus familiares são educados
para o fornecimento de consentimento
informado e participação/decisão nos
processos de cuidado
63. JCI
PFE- EducaçãodoPaciente eFamiliares
63
Os pacientes e seus familiares são educados para o
uso seguro de medicamentos, de equipamentos
médicos, possíveis interações entre medicamentos e
alimentos, orientação nutricional, técnicas de
reabilitação e dor
Os profissionais de saúde envolvidos no cuidado têm
o conhecimento e as habilidades necessárias para
uma educação efetiva
64. JCI
QPS- MelhoriadaQualidadeeSegurançadoPaciente
64
Áreas de Desempenho:
Liderança e Planejamento
Desenho dos Processos Clínicos e Administrativos
para
Seleção das medidas e coleta de dados
Monitoramento da Qualidade
Validação e Análise dos Dados de Medição
Alcance e sustentação da Melhoria
65. JCI
PCI- PrevençãoeControle daInfecção
65
Áreas de Desempenho:
Liderança e Coordenação do Programa
Foco do Programa
Procedimentos de Isolamento
Técnicas de Barreira e Higiene das Mãos
Integração do Programa com a Melhoria da
Qualidade e Segurança do Paciente
Educação dos Profissionais sobre o Programa
67. JCI
FMS- GerenciamentodasInstalações
67
Áreas de Desempenho:
Liderança e planejamento
Segurança e Proteção
Materiais perigosos
Preparação para desastres
Segurança contra incêndio
Equipamentos médicos
Sistemas utilitários
Educação dos Profissionais
69. JCI
MCI- GerenciamentodaComunicaçãoeInformação
69
Áreas de Desempenho:
Comunicação com a Comunidade
Comunicação com Pacientes e Familiares
Comunicação entre Profissionais dentro e fora da
Instituição
Liderança e Planejamento
Prontuário Clínico do Paciente
Dados e Informações Agregadas
72. QMENTUM
Triple Aim
Melhorar a Qualidade e Segurança do Cuidado
Entender as necessidades da população atendida
Diminuir custos
72
TRIPLEAIM
73. QMENTUM
A organização e a gestão dos processos de trabalho, em especial
do trabalho em Time, constituem um dos eixos centrais da
reordenação do método de avaliação do Qmentum.
Diante dessa organização, a avaliação tem que responder aos seguintes objetivos:
• Compreender o processo de trabalho na sua totalidade e a inter- relação dos seus
elementos.
• Identificar as especificidades de cada elemento do processo de trabalho e suas
implicações práticas.
• Perceber o funcionamento do processo de trabalho numa perspectiva dinâmica e
reiterativa.
• Compreender a importância da avaliação constante no processo de trabalho.
73
TIMES
74. QMENTUM
A metodologia internacional sugere não reduzir o esquema da
qualidade à tríade estrutura – processo - resultado (Donabedian ).
O crescimento das complexas dimensões sócio-sistémicas entre os atores de
um hospital e/o de outra estrutura sanitária não permite privilegiar essa
tríade, mas recomenda analisar a qualidade como “exigência primária capaz de
modificar a gestão [...] ou seja, é preciso verificar continuamente a missão da
instituição de saúde e suas prioridades”.
É necessário o uso de métodos e técnicas que demonstrem a capacidade de
captar tanto as dimensões estruturais do ambiente da assistência ;
as dimensões relacionadas às representações sociais dos
atores envolvidos;
e às expectativas de saúde dos pacientes.
74
OMétododeAvaliação
81. QMENTUM
OINSTRUMENTO
81
1. Diretrizes do Qmentum
2. Governança
3. Planejamento do Trabalho
4. Estrutura Assistencial
5. Assistência Ambulatorial
6. Assistência Farmacêutica
7. Assistência farmacêutica para Instituições de Pequeno Porte
8. Assistência Obstétrica e Perinatal
9. Atenção Primária à Saúde
10. Atendimento as Urgências e Emergências
11. Cuidados Cirúrgicos
12. Cuidados Intensivos
13. Diagnóstico por Imagem
14. Equipe Cirúrgica
15. Preparo para o Caso de Desastres e Emergências
16. Reprocessamento e Esterilização de Materiais
17. Prevenção e Controle de Infecção
82. QMENTUM
ESTRUTURA ASSISTENCIAL BÁSICA
1.0 A instituição desenvolve serviços de cuidados intensivos
para atender às necessidades dos pacientes.
