O documento discute os betabloqueadores adrenérgicos, incluindo seu mecanismo de ação, propriedades farmacológicas e uso no tratamento da hipertensão arterial. Descreve as diferenças entre os betabloqueadores, como seletividade, solubilidade e eliminação, e seus mecanismos anti-hipertensivos, como redução da frequência cardíaca e liberação de renina. Apesar de terem sido usados amplamente no passado, as diretrizes atuais não recomendam mais os betabloqueadores como primeira opção para
O documento discute os betabloqueadores adrenérgicos, incluindo seu mecanismo de ação, propriedades farmacológicas e uso no tratamento da hipertensão arterial. Descreve as diferenças entre os betabloqueadores, como seletividade, solubilidade e eliminação, e seus mecanismos anti-hipertensivos, como redução da frequência cardíaca e liberação de renina. Apesar de terem sido usados amplamente no passado, as diretrizes atuais não recomendam mais os betabloqueadores como primeira opção para
1) A aula aborda fármacos vasodilatadores, divididos em diretos e indiretos; 2) Os diretos incluem antagonistas de canais de cálcio, ativadores de canais de potássio e ativadores da guanilato ciclase; 3) Os indiretos incluem inibidores do sistema renina-angiotensina e fármacos simpatolíticos.
A aula discute a farmacologia da contratilidade cardíaca, incluindo os mecanismos celulares e moleculares da contração cardíaca, patologias como angina e insuficiência cardíaca, e classes de fármacos que afetam a contratilidade como antianginosos, inotrópicos positivos, e antiarrítmicos.
1) Todos os anestésicos locais possuem algum grau de vasodilatação, que pode variar de significativo a mínimo. 2) Os vasoconstritores são adicionados para equilibrar a vasodilatação e melhorar a ação dos anestésicos locais. 3) Os principais vasoconstritores usados são adrenalina e noradrenalina ou análogos, que atuam nos receptores adrenérgicos para contrair os vasos sanguíneos.
O documento discute o uso de betabloqueadores no perioperatório, incluindo sua capacidade de reduzir eventos cardíacos, arritmias e isquemia miocárdica. Também aborda seu uso para controle de pressão arterial e como adjuvante anestésico. Os betabloqueadores cardioseletivos como esmolol e metoprolol são os mais comumente utilizados devido a seu perfil de segurança.
O documento discute anticonvulsivantes, resumindo: 1) Os principais mecanismos de ação dos anticonvulsivantes incluem inibição de canais de sódio, canais de cálcio, receptores de glutamato e aumento da inibição mediada pelo GABA; 2) Exemplos de fármacos são carbamazepina, fenitoína, lamotrigina, gabapentina e valproato; 3) Esses fármacos têm efeitos adversos como náusea, sonolência e erupções cutâneas.
Parte 1- Hemostasia e trombose; Conceitos; Tríade de Virchow; Lesão tecidual; Aderência e agregação plaquetárias; Ativação da plaqueta pelo tromboxano A2; Ativação da plaqueta pelo ADP e trombina; Cascata da Coagulação; Controle da coagulação; Propostas terapêuticas.
Parte 2- Fármacos antiplaquetários; Usos clínicos; Aspirina e outros AINES; Antagonistas do receptor de adenosina; Inibidores da fosfodiesterase; Antagonistas do receptor da GPIIB/IIIA; Outros fármacos antiplaquetários. Parte 3- Fármacos anticoagulantes; Usos clínicos; Heparina e Heparinas de baixo peso molecular; Inibidores diretos da trombina e fármacos relacionados; Vitamina K; Antagonistas da vitamina K: Varfarina; Parte 4- Fármacos fibrinolíticos; Usos clínicos; Estreptoquinase; Alteplase.
O documento discute os betabloqueadores adrenérgicos, incluindo seu mecanismo de ação, propriedades farmacológicas e uso no tratamento da hipertensão arterial. Descreve as diferenças entre os betabloqueadores, como seletividade, solubilidade e eliminação, e seus mecanismos anti-hipertensivos, como redução da frequência cardíaca e liberação de renina. Apesar de terem sido usados amplamente no passado, as diretrizes atuais não recomendam mais os betabloqueadores como primeira opção para
1) A aula aborda fármacos vasodilatadores, divididos em diretos e indiretos; 2) Os diretos incluem antagonistas de canais de cálcio, ativadores de canais de potássio e ativadores da guanilato ciclase; 3) Os indiretos incluem inibidores do sistema renina-angiotensina e fármacos simpatolíticos.
A aula discute a farmacologia da contratilidade cardíaca, incluindo os mecanismos celulares e moleculares da contração cardíaca, patologias como angina e insuficiência cardíaca, e classes de fármacos que afetam a contratilidade como antianginosos, inotrópicos positivos, e antiarrítmicos.
1) Todos os anestésicos locais possuem algum grau de vasodilatação, que pode variar de significativo a mínimo. 2) Os vasoconstritores são adicionados para equilibrar a vasodilatação e melhorar a ação dos anestésicos locais. 3) Os principais vasoconstritores usados são adrenalina e noradrenalina ou análogos, que atuam nos receptores adrenérgicos para contrair os vasos sanguíneos.
O documento discute o uso de betabloqueadores no perioperatório, incluindo sua capacidade de reduzir eventos cardíacos, arritmias e isquemia miocárdica. Também aborda seu uso para controle de pressão arterial e como adjuvante anestésico. Os betabloqueadores cardioseletivos como esmolol e metoprolol são os mais comumente utilizados devido a seu perfil de segurança.
O documento discute anticonvulsivantes, resumindo: 1) Os principais mecanismos de ação dos anticonvulsivantes incluem inibição de canais de sódio, canais de cálcio, receptores de glutamato e aumento da inibição mediada pelo GABA; 2) Exemplos de fármacos são carbamazepina, fenitoína, lamotrigina, gabapentina e valproato; 3) Esses fármacos têm efeitos adversos como náusea, sonolência e erupções cutâneas.
Parte 1- Hemostasia e trombose; Conceitos; Tríade de Virchow; Lesão tecidual; Aderência e agregação plaquetárias; Ativação da plaqueta pelo tromboxano A2; Ativação da plaqueta pelo ADP e trombina; Cascata da Coagulação; Controle da coagulação; Propostas terapêuticas.
Parte 2- Fármacos antiplaquetários; Usos clínicos; Aspirina e outros AINES; Antagonistas do receptor de adenosina; Inibidores da fosfodiesterase; Antagonistas do receptor da GPIIB/IIIA; Outros fármacos antiplaquetários. Parte 3- Fármacos anticoagulantes; Usos clínicos; Heparina e Heparinas de baixo peso molecular; Inibidores diretos da trombina e fármacos relacionados; Vitamina K; Antagonistas da vitamina K: Varfarina; Parte 4- Fármacos fibrinolíticos; Usos clínicos; Estreptoquinase; Alteplase.
O documento descreve a fisiologia e farmacologia do sistema noradrenérgico, dopaminérgico e adrenérgico. Aborda a história, biossíntese, armazenamento, liberação, captação e degradação das catecolaminas, além dos mecanismos de ação e indicações terapêuticas dos principais agonistas adrenérgicos.
1. O documento discute os fármacos adrenérgicos, incluindo catecolaminas, não-catecolaminas e seus mecanismos de ação.
2. Também aborda aplicações clínicas dos agonistas e antagonistas adrenérgicos no tratamento de condições como choque, hipertireoidismo e enxaqueca.
3. Por fim, explica os efeitos dos bloqueadores alfa e beta, importantes no tratamento de hipertensão e doenças cardíacas.
