[1] A paciente sofreu um trauma na cabeça e desenvolveu sinais e sintomas como dor de cabeça intensa, enjoo e perda de visão periférica. Ela foi internada e diagnosticada com um encurtamento da artéria cerebral anterior esquerda. [2] Atualmente faz uso contínuo de losartana para hipertensão e veritix para os sintomas do trauma craniano. [3] Os resumos fornecem informações sobre os medicamentos usados pela paciente e sobre traumatismo craniano.
1. SISTEMATIZAÇÃO DO CUIDAR III
Prof.: Kyra Vianna Alochio
Alunas: Betânia Caroline dos Santos Diniz, Gisele Gomes dos Santos e Raquel Júnia
Ferreira
2. BCSD, paciente feminina, 39 anos, brasileira, sem
acompanhante, casada, dois filhos, moradora da cidade
de Macaé- RJ. Relata ter sofrido um trauma na cabeça,
na instituição onde estuda.
Dados do cliente
3. Cliente nega etilismo, hipertensa, visão turva e perda de visão periférica,
crise de labirintite, dor de cabeça intensa e enjoo. Esses sinais e sintomas
desencadearam depois de um trauma na cabeça. Foi internada na cidade
de Itaocara-RJ, para fazer exames de imagens (TC de Crânio e
Ressonância Magnética de Crânio), no qual constatou interferência no
exames e foi encaminhada às pressas para o Hospital São José do Avai
em Itaperuna – RJ, onde ficou internada por seis dias com medicação.
Foi realizado uma Angiotomografia Craniana, onde constatou um
encurtamento da artéria cerebral anterior esquerda. Teve alta hospitalar
com medicação prescrita de uso contínuo. Faz Angiotomografia
Craniana anualmente para o acompanhamento da anomalia.
História clínica
6. Faz uso continuo de losartana potássica 50mg. Quando ficou
internada por seis (6) dias fez uso de medição em IV de
tramadol. Dipirona, plamet e vertix em VO. Teve alta
hospitalar com medicação prescrita de uso contínuo vertix e
cefalium
Medicações
7. BULA DE REMÉDIO: LOSARTANO
GRUPO FARMACOLÓGICO
Anti-hipertensivo; antagonista dos receptores da angiotensina II.
GENÉRICOS E APRESENTAÇÕES
Losartana potássica (cpr ou cps de 50 mg); Losartana +
(cpr revestidos de 100 + 25 mg; 50 + 12,5 mg).
EFEITOS ADVERSOS
Hiperpotassemia, hipotensão, tontura, congestão nasal. Raramente,
podem ocorrer tosse e angioedema.
MECANISMO DE AÇÃO
. A losartana é um composto sintético potente, ativo por via oral. De
acordo com bioensaios de ligação e farmacologia, a losartana liga-se
seletivamente ao receptor AT1. In vitro e in vivo, tanto a losartana como
seu metabólito ácido carboxílico farmacologicamente ativo (E-3174)
bloqueiam todas as ações fisiologicamente relevantes da angiotensina
independentemente da fonte ou da via de síntese. Diferentemente de
alguns antagonistas peptídicos da angiotensina II, a losartana não
apresenta efeitos agonistas. A losartana liga-se seletivamente ao
AT1 e não se liga ou bloqueia outros receptores de hormônios ou
iônicos importantes na regulação cardiovascular. Além disso, a
não inibe a ECA (cininase II), a enzima que degrada a bradicinina.
Consequentemente, os efeitos não relacionados diretamente ao
do receptor AT1, como a potencialização dos efeitos mediados pela
bradicinina ou o desenvolvimento de edema (losartana: 1,7%; placebo:
1,9%), não estão associados à losartana.
BULA DE REMÉDIO: TRAMADOL
GRUPO FARMACOLÓGICO
Analgésico opioide; possui mecanismo de ação mais complexo que os
opioides clássicos, modulando as vias monoaminérgicas.
USO
Dor de intensidade moderada a severa, aguda ou crônica.
COMENTÁRIO
Menor potencial de causar dependência em relação aos outros opioides.
Usar com cautela em pacientes com história ou em risco de convulsão.
Os idosos e insuficientes respiratórios são mais suscetíveis aos efeitos
adversos.
