SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 45
Baixar para ler offline
Curso de historia da arte
MÓDULO - 1
APRESENTAÇÃO
1-PRÉ-HISTÓRIA
2-ARTE EGÍPCIA
3-ARTE GREGA
4-ARTE ROMANA
5-ARTE PALEO CRISTÃ
6 -ARTE BIZANTINA
7-ARTE GÓTICA
Caro aluno
DESCOMPLICANDO A ARTE é um curso que irá apresentar a evolução das
expressões artísticas, a constituição e a variação das formas, dos estilos e dos
conceitos transmitidos através das obras de arte.
Este curso foi desenvolvido em 3 (três) módulos, de forma a oportunizar um
primeiro contato com a arte contextualizando o período histórico em que foi
produzida.
Estudos de arte tradicionalmente levam em consideração a evolução da história da
arte ocidental. Ao se considerar a cultura ocidental como elemento fundamental de
nossa cultura faz-se necessário os estudos deste curso, a fim de se compreender
o alcance da arte ao redor do mundo, recebendo influências e sendo influenciada
por outros movimentos.
Os historiadores de arte, críticos e estudiosos classificam os períodos, estilos ou
movimentos artísticos separadamente, para facilitar o entendimento das produções
artísticas.
Não há coincidência com a linha do tempo histórica, pois a partir de 1848
consideramos o início da Arte Moderna e o movimento Pop Art o início da Arte Pós-
Moderna. Porém, optamos por apresentar a arte por meio da linha do tempo
histórica, por considerarmos ser mais didática De nenhum movimento artístico é
possível dizer em que data exata nasceu, uma vez que se trata de um processo
construído paulatinamente, de uma síntese de fatores convergentes que vão aos
poucos ganhando corpo e se definindo.
A arte é o reflexo do social e ao analisar uma obra de arte percebemos a dinâmica
de acontecimentos sociais que a cerca. Arte é, portanto uma constante e o estudo
de seu contexto histórico irá ajudar a perceber de forma ampla suas produções.
Um ótimo estudo!
Prof. Wanderson Lima Amaral
Por que o mundo necessita de arte?
Porque fazemos arte e para que a usamos é aquilo que chamamos de função
da arte. Pode ser feita para decorar o mundo, para espelhar o nosso mundo
(naturalista), para ajudar no dia-a-dia (utilitária), para explicar e descrever a
história, para ser usada na cura doenças e para ajuda a explorar o mundo.
Eduardo Galeano *1 consegue de forma poética descrever esta necessidade
“ função da arte”
Diego não conhecia o mar.
O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar.
Viajaram para o Sul.
Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia,
depois de muito
caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a
imensidão do mar, e tanto fulgor,
que o menino ficou mudo de beleza.
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu
ao pai:
Me ajuda a olhar!
*1- Eduardo Hughes Galeano (Montevidéu, 3 de setembro de 1940) jornalista e escritor uruguaio.
Como conseguimos ver as transformações do mundo
através da arte?
Podemos verificar que tipo de arte foi feita, quando, onde o como, desta maneira
estaremos dialogando com a obra de arte, e assim podemos entender as
mudanças que o mundo teve, para podermos entender estas transformações
estaremos neste curso apresentando diversos períodos da historia onde “os
objetos de arte” foram resultantes destas mudanças.
Vamos observar as esculturas abaixo e verificar suas semelhanças e diferenças:
entre 26 000 e
24 000 anos
sua datação ficaria
entre 150-50 a.C
(1885) (1997)
Venus de Lespugne Venus de Miló Toalete de Venus -
Rodin
Mulher grávida –
Ron Mueck
1 - ARTE NA PRÉ-HISTÓRIA
O estudo sobre a arte feita pelos primeiros habitantes humanos da terra depende
da análise de restos de armas, pinturas, utensílios, desenhos e ossos.
Compreende-se como arte rupestre os rastros de atividades humana que tem sido
gravadas (petroglifos) ou pintadas (pictoglifos) sobre superfícies rochosas, bem como
esculturas e objetos utilitários e ou adornos criados pelo homem cerca de 40.000 a
3.500 anos atrás .
A denominação destes objetos como arte, não significa que se trate de objetos
artísticos nos termos e com a finalidade que entendemos em nossa cultura ocidental.
Esta é só mais uma das formas de tentar definir o significado destas elaborações.
Pintura pré-histórica da Caverna das Mãos na Patagônia, ArgentinaPintura pré-histórica da Caverna das Mãos na Patagônia, Argentina
Petroglifos
Também conhecidos como gravuras rupestres são manifestações que consiste em
deferir na superfície rochosa instrumentos mais duros como pontas de pedras e outros
materiais preparados para gravar imagens.
Quanto a temática são imagens geometrizadas e representações simbólicas,
geralmente associadas, que registram fatos e mitos
Petróglifo perto do rio Columbia, Petróglifos no Vale do Encanto,
Washington, (EUA) (Chile)
Pictoglifo
Mais conhecida como pintura rupestre, caracteriza em utilizar substancias como
óxidos minerais e pigmentos a base de vegetais afim de produzir pinturas eles
retratavam nestas cenas do cotidiano como, por exemplo, a caça, animais, plantas,
descobertas, rituais etc.
Para que eram feitas as pinturas rupestres?
Nem sempre, a imagem representa aquilo que
aparenta. Por trás de sua descrição formal
podem se esconder elementos simbólicos cujos
significados não são possíveis de serem
resgatados é o caso das pinturas rupestres,
sendo assim, surgem através de estudos
antropológicos e arqueológicos, as teorias .Uma
vez que são desconhecidos seus significados, é
o caso das pinturas pré-históricas.
Podemos encontrar dessas pinturas por todo o
mundo,embora as cavernas de
Altamira(Espanha) e Laucaux (França) sejam as
mais conhecidas.
Vamos fazer uma visita a caverna de Lascaux
O homem pré histórico tinha como principal temática em seus trabalhos
pictográficos a representação de animais e é se alimentando deles que garantia sua
subsistência. A caça é antes de tudo um ritual, e sua importância é demonstrada pela
enorme quantidade e variedade de expressões a ela referentes através das pinturas
rupestres. A temática mais utilizada na pré-história eram os relacionados com a caça.
Portanto a teoria mais plausível quanto ao objetivo destas pinturas, baseada em
estudos de sociedades mais recentes de caçadores-coletores, é que as pinturas foram
feitas por xamãs.
O xamã é tido como um profundo
conhecedor da natureza humana, tanto
na parte física quanto psíquica. Assim
eles se retiravam para as cavernas,
onde entrariam em estado de transe e
pintariam, então, imagens de suas
visões, talvez com alguma intenção de
extrair força das paredes da caverna
para eles mesmos uma espécie de ritual
mágico religioso a fim de assegurar uma
caçada bem sucedida.
Escultura
Conhecidas como “Venus esteotopígicas” denominação dada por parte do corpo
cientifico que acredita que elas correspondiam a um ideal de beleza do homem pré-
histórico.
são estatuetas esculpidas em: ossos, madeira, pedra, marfim, metais, entre outros.
Essas figuras femininas eram estilizadas, com formas acentuadas. Acredita-se que o
artista talvez quisesse ressaltar as características da fertilidade feminina: por isso
acentuava-lhes os volumes.
Vênus de Willendorf
Hoje também conhecida como Mulher de Willendorf, é uma estatueta com 11,1 cm
de altura representando estilisticamente uma mulher.
Descoberta no sítio arqueológico do paleolítico situado perto de Willendorf, na
Áustria, em 1908, pelo arqueólogo Josef Szombathy. Está esculpida em calcário, material
que não existe na região, e colorido com ocre vermelho. Calcula-se que tem entre 22000
à 24 000 anos.
2 - ARTE EGÍPCIA
Anúbis mumifica Sennedjem, um dos nobres da
corte do faraó. Pintura tumular de Deir-el-Medina
Consideramos arte egipcia edifícios, pinturas, esculturas e artes aplicadas, da pré-
história à conquista romana no ano 30 a.C. A história do Egito foi a mais longa de todas
as civilizações antigas que floresceram em torno do Mediterrâneo, estendendo-se,
quase sem interrupção, desde aproximadamente o ano 3000 a.C. até o século IV d.C.
A arte egípcia assombrou gregos, romanos e civilizações que se sucederam ao longo
da historia tanto pela sua magnitude e complexibilidade de engenharia, escrita, ciências
etc. Quanto por seus mistérios.
Uma arte sagrada
É a partir da compreensão que a religião
assumia no Egito antigo é que se pode
entender a arte deste povo Toda a produção
artística estava subordinada a pessoa do
faraó e tudo que lhe dizia respeita era
portanto sagrado.
Como expressão religiosa a arte egípcia não
se dedicavas aos vivos, mas aos mortos,
sendo por essa razão uma arte funerária,
para os egípcios a morte não significava uma
ruptura da vida, mas uma transição.
Os deuses
As pessoas no Antigo Egito acreditavam na existência de seres superiores e eram
politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. Esses normalmente possuíam
características de animais e também uma junção entre características animais e humanas.
Os faraós egípcios criam na idéia de que também eram deuses e que possuíam poderes
mágicos havia inúmeros deuses cultuados no Egito.
A - Horus, filho de Osíris,
intimamente ligada deus do
céu com o rei.
B - Set inimigo, de Hórus e
Osíris, deus das
tempestades.
C - Thoth, o deus da lua e
deus da escrita, contagem
e sabedoria.
D - Khnum, o deus carneiro
e seus homens que formas
kas na roda Sua oleiro.
E - Hathor, deusa do amor,
nascimento e morte.
F - Sobek, o deus
crocodilo, Senhor do
Faiyum.
G - Rá, o deus do sol na
histórica
muitas formas.
Pirâmides
As pirâmides são construções destinadas aos mortos, e estão espalhadas por todo
mundo, no Egito as primeiras pirâmides eram conhecidas como mastabas e tinham um
formato em degraus, as pirâmides mais famosas do mundo são as de Gizé, Keóps e
