2. Enquanto a arte egípcia é uma arte ligada ao espírito, a arte grega
liga-se à inteligência, pois os seus reis não eram deuses, mas seres
inteligentes e justos que se dedicavam ao bem-estar do povo. A arte
grega volta-se para o gozo da vida presente. Contemplando a
natureza, o artista se empolga pela vida e tenta, através da arte,
exprimir suas manifestações. Na sua constante busca da perfeição, o
artista grego cria uma arte de elaboração intelectual em que
predominam o ritmo, o equilíbrio, a harmonia ideal. Eles tem como
características: o racionalismo; amor pela beleza; interesse pelo
homem, essa pequena criatura que é “a medida de todas as coisas”;
e a democracia.
ARTE GREGA
5. Os principais monumentos da arquitetura grega:
a) templos, dos quais o mais importante é o Partenon de Atenas;
b) teatros, que eram construídos em lugares abertos (encostas);
c) ginásios, edifícios
destinados à cultura física;
d) praça - Ágora onde os
gregos se reuniam para
discutir os mais variados
assuntos, entre eles, filosofia.
6. A pintura grega encontra-se na arte cerâmica. Os vasos gregos são
também conhecidos não só pelo equilíbrio de sua forma, mas
também pela harmonia entre o desenho, as cores e o espaço
utilizado para a ornamentação. Além de servir para rituais
religiosos, esses vasos eram usados para armazenar, entre outras
coisas, água, vinho, azeite e mantimentos. Por isso, a sua forma
correspondia à função para que eram destinados:
- ânfora - vasilha em forma de coração, com o
gargalo largo ornado com duas asas;
- hidra - tinha três asas, uma vertical para
segurar enquanto corria a água e duas para
levantar;
- cratera - tinha a boca muito larga, com o
corpo em forma de um sino invertido, servia
para misturar água com o vinho.
7. As pinturas dos vasos representavam pessoas em suas atividades
diárias e cenas da mitologia grega. O maior pintor de figuras negras
foi Exéquias.
A pintura grega se divide em três grupos:
•figuras negras sobre o fundo vermelho;
•figuras vermelhas sobre o fundo negro;
•figuras vermelhas sobre o fundo branco.
Na escultura, o antropomorfismo -
esculturas de formas humanas - foi
insuperável.
As estátuas adquiriram, além do
equilíbrio da perfeição das formas, o
movimento.
8. Os principais mestres da escultura clássica grega são:
- Praxíteles, celebrado pela graça das suas
esculturas, pela lânguida pose em “S” (Hermes com
Dionísio menino). Foi o primeiro artista que
esculpiu o nu feminino.
- Fídias, talvez o mais
famoso de todos, autor de
Zeus Olímpico, sua obra-
prima, e Ateneia. Realizou
toda a decoração em baixo-
relevo do templo Partenon:
as esculturas dos frontões,
métopas e frisos.
9. O teatro grego surgiu a partir da evolução das artes e cerimônias
gregas como, por exemplo, a festa em homenagem ao deus
Dionísio (deus do vinho e das festas).
Nesta festa, os jovens dançavam e cantavam dentro do templo
deste deus, oferecendo-lhe vinho. Com o tempo, esta festa
começou a ganhar uma certa organização, sendo representada
para diversas pessoas.
10. Arte Romana
A arte romana sofreu duas fortes influências: a da arte
etrusca popular e voltada para a expressão da realidade
vivida, e a da greco-helenística, orientada para a expressão
de um ideal de beleza.
Um dos legados culturais mais importantes que os etruscos
deixaram aos romanos foi o uso do arco e da abóbada nas
construções.
Foi muito influenciada pela cultura da grécia antiga e
estende-se do século VIII a.C ao século IV d.C. difundindo-
se por diversas expressões artísticas desde a construção de
diversas tipologias de edifícios públicos, pintura afresco à
escultura, etc.
24. Enquanto os romanos desenvolviam uma arte colossal e espalhavam seu
estilo por toda a Europa e parte da Ásia, os cristãos (aqueles que seguiam
os ensinamentos de Jesus Cristo) começaram a criar uma arte simples e
simbólica executada por pessoas que não eram grandes artistas . Surge a
arte cristã.
Arte Cristã
27. Por volta do século IV, começou a invasão dos povos bárbaros e que
levou Constantino a transferir a capital do Império para Bizâncio,
cidade grega, depois batizada por Constantinopla. A mudança da
capital foi um golpe de misericórdia para a já enfraquecida Roma;
facilitou a formação dos Reinos Bárbaros e possibilitou o
aparecimento do primeiro estilo de arte cristã - Arte Bizantina.
