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Construindo
                   Competências
O objectivo da Escola não deve ser só passar
                 conteúdos,

    mas preparar - todos - para a vida na
           sociedade moderna
Conceito: Competência é
   a faculdade de mobilizar um
   conjunto de recursos cognitivos .
(saberes,
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Competência é
O conjunto de Saberes em Acção:


  Saber - Saber         Conhecimentos

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           Atitudes
Segundo o Ministério da
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• Não se trata de adicionar a
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  conhecimentos um certo
  número de capacidades e
  atitudes, mas sim o promover
  o desenvolvimento integrado
  de capacidades e atitudes,
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  dos     conhecimentos    em
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  remédios, os serviços médicos e farmacêuticos

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  mobiliza as capacidades de saber informar-se,
  preencher o impresso; e saberes: instituições
  políticas, processo de eleição, candidatos, partidos,
  programas políticos, políticas democráticas etc
Mas a verdade é que
• As competências estão ligadas a contextos
  culturais, profissionais e condições sociais.
• Os seres humanos desenvolvem competências
  adaptadas às suas realidade.
Ex:
• A vida nas cidades exige competências diferentes
  da vida nas florestas virgem.
• Os pobres têm problemas diferentes dos ricos para
  resolver.

  . Algumas competências desenvolvem-se em
  grande parte na ESCOLA.      Outras não!
Mas, na ESCOLA
• Quando a Escola se preocupa em formar
  competências .

             dá prioridade a recursos.

A Escola preocupa-se mais com ingredientes
  de certas competências, e bem menos em
  colocá-las em sinergia nas situações
  complexas.
Durante o Ensino Básico
Aprende-se a ler,
                    a escrever,
                                 a contar,
mas também a raciocinar, a explicar, a resumir, a
 observar, a comparar, a desenhar
               e dúzias de outras capacidades gerais!

Assimilam-se conhecimentos disciplinares,
como matemática,
          história,
                 ciências,
                       geografia etc.
A Escola .
Não tem a preocupação de ligar esses
recursos a certas situações da vida.
Quando se pergunta porque se ensina isso ou aquilo,
  a justificação é geralmente baseada nas
  exigências da sequência do programa:
• Ensina-se a contar para resolver problemas
• Aprende-se gramática para redigir um texto .
Quando se faz referência à vida, apresenta-se uma
  perspectiva muito generalista:
• Aprende-se para se tornar um cidadão para ter
  um bom emprego
Há que entender que .
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  dos conhecimentos não caem do céu.

É preciso trabalhá-las e treiná-las.
            Isto exige tempo,
     e etapas pedagógico-didáticas bem estruturadas.

• Na escola não se trabalha suficientemente a
  transferência.
• Os alunos acumulam saberes, passam nos exames,
  mas não conseguem mobilizar o que aprenderam
  em situações reais, no trabalho e fora dele (família,
  cidade, lazer etc)
Na realidade
• A abordagem por competências é uma maneira
  de levar a sério uma problemática antiga – a de
  transferir conhecimentos.

Isto não é dramático
 para quem faz estudos longos.

É mais grave para quem frequenta
a Escola apenas por alguns anos.
A luta é contra
• O ensinar por ensinar
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  da vida
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A palavra de ordem é
• A      competência   diz
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  competência    sem lhe
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                                                       • Cognitivos
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 O aluno deve ser capaz de

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     Aprender a Ser Feliz            .

 Aprender a gostar de Aprender           .
Para saber mais
• http://www.unige.ch/fapse/SSE/teachers/
  perrenoud/php_main/Perrenoud_livros_e
  _artigos.html

  Philippe Perrenoud é sociólogo suíço,
  professor na Faculdade de Psicologia e
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Desenvolvendo competências através da mobilização de recursos

