O documento discute a arte ao longo dos séculos, começando com a arte pré-histórica e mencionando exemplos como gravuras rupestres. Também aborda a arte rupestre no Vale do Côa em Portugal e a arte na Babilônia antiga, como a Porta de Ishtar. Por fim, discute a Pietá de Michelangelo na Basílica de São Pedro.
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
A arte rupestre de Foz Côa e a pré-história portuguesa
1. A ARTEAO LONGO DOS SÉCULOS CRISTIANO
fREITAS.41032
HISTÓRIA DAS ARTES
COMTEMPORÂNEAS
2. PRÉ-HISTÓRICA
A chamada arte pré-história é o que podemos assemelhar com
produção dita artística do homem ocidental dos dias de hoje feito
pelos humanos pré-históricos, como gravuras rupestres, estatuetas,
pinturas, desenhos.
A arte pré-histórica não está necessariamente ligada à ideia de
"arte" e sim de comunicação que surgiu a partir do renascimento,
pois estabelecer um paralelo entre a civilização ocidental e os
humanos pré-históricos é uma tarefa muito extenuante, senão
mesmo impossível.
A relação que o homem pré-histórico tinha com esses objetos é
impossível definir. Pode-se, no entanto, formular hipóteses e
efetuar um percurso para as apoiar cientificamente.
Ainda hoje, povos caçadores-recolectores produzem a dita "arte" e
em algumas tribos de índios percebe-se a relação do homem
contemporâneo com o conceito atual de obras de arte e também de
comércio.
ARTE
3. RUPESTRE
Os sítios de arte rupestre doVale do Coa situam-
se ao longo das margens do rio Coa, sobretudo no
município deVila Nova de Foz Côa. Outros
municípios abrangidos: Figueira de Castelo
Rodrigo, Mêda e Pinhel.
Forma uma rara concentração de arte rupestre
composta por gravuras em pedra datadas do
Paleolítico Superior (22 000–10 000 a.C.),
constituindo o mais antigo registo de atividade
humana de gravação existente no mundo.
O património mundial enriqueceu-se em 1994
com o achado do maior complexo de arte rupestre
paleolítico ao ar livre conhecido até hoje. Há
20 000 anos, o homem gravou milhares de
desenhos representando cavalos e bovídeos nas
rochas xistosas do vale do Coa, afluente do rio
Douro, no nordeste de Portugal. Desde Agosto de
1996, o Parque Arqueológico doVale do Coa
organiza visitas a alguns núcleos de gravuras.
As gravuras têm como suporte superfícies
verticais de xisto, com exposição preferencial a
nascente. A dimensão das gravuras oscila entre
15 cm e 180 cm, embora predominem as de 40–
50 cm de extensão. As técnicas de gravação
usadas são a picotagem e o abrasão, que por
vezes coexistem, com o abrasão regularizando a
picotagem. Os traços são largos, embora sejam
por vezes acompanhados de uma grande
quantidade de finos traços, que serviram de
esboço ou complementavam os anteriores.
Noutros casos, estes traços finos desenham
formas dificilmente percetíveis. Existem também
gravuras preenchidas com traços múltiplos. As
gravuras representam essencialmente figuras
animalistas, embora se conheça uma
representação humana e outra abstrata.
ARTE
FOZ DO CÔA
4. A arte antiga refere-se à arte desenvolvida pelas civilizações antigas
após a criação da escrita e que se estende até o paleocristão.
A arte da Babilónia desenvolveu-se no reino antigo do Oriente
Próximo; a sua capital era Babilônia, cujas ruínas estão próximas da
cidade de Al Hillah, no Iraque. Provavelmente, a cidade foi fundada
no quarto milénio a.C., tornando-se o centro de um vasto império
no século XVIII a.C., sob o reinado de Hamurabi. O povo babilónico
mais antigo era herdeiro direto da civilização suméria, que inspirou
a arte da sua primeira dinastia. A partir do século XVII a.C., a
Babilónia foi dominada por outros povos e de 722 a 626 a.C. esteve
sob o controle da Assíria.