Arte Bizantina
34. ARTE ROMÂNICA
• Em 476, com a tomada de Roma pelos povos bárbaros, tem
início o período histórico conhecido por Idade Média. Os
valores da religião cristã vão impregnar todos os aspectos
da vida medieval. A concepção de mundo dominada pela
figura de Deus proposto pelo cristianismo é chamada de
teocentrismo (teo = Deus). Deus é o centro do universo e a
medida de todas as coisas. A igreja como representante de
Deus na Terra, tinha poderes ilimitados.
• No final dos séculos XI e XII, na Europa, surge a arte
românica cuja a estrutura era semelhante às construções
dos antigos romanos.
35. • As características mais significativas da arquitetura românica são:
* abóbadas em substituição ao telhado das basílicas;
* pilares maciços que sustentavam e das paredes espessas;
* aberturas raras e estreitas usadas como janelas;
* torres, que aparecem no cruzamento das naves ou na fachada;
* arcos que são formados por 180 graus.
Nas abóbadas góticas, arcos ogivais encontram-se no alto e se
apoiam em colunas: é a abóbada de nervuras. A bóbada
renascentista tem forma de um semi-círculo formando um teto liso
ou em quadros.
36. Estufa de três abóbadas em
estrutura metálica - Curitiba
37. A primeira coisa que chama a atenção nas igrejas românicas é o
seu tamanho. Elas são sempre grandes e sólidas. Daí serem
chamadas: fortalezas de Deus. A arte desse período passa, assim
a ser encarada como uma extensão do serviço divino e uma
oferenda à divindade.
A mais famosa é a Catedral de Pisa sendo o edifício mais
conhecido do seu conjunto o campanário que começou a ser
construído em 1.174. Trata-se da Torre de Pisa que se inclinou
porque, com o passar do tempo, o terreno cedeu.
Na Itália, diferente do resto da Europa, não apresenta formas
pesadas, duras e primitivas.
38. PINTURA E ESCULTURA
Numa época em que poucas pessoas sabiam ler, a Igreja recorria
à pintura e à escultura para narrar histórias bíblicas ou comunicar
valores religiosos aos fiéis. Não podemos estudá-las
desassociadas da arquitetura.
A pintura românica desenvolveu-se sobretudo nas grandes
decorações murais, através da técnica do afresco, que
originalmente era uma técnica de pintar sobre a parede úmida.
Os motivos usados pelos pintores eram de natureza religiosa. As
características essenciais da pintura românica foram a
deformação e o colorismo. A deformação, na verdade, traduz os
sentimentos religiosos e a interpretação mística que os artistas
faziam da realidade. A figura de Cristo, por exemplo, é sempre
maior do que as outras que o cercam. O colorismo realizou-se no
emprego de cores chapadas, sem preocupação com meios tons
ou jogos de luz e sombra, pois não havia a menor intenção de
imitar a natureza.
40. Arte gótica
• Estilo artístico que dominou a arte
europeia entre os séculos XII e XV.
Irradiou do Norte de França e,
embora se tenha desenvolvido em
várias vertentes artísticas (pintura,
escultura, vitral, ourivesaria, etc.),
permaneceu essencialmente
ligado à arquitectura, recebendo
por vezes o nome de ogival, em
referência aos arcos cruzados das
abóbadas.
• A arte gótica teve na catedral a sua melhor expressão.
• O que imediatamente distingue as catedrais góticas é a sua
elevação e verticalidade.
• O exterior é imponente e profusamente decorado. O interior é
amplo, elevado e luminoso, de formas arquitetônicas graciosas e
leves, quase sem peso, se as compararmos com a solidez maciça
dos interiores românicos.
41. • Grandes janelas, adornadas
de magníficos vitrais, dão ao
interior uma luminosidade
coada, que simultaneamente
deslumbra e convida à
meditação. “Deus é luz” e
essa vivência espiritual é
deliberadamente realçada
pelo estilo gótico.
Catedral de Notre-Dame de Paris
42. A pintura gótica – os vitrais
• No domínio da pintura e artes afins
sobressai o vitral, constituído por vidros
coloridos unidos por pedaços de chumbo.
Embora seja de origens mais antigas, o
desenvolvimento da arte do vitral está
obviamente ligado à possibilidade (trazida
pelo estilo gótico) de rasgar amplas janelas
nas paredes dos edifícios.
• A luz era considerada uma manifestação
divina, razão pela qual as representações
projetadas no interior dos edifícios através
dos vitrais produziam uma forte impressão
mística, uma vez que a luz entrava coada
pelos vidros coloridos.
• As figuras e cenas mais recriadas nos vitrais
diziam respeito a temas religiosos, como a
vida de Cristo, da Virgem ou dos Santos, ou
ainda actividades características dos
diferentes ofícios.
• As tonalidades utilizadas nos vitrais eram
essencialmente o vermelho e o azul, mas
também branco, púrpura, amarelo e verde.