  • 1. Construindo Competências O objectivo da Escola não deve ser só passar conteúdos, mas preparar - todos - para a vida na sociedade moderna
  • 2. Conceito: Competência é a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos . (saberes, capacidades, informações etc) para solucionar com pertinência e eficácia uma série de situações.
  • 3. Competência é O conjunto de Saberes em Acção: Saber - Saber Conhecimentos Saber - Fazer Capacidades Saber - Ser Atitudes
  • 4. Competência: Saberes em Acção Conhecimentos Capacidades Atitudes
  • 5. Segundo o Ministério da Educação • Não se trata de adicionar a um conjunto de conhecimentos um certo número de capacidades e atitudes, mas sim o promover o desenvolvimento integrado de capacidades e atitudes, que viabilizam a utilização dos conhecimentos em situações diversas, mais familiares ou menos familiares ao aluno.
  • 6. Exemplos do quotidiano (1): • Saber Conduzir – mobiliza as capacidades de coordenação motora, ocular, os saberes de regras e sinais de trânsito • Saber orientar-se em uma cidade desconhecida - mobiliza as capacidades de ler um mapa, localizar- se, pedir informações ou e os saberes: ter noção de escala, elementos da topografia ou referências geográficas.
  • 7. Exemplos do quotidiano (2): • Saber curar uma criança doente - mobiliza as capacidades de observar sinais fisiológicos, medir a temperatura, administrar um medicamento; e os saberes: identificar patologias e sintomas, primeiros socorros, terapias, os riscos, os remédios, os serviços médicos e farmacêuticos • Saber votar de acordo com seus interesses - mobiliza as capacidades de saber informar-se, preencher o impresso; e saberes: instituições políticas, processo de eleição, candidatos, partidos, programas políticos, políticas democráticas etc
  • 8. Mas a verdade é que • As competências estão ligadas a contextos culturais, profissionais e condições sociais. • Os seres humanos desenvolvem competências adaptadas às suas realidade. Ex: • A vida nas cidades exige competências diferentes da vida nas florestas virgem. • Os pobres têm problemas diferentes dos ricos para resolver. . Algumas competências desenvolvem-se em grande parte na ESCOLA. Outras não!
  • 9. Mas, na ESCOLA • Quando a Escola se preocupa em formar competências . dá prioridade a recursos. A Escola preocupa-se mais com ingredientes de certas competências, e bem menos em colocá-las em sinergia nas situações complexas.
  • 10. Durante o Ensino Básico Aprende-se a ler, a escrever, a contar, mas também a raciocinar, a explicar, a resumir, a observar, a comparar, a desenhar e dúzias de outras capacidades gerais! Assimilam-se conhecimentos disciplinares, como matemática, história, ciências, geografia etc.
  • 11. A Escola . Não tem a preocupação de ligar esses recursos a certas situações da vida. Quando se pergunta porque se ensina isso ou aquilo, a justificação é geralmente baseada nas exigências da sequência do programa: • Ensina-se a contar para resolver problemas • Aprende-se gramática para redigir um texto . Quando se faz referência à vida, apresenta-se uma perspectiva muito generalista: • Aprende-se para se tornar um cidadão para ter um bom emprego
  • 12. Há que entender que . • A transferência e a integração das capacidades e dos conhecimentos não caem do céu. É preciso trabalhá-las e treiná-las. Isto exige tempo, e etapas pedagógico-didáticas bem estruturadas. • Na escola não se trabalha suficientemente a transferência. • Os alunos acumulam saberes, passam nos exames, mas não conseguem mobilizar o que aprenderam em situações reais, no trabalho e fora dele (família, cidade, lazer etc)
  • 13. Na realidade • A abordagem por competências é uma maneira de levar a sério uma problemática antiga – a de transferir conhecimentos. Isto não é dramático para quem faz estudos longos. É mais grave para quem frequenta a Escola apenas por alguns anos.
  • 14. A luta é contra • O ensinar por ensinar • O marginalizar as referências às situações da vida • O NÃO “perder tempo” treinando a mobilização dos saberes para situações complexas.
  • 15. A palavra de ordem é • A competência diz respeito ao processo de Activar Recursos • Não se pode falar em competência sem lhe associar o desenvolvimento de algum grau de autonomia em relação ao uso do saber.
  • 16. Competências e Objectivos: o casamento necessário! Necessidade de Competências Competências definir Objectivos Competências Gerais (definidas Específicas Gerais e Específicos Essenciais para o Ensino (definidas por Básico) Área Disciplinar) • Cognitivos As Competências Gerais são operacionalizáveis nas diferentes • Comportamentais disciplinas, o que lhes dá um • Atitudinais carácter transversal.
  • 17. Definição de Objectivos • Centrados no aluno; • Exequíveis; • Realistas; • Verbos no infinitivo; • O. Geral – Verbos mais abrangentes; • O. Específico – Verbos que permitam operacionalização, concretização, verificação; • Para cada O. Geral pelo menos 3 O. Específicos; (Saber, Ser, Fazer)
  • 18. Nunca se esqueçam que o importante é que O aluno deve ser capaz de Aprender a Aprender . Aprender a Ser Feliz . Aprender a gostar de Aprender .
  • 19. Para saber mais • http://www.unige.ch/fapse/SSE/teachers/ perrenoud/php_main/Perrenoud_livros_e _artigos.html Philippe Perrenoud é sociólogo suíço, professor na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação na Universidade de Genebra, autor de vários títulos importantes na área de formação de professores, hoje considerados leitura obrigatória para os profissionais do ensino.