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ERNA 5ºANO 2013
Riscos num posto de trabalho
RISCOS FISICOS
 OBJECTIVOS
 Apresentação dos riscos existentes num
posto de trabalho
2
 OS RISCOS QUE RODEIAM O POSTO DETRABALHO
 Há vários factores de risco que afectam o trabalhador no
desenvolvimento das suas tarefas diárias.
 Alguns destes riscos atingem grupos específicos de
profissionais , como é o caso, dos mergulhadores, que
trabalham submetidos a altas pressões e a baixas
temperaturas. Por esse facto, são obrigados a usar roupas
especiais, para conservar a temperatura do corpo, e passam
por cabines de compressão e descompressão, cada vez que
mergulham ou sobem à superfície.
3
 Estes factores dividem-se em dois grandes
grupos:
 factores de riscos ambientais
 factores de risco operativos
4
5
 O conjunto de elementos que temos à nossa volta,
tais como as edificações, os equipamentos, os
móveis, as condições de temperatura, de pressão, a
humidade do ar, a iluminação, a organização, a
limpeza e as próprias pessoas, fazem parte das
condições de trabalho e constituem assim o que se
designa por ambiente.
 Nos locais de trabalho, a combinação de alguns
desses elementos gera produtos e serviços. A todo
esse conjunto de elementos e acções denominamos
condições ambientais. 6
 FACTORES DE RISCOS AMBIENTAIS
 Todos que existem no ambiente de trabalho provocados por:
 agentes físicos como o ruído, vibrações, temperatura,
humidade, radiações, iluminação;
 agentes químicos como as poeiras, gases, vapores, colorantes,
solventes voláteis, agentes anti-rugas, agentes anti-micróbios,
pesticidas;
 por agentes biológicos como as bactérias, os fungos
(parasitas) e bacilos.
 Incluem-se neste grupo os riscos de origem ergonómica ou
seja os relacionados posturas incorrectas, “lay out’s” mal
concebidos, etc.
7
 Os principais tipos de risco ambiental que
afectam os trabalhadores de um modo geral,
estão separados em :
 Riscos físicos
 Riscos químicos
 Riscos Biológicos
 Riscos Ergonómicos
8
RISCOS FISICOS
9
 RISCOS FÍSICOS
 Todos nós, ao desenvolvermos o nosso trabalho, gastamos
uma certa quantidade de energia para produzir um
determinado resultado.
 Em geral ,quando dispomos de boas as condições físicas do
ambiente, como, por exemplo, o nível de ruído e a
temperatura são aceitáveis, produzimos mais com menor
esforço.
10
 Mas, quando essas condições fogem muito aos
nossos limites de tolerância, atinge-se facilmente o
incómodo e a irritação determinando muitas vezes
o aparecimento de cansaço, a queda de produção,
falta de motivação e desconcentração
 Por outras palavras, os factores físicos do ambiente
de trabalho interferem directamente no
desempenho de cada trabalhador e na produção
obtida ,pelo que se justifica a sua analise com o
maior cuidado.
11
RUÍDO
12
 Quando um de nós se encontra num ambiente de
trabalho e não consegue ouvir perfeitamente a fala
das pessoas no mesmo recinto , isso é uma primeira
indicação de que o local é demasiado ruidoso.
 Define-se o RUÍDO como todo som que causa
sensação desagradável ao homem.
13
 O ruido constitui uma causa de incomodo para o trabalho,
um obstaculo as comunicações verbais e sonoras, podendo
provocar fadiga geral e, em casos extremos, trauma auditivo
e alterações fisiologicas extra auditivas.
 As ondas sonoras podem transmitir-se da fonte ate ao
ouvido, directa e indiretamente.
 Quando o ruido atinge determinados niveis, o aparelho
auditivo apresenta uma fadiga que, embora inicialmente
seja susceptivel de recuperação pode, em casos de exposição
prolongada a ruido intenso, transformar-se em surdez
permanente devido a lesões irreversiveis do ouvido interno,
como explosões ( superiores a 140 dB ).
14
 Do ponto de vista fisico, pode definir-se o
ruido como toda a vibração mecanica
estatisticamente aleatória de um meio
elastico.
 As suas caracteristicas principais são o nivel
sonoro e a frequencia (se se trata de um som
puro) ou a composição ou espectro (se se
trata de um som complexo).
15
16
17
 LIMITES DE INTENSIDADE
 Até 55 dB não causa nenhum problema;
 De 56 dB a 75 dB podem incomodar, embora sem causar
malefícios à saúde;
 De 76dB a 85 dB podem afectar a saúde;
 De 85 dB afectam a saúde, dependendo do tempo da exposição
(por exemplo, uma pessoa que trabalha 8 horas por dia com
Ruídos de 85 dB terá, fatalmente, após dois anos, problemas
auditivos );
 De 120 dB, além de lesarem o nervo auditivo, provocam, no
mínimo, zumbido constante nos ouvidos, tonturas e aumento do
nervosismo;
 Acima de 140 dB podem destruir totalmente o tímpano,
provocando o que se chama “estoiro do tímpano”, ou seja, surdez
irreversível.
18
 O orgão da audição divide-se em
tres partes: ouvido externo,
ouvido médio e ouvido interno.
 Do ponto de vista funcional, o
ouvido externo e médio estão
associados com vista a recepção
dos sons e transformação de
energia acustica em energia
mecanica.
 O ouvido interno transforma esta
energia numa serie de impulsos
nervosos que vão representar os
fenomenos acusticos.
19
 O ruído é pois um agente físico que pode afectar de
modo significativo a qualidade de vida.
 Mede-se o ruído utilizando um
instrumento denominado medidor de
pressão sonora ou sonometro, e a
unidade usada como medida é o decibel
ou abreviadamente dB.
20
Para 8 horas diárias de trabalho, o limite máximo
de ruído estabelecido é de 85 decibéis.
O ruído emitido por uma britadeira é equivalente a
100 decibéis.
O limite máximo de exposição contínua do
trabalhador a esse ruído, sem protecção auditiva, é
de 1 hora.