O documento discute vários tipos de analgésicos e anestésicos, incluindo:
1) Anestésicos gerais como éter, clorofórmio e óxido nitroso, que agem nos canais iônicos e causam inconsciência e perda da dor;
2) Anestésicos locais como cocaína e procaína, que bloqueiam a condução do impulso nervoso;
3) Analgésicos como opióides que agem nos receptores opióides e causam analgesia, e paracetamol que inibe a
Aula - SNA - Farmacologia Adrenérgica - Simpatomiméticos e SimpatolíticosMauro Cunha Xavier Pinto
As três principais seções do documento discutem: 1) a farmacologia adrenérgica, incluindo receptores, neurotransmissores e controle; 2) fármacos simpatomiméticos, como agonistas adrenérgicos usados para tratamentos cardiovasculares e respiratórios; 3) fármacos simpatolíticos, antagonistas usados principalmente para hipertensão.
O documento discute a farmacologia da transmissão adrenérgica, incluindo as catecolaminas noradrenalina e adrenalina, seus receptores alfa e beta, agonistas e antagonistas seletivos, efeitos fisiológicos, e fármacos que atuam nos mecanismos de síntese, armazenamento, liberação e recaptura das catecolaminas.
1) O documento discute drogas anti-hipertensivas, classificando-as em vasodilatadores diretos, bloqueadores de canais de cálcio, antagonistas de receptores alfa-adrenérgicos e outros.
2) A pressão arterial é regulada pelo débito cardíaco e resistência vascular total. Drogas anti-hipertensivas agem reduzindo o débito cardíaco ou causando vasodilatação.
3) Vasodilatadores diretos incluem ativadores de canais de potássio, hidralazina e nit
O documento descreve a farmacologia do sistema nervoso simpático, incluindo a síntese e liberação das catecolaminas norepinefrina e epinefrina, seus receptores e efeitos, e fármacos que agem como agonistas ou antagonistas desses receptores para tratar condições como hipertensão e asma.
O documento discute anestesia venosa, descrevendo os objetivos clássicos da anestesiologia, agentes venosos comumente usados e seus mecanismos de ação, dados farmacocinéticos e farmacodinâmicos. Aborda aspectos como cronologia dos anestésicos venosos, modelos farmacocinéticos, administração das drogas e efeitos de agentes como propofol, tiopental, etomidato e midazolam.
O documento fornece um resumo sobre o sistema nervoso autonômico (SNA), cobrindo tópicos como sua anatomia, divisões simpática e parassimpática, transmissão, receptores, funções e regulação pelo sistema nervoso central.
Este documento apresenta informações sobre diferentes grupos farmacológicos, incluindo seu mecanismo de ação e outras informações relevantes. Os grupos discutidos incluem agentes colinérgicos, amebicidas, aminoglicosídios, analgésicos, anticongulantes, anticonvulsivantes, antidepressivos tricíclicos, antifúngicos, anti-helmínticos, anti-hipertensivos, anti-histamínicos, anti-inflamatórios, antimaláricos, antineoplásicos, antipark
O documento descreve os princípios da anestesia venosa, incluindo agentes para indução, manutenção e despertar da anestesia, assim como relaxantes musculares e sua ação. Também discute o mecanismo de ação dos fármacos anestésicos e relaxantes musculares, assim como suas propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas.
O documento descreve o uso de drogas vasoativas em terapia intensiva. Discute como essas drogas afetam os parâmetros que regulam o débito cardíaco e fornecem oxigênio aos tecidos, como volume sistólico, frequência cardíaca, contratilidade e resistência vascular. Também descreve os principais agentes simpatomiméticos usados e como eles agem em receptores adrenérgicos.
O documento descreve os principais tipos de anti-inflamatórios não-esteróides (AINEs), incluindo seus usos, mecanismos de ação, efeitos adversos e interações. Os AINEs são classificados de acordo com sua estrutura química e incluem derivados do ácido salicílico, da pirazolona, do para-aminofenol, do ácido acético e do ácido enólico. O documento destaca as propriedades e aplicações clínicas dos principais representantes de cada classe de AINE
Parte 1- Princípios da dor e analgesia; Conceito: Dor e nocicepção; Hiperalgesia e alodinia; Sinalização celular na via nociceptiva; Mediadores da via nociceptiva; Transmissão da dor para os centros superiores; Controles inibitórios descendentes; Transmissores e moduladores da via nociceptiva; Modulação da via nociceptiva;
Parte 2 – Receptores e fármacos opioides; Histórico; Análogos da morfina e derivados sintéticos; Receptores opioides; Ações farmacológicas; Agonistas e antagonistas; Características dos principais analgésicos opioides; Tolerância e dependência física; Intoxicação X Síndrome de Abstinência.
O documento resume as principais propriedades de diversos agentes anestésicos venosos não opióides, incluindo a cronologia de seu desenvolvimento, mecanismos de ação, efeitos farmacológicos, usos clínicos e interações. É descrito o histórico, ação e efeitos da cetamina, etomidato, óxido nitroso e outros agentes.
O documento discute a disfunção do sistema nervoso autônomo e sua relação com doenças cardiovasculares. Ele explica como o sistema nervoso autônomo controla o sistema cardiovascular através da liberação de neurotransmissores que afetam a frequência cardíaca e resistência vascular. Vários métodos são usados para avaliar a atividade autônomica, incluindo medição de catecolaminas, microneurografia e sensibilidade barorreflexa. Há evidências de que a hiperatividade simpática e redução da função parassimpática contrib
O documento discute drogas vasoativas usadas no tratamento de choque e insuficiência circulatória. Ele descreve as principais catecolaminas como dopamina, dobutamina, noradrenalina e adrenalina e como elas afetam parâmetros hemodinâmicos por meio de receptores alfa, beta e dopa. Também discute vasodilatadores como o nitroprussiato de sódio e como eles podem ser usados para tratar baixo débito quando outras medidas falham.
O documento discute o uso racional de drogas vasoativas no suporte farmacológico de pacientes críticos, com o objetivo de otimizar o débito cardíaco e o tônus vascular para restabelecer o fluxo sanguíneo a órgãos vitais durante o choque circulatório. As drogas discutidas incluem catecolaminas, inibidores da fosfodiesterase, vasodilatadores e suas indicações e mecanismos de ação. A escolha da droga deve ser baseada no mecanismo fisiopatoló
France suffered tremendous losses in WWI with over 1.6 million deaths. In the interwar period, France prioritized rebuilding and weakening Germany through occupation of the Ruhr Valley and demanding reparations. However, economic instability and the rise of extremism weakened the French government. By 1939, France was unprepared for another war despite efforts to rearm, remaining politically divided in the late 1930s.
The document summarizes key events in early Soviet Russia from 1917 to 1929. It describes the Bolshevik revolution establishing a communist state in 1917. A power struggle then emerged between Stalin, who supported building socialism within Russia, and Trotsky, who advocated spreading revolution internationally. By 1929, Stalin had consolidated power as the undisputed leader of the USSR and initiated collectivization, replacing Lenin's New Economic Policy.
O documento descreve a fisiologia e farmacologia do sistema noradrenérgico, dopaminérgico e adrenérgico. Aborda a história, biossíntese, armazenamento, liberação, captação e degradação das catecolaminas, além dos mecanismos de ação e indicações terapêuticas dos principais agonistas adrenérgicos.
1. O documento discute os fármacos adrenérgicos, incluindo catecolaminas, não-catecolaminas e seus mecanismos de ação.
2. Também aborda aplicações clínicas dos agonistas e antagonistas adrenérgicos no tratamento de condições como choque, hipertireoidismo e enxaqueca.
3. Por fim, explica os efeitos dos bloqueadores alfa e beta, importantes no tratamento de hipertensão e doenças cardíacas.
O documento discute vários tipos de analgésicos e anestésicos, incluindo:
1) Anestésicos gerais como éter, clorofórmio e óxido nitroso, que agem nos canais iônicos e causam inconsciência e perda da dor;
2) Anestésicos locais como cocaína e procaína, que bloqueiam a condução do impulso nervoso;
3) Analgésicos como opióides que agem nos receptores opióides e causam analgesia, e paracetamol que inibe a
Aula - SNA - Farmacologia Adrenérgica - Simpatomiméticos e SimpatolíticosMauro Cunha Xavier Pinto
As três principais seções do documento discutem: 1) a farmacologia adrenérgica, incluindo receptores, neurotransmissores e controle; 2) fármacos simpatomiméticos, como agonistas adrenérgicos usados para tratamentos cardiovasculares e respiratórios; 3) fármacos simpatolíticos, antagonistas usados principalmente para hipertensão.