Miquerinos ambas localizadas na regigao conhecida hoje como Cairo. Gizé é a maior
das três sua altura original era de 146,6 metros, mas atualmente é de 137,16 m pois
falta parte do seu topo e o Revestimento .O nome pirâmides vem do grego pyra = fogo
Midas = medida, simbolizando que a pirâmide deveria ter a forma de um raio solar.
Os sarcófagos
A múmia era colocada em um sarcófago, que podia ser em pedra, de madeira com
materiais preciosos, ou simplesmente de madeira. Inicialmente, os sarcófagos, eram
retangulares, porém, mais tarde foram construídos com o formato de ser humano Muitos
decorados com grandes pedras preciosas e as vezes forrados com ouro, como no caso
da tumba de Tutancâmon.
O processo de mumificação
Mumificação é o nome do processo aprimorado pelos egípcios em que se retiram os
principais órgãos, além do cérebro do cadáver, dificultando assim a sua decomposição.
Geralmente, os corpos são colocados em sarcófagos e envoltos por faixas de algodão
ou linho. Após o processo ser concluído são chamadas de múmias.
Embalsamando o corpo
Parte 1
Primeiro, o corpo era levado para um local
conhecido como 'ibu' ou o 'lugar da
purificação'. Lá os embalsamadores
lavavam o corpo com essências aromáticas,
e com água do Nilo.
Uma haste comprida em forma de anzol era
usada para fisgar o cérebro e puxá-lo
através do nariz.
Parte 2
Embalsamado e removia os órgãos
internos. Isso era importante porque essas
partes do corpo são as primeiras a entrar
em decomposição.
O coração – reconhecido como o centro da
inteligência e força da vida – era
mantido no lugar mas o cérebro era retirado
através do nariz e jogado fora. –
No passado, os órgãos internos eram
armazenados em jarras canópicas.
Em seguida, o corpo era empacotado e
coberto com natro, um tipo de sal, e
largado para desidratar durante 40 dias.
Após esse período era empacotado com linho ensopado de resina, natro e essências
aromáticas e as cavidades do corpo eram tampadas. Finalmente, ele era coberto de
resina e enfaixado, com os sacerdotes colocando amuletos entre as camadas. Todo o
processo – acompanhado de orações e encantamentos – levava cerca de 70 dias mas
preservava os corpos durante milhares de anos.
Parte 3
DADO CURIOSO ~ Egípcios comuns não
eram mumificados, mas enterrados em
sepulturas, onde as condições do deserto
quente e seco mumificavam os corpos
naturalmente. O corpo era empacotado e
coberto com natro, um tipo de sal, e
largado para desidratar durante 40 dias. Os
órgãos remanescentes eram armazenados
em jarras canópicas, para serem
sepultados junto com a múmia.
Parte 4
Após 40 dias o corpo era lavado com
água do Nilo. Depois era coberto com
óleos aromáticos para manter a pele
elástica.
Parte 5
Os órgãos internos desidratados eram
enrolados em linho e recolocados na múmia.
O corpo também era recoberto com serragem
e folhas secas.
Parte 6
No passado, os órgãos internos
retirados das múmias eram
armazenados em jarras canópicas.
A escrita
Hieróglifo é um termo que junta duas palavras gregas: ερός (ἱ hierós) "sagrado",
e γλύφειν (glýphein) "escrita". Apenas os sacerdotes, membros da realeza, altos
cargos, e escribas conheciam a arte de ler e escrever esses sinais "sagrados"
Desvendando os Hieróglifos
egípcios
A expedição militar e científica que o
imperador Napoleão realizou ao Egito
trouxe consigo, entre outras inúmeras
antiguidades, uma pedra encontrada em
agosto de 1799 por soldados franceses
que trabalhavam sob as ordens de um
oficial chamado Bouchard.
Na luta contra ingleses e turcos, eles estavam restaurando e preparando os alicerces
para ampliação de um antigo forte medieval, posteriormente chamado de Forte de São
Juliano, nas proximidades da cidade egípcia de Rachid (que significa Roseta, em
árabe), localizada à beira do braço oeste do Nilo, perto de Alexandria, junto ao mar.
Dois anos depois, pelo Tratado de Alexandria, o achado foi cedido aos ingleses e hoje
se encontra no Museu Britânico de Londres.
Tendo ficado conhecida como Pedra de Roseta, é uma estela de basalto negro, de
forma retangular, medindo 112,3 cm de altura, 75,7 cm de largura e 28,4 cm de
espessura e que numa das faces, bem polida, mostra três inscrições em três caracteres
diferentes, em parte gastas e apagadas em virtude do contato com a areia por milênios.
Na parte superior, destruída ou fraturada em grande parte, vê-se uma escrita hieroglífica
com 14 linhas; o texto intermediário contém 22 linhas de uma escrita egípcia cursiva,
conhecida como demótico, e a terceira e última divisão da pedra é ocupada por uma
inscrição de 54 linhas em língua e caracteres gregos. Os três textos reproduzem o
mesmo teor de um decreto do corpo sacerdotal do Egito, reunido em Mênfis, em 196
a.C., para conferir grandes honras ao rei Ptolomeu V Epifânio (205 a 180 a.C.), por
benefícios recebidos. Apesar da aparência insignificante da pedra, os estudiosos logo
perceberam o seu valor pelo fato de apresentar textos egípcios acompanhados por sua
tradução em uma língua conhecida, o que vinha, enfim, estabelecer pontos de partida e
de comparação tão numerosos quanto incontestáveis. Por ordem de Napoleão
Bonaparte a estela foi reproduzida e litografada e várias cópias enviadas a diversos
especialistas em línguas mortas. Entretanto, passaram-se 23 anos desde a data de sua
descoberta até que um homem, Jean-François Champollion, pudesse decifrar
integralmente o seu conteúdo.
A Pedra de Roseta estará eternamente ligada
ao nome de Champollion, pois foi ela que serviu
de base aos estudos que o levaram finalmente à
decifração dos hieróglifos. A verdade é que,
ajudado pelo fato de que aquela estela continha
o mesmo texto grafado em hieróglifos, demótico
e grego, ele reconheceu nela o nome de
Ptolomeu em grego e demótico e, assim, pode
identificar o cartucho com o mesmo nome em
hieróglifos, dando, assim, um passo
importantíssimo na solução do enigma. Mas
afinal, o que estava escrito nessa famosa Pedra
de Roseta? Pelo que diz o texto, o faraó
Ptolomeu V Epifânio havia concedido ao povo a
isenção de uma série de impostos e o fat,
evidentemente, agradara a todos. Em sinal
agradecimento os sacerdotes resolveram erguer
uma estátua de Ptolomeu V em cada templo e
organizar festividades anuais em sua honra.
Para deixar registrada para sempre tal decisão,
gravaram-na em várias estelas comemorativas
e colocaram uma delas em cada templo
importante da época.
3 - ARTE GREGA
“ O homem é a medida de todas as coisas”
Daremos prosseguimento a nossa descoberta da arte antiga observando as
manifestações artísticas no mundo greco-romano: Do períodos arcaico até o
esplendor da arte grega. Veremos a trajetória da arte romana a partir dos
etruscos e a nova configuração artística surgida pela ascensão do Cristianismo
no Império Romano, a arte Paleo-cristã.
Cópia romana - Discóbolo (Lançador de discos)
é uma famosa estátua do escultor grego Miron
Enquanto a arte egípcia é uma arte ligada ao espírito, a arte grega liga-se à inteligência,
pois os seus reis não eram deuses, mas seres inteligentes e justos que se dedicavam
ao bem-estar do povo. A arte grega volta-se para o gozo da vida presente.
Contemplando a natureza, o artista se empolga pela vida e tenta, através da arte,
exprimir suas manifestações. Na sua constante busca da perfeição, o artista grego cria
uma arte de elaboração intelectual em que predominam o ritmo, o equilíbrio, a harmonia
ideal.
ARQUITETURA
As edificações que despertaram maior
interesse são os templos. A
característica mais evidente dos templos
gregos é a simetria entre o pórtico de
entrada e o dos fundos. O templo era
construído sobre uma base de três
degraus. O degrau mais elevado
chamava-se estilóbata e sobre ele eram
erguidas as colunas
Veja o vídeo ao lado
do templo de Parthenon em Atenas.
.
-Ordem Dórica - era simples e maciça. O fuste da coluna era
monolítico e grosso. O capitel era uma almofada de pedra.
Nascida do sentir do povo grego, nela se expressa o
pensamento. Sendo a mais antiga das ordens arquitetônicas
gregas, a ordem dórica, por sua simplicidade e severidade,
empresta uma idéia de solidez e imponência
- Ordem Coríntia - o capitel era formado com folhas de acanto
e quatro espirais simétricas, muito usado no lugar do capitel
jônico, de um modo a variar e enriquecer aquela ordem.
Sugere luxo e ostentação.
As Ordens Arquitetônicas
As colunas sustentavam um entablamento horizontal formado por três partes: a
arquitrave, o friso e a cornija. As colunas e entablamento eram construídos segundo os
modelos da ordem dórica, jônica e coríntia.
- Ordem Jônica - representava a graça e o feminino. A coluna
apresentava fuste mais delgado e não se firmava diretamente
sobre o estilóbata, mas sobre uma base decorada. O capitel era
formado por duas espirais unidas por duas curvas. A ordem
dórica traduz a forma do homem e a ordem jônica traduz a forma
da mulher.
Teatro grego
Teatros, que eram construídos em lugares abertos (encosta) e que compunham de três
partes: a skene ou cena, para os atores; a konistra ou orquestra, para o coro; o koilon ou
arquibancada, para os espectadores. Um exemplo típico é o Teatro de Epidauro,
construído, no séc. IV a.C., ao ar livre, composto por 55 degraus divididos em duas ordens
e calculados de acordo com uma inclinação perfeita. Chegava a acomodar cerca de
14.000 espectadores e tornou-se famoso por sua acústica perfeita.
ESCULTURA
A estatuária grega representa os mais altos padrões já atingidos pelo homem. Na
escultura, o antropomorfismo - esculturas de formas humanas - foi insuperável. As
estátuas adquiriram, além do equilíbrio e perfeição das formas, o movimento.