Segurança e eficácia não estabelecidas em crianças.
MECANISMO DE AÇÃO
O cloridrato de tramadol é um agonista (substância que se liga a uma
porção celular - chamado receptor - simulando a ação de outra) que age
nos receptores opioides do sistema nervoso, com efeito analgésico,
utilizada para aliviar a dor. O início de ação ocorre cerca de 1 hora após
sua administração.
Propriedades Farmacodinâmicas: O mecanismo de ação do cloridrato
de Tramadol não é completamente conhecido, mas sabe-se que ele pode
ligar-se aos receptores opioides μ e também inibir a recaptação da
norepinefrina e serotonina. Atua da mesma forma que as endorfinas e as
encefalinas, ativando com suas moléculas, receptores ao nível de células
nervosas, o que leva a diminuição da dor. Produz menos efeitos adversos
em relação aos sistemas circulatório e respiratório e tem pequeno
potencial de abuso quando comparado a outros analgésicos narcóticos.
8. Bula de Remédio: Metamizol (Dipirona)
GRUPO FARMACOLÓGICO
Analgésico e antipirético.
USO - Alívio da dor e da febre.
CONTRAINDICAÇÃO
Deficiência de G6PD, porfiria, discrasias sanguíneas, gestação e
MODO DE ADMINISTRAÇÃO
VO. A formulação parenteral pode ser administrada via IM, EV ou SC.
MECANISMO DE AÇÃO
Tem uma ação bloqueadora da hiperalgesia exercida pela ligação a
receptor periférico, combinado com ação espinal da dipirona e com
poucos efeitos antiedematosos e/ou antiiflmatórios, alguns bancos de
dados insistem em continuar afirmando que a ação da dipirona atua
unicamente por inibição de cicloxigenase, inibindo a síntese de
prostaglandinas No volume 116, de setembro de 2000 do banco de
dados Drugdex (Micromedex) aparece a citação feita no parágrafo
anteiror, ignorando os trabalhos realizados entre 1996 e 1999 por
Aleksander Zampronio, Berenice B. Lorenzetti e Sérgio H. Ferreira, que
apontam para a ação periférica da dipirona sobre um receptor
com estimulação epinhal via ativação da arginina/cGMP em neurônios
sensoriais primários.
A ação antitérmica da dipirona pode ser explicada pelo antagonismo
direto de cininas pirogênicas em receptores do centro termo-
localizado no tálamo.
Bula De Remédio: Bromoprida (Plamet)
GRUPO FARMACOLÓGICO
Procinético e Antiemético
INDICAÇÕES
Este medicamento está indicado para o alívio dos distúrbios da motilidade
gastrintestinal, situações de refluxo gastroesofágico, náuseas, vômitos e para
facilitar procedimentos radiológicos do trato gastrintestinal.
CONTRA-INDICAÇÕES
- na presença de hemorragia, obstrução mecânica ou perfuração
gastrintestinal;
- em pacientes epiléticos ou que estejam recebendo outras drogas que
possam causar reações extrapiramidais, uma vez que a frequência e
intensidade destas reações podem ser aumentadas;
- em pacientes com feocromocitoma, pois pode desencadear crise
hipertensiva, devido à provável liberação de catecolaminas do tumor.
MECANISMO DE AÇÃO
A bromoprida é um procinético gastrintestinal que também atua como
antiemático, bloqueando o centro de vômito. Plamet inaugura uma nova
era da terapêutica digestiva, por ser regulador fisiológico específico para o
sistema digestivo, dotado de duplo mecanismo de ação: central e periférico.
Promove o aumento da pressão do esfíneter esofagiano inferior, impedindo
ou dificultando o refluxo gástrico.
Plamet estimula a peristalse gástrica a partir do centro, promovendo
ativamente o esvaziamento do estômago. Fecha o piloro após a fase de
esvaziamento gástrico, impedindo o refluxo biliar, facilitando o esvaziamento
da vesícula.
9. BULA DE REMÉDIO: FLUNARIZINA (VERTIX®)
GRUPO FARMACOLÓGICO
Antivertiginoso;.
USO
Distúrbios labirínticos sintomáticos (síndrome
de Ménière, vertigem, náuseas, nistagmo).
Profilaxia da enxaqueca.