O documento discute a farmacologia da transmissão adrenérgica, incluindo as catecolaminas noradrenalina e adrenalina, seus receptores alfa e beta, agonistas e antagonistas seletivos, efeitos fisiológicos, e fármacos que atuam nos mecanismos de síntese, armazenamento, liberação e recaptura das catecolaminas.
1) O documento discute drogas anti-hipertensivas, classificando-as em vasodilatadores diretos, bloqueadores de canais de cálcio, antagonistas de receptores alfa-adrenérgicos e outros.
2) A pressão arterial é regulada pelo débito cardíaco e resistência vascular total. Drogas anti-hipertensivas agem reduzindo o débito cardíaco ou causando vasodilatação.
3) Vasodilatadores diretos incluem ativadores de canais de potássio, hidralazina e nit
O documento descreve a farmacologia do sistema nervoso simpático, incluindo a síntese e liberação das catecolaminas norepinefrina e epinefrina, seus receptores e efeitos, e fármacos que agem como agonistas ou antagonistas desses receptores para tratar condições como hipertensão e asma.
O documento discute anestesia venosa, descrevendo os objetivos clássicos da anestesiologia, agentes venosos comumente usados e seus mecanismos de ação, dados farmacocinéticos e farmacodinâmicos. Aborda aspectos como cronologia dos anestésicos venosos, modelos farmacocinéticos, administração das drogas e efeitos de agentes como propofol, tiopental, etomidato e midazolam.
O documento fornece um resumo sobre o sistema nervoso autonômico (SNA), cobrindo tópicos como sua anatomia, divisões simpática e parassimpática, transmissão, receptores, funções e regulação pelo sistema nervoso central.
Este documento apresenta informações sobre diferentes grupos farmacológicos, incluindo seu mecanismo de ação e outras informações relevantes. Os grupos discutidos incluem agentes colinérgicos, amebicidas, aminoglicosídios, analgésicos, anticongulantes, anticonvulsivantes, antidepressivos tricíclicos, antifúngicos, anti-helmínticos, anti-hipertensivos, anti-histamínicos, anti-inflamatórios, antimaláricos, antineoplásicos, antipark
O documento descreve os princípios da anestesia venosa, incluindo agentes para indução, manutenção e despertar da anestesia, assim como relaxantes musculares e sua ação. Também discute o mecanismo de ação dos fármacos anestésicos e relaxantes musculares, assim como suas propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas.
O documento descreve o uso de drogas vasoativas em terapia intensiva. Discute como essas drogas afetam os parâmetros que regulam o débito cardíaco e fornecem oxigênio aos tecidos, como volume sistólico, frequência cardíaca, contratilidade e resistência vascular. Também descreve os principais agentes simpatomiméticos usados e como eles agem em receptores adrenérgicos.
O documento descreve os principais tipos de anti-inflamatórios não-esteróides (AINEs), incluindo seus usos, mecanismos de ação, efeitos adversos e interações. Os AINEs são classificados de acordo com sua estrutura química e incluem derivados do ácido salicílico, da pirazolona, do para-aminofenol, do ácido acético e do ácido enólico. O documento destaca as propriedades e aplicações clínicas dos principais representantes de cada classe de AINE
Parte 1- Princípios da dor e analgesia; Conceito: Dor e nocicepção; Hiperalgesia e alodinia; Sinalização celular na via nociceptiva; Mediadores da via nociceptiva; Transmissão da dor para os centros superiores; Controles inibitórios descendentes; Transmissores e moduladores da via nociceptiva; Modulação da via nociceptiva;
Parte 2 – Receptores e fármacos opioides; Histórico; Análogos da morfina e derivados sintéticos; Receptores opioides; Ações farmacológicas; Agonistas e antagonistas; Características dos principais analgésicos opioides; Tolerância e dependência física; Intoxicação X Síndrome de Abstinência.
O documento resume as principais propriedades de diversos agentes anestésicos venosos não opióides, incluindo a cronologia de seu desenvolvimento, mecanismos de ação, efeitos farmacológicos, usos clínicos e interações. É descrito o histórico, ação e efeitos da cetamina, etomidato, óxido nitroso e outros agentes.
O documento discute a disfunção do sistema nervoso autônomo e sua relação com doenças cardiovasculares. Ele explica como o sistema nervoso autônomo controla o sistema cardiovascular através da liberação de neurotransmissores que afetam a frequência cardíaca e resistência vascular. Vários métodos são usados para avaliar a atividade autônomica, incluindo medição de catecolaminas, microneurografia e sensibilidade barorreflexa. Há evidências de que a hiperatividade simpática e redução da função parassimpática contrib
O documento discute drogas vasoativas usadas no tratamento de choque e insuficiência circulatória. Ele descreve as principais catecolaminas como dopamina, dobutamina, noradrenalina e adrenalina e como elas afetam parâmetros hemodinâmicos por meio de receptores alfa, beta e dopa. Também discute vasodilatadores como o nitroprussiato de sódio e como eles podem ser usados para tratar baixo débito quando outras medidas falham.
O documento discute o uso racional de drogas vasoativas no suporte farmacológico de pacientes críticos, com o objetivo de otimizar o débito cardíaco e o tônus vascular para restabelecer o fluxo sanguíneo a órgãos vitais durante o choque circulatório. As drogas discutidas incluem catecolaminas, inibidores da fosfodiesterase, vasodilatadores e suas indicações e mecanismos de ação. A escolha da droga deve ser baseada no mecanismo fisiopatoló
France suffered tremendous losses in WWI with over 1.6 million deaths. In the interwar period, France prioritized rebuilding and weakening Germany through occupation of the Ruhr Valley and demanding reparations. However, economic instability and the rise of extremism weakened the French government. By 1939, France was unprepared for another war despite efforts to rearm, remaining politically divided in the late 1930s.
The document summarizes key events in early Soviet Russia from 1917 to 1929. It describes the Bolshevik revolution establishing a communist state in 1917. A power struggle then emerged between Stalin, who supported building socialism within Russia, and Trotsky, who advocated spreading revolution internationally. By 1929, Stalin had consolidated power as the undisputed leader of the USSR and initiated collectivization, replacing Lenin's New Economic Policy.
Politics in Britain between the wars saw a succession of Conservative and Labour governments, as well as the formation of a National Government in 1931 led by MacDonald in response to the Great Depression. The economy experienced a post-war boom followed by recession in the early 1920s, and a slow recovery in the later 1920s, before being severely impacted by the Great Depression with high unemployment. There was also a major General Strike in 1926 called by the TUC in support of coal miners, but it was called off after 8 days. Housing and education reforms were introduced but many were scaled back due to budget cuts.
The Nazi party began in 1919 when Hitler joined the German Workers' Party and helped transform it into the National Socialist German Workers' Party (NSDAP). In the early 1920s, the Nazis used the Sturmabteilung (SA) paramilitary group to attack political opponents and seize power in the failed 1923 Beer Hall Putsch in Munich. After spending time in prison for treason, Hitler wrote Mein Kampf and reorganized the Nazi party for a new strategy pursuing power through legal democratic processes rather than revolution. The Nazis exploited economic instability and political divisions in Germany to gain popular support and parliamentary seats, culminating in Hitler being appointed chancellor in 1933 where he quickly consolidated power through the Reichstag Fire Decree and Enabling
Britain entered World War 2 in 1939 after Germany invaded Poland. While the British were able to evacuate over 338,000 troops from Dunkirk in 1940, they lost valuable equipment. Germany then invaded France and soon controlled much of Western Europe. The Battle of Britain in 1940 was a major turning point as the British Royal Air Force defeated the German Luftwaffe, preventing invasion. Fighting also occurred in North Africa between British and German forces. By late 1942, the tide began to turn as the Soviets defeated Germany at Stalingrad and the Allies invaded Italy. On D-Day in 1944, Allied forces invaded Normandy and advanced towards Germany. The war ended in 1945 after the Allies invaded Germany from both east and west and dropped
The Nazis consolidated power in Germany following their rise to power in 1933. Hitler established a totalitarian regime by bringing all aspects of life under Nazi Party control through intimidation, violence, and centralizing government. The Night of the Long Knives in 1934 saw Hitler order the killing of SA leaders as a threat to his power. With Hindenburg's death later that year, Hitler became both head of state and sole leader of Germany.
