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A agricultura sem dúvida é uma das mais antigas atividades humanas de
que se tem registro. Suas origens se perdem no tempo e vamos encontrá-la
desde a mais remota antiguidade, em praticamente todos os povos e
civilizações.
Por sua vez, a história da civilização está intimamente ligada à história
da agricultura e suas diversas fases de desenvolvimento e técnicas de cultivo.
Inicialmente suas práticas eram muito rudimentares; mas à medida que o
tempo foi passando, os avanços foram acontecendo, muito lentamente no início
e com diferentes graus de desenvolvimento, conforme as nações que
estudarmos. Na Grécia e Roma antigas e ainda no Antigo Egito as técnicas de
cultivo agrícolas eram superiores para a época, se comparados aos povos
bárbaros que junto com outros menos avançados praticavam uma agricultura
muito incipiente e pouco avançada.
À medida que estes avanços foram acontecendo, o empirismo e as
superstições que eram comuns; foi cedendo lugar à experimentação e novas
técnicas foram aprimoradas, chegando ao elevado grau de sofisticação
tecnológica dos dias de hoje. Dentre estas realizações admiráveis, podemos
começar com as descobertas da genética por Gregor Mendell e os avanços da
biologia, da botânica, do melhoramento vegetal, o desenvolvimento da
fitotecnia, da engenharia rural, da mecanização, da climatologia, da irrigação e
da hidroponia, dentre muitos outros; culminando na biotecnologia, como os
cultivos in vitro e a transgenia, apenas para citar os mais recentes progressos.
Já há relatos de aplicação de nanotecnologia no estudo de alguns genes.
O grau de complexidade hoje é tamanho, que passa a haver uma
interdependência entre campo e cidade, de modo que a palavra agricultura;
não mais define por completo a atividade, sendo necessário um termo novo
para designá-la, passando a chamar-se agronegócio. Este novo conceito vem
abranger um conjunto de atividades antes, dentro e após a porteira das
propriedades rurais, compreendendo toda uma rede comercial e de prestações
de serviços e sistemas de governanças, chamadas de cadeias produtivas. O
resultado é de tal forma espetacular, que o setor passa a ser o mais pujante da
economia brasileira; contribuindo de modo expressivo para as exportações e
projetando o País no cenário mundial, como uma nova potência econômica e
agrícola.
No entanto, aspectos importantes de uma atividade que se revela cada
vez mais complexa e sofisticada do ponto de vista tecnológico, científico e
gerencial, estão sendo relegados a um segundo plano; talvez ofuscados pelo
brilho das tecnologias que enchem os olhos dos agricultores e dos demais
atores das diversas cadeias produtivas. Com pesar, observa-se que o resultado
das novas tecnologias vem sendo assimilado de modo satisfatório pelos
empresários rurais, porém os aspectos ligados ao gerenciamento
administrativo e econômico das propriedades rurais não acompanha a mesma
velocidade da incorporação das tecnologias referentes ao cultivo e a produção.
Nesse novo cenário, o agricultor que se caracterizava por sua
simplicidade, agora necessita conhecer termos que lhe são estranhos, como
Mercado futuro, contrato Futuro e de Opções, nomes complicados de produtos
químicos a serem usados na sua atividade, chamados de novas moléculas,
precisa saber o que é potencial genético das cultivares, logística de transporte,
sazonalidade, “commodity” e assim por diante. Este empresário, ainda tem de
lidar com as adversidades próprias de uma atividade que tem vulnerabilidades
biológicas e oscilações de preços de mercado, que não raras ocasiões;
comprometem produções ou deprimem os preços do seu produto,
inviabilizando suas expectativas econômicas. Por outro lado, se os preços são
bons, ele precisa saber como amealhar os melhores resultados para sua safra,
compensando perdas passadas.
Num contexto desta natureza, é preciso conhecer mais e mais sobre
mercados, sobre a agricultura de outros países e os fatores de formação de
preços, além de controle de custos. Para auxiliá-lo, esta obra pretende levar
aos profissionais, aos estudantes e ao novo empresário rural, conhecimentos
necessários nessa nova etapa de suas atividades, capacitando-os a entender
um pouco mais acerca das complexidades administrativas e econômicas do
agronegócio. A intenção é desmistificar termos que se à primeira vista parecem
muito complexos; quando estudados da forma correta podem ser assimilados e
desvendados, permitindo a esses profissionais que hoje são do campo e
também da cidade, diminuir os riscos inerentes à atividade agropecuária e
melhorar suas expectativas de bons negócios.
O autor
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+! "+!, '! - &! ' ./
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1 *% &( ' ! " , #
Ele precisa entender de:
a) ! , !*% # para realizar a avaliação
econômica da sua atividade;
b) (" , , , !" # para definir as atitudes a serem
tomadas;
c) 4 , '! 5 , ' +! " ,# menos
desperdício e maior eficiência;
d) 6,', 7 ( ' # necessária para processar um
grande volume de informações;
e) , , ,# conhecer o mundo que nos cerca
e o reflexo disso em nós e no nosso negócio;
f) 4 "8 ' , , # para saber em qual
cenário ele vai produzir;
g) , & , ,# premissas básicas e reflexos na
atividade.
+!, 9 :
;
Porém, moderno também pode ser aproveitar o conhecimento de
modo adequado, mesmo que ele tenha sido gerado há pouco ou muito
tempo atrás.
Portanto, usar o conhecimento de modo correto a serviço da
Empresa Rural, tornando-a competitiva é o que há de mais moderno.
< , 7 ! "
"=
A – Deverá ter uma posição pró ativa em relação a:
a) Política;
b) Meio ambiente;
c) Outros temas importantes
B – Será necessário trabalho de formiga: fazer um pouco de cada
vez, mas não parar, pois o resultado geral será grande e
compensador.
C – Buscar profissionalização e soluções nas atividades e não
subsídios ou soluções externas ou paternalistas.
D – Vencer na competição e na argumentação e não no conflito ou
na força.
E – Vencer no cenário existente, dentro da nova ordem mundial e
não tentar alterar o cenário existente.
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Para se compreender a administração de uma propriedade
rural, ou de uma empresa do agronegócio, com suas peculiaridades
é preciso o conhecimento de diversas ciências; todas elas
importantes, porém uma deve receber uma atenção maior; tendo
em vista que por meio dela, diversas características serão
compreendidas, bem como sua influência no resultado esperado
pelo administrador rural. Trata-se da Economia Rural, que junto
com o conjunto de conhecimentos necessários para a atividade
agrícola vão trazer entendimento e respostas para as perguntas e
dúvidas do empresário.
Porém, antes de se estudar especificamente a economia rural
é preciso compreender alguns conceitos básicos de economia, que
serão vistos a seguir.
< ' #
É uma ciência social que usa de conhecimentos matemáticos
e estatísticos e analisa o funcionamento do sistema econômico. O
problema básico de qualquer sociedade é alocar recursos para
satisfazer necessidades individuais e coletivas crescentes e
variadas da maneira mais eficiente possível.
Como os recursos são escassos e as necessidades e desejos
são crescentes, variados e algumas vezes ilimitados, conceitua-se a
economia como:
“A CIÊNCIA DA ESCASSEZ”
3.1 Elementos chaves da economia:
Recursos
produtivos > ;
existentes na
empresa
As técnicas de produção
transformam os recursos
produtivos > ; em Bens e
Serviços >0 ;
Que servem para:
Satisfação das
Necessidades Humanas
> ?;
@ @ 0 @ @ @ ?
Devido os Recursos serem escassos e os desejos e
necessidades serem ilimitados têm-se que:
a) Nenhuma sociedade produz todos os bens para todos seus
membros;
b) Ninguém pode gastar mais do que sua renda.
3.1.1 Recursos Econômicos:
Constituem a base de qualquer economia e são os meios que
se utilizam para produzir bens e serviços.
Características dos recursos econômicos:
a – Limitados;
b – Versáteis;
c – Podem ser combinados em proporções variáveis.
São ainda classificados como:
I – Recursos Naturais: solo, água, clima, minérios
(agropecuária), petróleo, minérios, gás natural, etc.
II – Recursos Humanos: toda atividade humana.
III – Capital: conjunto de riquezas acumuladas tais
como, rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, armazéns,
rede elétrica, veículos, caminhões, tratores, máquinas
agrícolas, motores, cercas, currais, animais, etc.
? : ? A 0 4 -
4 B 4 C
O dinheiro é um meio (padrão ou referência) para medir o
valor dos fatores de produção e dos bens e serviços para
facilitar as trocas.
$ ? B 4 3
3.1.2 Insumos:
São bens de capital, que ao entrarem no processo produtivo
se transformam. Exemplos: Adubo milho; Milho ração
carne; Defensivo produção de grãos; Grão de soja óleo ou
farelo.
3.1.3 Técnicas de produção: “know how” conhecimentos
técnicos, científicos e culturais e meios físicos para transformar
Recursos em Bens e Serviços.
< D #
Engloba uma ampla variedade de mudanças e avanços nas
técnicas e nos métodos de produção. Também se refere aos
métodos de combinar os fatores de produção. Uma Revolução
Tecnológica compreende também a melhoria das técnicas
administrativas.
$ ED A 1
1 4 D 2 -
4 4 D 4 C 3
Porque a inovação tecnológica capacita as empresas a:
a) Produzir mais com a mesma quantidade de insumos; ex. uma
variedade de soja mais produtiva que consome a mesma
quantidade de adubo.
b) Obterem o mesmo nível de produção com a mesma
quantidade de insumos; ex. adequando-se o espaçamento de
uma cultura de 50 cm entrelinhas com 25 plantas/m linear,
substituída por 42 cm entrelinhas e 13 a 14 plantas/metro
linear; é possível com a mesma variedade e a mesma
quantidade de sementes, se obter uma produtividade maior.
c) Produzirem mais com maior quantidade insumos, porém com
resultado econômico melhor que o nível de produção
anterior. Ex. uma variedade de milho mais produtiva que
consome mais adubo, porém com melhor resultado
econômico.
Dos exemplos citados, depreende-se que:
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A quantidade de Bens e serviços demandados pelo
consumidor é função inversa dos preços.
Se o preço esta baixo, a renda real ou poder de compra do
consumidor aumenta e ele pode comprar mais, além de novos
consumidores que passam a ter possibilidades de adquirir o
produto.
Nesse caso, ocorre o inverso da situação anterior, ou seja, se o
preço sobe compra-se menos.
3.4 ELASTICIDADE DA DEMANDA:
Mede a relação de uma variável em relação a outra variável.
No estudo da elasticidade temos três tipos importantes de
elasticidade que são:
A – elasticidade preço da demanda;
B – elasticidade cruzada da demanda;
C – elasticidade da renda.
A - Elasticidade Preço da demanda:
Alguns fatores determinam se um produto tem alta elasticidade e
outro tem baixa elasticidade (inelástico), dentre eles:
a) Disponibilidade de produtos substitutos para o bem
em questão. Se o produto tem bons substitutos terá
maior elasticidade preço que outro que não possa ser
substituído facilmente. Quando os preços do produto
se elevam e o preço do substituto se mantém
constante, o consumidor tende a trocá-lo pelo bem
substituto.
b) Número de utilizações que se pode dar ao produto.
Quanto mais versátil o seu uso, maior a quantidade
demandada.
3.4.1 Demanda elástica a preços:
É quando a quantidade demandada varia em maior proporção
que o preço.
Exemplo – o preço cai 5% e a demanda sobe 20%. Ou seja, a
demanda desse produto é elástica a preço. Nesse caso uma boa
estratégia de aumento de receita é a empresa reduzir
preços. Exemplo: venda de eletrodomésticos, celulares, etc.
3.4.2 Demanda inelástica a preço:
A variação da demanda é menor que a redução do preço.
Exemplo: se o preço cai 5% e a demanda aumenta apenas 2%. Ou
seja, a demanda varia muito pouco com o preço, ou seja, é
inelástica a preço. Nesse caso uma boa estratégia da
empresa para aumentar sua renda é aumentar os preços. A
redução de custo nesse caso, também pode aumentar o lucro.
B - Elasticidade cruzada da demanda:
É quando dois bens são substitutos ou complementares entre
si. Exemplo 01: carne bovina e carne de porco. Se o preço da carne
bovina se eleva, isto faz com que os consumidores passem a
comprar carne de porco (substituto), ocasionando um aumento no
consumo da carne de porco. Assim, a elasticidade cruzada é
positiva para a carne de porco. Exemplo 02: automóveis e
combustíveis - Um aumento elevado nos preços dos automóveis
reduz sua venda e também diminui a venda de combustíveis. Isto
demonstra que são bens complementares.
C - Elasticidade renda da Demanda:
Tem relação com o poder aquisitivo dos compradores.
• produtos superiores: renda alta (A)
• produtos normais: renda média (B)
• produtos inferiores: classes C e D.
Exemplos de produtos substitutos na agropecuária:
- carne de frango, carne de suínos e carne bovina.
- óleos de soja, de milho, de girassol e de canola.
3.4.3 Produção e oferta de produtos agrícolas:
A oferta de produtos agrícolas está relacionada com a
produção, a tecnologia de produção e o custo de produção. Para se
entender produção e custos é preciso compreender a função de
produção.
3.4.4 Função de Produção:
É a relação entre as quantidades físicas do produto obtido e a
quantidade física empregada dos fatores de produção. A
intensidade desta relação mostra a tecnologia de produção. Quanto
mais sofisticada e complexa for esta relação, maior será a
tecnologia de produção.
Assim, a produção de uma empresa se dá em função dos
recursos que ela mobiliza para produzir.
Por sua vez, o volume de produção será maior ou menor,
dependendo da combinação dos seguintes fatores:
a) Qualidade e quantidade dos recursos empregados;
b) Técnicas de produção ou tecnologia;
c) Dos meios físicos para transformar os recursos existentes.
Na função de produção há recursos que variam com a produção
e outros que não dependem do nível de produção.
A área total da propriedade não varia. Por sua vez, as
quantidades de sementes, a área a ser colhida e a quantidade de
fertilizantes, variam de acordo com o tamanho da área plantada.
Então, quanto aos fatores de produção, podemos denominá-los
conforme a quantidade empregada em:
QUANTIDADE NÃO VARIA: fatores fixos de produção custo fixo
(CF)
QUANTIDADE VARIA: fatores variáveis de produção custos
variáveis (CV).
Por sua vez, a perfeita combinação dos fatores de
produção dá o nível ótimo de produção.