No Período Arcaico os gregos começaram a esculpir, em mármores, grandes figuras de
homens. Primeiramente aparecem esculturas simétricas, em rigorosa posição frontal,
com o peso do corpo igualmente distribuído sobre as duas pernas. Esse tipo de estátua
é chamado Kouros (palavra grega: homem jovem).
No Período Clássico passou-se a procurar
movimento nas estátuas, para isto, se começou a
usar o bronze que era mais resistente do que o
mármore, podendo fixar o movimento sem se
quebrar. Surge o nu feminino, pois no período
arcaico, as figuras de mulher eram esculpidas sempre
vestidas.
Imagem - kritios
Período Helenístico podemos
observar o crescente naturalismo:
os seres humanos não eram
representados apenas de acordo
com a idade e a personalidade,
mas também segundo as
emoções e o estado de espírito
de um momento. O grande
desafio e a grande conquista da
escultura do período helenístico
foi a representação não de uma
figura apenas, mas de grupos de
figuras que mantivessem a
sugestão de mobilidade e fossem
bonitos de todos os ângulos que
pudessem ser observados.
Imagem - Lacoonte e os filhos
4- ARTE ROMANA
Coloseu em Roma , Itália
A arte romana desenvolve-se durante os quase seis séculos que vão 146 A.C. ao séc.
IV D.C., quando perde a originalidade e se divide na cristã-primitiva, e na bizantina.
Para sua formação contribuíram elementos gregos e etruscos ,os romanos, souberam
adaptar estes elementos a seu gosto e moldaram um estilo que, muito embora
derivado, não deixa de ser inconfundivelmente romano.
Arquitetura romana
Os romanos usaram como inspiração a arquitetura etrusca e grega para desenvolver
seus projetos. Porém, não podemos falar em cópia, pois a arquitetura romana possuía
muitos elementos inovadores e avanços nas técnicas de arquitetura.
São características da arquitetura romana: Uso do arco nas construções; Uso da
abóbada (construção em forma de arco que preenche espaços entre arcos, muros e
outros tipos de espaços);
imagem -
aqueduto
Anfiteatros romanos
Os anfiteatros romanos diferentemente dos teatros gregos, situados em declives
naturais ,foram construídos sobre uma estrutura de pilares e abóbadas e, dessa
maneira, puderam ser instalados no coração das cidades.
Os gregos em seus teatros realizavam representações de dramas e comédias,
que na maioria dos casos formavam parte de festas em homenagem às
divindades , já os romanos preferiam as lutas, os enfretamentos entre homens e
animais. Para ver espetáculos tão diferentes, os espaços construídos deveriam
ser construídos de forma circular para que o publico pudesse visualizar as lutas
de qualquer ângulo .
Gladiador era um lutador escravo treinado
na Roma Antiga. O nome "Gladiador"
provém da espada curta usada por este
lutador, o gladius (gládio). Eles se
enfrentavam para entreter o público, e o
duelo só terminava quando um deles
morria, ficava desarmado ou ferido sem
poder combater. Nesse momento do
combate é que era determinado por quem
presidia aos jogos, se o derrotado morria
ou não, frequentemente influenciado pela
reacção dos espectadores do duelo.
Escultura Romana
A escultura romana começa pelo retrato,
que em suma se baseia no culto dos
antepassados: o rosto do morto é
reproduzido num material perdurável, e
assim preservado.
Desenvolve-se ainda o estilo a que se
chamou de Flaviano. A escultura de
retratos atinge então o naturalismo.
Imagem – escultura de Augustus
Retrato de Marco Aurélio.
5 - ARTE PALEO CRISTÃ
Afresco na catacumba romana
Após a morte de Jesus Cristo, a pregação do ideário cristão recaiu sobre os ombros
dos discípulos do Primeiro Século. Em sua fase inicial, essa ação evangelizadora se
restringiu ao perímetro da região da Judéia, local onde o próprio Jesus teria
realizado a grande maioria de suas pregações. Contudo, com o passar do tempo, a
ação dos discípulos se mostrou eficaz e determinou a divulgação dos valores
cristãos para outras partes do Império Romano.
Para o Império Romano, a divulgação do cristianismo era uma séria ameaça aos
valores e interesses do império. A crença monoteísta era contrária ao panteão de
divindades romanas, entre as quais se destacava o próprio culto ao imperador de
Roma.
O conceito de liberdade fazia com que vários escravos não se submetessem à
imposição governamental. Dessa forma, os cristãos passaram a ser perseguidos ,
torturados publicamente, lançados nos anfiteatros para serem mortos por animais
violentos e ate mesmo crucificados.
Apesar de não ser considerado propriamente um estilo artístico , consideramos artes
paleo-crista , toda a produção dos adeptos da nova religião do século I ao V d.C .
Podemos ainda dividir esta produção em dois momentos distintos, antes e depois da
liberação da religião pelo império romano .
Fase Catacumbária
Para redimir e orar pelos seus mártires, os
cristãos passaram a enterrá-los nas chamadas
catacumbas. Estas funcionavam como
túmulos subterrâneos onde os cristãos
poderiam entoar canções e pintar imagens
que manifestavam sua confissão religiosa.
imagem - catacumba de Santa Domitila, em
Roma
A pintura elaborada no interior das catacumbas era rodeada de uma simbologia que
indicava a forte discrição do culto cristão naquele momento. A representação do peixe era
bastante comum, pois seria o acróstico do termo (“ichtys”) era a mesma das iniciais da
frase iesus cristus theo yos soter “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”.
Essa fase inicial da arte primitiva não
conseguimos identificar nenhum artista
específico.
As representações foram executadas por
anônimos que desejavam expressar suas
crenças. A falta de técnica dos executores dos
trabalhos marcou essa fase inicial da arte cristã
com formas simples.
Fase crista primitiva
A expansão do cristianismo pelo Império Romano estabeleceu outra fase no
desenvolvimento das expressões artísticas ligadas a essa nova crença a Fase crista
primitiva . O Imperador Constantino aceita o cristianismo e assim passava a ser uma
religião reconhecida pelo Estado romano. Após essa determinação, as igrejas cristãs se
proliferaram e abrem espaço para um novo campo de expressão artística.
6 - ARTE BIZANTINA
Mosaico de Justiniano , San Vitale, Ravena, 546 d.C
A arte Bizantina surge a partir da divisão do império romano em ocidental e oriental .A
cidade Bizâncio passa a se chamar de Constantinopla , onde então seria a nova capital
do Império Romano, a arte bizantina desenvolveu-se a princípio incorporando
características provenientes de regiões orientais, como a Ásia Menor e a Síria.
A aceitação do cristianismo a partir do reinado de Constantino e sua oficilização por
Teodósio não fez com que a grandeza do Imperador fosse sufocada pelo poder de
Deus , pelo contrario atraves da arte deixava-se claro a intençao de demonstrar que os
imperadores governavam em nome de Deus.
Arquitetura
O grande destaque da arquitetura
foi a construção de Igrejas. A
necessidade de construir Igrejas
espaçosas e monumentais,
determinou a utilização de cúpulas
sustentadas por colunas, onde
haviam os capitéis, trabalhados,
destacamos nessas construçoes a
influência grega.
A tentativa de preservar o caráter
universal do Império fez com que o
cristianismo no oriente se
destacasse, podemos ver na figura
o imperador Constantino com uma
aureola na cabeça e a cidade de
Constantinopla nas mãos.
Hagia Sophia
A Igreja de Santa Sofia é o mais grandioso exemplo dessa arquitetura, nela trabalharam
mais de dez mil homens durante quase seis anos. Em sua fachada o templo era muito
simples, porém internamente apresentava grande suntuosidade, utilizando-se de
mosaicos com formas geométricas, de cenas do Evangelho.
Mosaicos
O Mosaico foi uma forma de expressão artística importante no Império Bizantino,
principalmente durante seu apogeu, no reinado de justiniano, consistindo na formação de
uma figura com pequenos pedaços de pedras colocadas sobre o cimento fresco de uma
parede. A arte do mosaico serviu para retratar o Imperador ou a imperatriz, destacando-
se ainda a figura Pantocrator (Παντοκράτωρ) é uma palavra de origem grega que
significa "todo-poderoso" ou "onipotente".
7 - ARTE GÓTICA
Catedral de Notre-Dame. Paris .1163
No século XII, entre os anos 1150 e 1500, A vida no campo da lugar a cidade,
com o aparecimento da burguesia tem-se início uma economia fundamentada no
comércio.
A arquitetura predominante ainda é a românica, mas em meados do século XII
mas já começaram a aparecer as primeiras mudanças que irá conduzir a uma
mudança profunda na arquitetura.
A rosácea é um elemento arquitetônico
muito característico do estilo gótico e está presente
em quase todas as igrejas construídas entre os
séculos XII e XIV, podemos ver a beleza deste
elemento nesta rosácea da catedral de Saint Denis -
França.
Outros elementos característicos da arquitetura
gótica são os arcos góticos ou ogivais e os vitrais
que filtram a luminosidade para o interior da igreja.
.
Podemos verificar na igreja gótica três
portais que dão acesso à três naves do
interior da igreja.
As catedrais góticas mais conhecidas
são: Catedral de Notre Dame de Paris
e a Catedral de Notre Dame de
Chartres
ARQUITETURA GÓTICA
CAROS ALUNOS
Finalizamos o primeiro módulo do curso HISTORIA DA ARTE –
Descomplicando a Arte , onde pudemos aprofundar nosso conhecimento nas
produções artisticas da pré-história a idade média.
Espero que tenham gostado do curso e aguardo vocês para uma nova viagem
ao mundo da arte .
PRÓXIMOS MÓDULOS
MÓDULO 2
RENASCIMENTO
BARROCO
ROMANTISMO
IMPRESSIONISMO
EXPRESSIONISMO
CUBISMO
SURREALISMO
MODERNISMO
Prof. Wanderson Lima Amaral
MÓDULO 3
POP ART
ARTE INDIGENA.
PERFORMANCE
INTERFERENCIA
INSTALAÇÃO
BODY ART
GRAFFITE