Stalin implemented collectivization and five-year plans to rapidly industrialize and modernize the Soviet Union. Collectivization forced millions of peasants off their small farms and into large state-run collective farms, leading to widespread famine and millions of deaths, especially of wealthy landowners who resisted. The five-year plans set ambitious industrial production targets and saw massive growth in industries like steel, coal, and oil through concentrating on heavy industry and harnessing labor, but also resulted in poor work conditions and unrealistic demands that damaged workers. Both policies transformed the Soviet economy and society at enormous human cost.
Hitler implemented several economic policies in Nazi Germany between 1933 and 1939. He arrested trade union leaders and replaced them with the Nazi Labour Front. Workers were not allowed to be employed or have their wages set without approval from the Labour Front. Public works projects like expanding the autobahn and increasing military spending provided many new jobs and helped reduce unemployment. However, by 1939 Germany was still heavily dependent on imports and government spending and debt had increased dramatically.
The document provides details about the annual Nazi propaganda rallies held in Nuremberg, Germany between 1927-1939. It describes how Hitler wanted to associate the Nazis with Germany's past glory by hosting the rallies in the important city of Nuremberg. Over time, the rallies grew enormously in scale and spectacle, featuring massive crowds, military displays, and speeches by Hitler and Goebbels. Leni Riefenstahl's famous propaganda films "Triumph of the Will" and "Day of Freedom" were used to document the 1934 and 1935 rallies respectively. The 1935 rally also saw the passage of the Nuremberg Laws which stripped Jews of their citizenship and rights in Germany.
Propaganda played a key role in Nazi Germany under Joseph Goebbels and the Ministry of Public Enlightenment and Propaganda. Goebbels ensured that all media and art promoted the Nazi ideology, with a focus on anti-Semitism, racism, and the cult of personality around Hitler. Book burnings in 1933 aimed to destroy works that did not align with Nazi ideals. Film and cinema were also heavily used for propaganda purposes, glorifying Hitler and portraying Jews negatively. Nazi propaganda targeted different audiences with messages about struggles against enemies, pride in German achievements, and the need to protect ethnic Germans abroad.
The document discusses anti-Semitism and the Holocaust. It outlines how the Nazis viewed Jews as racially inferior and blamed them for Germany's economic struggles. It describes the increasing persecution of Jews in the 1930s through laws and violence like Kristallnacht. It also summarizes how the Nazis occupied Poland and forced Jews into overcrowded ghettos, then began systematically exterminating Jews through concentration camps, killing around six million by the end of the Holocaust.
Stalin held three show trials between 1936-1938 to remove political opponents. [1] Key figures like Trotsky were exiled or murdered. [2] The trials accused defendants of treason and conspiring with Trotsky to overthrow the Soviet Union. [3] All defendants confessed, even if tortured or threatened. The trials spread terror and weakened the military as many officers were executed.
Rise of Fascism in Italy - Mussolini and the fascist party took advantage of the economic and political instability following World War 1 and the Treaty of Versailles to rise to power in Italy. Key events included the "March on Rome" in 1922 and Mussolini being appointed as Prime Minister. He then consolidated power by banning opposition parties and establishing a dictatorship with himself as Il Duce.
The document summarizes the Jarrow Crusade, a protest march that took place in Britain in 1936. Unemployment had reached high levels in Jarrow, a town in northeast England, after the closure of the shipbuilding yard. To protest the lack of action by the government, 200 unemployed men from Jarrow embarked on a 300-mile march to London to present a petition to Parliament. The disciplined 25-day march gained widespread support along its route. While there were no immediate results, the Crusade brought attention to the economic struggles facing communities like Jarrow and had long-term political impacts.
Fascism is a far-right ideology characterized by extreme nationalism, a dictator with total control over a single-party state, and the suppression of opposition through intimidation and propaganda. Fascist regimes rose to power in Italy under Mussolini, Germany under Hitler, and Spain under Franco. The rise of fascism was fueled by economic instability after World War 1, dissatisfaction with the Treaty of Versailles, fear of communism following the Russian Revolution, and support from the middle classes who felt politically marginalized.
The document summarizes the political and economic turmoil in Germany following World War 1 and the Treaty of Versailles. It discusses the harsh terms imposed by the treaty, including war reparations and territorial losses. This created deep resentment in Germany and damaged the economy. In the early 1920s, hyperinflation crippled the country. The Nazis attempted to seize power in 1923 with a failed coup in Munich. Later in the decade, Gustav Stresemann helped stabilize the economy but the Great Depression caused another economic collapse, fueling further political instability and rising support for the Nazis.
O documento discute perguntas sobre tratamento de hipertensão arterial. Ele compara diferentes medicamentos anti-hipertensivos, incluindo nifedipina, hidroclorotiazida, furosemida, atenolol, propranolol e pindolol, discutindo seus benefícios e riscos no tratamento ambulatorial da hipertensão.
O documento fornece uma introdução sobre fármacos anti-hipertensivos, discutindo seus objetivos, mecanismos de ação e efeitos colaterais. É direcionado a futuros prescritores e busca contribuir para a prescrição racional de medicamentos com base em evidências. Solicita sugestões para aprimorar o material educacional.
Aula - SNA - Farmacologia Colinérgica - Parassimpatomiméticos e Parassimpatol...Mauro Cunha Xavier Pinto
SNA Parassimpático; Sinapse colinérgica; Receptores nicotínicos; Receptores muscarínicos; Receptores e suas funções; Controle da ação da acetilcolina: Autoinibição pré-sináptica; Captação de colina; Degradação da acetilcolina; Funções fisiológicas.
Fármacos colinérgicos; Fármacos parassimpatomiméticos: Agonistas muscarínicos; Inibidores da acetilcolinesterase; Fármacos parassimpaticolíticos; Antagonistas muscarínicos; Fármacos que inibem a síntese de Ach; Fármacos que inibem a liberação de ACh.
O documento discute as principais classes de medicamentos usados no tratamento do glaucoma, incluindo antagonistas beta-bloqueadores, parassimpaticomiméticos, agonistas adrenérgicos, inibidores da anidrase carbônica e análogos de prostaglandinas. Descreve seus mecanismos de ação, exemplos de fármacos, dosagens, efeitos adversos e contraindicações.
Este documento apresenta 10 questões sobre farmacologia e interações medicamentosas. As questões cobrem tópicos como: uso de AINES, tipos de receptores, uso de pilocarpina, efeitos dos corticosteroides, antagonismo farmacológico, efeitos adversos de anestésicos locais, propriedades dos anti-inflamatórios esteroidais e interações medicamentosas envolvendo álcool e inibidores enzimáticos.
O documento discute os principais tipos de anti-hipertensivos, seus mecanismos de ação e efeitos colaterais. Ele descreve os diferentes tipos de diuréticos, betabloqueadores, antagonistas dos canais de cálcio e inibidores da enzima conversora de angiotensina, além de destacar alguns cuidados de enfermagem relacionados ao uso desses medicamentos.
1) Os receptores nos neurônios pré-ganglionares do sistema simpático são nicotínicos, enquanto no parassimpático são muscarínicos. 2) As drogas simpatomiméticas alfa1 seletivas são utilizadas para causar vasoconstrição periférica. 3) Os beta2-agonistas são utilizados para broncodilatação.
