O documento apresenta uma introdução à farmacologia, abordando sua etimologia, história desde os períodos pré-histórico e empírico até se tornar uma ciência no século XIX. Também define termos importantes como droga, fármaco, medicamento, dose e forma farmacêutica, e descreve as ações, tipos e formas de administração de medicamentos.
11. OS PRIMEIROS MEDICAMENTOS PRODUZIDOS POR INDÚSTRIAS
FARMACÊUTICAS, UTILIZANDO SUBSTÂNCIAS SINTÉTICAS, ESTÃO
REGISTRADOS A PARTIR DE 1920. UMA DAS PRIMEIRAS DROGAS
SINTÉTICAS REGISTRADAS É A ANFETAMINA, PRODUZIDA A PARTIR
DE 1927, E INDICADA COMO VASOCONSTRITOR
DADOS HISTÓRICOS
12.
13.
14. Para preparar e administrar medicamentos, é preciso considerar 11
saberes:
Segundo Figueiredo et al (2003, p.173):
• Saber quem é o cliente;
• Saber quais são suas condições clínicas;
• Saber seu diagnóstico;
• Saber qual é o medicamento;
• Saber as vias;
• Saber as doses;
• Saber calcular;
• Saber as incompatibilidades;
• Saber sobre interações medicamentosas, ambientais, pessoais e
alimentares;
• Saber sentir para identificar sinais e sintomas de ordem subjetiva;
• Saber cuidar.
20. • DROGA: Substância química simples ou composta, de origem
variada e utilizada para vários fins, que em dose tão pequena, que
não sirva como alimento, pode produzir alterações somáticas ou
fundamentais no organismo, benéfica ou maléfica.
• TÓXICO: É a droga que atuando no organismo vivo, produz
efeitos nocivos.
• FÁRMACO: São substâncias utilizadas com intenção
terapêutica ou profilática. É a droga que atuando no organismo
vivo é capaz de modificar parâmetros fisiológicos.
• PLACEBO: É a droga inativa, ou substâncias inativas, para
satisfazer a necessidade psicológica do paciente.
21. • REMÉDIO: É um termo de conceito amplo, significando tudo
aquilo que é utilizado como solução ou “jeito” para resolver um
determinado problema, portanto sem definição e utilização
científica.
• DOSE: É a quantidade de fármaco a ser administrada, a um
indivíduo, que possui certo peso.
• MEDICAMENTO: É o preparado farmacêutico, adequado à via de
administração, local de ação, etc. Pode conter um ou mais
fármacos.
• POSOLOGIA: Ramo da terapêutica que se ocupa da dosagem dos
medicamentos.
22. • VEÍCULO OU EXCIPIENTE: Substância que não tem atividade
farmacológica. São misturados aos fármacos para obter-se a forma
farmacêutica, via de administração.
• BIOEQUIVALÊNCIA: é o estudo em que são comparadas a
biodisponibilidade de um medicamento de referência e a de um
medicamento genérico. Quando dois medicamentos têm a mesma
biodisponibilidade, ou seja, são bioequivalentes, um pode substituir
o outro.
23. • CONCENTRAÇÃO: é a quantidade de determinada substância
(ativa ou inativa) em certo volume ou massa de produto. Exemplo:
solução glicosada 5% significa que em cada 100 ml de solução há 5
g de glicose.
• DISPENSAÇÃO: é o ato de fornecer o medicamento para o
comprador (nos casos de drogarias) ou ao profissional de
enfermagem que irá preparar o medicamento e administrá-lo ao
paciente.
24. • DOSE DE ATAQUE: é a dosagem única de medicamento com
capacidade de atingir rapidamente a concentração terapêutica.
• DOSE DE MANUTENÇÃO: é a dosagem de medicamento que
deverá ser repetida, periódica ou continuamente, para garantir a
estabilidade da sua concentração dentro de limites.