3.4.2 Nível ótimo de Produção:
É quando se consegue o máximo de receita com o mínimo de
custo. Para se entender o Nível Ótimo de Produção é preciso
entender dois conceitos:
a) Princípio dos Rendimentos Constantes Indústria (não
será estudado nesse curso);
b) Princípio dos Rendimentos Decrescentes
Agropecuária.
Quando se tem uma Função de Produção com Rendimentos
Decrescentes, o custo médio diminui e depois aumenta à medida
que a produção aumenta. O exemplo prático que melhor se ajusta a
esta situação é o uso de fertilizantes.
Quando se faz cultivo sem adubo, tem-se uma quantidade
produzida a um dado custo. À medida que se usa o adubo, a
produção vai crescendo mais do que o aumento de custo com o
adubo.
Vai chegar um momento em que a receita marginal
proveniente do aumento de produção será igual ao aumento de
custo com a quantidade adicional de adubo.
Após este índice, e tendência é que o aumento da produção
resulte em uma receita marginal menor do que o aumento de custo.
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Ou seja, neste caso, vale a pena produzir mais.
3.4.3 Elasticidade Preço da Oferta:
3.4.3.1 Oferta Elástica: é quando a variação percentual da oferta
em relação a preço é maior:
Exemplo: Se o preço aumenta 5% e a oferta aumenta 15% ela
é elástica.
3.4.3.2 Oferta Inelástica: é quando a variação percentual da oferta
em relação a preço é menor:
Exemplo: Se o preço aumenta 5% e a oferta aumenta 2%.
OS PRODUTOS AGRÍCOLAS TÊM OFERTA E DEMANDA
INELÁSTICA NO CURTO PRAZO.
3.5 ESTRUTURAS DE MERCADO:
É muito importante entender como os mercados são
classificados e como funcionam para compreender sua influência na
agropecuária.
3.5.1 Classificação dos Mercados:
Os mercados podem ser classificados em geográficos, de
época, de produto, de bens e serviços, etc.
3.5.2 Funcionamento dos Mercados:
As relações de mercado podem ser influenciadas por três
variáveis:
a) Grau de concentração dos participantes;
b) Grau de diferenciação dos produtos;
c) Presença ou não de barreiras à entrada de novos competidores:
quando o governo impede, ou existem acordos comerciais ou
direitos adquiridos que impedem a entrada de novos concorrentes.
3.5.3 Economias ou deseconomias de Escala:
A produção mecanizada de grãos para grandes áreas
proporciona economia de escala; por outro lado, a produção de
produtos que requerem grande quantidade de mão de obra por área
ocasiona deseconomias de escala.
Estas variáveis dão origem a dois tipos de mercado:
A) Mercado de concorrência Perfeita:
Ocorre quando um grande número de empresas produz o
mesmo produto ou serviço e com dimensão e estrutura de custos
semelhantes (na agricultura têm-se muitos produtores com diversas
similaridades entre eles).
- Os produtos são muito homogêneos - O milho do Sr. Pedro é um
perfeito substituto para o milho do Sr. João.
Grande número de consumidores e todos com a mesma
informação disponível existente no mercado.
- Não há barreiras à entrada de novos competidores.
- Perfeito conhecimento de preços e de mercado.
“O mercado agrícola é de concorrência pura porque o
produtor rural não tem perfeito conhecimento do
mercado”. Na verdade ninguém tem esse
conhecimento.
B) Mercado de Concorrência Monopolística:
Nesse tipo de mercado ocorrem muitos vendendo produtos, os
produtos são diferenciados e há produtos substitutos muito bons –
ex. Os supermercados.
C) Mercados Pouco ou não Competitivos:
1- Na compra de produtos agrícolas: Monopsônios e
oligopsônios há um só ou poucos compradores dos
produtos.
2- Na venda de insumos agrícolas: monopólios e
oligopólios poucos vendendo insumos, máquinas
agrícolas e outros bens.
- . /- . /- . /- . /
3.5.1 Características do Mercado Agrícola:
É um mercado de concorrência pura pelo lado do
agricultor, caracterizando-se por:
a) muitos vendedores
b) produto homogêneo
c) ausência de restrições artificiais ou governamentais
(tabelamento, racionamento, proibição à oferta ou à procura de
qualquer produto).
d) mobilidade dos produtores e dos recursos, de modo
que novas empresas/produtores possam entrar e sair do
mercado a qualquer tempo, e, os recursos possam ser
transferidos para outros usos mais econômicos.
3.5.2 Características da Produção Agrícola:
Atomização ou dispersão da oferta
São milhões de agricultores de norte a sul do Brasil,
produzindo e ofertando seus produtos no mercado, o que torna
impossível qualquer forma de organização impedindo a
cartelização do mercado de modo que o produtor não consegue
impor preço para seu produto.
O produtor rural torna-se então um tomador de preços tanto
na compra de insumos quanto na venda de seus produtos.
Imprevisibilidade de Produção:
Devido a sua natureza biológica, a produção agrícola é de
difícil previsão e variações climáticas podem afetar a oferta.
Sazonalidade:
Vem a ser um dos grandes problemas da comercialização, da
armazenagem, da produção agrícola e da compra de insumos. A
produção se dá em determinadas períodos do ano (curtos), em
face das suas características biológicas e o consumo ocorre o
ano todo. Isto influencia o preço na compra de insumos e na
venda da produção.
Oferta e demanda inelástica:
Não permite adequar a oferta do produto agrícola à demanda.
Sendo inelástica a demanda, um aumento da demanda ou
redução da oferta ocasiona grandes variações de preços.
Estas características talvez sejam a causa da atividade
agrícola ser a única que permite a recuperação rápida da
empresa e do empresário.
Hiato de Produção/Intervalo de Tempo:
Entre a decisão de plantar e a colheita há um período de
tempo de modo que as expectativas podem mudar para melhor
ou para pior.
“Assim, o produtor rural trabalha com expectativas de preço
e produção”.
Produção Interiorizada:
O consumo está nas grandes cidades situadas na faixa
litorânea e a maioria das vendas é através da exportação
demandando transporte, armazéns e custos elevados para
escoá-la. ocasiona grandes problemas de logística e
transporte.
Volumosos:
Grandes volumes com baixo valor agregado oneram os custos
de transporte.
- agregar valor e/ou transformar o produto é a saída.
Perecibilidade:
Exige condições e cuidados especiais após a colheita para
minimizar as perdas
- aumento de custos
Natureza biológica da produção agrícola:
Tem quantidade e qualidade variável devido à influência do
clima, pragas e doenças, principalmente hortifrutigranjeiros.
Matéria prima para outras atividades
Soja e milho são insumos para ração. Não tem valor
agregado. Valor baixo.
4 ADMINISTRAÇÃO:
Vem do latim (direção, tendência para) e ,
(subordinação ou obediência).
É um fenômeno universal em todas as atividades humanas e
está presente como arte e ciência em todas as empresas e
organizações.
1 H " > IJI; ' , # $ *% 9
, , - K - - ' , ,
' " 3- +!, *%
9 +!, &, , , '
L 4" ,M # é antecipar o que precisa ser feito, com quais
recursos e as quantidades necessárias de recursos para que os
objetivos da empresa rural sejam alcançados.
Portanto, a administração se refere ao desempenho da
empresa como um todo.
L , , , 6 # está relacionado a eficácia, eficiência e
efetividade.
a) 7' = ' # é utilizar produtivamente os recursos;
b) 7'(' # é a capacidade de realizar objetivos;
c) 7, ,# é realizar a coisa certa para transformar
a situação existente.
4 - ' ', , 9' ' , *% #
@ @ 4 4
4 ? N
4.3 FUNÇÕES QUE A EMPRESA/ EMPRESÁRIO RURAL
PRECISAM REALIZAR:
4.3.1 Planejamento: diz respeito a decisões sobre objetivos, ações
futuras e recursos necessários para realizar objetivos.
4.3.2 Organização: compreendem as decisões sobre a divisão de
poder, traduzindo em autoridade, tarefas e responsabilidades entre
pessoas e na divisão de recursos para realizar tarefas.
4.3.3 Direção ou Coordenação: fazer com que as pessoas
alcancem os objetivos propostos cumprindo o sentido da missão.
4.3.4 Controle: compatibilizar os objetivos esperados com os
resultados alcançados.
3 , , % % ! 3
" !, #
- Objetivos diferentes;
- Dispõem de recursos humanos, financeiros e materiais
diferentes;
- Atuam em campos ou áreas distintas.
( ! = 7 , ' , , ,
, ! (5" ," % ! , #
A) Governamentais;
B) Privadas com fins lucrativos (empresas rurais);
C) Privadas sem fins lucrativos (ONGs).
Devido à grande variedade e tipos de empresas, as noções de
eficiência, eficácia e efetividade e ainda os processos básicos de
administração como planejamento, organização e controle devem
ser ajustados às características de cada empresa. /
OOOO
0000 1 2 3 -1 2 3 -1 2 3 -1 2 3 -
++++
0000 4444
5 6 - 75 6 - 75 6 - 75 6 - 7
4 8 -4 8 -4 8 -4 8 - ++++
5 ADMINISTRAÇÃO RURAL :
$A , ! +!, ' , K *% , , *%
, ! , , 8' " - !
,7' , , ,'! & , , !"
' , , 3
4 A D
4 5 P 4
A Administração Rural relaciona-se ainda com outras
ciências, dentre elas:
5 Economia rural e outras ciências sociais;
- Ciências agrárias (fitotecnia, zootecnia, engenharia rural,
topografia, etc).
As ciências técnicas dizem como deve ser feito e a administração
rural diz o que deve ser feito.
5.1 ASPECTOS GERAIS E CARACTERÍSTICAS
DE UMA EMPRESA AGROPECUÁRIA
5.1.1 Conceito de Empresa Rural:
É um complexo família-fazenda, cujos recursos são dedicados
à produção agropecuária, sem necessariamente assumir
personalidade jurídica.
Em geral, o empresário é o proprietário e objetiva maximizar o
valor presente do patrimônio líquido da empresa.
Normalmente ele trabalha com a família nas tarefas mais
comuns da fazenda exercendo funções tanto administrativas quanto
executivas e a família tem influência nas tomadas de decisões.
Atualmente, já existem empreendimentos agropecuários (na
maioria grandes áreas) que apresentam uma característica mais
empresarial e menos familiar na condução e administração de suas
atividades, porém ainda predomina o modelo da administração
familiar.
A separação de funções administrativas na empresa
agropecuária não é muito simples, visto que as funções se
confundem ou os trabalhadores e o empresário exercem múltiplas
funções. Isto dificulta elaborar custos de produção e implantar
sistemas de controle
“A transmissão de pai para filho por meio de herança,
ocasiona muitas vezes um descompasso, tendo em vista
que a divisão entre os herdeiros, resulta em redução no
tamanho da empresa, levando-a muitas vezes a perder
competitividade, principalmente se esta cultiva
commodities”.
A empresa rural guarda estreita relação entre as atividades de
investimento, produção e consumo. Via de regra, gastos com
manutenção familiar entram como parte das despesas da empresa.
Apresenta !*% ' , ou seja, várias de suas
atividades não produzem um só produto.
Ex. uma empresa que produz leite ou ovos também
produz carne e esterco.
5.2 FATORES DE PRODUÇÃO NA EMPRESA RURAL
Segundo a definição clássica, são os elementos básicos
utilizados na produção de bens e serviços e na empresa rural, são
classificados como clássicos a terra, o capital e o trabalho (ou mão
de obra).
Atualmente devemos acrescentar o clima e a tecnologia com
fatores de produção, além dos já mencionados. Assim os fatores de
produção modernamente são melhores estudados como:
CAPITAL + TRABALHO + RECURSOS NATURAIS, que
associados à TECNOLOGIA compõem os novos fatores de
produção.
5.2.1 TERRA
A) Na Indústria: é um local para edificações;
B) Na agropecuária:
a) É geradora de riquezas onde a qualidade é tida como
fundamental (em face da fertilidade natural do solo ou se
foi corrigida);
b) Tamanho dos imóveis também é importante, mas hoje
já se considera que nem sempre isto é verdade.
c) Há atividades que demandam pouca quantidade de
terras, mas proporcionam resultados econômicos
satisfatórios, por exemplo: avicultura, produção de leite,
frutas, olerícolas, café adensado, etc.
5.2.2 CAPITAL AGRÍCOLA OU AGRÁRIO – que se divide
em:
I-FUNDIÁRIO – terras
a) Terras nuas (sem melhoramentos e sem benfeitorias)
b) Benfeitorias (melhoramentos, construções, culturas
perenes).
II-DE EXPLORAÇÃO – necessário para bancar as despesas da
propriedade.
a) Fixo: animais de produção e de trabalho, máquinas,
equipamentos, ferramentas, dentre outros;
b) Circulante: capital de giro, custeio da produção agrícola.
5.3 CUSTOS DE PRODUÇÃO
Os custos de produção na empresa rural têm por finalidade
mensurar os gastos da empresa, com o objetivo de analisar seu
resultado econômico financeiro e também planejar suas atividades.
Através da análise dos custos de produção, podem-se tomar
decisões mais seguras quanto a investimentos, tecnologias a serem
empregadas e outras decisões relevantes.
O custo de produção deve ser calculado pelo menos duas
vezes na safra:
1º - próximo ao plantio para previsão de receitas e despesas
(estimativa)
2º- no fechamento da safra (custo real)
O custo de produção pode variar em função de diversas
situações, dentre elas tem-se:
a) de um produtor para outro;
b) de uma propriedade para outra;
c) dentro de uma mesma propriedade (de um talhão para outro, de
uma variedade para outra, dentre outras);
d) grau de tecnologia empregado;
e) qualidade e quantidade de insumos utilizados;
f) parque de máquinas disponível para utilização;
g) infra-estrutura da propriedade.
5.3.1 Classificação dos custos
Os custos são classificados em custos fixos totais (CF), custos
variáveis totais (CV), custo médio (CM) e custos totais (CT), que
vem a ser a soma dos custos fixos totais e custos variáveis totais
(CT = CF + CV). O custo operacional total (COT), representa o
custo do produtor para pagar seus empregados e repor seu
maquinário para continuar produzindo no curto prazo, ou seja, na
safra. Quando a atividade cobrir os custos operacionais de
produção, há lucro porque cobre os custos variáveis, remunera o
capital empregado e o trabalho do produtor.
Na definição de custos fixos, é preciso analisar características
específicas da atividade rural. Por exemplo, costuma-se classificar a
mão de obra permanente com custo fixo, uma vez que ela não varia
e sempre existe. No entanto, devemos ponderar que, via de regra, o
trabalhador rural é multifuncional, exercendo diversas atividades em
diversas explorações.