O documento discute a farmacologia do sistema nervoso autônomo, incluindo drogas adrenérgicas e colinérgicas, assim como seus antagonistas. O sistema nervoso autônomo é dividido em simpático e parassimpático, que utilizam noradrenalina e acetilcolina como neurotransmissores, respectivamente. Várias drogas são descritas de acordo com seus efeitos nos receptores adrenérgicos e colinérgicos.
1) O documento discute os principais tipos de células do SNC e suas funções, incluindo neurônios, astrócitos e micróglia.
2) Aborda os processos de neurotransmissão, incluindo potencial de ação, exocitose, LTP e LTD.
3) Explora vários tópicos relacionados a ansiedade e insônia, incluindo suas definições, tipos, sintomas e tratamentos farmacológicos com benzodiazepínicos e outros medicamentos.
A paciente de 74 anos desenvolveu toxicidade sistêmica após receber uma dose excessiva de lidocaína e bupivacaína durante bloqueio do plexo braquial. Ela apresentou sintomas neurológicos como tontura e convulsões, seguidos de arritmias cardíacas e parada cardíaca, necessitando ressuscitação prolongada. A prevenção da intoxicação por anestésicos locais requer estratégias seguras de anestesia regional com equipamentos de emergência disponíveis.
Este artigo discute o controle fisiológico da pressão arterial pelo sistema nervoso. Três principais arcos reflexos estão envolvidos na modulação da atividade simpática e parassimpática central: os barorreceptores arteriais, os receptores cardiopulmonares e os quimiorreceptores arteriais. Esses receptores auxiliam na manutenção da pressão arterial dentro de limites normais através da regulação da frequência e contratilidade cardíaca, do tônus vascular e da distribuição de fluidos nos vasos. Alterações nesses me
O documento discute a farmacologia da transmissão adrenérgica, incluindo as catecolaminas noradrenalina e adrenalina, seus receptores alfa e beta, agonistas e antagonistas seletivos, efeitos fisiológicos, e fármacos que atuam nos mecanismos de síntese, armazenamento, liberação e recaptura das catecolaminas.
O documento discute a farmacologia da transmissão adrenérgica, incluindo as catecolaminas noradrenalina e adrenalina, seus receptores alfa e beta, agonistas e antagonistas seletivos, efeitos fisiológicos, e fármacos que atuam nos mecanismos de síntese, armazenamento, liberação e recaptura das catecolaminas.
O documento apresenta um plano de aula sobre analgésicos e anti-inflamatórios, abordando AINES, glicocorticóides e outros fármacos. O plano descreve os objetivos da aula, recursos didáticos, avaliação e bibliografia de referência.
[1] A paciente sofreu um trauma na cabeça e desenvolveu sinais e sintomas como dor de cabeça intensa, enjoo e perda de visão periférica. Ela foi internada e diagnosticada com um encurtamento da artéria cerebral anterior esquerda. [2] Atualmente faz uso contínuo de losartana para hipertensão e veritix para os sintomas do trauma craniano. [3] Os resumos fornecem informações sobre os medicamentos usados pela paciente e sobre traumatismo craniano.
Este documento discute o uso de drogas vasoativas em terapia intensiva. As drogas vasoativas são comumente usadas em pacientes graves para regular parâmetros circulatórios e respiratórios. O documento descreve os diferentes tipos de drogas vasoativas disponíveis, incluindo catecolaminas, e explica como elas agem em receptores alfa, beta e dopamina para afetar a circulação. Ele também discute as indicações e doses apropriadas para cada droga.
Este documento discute os antagonistas adrenérgicos, incluindo seus principais efeitos, classificação e usos terapêuticos. Ele se concentra especificamente nos antagonistas alfa e beta-adrenérgicos, descrevendo suas propriedades farmacológicas e usos para tratar hipertensão e disfunções cardiovasculares. Os beta-bloqueadores são discutidos em maior detalhe, com ênfase em seus mecanismos de ação e efeitos colaterais potenciais.
O documento discute a hipertensão arterial, definindo-a como pressão sanguínea sistólica acima de 140mmHg e diastólica acima de 90mmHg. Explica que a pressão arterial é determinada pelo débito cardíaco e resistência vascular, e que vários fatores como o sistema nervoso simpático, hormônios e rins regulam esses parâmetros. Apresenta também as principais classes de fármacos anti-hipertensivos e seus mecanismos de ação.
O documento discute os agonistas e antagonistas adrenérgicos, incluindo seus mecanismos de ação, usos clínicos e efeitos adversos. É feita uma distinção entre agonistas alfa e beta seletivos e não seletivos, e entre antagonistas beta seletivos e não seletivos. Vários medicamentos são citados como exemplos de cada classe farmacológica.
O documento discute a farmacologia do sistema nervoso autônomo, incluindo agonistas e antagonistas adrenérgicos. É descrito o uso de agonistas adrenérgicos não seletivos e seletivos para condições como parada cardíaca, choque cardiogênico e reações anafiláticas. Também são discutidos agonistas alfa adrenérgicos, antagonistas alfa e antagonistas beta, assim como seus mecanismos de ação e efeitos clínicos.
Descubra os segredos do emagrecimento sustentável: Dicas práticas e estratégi...Lenilson Souza
Resumo: Você já tentou de tudo para emagrecer, mas nada parece funcionar? Você
não está sozinho. Perder peso pode ser uma jornada frustrante e desafiadora,
especialmente com tantas informações conflitantes por aí. Talvez você esteja se
perguntando se existe um método realmente eficaz e sustentável para alcançar
seus objetivos de saúde. A boa notícia é que, sim, há! Neste artigo, vamos explorar
estratégias comprovadas que realmente funcionam. Desde a importância de uma
alimentação balanceada e exercícios físicos eficazes, até a relação entre sono,
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mitos e fornecer dicas práticas que você pode começar a aplicar hoje mesmo.
Então, se prepare para transformar sua abordagem e finalmente ver os resultados
que você merece!
Descubra os segredos do emagrecimento sustentável: Dicas práticas e estratégi...
06 betabloqueadores
1. ARTIGO DE REVISÃO 215Rev Bras Hipertens vol.16(4):215-220, 2009.
Betabloqueadores adrenérgicos
Adrenergic betablockers
Luiz Aparecido Bortolotto1
, Fernanda M. Consolim-Colombo2
1 Professor livre-docente do Departamento de Cardiopneumologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), médico-assistente da Unidade de
Hipertensão do Instituto do Coração (InCor).
2 Médica-assistente da Unidade de Hipertensão do InCor. Professora livre-docente do Departamento de Cardiopneumologia da FMUSP.
Correspondência para: Unidade de Hipertensão do InCor, FMUSP. Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 44. Cerqueira César − 05403-000 − São Paulo, SP. E-mails: hipluiz@
incor.usp.br e hipfernanda@incor.usp.br
RESUMO
Os betabloqueadores adrenérgicos constituem uma clas-
se terapêutica que apresenta como mecanismo de ação
comum o bloqueio dos receptores beta-adrenérgicos,
porém com perfis farmacológicos diferentes. As diferenças
relacionam-se à seletividade dos receptores beta-adrenér-
gicos, à lipossolubilidade e às ações vasodilatadoras de
alguns medicamentos da classe. Há indicação formal para
seu uso em pacientes hipertensos com cardiopatias asso-
ciadas. A prescrição de betabloqueadores, em especial do
atenolol, como primeira opção terapêutica anti-hipertensiva
em idosos e diabéticos não tem sido sugerida nas diretrizes
mais recentes. Entretanto, o uso dos betabloqueadores
como coadjuvante no tratamento da hipertensão arterial
está estabelecido.
PALAVRAS-CHAVE
Betabloqueadores, hipertensão arterial, tratamento, far-
macologia.
ABSTRACT
Adrenergic betablockers comprise a therapeutical class
of drugs acting by inhibition of beta adrenergic receptors,
but with different pharmacological profile. The differences
are related to selectivity of beta-adrenergic receptors, lipid
solubility and vasodilatory actions of some of the drugs.