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (20)

Expressionismo Abstrato
Expressionismo AbstratoExpressionismo Abstrato
Expressionismo Abstrato
 
Linha do Tempo - História da Arte
Linha do Tempo - História da ArteLinha do Tempo - História da Arte
Linha do Tempo - História da Arte
 
Arte Afro-Brasileira
Arte Afro-BrasileiraArte Afro-Brasileira
Arte Afro-Brasileira
 
Arte egípcia
Arte egípciaArte egípcia
Arte egípcia
 
Op Art
Op ArtOp Art
Op Art
 
Arte moderna brasileira
Arte moderna brasileiraArte moderna brasileira
Arte moderna brasileira
 
Aula 13 historia da arte.
Aula 13 historia da arte.Aula 13 historia da arte.
Aula 13 historia da arte.
 
História da Arte - Arte egipcia
História da Arte - Arte egipciaHistória da Arte - Arte egipcia
História da Arte - Arte egipcia
 
A arte na pré história
A arte na pré históriaA arte na pré história
A arte na pré história
 
História da arte - Arte Contemporânea
História da arte -  Arte ContemporâneaHistória da arte -  Arte Contemporânea
História da arte - Arte Contemporânea
 
Arte Conceitual
Arte ConceitualArte Conceitual
Arte Conceitual
 
O que é arte?!
O que é arte?!O que é arte?!
O que é arte?!
 
O que é a arte
O que é a arteO que é a arte
O que é a arte
 
Aula de arte urbana
Aula de arte urbanaAula de arte urbana
Aula de arte urbana
 
Arte Rupestre
Arte Rupestre Arte Rupestre
Arte Rupestre
 
Op art
Op artOp art
Op art
 
Elementos da linguagem visual.
Elementos da linguagem visual.Elementos da linguagem visual.
Elementos da linguagem visual.
 
História da Arte
História da ArteHistória da Arte
História da Arte
 
Arte moderna
Arte modernaArte moderna
Arte moderna
 
Arte aula inicial Ensino Médio
Arte aula inicial Ensino MédioArte aula inicial Ensino Médio
Arte aula inicial Ensino Médio
 

Destaque

Das bin ich
Das bin ichDas bin ich
Das bin ichYPEPTH
 
Kostas kaltekis das bin ich
Kostas kaltekis das bin ichKostas kaltekis das bin ich
Kostas kaltekis das bin ichYPEPTH
 
Ruptura Inovação nas Artes e na Literatura
Ruptura Inovação nas Artes e na LiteraturaRuptura Inovação nas Artes e na Literatura
Ruptura Inovação nas Artes e na LiteraturaMargarida Moreira
 
Ruptura e inovação nas artes e na literatura inês modesto
Ruptura e inovação nas artes e na literatura inês modestoRuptura e inovação nas artes e na literatura inês modesto
Ruptura e inovação nas artes e na literatura inês modestoceufaias
 
7 O modernismo português
7  O modernismo português7  O modernismo português
7 O modernismo portuguêsNúria Inácio
 
Modernismo em Portugal
Modernismo em PortugalModernismo em Portugal
Modernismo em PortugalBlog Estudo
 
Modernismo em Portugal
Modernismo em PortugalModernismo em Portugal
Modernismo em PortugalMichele Pó
 
Linha do Tempo da Arquitetura Egípcia à Gótica
Linha do Tempo da Arquitetura Egípcia à GóticaLinha do Tempo da Arquitetura Egípcia à Gótica
Linha do Tempo da Arquitetura Egípcia à GóticaGabriel Felix
 
Resumão de História da Arte
Resumão de História da ArteResumão de História da Arte
Resumão de História da ArteEdenilson Morais
 
Período Joanino
Período JoaninoPeríodo Joanino
Período JoaninoWellersonln
 
Introdução à História da Arte aula 1
Introdução à História da Arte   aula 1Introdução à História da Arte   aula 1
Introdução à História da Arte aula 1VIVIAN TROMBINI
 
História da arte
História da arteHistória da arte
História da artelgreggio10
 
Breve estudo da história da arte
Breve estudo da história da arteBreve estudo da história da arte
Breve estudo da história da arteEliana Frade
 
História do Brasil - Período Joanino - Período Monárquico [www.gondim.net]
História do Brasil - Período Joanino - Período Monárquico [www.gondim.net]História do Brasil - Período Joanino - Período Monárquico [www.gondim.net]
História do Brasil - Período Joanino - Período Monárquico [www.gondim.net]Marco Aurélio Gondim
 
Aula de História da Arte - Arte Atual
Aula de História da Arte - Arte AtualAula de História da Arte - Arte Atual
Aula de História da Arte - Arte AtualGabriel Ferraciolli
 

Destaque (20)

Das bin ich
Das bin ichDas bin ich
Das bin ich
 
Kostas kaltekis das bin ich
Kostas kaltekis das bin ichKostas kaltekis das bin ich
Kostas kaltekis das bin ich
 
Ruptura Inovação nas Artes e na Literatura
Ruptura Inovação nas Artes e na LiteraturaRuptura Inovação nas Artes e na Literatura
Ruptura Inovação nas Artes e na Literatura
 
Ruptura e inovação nas artes e na literatura inês modesto
Ruptura e inovação nas artes e na literatura inês modestoRuptura e inovação nas artes e na literatura inês modesto
Ruptura e inovação nas artes e na literatura inês modesto
 
7 O modernismo português
7  O modernismo português7  O modernismo português
7 O modernismo português
 
Cores estudo das cores
Cores    estudo das coresCores    estudo das cores
Cores estudo das cores
 
Modernismo em Portugal
Modernismo em PortugalModernismo em Portugal
Modernismo em Portugal
 
Modernismo em Portugal
Modernismo em PortugalModernismo em Portugal
Modernismo em Portugal
 
Apostila de Artes Visuais (revisada e ampliada 2014)
Apostila de Artes Visuais (revisada e ampliada 2014)Apostila de Artes Visuais (revisada e ampliada 2014)
Apostila de Artes Visuais (revisada e ampliada 2014)
 