21
 Sem medidas de controlo ou protecção , o excesso
de intensidade do ruído, acaba por afectar o cérebro
e o sistema nervoso .
 Em condições de exposição prolongada ao ruído por
parte do aparelho auditivo, os efeitos podem
resultar na surdez profissional cuja cura é
impossível, deixando o trabalhador com
dificuldades para se relacionar com os colegas e
família , assim como dificuldades acrescidas em se
aperceber da movimentação de veículos ou
máquinas , agravando as suas condições de risco
por acidente físico. 22
 Controlo do Ruido
1. Medidas Organizacionais
As medidas administrativas ou organizacionais tem em vista a
redução dos niveis sonoros ou do tempo de exposição
 Planificação da produção com vista à eliminação de postos
de trabalho sujeitos a elevados niveis sonoros
 Adopção de uma politica de aquisição de equipamentos em
que o factor nivel sonoro seja considerado
 Rotação periodica de pessoal exposto
 Realização de trabalhos ruidosos em horas com menor
numero de trabalhadores expostos
23
 Controlo do Ruido
2. Medidas Organizacionais
A) Actuação sobre a fonte produtora de ruido
- Método mais eficaz de controlo do ruido é a actuação sobre a fonte
produtora de ruido
- Substituir a actividade ruidosa por outra equivalente do ponto de
vista tecnico, mas menos ruidosa
B) Actuação sobre as vias de propagação
Controlar o ruido na trajectória de propagação
a) isolamento antivibratil
b) encapsulamento
c) paineis antirruido
d) tratamento acustico das superficies
e) cabinas 24
 Legislação Aplicável
 DL 182/2006 (1) de 6 setembro, estabelece valores-limite e de
acção para exposição pessoal diária de um trabalhador e
nivel de pressão sonora de pico.
 Valores Limite de Exposição
 LEX,8h = 87 dB (A)
 LC, pico = 140 dB (C), equivalente a Ppico = 200Pa
25
(1)- transpõe a Directiva nº 2003/10/CE do Parlamento Europeu e do Conselho
Valores de Acção
Inferiores
LEX,8h = 80 dB (A)
LC, pico = 135 dB (C), equivalente a Ppico = 112Pa
Superiores
LEX,8h = 85 dB (A)
LC, pico = 137 dB (C), equivalente a Ppico = 140Pa
 A determinação da exposição efectiva do trabalhador ao
ruido para aplicação do valor-limite de exposição deve ter
em conta a atenuação do ruido proporcionada pelos
protectores auditivos
 Os valores de acção não devem ter em conta os efeitos
decorrentes da utilização de protectores auditivos.
 Em determinadas circunstancias pode ser usado o nivel de
exposição semanal, em vez do diario, desde que oVLE de 87
db(A) não seja excedido e sejam adoptadas medidas
apropriadas para reduzir substancialmente o risco
 Nivel de Exposição diária e semanal definidas ISO 1999:1990
26
27
 Se os riscos decorrentes da exposição ao
ruido não puderem ser prevenidos por outros
meios, devem ser facultados aos
trabalhadores protectores individuais
auditivos adequados.
 Normas Ruido
 DL 182/2006
VIBRAÇÕES
28
 As vibrações caracterizam-se pela sua amplitude e
frequência.Apresentam geralmente baixas
frequências e conduzem-se por materiais sólidos
 Exprimem-se em m/s 2 ou em dB.
 Consoante a posição do corpo humano, (de pé,
sentado ou deitado), a sua resposta às vibrações
será diferente sendo igualmente Importante o
ponto de aplicação da força vibratória.
29
 As fontes mais comuns de vibração são: impacto de martelos
e prensas, máquinas mal ajustadas, motores a dois tempos…
 A vibração está normalmente associada a desequilíbrios,
tolerâncias e/ou folgas das partes constituintes da máquina e
sempre que a/o trabalhador está em contacto com esta as
vibrações transmitem-se ao corpo da/o trabalhador através
dos seus membros.
 Assim deve-se fazer sempre os possíveis por controlar as
vibrações produzidas por um equipamento através da
redução das vibrações na fonte, do controlo da transmissão
das vibrações e da protecção da/o trabalhador.
30
 Exemplos de sistema mão-braço
31
 Sistema corpo inteiro
 São transmitidas através dos pés de uma pessoa em pé,
através das nádegas quando sentada ou através da área de
suporte de uma pessoa prostrada
32
 Os efeitos no homem das forças vibratórias podem ser
resumidos nos seguintes casos :
 Frequência entre 8 e 1000 Hz;
 O uso prolongado de martelos pneumáticos ou motosserras,
conduz a complicações nos vasos sanguíneos e articulações e
á diminuição na circulação sanguínea, Estas lesões podem
ser permanentes.
 Frequência acima de 1000 Hz;
 O efeito restringe-se a nível da epiderme (danos em células e
efeitos térmicos). Com o passar do tempo, afecções a nível
das articulações e da coluna
33
34
Efeitos (Sintomas) Gama Frequencia (Hz)
Sensação geral de desconforto 4-9
Sensações na cabeça 13-20
Sensações no maxilar inferior 6-8
Sensação na garganta 12-16
Dores no peito 5-7
Dores abdominais 4-10
Urgencia em urinar e defecar 10-18
Aumento do tonus muscular 13-20
Alterações do sistema cardiovascular 13-20
Aumento do ritmo respiratório 4-8
Contracções musculares 4-9
Efeitos das vibrações em diferentes gamas de frequencias
 A maior parte das afecções causadas pelas vibrações, quer do
ponto de vista fisiologico quer do ponto de vista psicologico situa-
se entre os 4 e 20 Hz
 Exemplos práticos:
 Automóvel que passa lomba no asfalto;
Alta Amplitude; Baixa Frequência
 Automóvel em piso de paralelo;
BaixaAmplitude;Alta Frequência
 Barco à deriva;
AltaAmplitude; Baixa Frequência
 Barco a motor;
BaixaAmplitude;Alta Frequência
 Em geral, as massas pequenas estão mais sujeitas a altas-
frequências.As massas grandes, às baixas frequências.