Um tratorista pode efetuar serviços na lavoura de milho e na
de soja na mesma safra em diferentes proporções e na safra
seguinte essas mesmas proporções não se mantém.
Ou seja, a quantidade de horas trabalhadas nas culturas não
é fixa. Nesse caso, é mais conveniente classificá-la como custo
variável. Têm-se anda o custo total por unidades produzidas,
também chamado de custo médio [CT/n = custo médio (CM)].
Exemplos de custo fixo (CF) têm-se: pagamento de parcelas de
financiamento de máquinas agrícolas, de construções, juros destes
empréstimos, mão de obra do empresário (pro labore).
Os custos também são classificados como custos ou
despesas diretas e indiretas.
a) Diretas – há um efetivo desembolso, tais como juros pagos ao
banco, empréstimos de investimento ou de custeio pagos, compra
de insumos, salários pagos, dentre outros; ou seja, sai dinheiro do
caixa da empresa;
b) Indiretas – há um custo contabilizado, mas não sai dinheiro da
fazenda.
Custos indiretos, segundo MARION (1996, p. 61), “são
aqueles necessários à produção, geralmente de mais de um
produto, mas alocáveis arbitrariamente, através de um sistema de
rateio, estimativas e outros meios”. Como exemplo os salários dos
técnicos e das chefias, materiais e produtos de alimentação, de
higiene e limpeza (pessoal e instalações). Também se encaixam os
juros sobre recursos próprios empregados, a depreciação de
máquinas, construções e equipamentos, (desde que não seja feito
caixa para isto), dentre outros. Por fim, o custo operacional, vem a
ser a soma dos custos variáveis mais os custos fixos associados às
operações necessárias à implantação da cultura.
5.4 CÁLCULO DE JUROS
Devem ser calculados com base nas taxas que efetivamente
estão sendo pagas. E juros de custos indiretos como depreciação e
custo oportunidade (remuneração da terra e/ou do capital próprio)?
R) Nestes casos pode-se usar a mesma taxa paga nos
empréstimos rurais ou taxas auferidas nas aplicações financeiras.
5.4.1 Cálculo do juro real:
Valor do empréstimo x a taxa de juros = valor do juro
No caso de um financiamento é preciso calcular o saldo
devedor e aplicar a taxa de juros sobre o mesmo, levando em conta
o período de carência. Ex: Empréstimo de R$ 120.000,00 a juros de
6% ao ano, com cinco anos de prazo em parcelas anuais e um ano
de carência.
120.000,00/5 = R$ 24.000,00/ano
1ºano – 120.000,00 x 6% = R$ 7.200,00 (juro)
Saldo devedor = 120.000,00 + 7.200,00 + 127.200,00
Amortização – 24.000,00 + 7.200,00 = 31.200,00
2ºano saldo devedor 120.000,00 – 24.000,00 = 96.000,00
Juro: 96.000,00 x 6% = 5760,00 (juro)
3ºano saldo devedor: 96.000,00 – 24.000,00 = 72.000,00
Juro: 72.000,00 x 6% = 4320,00 (juro)
4ºano saldo devedor: 72.000,00 – 24.000,00 = 48.000,00
Juro: 48.000,00 x 6% = 2.880,00 (juros)
5ºano saldo devedor: 48.000,00 – 24.000,00 = 24.000,00
Juro: 24.000,00 x 6% = 1440, 00 (juros)
Total de juros pagos no período: R$ 21.600,00
5.4.2 Cálculo de juros sobre o bem empregado
Quando o bem foi financiado, aplica-se a taxa de juros a ser
paga pelo empréstimo, mas e no caso do bem não ter sido
financiado? Por exemplo, um trator que o empresário adquiriu com
recursos próprios? A sugestão seria considerar uma taxa de juros
igual a dos empréstimos bancários aplicados para este tipo de
atividade. A fórmula para o cálculo será a seguinte:
J= (Vi + Vf)/2 X a taxa de juros ao ano,
Onde Vi seria o valor inicial do bem e Vf seria o valor final do
bem, também chamado de valor de sucata (Vs).
5.4.3 Cálculo da depreciação:
É o custo necessário para substituir os bens de capital que se
tornaram inúteis pelo desgaste físico ou por obsolescência. Há
diversos modos de se calcular a depreciação:
O mais comum na agricultura é o método linear, onde:
D = (Vi - Vf)/vida útil
Este método é o mais prático para se calcular a depreciação
média dos bens quando vai se usar o valor para cálculo de custos
de produção.
No caso de avaliação real do bem é mais conveniente usar os
métodos acelerados de depreciação, que são:
a) Mais acelerado no início:
Usado para máquinas e equipamentos
Exemplo prático: queremos calcular a depreciação de um bem com
vida útil estimada de dez anos. Neste caso procede-se do seguinte
modo:
Vida útil do bem (Vu)= 10 anos
10 + 9 + 8 + 7 + 6 + 5 + 4 + 3 + 2 + 1 = 55
1ºano D= (Vi – Vf) 10/55
2ºano D= (Vi- Vf) 9/55
3ºano D= (Vi – Vf) 8/55
E assim por diante até o 10ºano
b) Mais acelerado no final: usado para construções. Exemplo
prático. Suponha um barracão com vida útil estimada em 15 anos,
procede-se da seguinte maneira:
Vida útil do bem (Vu) – 15 anos
15 + 14 + 13 + 12 + 11 + 10 + 9 + 8 + 7 + 6 + 5 + 4 + 3 + 2 + 1 =
120
1ºano D= (Ci – Cf) 1/120
2ºano D= (Ci – Cf) 2/120
3ºano D= (Ci – Cf) 3/120
...........................................
........................................... E assim sucessivamente até o 15ºano.
Este método permite uma avaliação mais próxima da real do
bem analisado. Tem o inconveniente de ser trabalhoso e demorado,
quando o bem tem uma vida útil longa. Nesse caso pode-se usar a
fórmula a seguir:
Sn = (n + 1) n/2
Exemplo: um bem com 35 anos de vida útil: Sn = (35 + 1) x 35/2
Sn = 36 x 35/2 = 18x35/2 = 630
Outro método consiste em esperar o ano se completar e
avaliar o preço do bem no mercado. A diferença de um ano para
outro será a depreciação. Pouco usado e não permite calcular
custos de produção ”a priori`” , portanto não serve aos propósitos
aqui pretendidos.
5.5 RISCOS:
A atividade rural é um empreendimento a céu aberto, e como
tal, sujeita aos riscos de intempéries climáticas e ainda oscilações
em face de volatilidade dos preços dos produtos agrícolas no
mercado.
Além das recomendações acerca de cultivo que contemplem
as melhores épocas quanto ao clima e monitoramento de possíveis
eventos adversos, com o objetivo de fugir dos períodos de maior
vulnerabilidade climática; podem-se constituir fundos para fazer
frente a períodos em que o clima ou os preços não foram
favoráveis, apesar de todas as cautelas.
Estes são a soma que se considera cada ano para formar um
fundo que permita pagar imprevistos parciais ou totais que a
atividade ou o bem pode sofrer.
Ex. geada, seca, inundação, frustração de preços, etc.
Analisa-se um determinado período e verifica-se a
periodicidade de sinistros e frustrações que ocorreram.
Ex. se a cada 07 anos ocorre uma seca que quebra em média
60% da produção. Reserva-se 1/7x 60 %) da produção para cobrir
tais prejuízos.
Outro modo seria: RB – Despesas = resultado
RB/alq. = 140 sc de soja de R$ 41,00 = R$ 5.740,00/alqueire
Despesas = R$ 2.500,00/alqueire
RB= 5740 – 2500 = 3240,00/ alq.
6/7 x 3240 = 19440/7 = 2777,15/alq./ano
3240 – 2777,15 = R$ 462, 86/alqueire/ano a ser reservado para o
fundo de risco.
IDEAL: seria conseguir ter uma safra completa sem
compromissos.
5.6 CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO
Estima-se que se gasta 50% do valor do bem ao longo de sua
vida útil com reparos e manutenção no caso de máquinas. No caso
de construções recomenda-se calcular 1% do valor do bem por ano.
Máquinas: taxa de cons. e manutenção (Cs)= [valor do bem x 50%]/
vida útil.
Construções: [valor x 1%]= taxa de conservação e reparos no ano.
5.7 CÁLCULO DO CUSTO HORA/MÁQUINA:
Deve ser calculado o custo do trator mais o equipamento a ser
utilizado na operação, além da mão de obra permanente e
temporária envolvida na operação e ainda o custo da garagem de
máquinas.
No caso de colhedora calcula-se a máquina, a mão de obra, a
carreta graneleira e a garagem. O caminhão entra como custa de
frete.
5.7.1 Trator e/ou colhedora
-Salário do operador + encargos sociais
-Combustíveis
-Lubrificantes e graxas (20% do combustível para trator e 30 a
50% para colhedoras e/ou máquinas mais sofisticadas).
-Depreciação
-Conservação e reparos (1/2 valor dividido pela vida útil em
horas)
- Garagem.
5.8.2 Equipamentos
- lubrificantes e graxas (valor irrisório): pode-se desprezar
- conservação e reparos (igual do trator)
-depreciação
-garagem
5.8 INDICADORES DE RESULTADOS/AVALIAÇÃO DO
DESEMPENHO ECONÔMICO/FINANCEIRO
São indicadores que permitem avaliar se o resultado
econômico da atividade ou do investimento pretendido é satisfatório
e recomenda a sua realização. Através de sua análise pode-se
mensurar riscos e os resultados prováveis com o empreendimento.
5.8.1 Retorno sobre o Investimento
RI = E – D
C
E= receita adicional média (devida ao investimento), mas sem
considerar a depreciação.
D= depreciação adicional média
C= capital adicional necessário ao investimento.
Vantagens:
- taxa de RI é facilmente calculada
- valores projetados podem ser comparados com dados
passados
Desvantagens:
- pode induzir a erros, por não considerar o fator tempo.
- o resultado obtido (RI) não serve para comparar com o custo
do capital para a empresa.
- usando médias, o método falha por não considerar quando
os resultados ocorrem.
- ocasionalmente resulta em escolha acertada da melhor
alternativa de investimento.
5.8.2 Razão benefício/ custo
B/C= soma dos benefícios líquidos devidos ao projeto dividido
pelo valor presente do investimento
O critério usado para aprovação por este indicador é que o
resultado seja maior do que 1,0.
Então B/C deve ser maior que 1,0.
Tem como vantagem a facilidade de cálculo. A desvantagem
é que a análise é superficial.
5.8.3 Análise de sensibilidade:
Este método quando bem empregado pode ser bastante útil
na empresa rural, pois permite medir possíveis variações
provocadas por oscilações de mercado ou problemas climáticos.
O método consiste em alterar uma variável e recalcular a
viabilidade do investimento nessa nova condição para avaliar sua
sensibilidade a variações incontroláveis.
Exemplo:
Ao comprar um trator calcula-se o retorno sobre o
investimento e a capacidade de pagamento com base em preços de
mercado, mas sabe-se que estes podem sofrer variações. A
produtividade prevista também pode sofrer variações em face de
adversidades climáticas.
Pode-se então prever uma seqüência de resultados com
preços médios altos, uma de preços médios normais e uma de
preços médios baixos e verifica-se nas três situações qual será o
retorno do investimento e o tempo necessário para o retorno. Com
base em situações passadas é possível mapear-se possíveis
adversidades climáticas e projetá-las para analisar variações devido
ao clima.
A análise de sensibilidade com base em eventos climáticos
deletérios não deve ser feita por períodos longos, pois pode induzir
a erros, fazendo crer que bons projetos sejam inviáveis.
O melhor seria a análise pela variação de preços.
Em face dessas possibilidades alguns bancos (BB,
principalmente), pedem que os projetos sejam calculados por
valores médios de mercado.
A análise pelos valores médios pode levar à distorções, pois
em períodos continuados de bons resultados de preço e de
produção, investimentos rejeitados pagam-se facilmente.
5.8.4 Período de recuperação do Capital – PRC ou Pay back.
É o número de anos necessários para a empresa recuperar o
dinheiro investido no projeto.
Bastante usado em projetos de investimento, é calculada
somando-se os resultados líquidos ao longo de um determinado
período até a recuperação do capital investido.
a) Vantagens:
-Método simples de calcular e bastante difundido.
b) Desvantagens:
-É demorado para conseguir os dados necessários ao seu
cálculo;
-Não mede a lucratividade dos investimentos
-A escolha do período ótimo para seu retorno é arbitrária;
-Não considera o valor do dinheiro no tempo.
5.8.5 Valor presente:
Teve sua maior aplicação no período inflacionário. Atualmente
tem sua utilidade, mas vem sendo pouco usado e tem certa
complexidade.
5.8.7 TIR – Taxa Interna de Retorno
É um bom método, mas de certa complexidade.
5.8.8 Ponto de Nivelamento ou Ponto de Equilíbrio
O método consiste em encontrar o chamado ponto de
nivelamento (PN) ou ponto de Equilíbrio (PE) que seria o momento
em que as receitas empatam com os custos. Quanto mais baixo for
o ponto de nivelamento melhor, pois serão necessários menos
recursos para cobrir os custos. Por outro lado, empreendimentos
em que o PN for muito alto sinalizam que a empresa tem de
produzir muito para cobrir os custos, podendo se tornar inviável por
pequenas oscilações de mercado.
5.8.9 Método dos Orçamentos Parciais:
Muito útil para analisar modificações e/ou novos investimentos
na empresa rural. É complexo e demorado, mas apresenta
resultados satisfatórios.
Este método, aliado a análise da sensibilidade propicia boas
ferramentas para uma análise da viabilidade de investimentos
futuros na empresa rural. O método consiste na utilização do
seguinte esquema:
A – aumento das despesas R$ ...........................
B – diminuição da renda R$...........................
Subtotal (A + B) R$...........................
C – diminuição das despesas R$.........................
D – aumento da renda R$.........................
Subtotal (C + D) R$..........................
Se:
1): (C + D) – (A + B) maior que zero é viável o investimento
2): (C + D) – (A + B) igual a zero é indiferente (não muda nada)
3): (C + D) – (A + B) menor que zero é desaconselhável o
investimento
5.9.1 FISCAIS
São utilizados pelos contadores e aplicados às grandes
empresas urbanas.
5.9.2 GERENCIAL
É uma estrutura criada para armazenar de forma organizada a
movimentação de receitas e despesas da atividade do empresário.
Deve ser criada de acordo com o tipo de movimentação e
atividade do empresário.
Ex. se você planta milho e seu vizinho têm bovinocultura
leiteira os planos de contas deverão ter características diferentes
que atendam suas especificidades
Ele é a porta de entrada das movimentações financeiras do
seu negócio.