HistóRia Da Arte
HistóRia Da ArteHistóRia Da Arte
HistóRia Da Arte
 
Linha do Tempo da Arquitetura Egípcia à Gótica
Linha do Tempo da Arquitetura Egípcia à GóticaLinha do Tempo da Arquitetura Egípcia à Gótica
Linha do Tempo da Arquitetura Egípcia à Gótica
 
Resumão de História da Arte
Resumão de História da ArteResumão de História da Arte
Resumão de História da Arte
 
Período Joanino
Período JoaninoPeríodo Joanino
Período Joanino
 
Introdução à História da Arte aula 1
Introdução à História da Arte   aula 1Introdução à História da Arte   aula 1
Introdução à História da Arte aula 1
 
Evolução da Arte
Evolução da ArteEvolução da Arte
Evolução da Arte
 
História da arte
História da arteHistória da arte
História da arte
 
Breve estudo da história da arte
Breve estudo da história da arteBreve estudo da história da arte
Breve estudo da história da arte
 
História do Brasil - Período Joanino - Período Monárquico [www.gondim.net]
História do Brasil - Período Joanino - Período Monárquico [www.gondim.net]História do Brasil - Período Joanino - Período Monárquico [www.gondim.net]
História do Brasil - Período Joanino - Período Monárquico [www.gondim.net]
 
Aula de História da Arte - Arte Atual
Aula de História da Arte - Arte AtualAula de História da Arte - Arte Atual
Aula de História da Arte - Arte Atual
 
ARTE BRASILEIRA
ARTE BRASILEIRAARTE BRASILEIRA
ARTE BRASILEIRA
 

Semelhante a Curso de historia da arte

Escola CEJAR - Aquidauana - Apostila Arte 6 ano A e B 1ºB
Escola CEJAR - Aquidauana - Apostila Arte 6 ano A e B 1ºBEscola CEJAR - Aquidauana - Apostila Arte 6 ano A e B 1ºB
Escola CEJAR - Aquidauana - Apostila Arte 6 ano A e B 1ºBPriscila Barbosa
 
História da arte
História da arteHistória da arte
História da artelgreggio10
 
Exercício de revisão sobre história da arte com gabarito
Exercício de revisão sobre história da arte com gabaritoExercício de revisão sobre história da arte com gabarito
Exercício de revisão sobre história da arte com gabaritoSuelen Freitas
 
Atividades com pintura artes1o ano 2009
Atividades  com pintura artes1o ano 2009Atividades  com pintura artes1o ano 2009
Atividades com pintura artes1o ano 2009beljinaldo
 
Revisão de História da Arte (01)
Revisão de História da Arte (01)Revisão de História da Arte (01)
Revisão de História da Arte (01)Carlos Benjoino Bidu
 
Slides de Introducao
Slides de IntroducaoSlides de Introducao
Slides de IntroducaoIsidro Santos
 
Origem das Manifestações Artísticas
Origem das Manifestações Artísticas   Origem das Manifestações Artísticas
Origem das Manifestações Artísticas Andrea Dressler
 
Artes 01 gênesis 1º ano diretrizes e pré-história
Artes 01 gênesis 1º ano  diretrizes e  pré-históriaArtes 01 gênesis 1º ano  diretrizes e  pré-história
Artes 01 gênesis 1º ano diretrizes e pré-históriahbilinha
 
A arte da pré história
A arte da pré históriaA arte da pré história
A arte da pré históriaCEF16
 
Revisão - Arte Medieval, Antiguidade clássica e Idade Média
Revisão - Arte Medieval, Antiguidade clássica e Idade MédiaRevisão - Arte Medieval, Antiguidade clássica e Idade Média
Revisão - Arte Medieval, Antiguidade clássica e Idade MédiaMaiara Giordani
 
Arte rupestre 1 ano noturmo.pdf
Arte rupestre 1 ano noturmo.pdfArte rupestre 1 ano noturmo.pdf
Arte rupestre 1 ano noturmo.pdfReudsonMaia
 

Semelhante a Curso de historia da arte (20)

ELETIVA_ARTE_NA_HISTORIA_11.08.pptx
ELETIVA_ARTE_NA_HISTORIA_11.08.pptxELETIVA_ARTE_NA_HISTORIA_11.08.pptx
ELETIVA_ARTE_NA_HISTORIA_11.08.pptx
 
Revisão HISTÓRIA DA ARTE - 01
Revisão HISTÓRIA DA ARTE - 01Revisão HISTÓRIA DA ARTE - 01
Revisão HISTÓRIA DA ARTE - 01
 
Arte rupestre
Arte rupestreArte rupestre
Arte rupestre
 
Arte pré histórica
Arte pré históricaArte pré histórica
Arte pré histórica
 
Escola CEJAR - Aquidauana - Apostila Arte 6 ano A e B 1ºB
Escola CEJAR - Aquidauana - Apostila Arte 6 ano A e B 1ºBEscola CEJAR - Aquidauana - Apostila Arte 6 ano A e B 1ºB
Escola CEJAR - Aquidauana - Apostila Arte 6 ano A e B 1ºB
 
História da arte
História da arteHistória da arte
História da arte
 
Exercício de revisão sobre história da arte com gabarito
Exercício de revisão sobre história da arte com gabaritoExercício de revisão sobre história da arte com gabarito
Exercício de revisão sobre história da arte com gabarito
 
História da arte
História da arteHistória da arte
História da arte
 
História da arte
História da arteHistória da arte
História da arte
 
Atividades com pintura artes1o ano 2009
Atividades  com pintura artes1o ano 2009Atividades  com pintura artes1o ano 2009
Atividades com pintura artes1o ano 2009
 
Textos historia da arte Ensino Medio
Textos historia da arte Ensino MedioTextos historia da arte Ensino Medio
Textos historia da arte Ensino Medio
 
Revisão de História da Arte (01)
Revisão de História da Arte (01)Revisão de História da Arte (01)
Revisão de História da Arte (01)
 
Slides de Introducao
Slides de IntroducaoSlides de Introducao
Slides de Introducao
 
Origem das Manifestações Artísticas
Origem das Manifestações Artísticas   Origem das Manifestações Artísticas
Origem das Manifestações Artísticas
 
Artes 01 gênesis 1º ano diretrizes e pré-história
Artes 01 gênesis 1º ano  diretrizes e  pré-históriaArtes 01 gênesis 1º ano  diretrizes e  pré-história
Artes 01 gênesis 1º ano diretrizes e pré-história
 
Arte.pptx
Arte.pptxArte.pptx
Arte.pptx
 
A arte da pré história
A arte da pré históriaA arte da pré história
A arte da pré história
 
Revisão - Arte Medieval, Antiguidade clássica e Idade Média
Revisão - Arte Medieval, Antiguidade clássica e Idade MédiaRevisão - Arte Medieval, Antiguidade clássica e Idade Média
Revisão - Arte Medieval, Antiguidade clássica e Idade Média
 
Arte rupestre 1 ano noturmo.pdf
Arte rupestre 1 ano noturmo.pdfArte rupestre 1 ano noturmo.pdf
Arte rupestre 1 ano noturmo.pdf
 