35
 PRINCIPAIS RISCOS
 Perturbações neurológicas ou musculares, vasculares e
lesões osteo-articulares, no caso das vibrações transmitidas
ao sistema mão-braço
 Problemas vasculares conhecidos
 Síndroma dos dedos brancos
 Síndroma de Raynaud
 Doença traumática dos vasos sanguíneos
 Patologias na região lombar e lesões da coluna vertebral,
para o caso das vibrações transmitidas ao corpo inteiro
 Lombalgias
 Traumatismos da coluna vertebral
36
 Legislação aplicável
 O Decreto-Lei nº 46/2006(1) estabelece osVLE e os
valores de acção de exposição a vibrações
transmitidas ao sistema mão-braço e ao corpo
inteiro
 Vibrações transmitidas ao sistema mão-braço
 Valor limite exposição: 5m/s2
 Valor de acção de exposição: 2,5m/s2
 Vibrações transmitidas ao corpo inteiro
 Valor limite exposição: 1,15m/s2
 Valor de acção de exposição: 0,5m/s2
37(1)- transpõe a Directiva nº 2002/44/CE do Parlamento Europeu e do Conselho
AMBIENTETÉRMICO
38
 Frio ou calor em excesso, ou a brusca mudança de um
ambiente quente para um ambiente frio ou vice-versa,
também são prejudiciais à saúde.
 Nos ambientes onde há a necessidade do uso de fornos,
maçaricos etc., ou pelo tipo de material utilizado e
características das construções (insuficiência de janelas,
portas ou outras aberturas necessárias a uma boa
ventilação), toda essa combinação pode gerar alta
temperatura prejudicial à saúde do trabalhador.
 A sensação de calor que sentimos é proveniente da
temperatura resultante existente no local e do esforço físico
que fazemos para executar um trabalho. 39
 O desconforto térmico (demasiado calor ou
demasiado frio) provoca nas/os trabalhadores várias
reacções:
 como sudação demasiada, mal estar generalizado,
tonturas, desmaios, esgotamento… nos ambientes
térmicos demasiado quentes;
 e frieiras, alterações circulatórias com efeitos
sobretudo nas extremidades do corpo,
arrefecimento excessivo dos pés, enregelamento…
nos ambientes térmicos frios.
40
 As empresas devem tomar medidas para
proporcionar condições ambientais segundo
as normas aconselhadas em termos de
temperatura (a ideal situa-se entre 21 e 26
graus centigrados), de humidade (entre 55%
a 65%) e de velocidade do ar (cerca de 0,12
m/s).
41
 A temperatura resultante é função dos seguintes factores:
 humidade relativa do ar
 velocidade e temperatura do ar
 calor radiante (produzido por fontes de calor do ambiente,
como fornos e maçaricos.
 A unidade de medida da temperatura adoptada é o grau
Celsius, abreviadamente ºC.
 De um modo geral, a temperatura ideal situa-se entre 21ºC
e 26 ºC enquanto a humidade relativa do ar deve estar entre
55% a 65%, e a velocidade do ar deve ser cerca de 0,12 m/s.
42
 Os ambientes térmicos podem ser classificados
como :
 Quentes (Fundições, Cerâmicas , Padarias),
 Frios (armazéns frigoríficos, actividades piscatórias)
 Neutros (escritórios).
 Logicamente que as situações mais preocupantes
ocorrem em ambientes térmicos frios e quentes ou
sobretudo quando as duas possibilidades existem
na mesma empresa ou no mesmo posto de trabalho
.
43
 StressTérmico
 Em geral está relacionado com o desconforto
do trabalhador em condições de trabalho em
que a temperatura ambiente é muito elevada,
podendo-se conjugar uma humidade baixa e
uma circulação de ar deficiente.
44
 Os sintomas de exposição a ambientes térmicos
hostis podem ser descritos por :
 AmbienteTérmicoQuente :
 Temperatura superficial da pele aumenta
(vasodilatação dos capilares, o indivíduo cora)
 Temperatura interna aumenta ligeiramente
 Sudação
 Mal estar generalizado
 Tonturas e desmaios
 Esgotamento e morte
45
 AmbientesTérmicos Frios :
 Frieiras, localizadas nos dedos das mãos e dos pés
 Alteração circulatória do sangue leva a que as
extremidades do corpo humano adquiram uma
coloração vermelho-azulada
 Pé-dasTrincheiras, surge em situações de grande
humidade, os pés ficam extremamente frios e com
cor violácea
 Enregelamento, é a congelação de tecidos devido a
exposição a temperaturas muito baixas ou por
contacto com superfícies muito frias
46
 As medidas a tomar para minimizar os efeitos do StressTérmico;
 Em primeiro lugar uma correcta dieta alimentar de modo a fortalecer
o organismo.
 Ingerir bastante água à temperatura ambiente. Não beber alcoól
 Evitar alimentação rica em gorduras visto que estas retêm os líquidos
no organismo, moderar o consumo de cafeína.
 Em situações de elevadas temperaturas, como por exemplo uma
siderurgia a água a ingerir deve conter uma pequena porção de sal de
modo a compensar as perdas devido á transpiração.
 Devem ser tomadas a nível de lay-Out medidas de ventilação.
 Implementar turnos com menor carga horária em situações onde
ocorre exposição a ambientes hostis.
 Contra o Calor Radiante - O uso de viseiras é essencial, pois a radiação
emitida por materiais em fusão levam ao surgimento de cataratas a
nível ocular. 47
RADIAÇÕES
48
 Qualquer um de nós já se submeteu a um exame de
raio X por indicação médica.
 Nada sentimos ou vemos sair do aparelho de raio X
ao fazermos esse exame. Porém, para executar a
radiografia, o equipamento liberta uma grande
carga de energia electromagnética não percebida
por nós.