Imagine uma gaveta ou armário onde se guardam todas as
notas fiscais, recibos, faturas, etc.
Os documentos misturam-se todos e vira uma bagunça, de
modo que não permite que se você procure alguma nota ou algo
assim, ele seja encontrado com facilidade.
Mas se o seu armário ou gaveta tiver várias repartições para
que você possa guardar seus documentos separadamente (soja,
trigo, leite, etc.), fica fácil e prático de localizar e entender.
Exemplo: PROPRIEDADE “A”:
Conta bancos: - Banco do Brasil:
- Sicredi:
- HSBC:
Grãos: - Soja: Indústria
Semente produzida
- Milho:
- Trigo: Indústria
Semente produzida
Pecuária: - Aves:
- Bovinos: Corte
Leite
Insumos agrícolas: Fertilizantes - formulados
-Super triplo
- uréia
Corretivos -calcário
- gesso
- fosfato natural
Sementes -soja
- milho
- trigo
Defensivos - herbicidas
- inseticidas
- fungicidas
- raticidas
Combustíveis
- óleo diesel
- gasolina
- álcool
Lubrificantes
Insumos veterinários
- Rações - aves de corte
- bovinos de leite
- aves poedeiras
- suínos.
-Sal comum
-Sal mineral
- Medicamentos
- Vacinas
- vermífugos
Cons. e manutenção - cercas
- construções
- máquinas
- implementos
- reforma de terraços
Mão de obra - permanente
- temporária
Peças - filtros
- correias
PROPRIEDADE “B”
Repetir os procedimentos
Ou então:
FAZER O PLANO DECONTAS GERAL E DIVIDIR CADA CONTA:
Conta bancos: - Banco do Brasil: Propriedade A
Propriedade B
- Sicredi: Propriedade A
Propriedade B
- HSBC: Propriedade A
Propriedade B
Grãos: Soja: Indústria Propriedade A
Propriedade B
Semente produzida
Propriedade A
Propriedade B
Milho: Propriedade A
Propriedade B
Trigo: Indústria
Propriedade A
Propriedade B
Semente produzida
Propriedade A
Propriedade B
Pecuária: Aves: Propriedade A
Propriedade B
Bovinos: Corte
Propriedade A
Propriedade B
Leite
Propriedade A
Propriedade A
Insumos agrícolas: Fertilizantes - formulados
Propriedade A
Propriedade B
- Super triplo
Propriedade A
Propriedade B
- uréia
Propriedade A
Propriedade B
Corretivos - calcário
Propriedade A
Propriedade B
- gesso
Propriedade A
Propriedade B
- fosfato natural
Propriedade A
Propriedade B
Sementes - soja Propriedade A
Propriedade B
- milho Propriedade A
Propriedade B
- trigo Propriedade A
Propriedade B
-Sal comum
E assim por diante para cada item de despesa. A aplicação
desse segundo procedimento deve ser bem analisada antes de se
tomar a decisão de qual modelo adotar, porque se por um lado
facilita por ser apenas um plano de contas, por outro, aumenta sua
complexidade, tornando difícil ao empresário rural compreende-lo
com facilidade.
5.9.3 CENTRO DE CUSTOS:
É para onde vão as movimentações financeiras que
representam receitas ou despesas. Ao realizar uma despesa com
insumo ou serviço é necessário determinar a atividade que
ocasionou esta despesa (Centro de custos).
Assim, a atividade que foi beneficiada com a compra do
insumo ou o serviço irá receber os custos.
- ex. sulfato de amônio p/ milho, inoculante para a soja,
aplicação de herbicida 2,4 – D no trigo, etc.
- Exemplos de Centros de Custos:
a) Cultura da soja:
b) Cultura do trigo
c) Avicultura de corte
d) Bovinocultura de leite
e) Administração
f) Agroindústria
g) Oficina mecânica
Existem basicamente dois tipos de Centros de Custos:
A) - Centro de Custos Produtivos – são relacionadas as
produtivas desenvolvidas em uma propriedade rural. Elas
geram despesas e receitas. Exemplo: milho, feijão, soja, leite,
etc.
B) - Centro de Custos Intermediários – nesse vão as
atividades que dão suporte às atividades produtivas, servem
para mantê-las funcionando. Suas despesas devem ser
rateadas entre as atividades produtivas. Ex.; administração,
oficina, etc.
5.9.4 Exemplo de Centro de Custos Produtivos
- soja plantio direto - talhão 01
- talhão 02
- talhão 03
- milho safra normal - talhão 01
- talhão 02
- milho safrinha - talhão 01
- talhão 02
5.9.5 CRITÉRIOS DE RATEIO:
O rateio deve ser proporcional à área cultivada. No caso de
produção animal, proporcional ao número de unidades animais
(bovinos), ou número de barracões (aves), pocilgas (suínos), etc.
No caso de máquinas agrícolas, ratear conforme o número de
horas trabalhadas em cada atividade.
5.9.5 INDEXAÇÃO DE VALORES:
Escolher uma moeda que sirva de parâmetro para avaliar os
resultados da atividade e não sofra muitas variações. Talvez seja
necessário indexar mais de um valor. Por exemplo, o dólar e a
quantidade de sacas de soja. A indexação pode ser feita somente
nos cálculos finais para facilitar os cálculos.
A moeda ou as moedas que forem utilizadas como
indexadoras devem ter seu valor de época registrado. Exemplo: em
cada item de despesa deixe espaço para converter o valor em
sacas de soja, ou outra de sua escolha.
No final, ou no início de um dos cantos da página deixe um
espaço para colocar o valor da saca de soja e do dólar ou outro
indexador de sua escolha.
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, J. G. Introdução à administração rural. UFLA, Lavras – MG,
2001.
ANTUNES, L. M.; ENGEL, A. Manual de administração rural – custos de
produção. Livraria e editora agropecuária, Guaíba – RS, 3. ed. 1999.
CHIAVENATO. Idalberto. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Makron Books,
1993.
HOFFMANN, R. ENGLER; J.J.C., SERRANO; O. THAME; A. C. M., NEVES,
E.M. Administração da empresa agrícola. 2. ed. Revista editora livraria
editora Pioneira. São Paulo – SP, 1978.
MARION, J. C. Contabilidade rural: contabilidade agrícola, contabilidade
da pecuária, imposto de renda pessoa jurídica. Editora Atlas S. A. 4.ed.
1996; segunda tiragem.
MENDES, J. T. G. Economia agrícola: princípios básicos e aplicações.
Editora ZNT Ltda. Curitiba – PR, 1998.
NORONHA, J. F. Projetos agropecuários – Administração financeira,
orçamento e viabilidade econômica. São Paulo, Atlas, 2. ed.1987.
7ANEXOS
7.1MODELO DE UM CUSTO DE PRODUÇÃO SUGERIDO:
DISCRIMINAÇÀO Custo R$/ha R$/sc
1CUSTO VARIÁVEL
Insumos
M. O. temporária
Cons. e Reparos
Máquinas
Implementos
Benfeitorias
Veículos
combustível
CV PARCIAL
Frete externo
Recepção, secagem e
limpeza
Tributos variáveis
(CESSR)
Seguro (proagro)
Juros (custeio)
Desp. gerais
CV TOTAL
2 CUSTO FIXO
Depreciação
Máquinas
Implementos
Benfeitorias
Tributos fixos (ITR)
M. O. permanente
OUTROS CUSTOS
FIXOS
a) Seguros sobre capital
fixo
- máquinas
- Implementos
- benfeitorias
b) Juros sobre capital fixo
- máquinas
- implementos
- benfeitorias
- terra
c) amortização de parcelas
de financiamento
d) pgto renda
e)rem. Produtor
f) outros
CF TOTAL
CUSTO TOTAL DA
PRODUÇÃO
7.2 DESDOBRAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÀO
insumos Área/ha Dose/ha Qtdade Preço Valor total
total unitário R$ R$
sementes
FERTILIZANTES
- plantio
- cobertura
CORRETIVOS
- calcário
- fósforo
Inoculantes
HERBICIDAS
- manejo
-pré plantio
-pós emergente
INSETICIDAS
- trat. Sementes
- c. Lagartas
- c. Percevejos
FUNGICIDAS
- trat, sementes
- parte aérea
DESSECANTES
SOMA
OPERAÇOES/
SERVIÇOS
Reforma de
terraços
Aplicação de
calcário
Aplic. Herb.
- manejo
- Pré
-Pós
Tratam.
Sementes
Aplic. Fung (2)
Plantio e
adubação
Colheita
Transporte
SOMA
7.3 CADERNETA DE CAMPO: MAN. DE MÁQUINAS/MOTOTRES
TIPO: trator marca modelo, ano.
Qtdade n. horas Qtdade n. horas
Combustível
Trocas de óleo próxima troca
- carter
- hidráulico
- filtros
-
-
-
Graxas
-
-
Outros
Serviços realizados horas trabalhadas cultura
- lavração/aração
- subsolagem
- plantio
- pulverização
- herb.
- inset.
- fungicida
- outro
-
Colheita
Observação:
7.4 CRONOGRAMA DE DESEMBOLSOS:
PAGTOS EFETUADOS PAGTOS A REALIZAR
Data histórico valor R$ Data histórico valor R$
TOTAL NO ANO
Observações:
7.5 RECEITAS E DESPESAS POR CULTURA
Data qtidade Descrição da receita ou
despesa
Despesa
R$
Receita
R$
TOTAL
SALDO
7.6 RESULTADO FINANCEIRO DA PROPRIEDADE:
ÍTEM VALOR R$ INDEXADOR
(soja)
1 RECEITA BRUTA
2 DESPESA TOTAL
3 RENDA BRUTA (receita – despesa)
4 DEPRECIAÇÀO
5 RENDA LÍQUIDA (RB – depreciação)
6 CUSTO UNITÁRIO (kg/sc/ton/l)
7 RECEITA UNITÁRIA (kg/sc/ton/l)
8 RENDA LÍQUIDA UNITÁRIA
9 RENDA LÍQUIDA POR HECTARE
10 PRODUTIVIDADE (sc/ha)
7.8 INVENTÁRIO/ DIAGNÓSTICO DA(S) PROPRIEDADE(S)
Nome do proprietário:
CPF/RG: Estado civil:
Nome do cônjuge:
Natural de: Data de nascimento:
Endereço:
Nome da propriedade:
Localização: Lotes, glebas, CRI, município e Comarca.
Roteiro de acesso:
Área total do imóvel (ha):
Características físicas do imóvel:
Fertilidade natural aparente:
Boa % Média % Baixa %
Análise de solo:
Tem análise?
S/N
Realiza todo
ano? S/N
Necessita
calcário? S/N
Quantidade
T/ha. S/N
Correção da Fertilidade: quantidade aplicada (kg ou T/ha.)
Calcário Gesso Fosfato
Córregos/minas/ aguadas:
temporárias permanentes quantidadade
Clima: S/N
Chove bem? Ocorrem veranicos? Quando?
TECNOLOGIA EMPREGADA NAS EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS: S/N
Semeadura
direta
Adubação de
base
Adubação de
cobertura
Controle
químico
Controle
biológico
HISTÓRICO DE PRODUÇÃO DO IMÓVEL:
ano cultura Área cultivada
(ha.)
produtividade Produção total
2005/06
2005/06
2006/07
2006/07
2007/08
2008/09
2009/10
Soja
Milho
Soja
trigo
.....
50,0
24,0
74,0
3.6,0
......
50 sacas
120 sacas
52 sacas
48 sacas
......
2.500 sacas
2.880 sacas
3.848 sacas
1.728 sacas
....................
OBJETIVOS E METAS A SEREM BUSCADOS:
soja Milho trigo outra
Produtividade área produtividade área produtividade área produtividade área
Comercialização da produção: relacionar a(s) empresa com quem realiza
suas operações comerciais.
Administração: quem administra a propriedade (dono, capataz, filho, etc.)
AVALIAÇÃO PATRIMONIAL:
A) DISTRIBUIÇÃO DAS TERRAS
terras Área (há) Valor R$ Valor total R$
Mecanizadas
Pastagem
mecanizada
Pastagem não
mecanizada
Reflorestamento
Cultura perene
Mata (res. legal)
Rios, córregos,
aguadas, mata
ciliar inclusa
Sede
TOTAL
B) BENFEITORIAS E CONSTRUÇÕES
Descrição do bem Estado de
conservação
Valor R$
01 casa de alvenaria
coberta com telhas
francesa em estrutura pré
moldada com 150 m2
01 casa de sede em
alvenaria cob. c/ telhas
coloniais c/180 m2
02 casas de empregados,
de madeira, cob com
telhas e c/ 60 m2
cada
01 tulha de madeira,
coberta com telhas de 30
m2
Bom
Médio
médio
ruim
80.000,00
110.000,00
50.000,00
2500,00
TOTAL XXXXXXXXXXXXXX
Estado de conservação: ótimo ou novo, bom, médio ou ruim.
C) MÁQUINAS/MOTORES E EQUIPAMENTOS:
Especificação Estado de
conservação
Valor R$
01 trator ano, modelo,
marca, estado de
conservação.
01 Camioneta...., marca,
modelo, ano, estado de
cons.
01 colhedora de cereais,
marca, modelo, ano, etc.
01 motor estacionário
marca, modelo....
01 pulverizador de
barras, marca, modelo,
ano, com ......bicos
01 semeadeira
adubadeira, marca,
modelo, ano, de 15
linhas
...
...
TOTAL XXXXXXXXXXXX
D) ANIMAIS DE PRODUÇÃO E TRABALHO:
CATEGORIA ANIMAL IDADE VALOR R$
02 animais de trabalho,
08 vacas de leite
mestiça holandesa preto
e branco com ...anos
01 touro gir com idade
de ......anos
..............
.............
TOTAL XXXXXXXXXXXXX
E) ESTOQUE DE PRODUTOS VETRINÁRIOS
QUANTIDADE ESPECIFICAÇÃO VALOR R$
TOTAL XXXXXXXXXXX
F) ESTOQUE DE INSUMOS AGRÍCOLAS
QUANTIDADE PRODUTO VALOR R$
3,2 ton
3 gl
30 sc
Adubo 00-20-20
Round up
Semente de aveia
3.600,00
TOTAL XXXXXXXXXXXXX
F) ESTOQUE DE INSUMOS VETRINÁROS
QUANTIDADE PRODUTO VALOR R$
doses
Frascos de 250 ml
frascos
Sacas de 25 kg
Vacinas
vitaminas
bernicida
Ração para aves
TOTAL XXXXXXXXXXXXX
G) ESTOQUE DE PRODUTOS AGRÍCOLAS
QUANTIDADE PRODUTO VALOR R$
200 sc
50 sc
150 sc
Feijão carioca
Arroz em casca
milho
16.000,00
TOTAL XXXXXXXXXX
H) OUTROS ATIVOS PATRIMONIAIS DA ATIVIDADE RURAL
Produtos depositados:
cooperativas Cerealistas indústria
Quantidade valor quantidade valor quantidade valor
Depósitos em bancos:
Banco A Banco B Banco C
Valores a receber R$
TOTAL R$
4 Q > R0R R1; F
S
DÍVIDAS RURAIS:
BANCOS..................................................................R$
PARTICULARES.....................................................R$
TOTAL DÍVIDAS.....................................................R$
PATRIMÔNIO LÍQUIDO R$..................................