Pre-história
Pre-históriaPre-história
Pre-história
 

Curso de historia da arte

  • 2. MÓDULO - 1 APRESENTAÇÃO 1-PRÉ-HISTÓRIA 2-ARTE EGÍPCIA 3-ARTE GREGA 4-ARTE ROMANA 5-ARTE PALEO CRISTÃ 6 -ARTE BIZANTINA 7-ARTE GÓTICA
  • 3. Caro aluno DESCOMPLICANDO A ARTE é um curso que irá apresentar a evolução das expressões artísticas, a constituição e a variação das formas, dos estilos e dos conceitos transmitidos através das obras de arte. Este curso foi desenvolvido em 3 (três) módulos, de forma a oportunizar um primeiro contato com a arte contextualizando o período histórico em que foi produzida. Estudos de arte tradicionalmente levam em consideração a evolução da história da arte ocidental. Ao se considerar a cultura ocidental como elemento fundamental de nossa cultura faz-se necessário os estudos deste curso, a fim de se compreender o alcance da arte ao redor do mundo, recebendo influências e sendo influenciada por outros movimentos. Os historiadores de arte, críticos e estudiosos classificam os períodos, estilos ou movimentos artísticos separadamente, para facilitar o entendimento das produções artísticas. Não há coincidência com a linha do tempo histórica, pois a partir de 1848 consideramos o início da Arte Moderna e o movimento Pop Art o início da Arte Pós- Moderna. Porém, optamos por apresentar a arte por meio da linha do tempo histórica, por considerarmos ser mais didática De nenhum movimento artístico é possível dizer em que data exata nasceu, uma vez que se trata de um processo construído paulatinamente, de uma síntese de fatores convergentes que vão aos poucos ganhando corpo e se definindo. A arte é o reflexo do social e ao analisar uma obra de arte percebemos a dinâmica de acontecimentos sociais que a cerca. Arte é, portanto uma constante e o estudo de seu contexto histórico irá ajudar a perceber de forma ampla suas produções. Um ótimo estudo! Prof. Wanderson Lima Amaral
  • 4. Por que o mundo necessita de arte? Porque fazemos arte e para que a usamos é aquilo que chamamos de função da arte. Pode ser feita para decorar o mundo, para espelhar o nosso mundo (naturalista), para ajudar no dia-a-dia (utilitária), para explicar e descrever a história, para ser usada na cura doenças e para ajuda a explorar o mundo. Eduardo Galeano *1 consegue de forma poética descrever esta necessidade “ função da arte” Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram para o Sul. Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando. Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto fulgor, que o menino ficou mudo de beleza. E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai: Me ajuda a olhar! *1- Eduardo Hughes Galeano (Montevidéu, 3 de setembro de 1940) jornalista e escritor uruguaio.
  • 5. Como conseguimos ver as transformações do mundo através da arte? Podemos verificar que tipo de arte foi feita, quando, onde o como, desta maneira estaremos dialogando com a obra de arte, e assim podemos entender as mudanças que o mundo teve, para podermos entender estas transformações estaremos neste curso apresentando diversos períodos da historia onde “os objetos de arte” foram resultantes destas mudanças. Vamos observar as esculturas abaixo e verificar suas semelhanças e diferenças: entre 26 000 e 24 000 anos sua datação ficaria entre 150-50 a.C (1885) (1997) Venus de Lespugne Venus de Miló Toalete de Venus - Rodin Mulher grávida – Ron Mueck
  • 6. 1 - ARTE NA PRÉ-HISTÓRIA O estudo sobre a arte feita pelos primeiros habitantes humanos da terra depende da análise de restos de armas, pinturas, utensílios, desenhos e ossos. Compreende-se como arte rupestre os rastros de atividades humana que tem sido gravadas (petroglifos) ou pintadas (pictoglifos) sobre superfícies rochosas, bem como esculturas e objetos utilitários e ou adornos criados pelo homem cerca de 40.000 a 3.500 anos atrás . A denominação destes objetos como arte, não significa que se trate de objetos artísticos nos termos e com a finalidade que entendemos em nossa cultura ocidental. Esta é só mais uma das formas de tentar definir o significado destas elaborações. Pintura pré-histórica da Caverna das Mãos na Patagônia, ArgentinaPintura pré-histórica da Caverna das Mãos na Patagônia, Argentina
  • 7. Petroglifos Também conhecidos como gravuras rupestres são manifestações que consiste em deferir na superfície rochosa instrumentos mais duros como pontas de pedras e outros materiais preparados para gravar imagens. Quanto a temática são imagens geometrizadas e representações simbólicas, geralmente associadas, que registram fatos e mitos Petróglifo perto do rio Columbia, Petróglifos no Vale do Encanto, Washington, (EUA) (Chile)
  • 8. Pictoglifo Mais conhecida como pintura rupestre, caracteriza em utilizar substancias como óxidos minerais e pigmentos a base de vegetais afim de produzir pinturas eles retratavam nestas cenas do cotidiano como, por exemplo, a caça, animais, plantas, descobertas, rituais etc. Para que eram feitas as pinturas rupestres? Nem sempre, a imagem representa aquilo que aparenta. Por trás de sua descrição formal podem se esconder elementos simbólicos cujos significados não são possíveis de serem resgatados é o caso das pinturas rupestres, sendo assim, surgem através de estudos antropológicos e arqueológicos, as teorias .Uma vez que são desconhecidos seus significados, é o caso das pinturas pré-históricas. Podemos encontrar dessas pinturas por todo o mundo,embora as cavernas de Altamira(Espanha) e Laucaux (França) sejam as mais conhecidas.
  • 9. Vamos fazer uma visita a caverna de Lascaux
  • 10. O homem pré histórico tinha como principal temática em seus trabalhos pictográficos a representação de animais e é se alimentando deles que garantia sua subsistência. A caça é antes de tudo um ritual, e sua importância é demonstrada pela enorme quantidade e variedade de expressões a ela referentes através das pinturas rupestres. A temática mais utilizada na pré-história eram os relacionados com a caça. Portanto a teoria mais plausível quanto ao objetivo destas pinturas, baseada em estudos de sociedades mais recentes de caçadores-coletores, é que as pinturas foram feitas por xamãs. O xamã é tido como um profundo conhecedor da natureza humana, tanto na parte física quanto psíquica. Assim eles se retiravam para as cavernas, onde entrariam em estado de transe e pintariam, então, imagens de suas visões, talvez com alguma intenção de extrair força das paredes da caverna para eles mesmos uma espécie de ritual mágico religioso a fim de assegurar uma caçada bem sucedida.
  • 11. Escultura Conhecidas como “Venus esteotopígicas” denominação dada por parte do corpo cientifico que acredita que elas correspondiam a um ideal de beleza do homem pré- histórico. são estatuetas esculpidas em: ossos, madeira, pedra, marfim, metais, entre outros. Essas figuras femininas eram estilizadas, com formas acentuadas. Acredita-se que o artista talvez quisesse ressaltar as características da fertilidade feminina: por isso acentuava-lhes os volumes.
  • 12. Vênus de Willendorf Hoje também conhecida como Mulher de Willendorf, é uma estatueta com 11,1 cm de altura representando estilisticamente uma mulher. Descoberta no sítio arqueológico do paleolítico situado perto de Willendorf, na Áustria, em 1908, pelo arqueólogo Josef Szombathy. Está esculpida em calcário, material que não existe na região, e colorido com ocre vermelho. Calcula-se que tem entre 22000 à 24 000 anos.
  • 13. 2 - ARTE EGÍPCIA Anúbis mumifica Sennedjem, um dos nobres da corte do faraó. Pintura tumular de Deir-el-Medina Consideramos arte egipcia edifícios, pinturas, esculturas e artes aplicadas, da pré- história à conquista romana no ano 30 a.C. A história do Egito foi a mais longa de todas as civilizações antigas que floresceram em torno do Mediterrâneo, estendendo-se, quase sem interrupção, desde aproximadamente o ano 3000 a.C. até o século IV d.C. A arte egípcia assombrou gregos, romanos e civilizações que se sucederam ao longo da historia tanto pela sua magnitude e complexibilidade de engenharia, escrita, ciências etc. Quanto por seus mistérios.
  • 14. Uma arte sagrada É a partir da compreensão que a religião assumia no Egito antigo é que se pode entender a arte deste povo Toda a produção artística estava subordinada a pessoa do faraó e tudo que lhe dizia respeita era portanto sagrado. Como expressão religiosa a arte egípcia não se dedicavas aos vivos, mas aos mortos, sendo por essa razão uma arte funerária, para os egípcios a morte não significava uma ruptura da vida, mas uma transição.
  • 15. Os deuses As pessoas no Antigo Egito acreditavam na existência de seres superiores e eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses. Esses normalmente possuíam características de animais e também uma junção entre características animais e humanas. Os faraós egípcios criam na idéia de que também eram deuses e que possuíam poderes mágicos havia inúmeros deuses cultuados no Egito. A - Horus, filho de Osíris, intimamente ligada deus do céu com o rei. B - Set inimigo, de Hórus e Osíris, deus das tempestades. C - Thoth, o deus da lua e deus da escrita, contagem e sabedoria. D - Khnum, o deus carneiro e seus homens que formas kas na roda Sua oleiro. E - Hathor, deusa do amor, nascimento e morte. F - Sobek, o deus crocodilo, Senhor do Faiyum. G - Rá, o deus do sol na histórica muitas formas.
  • 16. Pirâmides As pirâmides são construções destinadas aos mortos, e estão espalhadas por todo mundo, no Egito as primeiras pirâmides eram conhecidas como mastabas e tinham um formato em degraus, as pirâmides mais famosas do mundo são as de Gizé, Keóps e Miquerinos ambas localizadas na regigao conhecida hoje como Cairo. Gizé é a maior das três sua altura original era de 146,6 metros, mas atualmente é de 137,16 m pois falta parte do seu topo e o Revestimento .O nome pirâmides vem do grego pyra = fogo Midas = medida, simbolizando que a pirâmide deveria ter a forma de um raio solar.