 Essa radiação, em doses elevadas, é prejudicial ao
organismo humano, pois provoca alterações no
sistema de reprodução das células, ocasionando
doenças e, em alguns casos, a morte.
49
 Define-se radiação como um modo de propagação
de energia no espaço, sob a forma de ondas
electromagnéticas ou de particulas . Estas radiações
so podem ser detectadas e caracterizadas graças as
suas interacções com a materia na qual se
propagam.
 No decorrer dessas interacções, estas podem ceder
ao meio que atravessam a totalidade ou parte da
sua energia.
 O meio absorvente sofre modificações devido à
passagem destas radiações
50
 A classificação das radiações ionizantes e não
ionizantes baseia-se nos efeitos dessas radiações
sobre a materia:
 Radiação ionizante é aquela cuja energia é
suficiente para arrancar um electrão a um atomo do
meio absorvente transformando-o num ião positivo;
 Radiação não ionizante é aquela cuja energia é
insuficiente para provocar essa ionização
51
52
 Controlo de Exposição
 Para manter a exposição a um nivel baixo deve-se:
 Limitar o tempo de exposição
 Aumentar a distancia a fonte
 Utilizar uma blindagem
 Escolher uma fonte de fraca actividade
 A dose acumulada é directamente proporcional ao
tempo de exposição a essa radiação
 Preparação minuciosa do trabalho a executar, perfeita
coordenação dos intervenientes e treino ajudam a
diminuir esse tempo
53
ILUMINAÇÃO
54
55
 Cerca de 80% dos estimulos sensoriais são de
natureza optica. Os olhos desempenham papel
fundamental no controlo dos movimentos e
actividades do Homem.
 Uma iluminação adequada é pois uma condição
imprescindivel para a obtenção de um bom
ambiente de trabalho.
 A inobservancia deste ponto resulta em danos
visuais, menor produtividade e aumento do numero
de acidentes
56
 A partir de um determinado valor (optimo), que é
função da tarefa a executar, qualquer aumento do
nivel de iluminação será excessivo e
contraproducente.
 A iluminação ideal é a que é proporcionada pela luz
natural.
 A qualidade da iluminação artificial depende de:
 Da sua adequação ao tipo de actividade prevista
 Da limitação do encadeamento
 Da distribuição conveniente das lampadas
 Da harmonização da cor da luz com as cores
predominantes do local
57
 Grandezas fotométricas fundamentais:
1. Fluxo luminoso
Símbolo: ; unidade: Lúmen (lm)
É a quantidade total de luz emitida por fonte luminosa
2. Intensidade Luminosa
Símbolo: l; unidade: candela (cd)
É uma medida do fluxo luminoso emitido numa determinada
direcção. Ex: lâmpada de incandescência 100W : 120cd
58
 Grandezas fotométricas fundamentais:
3. Iluminância
Símbolo: E; unidade: lux (lx)
É uma medida do fluxo luminoso incidente por unidade de
superfície. Ex: dia de sol aberto ≈ 100000lx
4. Luminancia
Simbolo: L; unidade: candela por metro quadrado (cd.m-2)
É uma medida do brilho de uma superficie.
59
 Iluminação adequada
 Os valores recomendados para os diferentes ambientes
de trabalho e tarefas a executar oscilam entre 150 a 2000
lx.
 São valores bastante inferiores aos obtidos com luz
natural.
 Existem tabelas de valores de iluminancias para cada
tarefa e por ramo de actividade
 Determinar qual o nível de iluminância adequado a esse local.
 Calcular qual o nível de iluminância existente nesse local.
 Em caso do nível não ser adequado, aplicar medidas de
correcção
60
Iluminânciasrecomendadas para ambientes de trabalho
a. Minimo para locais de trabalho onde não se realizam
actividades
100 a 150 lx
b. Classe I
Tarefas visuais simples, que não exigem grande esforço
250 a 500 lx
c. Classe II
Observação continua de detalhes medios e finos
500 a 1000 lx
d. Classe III
Tarefas visuais continuas e precisas
1000 a 2000 lx
e. Classe IV
Trabalho visual muito preciso, exigindo grande esforço
Acima de 2000 lx
61
 A norma DIN 5032-2:1990 descreve detalhadamente os niveis
de iluminação mencionando exemplos de actividades
Nível Iluminância (lx) Actividade
1 15
2 30
Orientação, só estadias temporárias
3 60
4 120 Tarefas visuais ligeiras com
contrastes elevados
Trabalhosem armazéns, estaleiros, minas
5 250 Salas de espera, trabalhos de pintura e polimento
6 500 Tarefas visuais normais com detalhes
médios
Trabalhosem escritórios, processamento de dados, leitura
7 750 Tingimento de couro, rebarbagem de vidro
8 1000 Tarefas visuais exigentes com
pequenos detalhes
Desenho técnico, comparação de cores
9 1500 Montagem de pequenos elementos em electrónica
10 2000 Tarefas visuais muito exigentes com
detalhes muito pequenos
Montagem de componentes miniaturizados, trabalhos de
relojoaria,gravação
11 3000 Montagem fina, com tolerâncias muito apertadas
12 ≥ 5000 Casos especiais Salas de operações
62
 A norma ISO 8995:2002 apresenta requisitos
de iluminação interior de locais de trabalho
para diferentes tarefas ou actividades.
 Os valores são função das exigencias visuais
da tarefa, da experiencia prática e da
necessidade de uma utilização optima da
energia ao menor custo.
 Objectivos: desempenho visual satisfatório e
bem estar dos utilizadores.
63
 O cálculo do nível de iluminância do local pode ser
feito manualmente, através da recolha de valores
utilizando um luxímetro, ou pode ser feito
realizando uma simulação em programas de
computador que existem para esse efeito.
 Em caso de ser necessário realizar uma correcção, o
técnico pode intervir nas seguintes variáveis:
 Redistribuição dos pontos de luz existentes.
 Aumento do número de pontos de luz existentes.
 Aumento da potência das lâmpadas dos pontos de luz existentes.
 Substituição dos pontos de luz existentes por outros.