CONTRAINDICAÇÃO
Depressão, doença de Parkinson e distúrbios
extrapiramidais.
EFEITOS ADVERSOS
Cansaço, sonolência, náusea, vômito, boca
ganho de peso, sintomas extrapiramidais,
galactorreia.
COMENTÁRIO
Apresenta atividade anti-histamínica e
bloqueadora dos canais de cálcio.
MECANISMO DE AÇÃO
Tem uma ação bloqueadora seletiva dos canais
de cálcio; possui discreta propriedade anti-
histaminérgica.
BULA DE REMÉDIO: DIIDROERGOTAMINA
CEFALIUM® (associado com 450 mg de paracetamol, 75 mg de cafeína e 10 mg de
metoclopramida)
GRUPO FARMACOLÓGICO - Antimigranoso; alcaloide do ergot; agonistas parciais não seletivos dos
receptores serotoninérgicos.
CONTRAINDICAÇÃO
Enxaqueca hemiplégica ou do tipo basilar, hipertensão arterial sistêmica não controlada, doença
arterial coronariana, história de IAM, isquemia silenciosa, angina de Prinzmetal, doença
cerebrovascular, doença vascular periférica, sepse, insuficiência hepática ou renal graves, gestação
(categoria de risco X) e lactação.
COMENTÁRIO
• Evitar o uso de triptanos (agonistas serotonérgicos) dentro de 24 h do uso da diidroergotamina.
Evitar o uso nos primeiros 14 dias após a descontinuação dos IMAOs.
• Ao menor sinal de formigamento das extremidades ou outro sinal de isquemia, interromper
imediatamente.
• Atentar para os efeitos adversos e contraindicações dos agentes associados na formulação de
cada representante comercial.
• Pacientes que usam diidroergotamina por longos períodos podem apresentar síndrome de
abstinência e cefaleia de rebote quando a droga é descontinuada.
INDICAÇÃO
Cefalium alivia as dores de cabeça (cefaléias), incluindo a enxaqueca, que são acompanhadas com
frequência de náuseas e vômitos.
AÇÃO ESPERADA DE CEFALIUM
Cefalium apresenta em sua fórmula uma substância (di-hidroergotamina), que age no sistema
nervoso central e é específica para o alívio da dor de cabeça gerada pela enxaqueca. Apresenta
também um analgésico (paracetamol), uma substância (cloridrato de metoclopramida) que melhora
as náuseas e vômitos associados às crises de enxaqueca e a cafeína que aumenta a efetividade dos
analgésicos.
10. Os traumatismos cranioencefálicos (TCE), também conhecido como lesão
intracraniana, ocorre quando uma força externa causa um ferimento traumático no
cérebro. TCE pode ser classificado com base na severidade, mecanismo (ferimento
fechado ou que penetra o crânio), ou outras características (como, por exemplo,
ocorrência em um local específico ou em uma área ampla).
O principal mecanismo do TCE pode ser classificado como lesão cerebral focal,
resultando em contusão, laceração e hemorragia intracraniana por trauma local
direto; lesão cerebral difusa, causando lesão axonal difusa e aumento do tamanho
do cérebro (edema) pelo mecanismo de aceleração/desaceleração. O resultado da
lesão cerebral é definido por dois mecanismos ou estágios diferentes. (a) lesão
primária (ocorrida no momento do trauma); (b) lesão secundária (sendo o processo
patológico iniciado no momento do trauma com manifestações clinicas tardias.)
Patologia
11. NANDA
Risco de função cardiovascular prejudicada relacionada a hipertensão;
Risco de disfunção neurovascular periférica relacionada traumatismo;
Risco de queda relacionado a perda da visão periférica.
NIC
Solicitar uma avaliação médica para prescrição de medicamento para regular a hipertensão;
Investigar e avaliar o estado neurovascular no mínimo a cada hora, nas primeiras 24 horas;
Solicitar uma avaliação do oftalmologista e monitorar os sinais e sintomas de desequilíbrio.
NOC
Pressão arterial normalizado;
Melhoria no estado emocional, o nível de conforto e as estratégias de enfrentamento da vítima de trauma;
O indivíduo deverá relatar mudanças na sensação e movimento periféricos.
Diagnóstico de Enfermagem