  • 17. Os sarcófagos A múmia era colocada em um sarcófago, que podia ser em pedra, de madeira com materiais preciosos, ou simplesmente de madeira. Inicialmente, os sarcófagos, eram retangulares, porém, mais tarde foram construídos com o formato de ser humano Muitos decorados com grandes pedras preciosas e as vezes forrados com ouro, como no caso da tumba de Tutancâmon.
  • 18. O processo de mumificação Mumificação é o nome do processo aprimorado pelos egípcios em que se retiram os principais órgãos, além do cérebro do cadáver, dificultando assim a sua decomposição. Geralmente, os corpos são colocados em sarcófagos e envoltos por faixas de algodão ou linho. Após o processo ser concluído são chamadas de múmias. Embalsamando o corpo Parte 1 Primeiro, o corpo era levado para um local conhecido como 'ibu' ou o 'lugar da purificação'. Lá os embalsamadores lavavam o corpo com essências aromáticas, e com água do Nilo. Uma haste comprida em forma de anzol era usada para fisgar o cérebro e puxá-lo através do nariz.
  • 19. Parte 2 Embalsamado e removia os órgãos internos. Isso era importante porque essas partes do corpo são as primeiras a entrar em decomposição. O coração – reconhecido como o centro da inteligência e força da vida – era mantido no lugar mas o cérebro era retirado através do nariz e jogado fora. – No passado, os órgãos internos eram armazenados em jarras canópicas. Em seguida, o corpo era empacotado e coberto com natro, um tipo de sal, e largado para desidratar durante 40 dias. Após esse período era empacotado com linho ensopado de resina, natro e essências aromáticas e as cavidades do corpo eram tampadas. Finalmente, ele era coberto de resina e enfaixado, com os sacerdotes colocando amuletos entre as camadas. Todo o processo – acompanhado de orações e encantamentos – levava cerca de 70 dias mas preservava os corpos durante milhares de anos.
  • 20. Parte 3 DADO CURIOSO ~ Egípcios comuns não eram mumificados, mas enterrados em sepulturas, onde as condições do deserto quente e seco mumificavam os corpos naturalmente. O corpo era empacotado e coberto com natro, um tipo de sal, e largado para desidratar durante 40 dias. Os órgãos remanescentes eram armazenados em jarras canópicas, para serem sepultados junto com a múmia. Parte 4 Após 40 dias o corpo era lavado com água do Nilo. Depois era coberto com óleos aromáticos para manter a pele elástica.
  • 21. Parte 5 Os órgãos internos desidratados eram enrolados em linho e recolocados na múmia. O corpo também era recoberto com serragem e folhas secas. Parte 6 No passado, os órgãos internos retirados das múmias eram armazenados em jarras canópicas.
  • 22. A escrita Hieróglifo é um termo que junta duas palavras gregas: ερός (ἱ hierós) "sagrado", e γλύφειν (glýphein) "escrita". Apenas os sacerdotes, membros da realeza, altos cargos, e escribas conheciam a arte de ler e escrever esses sinais "sagrados" Desvendando os Hieróglifos egípcios A expedição militar e científica que o imperador Napoleão realizou ao Egito trouxe consigo, entre outras inúmeras antiguidades, uma pedra encontrada em agosto de 1799 por soldados franceses que trabalhavam sob as ordens de um oficial chamado Bouchard. Na luta contra ingleses e turcos, eles estavam restaurando e preparando os alicerces para ampliação de um antigo forte medieval, posteriormente chamado de Forte de São Juliano, nas proximidades da cidade egípcia de Rachid (que significa Roseta, em árabe), localizada à beira do braço oeste do Nilo, perto de Alexandria, junto ao mar. Dois anos depois, pelo Tratado de Alexandria, o achado foi cedido aos ingleses e hoje se encontra no Museu Britânico de Londres.
  • 23. Tendo ficado conhecida como Pedra de Roseta, é uma estela de basalto negro, de forma retangular, medindo 112,3 cm de altura, 75,7 cm de largura e 28,4 cm de espessura e que numa das faces, bem polida, mostra três inscrições em três caracteres diferentes, em parte gastas e apagadas em virtude do contato com a areia por milênios. Na parte superior, destruída ou fraturada em grande parte, vê-se uma escrita hieroglífica com 14 linhas; o texto intermediário contém 22 linhas de uma escrita egípcia cursiva, conhecida como demótico, e a terceira e última divisão da pedra é ocupada por uma inscrição de 54 linhas em língua e caracteres gregos. Os três textos reproduzem o mesmo teor de um decreto do corpo sacerdotal do Egito, reunido em Mênfis, em 196 a.C., para conferir grandes honras ao rei Ptolomeu V Epifânio (205 a 180 a.C.), por benefícios recebidos. Apesar da aparência insignificante da pedra, os estudiosos logo perceberam o seu valor pelo fato de apresentar textos egípcios acompanhados por sua tradução em uma língua conhecida, o que vinha, enfim, estabelecer pontos de partida e de comparação tão numerosos quanto incontestáveis. Por ordem de Napoleão Bonaparte a estela foi reproduzida e litografada e várias cópias enviadas a diversos especialistas em línguas mortas. Entretanto, passaram-se 23 anos desde a data de sua descoberta até que um homem, Jean-François Champollion, pudesse decifrar integralmente o seu conteúdo.
  • 24. A Pedra de Roseta estará eternamente ligada ao nome de Champollion, pois foi ela que serviu de base aos estudos que o levaram finalmente à decifração dos hieróglifos. A verdade é que, ajudado pelo fato de que aquela estela continha o mesmo texto grafado em hieróglifos, demótico e grego, ele reconheceu nela o nome de Ptolomeu em grego e demótico e, assim, pode identificar o cartucho com o mesmo nome em hieróglifos, dando, assim, um passo importantíssimo na solução do enigma. Mas afinal, o que estava escrito nessa famosa Pedra de Roseta? Pelo que diz o texto, o faraó Ptolomeu V Epifânio havia concedido ao povo a isenção de uma série de impostos e o fat, evidentemente, agradara a todos. Em sinal agradecimento os sacerdotes resolveram erguer uma estátua de Ptolomeu V em cada templo e organizar festividades anuais em sua honra. Para deixar registrada para sempre tal decisão, gravaram-na em várias estelas comemorativas e colocaram uma delas em cada templo importante da época.
  • 25. 3 - ARTE GREGA “ O homem é a medida de todas as coisas” Daremos prosseguimento a nossa descoberta da arte antiga observando as manifestações artísticas no mundo greco-romano: Do períodos arcaico até o esplendor da arte grega. Veremos a trajetória da arte romana a partir dos etruscos e a nova configuração artística surgida pela ascensão do Cristianismo no Império Romano, a arte Paleo-cristã. Cópia romana - Discóbolo (Lançador de discos) é uma famosa estátua do escultor grego Miron
  • 26. Enquanto a arte egípcia é uma arte ligada ao espírito, a arte grega liga-se à inteligência, pois os seus reis não eram deuses, mas seres inteligentes e justos que se dedicavam ao bem-estar do povo. A arte grega volta-se para o gozo da vida presente. Contemplando a natureza, o artista se empolga pela vida e tenta, através da arte, exprimir suas manifestações. Na sua constante busca da perfeição, o artista grego cria uma arte de elaboração intelectual em que predominam o ritmo, o equilíbrio, a harmonia ideal. ARQUITETURA As edificações que despertaram maior interesse são os templos. A característica mais evidente dos templos gregos é a simetria entre o pórtico de entrada e o dos fundos. O templo era construído sobre uma base de três degraus. O degrau mais elevado chamava-se estilóbata e sobre ele eram erguidas as colunas Veja o vídeo ao lado do templo de Parthenon em Atenas. .
  • 27. -Ordem Dórica - era simples e maciça. O fuste da coluna era monolítico e grosso. O capitel era uma almofada de pedra. Nascida do sentir do povo grego, nela se expressa o pensamento. Sendo a mais antiga das ordens arquitetônicas gregas, a ordem dórica, por sua simplicidade e severidade, empresta uma idéia de solidez e imponência - Ordem Coríntia - o capitel era formado com folhas de acanto e quatro espirais simétricas, muito usado no lugar do capitel jônico, de um modo a variar e enriquecer aquela ordem. Sugere luxo e ostentação. As Ordens Arquitetônicas As colunas sustentavam um entablamento horizontal formado por três partes: a arquitrave, o friso e a cornija. As colunas e entablamento eram construídos segundo os modelos da ordem dórica, jônica e coríntia. - Ordem Jônica - representava a graça e o feminino. A coluna apresentava fuste mais delgado e não se firmava diretamente sobre o estilóbata, mas sobre uma base decorada. O capitel era formado por duas espirais unidas por duas curvas. A ordem dórica traduz a forma do homem e a ordem jônica traduz a forma da mulher.
  • 28. Teatro grego Teatros, que eram construídos em lugares abertos (encosta) e que compunham de três partes: a skene ou cena, para os atores; a konistra ou orquestra, para o coro; o koilon ou arquibancada, para os espectadores. Um exemplo típico é o Teatro de Epidauro, construído, no séc. IV a.C., ao ar livre, composto por 55 degraus divididos em duas ordens e calculados de acordo com uma inclinação perfeita. Chegava a acomodar cerca de 14.000 espectadores e tornou-se famoso por sua acústica perfeita.
  • 29. ESCULTURA A estatuária grega representa os mais altos padrões já atingidos pelo homem. Na escultura, o antropomorfismo - esculturas de formas humanas - foi insuperável. As estátuas adquiriram, além do equilíbrio e perfeição das formas, o movimento. No Período Arcaico os gregos começaram a esculpir, em mármores, grandes figuras de homens. Primeiramente aparecem esculturas simétricas, em rigorosa posição frontal, com o peso do corpo igualmente distribuído sobre as duas pernas. Esse tipo de estátua é chamado Kouros (palavra grega: homem jovem).
