3. OS RISCOS QUE RODEIAM O POSTO DETRABALHO
Há vários factores de risco que afectam o trabalhador no
desenvolvimento das suas tarefas diárias.
Alguns destes riscos atingem grupos específicos de
profissionais , como é o caso, dos mergulhadores, que
trabalham submetidos a altas pressões e a baixas
temperaturas. Por esse facto, são obrigados a usar roupas
especiais, para conservar a temperatura do corpo, e passam
por cabines de compressão e descompressão, cada vez que
mergulham ou sobem à superfície.
3
4. Estes factores dividem-se em dois grandes
grupos:
factores de riscos ambientais
factores de risco operativos
4
6. O conjunto de elementos que temos à nossa volta,
tais como as edificações, os equipamentos, os
móveis, as condições de temperatura, de pressão, a
humidade do ar, a iluminação, a organização, a
limpeza e as próprias pessoas, fazem parte das
condições de trabalho e constituem assim o que se
designa por ambiente.
Nos locais de trabalho, a combinação de alguns
desses elementos gera produtos e serviços. A todo
esse conjunto de elementos e acções denominamos
condições ambientais. 6
7. FACTORES DE RISCOS AMBIENTAIS
Todos que existem no ambiente de trabalho provocados por:
agentes físicos como o ruído, vibrações, temperatura,
humidade, radiações, iluminação;
agentes químicos como as poeiras, gases, vapores, colorantes,
solventes voláteis, agentes anti-rugas, agentes anti-micróbios,
pesticidas;
por agentes biológicos como as bactérias, os fungos
(parasitas) e bacilos.
Incluem-se neste grupo os riscos de origem ergonómica ou
seja os relacionados posturas incorrectas, “lay out’s” mal
concebidos, etc.
7
8. Os principais tipos de risco ambiental que
afectam os trabalhadores de um modo geral,
estão separados em :
Riscos físicos
Riscos químicos
Riscos Biológicos
Riscos Ergonómicos
8
10. RISCOS FÍSICOS
Todos nós, ao desenvolvermos o nosso trabalho, gastamos
uma certa quantidade de energia para produzir um
determinado resultado.
Em geral ,quando dispomos de boas as condições físicas do
ambiente, como, por exemplo, o nível de ruído e a
temperatura são aceitáveis, produzimos mais com menor
esforço.
10
11. Mas, quando essas condições fogem muito aos
nossos limites de tolerância, atinge-se facilmente o
incómodo e a irritação determinando muitas vezes
o aparecimento de cansaço, a queda de produção,
falta de motivação e desconcentração
Por outras palavras, os factores físicos do ambiente
de trabalho interferem directamente no
desempenho de cada trabalhador e na produção
obtida ,pelo que se justifica a sua analise com o
maior cuidado.
11
13. Quando um de nós se encontra num ambiente de
trabalho e não consegue ouvir perfeitamente a fala
das pessoas no mesmo recinto , isso é uma primeira
indicação de que o local é demasiado ruidoso.
Define-se o RUÍDO como todo som que causa
sensação desagradável ao homem.
13
14. O ruido constitui uma causa de incomodo para o trabalho,
um obstaculo as comunicações verbais e sonoras, podendo
provocar fadiga geral e, em casos extremos, trauma auditivo
e alterações fisiologicas extra auditivas.
As ondas sonoras podem transmitir-se da fonte ate ao
ouvido, directa e indiretamente.
Quando o ruido atinge determinados niveis, o aparelho
auditivo apresenta uma fadiga que, embora inicialmente
seja susceptivel de recuperação pode, em casos de exposição
prolongada a ruido intenso, transformar-se em surdez
permanente devido a lesões irreversiveis do ouvido interno,
como explosões ( superiores a 140 dB ).
14
15. Do ponto de vista fisico, pode definir-se o
ruido como toda a vibração mecanica
estatisticamente aleatória de um meio
elastico.