64
 http://ec.europa.eu/health-
eu/my_environment/physical_risks/index_pt.
htm
 Ruido: http://www.euro.who.int/en/what-we-
do/health-topics/environment-and-
health/noise
 Radiações electromagneticas:
http://www.who.int/peh-emf/en/
65

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  • 1. 1 ERNA 5ºANO 2013 Riscos num posto de trabalho RISCOS FISICOS
  • 2.  OBJECTIVOS  Apresentação dos riscos existentes num posto de trabalho 2
  • 3.  OS RISCOS QUE RODEIAM O POSTO DETRABALHO  Há vários factores de risco que afectam o trabalhador no desenvolvimento das suas tarefas diárias.  Alguns destes riscos atingem grupos específicos de profissionais , como é o caso, dos mergulhadores, que trabalham submetidos a altas pressões e a baixas temperaturas. Por esse facto, são obrigados a usar roupas especiais, para conservar a temperatura do corpo, e passam por cabines de compressão e descompressão, cada vez que mergulham ou sobem à superfície. 3
  • 4.  Estes factores dividem-se em dois grandes grupos:  factores de riscos ambientais  factores de risco operativos 4
  • 5. 5
  • 6.  O conjunto de elementos que temos à nossa volta, tais como as edificações, os equipamentos, os móveis, as condições de temperatura, de pressão, a humidade do ar, a iluminação, a organização, a limpeza e as próprias pessoas, fazem parte das condições de trabalho e constituem assim o que se designa por ambiente.  Nos locais de trabalho, a combinação de alguns desses elementos gera produtos e serviços. A todo esse conjunto de elementos e acções denominamos condições ambientais. 6
  • 7.  FACTORES DE RISCOS AMBIENTAIS  Todos que existem no ambiente de trabalho provocados por:  agentes físicos como o ruído, vibrações, temperatura, humidade, radiações, iluminação;  agentes químicos como as poeiras, gases, vapores, colorantes, solventes voláteis, agentes anti-rugas, agentes anti-micróbios, pesticidas;  por agentes biológicos como as bactérias, os fungos (parasitas) e bacilos.  Incluem-se neste grupo os riscos de origem ergonómica ou seja os relacionados posturas incorrectas, “lay out’s” mal concebidos, etc. 7
  • 8.  Os principais tipos de risco ambiental que afectam os trabalhadores de um modo geral, estão separados em :  Riscos físicos  Riscos químicos  Riscos Biológicos  Riscos Ergonómicos 8
  • 10.  RISCOS FÍSICOS  Todos nós, ao desenvolvermos o nosso trabalho, gastamos uma certa quantidade de energia para produzir um determinado resultado.  Em geral ,quando dispomos de boas as condições físicas do ambiente, como, por exemplo, o nível de ruído e a temperatura são aceitáveis, produzimos mais com menor esforço. 10
  • 11.  Mas, quando essas condições fogem muito aos nossos limites de tolerância, atinge-se facilmente o incómodo e a irritação determinando muitas vezes o aparecimento de cansaço, a queda de produção, falta de motivação e desconcentração  Por outras palavras, os factores físicos do ambiente de trabalho interferem directamente no desempenho de cada trabalhador e na produção obtida ,pelo que se justifica a sua analise com o maior cuidado. 11
  • 13.  Quando um de nós se encontra num ambiente de trabalho e não consegue ouvir perfeitamente a fala das pessoas no mesmo recinto , isso é uma primeira indicação de que o local é demasiado ruidoso.  Define-se o RUÍDO como todo som que causa sensação desagradável ao homem. 13
  • 14.  O ruido constitui uma causa de incomodo para o trabalho, um obstaculo as comunicações verbais e sonoras, podendo provocar fadiga geral e, em casos extremos, trauma auditivo e alterações fisiologicas extra auditivas.  As ondas sonoras podem transmitir-se da fonte ate ao ouvido, directa e indiretamente.  Quando o ruido atinge determinados niveis, o aparelho auditivo apresenta uma fadiga que, embora inicialmente seja susceptivel de recuperação pode, em casos de exposição prolongada a ruido intenso, transformar-se em surdez permanente devido a lesões irreversiveis do ouvido interno, como explosões ( superiores a 140 dB ). 14
  • 15.  Do ponto de vista fisico, pode definir-se o ruido como toda a vibração mecanica estatisticamente aleatória de um meio elastico.  As suas caracteristicas principais são o nivel sonoro e a frequencia (se se trata de um som puro) ou a composição ou espectro (se se trata de um som complexo). 15
  • 16. 16
  • 17. 17
  • 18.  LIMITES DE INTENSIDADE  Até 55 dB não causa nenhum problema;  De 56 dB a 75 dB podem incomodar, embora sem causar malefícios à saúde;  De 76dB a 85 dB podem afectar a saúde;  De 85 dB afectam a saúde, dependendo do tempo da exposição (por exemplo, uma pessoa que trabalha 8 horas por dia com Ruídos de 85 dB terá, fatalmente, após dois anos, problemas auditivos );  De 120 dB, além de lesarem o nervo auditivo, provocam, no mínimo, zumbido constante nos ouvidos, tonturas e aumento do nervosismo;  Acima de 140 dB podem destruir totalmente o tímpano, provocando o que se chama “estoiro do tímpano”, ou seja, surdez irreversível. 18
  • 19.  O orgão da audição divide-se em tres partes: ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno.  Do ponto de vista funcional, o ouvido externo e médio estão associados com vista a recepção dos sons e transformação de energia acustica em energia mecanica.  O ouvido interno transforma esta energia numa serie de impulsos nervosos que vão representar os fenomenos acusticos. 19
  • 20.  O ruído é pois um agente físico que pode afectar de modo significativo a qualidade de vida.  Mede-se o ruído utilizando um instrumento denominado medidor de pressão sonora ou sonometro, e a unidade usada como medida é o decibel ou abreviadamente dB. 20