Betablockers have a compelling indication in patients with
hypertension and heart diseases. The prescription of beta-
blockers, especially atenolol, as a first-choice antihyperten-
sive therapy for older patients or patients with diabetes has
not been recommended by recent guidelines. However, the
use of beta-blockers as add-on agents in the treatment of
arterial hypertension has been well recognized.
KEYWORDS
Betablockers, arterial hypertension, treatment, pharma-
cology.
Os betabloqueadores adrenérgicos, com relação aos efeitos no
sistema cardiovascular, inibem as respostas cronotrópicas, ino-
trópicas e vasoconstritoras à ação das catecolaminas epinefrina
e norepinefrina nos receptores beta-adrenérgicos1
.
Existem diferentes subtipos de receptores β: β1
, β2
e β3
.
Todos os três estão ligados às proteínas Gs, que, por sua vez,
estão unidas à adenilato ciclase2
. A ligação do neurotransmissor
aos receptores provoca aumento na concentração do segundo
mensageirocelular,monofosfatodeadenosinacíclico(AMPc).Na
mesma direção, os efetores do AMPc incluem proteína quinase
dependente de AMPc (PKA), que medeia alguns dos eventos in-
tracelulares após a ligação do hormônio. O efeito final da ativação
do receptor depende da sua localização no órgão-alvo2
.
As ações específicas do receptores β incluem:
Receptores β1
Aumento do débito cardíaco, por aumento da frequência•
cardíaca e do volume ejetado em cada batimento (au-
mento da fração de ejeção).
Liberação de renina nas células justaglomerulares.•
Lipólise do tecido adiposo.•
Recebido: 5/6/2009 Aceito: 13/9/2009
2. Betabloqueadores adrenérgicos
Bortolotto LA, Consolim-Colombo FM
216 Rev Bras Hipertens vol.16(4):215-220, 2009.
Receptores β2
Os receptores β2
são receptores adrenérgicos polimórficos
predominantes nos músculos lisos e causam o relaxamento
visceral. Entre as suas funções conhecidas, estão:
relaxamento da musculatura lisa, por exemplo, nos•
brônquios;
lipólise do tecido adiposo;•
relaxamento gastrintestinal, do esfíncter urinário, e do•
útero gravídico;
relaxamento da parede da bexiga;•
dilatação das artérias do músculo esquelético;•
glicogenólise e gliconeogênese;•
aumento da secreção das glândulas salivares;•
inibição da liberação de histamina dos mastócitos;•
aumento da secreção de renina dos rins.•
Receptores β3
Sãoreceptoresadrenérgicosquecausampredominantemen-
te efeitos metabólicos, nos quais as ações específicas incluem,
por exemplo, a estimulação da lipólise do tecido adiposo.
Como será visto adiante, os betabloqueadores não são idên-
ticos em suas ações, pois diferem na seletividade aos receptores
adrenérgicos (β1 e β2), e alguns apresentam efeitos vasodilata-
dores por ações diversas, como antagonismo do receptor alfa-1
adrenérgico ou aumento da liberação de óxido nítrico3
.
A tabela 1 mostra os principais betabloqueadores disponíveis
para uso clínico e suas ações farmacológicas com relação ao
sistema cardiovascular.
Diferenças entre os
betabloqueadores
Seletividade
Os betabloqueadores podem ser diferenciados em três catego-
rias de acordo com a seletividade4
.
a) Não seletivos: bloqueiam tantos os receptores adrenérgi-
cos β1
, encontrados principalmente no miocárdio, quanto
os β2
, encontrados no músculo liso, nos pulmões, nos
vasos sanguíneos e em outros órgãos1
. Em consequência,
apresentam efeitos periféricos mais acentuados como
aumento da resistência arterial periférica5
e broncocons-
trição6
. Os exemplos mais utilizados desta categoria são
propranolol, nadolol e timolol. Um betabloqueador não
seletivo, pindolol, se destaca por apresentar atividade
simpatomimética intrínseca, agindo como um agonista
adrenérgico parcial e, portanto, apresentando menos
bradicardia e broncoconstrição que os demais betablo-
queadores desta categoria6
.
b) Cardiosseletivos: bloqueiam apenas os receptores β1
adrenérgicos, presentes em maior parte no coração,
no sistema nervoso e nos rins e, portanto, sem os
efeitos de bloqueio periférico indesejáveis. No entanto,
em doses muito altas podem também ter ação nos
receptores β2
.
c) Ação vasodilatadora: manifesta-se por antagonismo ao
receptor alfa-1 periférico, como o carvedilol e o labetalol,
e por produção de óxido nítrico, como o nebivolol.
Solubilidade
A solubilidade em lipídios e água de cada betabloqueador de-
termina sua biodisponibilidade e o perfil de efeitos colaterais4
.
A lipossolubilidade determina o grau no qual um betabloqueador
penetra na barreira hematoencefálica e assim leva aos efeitos
colaterais no sistema nervoso central (SNC), tais como letar-
gia, pesadelos, confusões e depressão4
. O propranolol é muito
lipossolúvel, enquanto o metoprolol tem lipossolubilidade apenas
moderada. Os hidrossolúveis, como o atenolol, têm menor pe-
netração tissular, meia-vida mais longa e causam menos efeitos
colaterais no SNC7
.
Tabela 1. Propriedades farmacológicas dos principais betabloqueadores adrenérgicos utilizados na prática clínica
Medicamento Dosagem diária Frequência diária Meia-vida (horas) Cardiosseletividade Efeito vasodilatador
Atenolol 50-100 mg 2x 6-9 Sim Não
Bisoprolol 5-20 mg 1x 9-12 Sim Não
Carvedilol 12.5-50 mg 2x 7-10 Não Sim*
Labetalol 200-1200 mg 2x 3-6 Não Sim*
Metoprolol 50-400 mg 1-2x 3-7 Sim Não
Nadolol 20-240 mg 1x 10-20 Não Não
Nebivolol 2.5-10 mg 1 x 10 Sim Sim**
Pindolol 10-60 mg 2 x 3-4 Não Não
Propranolol 40-240 mg 2 x 3-4 Não Não
* = antagonista receptor alfa; ** = liberação de óxido nítrico.
3. 217Betabloqueadores adrenérgicos
Bortolotto LA, Consolim-Colombo FM
Rev Bras Hipertens vol.16(4):215-220, 2009.
Eliminação e metabolismo
Atenolol e nadolol são eliminados pelo rim e requerem ajuste
da dose em pacientes com insuficiência renal. Por outro lado,
propranolol, metoprolol, labetalol, carvedilol e nebivolol são
excretados primariamente por metabolismo hepático8
.
Mecanismos anti-hipertensivos
O sistema nervoso simpático, o principal alvo da atividade
betabloqueadora, é uma das vias centrais da fisiopatologia da
hipertensão arterial, tanto pelos efeitos sobre o coração e os va-
sos quanto pelas interações com o sistema renina-angiotensina-
aldosterona3
. Cerca de 20% a 30% dos hipertensos primários
têm como principal componente, no mecanismo da hipertensão
arterial, o aumento da atividade do sistema nervoso simpático.
Assim, o uso de betabloqueadores para o tratamento da hiper-
tensão arterial surge como opção terapêutica com fundamento
fisiopatológico muito evidente.
Há evidências bem estabelecidas de que os betabloquea
dores reduzem efetivamente ambas as pressões, sistólica e
diastólica, e também a hipertensão sistólica isolada9,10
. O meca-
nismo exato para a redução da pressão arterial é complexo e não
totalmente conhecido, mas alguns efeitos têm sido propostos e
estão expostos na tabela 2. O bloqueio dos receptores β1
adre-
nérgicos cardíacos causa redução da frequência cardíaca e da
contratilidade, com a consequente redução do débito cardíaco1,6
,
enquanto a ação nas células justaglomerulares renais diminui
a liberação de renina3,11
. Também existem relatos de que os
betabloqueadores promovem readaptação dos barorreceptores
e diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas6
. Já os
betabloqueadores de geração mais recente12,13
, como carvedilol
e nebivolol, apresentam ação vasodilatadora associada, o que
implicaria melhor efeito anti-hipertensivo, embora não existam
estudos comparativos entre esses novos fármacos e os beta-
bloqueadores mais antigos.