As suas caracteristicas principais são o nivel
sonoro e a frequencia (se se trata de um som
puro) ou a composição ou espectro (se se
trata de um som complexo).
15
18. LIMITES DE INTENSIDADE
Até 55 dB não causa nenhum problema;
De 56 dB a 75 dB podem incomodar, embora sem causar
malefícios à saúde;
De 76dB a 85 dB podem afectar a saúde;
De 85 dB afectam a saúde, dependendo do tempo da exposição
(por exemplo, uma pessoa que trabalha 8 horas por dia com
Ruídos de 85 dB terá, fatalmente, após dois anos, problemas
auditivos );
De 120 dB, além de lesarem o nervo auditivo, provocam, no
mínimo, zumbido constante nos ouvidos, tonturas e aumento do
nervosismo;
Acima de 140 dB podem destruir totalmente o tímpano,
provocando o que se chama “estoiro do tímpano”, ou seja, surdez
irreversível.
18
19. O orgão da audição divide-se em
tres partes: ouvido externo,
ouvido médio e ouvido interno.
Do ponto de vista funcional, o
ouvido externo e médio estão
associados com vista a recepção
dos sons e transformação de
energia acustica em energia
mecanica.
O ouvido interno transforma esta
energia numa serie de impulsos
nervosos que vão representar os
fenomenos acusticos.
19
20. O ruído é pois um agente físico que pode afectar de
modo significativo a qualidade de vida.
Mede-se o ruído utilizando um
instrumento denominado medidor de
pressão sonora ou sonometro, e a
unidade usada como medida é o decibel
ou abreviadamente dB.
20
21. Para 8 horas diárias de trabalho, o limite máximo
de ruído estabelecido é de 85 decibéis.
O ruído emitido por uma britadeira é equivalente a
100 decibéis.
O limite máximo de exposição contínua do
trabalhador a esse ruído, sem protecção auditiva, é
de 1 hora.
21
22. Sem medidas de controlo ou protecção , o excesso
de intensidade do ruído, acaba por afectar o cérebro
e o sistema nervoso .
Em condições de exposição prolongada ao ruído por
parte do aparelho auditivo, os efeitos podem
resultar na surdez profissional cuja cura é
impossível, deixando o trabalhador com
dificuldades para se relacionar com os colegas e
família , assim como dificuldades acrescidas em se
aperceber da movimentação de veículos ou
máquinas , agravando as suas condições de risco
por acidente físico. 22
23. Controlo do Ruido
1. Medidas Organizacionais
As medidas administrativas ou organizacionais tem em vista a
redução dos niveis sonoros ou do tempo de exposição
Planificação da produção com vista à eliminação de postos
de trabalho sujeitos a elevados niveis sonoros
Adopção de uma politica de aquisição de equipamentos em
que o factor nivel sonoro seja considerado
Rotação periodica de pessoal exposto
Realização de trabalhos ruidosos em horas com menor
numero de trabalhadores expostos
23
24. Controlo do Ruido
2. Medidas Organizacionais
A) Actuação sobre a fonte produtora de ruido
- Método mais eficaz de controlo do ruido é a actuação sobre a fonte
produtora de ruido
- Substituir a actividade ruidosa por outra equivalente do ponto de
vista tecnico, mas menos ruidosa
B) Actuação sobre as vias de propagação
Controlar o ruido na trajectória de propagação
a) isolamento antivibratil
b) encapsulamento
c) paineis antirruido
d) tratamento acustico das superficies
e) cabinas 24
25. Legislação Aplicável
DL 182/2006 (1) de 6 setembro, estabelece valores-limite e de
acção para exposição pessoal diária de um trabalhador e
nivel de pressão sonora de pico.