ARTE
ANTIGAARTE BABILÓNICA
5. A Porta de Ishtar foi o oitavo portal da cidade
mesopotâmica da Babilónia. Foi construída por
volta de 575 a.C. por ordem do rei Nabucodonosor
II no lado norte da cidade.
Dedicado à deusa babilônica Ishtar.
O teto e as portas foram feitos em cedro, de
acordo com a placa dedicatória. Através do portal
corria o caminho processional lineado por paredes
cobertas por leões em tijolos envidraçados
(aproximadamente 120 deles).
Estátuas de divindades eram conduzidas através
do portal durante as procissões uma vez por ano
durante a celebração do Ano Novo.
Originalmente o portal foi considerado uma das
Sete Maravilhas do MundoAntigo, sendo
substituído pelo Farol de Alexandria algumas
centenas de ano a frente.
A reconstrução da Porta de Ishtar e da via
processional foi feita no Museu do Antigo Oriente
Próximo, uma seção do Museu Pergamon em
Berlim, utilizando o material escavado por Robert
Koldewey, tendo sido finalizada em 1930. Inclui
também a placa de inscrição. Possui uma altura de
14 metros e extensão de 30 metros. A escavação
deu-se entre 1902-1914, e durante esse tempo
foram descobertos 15 metros até a fundação do
portal.
Partes do portal e leões da via processional
encontram-se espalhados por diversos museus do
mundo..
A reprodução da Porta de Ishtar foi construída no
Iraque como entrada de um museu, mas nunca foi
concluída.PORTA DE
ISHTAR
6. CLÁSSICA
A arte e cultura clássicas, muitas vezes denominadas como
Antiguidade Clássica, constituem o estilo artístico e cultura
predominantes na Grécia Antiga entre os séculos VI e IV a.C. e a sua
herança continuada pelos diversos períodos político-culturais da
Roma Antiga. Na Antiga Grécia, o estilo clássico veio substituir o
arcaico, que era baseado na tradição religiosa pré-democrática e
que tinha por característica imagens geometrizadas e pouco
naturalistas.
ARTE
7. A ESTÁTUA DE
ZEUS
Na cidade grega de Olímpia, na planície do Peloponeso,
estava a quinta maravilha do mundo antigo: a estátua de
Zeus, esculpida pelo célebre ateniense Fídias, no século V
a.C., quando a cidade já caíra sob o domínio de Esparta.
Essa é considerada a sua obra-prima. Tanto os gregos
amavam os seus trabalhos que se dizia que ele revelava
aos homens a imagem dos deuses. Supõe-se que a
construção da estátua tenha levado cerca de oito anos.
Zeus (Júpiter, para os romanos) era o senhor do Olimpo, a
morada das divindades. A estátua media de 12 a 15 metros
de altura - o equivalente a um prédio de cinco andares e
era toda de marfim e ébano. Seus olhos eram pedras
preciosas. Fídias esculpiu Zeus sentado num trono. Ele
esculpiu a estátua com material de joalheiro. Na mão
direita levava a estatueta de Nike, deusa da Vitória; na
esquerda, uma esfera sob a qual se debruçava uma águia.
Quando a estátua foi construída, a rivalidade entre Atenas
e Esparta pela hegemonia no Mediterrâneo e na Grécia
continental mergulhou os gregos numa sucessão de
guerras. Os combates, no entanto, não prejudicaram as
realizações culturais e artísticas da época. Ao contrário, o
século V a.C. ficou conhecido como o século de ouro na
história grega devido ao extraordinário florescimento da
arquitetura, escultura e outras artes.
A estátua de Zeus desapareceu sem deixar vestígios em
Constantinopla no século V d.C., local para onde a
colossal estátua tinha sido transladada, quando quase
todo seu material precioso de ouro, marfim e pedras
preciosas já tinha sido retirado.
8. MEDIEVAL
ARTE A arte da Idade Média insere-se no período que, convencionalmente, se chama de
Idade Média. A Igreja Católica assume neste período um papel de extrema
importância filtrando todas as produções científicas e culturais, fazendo com que
muitas obras artísticas tenham uma temática religiosa.