Tabela 2. Possíveis mecanismos anti-hipertensivos dos betabloquea
dores adrenérgicos
Redução da frequência cardíaca e do débito cardíaco
Inibição da liberação de renina pelas células justaglomerulares
Inibição da atividade do sistema nervoso simpático
Redução do retorno venoso e do volume plasmático
Geração de óxido nítrico (apenas nebivolol)
Redução do tônus vasomotor
Redução do tônus vascular
Melhora da complacência vascular
Readaptação dos barorreceptores
Atenuação da resposta pressórica às catecolaminas com exercício e
estresse
Uso terapêutico anti-hipertensivo
Nos últimos 40 anos, os betabloqueadores adrenérgicos têm
sido usados no tratamento da hipertensão arterial, demonstran-
do eficácia na redução da pressão, e hoje constituem a primeira
opção terapêutica na hipertensão arterial associada à doença
coronária, às arritmias cardíacas, à enxaqueca, entre outras
indicações compulsórias listadas na tabela 314
.
Os betabloqueadores adrenérgicos foram inicialmente usa-
dos para tratar arritmias e angina, mas posteriormente foram
avaliados como medicação anti-hipertensiva15
, e se consagraram
nos anos 1980 e 1990 como uma das principais medicações
para o tratamento da hipertensão arterial. Um dos motivos para
o uso mais amplo dos betabloqueadores nessa ocasião foi o
fato de apresentarem perfil de efeitos colaterais melhor do que
o dos outros anti-hipertensivos disponíveis à época, como os
de ação no SNC ou periférico15
. Assim, as principais diretrizes16
para o tratamento da hipertensão arterial nos anos 1980 e 1990
colocavam o betabloqueador como fármaco de primeira escolha,
ao lado dos diuréticos, para o tratamento inicial da hipertensão
arterial15
. No entanto, nos últimos anos, com os resultados de
vários ensaios clínicos, o papel dos betabloqueadores como
terapêutica inicial da hipertensão tem sido discutido.
Essa discussão ganhou amplitude muito grande, influencian-
dodiretrizes recentes17
, quenãoincluem mais os betabloqueado-
res como primeira escolha para o tratamento anti-hipertensivo.
No entanto, eles continuam sendo os agentes anti-hipertensivos
preferidos para pacientes com doença cardíaca associada, refle-
tindo os achados dos ensaios clínicos em hipertensão nos quais
os pacientes com infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca
que receberam betabloqueadores tiveram melhor evolução
cardiovascular, inclusive menor risco de mortes18,19
.
Apesar dos comprovados benefícios na prevenção secun-
dária, até o momento, não há evidências de que os betabloque-
adores mais antigos sejam eficazes na prevenção primária de
eventos cardiovasculares em pacientes hipertensos. Vários es-
tudos randomizados e controlados não mostraram benefício dos
betabloqueadores comparados com outros anti-hipertensivos4
.
Metanálise publicada em 199820
, abrangendo 10 ensaios clínicos
com cerca de 16 mil pacientes, mostrou que a pressão arterial foi
controlada em dois terços dos indivíduos que usaram diurético
como monoterapia, enquanto apenas um terço dos usuários
de betabloqueador (atenolol) controlou a pressão arterial.
Mais recentemente, o estudo LIFE21
demonstrou que o uso de
losartana propiciou uma diferença significativa de 1 mmHg na
redução da pressão arterial em relação ao atenolol em quase
10 mil participantes, diferença esta responsável pela redução
de 25% no número de acidentes vasculares cerebrais (AVC) no
grupo losartana comparado ao atenolol. Nos demais eventos
cardiovasculares, incluindo morte e infarto do miocárdio, não
houve diferença entre as duas classes terapêuticas.
4. Betabloqueadores adrenérgicos
Bortolotto LA, Consolim-Colombo FM
218 Rev Bras Hipertens vol.16(4):215-220, 2009.
Outras metanálises22-24
e ensaios clínicos25
mais recentes
confirmaram a ineficácia do atenolol em reduzir mortalidade
cardiovascular quando comparado a outros anti-hipertensivos,
inclusive com aumento nas taxas de acidente vascular cere-
bral. No entanto, no clássico estudo UKPDS26
, em pacientes
diabéticos, os anti-hipertensivos utilizados foram atenolol e
captopril, e os resultados mostraram significante redução da
taxa de complicações microvasculares e macrovasculares nos
pacientes que tiveram controle mais rígido da pressão arterial,
utilizando o atenolol ou captopril. Assim, neste estudo, a redução
da pressão arterial per se é que foi mais importante.
A maioria dos estudos comparativos dos efeitos preventi-
vos cardiovasculares em hipertensos utilizou o atenolol como
betabloqueador, e parece que o efeito não satisfatório é mais
relacionado ao medicamento em si do que à própria classe,
visto que estudos que utilizaram outros betabloqueadores, tais
como metoprolol, não apresentaram desvantagem em relação
ao placebo ou aos demais anti-hipertensivos22
.
O questionamento sobre as causas dessa desvantagem do
atenolol tem sido motivo de debate por vários autores. Um dos
prováveis motivos é que a maioria dos ensaios clínicos utilizou
dose única diária do atenolol, que comprovadamente apresen-
ta uma meia-vida de 6 a 9 horas27
, o que deixaria o paciente
desprotegido do efeito da medicação por várias horas. Outra
possível razão para o efeito inadequado do atenolol em reduzir
eventos está associada à inclusão de muitos pacientes idosos
nos ensaios clínicos, que parecem não ter tanto benefício com
o uso dos betabloqueadores no controle da pressão arterial,
devido às diferenças da fisiopatologia da hipertensão arterial
entre idosos e jovens28
. As características hemodinâmicas dos
pacientes hipertensos mais jovens incluem débito cardíaco
elevado e circulação hiperdinâmica com baixa pressão de pulso,
enquanto os hipertensos idosos apresentam aumento da rigidez
arterial29
, pressão de pulso e resistência vascular sistêmica ele-
vadas. Assim, o efeito anti-hipertensivo dos betabloqueadores
é maior nos indivíduos mais jovens, conforme demonstrado
em diferentes estudos clínicos30
. Além disso, o impacto dos
betabloqueadores sobre o risco cardiovascular também é mais
importante em indivíduos jovens do que em idosos. Em uma
metanálise31
que incluiu 145 mil indivíduos de 21 ensaios clínicos
em hipertensos, Khan and McAlister mostraram que os beta-
bloqueadores reduziram significativamente o risco de eventos
cardiovasculares maiores em indivíduos abaixo de 60 anos e de
forma similar a outros anti-hipertensivos, enquanto em idosos
não houve redução significativa quando comparado a placebo e
houve maior risco associado de acidentes vasculares cerebrais
quando comparados a outras medicações. Baseadas nesses
achados, diretrizes atuais32
não recomendam a indicação de
betabloqueadores como monoterapia de hipertensão arterial em
idosos, a não ser que haja indicação compulsória (Tabela 3).
Tabela 3. Indicações compulsórias dos betabloqueadores como
terapia anti-hipertensiva inicial
Angina estável
Infarto do miocárdio prévio
Insuficiência cardíaca diastólica e sistólica
Enxaqueca
Estado hiperadrenérgico (atividade simpática aumentada)
Aneurisma de aorta sob tratamento clínico conservador
Arritmias supraventriculares
Uma outra interessante explicação para os efeitos não
benéficos dos betabloqueadores envolve o efeito dessa classe,
em especial o atenolol, sobre a onda de pulso arterial. A cada
contração do ventrículo esquerdo, uma onda de pulso arterial
é gerada e propagada pelas artérias, com um componente
anterógrado e um componente retrógrado dado pela reflexão
da onda nas bifurcações arteriais, de tal forma que na raiz da
aorta a forma final da onda é a soma sincronizada dos dois com-
ponentes33
. A onda retrógrada, por atingir a aorta normalmente
durante a diástole, tem importância fundamental na perfusão
coronária. Alguns autores propõem que os betabloqueadores, ao
reduzirem a frequência cardíaca, dessincronizam artificialmente
a formação da onda, com a reflexão chegando na sístole, o que
afeta a perfusão coronária e aumenta o risco cardiovascular,
sobretudo nos indivíduos idosos34,35
.
