O documento discute a representação feminina nos quadrinhos ao longo da história, desde as primeiras quadrinistas mulheres até os dados sobre a baixa participação feminina na indústria atualmente. Também aborda como as mulheres têm usado os graphic memoirs para contar suas próprias histórias e como o mangá japonês representa melhor as mulheres.
2. Mulheres Quadrinistas?
•O Yellow Kid (1895) é
considerado a primeira
HQ.
•No entanto, Rose O’Neill
(1874-1944) publicou seu
primeiro quadrinho alguns
meses antes.
• Um dos equívocos no
Ocidente é acreditar que
a indústria de quadrinhos
sempre foi masculina.
2
3. Ethel Hays criou a personagem Flapper Fanny em 1924.
Utilizando um estilo art noveau, marcou época. Em 1931, a
tirinha passou a ser desenhada por outra mulher, Gladys Parker.
3
4. Mulheres Quadrinistas e a Guerra
• As artistas americanas
eram quase especialistas
em quadrinhos infantis ou
sobre flappers.
• Com a II Guerra, elas se
fizeram presentes em
todas as áreas e também
nos comics de ação. É o
caso de Wing Tips de
Ruth Atkinson.
4
5. A Mulher Maravilha
•Em 1941, William M.
Marston criou a primeira
super-heroína a Mulher
Maravilha.
• Durante vários
anos, ela foi a única
super-heroína adulta dos
comics, com revista
própri e sem a tutela
masculina. 5
6. • A questão do bondage tem sido utilizada para
desqualificar a personagem.
10/9/2012 6
7. • No entanto, Batman, Super Homem também passaram
pela mesma situação… e ainda passam.
10/9/2012 7
8. • Miss Fury foi a
primeira super-
heroína criada
por uma mulher.
• Tarpe Mills foi
responsável pela
personagem
entre 1944-1949.
Footer Text 10/9/2012 8
9. Backlash: Mulheres para Casa
• Com o retorno dos homens da
guerra, poucas permaneceram na indústria.
Mesmo as comics de romance eram feitas
por homens. As meninas deixaram de
interessar como consumidoras e os
quadrinhos femininos desaparecem. 9
10. Dados da Indústria em 2012
Somente 11,2% dos profissionais da Marvel são
mulheres, dentre os desenhistas, elas são 1,3%;
entre os roteiristas, elas representam 5%.
10/9/2012 10
11. Dados da Indústria em 2012
Somente 9,9% dos profissionais da DC são
mulheres, dentre os desenhistas, elas são 2,8%;
entre os roteiristas, elas representam 3%.
10/9/2012 11
12. A ausência das mulheres na indústria tem impacto
na forma como as mulheres são apresentadas nas
HQs americanas. 10/9/2012 12
13. Marcas de Gênero
associadas ao
Feminino:
• Sexualização;
• Futilidade;
• Debilidade física;
• Infantilização;
• Narcisismo;
• Instabilidade
emocional;
• Irracionalidade;
10/9/2012 13
14. • Um dos pôsteres do filme Os Vingadores foi muito
criticado por reforçar estereótipos.
16. Graphic Memoirs
• HQs autobiográficas têm
servido como lugar de
subjetivação, afirmação, r
etomada ou construção
de identidades.
• É um terreno no qual as
mulheres se destacam:
Marguerite Abouet, Alison
Bechdel, Marjane
Satrapi, Rosalind P.
Penfold, Marisa Acocella 16
17. Graphic Memoirs
• Em Aya de Yopougon, Marguerite Abouet
retorna para a Costa do Marfim na década de
1970, e discute questões de gênero,
desconstruindo a idéia de África miserável que
povoa o imaginário Ocidental. 17
18. Graphic Memoirs
• Alison Bechdel trouxe
para os quadrinhos
norte americanos o
olhar lesbiano. Sua
obra mais conhecida é
Dykes to Watch Out For
(1983-2008). No
Brasil, sua obra mais
conhecida é Fun Home
– Uma Tragicomédia
em Família (2006).
18
19. Graphic Memoirs
Persepólis de Marjane
Satrapi dá vida às suas
memórias pessoais sobre a
Revolução Islâmica de 1979
e a vida no Irã nos anos
que se seguiram. 19
20. Mangá, uma outra história...
• NoJapão, as mulheres produzem quadrinhos
para o seu próprio consumo e há toda uma
parcela do mercado que é direcionado para
o público feminino, os shoujo mangá.
20
Morte de Maria Antonieta no mangá A Rosa de Versalhes ( ベルサイユのばら) de Riyoko Ikeda
21. • Os shoujo mangá não
quadrinhos
feministas, mas tratam
de temas de interesse
das mulheres e estão
atentos aos temas
contemporâneos.
• São dezenas de títulos
lançados todos os
meses com as mais
diferentes
temáticas, abordagen
s e diferentes
10/9/2012 21
22. • Há obras, como
Confidential
Confessions, de
Momochi Reiko,
trazem questões
fministas e
promovem o
empoderamento
das meninas.
• Prostituição,
bullying, estupro,
assédio sexual, etc.
são tratados no
quadrinho 10/9/2012 22
23. • No Japão há muitas
autoras e algumas
produzem para revistas
que não são voltadas
para o público feminino.
• Ainda assim, as leitoras as
seguem e mangás como
Hataraki-Man, de Moyoco
Anno, são elogiados por
abordarem de forma
crível a difícil experiência
das mulheres japonesas
no mundo do trabalho.
10/9/2012 23
24. Joana D’Arc
Uma releitura Feminista
• As autoras Valérie
Mangin e Jeanne
Puchol lançaram
este ano a
graphic novel
"Moi, Jeanne
d’Arc"
(“Eu, Joana
D’Arc”).
Footer Text 10/9/2012 24
25. • Valéria Fernandes
• Contato: shoujofan@gmail.com
• Shoujo Café: http://www.shoujo-
cafe.com
• Utilização permitida desde que citados
os créditos.
Footer Text 10/9/2012 25