  • 30. No Período Clássico passou-se a procurar movimento nas estátuas, para isto, se começou a usar o bronze que era mais resistente do que o mármore, podendo fixar o movimento sem se quebrar. Surge o nu feminino, pois no período arcaico, as figuras de mulher eram esculpidas sempre vestidas. Imagem - kritios
  • 31. Período Helenístico podemos observar o crescente naturalismo: os seres humanos não eram representados apenas de acordo com a idade e a personalidade, mas também segundo as emoções e o estado de espírito de um momento. O grande desafio e a grande conquista da escultura do período helenístico foi a representação não de uma figura apenas, mas de grupos de figuras que mantivessem a sugestão de mobilidade e fossem bonitos de todos os ângulos que pudessem ser observados. Imagem - Lacoonte e os filhos
  • 32. 4- ARTE ROMANA Coloseu em Roma , Itália A arte romana desenvolve-se durante os quase seis séculos que vão 146 A.C. ao séc. IV D.C., quando perde a originalidade e se divide na cristã-primitiva, e na bizantina. Para sua formação contribuíram elementos gregos e etruscos ,os romanos, souberam adaptar estes elementos a seu gosto e moldaram um estilo que, muito embora derivado, não deixa de ser inconfundivelmente romano.
  • 33. Arquitetura romana Os romanos usaram como inspiração a arquitetura etrusca e grega para desenvolver seus projetos. Porém, não podemos falar em cópia, pois a arquitetura romana possuía muitos elementos inovadores e avanços nas técnicas de arquitetura. São características da arquitetura romana: Uso do arco nas construções; Uso da abóbada (construção em forma de arco que preenche espaços entre arcos, muros e outros tipos de espaços); imagem - aqueduto
  • 34. Anfiteatros romanos Os anfiteatros romanos diferentemente dos teatros gregos, situados em declives naturais ,foram construídos sobre uma estrutura de pilares e abóbadas e, dessa maneira, puderam ser instalados no coração das cidades. Os gregos em seus teatros realizavam representações de dramas e comédias, que na maioria dos casos formavam parte de festas em homenagem às divindades , já os romanos preferiam as lutas, os enfretamentos entre homens e animais. Para ver espetáculos tão diferentes, os espaços construídos deveriam ser construídos de forma circular para que o publico pudesse visualizar as lutas de qualquer ângulo . Gladiador era um lutador escravo treinado na Roma Antiga. O nome "Gladiador" provém da espada curta usada por este lutador, o gladius (gládio). Eles se enfrentavam para entreter o público, e o duelo só terminava quando um deles morria, ficava desarmado ou ferido sem poder combater. Nesse momento do combate é que era determinado por quem presidia aos jogos, se o derrotado morria ou não, frequentemente influenciado pela reacção dos espectadores do duelo.
  • 35. Escultura Romana A escultura romana começa pelo retrato, que em suma se baseia no culto dos antepassados: o rosto do morto é reproduzido num material perdurável, e assim preservado. Desenvolve-se ainda o estilo a que se chamou de Flaviano. A escultura de retratos atinge então o naturalismo. Imagem – escultura de Augustus Retrato de Marco Aurélio.
  • 36. 5 - ARTE PALEO CRISTÃ Afresco na catacumba romana Após a morte de Jesus Cristo, a pregação do ideário cristão recaiu sobre os ombros dos discípulos do Primeiro Século. Em sua fase inicial, essa ação evangelizadora se restringiu ao perímetro da região da Judéia, local onde o próprio Jesus teria realizado a grande maioria de suas pregações. Contudo, com o passar do tempo, a ação dos discípulos se mostrou eficaz e determinou a divulgação dos valores cristãos para outras partes do Império Romano.
  • 37. Para o Império Romano, a divulgação do cristianismo era uma séria ameaça aos valores e interesses do império. A crença monoteísta era contrária ao panteão de divindades romanas, entre as quais se destacava o próprio culto ao imperador de Roma. O conceito de liberdade fazia com que vários escravos não se submetessem à imposição governamental. Dessa forma, os cristãos passaram a ser perseguidos , torturados publicamente, lançados nos anfiteatros para serem mortos por animais violentos e ate mesmo crucificados. Apesar de não ser considerado propriamente um estilo artístico , consideramos artes paleo-crista , toda a produção dos adeptos da nova religião do século I ao V d.C . Podemos ainda dividir esta produção em dois momentos distintos, antes e depois da liberação da religião pelo império romano . Fase Catacumbária Para redimir e orar pelos seus mártires, os cristãos passaram a enterrá-los nas chamadas catacumbas. Estas funcionavam como túmulos subterrâneos onde os cristãos poderiam entoar canções e pintar imagens que manifestavam sua confissão religiosa. imagem - catacumba de Santa Domitila, em Roma
  • 38. A pintura elaborada no interior das catacumbas era rodeada de uma simbologia que indicava a forte discrição do culto cristão naquele momento. A representação do peixe era bastante comum, pois seria o acróstico do termo (“ichtys”) era a mesma das iniciais da frase iesus cristus theo yos soter “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”. Essa fase inicial da arte primitiva não conseguimos identificar nenhum artista específico. As representações foram executadas por anônimos que desejavam expressar suas crenças. A falta de técnica dos executores dos trabalhos marcou essa fase inicial da arte cristã com formas simples. Fase crista primitiva A expansão do cristianismo pelo Império Romano estabeleceu outra fase no desenvolvimento das expressões artísticas ligadas a essa nova crença a Fase crista primitiva . O Imperador Constantino aceita o cristianismo e assim passava a ser uma religião reconhecida pelo Estado romano. Após essa determinação, as igrejas cristãs se proliferaram e abrem espaço para um novo campo de expressão artística.
  • 39. 6 - ARTE BIZANTINA Mosaico de Justiniano , San Vitale, Ravena, 546 d.C A arte Bizantina surge a partir da divisão do império romano em ocidental e oriental .A cidade Bizâncio passa a se chamar de Constantinopla , onde então seria a nova capital do Império Romano, a arte bizantina desenvolveu-se a princípio incorporando características provenientes de regiões orientais, como a Ásia Menor e a Síria. A aceitação do cristianismo a partir do reinado de Constantino e sua oficilização por Teodósio não fez com que a grandeza do Imperador fosse sufocada pelo poder de Deus , pelo contrario atraves da arte deixava-se claro a intençao de demonstrar que os imperadores governavam em nome de Deus.
  • 40. Arquitetura O grande destaque da arquitetura foi a construção de Igrejas. A necessidade de construir Igrejas espaçosas e monumentais, determinou a utilização de cúpulas sustentadas por colunas, onde haviam os capitéis, trabalhados, destacamos nessas construçoes a influência grega. A tentativa de preservar o caráter universal do Império fez com que o cristianismo no oriente se destacasse, podemos ver na figura o imperador Constantino com uma aureola na cabeça e a cidade de Constantinopla nas mãos.
  • 41. Hagia Sophia A Igreja de Santa Sofia é o mais grandioso exemplo dessa arquitetura, nela trabalharam mais de dez mil homens durante quase seis anos. Em sua fachada o templo era muito simples, porém internamente apresentava grande suntuosidade, utilizando-se de mosaicos com formas geométricas, de cenas do Evangelho.
  • 42. Mosaicos O Mosaico foi uma forma de expressão artística importante no Império Bizantino, principalmente durante seu apogeu, no reinado de justiniano, consistindo na formação de uma figura com pequenos pedaços de pedras colocadas sobre o cimento fresco de uma parede. A arte do mosaico serviu para retratar o Imperador ou a imperatriz, destacando- se ainda a figura Pantocrator (Παντοκράτωρ) é uma palavra de origem grega que significa "todo-poderoso" ou "onipotente".
  • 43. 7 - ARTE GÓTICA Catedral de Notre-Dame. Paris .1163 No século XII, entre os anos 1150 e 1500, A vida no campo da lugar a cidade, com o aparecimento da burguesia tem-se início uma economia fundamentada no comércio. A arquitetura predominante ainda é a românica, mas em meados do século XII mas já começaram a aparecer as primeiras mudanças que irá conduzir a uma mudança profunda na arquitetura.
  • 44. A rosácea é um elemento arquitetônico muito característico do estilo gótico e está presente em quase todas as igrejas construídas entre os séculos XII e XIV, podemos ver a beleza deste elemento nesta rosácea da catedral de Saint Denis - França. Outros elementos característicos da arquitetura gótica são os arcos góticos ou ogivais e os vitrais que filtram a luminosidade para o interior da igreja. . Podemos verificar na igreja gótica três portais que dão acesso à três naves do interior da igreja. As catedrais góticas mais conhecidas são: Catedral de Notre Dame de Paris e a Catedral de Notre Dame de Chartres ARQUITETURA GÓTICA
  • 45. CAROS ALUNOS Finalizamos o primeiro módulo do curso HISTORIA DA ARTE – Descomplicando a Arte , onde pudemos aprofundar nosso conhecimento nas produções artisticas da pré-história a idade média. Espero que tenham gostado do curso e aguardo vocês para uma nova viagem ao mundo da arte . PRÓXIMOS MÓDULOS MÓDULO 2 RENASCIMENTO BARROCO ROMANTISMO IMPRESSIONISMO EXPRESSIONISMO CUBISMO SURREALISMO MODERNISMO Prof. Wanderson Lima Amaral MÓDULO 3 POP ART ARTE INDIGENA. PERFORMANCE INTERFERENCIA INSTALAÇÃO BODY ART GRAFFITE

Notas do Editor

  1. Capa curso historia da arte buzero