  • 21. Para 8 horas diárias de trabalho, o limite máximo de ruído estabelecido é de 85 decibéis. O ruído emitido por uma britadeira é equivalente a 100 decibéis. O limite máximo de exposição contínua do trabalhador a esse ruído, sem protecção auditiva, é de 1 hora. 21
  • 22.  Sem medidas de controlo ou protecção , o excesso de intensidade do ruído, acaba por afectar o cérebro e o sistema nervoso .  Em condições de exposição prolongada ao ruído por parte do aparelho auditivo, os efeitos podem resultar na surdez profissional cuja cura é impossível, deixando o trabalhador com dificuldades para se relacionar com os colegas e família , assim como dificuldades acrescidas em se aperceber da movimentação de veículos ou máquinas , agravando as suas condições de risco por acidente físico. 22
  • 23.  Controlo do Ruido 1. Medidas Organizacionais As medidas administrativas ou organizacionais tem em vista a redução dos niveis sonoros ou do tempo de exposição  Planificação da produção com vista à eliminação de postos de trabalho sujeitos a elevados niveis sonoros  Adopção de uma politica de aquisição de equipamentos em que o factor nivel sonoro seja considerado  Rotação periodica de pessoal exposto  Realização de trabalhos ruidosos em horas com menor numero de trabalhadores expostos 23
  • 24.  Controlo do Ruido 2. Medidas Organizacionais A) Actuação sobre a fonte produtora de ruido - Método mais eficaz de controlo do ruido é a actuação sobre a fonte produtora de ruido - Substituir a actividade ruidosa por outra equivalente do ponto de vista tecnico, mas menos ruidosa B) Actuação sobre as vias de propagação Controlar o ruido na trajectória de propagação a) isolamento antivibratil b) encapsulamento c) paineis antirruido d) tratamento acustico das superficies e) cabinas 24
  • 25.  Legislação Aplicável  DL 182/2006 (1) de 6 setembro, estabelece valores-limite e de acção para exposição pessoal diária de um trabalhador e nivel de pressão sonora de pico.  Valores Limite de Exposição  LEX,8h = 87 dB (A)  LC, pico = 140 dB (C), equivalente a Ppico = 200Pa 25 (1)- transpõe a Directiva nº 2003/10/CE do Parlamento Europeu e do Conselho Valores de Acção Inferiores LEX,8h = 80 dB (A) LC, pico = 135 dB (C), equivalente a Ppico = 112Pa Superiores LEX,8h = 85 dB (A) LC, pico = 137 dB (C), equivalente a Ppico = 140Pa
  • 26.  A determinação da exposição efectiva do trabalhador ao ruido para aplicação do valor-limite de exposição deve ter em conta a atenuação do ruido proporcionada pelos protectores auditivos  Os valores de acção não devem ter em conta os efeitos decorrentes da utilização de protectores auditivos.  Em determinadas circunstancias pode ser usado o nivel de exposição semanal, em vez do diario, desde que oVLE de 87 db(A) não seja excedido e sejam adoptadas medidas apropriadas para reduzir substancialmente o risco  Nivel de Exposição diária e semanal definidas ISO 1999:1990 26
  • 27. 27  Se os riscos decorrentes da exposição ao ruido não puderem ser prevenidos por outros meios, devem ser facultados aos trabalhadores protectores individuais auditivos adequados.  Normas Ruido  DL 182/2006
  • 29.  As vibrações caracterizam-se pela sua amplitude e frequência.Apresentam geralmente baixas frequências e conduzem-se por materiais sólidos  Exprimem-se em m/s 2 ou em dB.  Consoante a posição do corpo humano, (de pé, sentado ou deitado), a sua resposta às vibrações será diferente sendo igualmente Importante o ponto de aplicação da força vibratória. 29
  • 30.  As fontes mais comuns de vibração são: impacto de martelos e prensas, máquinas mal ajustadas, motores a dois tempos…  A vibração está normalmente associada a desequilíbrios, tolerâncias e/ou folgas das partes constituintes da máquina e sempre que a/o trabalhador está em contacto com esta as vibrações transmitem-se ao corpo da/o trabalhador através dos seus membros.  Assim deve-se fazer sempre os possíveis por controlar as vibrações produzidas por um equipamento através da redução das vibrações na fonte, do controlo da transmissão das vibrações e da protecção da/o trabalhador. 30
  • 31.  Exemplos de sistema mão-braço 31
  • 32.  Sistema corpo inteiro  São transmitidas através dos pés de uma pessoa em pé, através das nádegas quando sentada ou através da área de suporte de uma pessoa prostrada 32
  • 33.  Os efeitos no homem das forças vibratórias podem ser resumidos nos seguintes casos :  Frequência entre 8 e 1000 Hz;  O uso prolongado de martelos pneumáticos ou motosserras, conduz a complicações nos vasos sanguíneos e articulações e á diminuição na circulação sanguínea, Estas lesões podem ser permanentes.  Frequência acima de 1000 Hz;  O efeito restringe-se a nível da epiderme (danos em células e efeitos térmicos). Com o passar do tempo, afecções a nível das articulações e da coluna 33
  • 34. 34 Efeitos (Sintomas) Gama Frequencia (Hz) Sensação geral de desconforto 4-9 Sensações na cabeça 13-20 Sensações no maxilar inferior 6-8 Sensação na garganta 12-16 Dores no peito 5-7 Dores abdominais 4-10 Urgencia em urinar e defecar 10-18 Aumento do tonus muscular 13-20 Alterações do sistema cardiovascular 13-20 Aumento do ritmo respiratório 4-8 Contracções musculares 4-9 Efeitos das vibrações em diferentes gamas de frequencias
  • 35.  A maior parte das afecções causadas pelas vibrações, quer do ponto de vista fisiologico quer do ponto de vista psicologico situa- se entre os 4 e 20 Hz  Exemplos práticos:  Automóvel que passa lomba no asfalto; Alta Amplitude; Baixa Frequência  Automóvel em piso de paralelo; BaixaAmplitude;Alta Frequência  Barco à deriva; AltaAmplitude; Baixa Frequência  Barco a motor; BaixaAmplitude;Alta Frequência  Em geral, as massas pequenas estão mais sujeitas a altas- frequências.As massas grandes, às baixas frequências. 35