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  • 1.
  • 2. A agricultura sem dúvida é uma das mais antigas atividades humanas de que se tem registro. Suas origens se perdem no tempo e vamos encontrá-la desde a mais remota antiguidade, em praticamente todos os povos e civilizações. Por sua vez, a história da civilização está intimamente ligada à história da agricultura e suas diversas fases de desenvolvimento e técnicas de cultivo. Inicialmente suas práticas eram muito rudimentares; mas à medida que o tempo foi passando, os avanços foram acontecendo, muito lentamente no início e com diferentes graus de desenvolvimento, conforme as nações que estudarmos. Na Grécia e Roma antigas e ainda no Antigo Egito as técnicas de cultivo agrícolas eram superiores para a época, se comparados aos povos bárbaros que junto com outros menos avançados praticavam uma agricultura muito incipiente e pouco avançada. À medida que estes avanços foram acontecendo, o empirismo e as superstições que eram comuns; foi cedendo lugar à experimentação e novas técnicas foram aprimoradas, chegando ao elevado grau de sofisticação tecnológica dos dias de hoje. Dentre estas realizações admiráveis, podemos começar com as descobertas da genética por Gregor Mendell e os avanços da biologia, da botânica, do melhoramento vegetal, o desenvolvimento da fitotecnia, da engenharia rural, da mecanização, da climatologia, da irrigação e da hidroponia, dentre muitos outros; culminando na biotecnologia, como os cultivos in vitro e a transgenia, apenas para citar os mais recentes progressos. Já há relatos de aplicação de nanotecnologia no estudo de alguns genes. O grau de complexidade hoje é tamanho, que passa a haver uma interdependência entre campo e cidade, de modo que a palavra agricultura; não mais define por completo a atividade, sendo necessário um termo novo para designá-la, passando a chamar-se agronegócio. Este novo conceito vem abranger um conjunto de atividades antes, dentro e após a porteira das propriedades rurais, compreendendo toda uma rede comercial e de prestações de serviços e sistemas de governanças, chamadas de cadeias produtivas. O
  • 3. resultado é de tal forma espetacular, que o setor passa a ser o mais pujante da economia brasileira; contribuindo de modo expressivo para as exportações e projetando o País no cenário mundial, como uma nova potência econômica e agrícola. No entanto, aspectos importantes de uma atividade que se revela cada vez mais complexa e sofisticada do ponto de vista tecnológico, científico e gerencial, estão sendo relegados a um segundo plano; talvez ofuscados pelo brilho das tecnologias que enchem os olhos dos agricultores e dos demais atores das diversas cadeias produtivas. Com pesar, observa-se que o resultado das novas tecnologias vem sendo assimilado de modo satisfatório pelos empresários rurais, porém os aspectos ligados ao gerenciamento administrativo e econômico das propriedades rurais não acompanha a mesma velocidade da incorporação das tecnologias referentes ao cultivo e a produção. Nesse novo cenário, o agricultor que se caracterizava por sua simplicidade, agora necessita conhecer termos que lhe são estranhos, como Mercado futuro, contrato Futuro e de Opções, nomes complicados de produtos químicos a serem usados na sua atividade, chamados de novas moléculas, precisa saber o que é potencial genético das cultivares, logística de transporte, sazonalidade, “commodity” e assim por diante. Este empresário, ainda tem de lidar com as adversidades próprias de uma atividade que tem vulnerabilidades biológicas e oscilações de preços de mercado, que não raras ocasiões; comprometem produções ou deprimem os preços do seu produto, inviabilizando suas expectativas econômicas. Por outro lado, se os preços são bons, ele precisa saber como amealhar os melhores resultados para sua safra, compensando perdas passadas. Num contexto desta natureza, é preciso conhecer mais e mais sobre mercados, sobre a agricultura de outros países e os fatores de formação de preços, além de controle de custos. Para auxiliá-lo, esta obra pretende levar aos profissionais, aos estudantes e ao novo empresário rural, conhecimentos necessários nessa nova etapa de suas atividades, capacitando-os a entender um pouco mais acerca das complexidades administrativas e econômicas do agronegócio. A intenção é desmistificar termos que se à primeira vista parecem muito complexos; quando estudados da forma correta podem ser assimilados e desvendados, permitindo a esses profissionais que hoje são do campo e
  • 4. também da cidade, diminuir os riscos inerentes à atividade agropecuária e melhorar suas expectativas de bons negócios. O autor ! "# $ % &! ' () !*% +! "+!, '! - &! ' ./ / 0 12 , , , " 3 1 *% &( ' ! " , # Ele precisa entender de: a) ! , !*% # para realizar a avaliação econômica da sua atividade; b) (" , , , !" # para definir as atitudes a serem tomadas; c) 4 , '! 5 , ' +! " ,# menos desperdício e maior eficiência;
  • 5. d) 6,', 7 ( ' # necessária para processar um grande volume de informações; e) , , ,# conhecer o mundo que nos cerca e o reflexo disso em nós e no nosso negócio; f) 4 "8 ' , , # para saber em qual cenário ele vai produzir; g) , & , ,# premissas básicas e reflexos na atividade. +!, 9 : ; Porém, moderno também pode ser aproveitar o conhecimento de modo adequado, mesmo que ele tenha sido gerado há pouco ou muito tempo atrás. Portanto, usar o conhecimento de modo correto a serviço da Empresa Rural, tornando-a competitiva é o que há de mais moderno. < , 7 ! " "= A – Deverá ter uma posição pró ativa em relação a: a) Política; b) Meio ambiente; c) Outros temas importantes B – Será necessário trabalho de formiga: fazer um pouco de cada vez, mas não parar, pois o resultado geral será grande e compensador.
  • 6. C – Buscar profissionalização e soluções nas atividades e não subsídios ou soluções externas ou paternalistas. D – Vencer na competição e na argumentação e não no conflito ou na força. E – Vencer no cenário existente, dentro da nova ordem mundial e não tentar alterar o cenário existente. < Para se compreender a administração de uma propriedade rural, ou de uma empresa do agronegócio, com suas peculiaridades é preciso o conhecimento de diversas ciências; todas elas importantes, porém uma deve receber uma atenção maior; tendo em vista que por meio dela, diversas características serão compreendidas, bem como sua influência no resultado esperado pelo administrador rural. Trata-se da Economia Rural, que junto com o conjunto de conhecimentos necessários para a atividade agrícola vão trazer entendimento e respostas para as perguntas e dúvidas do empresário. Porém, antes de se estudar especificamente a economia rural é preciso compreender alguns conceitos básicos de economia, que serão vistos a seguir. < ' # É uma ciência social que usa de conhecimentos matemáticos e estatísticos e analisa o funcionamento do sistema econômico. O problema básico de qualquer sociedade é alocar recursos para
  • 7. satisfazer necessidades individuais e coletivas crescentes e variadas da maneira mais eficiente possível. Como os recursos são escassos e as necessidades e desejos são crescentes, variados e algumas vezes ilimitados, conceitua-se a economia como: “A CIÊNCIA DA ESCASSEZ” 3.1 Elementos chaves da economia: Recursos produtivos > ; existentes na empresa As técnicas de produção transformam os recursos produtivos > ; em Bens e Serviços >0 ; Que servem para: Satisfação das Necessidades Humanas > ?; @ @ 0 @ @ @ ? Devido os Recursos serem escassos e os desejos e necessidades serem ilimitados têm-se que: a) Nenhuma sociedade produz todos os bens para todos seus membros; b) Ninguém pode gastar mais do que sua renda.
  • 8. 3.1.1 Recursos Econômicos: Constituem a base de qualquer economia e são os meios que se utilizam para produzir bens e serviços. Características dos recursos econômicos: a – Limitados; b – Versáteis; c – Podem ser combinados em proporções variáveis. São ainda classificados como: I – Recursos Naturais: solo, água, clima, minérios (agropecuária), petróleo, minérios, gás natural, etc. II – Recursos Humanos: toda atividade humana. III – Capital: conjunto de riquezas acumuladas tais como, rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, armazéns, rede elétrica, veículos, caminhões, tratores, máquinas agrícolas, motores, cercas, currais, animais, etc. ? : ? A 0 4 - 4 B 4 C O dinheiro é um meio (padrão ou referência) para medir o valor dos fatores de produção e dos bens e serviços para facilitar as trocas. $ ? B 4 3
  • 9. 3.1.2 Insumos: São bens de capital, que ao entrarem no processo produtivo se transformam. Exemplos: Adubo milho; Milho ração carne; Defensivo produção de grãos; Grão de soja óleo ou farelo. 3.1.3 Técnicas de produção: “know how” conhecimentos técnicos, científicos e culturais e meios físicos para transformar Recursos em Bens e Serviços. < D # Engloba uma ampla variedade de mudanças e avanços nas técnicas e nos métodos de produção. Também se refere aos métodos de combinar os fatores de produção. Uma Revolução Tecnológica compreende também a melhoria das técnicas administrativas. $ ED A 1 1 4 D 2 - 4 4 D 4 C 3 Porque a inovação tecnológica capacita as empresas a: a) Produzir mais com a mesma quantidade de insumos; ex. uma variedade de soja mais produtiva que consome a mesma quantidade de adubo.
  • 10. b) Obterem o mesmo nível de produção com a mesma quantidade de insumos; ex. adequando-se o espaçamento de uma cultura de 50 cm entrelinhas com 25 plantas/m linear, substituída por 42 cm entrelinhas e 13 a 14 plantas/metro linear; é possível com a mesma variedade e a mesma quantidade de sementes, se obter uma produtividade maior. c) Produzirem mais com maior quantidade insumos, porém com resultado econômico melhor que o nível de produção anterior. Ex. uma variedade de milho mais produtiva que consome mais adubo, porém com melhor resultado econômico. Dos exemplos citados, depreende-se que: $ !" #$ # %!" #$ # %!" #$ # %!" #$ # % " & "%& #" & "%& #" & "%& #" & "%& # " " ' ' ( )" " ' ' ( )" " ' ' ( )" " ' ' ( ) " * & (" * & (" * & (" * & ( )))) ' # # #' # # #' # # #' # # # "#+ ,"#+ ,"#+ ,"#+ , < < 4 D 2 A quantidade de Bens e serviços demandados pelo consumidor é função inversa dos preços.
  • 11. Se o preço esta baixo, a renda real ou poder de compra do consumidor aumenta e ele pode comprar mais, além de novos consumidores que passam a ter possibilidades de adquirir o produto. Nesse caso, ocorre o inverso da situação anterior, ou seja, se o preço sobe compra-se menos. 3.4 ELASTICIDADE DA DEMANDA: Mede a relação de uma variável em relação a outra variável. No estudo da elasticidade temos três tipos importantes de elasticidade que são: A – elasticidade preço da demanda; B – elasticidade cruzada da demanda; C – elasticidade da renda. A - Elasticidade Preço da demanda: Alguns fatores determinam se um produto tem alta elasticidade e outro tem baixa elasticidade (inelástico), dentre eles:
  • 12. a) Disponibilidade de produtos substitutos para o bem em questão. Se o produto tem bons substitutos terá maior elasticidade preço que outro que não possa ser substituído facilmente. Quando os preços do produto se elevam e o preço do substituto se mantém constante, o consumidor tende a trocá-lo pelo bem substituto. b) Número de utilizações que se pode dar ao produto. Quanto mais versátil o seu uso, maior a quantidade demandada. 3.4.1 Demanda elástica a preços: É quando a quantidade demandada varia em maior proporção que o preço. Exemplo – o preço cai 5% e a demanda sobe 20%. Ou seja, a demanda desse produto é elástica a preço. Nesse caso uma boa estratégia de aumento de receita é a empresa reduzir preços. Exemplo: venda de eletrodomésticos, celulares, etc. 3.4.2 Demanda inelástica a preço: A variação da demanda é menor que a redução do preço. Exemplo: se o preço cai 5% e a demanda aumenta apenas 2%. Ou seja, a demanda varia muito pouco com o preço, ou seja, é inelástica a preço. Nesse caso uma boa estratégia da
  • 13. empresa para aumentar sua renda é aumentar os preços. A redução de custo nesse caso, também pode aumentar o lucro. B - Elasticidade cruzada da demanda: É quando dois bens são substitutos ou complementares entre si. Exemplo 01: carne bovina e carne de porco. Se o preço da carne bovina se eleva, isto faz com que os consumidores passem a comprar carne de porco (substituto), ocasionando um aumento no consumo da carne de porco. Assim, a elasticidade cruzada é positiva para a carne de porco. Exemplo 02: automóveis e combustíveis - Um aumento elevado nos preços dos automóveis reduz sua venda e também diminui a venda de combustíveis. Isto demonstra que são bens complementares. C - Elasticidade renda da Demanda: Tem relação com o poder aquisitivo dos compradores. • produtos superiores: renda alta (A) • produtos normais: renda média (B) • produtos inferiores: classes C e D. Exemplos de produtos substitutos na agropecuária: - carne de frango, carne de suínos e carne bovina. - óleos de soja, de milho, de girassol e de canola.
  • 14. 3.4.3 Produção e oferta de produtos agrícolas: A oferta de produtos agrícolas está relacionada com a produção, a tecnologia de produção e o custo de produção. Para se entender produção e custos é preciso compreender a função de produção. 3.4.4 Função de Produção: É a relação entre as quantidades físicas do produto obtido e a quantidade física empregada dos fatores de produção. A intensidade desta relação mostra a tecnologia de produção. Quanto mais sofisticada e complexa for esta relação, maior será a tecnologia de produção. Assim, a produção de uma empresa se dá em função dos recursos que ela mobiliza para produzir. Por sua vez, o volume de produção será maior ou menor, dependendo da combinação dos seguintes fatores: a) Qualidade e quantidade dos recursos empregados; b) Técnicas de produção ou tecnologia; c) Dos meios físicos para transformar os recursos existentes. Na função de produção há recursos que variam com a produção e outros que não dependem do nível de produção. A área total da propriedade não varia. Por sua vez, as quantidades de sementes, a área a ser colhida e a quantidade de fertilizantes, variam de acordo com o tamanho da área plantada.