Reações adversas
As reações adversas dos betabloqueadores dependem da es-
pecificidade pelo subtipo de receptor, de sua distribuição nos
receptores β adrenérgicos e de seu grau de solubilidade1
. Esses
fármacos são bem tolerados na prática clínica, embora deter-
minados efeitos colaterais descritos com alguns deles incluam
fadiga, depressão, capacidade de exercício diminuída, disfunção
sexual e crises de asma. No entanto, estudo22
que analisou
a relação entre suspensão do tratamento anti-hipertensivo e
efeitos colaterais não encontrou diferenças entre os usuários
de betabloqueadores ou de placebo, em relação aos principais
efeitos indesejáveis descritos acima. Além disso, a porcentagem
de suspensão do tratamento foi semelhante nos grupos placebo
e betabloqueador.
Os betabloqueadores também têm sido relacionados a
efeitos metabólicos indesejáveis que podem influenciar a evo-
lução do paciente com hipertensão arterial, sobretudo quando
associados à síndrome metabólica4
. Os principais efeitos meta-
bólicos são observados com os betabloqueadores mais antigos,
que não apresentam ação vasodilatadora periférica, pois o
aumento da resistência vascular diminui a disponibilidade de
5. 219Betabloqueadores adrenérgicos
Bortolotto LA, Consolim-Colombo FM
Rev Bras Hipertens vol.16(4):215-220, 2009.
glicose e reduz seu uso pelo músculo esquelético, o que gera
intolerância à glicose36
. Em consequência, tem sido correlacio-
nado o aparecimento de novos casos de diabetes com o uso de
betabloqueadores, como observado em recente metanálise37
de
ensaios clínicos que utilizaram betabloqueadores por pelo menos
um ano. No entanto, os autores chamam atenção para o fato
de que o aparecimento de diabetes foi observado apenas com
o atenolol, mas não nos estudos que utilizaram metoprolol ou
propranolol, como demonstrado em alguns estudos, principal-
mente envolvendo o atenolol a novos casos de diabetes.
Apesar disso, o clássico estudo britânico UKPDS26
já men-
cionado mostrou que o bom controle da pressão arterial com
tratamento baseado em atenolol trouxe os mesmos benefícios
sobre eventos cardiovasculares do que o controle obtido com o
tratamento baseado em inibidores da enzima conversora da an-
giotensina (ECA). Portanto, pacientes diabéticos podem usar os
betabloqueadores como anti-hipertensivos38
, se apresentarem
indicação compulsória associada e mesmo como uma segunda
ou terceira opção terapêutica ao lado dos inibidores da ECA ou
bloqueadores dos receptores da angiotensina II.
Novos betabloqueadores
Resultados de estudos em animais39,40
e estudos preliminares
em humanos41-44
têm sido encorajadores para o uso terapêutico
dos novos betabloqueadores com efeitos vasodilatadores, tais
como o carvedilol e o nebivolol, no tratamento da hipertensão
arterial. Esses resultados mostraram efeitos benéficos sobre a
função endotelial, rigidez arterial e eventos cardiovasculares,
além de menor efeito metabólico indesejável.
O carvedilol é um betabloqueador de terceira geração, não
seletivo, sem atividade simpatomimética intrínseca, com efeitos
vasodilatadores devido à capacidade de bloquear concomitante-
mente os receptores periféricos alfa-1 adrenérgicos43
. Estudos
experimentais demonstraram que o carvedilol bloqueia os recep-
tores α1
-, β1
-, e β2
sem exibir altos níveis de atividade agonista
inversa43
. Essa falta de atividade agonista inversa e de atividade
simpatomimética intrínseca reduz os efeitos colaterais e torna o
fármaco mais tolerado que os betabloqueadores mais antigos.
O carvedilol é rapidamente absorvido depois de uma dose oral,
atingindopicodeconcentraçãoplasmáticaem1a2horas.Comoa
meia-vidavariade7a10horas,deveseradministradoduasvezes
ao dia. O carvedilol parece reduzir a pressão arterial por diminuir a
resistênciavascularperiférica,semafetarodébitocardíaco,devido
ao efeito de bloqueio alfa-adrenérgico; esse efeito hemodinâmico
é similar aos encontrados com inibidores da ECA e antagonistas
dos canais de cálcio, sendo esperado um efeito anti-hipertensivo
maior que os betabloqueadores mais antigos43
.
Já existem várias demonstrações dos benefícios do carvedi-
lol em pacientes com insuficiência cardíaca, tanto na redução de
internações e eventos quanto na redução de mortalidade, o que
torna essa medicação uma atraente opção para os hipertensos
com insuficiência cardíaca associada43
. Mais recentemente,
estudos em hipertensos diabéticos têm mostrado melhora da
função endotelial e da inflamação, além de melhora da sensibi-
lidade à insulina com melhor controle do diabetes nos pacientes
que utilizaram carvedilol43
.
Onebivololéumbetabloqueadoraltamenteseletivoparaore-
ceptor beta 1 com uma ação adicional de vasodilatação mediada
pelamaiorliberaçãodeóxidonítrico44
.Essacombinaçãodeações
não somente potencializa a redução da pressão, como também
leva a um perfil hemodinâmico favorável, que é clinicamente
relevante para o tratamento de pacientes hipertensos. Entre os
betabloqueadores em uso, é o que apresenta maior afinidade
pelo receptor β1
adrenérgico. Parece, também, ter melhor perfil
metabólico que os betabloqueadores mais antigos44
.
Seis novos estudos focando as propriedades vasodilatadoras
do nebivolol demonstraram que: a) seu efeito anti-hipertensivo
é acompanhado pela ação vasodilatadora, observada após dose
única e crônica de 5 mg/dia; b) a vasodilatação pode ser docu-
mentada sistemicamente, em vários leitos regionais, e é acom-
panhada por aumento da distensibilidade arterial de pequenas
artérias41
; c) o aumento das concentrações de óxido nítrico não
é apenas por aumento da síntese via arginina, mas também pela
preservação do óxido nítrico da degradação oxidativa. O perfil
hemodinâmico favorável do nebivolol (preservação do débito
cardíaco, redução da resistência periférica e melhora da função
diastólica) parece ter benefícios clinicamente relevantes sobre
a função sistólica e a diastólica prejudicadas, que são complica-
ções frequentemente observadas na doença hipertensiva44
.
Apesar desses efeitos benéficos intermediários, ainda não
se sabe se tais efeitos possam ser traduzidos em reduções
significantes de eventos cardiovasculares em grandes ensaios
clínicos. Ensaios clínicos com esses novos betabloqueadores são
necessários para comprovar o benefício na prevenção primária
de eventos cardiovasculares e assim recomendá-los como
tratamento de primeira escolha na hipertensão arterial.
Em conclusão, a classe terapêutica dos betabloqueadores
inclui fármacos que, embora tenham em comum o bloqueio de
receptores beta-adrenérgicos,apresentam perfis farmacológicos
muito diferentes, incluindo seletividade nos receptores, lipos-
solubilidade e efeitos vasodilatadores associados. Há indicação
formal para o uso desses fármacos em pacientes hipertensos
com cardiopatias associadas. A prescrição de betabloqueadores,
em especial do atenolol, como primeira escolha terapêutica
anti-hipertensiva em idosos e diabéticos não tem sido sugerida
nas diretrizes mais recentes. Entretanto, sua indicação como
coadjuvante no tratamento da hipertensão arterial está bem
estabelecida.
6. Betabloqueadores adrenérgicos
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