  • 36.  PRINCIPAIS RISCOS  Perturbações neurológicas ou musculares, vasculares e lesões osteo-articulares, no caso das vibrações transmitidas ao sistema mão-braço  Problemas vasculares conhecidos  Síndroma dos dedos brancos  Síndroma de Raynaud  Doença traumática dos vasos sanguíneos  Patologias na região lombar e lesões da coluna vertebral, para o caso das vibrações transmitidas ao corpo inteiro  Lombalgias  Traumatismos da coluna vertebral 36
  • 37.  Legislação aplicável  O Decreto-Lei nº 46/2006(1) estabelece osVLE e os valores de acção de exposição a vibrações transmitidas ao sistema mão-braço e ao corpo inteiro  Vibrações transmitidas ao sistema mão-braço  Valor limite exposição: 5m/s2  Valor de acção de exposição: 2,5m/s2  Vibrações transmitidas ao corpo inteiro  Valor limite exposição: 1,15m/s2  Valor de acção de exposição: 0,5m/s2 37(1)- transpõe a Directiva nº 2002/44/CE do Parlamento Europeu e do Conselho
  • 39.  Frio ou calor em excesso, ou a brusca mudança de um ambiente quente para um ambiente frio ou vice-versa, também são prejudiciais à saúde.  Nos ambientes onde há a necessidade do uso de fornos, maçaricos etc., ou pelo tipo de material utilizado e características das construções (insuficiência de janelas, portas ou outras aberturas necessárias a uma boa ventilação), toda essa combinação pode gerar alta temperatura prejudicial à saúde do trabalhador.  A sensação de calor que sentimos é proveniente da temperatura resultante existente no local e do esforço físico que fazemos para executar um trabalho. 39
  • 40.  O desconforto térmico (demasiado calor ou demasiado frio) provoca nas/os trabalhadores várias reacções:  como sudação demasiada, mal estar generalizado, tonturas, desmaios, esgotamento… nos ambientes térmicos demasiado quentes;  e frieiras, alterações circulatórias com efeitos sobretudo nas extremidades do corpo, arrefecimento excessivo dos pés, enregelamento… nos ambientes térmicos frios. 40
  • 41.  As empresas devem tomar medidas para proporcionar condições ambientais segundo as normas aconselhadas em termos de temperatura (a ideal situa-se entre 21 e 26 graus centigrados), de humidade (entre 55% a 65%) e de velocidade do ar (cerca de 0,12 m/s). 41
  • 42.  A temperatura resultante é função dos seguintes factores:  humidade relativa do ar  velocidade e temperatura do ar  calor radiante (produzido por fontes de calor do ambiente, como fornos e maçaricos.  A unidade de medida da temperatura adoptada é o grau Celsius, abreviadamente ºC.  De um modo geral, a temperatura ideal situa-se entre 21ºC e 26 ºC enquanto a humidade relativa do ar deve estar entre 55% a 65%, e a velocidade do ar deve ser cerca de 0,12 m/s. 42
  • 43.  Os ambientes térmicos podem ser classificados como :  Quentes (Fundições, Cerâmicas , Padarias),  Frios (armazéns frigoríficos, actividades piscatórias)  Neutros (escritórios).  Logicamente que as situações mais preocupantes ocorrem em ambientes térmicos frios e quentes ou sobretudo quando as duas possibilidades existem na mesma empresa ou no mesmo posto de trabalho . 43
  • 44.  StressTérmico  Em geral está relacionado com o desconforto do trabalhador em condições de trabalho em que a temperatura ambiente é muito elevada, podendo-se conjugar uma humidade baixa e uma circulação de ar deficiente. 44
  • 45.  Os sintomas de exposição a ambientes térmicos hostis podem ser descritos por :  AmbienteTérmicoQuente :  Temperatura superficial da pele aumenta (vasodilatação dos capilares, o indivíduo cora)  Temperatura interna aumenta ligeiramente  Sudação  Mal estar generalizado  Tonturas e desmaios  Esgotamento e morte 45
  • 46.  AmbientesTérmicos Frios :  Frieiras, localizadas nos dedos das mãos e dos pés  Alteração circulatória do sangue leva a que as extremidades do corpo humano adquiram uma coloração vermelho-azulada  Pé-dasTrincheiras, surge em situações de grande humidade, os pés ficam extremamente frios e com cor violácea  Enregelamento, é a congelação de tecidos devido a exposição a temperaturas muito baixas ou por contacto com superfícies muito frias 46
  • 47.  As medidas a tomar para minimizar os efeitos do StressTérmico;  Em primeiro lugar uma correcta dieta alimentar de modo a fortalecer o organismo.  Ingerir bastante água à temperatura ambiente. Não beber alcoól  Evitar alimentação rica em gorduras visto que estas retêm os líquidos no organismo, moderar o consumo de cafeína.  Em situações de elevadas temperaturas, como por exemplo uma siderurgia a água a ingerir deve conter uma pequena porção de sal de modo a compensar as perdas devido á transpiração.  Devem ser tomadas a nível de lay-Out medidas de ventilação.  Implementar turnos com menor carga horária em situações onde ocorre exposição a ambientes hostis.  Contra o Calor Radiante - O uso de viseiras é essencial, pois a radiação emitida por materiais em fusão levam ao surgimento de cataratas a nível ocular. 47
  • 49.  Qualquer um de nós já se submeteu a um exame de raio X por indicação médica.  Nada sentimos ou vemos sair do aparelho de raio X ao fazermos esse exame. Porém, para executar a radiografia, o equipamento liberta uma grande carga de energia electromagnética não percebida por nós.  Essa radiação, em doses elevadas, é prejudicial ao organismo humano, pois provoca alterações no sistema de reprodução das células, ocasionando doenças e, em alguns casos, a morte. 49