  • 15. Então, quanto aos fatores de produção, podemos denominá-los conforme a quantidade empregada em: QUANTIDADE NÃO VARIA: fatores fixos de produção custo fixo (CF) QUANTIDADE VARIA: fatores variáveis de produção custos variáveis (CV). Por sua vez, a perfeita combinação dos fatores de produção dá o nível ótimo de produção. 3.4.2 Nível ótimo de Produção: É quando se consegue o máximo de receita com o mínimo de custo. Para se entender o Nível Ótimo de Produção é preciso entender dois conceitos: a) Princípio dos Rendimentos Constantes Indústria (não será estudado nesse curso); b) Princípio dos Rendimentos Decrescentes Agropecuária. Quando se tem uma Função de Produção com Rendimentos Decrescentes, o custo médio diminui e depois aumenta à medida que a produção aumenta. O exemplo prático que melhor se ajusta a esta situação é o uso de fertilizantes.
  • 16. Quando se faz cultivo sem adubo, tem-se uma quantidade produzida a um dado custo. À medida que se usa o adubo, a produção vai crescendo mais do que o aumento de custo com o adubo. Vai chegar um momento em que a receita marginal proveniente do aumento de produção será igual ao aumento de custo com a quantidade adicional de adubo. Após este índice, e tendência é que o aumento da produção resulte em uma receita marginal menor do que o aumento de custo. 8 ," E , 4 !*% , ( +!,", , +!, ,', " 9 ! , '! " ' ! , !& @ @ F G >9 8 ,"; Ou seja, neste caso, vale a pena produzir mais.
  • 17. 3.4.3 Elasticidade Preço da Oferta: 3.4.3.1 Oferta Elástica: é quando a variação percentual da oferta em relação a preço é maior: Exemplo: Se o preço aumenta 5% e a oferta aumenta 15% ela é elástica. 3.4.3.2 Oferta Inelástica: é quando a variação percentual da oferta em relação a preço é menor: Exemplo: Se o preço aumenta 5% e a oferta aumenta 2%. OS PRODUTOS AGRÍCOLAS TÊM OFERTA E DEMANDA INELÁSTICA NO CURTO PRAZO. 3.5 ESTRUTURAS DE MERCADO: É muito importante entender como os mercados são classificados e como funcionam para compreender sua influência na agropecuária.
  • 18. 3.5.1 Classificação dos Mercados: Os mercados podem ser classificados em geográficos, de época, de produto, de bens e serviços, etc. 3.5.2 Funcionamento dos Mercados: As relações de mercado podem ser influenciadas por três variáveis: a) Grau de concentração dos participantes; b) Grau de diferenciação dos produtos; c) Presença ou não de barreiras à entrada de novos competidores: quando o governo impede, ou existem acordos comerciais ou direitos adquiridos que impedem a entrada de novos concorrentes. 3.5.3 Economias ou deseconomias de Escala: A produção mecanizada de grãos para grandes áreas proporciona economia de escala; por outro lado, a produção de produtos que requerem grande quantidade de mão de obra por área ocasiona deseconomias de escala. Estas variáveis dão origem a dois tipos de mercado: A) Mercado de concorrência Perfeita: Ocorre quando um grande número de empresas produz o mesmo produto ou serviço e com dimensão e estrutura de custos
  • 19. semelhantes (na agricultura têm-se muitos produtores com diversas similaridades entre eles). - Os produtos são muito homogêneos - O milho do Sr. Pedro é um perfeito substituto para o milho do Sr. João. Grande número de consumidores e todos com a mesma informação disponível existente no mercado. - Não há barreiras à entrada de novos competidores. - Perfeito conhecimento de preços e de mercado. “O mercado agrícola é de concorrência pura porque o produtor rural não tem perfeito conhecimento do mercado”. Na verdade ninguém tem esse conhecimento. B) Mercado de Concorrência Monopolística: Nesse tipo de mercado ocorrem muitos vendendo produtos, os produtos são diferenciados e há produtos substitutos muito bons – ex. Os supermercados. C) Mercados Pouco ou não Competitivos: 1- Na compra de produtos agrícolas: Monopsônios e oligopsônios há um só ou poucos compradores dos produtos. 2- Na venda de insumos agrícolas: monopólios e oligopólios poucos vendendo insumos, máquinas agrícolas e outros bens.
  • 20. - . /- . /- . /- . / 3.5.1 Características do Mercado Agrícola: É um mercado de concorrência pura pelo lado do agricultor, caracterizando-se por: a) muitos vendedores b) produto homogêneo c) ausência de restrições artificiais ou governamentais (tabelamento, racionamento, proibição à oferta ou à procura de qualquer produto). d) mobilidade dos produtores e dos recursos, de modo que novas empresas/produtores possam entrar e sair do mercado a qualquer tempo, e, os recursos possam ser transferidos para outros usos mais econômicos. 3.5.2 Características da Produção Agrícola:
  • 21. Atomização ou dispersão da oferta São milhões de agricultores de norte a sul do Brasil, produzindo e ofertando seus produtos no mercado, o que torna impossível qualquer forma de organização impedindo a cartelização do mercado de modo que o produtor não consegue impor preço para seu produto. O produtor rural torna-se então um tomador de preços tanto na compra de insumos quanto na venda de seus produtos. Imprevisibilidade de Produção: Devido a sua natureza biológica, a produção agrícola é de difícil previsão e variações climáticas podem afetar a oferta. Sazonalidade: Vem a ser um dos grandes problemas da comercialização, da armazenagem, da produção agrícola e da compra de insumos. A produção se dá em determinadas períodos do ano (curtos), em face das suas características biológicas e o consumo ocorre o ano todo. Isto influencia o preço na compra de insumos e na venda da produção. Oferta e demanda inelástica:
  • 22. Não permite adequar a oferta do produto agrícola à demanda. Sendo inelástica a demanda, um aumento da demanda ou redução da oferta ocasiona grandes variações de preços. Estas características talvez sejam a causa da atividade agrícola ser a única que permite a recuperação rápida da empresa e do empresário. Hiato de Produção/Intervalo de Tempo: Entre a decisão de plantar e a colheita há um período de tempo de modo que as expectativas podem mudar para melhor ou para pior. “Assim, o produtor rural trabalha com expectativas de preço e produção”. Produção Interiorizada: O consumo está nas grandes cidades situadas na faixa litorânea e a maioria das vendas é através da exportação demandando transporte, armazéns e custos elevados para escoá-la. ocasiona grandes problemas de logística e transporte. Volumosos: Grandes volumes com baixo valor agregado oneram os custos de transporte. - agregar valor e/ou transformar o produto é a saída.
  • 23. Perecibilidade: Exige condições e cuidados especiais após a colheita para minimizar as perdas - aumento de custos Natureza biológica da produção agrícola: Tem quantidade e qualidade variável devido à influência do clima, pragas e doenças, principalmente hortifrutigranjeiros. Matéria prima para outras atividades Soja e milho são insumos para ração. Não tem valor agregado. Valor baixo. 4 ADMINISTRAÇÃO: Vem do latim (direção, tendência para) e , (subordinação ou obediência). É um fenômeno universal em todas as atividades humanas e está presente como arte e ciência em todas as empresas e organizações.
  • 24. 1 H " > IJI; ' , # $ *% 9 , , - K - - ' , , ' " 3- +!, *% 9 +!, &, , , ' L 4" ,M # é antecipar o que precisa ser feito, com quais recursos e as quantidades necessárias de recursos para que os objetivos da empresa rural sejam alcançados. Portanto, a administração se refere ao desempenho da empresa como um todo. L , , , 6 # está relacionado a eficácia, eficiência e efetividade. a) 7' = ' # é utilizar produtivamente os recursos; b) 7'(' # é a capacidade de realizar objetivos; c) 7, ,# é realizar a coisa certa para transformar a situação existente. 4 - ' ', , 9' ' , *% # @ @ 4 4 4 ? N 4.3 FUNÇÕES QUE A EMPRESA/ EMPRESÁRIO RURAL PRECISAM REALIZAR:
  • 25. 4.3.1 Planejamento: diz respeito a decisões sobre objetivos, ações futuras e recursos necessários para realizar objetivos. 4.3.2 Organização: compreendem as decisões sobre a divisão de poder, traduzindo em autoridade, tarefas e responsabilidades entre pessoas e na divisão de recursos para realizar tarefas. 4.3.3 Direção ou Coordenação: fazer com que as pessoas alcancem os objetivos propostos cumprindo o sentido da missão. 4.3.4 Controle: compatibilizar os objetivos esperados com os resultados alcançados. 3 , , % % ! 3 " !, # - Objetivos diferentes; - Dispõem de recursos humanos, financeiros e materiais diferentes; - Atuam em campos ou áreas distintas. ( ! = 7 , ' , , , , ! (5" ," % ! , # A) Governamentais; B) Privadas com fins lucrativos (empresas rurais); C) Privadas sem fins lucrativos (ONGs). Devido à grande variedade e tipos de empresas, as noções de eficiência, eficácia e efetividade e ainda os processos básicos de
  • 26. administração como planejamento, organização e controle devem ser ajustados às características de cada empresa. / OOOO 0000 1 2 3 -1 2 3 -1 2 3 -1 2 3 - ++++ 0000 4444 5 6 - 75 6 - 75 6 - 75 6 - 7 4 8 -4 8 -4 8 -4 8 - ++++ 5 ADMINISTRAÇÃO RURAL : $A , ! +!, ' , K *% , , *% , ! , , 8' " - ! ,7' , , ,'! & , , !" ' , , 3 4 A D 4 5 P 4 A Administração Rural relaciona-se ainda com outras ciências, dentre elas: 5 Economia rural e outras ciências sociais;
  • 27. - Ciências agrárias (fitotecnia, zootecnia, engenharia rural, topografia, etc). As ciências técnicas dizem como deve ser feito e a administração rural diz o que deve ser feito. 5.1 ASPECTOS GERAIS E CARACTERÍSTICAS DE UMA EMPRESA AGROPECUÁRIA 5.1.1 Conceito de Empresa Rural: É um complexo família-fazenda, cujos recursos são dedicados à produção agropecuária, sem necessariamente assumir personalidade jurídica. Em geral, o empresário é o proprietário e objetiva maximizar o valor presente do patrimônio líquido da empresa. Normalmente ele trabalha com a família nas tarefas mais comuns da fazenda exercendo funções tanto administrativas quanto executivas e a família tem influência nas tomadas de decisões. Atualmente, já existem empreendimentos agropecuários (na maioria grandes áreas) que apresentam uma característica mais empresarial e menos familiar na condução e administração de suas atividades, porém ainda predomina o modelo da administração familiar. A separação de funções administrativas na empresa agropecuária não é muito simples, visto que as funções se confundem ou os trabalhadores e o empresário exercem múltiplas
  • 28. funções. Isto dificulta elaborar custos de produção e implantar sistemas de controle “A transmissão de pai para filho por meio de herança, ocasiona muitas vezes um descompasso, tendo em vista que a divisão entre os herdeiros, resulta em redução no tamanho da empresa, levando-a muitas vezes a perder competitividade, principalmente se esta cultiva commodities”. A empresa rural guarda estreita relação entre as atividades de investimento, produção e consumo. Via de regra, gastos com manutenção familiar entram como parte das despesas da empresa. Apresenta !*% ' , ou seja, várias de suas atividades não produzem um só produto. Ex. uma empresa que produz leite ou ovos também produz carne e esterco. 5.2 FATORES DE PRODUÇÃO NA EMPRESA RURAL Segundo a definição clássica, são os elementos básicos utilizados na produção de bens e serviços e na empresa rural, são classificados como clássicos a terra, o capital e o trabalho (ou mão de obra). Atualmente devemos acrescentar o clima e a tecnologia com fatores de produção, além dos já mencionados. Assim os fatores de produção modernamente são melhores estudados como: CAPITAL + TRABALHO + RECURSOS NATURAIS, que associados à TECNOLOGIA compõem os novos fatores de produção.
  • 29. 5.2.1 TERRA A) Na Indústria: é um local para edificações; B) Na agropecuária: a) É geradora de riquezas onde a qualidade é tida como fundamental (em face da fertilidade natural do solo ou se foi corrigida); b) Tamanho dos imóveis também é importante, mas hoje já se considera que nem sempre isto é verdade. c) Há atividades que demandam pouca quantidade de terras, mas proporcionam resultados econômicos satisfatórios, por exemplo: avicultura, produção de leite, frutas, olerícolas, café adensado, etc. 5.2.2 CAPITAL AGRÍCOLA OU AGRÁRIO – que se divide em: I-FUNDIÁRIO – terras a) Terras nuas (sem melhoramentos e sem benfeitorias) b) Benfeitorias (melhoramentos, construções, culturas perenes). II-DE EXPLORAÇÃO – necessário para bancar as despesas da propriedade.
  • 30. a) Fixo: animais de produção e de trabalho, máquinas, equipamentos, ferramentas, dentre outros; b) Circulante: capital de giro, custeio da produção agrícola. 5.3 CUSTOS DE PRODUÇÃO Os custos de produção na empresa rural têm por finalidade mensurar os gastos da empresa, com o objetivo de analisar seu resultado econômico financeiro e também planejar suas atividades. Através da análise dos custos de produção, podem-se tomar decisões mais seguras quanto a investimentos, tecnologias a serem empregadas e outras decisões relevantes. O custo de produção deve ser calculado pelo menos duas vezes na safra: 1º - próximo ao plantio para previsão de receitas e despesas (estimativa) 2º- no fechamento da safra (custo real) O custo de produção pode variar em função de diversas situações, dentre elas tem-se: a) de um produtor para outro; b) de uma propriedade para outra; c) dentro de uma mesma propriedade (de um talhão para outro, de uma variedade para outra, dentre outras); d) grau de tecnologia empregado; e) qualidade e quantidade de insumos utilizados; f) parque de máquinas disponível para utilização; g) infra-estrutura da propriedade.