• DOSE LETAL: dose com a qual a morte é atingida. É um efeito
indesejável.
25. • EFEITO COLATERAL: É a consequência que a ingestão de
determinada substância pode causar ao organismo do indivíduo, ou
seja, um efeito que é paralelo ao que é desejado da substância
farmacológica absorvida.
• REAÇÃO ADVERSA: É uma reação entre uma pessoa e um
medicamento ou outro tipo de medicamento que normalmente não é
intencional e é negativa.
• IDIOSSINCRASIA: Predisposição particular do organismo que
faz que um indivíduo reaja de maneira pessoal à influência de
agentes exteriores. Característica comportamental peculiar a um
grupo ou a uma pessoa.
26. MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA – é aquele que passou
por vários anos de pesquisa em laboratório. Também é chamado de
inovador, original, comercial ou ético.
MEDICAMENTO GENÉRICO – é idêntico ao de referência e
vai funcionar da mesma forma, entretanto, não tem um nome
comercial, uma marca.
MEDICAMENTO SIMILAR - tem o mesmo princípio ativo de
um remédio de referência, porém, com um nome comercial, ou
seja, uma marca. Ele pode diferir em características relativas ao
tamanho e forma, prazo de validade, embalagem, rotulagem,
excipientes e veículo.
27.
28. AÇÃO FARMACÊUTICA
• AÇÃO LOCAL
A medicação age no local onde é administrada, sem passar pela
corrente sanguínea; Ex: pomadas e colírios.
• AÇÃO SISTÊMICA
Significa que a medicação é primeiramente absorvida, depois entra na
corrente sanguínea para atuar no local de ação desejada. Ex:
Antibióticos.
29. FORMAS
FARMACÊUTICAS
As formas farmacêuticas foram desenvolvidas para facilitar
a administração de medicamentos a pacientes de faixas etárias
diferentes ou em condições especiais, e para permitir seu melhor
aproveitamento.
LÍQUIDA SÓLIDA
SEMISSÓLIDA GASOSA
30.
31. Muitos medicamentos se apresentam em mais de uma forma
farmacêutica. O motivo são os vários benefícios que a diversidade de
formas farmacêuticas oferece, como:
•Maior facilidade na hora de tomar medicamentos;
•Garantia de precisão da dose;
•Proteção do fármaco (princípio ativo) durante sua jornada no nosso
organismo;
•Garantia de que o fármaco estará presente no seu local de ação no
corpo;
•Facilidade na ingestão do medicamento.
Toda essa diversidade permite que as pessoas que utilizam
medicamentos possam ter acesso a produtos mais adequados à sua
realidade, aumentando as chances de sucesso do tratamento.
32. SÓLIDA
As formas farmacêuticas sólidas são as mais conhecidas e
compreendem os comprimidos (orais ou vaginais), drágeas, cápsulas,
implantes, pílulas, pós e pastilhas.
33. •Cápsula: o medicamento sólido ou líquido é envolvido por um
invólucro de substância gelatinosa, normalmente no formato
cilíndrico. Apresenta como vantagens a possibilidade de eliminar o
sabor e/ou o odor desagradável do medicamento, facilitar a
deglutição e a sua liberação.
•Drágea: normalmente é um comprimido revestido por uma
substância resistente à acidez gástrica. Nesse caso, o medicamento é
liberado no intestino. Apresenta as vantagens de eliminar o odor e/ou
o sabor desagradável da droga, além de facilitar a deglutição e
proteger o medicamento da ação estomacal. Geralmente utiliza-se em
medicamentos de ação intestinal.
34. •Comprimido: o medicamento sólido (pó) é submetido à
compressão e apresenta formato específico. Os comprimidos podem
ou não ser revestidos por substância açucarada.
•Pastilha: essa forma apresenta a capacidade de dissolver-se
lentamente na cavidade bucal. Encontra-se disponível em vários
sabores para satisfazer o paladar do paciente, facili- tando seu uso.