  • 50.  Define-se radiação como um modo de propagação de energia no espaço, sob a forma de ondas electromagnéticas ou de particulas . Estas radiações so podem ser detectadas e caracterizadas graças as suas interacções com a materia na qual se propagam.  No decorrer dessas interacções, estas podem ceder ao meio que atravessam a totalidade ou parte da sua energia.  O meio absorvente sofre modificações devido à passagem destas radiações 50
  • 51.  A classificação das radiações ionizantes e não ionizantes baseia-se nos efeitos dessas radiações sobre a materia:  Radiação ionizante é aquela cuja energia é suficiente para arrancar um electrão a um atomo do meio absorvente transformando-o num ião positivo;  Radiação não ionizante é aquela cuja energia é insuficiente para provocar essa ionização 51
  • 52. 52
  • 53.  Controlo de Exposição  Para manter a exposição a um nivel baixo deve-se:  Limitar o tempo de exposição  Aumentar a distancia a fonte  Utilizar uma blindagem  Escolher uma fonte de fraca actividade  A dose acumulada é directamente proporcional ao tempo de exposição a essa radiação  Preparação minuciosa do trabalho a executar, perfeita coordenação dos intervenientes e treino ajudam a diminuir esse tempo 53
  • 55. 55  Cerca de 80% dos estimulos sensoriais são de natureza optica. Os olhos desempenham papel fundamental no controlo dos movimentos e actividades do Homem.  Uma iluminação adequada é pois uma condição imprescindivel para a obtenção de um bom ambiente de trabalho.  A inobservancia deste ponto resulta em danos visuais, menor produtividade e aumento do numero de acidentes
  • 56. 56  A partir de um determinado valor (optimo), que é função da tarefa a executar, qualquer aumento do nivel de iluminação será excessivo e contraproducente.  A iluminação ideal é a que é proporcionada pela luz natural.  A qualidade da iluminação artificial depende de:  Da sua adequação ao tipo de actividade prevista  Da limitação do encadeamento  Da distribuição conveniente das lampadas  Da harmonização da cor da luz com as cores predominantes do local
  • 57. 57  Grandezas fotométricas fundamentais: 1. Fluxo luminoso Símbolo: ; unidade: Lúmen (lm) É a quantidade total de luz emitida por fonte luminosa 2. Intensidade Luminosa Símbolo: l; unidade: candela (cd) É uma medida do fluxo luminoso emitido numa determinada direcção. Ex: lâmpada de incandescência 100W : 120cd
  • 58. 58  Grandezas fotométricas fundamentais: 3. Iluminância Símbolo: E; unidade: lux (lx) É uma medida do fluxo luminoso incidente por unidade de superfície. Ex: dia de sol aberto ≈ 100000lx 4. Luminancia Simbolo: L; unidade: candela por metro quadrado (cd.m-2) É uma medida do brilho de uma superficie.
  • 59. 59  Iluminação adequada  Os valores recomendados para os diferentes ambientes de trabalho e tarefas a executar oscilam entre 150 a 2000 lx.  São valores bastante inferiores aos obtidos com luz natural.  Existem tabelas de valores de iluminancias para cada tarefa e por ramo de actividade  Determinar qual o nível de iluminância adequado a esse local.  Calcular qual o nível de iluminância existente nesse local.  Em caso do nível não ser adequado, aplicar medidas de correcção
  • 60. 60 Iluminânciasrecomendadas para ambientes de trabalho a. Minimo para locais de trabalho onde não se realizam actividades 100 a 150 lx b. Classe I Tarefas visuais simples, que não exigem grande esforço 250 a 500 lx c. Classe II Observação continua de detalhes medios e finos 500 a 1000 lx d. Classe III Tarefas visuais continuas e precisas 1000 a 2000 lx e. Classe IV Trabalho visual muito preciso, exigindo grande esforço Acima de 2000 lx
  • 61. 61  A norma DIN 5032-2:1990 descreve detalhadamente os niveis de iluminação mencionando exemplos de actividades Nível Iluminância (lx) Actividade 1 15 2 30 Orientação, só estadias temporárias 3 60 4 120 Tarefas visuais ligeiras com contrastes elevados Trabalhosem armazéns, estaleiros, minas 5 250 Salas de espera, trabalhos de pintura e polimento 6 500 Tarefas visuais normais com detalhes médios Trabalhosem escritórios, processamento de dados, leitura 7 750 Tingimento de couro, rebarbagem de vidro 8 1000 Tarefas visuais exigentes com pequenos detalhes Desenho técnico, comparação de cores 9 1500 Montagem de pequenos elementos em electrónica 10 2000 Tarefas visuais muito exigentes com detalhes muito pequenos Montagem de componentes miniaturizados, trabalhos de relojoaria,gravação 11 3000 Montagem fina, com tolerâncias muito apertadas 12 ≥ 5000 Casos especiais Salas de operações
  • 62. 62  A norma ISO 8995:2002 apresenta requisitos de iluminação interior de locais de trabalho para diferentes tarefas ou actividades.  Os valores são função das exigencias visuais da tarefa, da experiencia prática e da necessidade de uma utilização optima da energia ao menor custo.  Objectivos: desempenho visual satisfatório e bem estar dos utilizadores.
  • 63. 63  O cálculo do nível de iluminância do local pode ser feito manualmente, através da recolha de valores utilizando um luxímetro, ou pode ser feito realizando uma simulação em programas de computador que existem para esse efeito.  Em caso de ser necessário realizar uma correcção, o técnico pode intervir nas seguintes variáveis:  Redistribuição dos pontos de luz existentes.  Aumento do número de pontos de luz existentes.  Aumento da potência das lâmpadas dos pontos de luz existentes.  Substituição dos pontos de luz existentes por outros.
  • 64. 64
  • 65.  http://ec.europa.eu/health- eu/my_environment/physical_risks/index_pt. htm  Ruido: http://www.euro.who.int/en/what-we- do/health-topics/environment-and- health/noise  Radiações electromagneticas: http://www.who.int/peh-emf/en/ 65