  • 31. 5.3.1 Classificação dos custos Os custos são classificados em custos fixos totais (CF), custos variáveis totais (CV), custo médio (CM) e custos totais (CT), que vem a ser a soma dos custos fixos totais e custos variáveis totais (CT = CF + CV). O custo operacional total (COT), representa o custo do produtor para pagar seus empregados e repor seu maquinário para continuar produzindo no curto prazo, ou seja, na safra. Quando a atividade cobrir os custos operacionais de produção, há lucro porque cobre os custos variáveis, remunera o capital empregado e o trabalho do produtor. Na definição de custos fixos, é preciso analisar características específicas da atividade rural. Por exemplo, costuma-se classificar a mão de obra permanente com custo fixo, uma vez que ela não varia e sempre existe. No entanto, devemos ponderar que, via de regra, o trabalhador rural é multifuncional, exercendo diversas atividades em diversas explorações. Um tratorista pode efetuar serviços na lavoura de milho e na de soja na mesma safra em diferentes proporções e na safra seguinte essas mesmas proporções não se mantém. Ou seja, a quantidade de horas trabalhadas nas culturas não é fixa. Nesse caso, é mais conveniente classificá-la como custo variável. Têm-se anda o custo total por unidades produzidas, também chamado de custo médio [CT/n = custo médio (CM)]. Exemplos de custo fixo (CF) têm-se: pagamento de parcelas de financiamento de máquinas agrícolas, de construções, juros destes empréstimos, mão de obra do empresário (pro labore).
  • 32. Os custos também são classificados como custos ou despesas diretas e indiretas. a) Diretas – há um efetivo desembolso, tais como juros pagos ao banco, empréstimos de investimento ou de custeio pagos, compra de insumos, salários pagos, dentre outros; ou seja, sai dinheiro do caixa da empresa; b) Indiretas – há um custo contabilizado, mas não sai dinheiro da fazenda. Custos indiretos, segundo MARION (1996, p. 61), “são aqueles necessários à produção, geralmente de mais de um produto, mas alocáveis arbitrariamente, através de um sistema de rateio, estimativas e outros meios”. Como exemplo os salários dos técnicos e das chefias, materiais e produtos de alimentação, de higiene e limpeza (pessoal e instalações). Também se encaixam os juros sobre recursos próprios empregados, a depreciação de máquinas, construções e equipamentos, (desde que não seja feito caixa para isto), dentre outros. Por fim, o custo operacional, vem a ser a soma dos custos variáveis mais os custos fixos associados às operações necessárias à implantação da cultura. 5.4 CÁLCULO DE JUROS Devem ser calculados com base nas taxas que efetivamente estão sendo pagas. E juros de custos indiretos como depreciação e custo oportunidade (remuneração da terra e/ou do capital próprio)? R) Nestes casos pode-se usar a mesma taxa paga nos empréstimos rurais ou taxas auferidas nas aplicações financeiras. 5.4.1 Cálculo do juro real:
  • 33. Valor do empréstimo x a taxa de juros = valor do juro No caso de um financiamento é preciso calcular o saldo devedor e aplicar a taxa de juros sobre o mesmo, levando em conta o período de carência. Ex: Empréstimo de R$ 120.000,00 a juros de 6% ao ano, com cinco anos de prazo em parcelas anuais e um ano de carência. 120.000,00/5 = R$ 24.000,00/ano 1ºano – 120.000,00 x 6% = R$ 7.200,00 (juro) Saldo devedor = 120.000,00 + 7.200,00 + 127.200,00 Amortização – 24.000,00 + 7.200,00 = 31.200,00 2ºano saldo devedor 120.000,00 – 24.000,00 = 96.000,00 Juro: 96.000,00 x 6% = 5760,00 (juro) 3ºano saldo devedor: 96.000,00 – 24.000,00 = 72.000,00 Juro: 72.000,00 x 6% = 4320,00 (juro) 4ºano saldo devedor: 72.000,00 – 24.000,00 = 48.000,00 Juro: 48.000,00 x 6% = 2.880,00 (juros) 5ºano saldo devedor: 48.000,00 – 24.000,00 = 24.000,00 Juro: 24.000,00 x 6% = 1440, 00 (juros) Total de juros pagos no período: R$ 21.600,00 5.4.2 Cálculo de juros sobre o bem empregado Quando o bem foi financiado, aplica-se a taxa de juros a ser paga pelo empréstimo, mas e no caso do bem não ter sido financiado? Por exemplo, um trator que o empresário adquiriu com
  • 34. recursos próprios? A sugestão seria considerar uma taxa de juros igual a dos empréstimos bancários aplicados para este tipo de atividade. A fórmula para o cálculo será a seguinte: J= (Vi + Vf)/2 X a taxa de juros ao ano, Onde Vi seria o valor inicial do bem e Vf seria o valor final do bem, também chamado de valor de sucata (Vs). 5.4.3 Cálculo da depreciação: É o custo necessário para substituir os bens de capital que se tornaram inúteis pelo desgaste físico ou por obsolescência. Há diversos modos de se calcular a depreciação: O mais comum na agricultura é o método linear, onde: D = (Vi - Vf)/vida útil Este método é o mais prático para se calcular a depreciação média dos bens quando vai se usar o valor para cálculo de custos de produção. No caso de avaliação real do bem é mais conveniente usar os métodos acelerados de depreciação, que são: a) Mais acelerado no início: Usado para máquinas e equipamentos
  • 35. Exemplo prático: queremos calcular a depreciação de um bem com vida útil estimada de dez anos. Neste caso procede-se do seguinte modo: Vida útil do bem (Vu)= 10 anos 10 + 9 + 8 + 7 + 6 + 5 + 4 + 3 + 2 + 1 = 55 1ºano D= (Vi – Vf) 10/55 2ºano D= (Vi- Vf) 9/55 3ºano D= (Vi – Vf) 8/55 E assim por diante até o 10ºano b) Mais acelerado no final: usado para construções. Exemplo prático. Suponha um barracão com vida útil estimada em 15 anos, procede-se da seguinte maneira: Vida útil do bem (Vu) – 15 anos 15 + 14 + 13 + 12 + 11 + 10 + 9 + 8 + 7 + 6 + 5 + 4 + 3 + 2 + 1 = 120 1ºano D= (Ci – Cf) 1/120 2ºano D= (Ci – Cf) 2/120 3ºano D= (Ci – Cf) 3/120 ........................................... ........................................... E assim sucessivamente até o 15ºano. Este método permite uma avaliação mais próxima da real do bem analisado. Tem o inconveniente de ser trabalhoso e demorado, quando o bem tem uma vida útil longa. Nesse caso pode-se usar a fórmula a seguir: Sn = (n + 1) n/2
  • 36. Exemplo: um bem com 35 anos de vida útil: Sn = (35 + 1) x 35/2 Sn = 36 x 35/2 = 18x35/2 = 630 Outro método consiste em esperar o ano se completar e avaliar o preço do bem no mercado. A diferença de um ano para outro será a depreciação. Pouco usado e não permite calcular custos de produção ”a priori`” , portanto não serve aos propósitos aqui pretendidos. 5.5 RISCOS: A atividade rural é um empreendimento a céu aberto, e como tal, sujeita aos riscos de intempéries climáticas e ainda oscilações em face de volatilidade dos preços dos produtos agrícolas no mercado. Além das recomendações acerca de cultivo que contemplem as melhores épocas quanto ao clima e monitoramento de possíveis eventos adversos, com o objetivo de fugir dos períodos de maior vulnerabilidade climática; podem-se constituir fundos para fazer frente a períodos em que o clima ou os preços não foram favoráveis, apesar de todas as cautelas. Estes são a soma que se considera cada ano para formar um fundo que permita pagar imprevistos parciais ou totais que a atividade ou o bem pode sofrer. Ex. geada, seca, inundação, frustração de preços, etc. Analisa-se um determinado período e verifica-se a periodicidade de sinistros e frustrações que ocorreram.
  • 37. Ex. se a cada 07 anos ocorre uma seca que quebra em média 60% da produção. Reserva-se 1/7x 60 %) da produção para cobrir tais prejuízos. Outro modo seria: RB – Despesas = resultado RB/alq. = 140 sc de soja de R$ 41,00 = R$ 5.740,00/alqueire Despesas = R$ 2.500,00/alqueire RB= 5740 – 2500 = 3240,00/ alq. 6/7 x 3240 = 19440/7 = 2777,15/alq./ano 3240 – 2777,15 = R$ 462, 86/alqueire/ano a ser reservado para o fundo de risco. IDEAL: seria conseguir ter uma safra completa sem compromissos. 5.6 CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO Estima-se que se gasta 50% do valor do bem ao longo de sua vida útil com reparos e manutenção no caso de máquinas. No caso de construções recomenda-se calcular 1% do valor do bem por ano. Máquinas: taxa de cons. e manutenção (Cs)= [valor do bem x 50%]/ vida útil. Construções: [valor x 1%]= taxa de conservação e reparos no ano. 5.7 CÁLCULO DO CUSTO HORA/MÁQUINA: Deve ser calculado o custo do trator mais o equipamento a ser utilizado na operação, além da mão de obra permanente e temporária envolvida na operação e ainda o custo da garagem de máquinas.
  • 38. No caso de colhedora calcula-se a máquina, a mão de obra, a carreta graneleira e a garagem. O caminhão entra como custa de frete. 5.7.1 Trator e/ou colhedora -Salário do operador + encargos sociais -Combustíveis -Lubrificantes e graxas (20% do combustível para trator e 30 a 50% para colhedoras e/ou máquinas mais sofisticadas). -Depreciação -Conservação e reparos (1/2 valor dividido pela vida útil em horas) - Garagem. 5.8.2 Equipamentos - lubrificantes e graxas (valor irrisório): pode-se desprezar - conservação e reparos (igual do trator) -depreciação -garagem 5.8 INDICADORES DE RESULTADOS/AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO ECONÔMICO/FINANCEIRO São indicadores que permitem avaliar se o resultado econômico da atividade ou do investimento pretendido é satisfatório e recomenda a sua realização. Através de sua análise pode-se mensurar riscos e os resultados prováveis com o empreendimento.
  • 39. 5.8.1 Retorno sobre o Investimento RI = E – D C E= receita adicional média (devida ao investimento), mas sem considerar a depreciação. D= depreciação adicional média C= capital adicional necessário ao investimento. Vantagens: - taxa de RI é facilmente calculada - valores projetados podem ser comparados com dados passados Desvantagens: - pode induzir a erros, por não considerar o fator tempo. - o resultado obtido (RI) não serve para comparar com o custo do capital para a empresa. - usando médias, o método falha por não considerar quando os resultados ocorrem. - ocasionalmente resulta em escolha acertada da melhor alternativa de investimento. 5.8.2 Razão benefício/ custo
  • 40. B/C= soma dos benefícios líquidos devidos ao projeto dividido pelo valor presente do investimento O critério usado para aprovação por este indicador é que o resultado seja maior do que 1,0. Então B/C deve ser maior que 1,0. Tem como vantagem a facilidade de cálculo. A desvantagem é que a análise é superficial. 5.8.3 Análise de sensibilidade: Este método quando bem empregado pode ser bastante útil na empresa rural, pois permite medir possíveis variações provocadas por oscilações de mercado ou problemas climáticos. O método consiste em alterar uma variável e recalcular a viabilidade do investimento nessa nova condição para avaliar sua sensibilidade a variações incontroláveis. Exemplo: Ao comprar um trator calcula-se o retorno sobre o investimento e a capacidade de pagamento com base em preços de mercado, mas sabe-se que estes podem sofrer variações. A produtividade prevista também pode sofrer variações em face de adversidades climáticas. Pode-se então prever uma seqüência de resultados com preços médios altos, uma de preços médios normais e uma de preços médios baixos e verifica-se nas três situações qual será o retorno do investimento e o tempo necessário para o retorno. Com base em situações passadas é possível mapear-se possíveis
  • 41. adversidades climáticas e projetá-las para analisar variações devido ao clima. A análise de sensibilidade com base em eventos climáticos deletérios não deve ser feita por períodos longos, pois pode induzir a erros, fazendo crer que bons projetos sejam inviáveis. O melhor seria a análise pela variação de preços. Em face dessas possibilidades alguns bancos (BB, principalmente), pedem que os projetos sejam calculados por valores médios de mercado. A análise pelos valores médios pode levar à distorções, pois em períodos continuados de bons resultados de preço e de produção, investimentos rejeitados pagam-se facilmente. 5.8.4 Período de recuperação do Capital – PRC ou Pay back. É o número de anos necessários para a empresa recuperar o dinheiro investido no projeto. Bastante usado em projetos de investimento, é calculada somando-se os resultados líquidos ao longo de um determinado período até a recuperação do capital investido. a) Vantagens: -Método simples de calcular e bastante difundido. b) Desvantagens: -É demorado para conseguir os dados necessários ao seu cálculo; -Não mede a lucratividade dos investimentos
  • 42. -A escolha do período ótimo para seu retorno é arbitrária; -Não considera o valor do dinheiro no tempo. 5.8.5 Valor presente: Teve sua maior aplicação no período inflacionário. Atualmente tem sua utilidade, mas vem sendo pouco usado e tem certa complexidade. 5.8.7 TIR – Taxa Interna de Retorno É um bom método, mas de certa complexidade. 5.8.8 Ponto de Nivelamento ou Ponto de Equilíbrio O método consiste em encontrar o chamado ponto de nivelamento (PN) ou ponto de Equilíbrio (PE) que seria o momento em que as receitas empatam com os custos. Quanto mais baixo for o ponto de nivelamento melhor, pois serão necessários menos recursos para cobrir os custos. Por outro lado, empreendimentos em que o PN for muito alto sinalizam que a empresa tem de produzir muito para cobrir os custos, podendo se tornar inviável por pequenas oscilações de mercado. 5.8.9 Método dos Orçamentos Parciais:
