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Feminismos em
Quadrinhos, Re
 presentações
    Sociais

  Prof.ª Dr.ª Valéria
 Fernandes da Silva
                        10/9/2012   1
Mulheres Quadrinistas?
•O  Yellow Kid (1895) é
considerado a primeira
HQ.
•No entanto, Rose O’Neill
(1874-1944) publicou seu
primeiro quadrinho alguns
meses antes.
• Um dos equívocos no
Ocidente é acreditar que
a indústria de quadrinhos
sempre foi masculina.
                              2
Ethel Hays criou a personagem Flapper Fanny em 1924.
Utilizando um estilo art noveau, marcou época. Em 1931, a
tirinha passou a ser desenhada por outra mulher, Gladys Parker.
                                                            3
Mulheres Quadrinistas e a Guerra
• As artistas americanas
eram quase especialistas
em quadrinhos infantis ou
sobre flappers.
• Com a II Guerra, elas se
fizeram    presentes   em
todas as áreas e também
nos comics de ação. É o
caso de Wing Tips de
Ruth Atkinson.
                              4
A Mulher Maravilha
•Em 1941, William M.
Marston criou a primeira
super-heroína a Mulher
Maravilha.
• Durante          vários
anos, ela foi a única
super-heroína adulta dos
comics,    com    revista
própri e sem a tutela
masculina.                  5
• A questão do bondage tem      sido   utilizada     para
  desqualificar a personagem.
                                             10/9/2012   6
• No entanto, Batman, Super Homem também passaram
  pela mesma situação… e ainda passam.
                                         10/9/2012   7
• Miss Fury foi a
  primeira super-
  heroína criada
por uma mulher.
• Tarpe Mills foi
responsável pela
   personagem
 entre 1944-1949.


 Footer Text        10/9/2012   8
Backlash: Mulheres para Casa



• Com      o  retorno   dos   homens da
guerra, poucas permaneceram na indústria.
Mesmo as comics de romance eram feitas
por homens.      As meninas deixaram de
interessar   como     consumidoras e   os
quadrinhos femininos desaparecem.      9
Dados da Indústria em 2012




Somente 11,2% dos profissionais da Marvel são
mulheres, dentre os desenhistas, elas são 1,3%;
entre os roteiristas, elas representam 5%.
                                        10/9/2012   10
Dados da Indústria em 2012




Somente 9,9% dos profissionais da DC são
mulheres, dentre os desenhistas, elas são 2,8%;
entre os roteiristas, elas representam 3%.
                                        10/9/2012   11
A ausência das mulheres na indústria tem impacto
na forma como as mulheres são apresentadas nas
HQs americanas.                          10/9/2012   12
Marcas de Gênero
     associadas ao
        Feminino:

• Sexualização;
• Futilidade;
• Debilidade física;
• Infantilização;
• Narcisismo;
• Instabilidade
  emocional;
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                       10/9/2012   13
• Um dos pôsteres do filme Os Vingadores foi muito
criticado por reforçar estereótipos.
• A crítica feita pelo artista Kevin Bolk.
Graphic Memoirs
• HQs autobiográficas têm
servido como lugar de
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• É um terreno no qual as
mulheres se destacam:
Marguerite Abouet, Alison
Bechdel,           Marjane
Satrapi,    Rosalind     P.
Penfold, Marisa Acocella      16
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• Em  Aya de Yopougon, Marguerite Abouet
retorna para a Costa do Marfim na década de
1970, e discute questões de gênero,
desconstruindo a idéia de África miserável que
povoa o imaginário Ocidental.               17
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• Alison Bechdel trouxe
para os quadrinhos
norte americanos o
olhar lesbiano.     Sua
obra mais conhecida é
Dykes to Watch Out For
(1983-2008).         No
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conhecida é Fun Home
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em Família (2006).
                             18
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      Persepólis   de   Marjane
      Satrapi dá vida às suas
      memórias pessoais sobre a
      Revolução Islâmica de 1979
      e a vida no Irã nos anos
      que se seguiram.        19
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• NoJapão, as mulheres produzem quadrinhos
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o público feminino, os shoujo mangá.




                                                                                           20
       Morte de Maria Antonieta no mangá A Rosa de Versalhes ( ベルサイユのばら) de Riyoko Ikeda
• Os shoujo mangá não
  quadrinhos
  feministas, mas tratam
  de temas de interesse
  das mulheres e estão
  atentos aos temas
  contemporâneos.
• São dezenas de títulos
  lançados todos os
  meses com as mais
  diferentes
  temáticas, abordagen
  s e diferentes
                           10/9/2012   21
• Há obras, como
     Confidential
   Confessions, de
  Momochi Reiko,
  trazem questões
      fministas e
    promovem o
 empoderamento
    das meninas.
  • Prostituição,
  bullying, estupro,
assédio sexual, etc.
   são tratados no
      quadrinho        10/9/2012   22
• No Japão há muitas
  autoras e algumas
  produzem para revistas
  que não são voltadas
  para o público feminino.
• Ainda assim, as leitoras as
  seguem e mangás como
  Hataraki-Man, de Moyoco
  Anno, são elogiados por
  abordarem de forma
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  das mulheres japonesas
  no mundo do trabalho.
                                 10/9/2012   23
Joana D’Arc
    Uma releitura Feminista
• As autoras Valérie
  Mangin e Jeanne
  Puchol lançaram
      este ano a
    graphic novel
    "Moi, Jeanne
        d’Arc"
     (“Eu, Joana
       D’Arc”).
 Footer Text                 10/9/2012   24
• Valéria Fernandes
• Contato: shoujofan@gmail.com
• Shoujo Café: http://www.shoujo-
  cafe.com

• Utilização permitida desde que citados
  os créditos.