•Pílula: medicamento em forma de pó submetido à compres são,
tomando o formato esférico. Pode ou não ser revestido com
substância açucarada .
•Pó: divide-se em dois tipos: os facilmente solúveis em água e os
não solúveis em água. Pode ser misturado em alimentos, para
disfarçar eventual sabor desagradável.
36. LÍQUIDA
•Elixir: preparado líquido contendo álcool, açúcar, glicerol ou
propilenoglicol. Normalmente, apresenta como característica, o
sabor do álcool.
•Emulsão: é uma solução que contém pequenas partículas de um
líquido dispersas em outro líquido. Geralmente, as emulsões
envolvem a dispersão de água em óleo. É necessário agitar antes de
administrar.
•Frasco-ampola: é o acondicionamento de medicamento em um
frasco que permite a retirada de doses parciais, sendo possível o
reaproveitamento da dosagem restante, considerando-se os cuidados
necessários de manuseio e conservação. Possibilita o fracionamento
da dose total em doses menores, permitindo sua reutilização.
37. •Unguento: é o medicamento com aparência de papa, utilizado em
áreas do organismo que estejam doloridas ou inflamadas. Pode ser
extraído de plantas, gordura de animais ou resíduos minerais.
•Loção: formada por um pó insolúvel em água ou por substâncias
dissolvidas em líquido espesso. É necessário agitar a loção antes de
administrá-la.
•Suspensão: é uma forma de apresentação em que se percebe
nitidamente a forma sólida e a forma líquida. Ao agitar-se o frasco, a
solução torna-se homogênea. É necessário agitar antes de administrá-
la. (Forma semissólida)
38. GASOSA
Os produtos se apresentam em forma gasosa e
compreendem os aerossóis, sprays e inalantes. Os medicamentos
alcançam o organismo pelas vias respiratórias e podem ser
aplicados nas narinas ou na boca.
40. ALOPÁTICOS
A alopatia é um tratamento cujo o objetivo é combater as
doenças com remédios que produzam efeitos contrários aos sintomas
causados. Esses medicamentos são classificados como “anti”, mais
conhecidos como: antibióticos, antinflamatórios, antialérgicos,
antiácidos. São os medicamentos utilizados na medicina ocidental
convencional. Geralmente são descobertos por pesquisas científicas
entre testes de hipóteses em modelos experimentais.
41. FITOTERÁPICOS
Os medicamentos de Fitoterapia têm o mesmo objetivo que
a Alopatia, ou seja, as substâncias provocam ações contrárias aos
sintomas e doenças. A diferença está na matéria-prima que no caso
dos medicamentos Fitoterápicos são de origem essencialmente
vegetal.
42. HOMEOPÁTICOS
A homeopatia é um método terapêutico que utiliza as
mesmas substâncias que provocam os sintomas, para tratar ou
aliviar vários tipos de doenças, como ansiedade, asma ou
depressão, por exemplo, seguindo o princípio geral de que
"semelhante cura semelhante".
43. Administração de medicamentos na Enfermagem. Rio de Janeiro: EPUB. 2ª ed,
2002.
DUNCAN, H.A. et al – DicionárioAndrei para enfermeiros e outros profissionais
da saúde, 2ªed, São Paulo, 1995
FAKIH, F.T. - Manual de Diluição e administração de medicamentos injetáveis.
1ªed. Rio de Janeiro, 2000.
FONSECA, S.M. et al – Manual de Quimiterapia antineoplasica. 1ªed, Rio de
Janeiro, 2000.
FURP - Memento Terapêutico. Secretaria de Estado da Saúde. 6ª ed., nov/95.
STAUT, NAÍMA DASILVA- Manual de drogas e soluções. São Paulo: EPU, 1986.
ZANINI, A.C., OGAS. - Farmacologia aplicada. 5º ed. São Paulo:Atheneu, 1994.
REFERÊNCIAS