  • 43. Muito útil para analisar modificações e/ou novos investimentos na empresa rural. É complexo e demorado, mas apresenta resultados satisfatórios. Este método, aliado a análise da sensibilidade propicia boas ferramentas para uma análise da viabilidade de investimentos futuros na empresa rural. O método consiste na utilização do seguinte esquema: A – aumento das despesas R$ ........................... B – diminuição da renda R$........................... Subtotal (A + B) R$........................... C – diminuição das despesas R$......................... D – aumento da renda R$......................... Subtotal (C + D) R$.......................... Se: 1): (C + D) – (A + B) maior que zero é viável o investimento 2): (C + D) – (A + B) igual a zero é indiferente (não muda nada) 3): (C + D) – (A + B) menor que zero é desaconselhável o investimento
  • 44. 5.9.1 FISCAIS São utilizados pelos contadores e aplicados às grandes empresas urbanas. 5.9.2 GERENCIAL É uma estrutura criada para armazenar de forma organizada a movimentação de receitas e despesas da atividade do empresário. Deve ser criada de acordo com o tipo de movimentação e atividade do empresário. Ex. se você planta milho e seu vizinho têm bovinocultura leiteira os planos de contas deverão ter características diferentes que atendam suas especificidades Ele é a porta de entrada das movimentações financeiras do seu negócio. Imagine uma gaveta ou armário onde se guardam todas as notas fiscais, recibos, faturas, etc. Os documentos misturam-se todos e vira uma bagunça, de modo que não permite que se você procure alguma nota ou algo assim, ele seja encontrado com facilidade. Mas se o seu armário ou gaveta tiver várias repartições para que você possa guardar seus documentos separadamente (soja, trigo, leite, etc.), fica fácil e prático de localizar e entender. Exemplo: PROPRIEDADE “A”:
  • 45. Conta bancos: - Banco do Brasil: - Sicredi: - HSBC: Grãos: - Soja: Indústria Semente produzida - Milho: - Trigo: Indústria Semente produzida Pecuária: - Aves: - Bovinos: Corte Leite Insumos agrícolas: Fertilizantes - formulados -Super triplo - uréia Corretivos -calcário - gesso - fosfato natural Sementes -soja - milho - trigo Defensivos - herbicidas - inseticidas - fungicidas - raticidas Combustíveis - óleo diesel - gasolina - álcool Lubrificantes Insumos veterinários - Rações - aves de corte - bovinos de leite - aves poedeiras - suínos. -Sal comum -Sal mineral - Medicamentos - Vacinas - vermífugos
  • 46. Cons. e manutenção - cercas - construções - máquinas - implementos - reforma de terraços Mão de obra - permanente - temporária Peças - filtros - correias PROPRIEDADE “B” Repetir os procedimentos Ou então: FAZER O PLANO DECONTAS GERAL E DIVIDIR CADA CONTA: Conta bancos: - Banco do Brasil: Propriedade A Propriedade B - Sicredi: Propriedade A Propriedade B - HSBC: Propriedade A Propriedade B Grãos: Soja: Indústria Propriedade A Propriedade B Semente produzida Propriedade A Propriedade B Milho: Propriedade A Propriedade B Trigo: Indústria Propriedade A Propriedade B Semente produzida Propriedade A
  • 47. Propriedade B Pecuária: Aves: Propriedade A Propriedade B Bovinos: Corte Propriedade A Propriedade B Leite Propriedade A Propriedade A Insumos agrícolas: Fertilizantes - formulados Propriedade A Propriedade B - Super triplo Propriedade A Propriedade B - uréia Propriedade A Propriedade B Corretivos - calcário Propriedade A Propriedade B - gesso Propriedade A Propriedade B - fosfato natural Propriedade A Propriedade B Sementes - soja Propriedade A Propriedade B - milho Propriedade A Propriedade B - trigo Propriedade A Propriedade B -Sal comum E assim por diante para cada item de despesa. A aplicação desse segundo procedimento deve ser bem analisada antes de se
  • 48. tomar a decisão de qual modelo adotar, porque se por um lado facilita por ser apenas um plano de contas, por outro, aumenta sua complexidade, tornando difícil ao empresário rural compreende-lo com facilidade. 5.9.3 CENTRO DE CUSTOS: É para onde vão as movimentações financeiras que representam receitas ou despesas. Ao realizar uma despesa com insumo ou serviço é necessário determinar a atividade que ocasionou esta despesa (Centro de custos). Assim, a atividade que foi beneficiada com a compra do insumo ou o serviço irá receber os custos. - ex. sulfato de amônio p/ milho, inoculante para a soja, aplicação de herbicida 2,4 – D no trigo, etc. - Exemplos de Centros de Custos: a) Cultura da soja: b) Cultura do trigo c) Avicultura de corte d) Bovinocultura de leite e) Administração f) Agroindústria g) Oficina mecânica Existem basicamente dois tipos de Centros de Custos:
  • 49. A) - Centro de Custos Produtivos – são relacionadas as produtivas desenvolvidas em uma propriedade rural. Elas geram despesas e receitas. Exemplo: milho, feijão, soja, leite, etc. B) - Centro de Custos Intermediários – nesse vão as atividades que dão suporte às atividades produtivas, servem para mantê-las funcionando. Suas despesas devem ser rateadas entre as atividades produtivas. Ex.; administração, oficina, etc. 5.9.4 Exemplo de Centro de Custos Produtivos - soja plantio direto - talhão 01 - talhão 02 - talhão 03 - milho safra normal - talhão 01 - talhão 02 - milho safrinha - talhão 01 - talhão 02 5.9.5 CRITÉRIOS DE RATEIO: O rateio deve ser proporcional à área cultivada. No caso de produção animal, proporcional ao número de unidades animais (bovinos), ou número de barracões (aves), pocilgas (suínos), etc. No caso de máquinas agrícolas, ratear conforme o número de horas trabalhadas em cada atividade.
  • 50. 5.9.5 INDEXAÇÃO DE VALORES: Escolher uma moeda que sirva de parâmetro para avaliar os resultados da atividade e não sofra muitas variações. Talvez seja necessário indexar mais de um valor. Por exemplo, o dólar e a quantidade de sacas de soja. A indexação pode ser feita somente nos cálculos finais para facilitar os cálculos. A moeda ou as moedas que forem utilizadas como indexadoras devem ter seu valor de época registrado. Exemplo: em cada item de despesa deixe espaço para converter o valor em sacas de soja, ou outra de sua escolha. No final, ou no início de um dos cantos da página deixe um espaço para colocar o valor da saca de soja e do dólar ou outro indexador de sua escolha. 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
  • 51. ANDRADE, J. G. Introdução à administração rural. UFLA, Lavras – MG, 2001. ANTUNES, L. M.; ENGEL, A. Manual de administração rural – custos de produção. Livraria e editora agropecuária, Guaíba – RS, 3. ed. 1999. CHIAVENATO. Idalberto. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Makron Books, 1993. HOFFMANN, R. ENGLER; J.J.C., SERRANO; O. THAME; A. C. M., NEVES, E.M. Administração da empresa agrícola. 2. ed. Revista editora livraria editora Pioneira. São Paulo – SP, 1978. MARION, J. C. Contabilidade rural: contabilidade agrícola, contabilidade da pecuária, imposto de renda pessoa jurídica. Editora Atlas S. A. 4.ed. 1996; segunda tiragem. MENDES, J. T. G. Economia agrícola: princípios básicos e aplicações. Editora ZNT Ltda. Curitiba – PR, 1998. NORONHA, J. F. Projetos agropecuários – Administração financeira, orçamento e viabilidade econômica. São Paulo, Atlas, 2. ed.1987. 7ANEXOS
  • 52. 7.1MODELO DE UM CUSTO DE PRODUÇÃO SUGERIDO: DISCRIMINAÇÀO Custo R$/ha R$/sc 1CUSTO VARIÁVEL Insumos M. O. temporária Cons. e Reparos Máquinas Implementos Benfeitorias Veículos combustível CV PARCIAL Frete externo Recepção, secagem e limpeza Tributos variáveis (CESSR) Seguro (proagro) Juros (custeio) Desp. gerais CV TOTAL 2 CUSTO FIXO Depreciação Máquinas Implementos Benfeitorias Tributos fixos (ITR) M. O. permanente OUTROS CUSTOS FIXOS a) Seguros sobre capital fixo - máquinas - Implementos - benfeitorias b) Juros sobre capital fixo - máquinas - implementos - benfeitorias - terra c) amortização de parcelas de financiamento d) pgto renda e)rem. Produtor f) outros CF TOTAL CUSTO TOTAL DA PRODUÇÃO 7.2 DESDOBRAMENTO DO CUSTO DE PRODUÇÀO insumos Área/ha Dose/ha Qtdade Preço Valor total
  • 53. total unitário R$ R$ sementes FERTILIZANTES - plantio - cobertura CORRETIVOS - calcário - fósforo Inoculantes HERBICIDAS - manejo -pré plantio -pós emergente INSETICIDAS - trat. Sementes - c. Lagartas - c. Percevejos FUNGICIDAS - trat, sementes - parte aérea DESSECANTES SOMA OPERAÇOES/ SERVIÇOS Reforma de terraços Aplicação de calcário Aplic. Herb. - manejo - Pré -Pós Tratam. Sementes Aplic. Fung (2) Plantio e adubação Colheita Transporte SOMA 7.3 CADERNETA DE CAMPO: MAN. DE MÁQUINAS/MOTOTRES
  • 54. TIPO: trator marca modelo, ano. Qtdade n. horas Qtdade n. horas Combustível Trocas de óleo próxima troca - carter - hidráulico - filtros - - - Graxas - - Outros Serviços realizados horas trabalhadas cultura - lavração/aração - subsolagem - plantio - pulverização - herb. - inset. - fungicida - outro - Colheita Observação: 7.4 CRONOGRAMA DE DESEMBOLSOS: PAGTOS EFETUADOS PAGTOS A REALIZAR Data histórico valor R$ Data histórico valor R$ TOTAL NO ANO Observações: 7.5 RECEITAS E DESPESAS POR CULTURA
  • 55. Data qtidade Descrição da receita ou despesa Despesa R$ Receita R$ TOTAL SALDO 7.6 RESULTADO FINANCEIRO DA PROPRIEDADE: ÍTEM VALOR R$ INDEXADOR (soja) 1 RECEITA BRUTA 2 DESPESA TOTAL 3 RENDA BRUTA (receita – despesa) 4 DEPRECIAÇÀO 5 RENDA LÍQUIDA (RB – depreciação) 6 CUSTO UNITÁRIO (kg/sc/ton/l) 7 RECEITA UNITÁRIA (kg/sc/ton/l) 8 RENDA LÍQUIDA UNITÁRIA 9 RENDA LÍQUIDA POR HECTARE 10 PRODUTIVIDADE (sc/ha) 7.8 INVENTÁRIO/ DIAGNÓSTICO DA(S) PROPRIEDADE(S)
  • 56. Nome do proprietário: CPF/RG: Estado civil: Nome do cônjuge: Natural de: Data de nascimento: Endereço: Nome da propriedade: Localização: Lotes, glebas, CRI, município e Comarca. Roteiro de acesso: Área total do imóvel (ha): Características físicas do imóvel: Fertilidade natural aparente: Boa % Média % Baixa % Análise de solo: Tem análise? S/N Realiza todo ano? S/N Necessita calcário? S/N Quantidade T/ha. S/N Correção da Fertilidade: quantidade aplicada (kg ou T/ha.) Calcário Gesso Fosfato Córregos/minas/ aguadas: temporárias permanentes quantidadade Clima: S/N Chove bem? Ocorrem veranicos? Quando? TECNOLOGIA EMPREGADA NAS EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS: S/N Semeadura direta Adubação de base Adubação de cobertura Controle químico Controle biológico HISTÓRICO DE PRODUÇÃO DO IMÓVEL:
  • 57. ano cultura Área cultivada (ha.) produtividade Produção total 2005/06 2005/06 2006/07 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 Soja Milho Soja trigo ..... 50,0 24,0 74,0 3.6,0 ...... 50 sacas 120 sacas 52 sacas 48 sacas ...... 2.500 sacas 2.880 sacas 3.848 sacas 1.728 sacas .................... OBJETIVOS E METAS A SEREM BUSCADOS: soja Milho trigo outra Produtividade área produtividade área produtividade área produtividade área Comercialização da produção: relacionar a(s) empresa com quem realiza suas operações comerciais. Administração: quem administra a propriedade (dono, capataz, filho, etc.) AVALIAÇÃO PATRIMONIAL: A) DISTRIBUIÇÃO DAS TERRAS terras Área (há) Valor R$ Valor total R$ Mecanizadas Pastagem mecanizada Pastagem não mecanizada Reflorestamento Cultura perene Mata (res. legal) Rios, córregos, aguadas, mata ciliar inclusa Sede TOTAL
  • 58. B) BENFEITORIAS E CONSTRUÇÕES Descrição do bem Estado de conservação Valor R$ 01 casa de alvenaria coberta com telhas francesa em estrutura pré moldada com 150 m2 01 casa de sede em alvenaria cob. c/ telhas coloniais c/180 m2 02 casas de empregados, de madeira, cob com telhas e c/ 60 m2 cada 01 tulha de madeira, coberta com telhas de 30 m2 Bom Médio médio ruim 80.000,00 110.000,00 50.000,00 2500,00 TOTAL XXXXXXXXXXXXXX Estado de conservação: ótimo ou novo, bom, médio ou ruim. C) MÁQUINAS/MOTORES E EQUIPAMENTOS: Especificação Estado de conservação Valor R$ 01 trator ano, modelo, marca, estado de conservação. 01 Camioneta...., marca, modelo, ano, estado de cons. 01 colhedora de cereais, marca, modelo, ano, etc. 01 motor estacionário marca, modelo.... 01 pulverizador de barras, marca, modelo, ano, com ......bicos 01 semeadeira adubadeira, marca, modelo, ano, de 15 linhas ... ... TOTAL XXXXXXXXXXXX
  • 59. D) ANIMAIS DE PRODUÇÃO E TRABALHO: CATEGORIA ANIMAL IDADE VALOR R$ 02 animais de trabalho, 08 vacas de leite mestiça holandesa preto e branco com ...anos 01 touro gir com idade de ......anos .............. ............. TOTAL XXXXXXXXXXXXX E) ESTOQUE DE PRODUTOS VETRINÁRIOS QUANTIDADE ESPECIFICAÇÃO VALOR R$ TOTAL XXXXXXXXXXX F) ESTOQUE DE INSUMOS AGRÍCOLAS QUANTIDADE PRODUTO VALOR R$ 3,2 ton 3 gl 30 sc Adubo 00-20-20 Round up Semente de aveia 3.600,00 TOTAL XXXXXXXXXXXXX F) ESTOQUE DE INSUMOS VETRINÁROS QUANTIDADE PRODUTO VALOR R$ doses Frascos de 250 ml frascos Sacas de 25 kg Vacinas vitaminas bernicida Ração para aves TOTAL XXXXXXXXXXXXX
  • 60. G) ESTOQUE DE PRODUTOS AGRÍCOLAS QUANTIDADE PRODUTO VALOR R$ 200 sc 50 sc 150 sc Feijão carioca Arroz em casca milho 16.000,00 TOTAL XXXXXXXXXX H) OUTROS ATIVOS PATRIMONIAIS DA ATIVIDADE RURAL Produtos depositados: cooperativas Cerealistas indústria Quantidade valor quantidade valor quantidade valor Depósitos em bancos: Banco A Banco B Banco C Valores a receber R$ TOTAL R$ 4 Q > R0R R1; F S DÍVIDAS RURAIS: BANCOS..................................................................R$ PARTICULARES.....................................................R$ TOTAL DÍVIDAS.....................................................R$ PATRIMÔNIO LÍQUIDO R$..................................