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HQs Feministas

  • 1. Feminismos em Quadrinhos, Re presentações Sociais Prof.ª Dr.ª Valéria Fernandes da Silva 10/9/2012 1
  • 2. Mulheres Quadrinistas? •O Yellow Kid (1895) é considerado a primeira HQ. •No entanto, Rose O’Neill (1874-1944) publicou seu primeiro quadrinho alguns meses antes. • Um dos equívocos no Ocidente é acreditar que a indústria de quadrinhos sempre foi masculina. 2
  • 3. Ethel Hays criou a personagem Flapper Fanny em 1924. Utilizando um estilo art noveau, marcou época. Em 1931, a tirinha passou a ser desenhada por outra mulher, Gladys Parker. 3
  • 4. Mulheres Quadrinistas e a Guerra • As artistas americanas eram quase especialistas em quadrinhos infantis ou sobre flappers. • Com a II Guerra, elas se fizeram presentes em todas as áreas e também nos comics de ação. É o caso de Wing Tips de Ruth Atkinson. 4
  • 5. A Mulher Maravilha •Em 1941, William M. Marston criou a primeira super-heroína a Mulher Maravilha. • Durante vários anos, ela foi a única super-heroína adulta dos comics, com revista própri e sem a tutela masculina. 5
  • 6. • A questão do bondage tem sido utilizada para desqualificar a personagem. 10/9/2012 6
  • 7. • No entanto, Batman, Super Homem também passaram pela mesma situação… e ainda passam. 10/9/2012 7
  • 8. • Miss Fury foi a primeira super- heroína criada por uma mulher. • Tarpe Mills foi responsável pela personagem entre 1944-1949. Footer Text 10/9/2012 8
  • 9. Backlash: Mulheres para Casa • Com o retorno dos homens da guerra, poucas permaneceram na indústria. Mesmo as comics de romance eram feitas por homens. As meninas deixaram de interessar como consumidoras e os quadrinhos femininos desaparecem. 9
  • 10. Dados da Indústria em 2012 Somente 11,2% dos profissionais da Marvel são mulheres, dentre os desenhistas, elas são 1,3%; entre os roteiristas, elas representam 5%. 10/9/2012 10
  • 11. Dados da Indústria em 2012 Somente 9,9% dos profissionais da DC são mulheres, dentre os desenhistas, elas são 2,8%; entre os roteiristas, elas representam 3%. 10/9/2012 11
  • 12. A ausência das mulheres na indústria tem impacto na forma como as mulheres são apresentadas nas HQs americanas. 10/9/2012 12
  • 13. Marcas de Gênero associadas ao Feminino: • Sexualização; • Futilidade; • Debilidade física; • Infantilização; • Narcisismo; • Instabilidade emocional; • Irracionalidade; 10/9/2012 13
  • 14. • Um dos pôsteres do filme Os Vingadores foi muito criticado por reforçar estereótipos.
  • 15. • A crítica feita pelo artista Kevin Bolk.
  • 16. Graphic Memoirs • HQs autobiográficas têm servido como lugar de subjetivação, afirmação, r etomada ou construção de identidades. • É um terreno no qual as mulheres se destacam: Marguerite Abouet, Alison Bechdel, Marjane Satrapi, Rosalind P. Penfold, Marisa Acocella 16
  • 17. Graphic Memoirs • Em Aya de Yopougon, Marguerite Abouet retorna para a Costa do Marfim na década de 1970, e discute questões de gênero, desconstruindo a idéia de África miserável que povoa o imaginário Ocidental. 17
  • 18. Graphic Memoirs • Alison Bechdel trouxe para os quadrinhos norte americanos o olhar lesbiano. Sua obra mais conhecida é Dykes to Watch Out For (1983-2008). No Brasil, sua obra mais conhecida é Fun Home – Uma Tragicomédia em Família (2006). 18
  • 19. Graphic Memoirs Persepólis de Marjane Satrapi dá vida às suas memórias pessoais sobre a Revolução Islâmica de 1979 e a vida no Irã nos anos que se seguiram. 19
  • 20. Mangá, uma outra história... • NoJapão, as mulheres produzem quadrinhos para o seu próprio consumo e há toda uma parcela do mercado que é direcionado para o público feminino, os shoujo mangá. 20 Morte de Maria Antonieta no mangá A Rosa de Versalhes ( ベルサイユのばら) de Riyoko Ikeda
  • 21. • Os shoujo mangá não quadrinhos feministas, mas tratam de temas de interesse das mulheres e estão atentos aos temas contemporâneos. • São dezenas de títulos lançados todos os meses com as mais diferentes temáticas, abordagen s e diferentes 10/9/2012 21
  • 22. • Há obras, como Confidential Confessions, de Momochi Reiko, trazem questões fministas e promovem o empoderamento das meninas. • Prostituição, bullying, estupro, assédio sexual, etc. são tratados no quadrinho 10/9/2012 22
  • 23. • No Japão há muitas autoras e algumas produzem para revistas que não são voltadas para o público feminino. • Ainda assim, as leitoras as seguem e mangás como Hataraki-Man, de Moyoco Anno, são elogiados por abordarem de forma crível a difícil experiência das mulheres japonesas no mundo do trabalho. 10/9/2012 23
  • 24. Joana D’Arc Uma releitura Feminista • As autoras Valérie Mangin e Jeanne Puchol lançaram este ano a graphic novel "Moi, Jeanne d’Arc" (“Eu, Joana D’Arc”). Footer Text 10/9/2012 24
  • 25. • Valéria Fernandes • Contato: shoujofan@gmail.com • Shoujo Café: http://www.shoujo- cafe.com • Utilização permitida desde que citados os créditos. Footer Text 10/9/2012 25