Valores Limite de Exposição
LEX,8h = 87 dB (A)
LC, pico = 140 dB (C), equivalente a Ppico = 200Pa
25
(1)- transpõe a Directiva nº 2003/10/CE do Parlamento Europeu e do Conselho
Valores de Acção
Inferiores
LEX,8h = 80 dB (A)
LC, pico = 135 dB (C), equivalente a Ppico = 112Pa
Superiores
LEX,8h = 85 dB (A)
LC, pico = 137 dB (C), equivalente a Ppico = 140Pa
26. A determinação da exposição efectiva do trabalhador ao
ruido para aplicação do valor-limite de exposição deve ter
em conta a atenuação do ruido proporcionada pelos
protectores auditivos
Os valores de acção não devem ter em conta os efeitos
decorrentes da utilização de protectores auditivos.
Em determinadas circunstancias pode ser usado o nivel de
exposição semanal, em vez do diario, desde que oVLE de 87
db(A) não seja excedido e sejam adoptadas medidas
apropriadas para reduzir substancialmente o risco
Nivel de Exposição diária e semanal definidas ISO 1999:1990
26
27. 27
Se os riscos decorrentes da exposição ao
ruido não puderem ser prevenidos por outros
meios, devem ser facultados aos
trabalhadores protectores individuais
auditivos adequados.
Normas Ruido
DL 182/2006
29. As vibrações caracterizam-se pela sua amplitude e
frequência.Apresentam geralmente baixas
frequências e conduzem-se por materiais sólidos
Exprimem-se em m/s 2 ou em dB.
Consoante a posição do corpo humano, (de pé,
sentado ou deitado), a sua resposta às vibrações
será diferente sendo igualmente Importante o
ponto de aplicação da força vibratória.
29
30. As fontes mais comuns de vibração são: impacto de martelos
e prensas, máquinas mal ajustadas, motores a dois tempos…
A vibração está normalmente associada a desequilíbrios,
tolerâncias e/ou folgas das partes constituintes da máquina e
sempre que a/o trabalhador está em contacto com esta as
vibrações transmitem-se ao corpo da/o trabalhador através
dos seus membros.
Assim deve-se fazer sempre os possíveis por controlar as
vibrações produzidas por um equipamento através da
redução das vibrações na fonte, do controlo da transmissão
das vibrações e da protecção da/o trabalhador.
30
32. Sistema corpo inteiro
São transmitidas através dos pés de uma pessoa em pé,
através das nádegas quando sentada ou através da área de
suporte de uma pessoa prostrada
32
33. Os efeitos no homem das forças vibratórias podem ser
resumidos nos seguintes casos :
Frequência entre 8 e 1000 Hz;
O uso prolongado de martelos pneumáticos ou motosserras,
conduz a complicações nos vasos sanguíneos e articulações e
á diminuição na circulação sanguínea, Estas lesões podem
ser permanentes.
Frequência acima de 1000 Hz;
O efeito restringe-se a nível da epiderme (danos em células e
efeitos térmicos). Com o passar do tempo, afecções a nível
das articulações e da coluna
33
34. 34
Efeitos (Sintomas) Gama Frequencia (Hz)
Sensação geral de desconforto 4-9
Sensações na cabeça 13-20
Sensações no maxilar inferior 6-8
Sensação na garganta 12-16
Dores no peito 5-7
Dores abdominais 4-10
Urgencia em urinar e defecar 10-18
Aumento do tonus muscular 13-20
Alterações do sistema cardiovascular 13-20
Aumento do ritmo respiratório 4-8
Contracções musculares 4-9
Efeitos das vibrações em diferentes gamas de frequencias
35. A maior parte das afecções causadas pelas vibrações, quer do
ponto de vista fisiologico quer do ponto de vista psicologico situa-
se entre os 4 e 20 Hz
Exemplos práticos:
Automóvel que passa lomba no asfalto;
Alta Amplitude; Baixa Frequência
Automóvel em piso de paralelo;
BaixaAmplitude;Alta Frequência
Barco à deriva;
AltaAmplitude; Baixa Frequência
Barco a motor;
BaixaAmplitude;Alta Frequência
Em geral, as massas pequenas estão mais sujeitas a altas-
frequências.As massas grandes, às baixas frequências.