10. CATEDRAL DE
A Catedral de Notre-Dame de Paris é uma das mais antigas
catedrais francesas em estilo gótico. Iniciada sua construção
no ano de 1163, é dedicada a Maria, Mãe de Jesus Cristo (daí
o nome Notre-Dame – Nossa Senhora), situa-se na praça
Parvis, na pequena ilha Île de la Cité em Paris, França,
rodeada pelas águas do Rio Sena.
A catedral surge intimamente ligada à ideia
de gótico no seu esplendor, ao efeito claro
das necessidades e aspirações da alta
sociedade, a uma nova abordagem da
catedral como edifício de contacto e
ascensão espiritual.
A arquitetura gótica é um instrumento
poderoso no seio de uma sociedade que vê,
no início do século XI, a vida urbana
transformar-se a um ritmo acelerado. A
cidade ressurge com uma extrema
importância no campo político, no campo
económico (espelho das crescentes relações
comerciais), ascendendo também, por seu
lado, a burguesia endinheirada e a influência
do clero urbano. Resultado disto é uma
substituição também das necessidades de
construção religiosa fora das cidades, nas
comunidades monásticas rurais, pelo novo
símbolo da prosperidade citadina, a catedral
gótica. E como reposta à procura de uma
nova dignidade crescente no seio de França,
surge a Catedral de Notre-Dame de Paris.
NOTRE-DAME
11. ARTE
MODERNA
A Idade Moderna inicia-se no Renascimento, período de grande esplendor cultural
na Europa. A religião deu lugar a uma concepção científica do homem e do
universo, no sistema do humanismo. As novas descobertas geográficas levaram a
civilização europeia a expandir-se para todos os continentes, e através da invenção
da imprensa a cultura universalizou-se. A arte foi inspirada basicamente na arte
clássica greco-romana e na observação científica da natureza.
13. A Pietà de Michelangelo é talvez a Pietá mais
conhecida e uma das mais famosas esculturas
feitas pelo artista. Representa Jesus morto nos
braços da Virgem Maria. A fita que atravessa o
peito da Virgem Maria traz a assinatura do autor,
única que se conhece: MICHAEL ANGELUS.
BONAROTUS. FLORENT. FACIEBA(T), ou seja,
«Miguel Angelo Buonarotus de Florença fez.»
Fica na basílica de São Pedro, na primeira capela
da alameda do lado direito. Desde que a estátua foi
atacada em 1972, está protegida por um vidro a
prova de bala. Tem 174 centímetros por 195
centímetros e é feita em mármore.
Em 21 de setembro de 1498 o cardeal francês Jean
Bilhères de Lagraulas encomendou a Miguel
Ângelo uma imagem da Virgem para a Capela dos
Reis de França, para a antiga basílica de São
Pedro.PIETÁ
Juntando capacidades criadoras geniais a uma
técnica perfeita, o artista toscano criou então a
sua mais acabada e famosa escultura: a Pietá. O
tema vem da Europa do Norte, a dor de Maria
sobre o corpo morto do filho, mas Michelangelo
abandonou o realismo cruel típico do gênero em
favor de uma visão idealizada.
Nesta obra delicada o artista encontrou uma
vívida delicadeza sexual que até então era vista
como ninfomaniaquismo que naquela época para
o renascentismo representava uma visão de outro
mundo, a solução ideal para um problema que
preocupara os escultores do Primeiro
Renascimento: a colocação do Corpo de Jesus
Cristo morto no regaço de Maria. Para isso alterou
deliberadamente as proporções: o Cristo é menor
que aVirgem, que é para dar a impressão de não
esmagar a Mãe e mostrar que é seu Filho, para
não “sair” do esquema triangular. AVirgem Maria
foi representada muito jovem e com uma nobre
resignação: a expressão dolorosa do rosto é
idealizada, contrastando com a angústia que
tradicionalmente os artistas lhe imprimiam.
Torna-se assim evidente a influência do “pathos”
dos clássicos gregos.