1.1 A instituição dispõe de uma licença de funcionamento
atualizada para prestar serviços de cuidados intensivos.
Dimensão de Qualidade:
Processo Prioritário:
Prioridade:
Nível:
Efetividade
Liderança Clínica
Alta
Ouro
Diretrizes:
Buscar opiniões de pacientes e colaboradores ajuda a garantir
que o atendimento vá refletir corretamente as necessidades dos
pacientes.
Módulo
Padrão
Critério
Diretrizes fornecem
detalhes sobre o que
é necessário estar
implementado para
que cada critério seja
atendido
OINSTRUMENTO
82
85. QMENTUM
Ciclo de 3 anos
Entrada da Instituição no
Programa
Processo de Educação
Preenchimento da
Auto Avaliação
Visita de Preparação
Visita de
Acreditação
Processo
de Manutenção
ProgramadeAcreditação
85
89. QMENTUM
ROP- PráticaOrganizacional Exigida
89
Prática Organizacional Exigida (ROP) é definida como prática essencial
que as organizações devem ter implementado para melhorar a segurança
do paciente e minimizar riscos.
É apresentada como uma meta estabelecida, acompanhada por testes
de conformidade.
A organização deve atender todos os testes de conformidade e atingir a
meta estabelecida. Os testes de conformidade são avaliados durante a
visita utilizando a metodologia “tracer”.
Embora a documentação adequada seja necessária para cumprir a maioria
dos testes de conformidade, esta por si só não é suficiente. Na realização
dos tracers, os avaliadores irão procurar evidências de que tais políticas e
processos estejam implementados em toda a organização.
90. QMENTUM
ROP- PráticaOrganizacional Exigida
"um conjunto de práticas que proporciona ligação direta entre os conhecimentos da
organização, a estratégia, a qualidade e a segurança do cuidado”.
90
92. QMENTUM
PráticaOrganizacional Exigida
92
Área de Segurança do Paciente: Comunicação
ROP: Implementar um protocolo de identificação para os pacientes em todo o fluxo
assistencial.
Meta: Melhorar coordenação e eficácia da comunicação entre os profissionais da
saúde e o paciente em todo fluxo assistencial.
Nível: Ouro
Foco: Identificação do Paciente
Experiência: A dificuldade de identificar corretamente os pacientes resulta em erros
de medicação, erros de transfusão, procedimentos em pacientes errados, e troca de
recém nascidos. O risco de uma identificação errada pode ser reduzido
significantemente através da adaptação de procedimentos de identificação
comprovados como seguros.
Accreditation Canada’s Qmentum ROPs (2) e WHO Collaborating Centre for Patient
Safety Solution informou o desenvolvimento desta ROP.
93. QMENTUM
PráticaOrganizacional Exigida
93
Teste de conformidade:
A organização tem um método de identificação dos pacientes
(ex.: pulseira no pulso, identificação com foto....) que está padronizado em
toda a instituição.
Os profissionais utilizam dois métodos de confirmação (ex.: nome e data de
nascimento) para identificar um paciente antes de fornecer qualquer serviço ou
fazer qualquer procedimento.
*O número do quarto do paciente não pode ser utilizado para identificá-lo.
Mais informações:
Pulseiras no pulso são utilizadas universalmente para a identificação de pacientes;
veja o site da Agência Nacional de Segurança do Paciente para mais informações:
http://www.npsa.nhs.uk/nrls/alerts-and-directives/notices/wristbands/.
O primeiro e o ultimo nome do paciente, a sua data de nascimento, número do quarto
e registro são dados importantes que devem ser colocados nesta pulseira.