35
36. PRINCIPAIS RISCOS
Perturbações neurológicas ou musculares, vasculares e
lesões osteo-articulares, no caso das vibrações transmitidas
ao sistema mão-braço
Problemas vasculares conhecidos
Síndroma dos dedos brancos
Síndroma de Raynaud
Doença traumática dos vasos sanguíneos
Patologias na região lombar e lesões da coluna vertebral,
para o caso das vibrações transmitidas ao corpo inteiro
Lombalgias
Traumatismos da coluna vertebral
36
37. Legislação aplicável
O Decreto-Lei nº 46/2006(1) estabelece osVLE e os
valores de acção de exposição a vibrações
transmitidas ao sistema mão-braço e ao corpo
inteiro
Vibrações transmitidas ao sistema mão-braço
Valor limite exposição: 5m/s2
Valor de acção de exposição: 2,5m/s2
Vibrações transmitidas ao corpo inteiro
Valor limite exposição: 1,15m/s2
Valor de acção de exposição: 0,5m/s2
37(1)- transpõe a Directiva nº 2002/44/CE do Parlamento Europeu e do Conselho
39. Frio ou calor em excesso, ou a brusca mudança de um
ambiente quente para um ambiente frio ou vice-versa,
também são prejudiciais à saúde.
Nos ambientes onde há a necessidade do uso de fornos,
maçaricos etc., ou pelo tipo de material utilizado e
características das construções (insuficiência de janelas,
portas ou outras aberturas necessárias a uma boa
ventilação), toda essa combinação pode gerar alta
temperatura prejudicial à saúde do trabalhador.
A sensação de calor que sentimos é proveniente da
temperatura resultante existente no local e do esforço físico
que fazemos para executar um trabalho. 39
40. O desconforto térmico (demasiado calor ou
demasiado frio) provoca nas/os trabalhadores várias
reacções:
como sudação demasiada, mal estar generalizado,
tonturas, desmaios, esgotamento… nos ambientes
térmicos demasiado quentes;
e frieiras, alterações circulatórias com efeitos
sobretudo nas extremidades do corpo,
arrefecimento excessivo dos pés, enregelamento…
nos ambientes térmicos frios.
40
41. As empresas devem tomar medidas para
proporcionar condições ambientais segundo
as normas aconselhadas em termos de
temperatura (a ideal situa-se entre 21 e 26
graus centigrados), de humidade (entre 55%
a 65%) e de velocidade do ar (cerca de 0,12
m/s).
41
42. A temperatura resultante é função dos seguintes factores:
humidade relativa do ar
velocidade e temperatura do ar
calor radiante (produzido por fontes de calor do ambiente,
como fornos e maçaricos.
A unidade de medida da temperatura adoptada é o grau
Celsius, abreviadamente ºC.
De um modo geral, a temperatura ideal situa-se entre 21ºC
e 26 ºC enquanto a humidade relativa do ar deve estar entre
55% a 65%, e a velocidade do ar deve ser cerca de 0,12 m/s.
42
43. Os ambientes térmicos podem ser classificados
como :
Quentes (Fundições, Cerâmicas , Padarias),
Frios (armazéns frigoríficos, actividades piscatórias)
Neutros (escritórios).
Logicamente que as situações mais preocupantes
ocorrem em ambientes térmicos frios e quentes ou
sobretudo quando as duas possibilidades existem
na mesma empresa ou no mesmo posto de trabalho
.
43
44. StressTérmico
Em geral está relacionado com o desconforto
do trabalhador em condições de trabalho em
que a temperatura ambiente é muito elevada,
podendo-se conjugar uma humidade baixa e
uma circulação de ar deficiente.
44
45. Os sintomas de exposição a ambientes térmicos
hostis podem ser descritos por :
AmbienteTérmicoQuente :
Temperatura superficial da pele aumenta
(vasodilatação dos capilares, o indivíduo cora)
Temperatura interna aumenta ligeiramente
Sudação
Mal estar generalizado
Tonturas e desmaios
Esgotamento e morte
45
46. AmbientesTérmicos Frios :
Frieiras, localizadas nos dedos das mãos e dos pés
Alteração circulatória do sangue leva a que as
extremidades do corpo humano adquiram uma
coloração vermelho-azulada
Pé-dasTrincheiras, surge em situações de grande
humidade, os pés ficam extremamente frios e com
cor violácea
Enregelamento, é a congelação de tecidos devido a
exposição a temperaturas muito baixas ou por
contacto com superfícies muito frias
46
47. As medidas a tomar para minimizar os efeitos do StressTérmico;
Em primeiro lugar uma correcta dieta alimentar de modo a fortalecer
o organismo.
Ingerir bastante água à temperatura ambiente. Não beber alcoól
Evitar alimentação rica em gorduras visto que estas retêm os líquidos
no organismo, moderar o consumo de cafeína.
Em situações de elevadas temperaturas, como por exemplo uma
siderurgia a água a ingerir deve conter uma pequena porção de sal de
modo a compensar as perdas devido á transpiração.
Devem ser tomadas a nível de lay-Out medidas de ventilação.
Implementar turnos com menor carga horária em situações onde
ocorre exposição a ambientes hostis.
Contra o Calor Radiante - O uso de viseiras é essencial, pois a radiação
emitida por materiais em fusão levam ao surgimento de cataratas a
nível ocular. 47
49. Qualquer um de nós já se submeteu a um exame de
raio X por indicação médica.
Nada sentimos ou vemos sair do aparelho de raio X
ao fazermos esse exame. Porém, para executar a
radiografia, o equipamento liberta uma grande
carga de energia electromagnética não percebida
por nós.
Essa radiação, em doses elevadas, é prejudicial ao
organismo humano, pois provoca alterações no
sistema de reprodução das células, ocasionando
doenças e, em alguns casos, a morte.
49
50. Define-se radiação como um modo de propagação
de energia no espaço, sob a forma de ondas
electromagnéticas ou de particulas . Estas radiações
so podem ser detectadas e caracterizadas graças as
suas interacções com a materia na qual se
propagam.
No decorrer dessas interacções, estas podem ceder
ao meio que atravessam a totalidade ou parte da
sua energia.
O meio absorvente sofre modificações devido à
passagem destas radiações
50
51. A classificação das radiações ionizantes e não
ionizantes baseia-se nos efeitos dessas radiações
sobre a materia:
Radiação ionizante é aquela cuja energia é
suficiente para arrancar um electrão a um atomo do
meio absorvente transformando-o num ião positivo;
Radiação não ionizante é aquela cuja energia é
insuficiente para provocar essa ionização
51
53. Controlo de Exposição
Para manter a exposição a um nivel baixo deve-se:
Limitar o tempo de exposição
Aumentar a distancia a fonte
Utilizar uma blindagem
Escolher uma fonte de fraca actividade
A dose acumulada é directamente proporcional ao
tempo de exposição a essa radiação
Preparação minuciosa do trabalho a executar, perfeita
coordenação dos intervenientes e treino ajudam a
diminuir esse tempo
53
55. 55
Cerca de 80% dos estimulos sensoriais são de
natureza optica. Os olhos desempenham papel
fundamental no controlo dos movimentos e
actividades do Homem.
Uma iluminação adequada é pois uma condição
imprescindivel para a obtenção de um bom
ambiente de trabalho.
A inobservancia deste ponto resulta em danos
visuais, menor produtividade e aumento do numero
de acidentes
56. 56
A partir de um determinado valor (optimo), que é
função da tarefa a executar, qualquer aumento do
nivel de iluminação será excessivo e
contraproducente.
A iluminação ideal é a que é proporcionada pela luz
natural.
A qualidade da iluminação artificial depende de:
Da sua adequação ao tipo de actividade prevista
Da limitação do encadeamento
Da distribuição conveniente das lampadas
Da harmonização da cor da luz com as cores
predominantes do local
57. 57
Grandezas fotométricas fundamentais:
1. Fluxo luminoso
Símbolo: ; unidade: Lúmen (lm)
É a quantidade total de luz emitida por fonte luminosa
2. Intensidade Luminosa
Símbolo: l; unidade: candela (cd)
É uma medida do fluxo luminoso emitido numa determinada
direcção. Ex: lâmpada de incandescência 100W : 120cd
58. 58
Grandezas fotométricas fundamentais:
3. Iluminância
Símbolo: E; unidade: lux (lx)
É uma medida do fluxo luminoso incidente por unidade de
superfície. Ex: dia de sol aberto ≈ 100000lx
4. Luminancia
Simbolo: L; unidade: candela por metro quadrado (cd.m-2)
É uma medida do brilho de uma superficie.
59. 59
Iluminação adequada
Os valores recomendados para os diferentes ambientes
de trabalho e tarefas a executar oscilam entre 150 a 2000
lx.
São valores bastante inferiores aos obtidos com luz
natural.
Existem tabelas de valores de iluminancias para cada
tarefa e por ramo de actividade
Determinar qual o nível de iluminância adequado a esse local.
Calcular qual o nível de iluminância existente nesse local.
Em caso do nível não ser adequado, aplicar medidas de
correcção
60. 60
Iluminânciasrecomendadas para ambientes de trabalho
a. Minimo para locais de trabalho onde não se realizam
actividades
100 a 150 lx
b. Classe I
Tarefas visuais simples, que não exigem grande esforço
250 a 500 lx
c. Classe II
Observação continua de detalhes medios e finos
500 a 1000 lx
d. Classe III
Tarefas visuais continuas e precisas
1000 a 2000 lx
e. Classe IV
Trabalho visual muito preciso, exigindo grande esforço
Acima de 2000 lx
61. 61
A norma DIN 5032-2:1990 descreve detalhadamente os niveis
de iluminação mencionando exemplos de actividades
Nível Iluminância (lx) Actividade
1 15
2 30
Orientação, só estadias temporárias
3 60
4 120 Tarefas visuais ligeiras com
contrastes elevados
Trabalhosem armazéns, estaleiros, minas
5 250 Salas de espera, trabalhos de pintura e polimento
6 500 Tarefas visuais normais com detalhes
médios
Trabalhosem escritórios, processamento de dados, leitura
7 750 Tingimento de couro, rebarbagem de vidro
8 1000 Tarefas visuais exigentes com
pequenos detalhes
Desenho técnico, comparação de cores
9 1500 Montagem de pequenos elementos em electrónica
10 2000 Tarefas visuais muito exigentes com
detalhes muito pequenos
Montagem de componentes miniaturizados, trabalhos de
relojoaria,gravação
11 3000 Montagem fina, com tolerâncias muito apertadas
12 ≥ 5000 Casos especiais Salas de operações
62. 62
A norma ISO 8995:2002 apresenta requisitos
de iluminação interior de locais de trabalho
para diferentes tarefas ou actividades.
Os valores são função das exigencias visuais
da tarefa, da experiencia prática e da
necessidade de uma utilização optima da
energia ao menor custo.
Objectivos: desempenho visual satisfatório e
bem estar dos utilizadores.
63. 63
O cálculo do nível de iluminância do local pode ser
feito manualmente, através da recolha de valores
utilizando um luxímetro, ou pode ser feito
realizando uma simulação em programas de
computador que existem para esse efeito.
Em caso de ser necessário realizar uma correcção, o
técnico pode intervir nas seguintes variáveis:
Redistribuição dos pontos de luz existentes.
Aumento do número de pontos de luz existentes.
Aumento da potência das lâmpadas dos pontos de luz existentes.
Substituição dos pontos de luz existentes por outros.